Estatística
Avanço migratório
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Região Centro-Oeste
tem maior redução de
acidentalidade no
país em 2010
O agronegócio tem se tornado um dos
principais combustíveis do desenvolvimento populacional e econômico vivido
pela Região Centro-Oeste na última década. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Censo
de 2010 mostrou que a Região, que é
composta pelos estados de Goiás, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, além do
Distrito Federal, teve um aumento significativo de população nos últimos 10 anos.
O crescimento está atrelado ao processo
constante de migração para o interior, visto que o fluxo migratório não está mais
direcionado apenas aos grandes centros
urbanos, mas sim aos novos polos econômicos que estão surgindo em cidades
menores. A expansão das fronteiras agrícolas e agropecuárias acabou reduzindo
o êxodo do campo para as grandes cidades.
O crescimento do setor proporcionou
aos estados da Região Centro-Oeste um
rendimento de US$ 15 bilhões em exportações de produtos agrícolas em 2010,
resultado que colocou a agricultura como
um dos mais expressivos vetores da economia regional. Como reflexo destes dois
fatores, a Região vem constatando um
aumento significativo de empregos formais. A cada ano, o Centro-Oeste tem
apresentado uma elevação de 6%, em
média, de novos empregos. Enquanto que
em 2008 tinha 3.223.987 trabalhadores
celetistas e em 2009 3.417.517, no último ano a Região contabilizou 3.630.804
profissionais com carteira assinada.
Além disto, o centro do país obteve o
melhor percentual de redução de acidentalidade no trabalho entre 2009 e 2010,
se comparado às demais regiões brasilei-
Anuário Brasileiro de Proteção 2012
ras. Isto porque teve uma queda de 7,7%
nos acidentes de trabalho. De 51.319 notificações em 2009, contabilizou 47.374
ocorrências de agravos no último ano. A
maior redução foi registrada no Distrito
Federal, onde as notificações passaram
de 9.344 para 8.341, representando uma
diminuição de 10,7%. Já o estado de
Goiás reduziu o número de ocorrências
em 8,7% (de 17.123 em 2009 para
15.625 no último ano).
DESEMPENHO
De 2008 para 2009, Goiás vislumbrou
um crescimento de 8,2% na mão de obra da Agricultura, Pecuária, Silvicultura,
Exploração Florestal e Pesca. Só que em
contrapartida a este crescimento empregatício do setor, teve uma elevação de
91,3% nos registros de acidentes laborais no segmento. De 1.467 ocorrências
em 2008, passou para 2.807 agravos no
ano seguinte. Com isto, sua incidência
(AT registrados para cada 100 trabalhadores) passou de 1,80 para 3,64.
Já no último ano informado, os goianos
foram as maiores vítimas de acidentes fatais no Centro-Oeste. Ao todo, 133 trabalhadores perderam a vida no estado em
decorrência de um acidente de trabalho.
O desempenho de Goiás torna-se ainda
mais preocupante se for levado em consideração o número de óbitos em 2009.
No ano em questão, o estado registrou
99 mortes, o que indica um aumento de
34,3% na mortalidade dos goianos durante a prática de sua atividade laboral em
2010. O Distrito Federal também apresentou aumento em sua mortalidade no
trabalho: 47,6% (de 21 mortes para 31).
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
por sua vez, tiveram redução em seus
acidentes fatais. Enquanto o primeiro apresentou queda de 18,7% (passou de
128 registros em 2009 para 104 em 2010),
o segundo contabilizou uma diminuição
de apenas 2,3% (de 44 para 43 óbitos).
Apesar da melhoria no desempenho do
Mato Grosso no último ano, em relação
aos registros de agravos fatais, o estado
possui a média de mortalidade mais elevada da Região nos últimos 21 anos. A
quantidade de óbitos para cada grupo de
100 mil trabalhadores, numa análise que
avalia os dados computados entre 1990
e 2010, é de 35 trabalhadores.
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se comparado às demais regiões brasilei