Ação de Formação
“A música como catalisador de aprendizagens no 1.º Ciclo”
Modalidade
Oficina de Formação
Duração
50 horas (25h presenciais + 25h de trabalho autónomo)
Nº de Créditos
2
Formador
João Nuno Eufrásio
Destinatários
Registo de Acreditação
Aguarda acreditação
Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Local da Formação
Escola Básica 2,3 Martim de Freitas
Nº de vagas
10
Razões justificativas da ação
Ainda hoje, os dois anos do 2ºciclo continuam a ser o único período do E.B. em que a música existe de facto com
professores profissionalmente habilitados num grande número de escolas. O caráter irregular com que a música é tratada
no 1º ciclo (assim como no 3º) não permite afirmar que a música aí tenha chegado de facto, apesar de todas as reformas
curriculares contemplarem esta área de formação.
Esta oficina surge num contexto de alguma falta de preparação docente, quer científica quer pedagógica, que legitima a
situação da posição do “mais vale não fazer que fazer mal”. Música na escola não se deve basear com a realização, por
vezes excecionalmente, de festas de Natal e de fim de ano. Pretende-se mais do que isso.
Os objetivos do ensino básico são claros nas referências ao desenvolvimento da “sensibilidade estética” e à promoção da
educação artística, de modo a sensibilizar para as diversas formas de expressão, detetando e estimulando aptidões nestes
domínios. O programa destinado aos alunos do 1º ciclo contempla de forma clara e explícita atividades ligadas ao
desenvolvimento da expressão musical (plástica, dramática e motora) para além das restantes atividades de
desenvolvimento da linguagem oral e a iniciação e progressivo domínio da leitura e da escrita, das noções essenciais de
aritmética e do cálculo, do meio físico e social. Defendendo que não existem disciplinas estanques mas sim “áreas
curriculares” em permanente interligação esta oficina propõe uma partilha de estratégias que favoreçam um constante
relacionamento entre as diferentes áreas, aproveitando as claras vantagens que a interdisciplinaridade tem ao criar novas,
diferentes e porventura mais aliciantes situações de aprendizagem.
Embora o professor do 1º ciclo possa ser “coadjuvado em áreas especializadas”, só ele está nas reais condições de
estabelecer as mais consequentes situações de interdisciplinaridade. Não sendo um mega professor que tudo sabe e
domina e com capacidades fora do comum, mas como é, no entanto, alguém que deve assumir a preciosa missão de,
através dos meios que dispõe e dos caminhos que o programa aponta, mostrar um conjunto globalizante de experiências de
aprendizagem. Esta Oficina tentará que os docentes que a frequentarem fiquem predispostos a acreditar que desenvolver
atividades de Expressão e Educação Musical nas crianças está ao seu alcance mesmo estes não tendo uma formação
musical convencional. Ao mesmo tempo visa fornecer-lhes alguns exemplos, ferramentas e recursos que lhes proporcionem
segurança e competências pedagógicas para o efeito.
Na perspetiva do Centro de Formação, trata-se de enquadrar no seu Plano de Ação mais uma proposta formativa na área
da educação artística, no sentido de dar resposta a uma das áreas mais frequentemente identificada como prioritária pelos
docentes e pelos elementos da sua Comissão Pedagógica, para além de reforçar e completar a oferta específica destinada
ao grupo de docência do 1.º Ciclo.
Objetivos a atingir
Tendo em mente a finalidade última de aproximar a Expressão Musical do quotidiano da criança em contexto de
aprendizagem no 1.º Ciclo, esta Oficina tem os seguintes efeitos a produzir:
1.
2.
3.
4.
Consciencialização para a importância da Expressão Musical no desenvolvimento harmonioso da criança.
Dotar os professores de competências para que possam dinamizar no espaço da sala de aula atividades diversas
de música, em contexto interdisciplinar, com regularidade.
Elaboração de um conjunto de atividades e materiais específicos (e genéricos).
Domínio de competências técnicas que permitam diversificar as atividades de Expressão Musical dentro e fora da
sala de aula
Conteúdos
SESSÕES DE TRABALHO PRESENCIAL
MÓDULO 1:
(25 horas)
(2 horas)
1. APRESENTAÇÃO DOS FORMANDOS/AFERIÇÃO DE COMPETÊNCIAS E NECESSIDADES
2. A EXPRESSÃO MUSICAL EXERCIDA DE FORMA LIVRE E CRIATIVA
- Implementação de condições para que as crianças explorem o seu potencial de forma absolutamente descontraída,
autónoma e confiante.
- Aspetos técnicos: ritmo, melodia, harmonia, timbre, dinâmica e forma.
MÓDULO 2:
(20 horas)
1. OFICINA DE EXPRESSÃO MUSICAL
- Criação de condições para a prática da expressão musical;
- Partilha, aproveitamento (música programática e descritiva) e criação de materiais
(EXEMPLOS: ritmos e elementos da dinâmica na leitura de textos poéticos; orquestração musical de textos (prosa e/ou
verso) com instrumentos de altura determinada e de altura indeterminada; criação/adaptação de textos a melodias
existentes - exploração da prosódia, acentuação, tempos fracos/tempos fortes, etc.; criação de melodias (bitónicas,
tritónicas,..) para poemas…)
- Ensaio e preparação de atividades
(Exemplos: exploração através do timbre, canto, expressão corporal e movimento da obra "Carnaval dos animais" de
C.Saint-Saens; exploração didática da Fábula Sinfónica "Quinta da amizade"; canções com acompanhamento de percussão
corporal; canções com movimento tendo como base em padrões rítmicos e formas estruturadas…)
- Ativação da audição através de: motivos e temas; ritmo, estrutura harmónica, forma, instrumentação (Orff,…), canto,
dança/movimento, expressão verbal (texto poéticos, lenga lega, etc…) e expressão plástica.
2. ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO REALIZADO PELOS FORMANDOS EM CONTEXTO DE SALA DE AULA
MÓDULO 3:
(3 horas)
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO TRABALHO REALIZADO POR CADA FORMANDO NAS “SESSÕES DE
TRABALHO AUTÓNOMO”
SESSÕES DE TRABALHO AUTÓNOMO
(25 horas)
Metodologias de realização da ação
MÓDULO 1
1. Apresentação dos formandos e respetivo formador e diagnóstico de competências tidas pelos formandos no âmbito da
ação.
2. Exposição sumária sobre a importância de criar condições nas Escolas e exposição teórica e prática (vivencial) sobre
os elementos constitutivos da música.
MÓDULO 2
1.
2.
3.
Exposição teórica sobre como tornar o espaço sala de aula aprazível à prática da Expressão Musical sem grandes
esforços e contrariedades; chamada de atenção para material existente e facilitador da execução de atividades de
expressão musical.
Exploração de materiais e trabalho prático no sentido de fomentar a aprendizagem e dotar os formandos do seu
domínio.
Elaboração por parte dos formandos de um plano de trabalho individual sucinto que explicite o modo como irão
explorar, com a sua turma, as atividades sugeridas.
MÓDULO 3
Apresentação e discussão dos resultados no grupo de formandos sob a forma de um PowerPoint, exposição oral e/ou
gravação áudio e vídeo.
SESSÕES DE TRABALHO AUTÓNOMO
As sessões de trabalho autónomo desenvolver-se-ão no sentido da aplicação em contexto de sala de aula das
competências técnicas adquiridas durante o desenvolvimento das sessões presenciais.
Regime de avaliação dos formandos
A avaliação quantitativa de cada formando será expressa numa escala de 1 a 10 valores, nos termos da Carta Circular
CCPFC – 2/2007, de setembro de 2007, com base nos seguintes parâmetros e ponderação:
-
Participação, assiduidade e pontualidade, interesse e empenho - 30%
Plano de trabalho individual respeitante às sessões de trabalho autónomo - 20%
Portfólio – “dossier” com todo o material produzido durante a ação de formação - 50%
A avaliação será feita de forma contínua ao longo da ação através de observação direta, nomeadamente da assiduidade,
pontualidade, interesse e empenho demonstrado por cada formando.
Apreciar-se-á também o plano de trabalho individual que corresponderá à planificação das atividades a serem postas em
prática com o professor e respetivos alunos.
Por último, deverá ainda ser entregue por cada formando um portfólio com todos os materiais produzidos na ação de
formação, incluindo o plano de trabalho individual e aplicação e/ou criação de novos materiais.
Download

A música como catalisador de aprendizagens no 1.º