- Ecotoxicidade de sedimentos aquáticos Toxicidade : - Resposta de um organismo a uma dose acumulada de uma dada toxina, que é mantida acima de uma concentração limiar por um período de exposição suficientemente longo. -A resposta incorpora a soma de todos os estresses a que o organismo é submetido, bem como a capacidade de compensação do organismo. Razões para avaliar a qualidade dos sedimentos ► ► ► ► ► Vários contaminantes acumulam-se no sedimento em concentrações elevadas Sedimentos servem como reservatório de fonte de contaminantes para a coluna d´agua. Sedimentos integram contaminantes ao longo do tempo. Enquanto na coluna d´agua os teores são muito mais variáveis e dinâmicos. Sedimentos contaminados, em adição as substâncias presentes na coluna d´agua, podem afetar a comunidade bentônica e os organismos associados ao sedimento. Sedimento é um compartimento do ambiente aquático que fornece áreas para alimentação, reprodução e habitat para muitas espécies da biota Tríade ► ► ► Contaminação (química do sedimentos) Comunidade bentônica (estrututa, bioacumulação, histopatologia...etc) Toxicidade (testes com sedimentos) INFORMAÇÕES OBTIDAS A PARTIR DA TRÍADE PARÂMETROS para o Índice Bêntico de Integridade Biótica – IBIB. ► ► ► ► ► ► ► ► ► ► Biomassa total Densidade total Índice de diversidade Shannon-Weiner Porcentagem de espécies não indicadora de poluição. Porcentagem de espécies sensíveis a poluição Porcentagem da biomassa em secção profunda (3 a 10 cm) Porcentagem da densidade em secção profunda (3 a 10 cm). Porcentagem de espécies em secção profunda (3 a 10 cm). Porcentagem de espécies carnívoras ou ornívoras. Porcentagem de espécies detritívoras de profundidade (alimenta-se na sub-superfície). ABORDAGEM QUÍMICA X ABORDAGEM BIOLÓGICA. Efluentes e sedimentos QUÍMICA ►não pode medir todos os compostos ►não fornece informações sobre efeitos biológicos. ► BIOLÓGICA ► Analisa efeitos conjunto de todos os componentes da amostra. ECOTOXICOLOGIA Uso de testes de toxicidade para análise de impactos biológicos de contaminantes. TESTES DE TOXICIDADE ► Análise do efeito deletério de uma ou mais substâncias químicas a um ou mais grupos de organismos. ► Identificação de concentrações de substâncias químicas que causam efeitos deletérios à biota. ► Aplicação dos resultados para estimar concentrações “ seguras” de produtos químicos no ambiente aquático. TIPOS DE TESTES DE TOXICIDADE ► AGUDO: curta duração, usualmente avaliando mortalidade ou imobilidade. ► CRÔNICO: usualmente com períodos de exposição mais longo, avaliando parâmetros sub-letais. MÉTODOS DE EXPOSIÇÃO EM TESTES DE TOXICIDADE. ► Estático: sem renovação da solução-teste no decorrer do experimento. ► Semi-estático: com renovação periódica da solução teste. Por exemplo, a cada 24 horas. ► Fluxo-contínuo. PARÂMETROS ANALISADOS EM TESTES DE TOXICIDADE (ENDPOINTS) ► Mortalidade ou imobilidade. ► Crescimento. ► Reprodução. ► Comportamento. ► Metabolismo (por ex. , consumo de oxigênio, balanço energético). ► Reações bioquímicas ( por ex. redução de bioluminescência). CRITÉRIOS DE DESEMPENHO DE TESTES DE TOXICIDADE. ► Sensibilidade à substâncias de referência (Zn, Cd, SDS, ...etc) ► Gráficos temporais com resultados de testes com as substâncias de referência (Warning charts). ► Resultado deve estar contido dentro dos limites obtidos pela média de testes anteriores +- o dobro do desvio padrão. Outros fatores importantes: ► Dados experimentais – Sobrevivência no controle, manutenção da qualidade da água dentro dos limites aceitos para uma dado tipo de teste. ► Controle do cultivo de organismo-teste: sobrevivência, idade, reprodução, tamanho, fase do ciclo de vida.. GRUPOS DE ORGANISMOS MARINHOS COMUMENTE UTILIZADOS EM TESTES DE TOXICIDADE . ► Bactérias (por ex. Microtox): redução da bioluminescência. ► Micro-algas: reprodução em microplacas ou erlenmayers ► Macro – algas: germinação de zoósporos e elongação do tubo germinativo, fertilização de gametas. GRUPOS DE ORGANISMOS MARINHOS COMUMENTE UTILIZADOS EM TESTES DE TOXICIDADE . Invertebrados Moluscos Perna perna Ostra Crustáceos misidáceos copépodos mortalidade, crescimento, reprodução, desenvolvimento larval. Poliquetos: crescimento, reprodução. Peixes: mortalidade, testes com fases iniciais do ciclo de vida (eclosão de ovos, desenvolvimento embrionário) GRUPOS DE ORGANISMOS COMUMENTE UTILIZADOS EM TESTES DE TOXICIDADE COM SEDIMENTOS. ► Anfípodos: testes agudos – mortalidade até 96 horas ► testes crônicos – mortalidade e crescimento em 10 dias. ► Bivalves: testes crônicos – mortalidade e crescimento, comportamento ► Poliquetos: testes crônicos – mortalidade e reprodução. Espécies de organismos de água doce utilizadas em testes com sedimentos ► Amphipoda azteca – – Hydella Sobrevivência, crescimento e reprodução. ► Diporeia sp., Sobrevivência, crescimento e reprodução Chironomidae ► Chironomus tentans, Sobrevivência, crescimento . ► Ephemeroptera – Hexagenia limbata, Sobrevivência, crescimento , cresciemnto. Cladocera ► Ceriodaohnia dubia - ► Ceriodaphinia magna - Sobrevivência, crescimento . Sobrevivência, crescimento . Nematoda ► Lumbriculus variegatus, Sobrevivência , crescimento, reprodução. ► Tubifex tubifex, Sobrevivência OBTENÇÃO DE ORGANISMOS TESTES. ► Coleta em Campo ► Cultivo em laboratório Vantagens Cultivo em laboratório. – Disponibilidade constante temporal e espacial, e são mantidos em condições conhecidas e controladas. Coleta em campo – amostra de uma população “natural”, facilidade de obter grandes quantidades com relativamente pouco esforço e custo Desvantagens. ► Cultivo em laboratório: “ Pool” gênico limitado, influências das condições de cultivo na sensibilidade do teste. ► Coletados em campo: Disponibilidade limitada, sazonal ou geograficamente, Variação sazonal ou geográfica na sensibilidade. CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DE ORGANISMOS PARA TESTES DE TOXICIDADE. ► ► ► ► ► ► ► ► ► ► ► Disponibilidade. Sensibilidade a agente químico. Tolerância a manuseio. Tolerância a fatores bióticos. Rota de exposição. Ciclo de vida. Relevância ecológica e / ou econômica. Distribuição. Existência de metodologia padronizada. Requisitos legais. Validação em Campo (?). O QUE É SEDIMENTO CONTAMINADO? ► Definido por concentrações de compostos químicos. ► Definidos por efeitos biológicos. ► Definidos por compostos químicos e efeitos biológicos. ► Definição pode ser específica para cada local. ► Definição terá implicações no gerenciamento. SELEÇÃO DE LOCAIS PARA COLETA DE SEDIMENTOS ► Procure: ► Fonte de poluentes (passadas e presentes) ► Padrões de fluxo ► Áreas de deposição (baixo fluxo) ► Áreas não dragadas (depósitos mais antigos) ► Siltes orgânicos. ► Sedimentos oleosos, mal-cheirosos, descolorados. PLANEJAMENTO DE COLETAS ► Coletar e analisar tantas amostras quanto o tempo e dinheiro permitirem. ► Incluir amostras coletadas por testemunho para que se possa ter uma visão tridimencional do nível de contaminantes. ► Seja consistente no método de coleta utilizado, para que as amostras sejam tão comparáveis quanto possível. COLETA, ARMAZENAMENTO E PROCESSAMENTO DE SEDIMENTOS. ► Testemunho (corer): de embarcação -Mergulho Pegador de fundo: Van Veen, Eckman, etc. COLETA SUPERFICIAL X DE FUNDO ► Testemunhos de profundidade coletam: ► Sedimentos recentes e mais antigos ► Camadas estratificadas, menos móveis. ► Sedimentos menos biologicamente ativos. ► Material mais seco e compacto. ► Contaminação mais variável. Pegadores superficiais coletam: ► sedimentos mais recentes ► camada de mistura, mais móvel ► zona biologicamente ativa ► sedimentos mais fluídos ► contaminação menos variável. TIPOS DE TESTES DE TOXICIDADE COM SEDIMENTOS. ► Sedimento integral ou fase sólida. ► Elutriato ou fase extraída em água. ► Fase extraída com solvente orgânico ► Água intersticial. ► Interface água-sedimento ► Exposição in situ. METODOLOGIA BÁSICA PARA TESTES DE TOXICIDADE EM SEDIMENTOS. ► ► ► ► ► ► Preparo de diluição em série, a partir da amostra a ser analisada. Diluições devem ser em escala logarítimica (progressão geométrica), visando um melhor desempenho na análise estatística, que normalmente utiliza papel logarítimo para a construção da curva dose resposta. Medida inicial da qualidade da água (OD, pH, salinidade, T°C, amônia) nas amostras testes. Inseri as amostras em câmara de temperatura constante ou banho de temperatura. Seleção dos organismos em cubas de randonização e adição aos frascos-teste, em ordem aleatória. Análise periódica dos organismos no decorrer do experimento. In situ