IPCA deve fechar ano em 6%, Mercado projeta avanço maior do PIB e
reduz aposta para Selic em 2014
PIB
A mediana das estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 passou
de 1,67% para 1,70%. O ajuste ocorre após a surpresa com o desempenho da economia no
quarto trimestre de 2013, que cresceu 0,7% sobre os três meses anteriores, feitos os ajustes
sazonais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
INFLAÇÃO
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), escolhido como parâmetro para a
meta de inflação, deve fechar o ano em, 6%, a mesmo projeção anterior, de acordo com a
maioria das instituições financeiras consultadas, na última sexta-feira (28), pelo Banco Central
(BC), cujo resultado foi divulgado nesta quarta-feira (5) no boletim Focus. Para 2015, a
estimativa segue em 5,70% há cinco semanas. Em 12 meses, a estimativa saiu de 6,11% para
6,12%. Para o IPCA de fevereiro, a previsão foi mantida em 0,63% de elevação.
As projeções estão acima do centro da meta (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%). É
função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados
para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de
juros, também conhecida por taxa Selic.
Entre os analistas Top 5 – os que mais acertam as previsões – as estimativas não tiveram
alteração - 5,89% e 5,80% nas medianas de médio prazo para a alta do IPCA em 2014 e 2015.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida
pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPCFipe), que passou de 5,76% para 5,80%, este ano, e de 4,85% para 5%, em 2015.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de
5,96% para 6,03%, em 2014, e mantida em 5,50%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 5,92% para 6%, este ano, e segue em 5,50%, no
próximo ano.
JUROS
Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano, após passar por oito altas seguidas. O Focus
também mostra que houve revisão para baixo nas estimativas para a taxa Selic ao fim de 2014.
A mediana saiu de 11,25% para 11,13%, após o BC ter reduzido o ritmo de aperto monetário,
Até então, a autoridade monetária vinha elevando a Selic em 0,50 ponto percentual. Para o
final de 2015, a projeção segue em 12%.
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Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o
Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda
aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito
fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, e a medida alivia o controle sobre
a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a
fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário
Nacional.
Entre os analistas Top 5 – os que mais acertam as previsões – as estimativas para SELIC , e
11,75% (2014) e 12,25% (2015).
CÂMBIO, BALANÇA COMERCIAL, PRODUÇÃO INDUSTRIAL E INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS
A perspectiva de cotação do dólar passou para R$ 2,49 no final de 2014, contra R$ 2,50 na
semana anterior. A projeção para a taxa de câmbio do dólar em 2015 se manteve em R$ 2,55.
A projeção para Balança Comercial em 2014 caiu para a faixa de US$ 7,00 Bilhões, antes a
estimativa era de US$ 7,90 Bilhões. Para 2015 a projeção diminuiu de US$ 10,5 Bilhões para
US$ 10,0 Bilhões.
Em relação à Produção Industrial, os economistas cortaram a projeção para 1,80% antes era de
1,87%.
Para 2014, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil teve uma
queda de US$ 58,80 bilhões para US$ 58,00 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para
o aporte de investimentos estrangeiros também teve queda tendo uma projeção de US$ 55,00
bilhões.
Boletim Focus - Relatório de Mercado 05/03/2014
IPCA %
IGP-DI %
IGP-M %
Meta Taxa de Cambio - fim do período R$/US$
Meta Taxa Selic - fim do período %a.a.
PIB - crescimento %
Produção Industrial - crescimento %
Balança Comercial - US$ bi
Investimento Estrangeiro Direto - US$
2014
6,00
6,03
6,00
2,49
11,13
1,70
1,80
7,00
58,00
2015
5,70
5,50
5,50
2,55
12,00
2,00
3,00
10,00
55,00
Fonte: BACEN
EQUIPE TÉCNICA REFERÊNCIA
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RESUMO FOCUS publicado dia 05-03-2014