2004/01/04
RECORDAR TIMOR
Ten. Cor. Paulo Jorge Marques Sales Grade
30 anos depois realizou-se o desejo a que grande parte dos mortais aspira, voltar aos seus
tempos de juventude!A princípio tudo parecia diferente, nada me recordava os tempos de alegres
brincadeiras e correrias sem fim, até a temperatura ambiente parecia sufocar, nada condizente com
actividade física superior ao inspirar e expirar estritamente necessário à sobrevivência.Aos olhos,
agora de adulto, há coisas que me parecem infinitamente mais pequenas e outras que nunca tinha
dado importância e agora saltam à vista.A primeira coisa que impressiona, a quem pela primeira vez
aterra em Timor Leste é para além da temperatura escaldante da sua capital Díli, o relevo agressivo,
próprio das regiões do Globo de formação mais recente . Qualquer pequena elevação de cota
superior a 50 metros é um desafio para uma pessoa com menos preparação física, devido aos
declives na ordem dos 50%.Não se pense contudo que a temperatura é idêntica em toda a ilha, esta
tem cerca de 500Km por 100Km de largura e está dividida sensivelmente a meio entre a Indonésia
(parte Ocidental) e a Republica Democrática de Timor Leste (parte Oriental).Como referi a sua
recente formação, onde a erosão natural ainda não completou a sua acção, origina maciços na sua
região central com altitudes na ordem dos 2000 metros, chegando nalguns pontos quase aos 3000
metros. Nestas regiões mais elevadas as temperaturas são mais frescas, podendo ir quase aos 0º
graus nos montes mais altos.Depois igualmente impressionante é a quantidade de crianças
existentes, dizem os censos mais recentes que em cada 100 habitantes 60 são crianças em idade
escolar e pré escolar. É vê-los à hora do início ou fim das aulas enchendo as ruas da cidade e vilas
nos seus uniformes coloridos.Quanto à capital, tem alguns sintomas de cidade cosmopolita,
restaurantes, cafés e bares em quantidade suficiente para satisfazer a clientela internacional que
apoia o crescimento desta Nação com apenas 3 anos de idade! O custo de vida para a população
internacional que pretende manter os padrões a que está habituada é alto.No entanto como o salário
médio é superior ao que receberiam nos seus países de origem, também com maior facilidade
pagam um preço superior sem se preocuparem muito com isso. É o eterno ciclo vicioso do mercado
da procura e da oferta, desde que haja quem pague não há razão para baixar o preço!Mas antes de
continuar, um pouco sobre o nascimento desta jovem Nação:Quanto aos seus antecedentes,
sabe-se que a chegada dos portugueses a estas paragens em busca do sândalo, se deu por volta
de 1514 . O domínio português só foi ameaçado com a chegada dos holandeses por volta de 1595,
levando os governantes a consolidarem a sua presença com a criação da 1ª capital do território em
Lifau, na região do Oé-Cusse, na zona Ocidental da ilha.Perante a investida dos holandeses de
Oeste para Este da ilha, o Governador foi obrigado a transferir a capital para a parte Oriental, ficando
sedeada em Díli a partir de 1769. O acordo politico com os holandeses, quanto a divisão da ilha , só
aconteceu em 1859, ficando a Coroa Portuguesa com a parte Oriental da ilha e o enclave do OéCusse. A actividade politica até ao 25 de Abril de 1974 foi sempre morna,tendo alguns picos como
em 1912 na revolta de Manufahi instigada pelos holandeses , aproveitando a instabilidade causada
pela proclamação da Republica em Portugal .Mais tarde durante a 2ª Guerra Mundial a ilha foi
invadida pelos australianos e holandeses com o pretexto de defenderem a Austrália. Isto levou à
conquista da ilha pelos japoneses que lá permaneceram de 1942 a 1945. Acabada a guerra a
população timorense libertou os prisioneiros e repôs espontaneamente a administração portuguesa
na parte Oriental , sendo a parte Ocidental integrada na Indonésia.Com a revolução em Portugal,
logo aparecem no território, à semelhanças das outras colónias, os partidos políticos com vista ao
futuro do território. Uns apoiavam a federação com Portugal outros a integração com a Indonésia e
por ultimo havia os que clamavam pela independência. Foram estes últimos que após uma pequena
guerra civil dominaram a situação e em 28 de Novembro de 1975 declararam unilateralmente a
independência.Seguiu-se a invasão pela Indonésia que mergulhou o território num clima de terror, o
qual teve o seu apogeu mediático no célebre massacre de Santa Cruz em Novembro de 1991.
Nessa altura as consciências internacionais despertaram para a realidade timorense e seguiram-se
várias iniciativas sob os auspícios da UE e ONU com vista a solucionar o problema de Timor.
Portugal, que era aos olhos da comunidade internacional, a potência administrante do território foi
um dos motores deste processo. Processo este que se tornou irreversível com a atribuição do
prémio Nobel da Paz a Ramos Horta e a D. Ximénes Belo em Novembro de 1996.Seguiram-se as
visitas de Nelson Mandela a Xanana Gusmão na prisão de Cipinang em 1997, o abandono da
presidência da Indonésia pelo ditador Suharto em 1998 e a violência das Milícias contra a população
timorense em 1999. Só a 5 de Maio de 1999 renasceu a esperança para o povo de Timor , com o
acordo estabelecido entre o Secretário Geral das Nações Unidas , Kofi Annan e Ministro dos
Negócios Estrangeiros Indonésio , Ali Alatas , para que as Nações Unidas conduzissem um
processo de consulta aos timorenses , onde estes se deveriam pronunciar quanto ao seu futuro
politico, independência ou autonomia .Após um difícil processo de recenseamento, devido ás
acessibilidades e à tensão existente, as eleições acontecem no dia 30 de Agosto de 1999 tendo
uma participação maciça e dando a vitória à independência com 78,5% contra 21,5% a favor da
autonomia. Com este facto consumado começou a desenhar-se o nascimento de Timor Lorosae.
No entanto os dias que se seguiram a proclamação foram de grande violência em todo o território,
com as milícias a matar inclusive funcionários da UNAMET, que foi a missão das Nações Unidas
que organizou o referendo.Xanana é libertado após 7 anos de cativeiro e em Outubro de 1999
regressa ao seio do seu Povo onde é o líder natural, quer uma Nação unida e em poucos meses
elabora um programa de governo para Timor. No entanto a violência e instabilidade continuam e as
Nações Unidas decidem enviar em Setembro uma Força Internacional (INTERFET) para proteger e
apoiar a UNAMET. Esta força de comando Australiano é constituída por quase 11.000 homens sendo
cerca de 9000 militares e 2000 polícias, com a sua chegada ao território, o Exército, Forças Policiais
e Administrativas da Indonésias abandonam Timor deixando Díli completamente destruída e
saqueada.Criado o vazio na governação, com a saída das autoridades indonésias, as Nações
Unidas em 25 de Outubro de 1999 investem dessa responsabilidade uma nova força, a UNTAET, a
qual vai fazer a administração transitória de Timor Leste para a independência. Em Fevereiro de
2000 a INTERFET começa a entregar o comando das suas operações à PKF que é a componente
militar da UNTAET.Sérgio Vieira de Melo foi o homem escolhido, como representante especial do
Secretário Geral das Nações Unidas para chefiar a UNTAET, chegando a Timor em Novembro, onde
desde logo iniciou os contactos com Xanana Gusmão e outras personalidades timorenses, para os
começar a envolver na administração do seu País. Até 20 de Maio de 2002 desempenhou a sua
função, altura em foi declarada e reconhecida internacionalmente a independência de Timor Leste e
o Governo eleito entrou em funções de forma autónoma. Contudo a necessidade de continuar a
garantir uma transição governativa sem sobressaltos, decide a ONU a manter uma missão de apoio
ao governo de Timor Leste , a UNMISET . Esta missão que ainda está em funções tem menos de
metade do efectivo da anterior. A PKF tem vindo sucessivamente a ser diminuída e retirará por
completa em Maio de 2004. As tropas Portuguesas estão no terreno desde a primeira missão da
INTERFET e constituem agora a maioria da Força, um Batalhão com cerca de 500 homens.Chegado
a este ponto retomamos as recordações da juventude. Primeira impulso, a minha casa! Será que
ainda existia? Se sim, quem lá moraria? E o meu quarto, poderia lá entrar? Dúvidas que
rapidamente foram desfeitas, sim existia e era agora propriedade governamental, era atribuída a
altos funcionários do Estado. Parecia desabitada através dos altos muros que a protegiam de
olhares indiscretos. Conformado com o resultado da primeira exploração, outros locais me ocorrem
a memória. O Farol, local de encontro com os amigos e onde fumei os primeiros cigarrinhos,
subtraídos em eventos sociais onde criança não entra, pelo menos oficialmente. Lá estava ele, tal e
qual como me recordava, só que parecia mais pequeno!Outros locais me assaltavam a memória
mas … eu não tinha vindo de férias, vinha participar na nobre missão de ajudar a formar as Forças
de Defesa de Timor Leste (FDTL), tinha era de me concentrar no meu trabalho.As FDTL nasceram
das Forças Armadas da Libertação Nacional de Timor Leste (FALINTIL) e das quais Xanana
Gusmão tinha sido seu líder. Era composta inicialmente pelos antigos guerrilheiros que tinham
lutado nas montanhas contra o domínio Indonésio durante quase 30 anos. Alguns deles já estavam
velhos e cansados, mas o país tinha uma divida de gratidão para com eles e tardava em arranjar
solução, pelo que se mantinham nas fileiras.Aqueles que se tinham distinguido na guerrilha,
ocupavam agora lugares de maior destaque na cadeia de comando das Forças de Defesa como
seria de esperar, eram os mais válidos. No entanto a estrutura em que foram inseridos não se
coadunava com os procedimentos aprendidos e praticados durante a guerrilha, pelo que era preciso
formação específica em cada um dos postos já ocupados. Esta tem sido basicamente feita por
acompanhamento permanente nos seus locais de trabalho por conselheiros internacionais. Toda a
formação tem sido coordenada pelo Gabinete de Desenvolvimento das Forças de Defesa (ODFD)
que é um órgão constituído pelos países que colaboram e ajudam o país nesta área específica e
onde são definidas as linhas orientadoras para o levantamento das FDTL. Este organismo enferma
das vicissitudes inerentes ao carácter temporário de permanência na função (normalmente 6
meses) de cada representante do país doador, havendo por vezes uma articulação deficiente que
tem provocado atrasos e alguma descoordenação de esforços. Quanto à formação dos novos
elementos das Forças de Defesa, estes já provenientes da geração que toda vida viveu debaixo do
domínio indonésio, tem hábitos de vida inculcados pelos mesmos e que melhor lhes permitiam
controlar o povo timorense. Demonstrando alguma dificuldade em assumir responsabilidades, baixo
espírito de sacrifício e de camaradagem.É pois ao nível dos valores morais e castrenses que deve
incidir a nossa formação nesta nova geração das FDTL. Quanto à parte técnica, a aptidão para
aprender é igual à de qualquer mancebo das nossas fileiras. Tem apenas uma pequena agravante
que é a instrução poder ser dada numa língua que eles não dominam e que dificultará a
aprendizagem.Este país tem como língua oficial o Português e o Tétum. O Tétum era já a língua
oficial antes da chegada dos portugueses, imposta pela suserania dos Bé –Háli que unificaram a
parte Leste da ilha sob comando da sua aristocracia militar. Os missionários portugueses ao
chegarem adoptaram-no naturalmente e passou a ser a língua de catequese e oração. Em 1981, a
Santa Sé aprovou o Tétum como língua oficial da Igreja de Timor, ao aprovar a tradução do Missal
Romano e Ordinário da Missa.No entanto ao percorrer-se a ilha de ponta a ponta, constatamos que
cada região tem a sua língua própria e que indivíduos de grupos étnicos diferentes não se
entendem, se cada um falar a sua língua materna. Segundo trabalhos recentes sobre este tema,
existem cerca de 20 línguas mais significativas, distribuídas por 6 grupos distintos; bunak, fataluko,
makasae, maku`a, manbae e tétum. Cada timorense fala a língua do grupo onde nasceu e somente
quando entra em contacto com outros grupos estranhos ao seu recorre ao Tétum, esta língua é
aquela que lhe permite comunicar com o exterior e é o factor de identidade de todos os timorenses.O
Português é a sua língua de adopção para se comunicar com o Mundo. Não foi por acaso que ela foi
adoptada para projectar Timor além fronteiras, para além da ligação histórico-cultural que é
incontornável, este país surge entre duas potencias deste hemisfério, a Austrália a Leste e a
Indonésia a Oeste com quem divide a ilha.Um dos factores de afirmação nacional é a sua língua e
como o Tétum não tem projecção a nível internacional, a opção pelo bahasa indonesio ou pelo
inglês, faria com que a sua identidade como Nação fosse absorvida pelos seus vizinhos. Sendo pois
o Português a opção natural, pois além de não tomar partido por nenhum destes países , permite
afirmar-se ao Mundo como Nação livre e independente.É pois neste contexto que surgem os
diversos apoios de Portugal, na área da Educação e do ensino do Português, bem como em quase
todas as áreas da vida deste país.A Cooperação Técnico Militar onde se insere o apoio ao
levantamento das FDTL , surge naturalmente e facilitada pela adopção do Português como língua
oficial , pois permite que a instrução seja dada em Português.Chegado a este ponto retomamos a
problemática da língua para o jovem militar das FDTL , recém ingressado nas fileiras. Como foi
referido este jovem, na casa dos 20 anos , muito provavelmente será na maioria dos casos a
primeira vez que se afasta do lugar onde nasceu. Sendo assim além de dominar o idioma do seu
grupo, sabe falar bahasa indonésio, pois era a língua oficial do tempo da ocupação e aquela em que
toda a escolaridade lhe foi ministrada. Quanto ao Tétum ou Português é possível que, do primeiro já
tenha algumas noções especialmente se for de zonas onde predomine este dialecto, mas quanto ao
segundo só se na sua região os mais velhos ainda o falarem, reminiscências da cultura portuguesa
, senão nem uma palavra. Assim o desafio de formar um grupo de jovens, em que a única coisa que
têm em comum é a vontade de pertencerem ás Forças de Defesa de Timor Leste, configurava-se a
partida como difícil.A formação básica, semelhante a nossa recruta, é dada em tétum, com recurso
a equipas de oficiais e sargentos das FDTL, formados por anteriores missões de cooperação militar
portuguesas. Estas equipas diariamente preparam as suas instruções, as quais são depois
corrigidas pelos instrutores portugueses e seguidamente convertidas para tétum.Quanto aos
Cursos de Formação de Oficiais e Sargentos (CFO/CFS), são ministrados em português, por
instrutores portugueses, visto a complexidade das matérias ainda não permitir um à vontade
suficiente aos instrutores timorenses para serem eles os responsáveis pela instrução. Para isto ser
possível os candidatos a oficiais e sargentos frequentam um curso intensivo de português de 3 a 4
semanas antes do início do CFO/CFS.As áreas de formação abordadas são muito idênticas ás do
Tirocínio para Oficiais de Infantaria e ás do Curso de Formação de Sargentos de Infantaria no último
ano. Com todas estas contingências, aditadas ás condições ambientais já referidas, pode-se dizer
que os resultados são animadores e permitem olhar com esperança para as FDTL.Já em 2004,
pretende-se que toda a instrução decorra em tétum e por isso sob a responsabilidade das FDTL,
diga-se de passagem que os Australianos também cooperantes nesta área das Forças de Defesa,
dão instrução em bahasa indonésio e em inglês.A convivência diária com os Australianos é
amigável e cooperante, sempre com o objectivo ultimo de apoiar o melhor possível a formação das
FDTL. No entanto os seus objectivos vão para além disso, pois como país vizinho tem de acautelar a
sua segurança e por isso controlar quem o rodeia. Nada que nós como militares não entendamos, a
justificação é legitima, no entanto a forma como é feita é por vezes demasiado evidente e leva ao
atropelo de aquilo que é considerado aceitável no relacionamento entre Estados. Á parte isto , que
nos deixa algo incomodados e tem nalguns casos influencia directa nos objectivos por nós
propostos , serviço é serviço cognac é cognac , e nesta ultima parte a tradição é anglo-saxonica ,
chegada ás 5 da tarde é vê-los o caminho do bar afugentar o calor , que teima em cozer a cabeça e
queimar o pescoço. Neste ambiente são alegres comunicadores e não há barreiras de espécie
alguma.Por falar em amizades, ainda me surgem por vezes recordações das brincadeiras após as
aulas na Escola Primária de Motael e depois na Secundária de Díli. As aulas eram quase sempre só
da parte da manhã, o que permitia o resto do dia livre. Normalmente após o almoço fazia-se a sesta,
enquanto passava a hora de maior calor e onde na época das chuvas caía uma carga de agua que
fazia elevar nuvens de vapor de agua das ruas alcatroadas da cidade. As brincadeiras com os
amigos da escola, no recreio das aulas, eram o jogo do elástico e o do pau, não tornei a ver tal
prática, hoje é mais o futebol. Depois da parte da tarde, com os vizinhos, era a praia e os passeios
de bicicleta. A bicicleta era o objecto de culto de qualquer criança, sinal de independência e
maioridade que permitia alargar o raio de acção das brincadeiras para locais fora de qualquer
arbitrariedade dos adultos. Dos amigos timorenses da altura, a sua maioria foram mortos durante a
invasão e ocupação indonésia, pois todos os que falassem português eram sumariamente
eliminados. A erradicação da cultura portuguesa, foi baseada na destruição daqueles que a
pudessem transmitir, mesmo os que falavam Tétum de Díli, por vezes eram perseguidos. A
explicação é que o tétum tem muitas palavras que foram sendo absorvidas no contacto com os
portugueses, pois quando não havia o termo em tétum era adoptado o do português. Como era em
Díli que se concentrava a maioria da comunidade portuguesa, logicamente o Tétum de Díli tem mais
termos portugueses que o de outras partes, onde foram adoptadas outras terminologias. Isto
acontecia pois embora o tétum fosse a língua oficial antes da chegada dos portugueses, era uma
língua de tradição oral e sem quaisquer normas ortográficas ou de vocabulário, pois a escrita era
pouco usada . Escusado será dizer que até 1974 , a língua oficial da Província era o
Português.Quanto aos timorenses que conseguiram escapar, grande parte deles fugidos de Timor e
que mais tarde regressaram, Ainda ouço nomes que me são familiares. As famílias tradicionais e
importantes da altura mantiveram esse estatuto, e são cidadãos importantes na sociedade
timorense actual na área da política e da económica. Quanto aos portugueses, tenho tido noticias
que de tempos a tempos aparece um português dessa época, provavelmente meu companheiro de
brincadeiras de então e quiçá em busca de recordações, como as que tenho sempre que o trabalho
não aperta. Ainda é cedo para fazer um balanço, mas desta missão, para além da satisfação do
dever cumprido, há uma gratificação pessoal que não tem paralelo com nenhuma outra, pois a
certeza de que o trabalho desenvolvido contribuiu para o desenvolvimento e a afirmação deste País,
materializa a continuidade de uma ligação pessoal a este local de tão agradáveis recordações.
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