GERAL
20 — SEXTA-FEIRA, 29 de abril de 2005
CORREIO DO POVO
a Brasília
prevista para dia 17
MST protesta pela reforma agrária Chegada
A chegada da marcha a Brasília
está prevista para o dia 17 de maio,
para realizar um ato na Esplanada
FOTOS DE LUIS GONÇALVES
dos Ministérios. Entre as reivindicações que serão apresentadas ao presidente Lula estão
a demarcação imediata de
áreas indígenas e a fixação de
salário mínimo de R$ 400,00
ainda em maio e de R$ 500,00
no último ano de mandato do
atual governo.
A postura do MPA, de projetar mobilizações no RS, também será adotada pelo Movimento dos Trabalhadores Desempregados e pela Via Campesina. “A evolução da marcha
determinará as ações que serão
articuladas”, ressaltou Paulo
Faccioni, da Via Campesina. Os
caminhantes precisam de áreas
de 5 hectares para pernoitar
Após, houve marcha até o Harmonia durante os 15 dias até Brasília.
Movimento dos Pequenos Agricultores também integrou o ato, que precede marcha nacional em maio
erca de 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais
C
Sem Terra (MST) e do Movimento dos
que encerraram o protesto pela reforma agrária, os manifestantes seguiram
em marcha para o Parque da HarmoPequenos Agricultores (MPA) fizeram nia. Às 15h, embarcaram para Goiâontem um ato público no Largo Glênio nia, de onde, a partir do dia 2 de maio,
Peres, no centro de Porto Alegre. Assim parte a Marcha Nacional pela Reforma
Agrária. A caminhada
contará com a adesão
de 800 sem-terra e de
50 pequenos agricultores gaúchos.
Além das pessoas
que partiram da Capital, outras 300 seguiram de Ronda Alta.
“Queremos pressionar
o governo federal a criar assentamentos no
país”, justificou Ivonete Tonin, da coordenação estadual do MST.
Propósito foi pressionar União a criar assentamentos no país
O MST realiza essa
marcha, segundo a dirigente, com o
objetivo de recolocar o debate da reforma agrária na pauta política do país.
“Defendemos a necessidade de mudanças estruturais na política econômica
do governo federal”, frisou Ivonete. Na
pauta de reivindicações que será entregue ao governo, o MST exige o cumprimento da meta de 430 mil assentamentos até dezembro de 2006, dos
quais 60 mil já foram concretizados.
Os sem-terra também pedem a implementação de um programa de instalação de agroindústrias nos assentamentos, além da liberação de crédito
especial para a reforma agrária. Um
dos coordenadores estaduais do MPA,
Plínio Simas, que participará da marcha nacional juntamente com outros
49 pequenos agricultores, antecipou
que mobilizações serão articuladas no
Rio Grande do Sul em maio.
Força Sindical faz ato domingo Romaria do Trabalhador é em Caxias do Sul
A Força Sindical, que congrega
76 entidades privadas, seis federações e dois sindicatos estaduais,
promove neste domingo, a partir das
14h, no Ginásio Tesourinha, em
Porto Alegre, um grande ato político
e artístico. O presidente da Força
Sindical, Cláudio Janta, classifica
este 1º de Maio como “mais um dia
de luta, luta, luta” para o trabalhador. Janta diz que, como já vem
acontecendo há muitos anos, o empenho e a luta serão pela reivindicação de direitos aos trabalhadores.
As manifestações estarão centradas em três bandeiras: mais emprego, menos impostos e redução de
jornada para 40 horas semanais.
“Continuamos como no 1º de Maio
de 1886, em Chicago, quando foi
realizada greve geral no principal
centro industrial dos Estados Unidos à época, pela redução da jornada de trabalho”, disse Janta.
Em homenagem àquele movimento, acrescentou, foi que o Dia
Mundial do Trabalho foi criado em
1889 em um Congresso Socialista
realizado em Paris. O ato público,
organizado pela Força Sindical, terá
entrada franca, mas somente os associados que retirarem ingressos
nos seus sindicatos concorrerão a
prêmios, como viagens e carros.
Câmara realiza sessão solene
A sessão solene em homenagem ao Dia do Trabalhador, ontem, no Plenário Otávio Rocha, na Câmara Municipal, foi a primeira institucional para comemorar a passagem da data. O vereador Raul Carrion (PCdoB) informou
que até o ano passado não existia nada oficial na Câmara em homenagem
ao Dia Internacional do Trabalhador e, através de um projeto de lei de sua
autoria, a data passou a ser reconhecida pelo Legislativo de Porto Alegre de
forma oficial. Na sessão, que contou com a presença da direção da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), Central Autônoma do Trabalhador e Força
Sindical, também foi feita uma homenagem aos 80 anos do jornal “A Classe
Operária” e ao Sindicato dos Músicos do Rio Grande do Sul.
A 10ª Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora,
evento que acontece a cada dois anos em uma das dioceses do RS, neste 1º de Maio será nos pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul. Promovida pela CNBB Regional Sul 3, Coordenação da Pastoral Operária, Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS-RS) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), deverá reunir de oito a 10
mil pessoas. Entre as autoridades que deverão participar está o ministro das Cidades, Olívio Dutra.
A romaria neste domingo começa às 8h30min, com a
concentração e a acolhida dos romeiros em frente ao
mosteiro, iniciando a caminhada às 9h até os pavilhões
da Festa da Uva. Às 10h30min, haverá a Celebração Eucarística. À tarde, após almoço e confraternização dos
participantes, a partir das 13h, ocorrerá a Tribuna Popular, com show musical e apresentações culturais.
Nesse momento, também denominado de ato polítiCARRIS — A Companhia Carris
comemora o Dia do Trabalhador
neste sábado, a partir das 8h. A
empresa, com 1,6 mil trabalhadores, promoverá uma grande
confraternização entre os funcionários e seus familiares na sede
campestre do Sesc (avenida Protásio Alves, 6220). A programação terá torneio de futebol, churrasco e atrações musicais.
co, os movimentos sociais poderão fazer suas colocações
e reivindicações. O encerramento será com a entrega
simbólica do comando da 11ª Romaria do Trabalhador e
da Trabalhadora, que será realizada em 2007 na Diocese de Cruz Alta.
A romaria terá como tema “Trabalho, fonte de dignidade, direito de todos”. A coordenadora da Pastoral Operária, Clarice Dal Médico, observa que o Dia do Trabalhador “é visto como um momento de reflexão”. Ela citou
que o trabalho não está em crise, mas sim o emprego.
Apontou como pontos críticos a redução da jornada de
trabalho, o fim das horas extras e do banco de horas.
Essas alternativa são apontadas pelos organizadores da
10ª Romaria como importantes para a geração de emprego e renda. O presidente da CUT, Quintino Severo,
defende a posição de que é preciso uma mudança das
políticas econômicas dos governos federal e estadual.
João Amazonas, nome de praça
IVO GONÇALVES / PMPA / ESPECIAL / CP
O prefeito José
Fogaça participou
ontem da solenidade de inaguração
da praça João
Amazonas, na rua
Carvalho de Freitas, no bairro Glória, onde descerrou
a placa em homenagem ao ex-presidente nacional do
PCdoB, falecido em
2002 aos 90 anos.
A proposta para Prefeito Fogaça (E) salientou figura do dirigente do PCdoB
a denominação da área foi do vereador Raul Carrion. “Porto Alegre se orgulha ao atribuir a este local de convivência o nome de um grande homem que
lutou pelo desenvolvimento econômico e contra as desigualdades no país”,
disse Fogaça. Carrion, por sua vez, se emocionou ao mencionar a trajetória
do militante comunista. Participaram do ato os presidentes estadual e municipal do partido, Adalberto Frasson e Beto Rivera, e outras autoridades.
Download

MST protesta pela reforma agrária