SITUAÇÃO ATUAL DO POTENCIAL HIDROELÉTRICO NAS REGIÕES NORTE E CENTRO DE PORTUGAL CONTINENTAL 1 de Outubro de 2013 MÁRIO SAMORA | ANA TERESA DIAS Índice da Apresentação 1. Grandes Aproveitamentos (P>10 MW) 1.1 - Plano Nacional de Barragens Com Elevado Potencial Hidroelétrico 1.2 - Outros Aproveitamentos não Contemplados no Plano 1.3 – Apuramento do Potencial por Aproveitar 2. Pequenos aproveitamentos (P < 10 MW) 2.1 – Potencial Identificado 2.2 – Potencial Libertado pelos Planos de Região Hidrográfica 3. Bombagem Pura 4. Reabilitação e Micro-geração www.cenor.pt 1 – Grandes Aproveitamentos Hidroelétricos (P > 10 MW) 1.1 – Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico Aproveitamento P (MW) Foz Tua 234 Foz Tua – em construção (P = 250 MW). Padroselos 113 Padroselos – Declaração de impacte ambiental desfavorável Alto Tâmega 90 Daivões 109 Fridão 163 Gouvães 112 Pinhosão 77 Girabolhos 72 Almourol 78 Alvito 48 Total 1 096 (a potência passou para P = 230 MW). Alto Tâmega – Início da construção previsto para 2014 (a potência passou para P = 160 MW). Daivões – Início da construção previsto para 2014 (a potência passou para P = 114 MW). Fridão – A EDP tem intenção de começar a construir a curto prazo (a potência passou para P = 237 MW). Gouvães – Início da construção previsto para 2014 (a potência passou para P = 880 MW). Pinhosão – Não teve interessados. Girabolhos/Bogueira – Houve um concorrente ganhador, mas neste momento, tem o projeto suspenso (a potência passou para P=335 MW + 29,28 MW). Almourol – Não teve interessados. Alvito – Houve um concorrente ganhador, mas, neste momento, tem o projeto suspenso (a potência passou para P = 225 MW). www.cenor.pt BALANÇO ATUAL DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE BARRAGENS COM ELEVADO POTENCIAL HIDROELÉTRICO: Em construção: Foz Tua (P = 250 MW). Com perspetivas de construção a curto prazo: Alto Tâmega + Fridão + Gouvães + Daivões ( Ptotal = 1 391 MW). Em suspenso: Girabolhos/Bogueira + Alvito (Ptotal = 589,28 MW) Sem interessados: Pinhosão + Almourol (Ptotal = 155 MW). Com DIA desfavorável: Padroselos (P= 230 MW). www.cenor.pt 1 – Grandes Aproveitamentos Hidroelétricos (P > 10 MW) 1.2 – Outros não Contemplados no Plano Aproveitamento P (MW) Assueira 88 Atalaia 50 Sra. de Monforte 81 Midões, no rio Mondego, deixará de ser viável se, entretanto, Pêro Martins 218 for decidido construir pequenos aproveitamentos na sua zona, Sampaio 150 sendo essa, de momento da opção da ARH Centro. Mente 48 Rebordelo 252 Castro D’Aire 134 Alvarenga 175 Castelo de Paiva 80 Póvoa 41 Asse-Dasse 185 Midões 54 Santarém 85 Erges 42 Total 1 683 APROVEITAMENTOS TORNADOS, ENTRETANTO, FISICAMENTE INVIÁVEIS Rebordelo, na bacia do Tua, interfere com dois pequenos aproveitamentos recentemente construídos. Póvoa, no rio Vouga, também não poderá ser construído, porque foi, entretanto, autorizada a construção, no seu lugar, do pequeno aproveitamento de Vilar do Monte. O potencial fisicamente viável fica reduzido a P = 1 151 MW. www.cenor.pt 1 – Grandes Aproveitamentos Hidroelétricos (P > 10 MW) 1.3 – Apuramento do Potencial a Aproveitar Com perspetivas de realização a curto prazo (aproveitamentos com intenção de construção a curto prazo): Aproveitamento P (MW) Alto Tâmega Daivões Fridão Gouvães Total 160 114 237 880 1 391 Com perspetivas medianas de realização (aproveitamentos do PNBEPH que tiveram adjudicatários, mas cuja execução se encontra suspensa): Aproveitamento P (MW) Girabolhos 335+29,28 Alvito 225 Total 589,28 www.cenor.pt 1 – Grandes Aproveitamentos Hidroelétricos (P > 10 MW) 1.3 – Apuramento do Potencial a Aproveitar Com perspetivas longínquas de realização (aproveitamentos não selecionados no PNBEPH + aproveitamentos que foram selecionados, mas que não tiveram interessados + Padroselos (DIA desfavorável): Aproveitamento P (MW) Padroselos Pinhosão Almourol Assureira Atalaia Sra. de Monforte Pêro Martins Sampaio Mente Castro D’Aire Alvarenga Castelo de Paiva Asse-Dasse Santarém Erges Total 230 77 78 88 50 81 218 150 48 134 175 80 185 85 42 1 973 Total Geral: P = 3 584,28 MW . www.cenor.pt 2 – Pequenos Aproveitamentos Hidroelétricos (P < 10 MW) 2.1 – Potencial identificado BASES: • Pedidos que deram entrada na ARH-Centro. • Avaliação de potencial feita pela equipa de consultores do consórcio AQUAPLAN Norte, para o PGRHN. NOTA IMPORTANTE: Esta última avaliação excluiu, à partida, um conjunto de zonas que a ARH Norte postulou serem “non aedificandi” (ex: Rio Paiva). www.cenor.pt Rio P (MW) Minho 11,5 Lima 24,3 Cávado 12,1 Ave 1,4 Sabor 1,4 Tâmega 16,1 Douro 40.2 TOTAL NORTE: 107 Mondego 141,8 Vouga 68,5 TOTAL CENTRO: 210,3 TOTAL GERAL: 317,3 2 – Pequenos Aproveitamentos Hidroelétricos (P < 10 MW) 2.2 – Libertado pelos Planos de Região Hidrográfica Rio P (MW) Minho 11,5 Lima 2,0 Cávado 6,6 Ave 1,4 Douro 21,6 Sabor 1,4 Tâmega 9,6 TOTAL NORTE: 54,1 (50% do “potencial”) Mondego 45,9 Vouga 25,7 TOTAL CENTRO: 71,6 (34% do potencial) TOTAL GERAL: 125,7 (40% do potencial) www.cenor.pt 3 – Aproveitamentos de bombagem pura • Existe uma terceira categoria de aproveitamentos hidroelétricos que poderá vir a ter um particular interesse para o equilíbrio da rede elétrica nacional, na medida em que permitiria aumentar a penetração de renováveis com produção não garantida: eólicas, solares e fiosde-água. • Trata-se dos aproveitamentos de bombagem pura, que se caracterizam por grandes reservatórios e grandes potências. INVENTÁRIO DO POTENCIAL DA ZONA CENTRO: Rio Rio Caima Potência (MW) 713,0 Afluente do Rio Caima 239,0 Afluente do Rio Caima 593,8 Ribeiro da Ponte Rio Paivô Ribeiro de Asnela Ribeiro da Anta Rio Alfusqueiro Rio Alfusqueiro Rio de Castelões Ribeira das Mestras Ribª de Dornas Ribeiro da Ponte Total 417,5 235,7 913,0 428,9 554,2 751,6 594,7 477,3 223,5 463,4 6 605,6 www.cenor.pt 3 – Aproveitamentos de bombagem pura INVENTÁRIO DO POTENCIAL DA ZONA NORTE: • Não disponível na sua totalidade, mas é, claramente, vasto. • Cita-se o Aproveitamento de Carvão-Ribeira 500 MW), na bacia do Douro, que faz parte da carteira de projetos licenciados à EDP e que se encontra, atualmente, em suspenso. CONCLUSÕES: O POTENCIAL GLOBAL DESTE TIPO DE APROVEITAMENTOS É MUITO SIGINIFICATIVO E É CLARAMENTE SUPERIOR ÀS NECESSIDADES ATUAIS DA REDE ELÉTRICA. A SUA VIABILIDADE VAI DEPENDER MUITO DA EVOLUÇÃO DO CUSTO DA ENERGIA, DO CRESCIMENTO DOS CONSUMOS E, SOBRETUDO, DA EVOLUÇÃO DO DIFERENCIAL ENTRE AS TARIFAS DAS HORAS DE VAZIO E DAS HORAS CHEIAS DO DIAGRAMA DE CARGAS www.cenor.pt 4 – Reabilitações e Microgeração • As ARHs afirmam pretender favorecer a microgeração hídrica (P < 250 KW) e a reabilitação ou reforço de potência de obras existentes. • A reabilitação poderá incluir a instalação de equipamento de geração em açudes existentes que tenham sido construídos para outros fins e que já não sejam necessários. • O potencial existente é difícil de quantificar. • O Grupo Águas de Portugal está a fazer alguns investimentos tímidos de inserção de turbinas hidráulicas nos seus sistemas de abastecimento de água com carga hidráulica excedentária. www.cenor.pt