81 COMO TRABALHAR COM CRIANÇA DISLÉXICA Divina Lucia Sousa Gonçalves 1 Elaine Cristina Navarro 1 RESUMO Este trabalho trata do transtorno da aprendizagem denominado dislexia, caracterizado como uma dificuldade para aprender a ler, encontrada em indivíduos saudáveis, de inteligência normal ou superior e sem deficiências sensoriais. Embora seja uma dificuldade presente em sala de aula, ela é de difícil entendimento e, por este motivo, muita das vezes é mal interpretada, dificultando assim, o diagnóstico. Por esta razão é necessário que os pais e os educadores fiquem atentos, evitando assim o diagnóstico tardio, o que poderia dificultar o tratamento. Ao suspeitarem dos sintomas, não deverão sugerir apenas um encaminhamento clínico, mas dedicar-se ao aluno em sala de aula ao longo do tratamento, onde terá o envolvimento da escola, família e profissionais de saúde, fazendo com que a criança descubra suas habilidades resgatando a autoconfiança e autonomia. Palavras - chave: Dislexia; Dificuldade; Diagnóstico. ABSTRACT This work “As to work with the disléxica child” mentions the dislexia to it, a difficulty to learn to read joined in healthful individuals, of normal or superior intelligence and without sensorial deficiencies. Although it is a present difficulty in classroom, it is of difficult agreement and for this reason, much of the times badly is interpreted, thus making it difficult, the diagnosis. For this reason it is necessary to the parents and educators to be intent, thus preventing the delayed diagnosis, what it can make it difficult the treatment. When suspecting the symptoms will not have to suggest only one guiding clinical, but to dedicate the pupil to it in classroom throughout the treatment, where it will have the envolvement of the school, family and professionals of health, making with that the child discovers its abilities rescuing the auto confidence and autonomy. Key - Words: Dislexia; Difficulty; Diagnosis. Aluna do Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Psicopedagogia, oferecido pelas Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. [email protected] 1 Docente orientadora. Professora das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, graduada em Letras/literaturas e Licenciatura em Pedagogia, com especialização em Docência Multidisciplinar da Educação Infantil e anos Iniciais do Ensino Fundamental, concluindo Mestrado em Educação. [email protected] 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste artigo científico é falar sobre a dislexia, suas principais causas e consequências, apontar formas de diagnosticá-la e os possíveis tratamentos que poderão ajudar à criança a superar gradativamente suas dificuldades. Muitos alunos são reprovados e outros evadem por apresentar dificuldades de aprendizagem, então como trabalhar com a criança disléxica? Nesse contexto, o presente artigo aponta uma grande diversidade de opiniões sobre a dislexia e suas evoluções até os dias atuais. Salienta a importância em se realizar um correto diagnóstico, ajudando e monitorando o progresso no processo educacional da criança. As informações obtidas neste trabalho foram através de pesquisas bibliográficas no intuito de orientar pais e professores a lidar com este distúrbio, contribuindo com o processo ensino aprendizado. 1.1 Evolução Histórica do Conceito de Dislexia On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X Segundo a Classificação Internacional das Doenças - CID 10, da Organização Mundial da Saúde OMS, a dislexia é definida como um conjunto de transtornos nos quais os padrões normais de aquisição de habilidades de leitura são perturbados desde os estágios iniciais do desenvolvimento. Eles não são simplesmente uma consequência de uma falta de oportunidade de aprender, nem são decorrentes de qualquer forma de traumatismo ou doença cerebral adquirida (1992, p. 236). Identificada pela primeira vez por Berklan, em 1881, o termo “dislexia” só foi usado em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista alemão. Ele usou o termo para se referir a um jovem que apresentava dificuldade em ler e escrever, mas apresentava habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos (BAROJA, 1989). Em 1896, W. Pringle Morgan, um físico britânico de Seaford, publicou um descrito de uma desordem específica de aprendizado na leitura no periódico British Medical Journal, com o título Congenital Word Blindness, onde o mesmo descreveu o caso de um adolescente de 14 anos de idade que ainda não havia aprendido a ler, demonstrando, no entanto que era uma criança normal Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2012) n.º7 p. 81 - 85 82 e realizava todas as outras atividades que uma criança de sua idade podia realizar sem nenhum problema (SABATER, 1989). Durante as décadas de 1890 e início de 1900, Hinshelwood, um oftalmologista inglês, estudou o caso de crianças com sérias dificuldades de aprendizagem de leitura, caracterizando esta dificuldade como cegueira verbal. A explicação dada por ele consistia em dizer que no cérebro existiam áreas separadas para diferentes tipos de memórias. Em primeiro lugar teríamos uma memória visual de palavras. A causa da dificuldade para ler estaria numa alteração cerebral congênita, que afetaria a memória visual de palavras, que produziria na criança o que ele chamava de cegueira congênita (BAROJA, 1989). Alguns anos mais tarde, no período entre a Primeira e a Segunda Guerra (1915 – 1940), Samuel Orton, neuropsiquiatria americano, defendia que a dificuldade de ler se devia a uma disfunção cerebral de origem congênita. Orton conheceu o caso de um menino que não conseguia ler e que apresentava sintomas semelhantes aos de vítima de traumatismo. Orton estudou as dificuldades de leitura e concluiu que havia uma síndrome não correlacionada ao traumatismo neurológico que provocava a dificuldade no aprendizado da leitura, ele chamou essa condição por strephosymolia (com significado de símbolos trocados) para descrever sua teoria a respeito de indivíduos com dislexia. Observou também que a dificuldade em leitura não estava correlacionada às dificuldades estritamente visuais, e que esta condição era causada por uma falha na lateralização do cérebro. Esta disfunção cerebral se produz quando a criança não possui uma adequada dominância hemisférica. A dominância hemisférica é importante para o aprendizado da leitura porque, quando a criança aprende a ler, vai registrando e armazenando informações nos dois hemisférios. No hemisfério dominante, as informações eram armazenadas de maneira ordenada, enquanto no hemisfério não dominante as informações seriam armazenadas de forma desordenada e confusa, invertida como espelho. Para ler, o hemisfério dominante deve anular a informação do hemisfério não dominante. Se isto não processa, devido a uma ausência de dominância hemisférica, se produz uma série de erros na leitura. Esses erros podem ser inversões, omissões, substituição de sons, leitura em espelho (por isso o motivo dos símbolos trocados ou invertidos). No trabalho que ele publicou em 1925, sugeria que essa aparente disfunção na percepção e memória visual caracterizada por entender as letras e palavras invertidas (“b” por “d” ou “Was” por “Saw”) era então a causa da dislexia (RUEDA, 1995). A definição mais usada na atualidade é a da IDA (International Dyslexia Association), que diz: ‘Dislexia’ é um dos muitos distúrbios de aprendizagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X no processo fonológico. Estas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de submetida à instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sóciocultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais. A Fundação Brasileira de Dislexia defende que os pesquisadores têm enfatizado que a dificuldade de soletração é um sintoma muito forte de dislexia. Há o resultado de um trabalho recente que quanto maior a capacidade de leitura da criança, melhor ativação, ela mostra em uma específica área cerebral, quanto envolvida um exercício de soletração de palavras. Esses pesquisadores usaram métodos de Imagem Funcional de Ressonância Magnética, que revela como diferentes áreas cerebrais são estimuladas durante atividades específicas. Essa descoberta enfoca que essa região cerebral é a chave para habilidade de leitura, conforme sugere esses estudos. Essa área, localizada atrás do ouvido esquerdo é a chamada região ocipto-temporal esquerda. Cientistas advertem que essa tecnologia não pode ser usada para diagnóstico de pessoas disléxicas. A dislexia persiste apesar de boa escolaridade. É preciso que pais, professores e educadores em geral estejam cientes de que o número de crianças disléxicas é muito grande. Caso não haja uma atenção especial para esses casos, as crianças acometidas por esse distúrbio serão rotuladas e confundidas com preguiçosas ou más disciplinadas, pois é normal que elas expressem frustração, representada pelo mau comportamento dentro ou fora do ambiente escolar. 1.2 Principais Sintomas da Dislexia A linguagem é de suma importância para o sucesso escolar, ela está presente em todas as disciplinas e é usada em quase todos os momentos de nossa vida. É fundamental que o professor, em sala de aula, faça uma sondagem para encontrar indícios de dislexia. Os sintomas do distúrbio são: pronúncia com arritmia, omissão de letras ou sílabas, omissão ou adição de sons: Casa lê casaco, prato lê pato; ao fazer a leitura pula-se linha ou volta para a anterior; leitura silabada e lenta para idade, entonação inadequada, palavras mal agrupadas, cortes; hesitações e pontuação não respeitada, dificuldades na interpretação, dificuldades em análise e síntese; dificuldade para resumir; confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a/o, e/c, f/t, m/n, v/u, inversão de letras com grafia simular: b/p, d/p, d/q, b/d, n/u, a/e; inversões de sílaba: am/me, sol/los, sal/las, par/pra. Outros sintomas, ainda, devem ser observados como: falta de interesse por livros, dificuldades de montar quebra-cabeças, dificuldades em apresentar rimas e canções, dificuldade em manusear mapas e dicionários; dificuldade em decorar sequências; desatenção Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2012) n.º7 p. 81 - 85 83 dispersão, desorganização geral e atrasos na entrega de tarefas; problemas de conduta – retração, timidez excessiva e depressão (Associação Brasileira de Dislexia – ABD, Fundada em 1983. Segundo Vilanova (2000), chefe do setor de Neurologia Infantil da Universidade Federal de São Paulo, para identificar um disléxico é preciso observar se ele tem um aprendizado normal (em todas as disciplinas), pois algumas crianças podem apresentar baixo rendimento em matemática o que pode ser diagnosticado como discalculia, que se traduz em dificuldades com cálculos ou memorização de tabuada. 1.3 Causas da Dislexia As causas da dislexia são neurobiológicas e genéticas, pode ser herdada de um pai, avô, tio ou primo que seja disléxico. Para entender melhor a causa da dislexia é preciso compreender como funciona o cérebro, pois diferentes partes do cérebro exercem funções específicas. A área esquerda do cérebro está mais diretamente relacionada à linguagem, nela foram identificadas três subáreas distintas. Uma delas processa fonemas, outra analisa palavras e a última reconhece palavras. Essas três subdivisões trabalham em conjunto, possibilitando que o indivíduo aprenda a ler e escrever. Uma criança aprende a ler ao reconhecer e processar fonemas, memorizando as letras e seus sons. Dessa forma, ela passa então a analisar as palavras, dividindo-as em sílabas com mais facilidade, outra parte de seu cérebro passa a se desenvolver, sua função é a de construir uma memória permanentemente que imediatamente reconheça palavras que lhe são familiares. À medida que a criança progride no aprendizado da leitura, esta parte do cérebro passa o dominar o processo e, consequentemente, a leitura passa a exigir menos esforço. Porém, o cérebro dos disléxicos, devido às falhas nas conexões cerebrais, não funciona desta forma. No processo de leitura, os disléxicos recorrem somente à área cerebral que processa fonemas. O resultado disso é que os mesmos têm dificuldade em diferenciar fonemas de sílabas, pois sua região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa, suas ligações cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de palavras e, sendo assim, a criança com este distúrbio não consegue reconhecer palavras que já tenha lido ou estudado. A leitura se torna um esforço para ela, pois toda palavra que ela lê, parece ser nova e desconhecida. A partir de uma leitura atenta do histórico da dislexia, Ballone (2001), ressalta que, a dislexia tem sempre como causa primária a relação espacial alterada, fazendo com que a criança não consiga decifrar satisfatoriamente os códigos da escrita. O diagnóstico exige quase sempre uma equipe multidisciplinar. Esta equipe tem a função básica de eliminar outras responsáveis pelas trocas de letras e outras alterações de linguagem. 1.4 Diagnóstico On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X Para realizar um correto diagnóstico é necessário verificar primeiramente se na família existem casos de dislexia ou de dificuldades de aprendizagem e na história de desenvolvimento do indivíduo ocorreu um atraso na aquisição de linguagem, porque as pessoas disléxicas pensam primeiramente através de imagens e sentimentos, e não com sons e palavras sendo bastante intuitivas. Segundo a orientação da ABD (Associação Brasileira de Dislexia), criada em 1983, o diagnóstico só pode ser feito após a alfabetização, entre a primeira e segunda série. Pois a escola alfabetiza precocemente, e a criança não acompanha porque não tem maturidade neurológica suficiente. Conforme Pennington (1997, p. 65): A dislexia normalmente não é diagnosticada até a idade escolar, usualmente não antes do final da primeira ou segunda série. Contudo, está se tornando progressivamente claro que percussores da dislexia estão presentes antes da idade escolar. Clinicamente, as histórias pré – escolares de alguns disléxicos, mas não todos, contém informações sobre retardo leve ao falar, dificuldades de articulações, problemas ao aprender os nomes das letras ou nome das cores, problemas para encontrar palavras, sequência errada das sílabas (“aminais” por animais, “donimós” por “dominós”) e problemas para lembrar endereços, números telefônicos e outras sequências verbais. Indagar sobre cada um desses possíveis problemas é uma parte importante a ser registrada na história clínica em caso de suspeita de dislexia. Então como diagnosticar a dislexia? Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, podem ser percebidos na escola ou em casa, deve-se procurar especialistas que componham equipes multidisciplinares, formadas por psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo, que são pessoas capacitadas para iniciar uma minuciosa investigação, verificando todas as possibilidades, antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. Isto é chamado de Avaliação Multidisciplinar e de Exclusão. As equipes multidisciplinares devem ser compostas por médicos, pedagogos, psicólogos, professores e pais, que estejam comprometidos em contribuir para o diagnóstico o quanto mais cedo, o que propiciará à criança um melhor desenvolvimento da aprendizagem, da auto-estima e consequentemente do exercício da cidadania. 1.5 O Professor e o Trabalho com o Aluno Disléxico Depois de detectada a dislexia, cabe à escola, juntamente com o professor, incluir este aluno na sala de aula, trabalhando para com que este aluno consiga amenizar seu distúrbio de aprendizagem. É Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2012) n.º7 p. 81 - 85 84 importante enfatizar que a dislexia não é amenizada sem um tratamento apropriado. Não se trata de um problema que é superado com o tempo, ela não pode passar despercebida. Assim, para trabalhar com a criança disléxica, o professor necessita ser capacitado e ter conhecimento a respeito do problema. “Muitos professores, preocupados com o ensino das primeiras letras, e não sabendo como resolver as dificuldades apresentadas por seus alunos, várias vezes os encaminham para as diversas clínicas especializadas que os rotulam como ”doentes”, incapazes ou preguiçosos. Na realidade, muitas dessas dificuldades poderiam ser resolvidas dentro da própria escola.” (OLIVEIRA 1997, p. 9). Nesse sentido, o professor pode e deve ajudar seu aluno, trabalhando com a autonomia do mesmo, para que ele se sinta independente em tudo, acolhendo-o e respeitando-o. O professor é o maior responsável por facilitar o dia-a-dia do disléxico, criando alternativas de trabalho dentro da sala de aula através da prática de repassar ao aluno o resumo do programa a ser desenvolvido, além de expor no início do ano, qual matéria e quais métodos serão utilizados; iniciar cada novo conteúdo com um esquema mostrando o que será apresentado no período; usar vários recursos de apoio para apresentar a lição à classe, além de usar de forma organizada o quadronegro, utilizar também projetor de slides e vídeos; evitar dar instruções orais e escritas ao mesmo tempo; avisar antecipadamente quando houver trabalho que envolvam leitura para que a aluno encontre outras formas de realizá-lo; propor, sempre que houver oportunidade, trabalhos em grupo e atividades fora da sala de aula, como dramatizações, entrevistas e pesquisas de campo; fazer revisões com tempo suficiente para que o aluno tire suas dúvidas do assunto abordado; autorizar o uso de tabuadas, calculadoras e dicionários durante as atividades e avaliações; aumentar o tempo para atividade escrita, ler enunciados em voz alta e verificar se todos entendem o que está sendo pedido. (ÂNGELA MARIA – Revista Nova Escola 2005). Segundo a ABD (Informativo 002 – Fev. 09), os pais também podem ajudar, dividindo a lição em partes para cansar menos e a produção ser maior; alguém estar ao lado para ler os enunciados ou explicálos, caso a criança tenha dúvidas; dividir a leitura de livros com a criança: a criança lê uma parte, a mãe (pai ou responsável, etc.) outra; começar a leitura do livro muito antes da avaliação para se ter tempo para leitura de pequenas partes por vez; procurar livros, sites, revistas que demonstrem através de figuras, desenhos que possam facilitar a compreensão; alugar filmes que retratem questões históricas ou literárias, que estão sendo vistas na escola também ajudam na compreensão; valorizar os acertos da criança e não destacar somente os erros. Não somente em assuntos relacionados à escola, como também no dia-a-dia; observar a criança e perceber o que para ela funciona melhor: estudar à tarde, pela manhã ou à noite, sozinha ou acompanhada, fazendo intervalos de 15 minutos ou On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X meia hora; falar com a criança quando ela estiver com atenção voltada para você, caso contrário pedir para que olhe para você para ter certeza que ele irá prestar atenção e “ouvir” o recado; conversar com a coordenação da escola e verificar a disponibilidade para atender às necessidades da criança quanto à prova oral, provas alternativas, conforme relatório entregue; propiciar o acompanhamento indicado no relatório para melhor evolução do desempenho escolar; não corrigir sistematicamente erros da escrita e desnomias (trocas de palavras); demonstrar amor, carinho e aceitação, incentivando a superação das dificuldades. Agindo dessa forma, pais e educadores estarão ajudando os disléxicos a amenizar e superar este transtorno. 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS Sabe-se que a dislexia é um problema permanente, e por isso de responsabilidade de todos envolvidos, principalmente cabe à família e à escolar dar apoio ao disléxico. Para Selma Martinelle (2004, p. 114): Uma criança que vive em ambiente familiar equilibrado e que lhe oferece condições mínimas de experimentar e expressar suas emoções tem chances de lidar com maior segurança e tranquilidade com seus sentimentos e pode, dessa maneira, trabalhar com seus sucessos e fracassos de forma mais adequada. Nesse sentido, o presente artigo buscou focar a situação da dislexia dentro do ambiente escolar, e os principais aspectos e distúrbios de aprendizagem dislexia, focando as dificuldades de alunos, já que são esses os maiores prejudicados e ainda alertar profissionais da área da educação para dificuldades de aprendizagem, no intuito de evitar situações de discriminação e combatendo o insucesso escolar, preservando assim a qualidade de nosso ensino. 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERGAMO, Giuliana. Neurônios a deriva. Revista Veja. São Paulo, n. 1.907, p. 104-105, 1º junho 2005. CID-10. Classificação de transtornos mentais e de comportamento: descrição clínica e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. DAVIS, D. Ronald. O dom da Dislexia: Por que algumas pessoas mais brilhantes não consegue ler e como podem aprender. Rio de Janeiro: Rocco, 2004. DISLEXIA, Disponível em http://www.dislexia.org.br/ abd/dislexia/html> acesso em 01 de jun. de 2009. DISLEXIA, Disponível em http://www.dislexia.org.br/ abd/ internacionais/ assoc_ intl_ ida. html> acesso em 01 de jun. de 2009. Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2012) n.º7 p. 81 - 85 85 DISLEXIA, Disponível em http://www.dislexia.org.br/ abd/ noticias/ abdemfoco 002_ fev07.html> acesso em 02 de jun. de 2009. DISLEXIA, Disponível em http:// www.prof2000.pt/ users/ cmsilva/ historia. html> Acesso em 05 de abr. de 2009. DISLEXIA, Disponível em http:// unipscons.com.br/ page 22.html> Acesso em 06 de jun. 2009. DISLEXIA, Disponível em http:// www.dislexia.com.br Acesso em 06 de jun. de 2009. DORIN, Lannoy. Enciclopédia de Psicologia Contemporânea. Editora Iracema, 1984. FERNANDEZ A. A inteligência aprisionada: Abordagem psicopedagógica clínica da criança e da família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. FONSECA, V. D. Introdução às Dificuldades. 2. ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. FUNDAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA. Dislexia. Disponível em http:<www.dislexia.com.br>, acesso em 14 de ago. de 2009. JONHSON, D.; MYKELE BUST, H. Distúrbios de aprendizagem. São Paulo: Pioneira, 1987. JOSÉ, Elisabete de Assunção. COELHO, Maria Tereza. Problemas de aprendizagem. 12. ed., São Paulo: Editora Ática, 2006. LOPE, Áurea. Será que seu filho é disléxico? Revista Nova Escola. São Paulo: n. 188, p. 60-62, dez. 2005. LUCZYNSKI, Zeneide Bittencour. Dislexia: Você não sabe o que é? Curitiba: [S.N], 2002. MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação especial no Brasil: Histórias e Políticas. OLIVEIRA, Gislene Campos. Avaliação Psicomotora a luz da psicologia e da psicopedagogia. PetrópolisRJ: Vozes, 2002. PENNINGTON, Bruce F. Diagnósticos de distúrbio de aprendizagem. São Paulo: ed., Pioneira Thompsaon Learning, 1997. p. 65. REVISTA NEUROCIÊNCIAS – vol. 16, n. 1 (2008) São Paulo: Grammata Publicações e Edições Ltda, 2004. SERRANO, Graciete. Dislexia, uma nova abordagem terapêutica. Disponível em http:<www.abd.org.br> acesso em 10 de set. de 2009. SILVA, Célia. Pontos da Psicologia Escolar. São Paulo: Editora Ática, 1993. SISTO, Fermino Fernandes; BORUCHOVITCH, Evely; MARTINELLI, Selma de Cássia. Dificuldade de aprendizagem no contexto pedagógico. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. SMITH, Corine; STRICK, Lisa. Dificuldades de aprendizagem de A a Z: um guia completo para pais e educadores. Porto Alegre: Artmed, 2001. ZENTI, Luciana. O distúrbio das letras. Revista Nova Escola. São Paulo, n. 135, p. 24-25. set. 2000. On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2012) n.º7 p. 81 - 85