Sala Ambiente Metodologia da Pesquisa Educacional Apresentação Ementa: Metodologia de estudo. Questões teóricas e metodológicas da produção do conhecimento científico, analisando a especificidade da pesquisa em Educação. Abordagens e os enfoques metodológicos da pesquisa educacional. Prezado (a) cursista, bem vindo à Sala Ambiente Metodologia da Pesquisa Educacional Esta sala ambiente o acompanhará até o término do curso, quando você terá que apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), um requisito final e obrigatório para a obtenção do título de especialista em Política e Gestão Educacional em Redes Públicas. Trata-se de um ambiente de aprendizagem que tem a finalidade de levar todos/as a conhecer as bases que norteiam o conhecimento científico, os métodos de produção do conhecimento, as etapas da elaboração de trabalhos acadêmicos. Ao mesmo tempo, buscamos promover um movimento de reflexão teóricoprático entre os temas estudados e as atividades desenvolvidas nas demais salas do curso com o seu contexto de atuação. Esta sala é muito importante para ajudá-lo a perceber-se como profissional pesquisador. Além disso, esclarecemos a partir desta sala, a idéia original que nos levou ao nome do curso, qual seja, a de gerar uma cultura de desenvolvimento de atividades político-pedagógicas via tecnologia. Desse modo, pautado numa atitude investigativa, você poderá discutir/analisar o papel dos profissionais que trabalham na gestão das escolas e das redes de ensino, no que tange às políticas educacionais e gestão escolar com o apoio da tecnologia da comunicação. Esse exercício ocorrerá em estreita relação com a realidade de seu cotidiano de trabalho, sua trajetória no curso, seu processo de aprendizagem e dos conhecimentos construídos ao longo da vivência das salas, resultando na elaboração de um projeto-intervenção, que será objeto de trabalho ao longo desta sala. O projeto-intervenção servirá de base para você desenvolver seu TCC, que orientado por um(a) professor(a), será apresentado na forma de um artigo científico. Esta sala, no que diz respeito ao conteúdo, está organizada em quatro unidades temáticas, a saber: Unidade I – Organização para os estudos e a pesquisa como fundamento da formação Unidade II – Ambiente virtual como objeto de investigação Unidade III - Ambiente virtual como objeto de intervenção Unidade IV – Trabalho de conclusão de curso Adentremos então, a nossa prazerosa caminhada. Unidade I - Organização para os estudos e a pesquisa como Fundamento da Formação Produtividade do Trabalho Acadêmico Ao fazer a opção/escolha por um curso na modalidade educação a distância, o cursista se insere num processo de educação aberta ou autodidata. No entanto, como sabemos, para facilitar seu estudo a distância no Curso de Especialização em Política e Gestão Educacional em Redes Públicas é disponibilizado apoio, seja pedagógico ou de navegação no ambiente de aprendizagem, por meio dos tutores a distância e presencial. Ressaltamos, entretanto, que é de suma importância a disciplina pessoal, registro de seus estudos¹ ao longo de todo processo, evitando assim o trabalho duplicado e angústias em relação a prazos, conteúdos e formas do trabalho final, bem como a execução de algumas ações para obtenção da eficiência nos estudos. Dentre essas mencionamos: 1. Disponibilizar horário diário para estudar. Organize sua vida de modo a abrir espaços para o estudo e planejar melhor o aproveitamento de seu tempo. Planeje com a agenda. Entenda que não basta descobrir tempo: é importante torná-lo produtivo (RUIZ, 2006). 2. Organize grupos de estudo no município em que reside a fim de estabelecer intercâmbio com os demais cursistas e socializar os saberes e dúvidas que surgem na caminhada. O estudo em grupo é proveitoso sob todos os aspectos, quando os seus integrantes assumem sua parcela de responsabilidade e se dispõem a trabalhar e contribuir com o crescimento de todos (as). 3. Registre, diariamente, suas dificuldades e limitações de aprendizagem ou de navegação na plataforma Moodle pois, como você já sabe, poderá solucioná-los interagindo com os tutores de forma presencial ou a distância. 4. Crie o hábito de ir ao Polo de Apoio Presencial. Lá, além do suporte presencial, você encontrará referências em algumas áreas do conhecimento que o ajudará a complementar suas leituras. Desse modo, não se pode deixar de se destacar o pensamento de Ruiz (2006), quando aponta: terá realizado um bom curso não tanto aquele que for capaz de reproduzir o que aprendeu, mas aquele que, diante de problemas novos, tiver nível e método para empreender uma pesquisa séria e profunda. Nesse sentido, acrescenta Mira y López (1968, p.30) que “aprender é aumentar o cabedal de recursos de que dispomos para enfrentar os problemas que nos apresenta a vida cultural”. Ora, se não é possível fazer um bom curso sem organizar tempo para estudo, não é possível pensar em fazer um bom curso sem dedicar-se as leituras. É preciso ler, ler muito e ler bem, aponta Ruiz (2006). Para o autor A leitura amplia e integra os conhecimentos, desonerando a memória, abrindo cada vez mais os horizontes do saber, enriquecendo o vocabulário e a facilidade de comunicação, disciplinando a mente e alargando a consciência pelo contato com formas e ângulos diferentes sob os quais o mesmo problema pode ser considerado (RUIZ, 2006, p.35). Neste sentido, como forma de aperfeiçoamento do processo da leitura, sugerimos a leitura do trecho do texto de Délcio Vieira Salomon (1999), que contempla as características do bom e mau leitor. APERFEIÇOAMENTO DA LEITURA² O estudo eficiente depende da técnica da leitura. O estudante como o trabalhador intelectual tem necessidade de ler constantemente. Investigações já foram feitas e concluíram que o sucesso nas carreiras e atividades do mundo moderno está em relação direta com o hábito da leitura proveitosa: há, no mínimo, a necessidade de se obterem as informações exatas no lugar e no momento oportuno e a de aperfeiçoamento profissional, cujo processo é comunicado nos livros, artigos e outros recursos que exigem leitura e estudo. O estudante e o responsável por um trabalho científico enfrentam um problema comum: ter de consultar e ler uma quantidade imensa de material escrito indicado pelas fontes, bibliografias e documentação. A cada ano, a explosão bibliográfica, mesmo a especializada, aumenta assustadoramente. A ciência, sob certo aspecto, é um processo cumulativo e não um produto acabado; o trabalhador intelectual tem necessidade de se atualizar. Consegui-lo é um desafio. Da parte do leitor, só será superado através de método e habilidades. Neste caso, método e habilidades se resumem em: a) saber selecionar o que se deve ler; b) saber ler com a maior velocidade e o maior proveito possível. Mas para se atingir esse objetivo é preciso que o interessado comece a medir suas possibilidades: que espécie de leitor é, quais as suas condições e seu poder de decisão em desenvolver habilidades, através de treinamento. Por isso, começarei pela análise dos requisitos do "bom leitor". Em seguida é que apontarei as técnicas da leitura proveitosa. Procuro, dentro da diretriz que venho adotando desde o início, ser direto e prático. A exposição será concisa e até esquemática em alguns momentos. Mas o que indicar é fruto de investigações, não são normas de bom senso. Caberá ao leitor, caso necessitar, decidir por algo a mais que este capítulo apresenta: ler algum manual que traga resposta a problema específico que não foi identificado ou, talvez, realizar um curso de "leitura dinâmica”. Entretanto, posso garantir que muitos estudantes que se dispuseram a praticar, dentro de um período razoável de treinamento individual, as indicações aqui apresentadas obtiveram êxito, segundo confessaram. Além da leitura, o trabalhador intelectual, sobretudo quando assume a responsabilidade de fazer um trabalho científico, necessita saber analisar cientificamente os textos que lê e consulta. 1 – Comparação entre o bom e o mau leitor À primeira vista parece fora de propósito a epígrafe acima. Poder-se-ia objetar que se trata de um problema de valor e seria ocioso, numa perspectiva científica, estabelecer um confronto entre "bom" e "mau", pois se torna um julgamento bastante subjetivo. Sem discutir o mérito e a procedência desse ponto de vista, que nos transportaria, provavelmente, para um terreno mais abrangente – o do valor nas mensurações científicas –, a colocação merece uma justificativa. A experiência e a observação têm mostrado um fato bastante freqüente: há muitas pessoas que “lêem”’ e há pessoas que "sabem ler". Muitos, sobretudo quando têm consciência do problema, pagam um tributo caro a hábitos formados desde a escola primária e que os condicionaram a ler sem saber ler. É pelo problema de hábitos negativos de leitura que se volta o interesse em rotular a pessoa de "mau leitor"; e o "bom leitor", conseqüentemente, passa a significar aquele que tem habilidades eficientes de leitura. Introduzir alguém no conhecimento das habilidades de leitura, antes de levá-lo a uma auto-análise, parece não ser o caminho indicado. É por isso que se estampa diante do interessado o quadro a seguir onde é possível descobrir seu "perfil de leitor". À medida que esse quadro vai se desenrolando, os aspectos positivos e negativos vão sendo identificados e as necessidades específicas de cada um vão sendo colocadas em termos concretos. Ao término dessa atividade, a análise já estará praticamente feita e a pessoa terá condições de decidir pelo que lhe interessar mais de perto. O quadro é baseado num esquema semelhante elaborado por Witty (1777), que o produziu, porém, de maneira sumária e sem a intenção pedagógica aqui proposta. Não se trata de um teste de psicologia, pois do teste psicológico tem apenas a característica da objetividade (o quadro deriva de conclusões de pesquisas feitas a respeito de habilidades de leitura que os estudantes têm) e funciona como estímulo para a reação do leitor. Atividade 1 Leia o quadro abaixo pausadamente, um item de uma coluna e logo a seguir o correspondente na outra coluna. Salve-o no seu computador para realizar a tarefa e, quando terminar, deposite-o na Base de Dados O Bom e o Mau Leitor. À medida que for identificando pontos positivos e pontos negativos, assinale-os. Depois os reveja e estabeleça o esquema de suas necessidades concretas para desenvolver hábitos de leitura veloz e producente. Bom leitor O bom leitor lê rapidamente e entende bem o que lê. Tem habilidades e hábitos como: 1. Lê com objetivo determinado. Ex: aprender certo assunto, repassar detalhes, responder a questões Mau leitor O mau leitor lê vagarosamente e entende mal o que lê. Tem hábitos como: 1. Lê sem finalidade. Raramente sabe por que lê. 2. Lê unidades de pensamento. 2. Lê palavra por palavra. Abarca, num relance, o sentido de um grupo de palavras. Relata rapidamente as idéias encontradas numa frase ou num parágrafo. Pega o sentido da palavra isoladamente. 3. Tem vários padrões de velocidade. 3. Só tem um ritmo de leitura. Ajusta a velocidade da leitura com o assunto que lê. Se lê uma novela, é rápido. Se livro científico para guardar detalhes, lê mais devagar para entender bem. Seja qual for o assunto, lê sempre vagarosamente 4. Avalia o que lê. Pergunta-se freqüentemente: Que sentido tem isso para mim? Está o autor qualificado para Esforça-se para juntar os termos para poder entender a frase. Freqüentemente tem de reler as palavras. 4. Acredita em tudo que lê. Para ele tudo o que é impresso é verdadeiro. Raramente confronta o que lê Você precisa rever sua conduta no sentido de: escrever sobre tal assunto? Está ele apresentando apenas um ponto de vista do problema? Qual é a idéia principal deste trecho? Quais seus fundamentos? com suas próprias experiências ou com outras fontes. Nunca julga criticamente o escritor ou seu ponto de vista. 5. Possui bom vocabulário. 5. Possui vocabulário limitado. Sabe o que muitas palavras significam. É ca paz de, perceber o sentido das palavras novas pelo contexto. Sabe usar dicionários e o faz freqüentemente para esclarecer o sentido de certos termos, no momento oportuno. Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca relê uma frase para pegar o sentido de uma palavra difícil ou nova. Raramente consulta o dicionário. Quando o faz, atrapalha-se em achar a palavra. Tem dificuldade em entender a definição das palavras e em escolher o sentido exato. 6. Tem habilidades para conhecer o valor do livro. 6. Não possui nenhum critério técnico para conhecer o valor do livro. Sabe que a primeira coisa a fazer quando se toma um livro é indagar de que trata, através do titulo, dos subtítulos encontrados na página de rosto e não apenas na capa. Em seguida lê os títulos do autor. Edição do livro, índice. "Orelha do livro". Prefácio. Bibliografia citada. Só depois é que se vê em condições de decidir pela conveniência ou não da leitura. Sabe selecionar o que lê. Sabe quando consultar e quando ler. Nunca ou raramente lê a página de rosto do livro, o índice, o prefácio, a bibliografia etc., antes de iniciar a leitura. Começa a ler a partir do primeiro capítulo. É comum, até ignorar o autor, mesmo depois de terminada a leitura. Jamais seria capaz de decidir entre leitura e simples consulta. Não consegue selecionar o que vai ler. Deixa-se sugestionar pelo aspecto material do livro. 7. Sabe quando deve ler um livro até o fim, quando interromper a leitura definitivamente ou periodicamente. Sabe quando e como retomar a leitura, sem perda de tempo e da continuidade. 7. Não sabe decidir se é conveniente ou não interromper uma leitura. 8. Discute freqüentemente o que lê com colegas. Sabe distinguir entre impressões subjetivas e valor objetivo durante as 8. Raramente discute com colegas o que lê. Quando o faz, deixa-se levar por impressões subjetivas e emocionais para defender um Ou lê todo o livro ou o interrompe sem critério objetivo, apenas por questões subjetivas. discussões. ponto de vista. Seus argumentos, geralmente, derivam da autoridade do autor, da moda, dos lugarescomuns, das tiradas eloqüentes, dos preconceitos. 9. Adquire livros com freqüência e cuida de ter sua biblioteca particular. 9. Não possui biblioteca particular. Quando é estudante procura os livros de texto indispensáveis e se esforça em possuir os chamados clássicos e fundamentais. Tem interesse em fazer assinaturas de periódicos científicos. Formado, continua alimentando sua biblioteca e restringe a aquisição dos chamados "compêndios". Tem o hábito de ir direto às fontes; de ir além dos livros de texto. 10. Lê assuntos vários. Lê livros, revistas, jornais. Em áreas diversas: ficção, ciência, história etc. Habitualmente nas áreas de seu interesse ou especialização. 11. Lê muito e gosta de Às vezes é capaz de adquirir "metros de livro" para decorar a casa. É freqüentemente levado a adquirir livros secundários em vez dos fundamentais. Quando estudante, só lê e adquire compêndios de aula. Formado, não sabe o que representa o hábito das “boas aquisições” de livro. 10. Está condicionado a ler sempre a mesma espécie de assunto. ler. 11. Lê pouco e não gosta de ler. Acha que ler traz informações e causa prazer. Lê sempre que pode. Acha que ler é ao mesmo tempo um trabalho e um sofrimento. 12. O BOM LEITOR é aquele que não é só bom na hora de leitura. 12. O MAU LEITOR não se revela apenas no ato da leitura, seja silenciosa ou oral. É constantemente mau leitor, porque se trata de uma atitude de resistência ao hábito de saber ler. É bom leitor porque desenvolve uma atitude de vida: é constantemente bom leitor. Não só lê, mas sabe ler. Para finalizar este primeiro momento relativo à produtividade do trabalho acadêmico, chamamos novamente a atenção para a relevância e necessidade de as leituras realizadas serem registradas e documentadas. As anotações tornam-se mais acessíveis e úteis, se forem feitas em fichas, elaboradas de acordo com a técnica apropriada. Documentação dos dados: anotações e fichamentos Fichar é transcrever anotações em fichas documentais para fins de estudo ou pesquisa. Em outras palavras ... Fichamento - registro sintético e documentado dos dados/informações relevantes de uma obra. A vantagem de se utilizar fichamentos para documentação dos dados está na possibilidade de obter-se a informação exata, na hora necessária. Além disso, pela facilidade do manuseio, remoção, renovação ou acréscimo de informações, o uso de fichas é indispensável na tarefa de documentação bibliográfica. Os registros podem ser realizados nas tradicionais folhas de cartolina, em folhas de papel comum ou, até mesmo, em arquivos/pastas no computador. O fundamental é que sejam organizadas (ANDRADE, 2007). Quanto ao conteúdo, as fichas se prestam a vários tipos de anotações: → de indicação bibliográfica → de transcrição para citações → de apreciação → de esquema → de resumo 1. De indicação bibliográfica: apresenta os elementos necessários à identificação do texto, artigo, livro, periódico. Apresentam-se, a seguir, as normas conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Exemplos: a) FICHAMENTO DE LIVRO Livro de um só autor: Elementos essenciais: SOBRENOME, Nome. Título (em negrito, itálico ou sublinhado), edição (a partir da segunda), local: editora, data. RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. 4.ed.São Paulo: Loyola, 2009. Livro até três autores: Elementos essenciais: SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome e SOBRENOME, Nome. Título (em negrito, itálico ou sublinhado). edição (a partir da segunda), local: editora, data. BAZERMAN, Charles; HOFFNAGEL, Judith Chambliss; DIONISIO, Angela Paiva (Org.). Gênero, Agência e Escrita. Tradução de Judith Chambliss Hoffnagel. São Paulo: Cortez, 2006. Livro elaborado por mais de três autores: Colocar o nome do primeiro autor que consta na publicação, seguido da expressão latina et al. (= e outros). As demais informações idem aos exemplos acima. CAMPELLO, Bernadete Santos et al. A biblioteca escolar: temas para uma prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. b) FICHAMENTO DE CAPÍTULO DE LIVRO Elementos essenciais: SOBRENOME, Nome. Título do capítulo, seguido da expressão “In” e da referência completa do livro em que se encontra o capítulo. SIQUEIRA, José Eduardo. Universidade: uma ponte para o futuro. In: ALMEIDA, Márcio (Org.). A Universidade Possível: experiências de gestão universitária. São Paulo: Cultura Editora Associados, 2001. cap. 13, p. 274-284. APPLE, Michel W.; BEANE, James A. O Argumento por Escolas Democráticas. In: APPLE, Michel W.; BEANE, James A. (Org.). Escolas Democráticas. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2001. cap. 1, p. 9-43. c) FICHAMENTO DE ARTIGO DE REVISTA Elementos essenciais: SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do periódico (em negrito, itálico ou sublinhado), local de publicação (cidade), editora (se houver), numeração correspondente ao ano de publicação (relativo ao primeiro ano de publicação da revista – se houver), n° volume, número, página inicial-final, mês. ano. BOTLER, Alice H. Cultura e Relação de Poder na Escola. Educação & Realidade, Rio Grande do Sul, v.35, n.2, p.187-206, maio/ago.2010. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/8708/9460>. Acesso em: 28 jul. 2011. LIMA, Kátia. Contra-reforma da Educação nas Universidades Federais: o REUNI na UFF. Universidade e Sociedade, Distrito Federal, ano XIX, n.44, p. 147-157, jul. 2009. d) FICHAMENTO DE ARTIGO DE JORNAL Elementos essenciais: SOBRENOME, Nome [se houver]. Título do artigo. Título do jornal (em negrito, itálico ou sublinhado), local de publicação (cidade), data, seção (sem a palavra seção), caderno (com a palavra caderno), página. PADILHA JÚNIOR, Robério Fonseca. Desafios do mundo moderno. Jornal do Commercio, Recife, 20 fev. 2005. Gestão de Talentos, Caderno Empregos e Oportunidades, p. 39. Artigo não assinado: SOFTWARE auxilia deficiente visual. Correio do Povo, Porto Alegre, 27 mar. 2007. Disponível em: <http://www.saci.org.br/pesquisa/veredas/noticias/n2703011.htm>. Acesso em: 27 mar.2007. 2. De transcrição para citações. Segundo a Norma Brasileira 10520/2002, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), citação numa produção textual é a “menção de uma informação extraída de outra fonte" (p.1), tais como (livros, periódicos, vídeos, sites e outros). Mas, o que são citações? São elementos que participam da argumentação do autor de um trabalho científico, servindo de apoio ao discurso, conferindo confiabilidade, relevância ou veracidade à informação extraída de outra fonte. Sua função é subsidiar o leitor para que ele possa comprovar a veracidade das informações fornecidas e possibilitar o seu aprofundamento. Para que servem as citações na produção textual? Apoiar uma hipótese; Sustentar uma ideia; Ilustrar um raciocínio. Como podem ser as citações? 1. Citação direta, literal ou textual – é a que um autor transcreve, literalmente (ipsis litteris) de outra fonte, o texto, respeitando todas as características formais em relação à redação, à ortografia e à pontuação originais. a) A citação pode ser breve de até três linhas, transcrita no texto entre aspas duplas e incorporada ao parágrafo. Exemplos: Segundo Moreira & Caleffe (2008, p.89), “a pesquisa-ação é uma intervenção em pequena escala no mundo real e um exame muito de perto dos efeitos dessa intervenção”. De acordo com Beane & Apple (2001, p.20), “as escolas democráticas, como a própria democracia, não surgem por acaso. Resultam de tentativas explícitas de educadores colocarem em prática os acordos e oportunidades que darão vida à democracia”. b) A citação com mais de três linhas deve aparecer em parágrafo isolado, em espaços simples, utilizando-se margem própria, com recuo à esquerda, de 4 cm, letra menor que a do texto, sem aspas, terminando na margem direita do trabalho. Exemplo: Quanto menos tempo tivermos, mais motivados deveremos estar para aproveitá-lo ao máximo. Há alunos de períodos noturnos que trabalham oito ou mais horas por dia, e que conseguem resultados, em seus estudos, bem maiores que alunos de outros períodos que não trabalham ou que só trabalham em regime de meio expediente. Isso não se explica pelo tempo disponível, mas pelo seu melhor aproveitamento (RUIZ, 2002, p.72). 2. Citação indireta ou livre - é a que reproduz ideias de outrem, sem que haja transcrição literal das palavras utilizadas. Apesar de ser livre, deve ser fiel ao sentido do texto original. Nesse caso, não há necessidade de indicar as páginas de onde a ideia do texto foi extraída. Exemplos: Para Souza (2009) a instituição de conselhos escolares, associação de pais, grêmios estudantis, eleições para dirigentes e outros mecanismos organizacionais e legais tidos como de gestão democrática, implementados de forma isolada, não se fazem suficientes para a instituição da gestão democrática escolar, embora, seguramente, auxiliem. Na cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Social os governos participantes assumiram o compromisso de estabelecer cronogramas para erradicar a pobreza (KERSTENETZKY, CARVALHO, 2000). 3. Citação de citação - quando o autor não se utiliza do texto original, mas de uma citação já feita em obra consultada. A citação poderá ser reproduzida literalmente, ou ser interpretada. Esse tipo de citação deve ser evitado ao máximo, já que a obra final não foi consultada, havendo risco de má interpretação e de incorreções. No entanto, sabemos, que nem sempre é possível o acesso a obra/documento original. Neste caso, usa-se a expressão latina apud (citado por, conforme, segundo), seguida da indicação da fonte efetivamente consultada. Exemplo: “O Homem não se define pelo que é, mas pelo que deseja ser” (RATKEN, 1997 apud FINGER, 2000, p.2). IMPORTANTE !! 3. De apreciação: anotam-se críticas, comparações com outras obras, comentários, opiniões sobre o que leu. 4. De esquemas: os esquemas elaborados nas fichas tanto podem referir-se a resumo de obras ou de capítulos. No esquema utiliza-se as palavras-chave sublinhadas durante a leitura do texto. Evita-se o uso de frases em esquemas. Chaves, gráficos, quadros, numeração progressiva são utilizados na hierarquização das ideias. 5. De resumo: apresenta de forma concisa os traços gerais, as grandes linhas da obra, levanta as ideias essenciais do texto-base e deve preservar as intenções e ênfases do autor. De acordo com Andrade (2007, p.34), "os resumos são classificados pela extensão e pelo grau de complexidade das informações". A seguir, expomos os tipos de resumo apontados pela autora e suas principais características: • Resumo descritivo ou indicativo – destaca os tópicos principais do texto lido. Aconselha-se o uso de frases curtas. • Resumo Informativo ou analítico – apresenta-se as partes mais importantes do texto lido. Não é permitido opinião pessoal ou interpretação de quem elabora o resumo. Abolição de gráficos, citações e exemplificações. O resumo informativo reduz a extensão do texto a 1/3 ou ¼ do original. • Resumo crítico – condensação do texto original a 1/3 ou ¼ de sua extensão, preservando os tópicos principais. Permite opinião pessoal e comentários do autor do resumo. • Sinopse – indica apenas o tema e o assunto da obra, com suas partes principais. Resumo curto elaborado pelo autor e editor. Não deve exceder a 100 palavras. • Resenha – tipo de resumo crítico. Exige amplo conhecimento do assunto, para que se estabeleça comparação com obras similares. 1. Referência SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 9. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. cap. 2, p.49-89. 2. Esquema CONFRONTO BOM LEITOR MAU LEITOR 3. Resumo O texto destaca as características do bom e do mau leitor. Apresenta indicações para o bom aproveitamento da leitura (continua....) 4. Citações “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos” (RUIZ, 2006, p.44). 5. Apreciação (parecer, crítica, questões levantadas e dúvidas) A obra trata de uma das questões mais atuais em educação: o professor pesquisador. Aborda uma pesquisa com professores das escolas sobre a temática (continua...) Atividade 2 Escolha um dos textos sugeridos nas Salas Ambiente já vivenciadas, isto é, Fundamentos do Direito à Educação, Planejamento e Financiamento da Educação Escolar no Brasil ou Política e Gestão na Educação e elabore um fichamento completo, contendo referência, esquema, resumo informativo, citações e apreciação do texto selecionado. A atividade deve ser postada na Base de Dados Fichamento Completo. Pesquisa Como Fundamento da Formação A produção de novos conhecimentos gera nos sujeitos a necessidade de uma constante atualização. Para tanto, precisam cultivar o hábito de estudar continuamente, tendo em vista acompanhar as profundas mudanças que acontecem no mundo em ritmo acelerado. Por outro lado, importa registrar que as agências de informação tais como: universidades, meios de comunicação e meios eletrônicos, como a Internet, contribuem para que parcela significativa da população tenha acesso a um volume imenso de dados. No entanto, esse conjunto de informações adquirido não garante a relevância e veracidade da informação. Nesse sentido, emerge a importância de se desenvolver estudos/análises que, baseados em métodos de pesquisa, possibilitem a seleção e sistematização das informações a fim de transformá-lo em conhecimento. Nesse sentido, Gatti (2002, p. 9-10) ressalta que, Visando à criação de um corpo de conhecimento sobre certo assunto, o ato de pesquisar deve apresentar certas características específicas. Não buscamos, com ele, qualquer conhecimento, mas um conhecimento que ultrapasse nosso entendimento imediato na explicação ou na compreensão da realidade que observamos. Um conhecimento que pode até mesmo contrariar esse entendimento primeiro e negar as explicações superficiais e não sistemáticas. Um conhecimento que obtemos indo além dos fatos, desvelando processos, explicando consistentemente segundo algum referencial. A pesquisa constitui-se assim, em elemento importante e relevante desde a educação infantil até a pós-graduação, seja lato sensu (especialização), seja stricto sensu (mestrado e doutorado), bem como nas áreas de atuação técnica, a exemplo do exercício profissional nas secretarias municipais e estaduais de educação. IMPORTANTE !! Esta Sala Ambiente, no que diz respeito ao conteúdo, não se limita a um texto-base próprio, específico. Aquilo que é necessário aprender sobre Metodologia da Pesquisa, também, deverá ser acessado em diferentes endereços eletrônicos, a saber: 1. No artigo de Liliana Soares Ferreira, intitulado “A Pesquisa Educacional no Brasil: tendências e perspectivas”. Disponível na Revista Contrapontos, n. 9, v. 1, 2009, que pode ser acessado em: <http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/974>. 2. No texto de Marli André, “Pesquisa em Educação: buscando rigor e qualidade”, que pode ser lido por meio do acesso ao endereço: <www.scielo.br/pdf/cp/n113/a03n113.pdf>. 3. Consulte também, o site: <www.eac.fea.usp.br/eac/observatorio/metodologia-projeto-pesquisa.asp> chamado de “Observatório USP de Educação e Pesquisa Contábil”. Esta página possibilita o acesso do/da cursista às regras básicas do trabalho científico. 4. Por fim, no site da Secretaria de Educação do Governo de Minas Gerais, no endereço: <crv.educacao.mg.gov.br>. Na página inicial clicar em temas educacionais e, depois, em metodologia de pesquisa. Alí podem ser acessados diversos textos que orientam a produção de um trabalho acadêmico de pesquisa. Recomendamos a leitura de: Conhecimento Científico e outras Formas de Conhecimento <http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&ID_OBJETO= 32520&tipo=ob&cp=003366&cb=&n1=&n2=Biblioteca%20Virtual&n3=Temas% 20Educacionais&n4=&b=s> Monografia e a Redação de Trabalhos Acadêmico-Científicos <http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&ID_OBJETO= 32514&tipo=ob&cp=003366&cb=&n1=&n2=Biblioteca%20Virtual&n3=Temas%20Educa cionai s&n4=&b=s> Abordagem Qualitativa <http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&ID_OBJETO= 32496&tipo=ob&cp=003366&cb=&n1=&n2=Biblioteca%20Virtual&n3=Temas%20Educa cionai s&n4=&b=s> Ao fazermos as leituras indicadas nos sites acima estamos exercitando o ato da pesquisa e buscando “conhecer” de forma mais complexa e profunda sobre Metodologia Científica, na perspectiva de ir além do que é propagado no discurso do senso comum. Como sabemos o senso comum é conhecido como o conhecimento popular, do dia a dia, que usamos no cotidiano obtido por meio da convivência familiar e social. Trata-se de um nível de conhecimento importante, no entanto, precisamos avançar. Afinal, nessa Sala Ambiente nosso foco é o conhecimento científico, a pesquisa científica. Rampazzo (2009), no que diz respeito as formas de conhecimento ressalta em sua obra quatro diferentes níveis: o conhecimento popular, o conhecimento científico, o conhecimento filosófico e o conhecimento teológico. Cabe registrar que o autor reconhece outras formas de conhecimento. No entanto, nesse momento, focaremos nosso olhar nos níveis acima mencionados. Para tanto, vejamos no quadro síntese, a seguir, suas principais características: Conhecimento Popular Objetivo Objeto de Estudo Resolver problemas Qualquer objeto do imediatos do cotidiano. cotidiano. Metodologia Utilizada Esse conhecimento não vai além do fato em si, do fenômeno isolado: é um conhecimento ametódico e assistemático. Científico Filosófico Teológico Explicar os fenômenos naturais e sociais, gerando conhecimento sistematizado. Fenômenos naturais e sociais (aprendizagem, violência, política etc). Conhecer a essência dos fenômenos. Realidades mediatas não perceptíveis pelo sentido. Explicar os fenômenos naturais e sociais por meio Os dados da fé. da fé. Procedimentos de verificação, como: observação sistemática, testes experimentais. Baseado na investigação científica. Método racional. Integração entre a fé e a razão. Fonte: Elaborado pelas autoras com base nos escritos de Rampazzo (2009), Marconi e Lakatos (2003). A partir do exposto, percebe-se, que os níveis de conhecimento se diferenciam quanto ao objetivo, objeto de estudo e metodologia. Ressaltamos, entretanto, que o conhecimento científico apresenta certas características que o torna diferenciado e com maior confiabilidade para poder explicar os fenômenos naturais e sociais. São elas: a) É contingente – suas proposições e hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida por meio da experimentação e não apenas da razão; b) É sistemático – saber ordenado logicamente em sistema de ideias (teorias) e não conhecimentos dispersos e desconexos; c) É verificável – suas hipóteses são verificadas – observação/experimentação para comprovar ou refutar; d) É cumulativo – seu desenvolvimento é uma conseqüência de contínua seleção de conhecimento; e) É falível – verdades não são definitivas e/ou absolutas; f) É aproximadamente exato – novas proposições e desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente (FERRARI, 1974). É importante ressaltar que para compreender um determinado fenômeno cientificamente precisa-se ter o entendimento de que existem abordagens que fundamentam uma investigação científica, dentre essas ressaltamos a abordagem quantitativa e a abordagem qualitativa. A abordagem quantitativa caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto na coleta quanto no tratamento das informações, através do uso de técnicas estatísticas (RICHARDSON, 1985). A análise qualitativa, por sua vez, refere-se à interpretação e expressão dos significados lógicos dos dados coletados, tendo por base os marcos teóricos utilizados na pesquisa. Desenvolver pesquisa no campo das ciências sociais, e especialmente no campo da educação, tem como desafio principal tratar os aspectos qualitativos sem desprezar o quantitativo, estudar a prática enquanto campo privilegiado da teoria, tratar das especificidades da parte como expressão e especificidade da totalidade. De forma que, as abordagens qualitativas e quantitativas são passíveis de serem combinadas, complementando-as. Como sabemos a pesquisa científica tem diferentes finalidades e pode ser classificada de diferentes formas. Alguns autores classificam a pesquisa de acordo com seus objetivos em três categorias: exploratória, descritiva e explicativa (GIL, 1994). Pesquisa exploratória - constitui a primeira etapa de uma investigação científica. Desenvolve-se com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fenômeno. Para Moreira & Caleffe (2008, p.69), "quando o tema escolhido é bastante amplo, torna-se necessário seu esclarecimento e delimitação, o que exige revisão da literatura, discussão com especialistas e outros procedimentos". Pesquisa descritiva - é amplamente usada na educação e nas ciências comportamentais. Baseia-se na premissa de que os problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por meio da observação objetiva e minuciosa, da análise e da descrição (MOREIRA & CALEFFE, 2008). Segundo Gil (1994), as pesquisas descritivas têm como objetivo essencial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Pesquisa explicativa – busca identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Afirma Moreira & Caleffe (2008, p.70), que o “conhecimento científico está assentado nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos. Isso não significa, que as pesquisas exploratórias e descritivas tenham menor importância, pois constituem etapa prévia para obter explicações científicas”. As pesquisas também podem ser classificadas quanto aos procedimentos, isto é, a maneira pela qual se adota para a coleta de dados necessários para a elaboração da pesquisa. Nesta modalidade, incluem-se as pesquisas de “campo” (local da ocorrência dos fatos) e as pesquisas de fontes de “papel” - pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental - (ANDRADE, 2004). De acordo com o seu objeto, a pesquisa classifica-se em: bibliográfica, de campo e de laboratório. Pesquisa bibliográfica – procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em livros, artigos científicos etc. Pode ser realizada independente ou constitui-se como parte de outros tipos de pesquisa de um determinado trabalho. Seu fim principal é pôr o pesquisador em contato com tudo que se tem feito em torno do assunto de que vai tratar, viabilizando o acesso às informações. A bibliografia constitui um ramo auxiliar da ciência que nos ensina a procurar as fontes e os livros que utilizaremos em nosso trabalho. Fases da Pesquisa Bibliográfica 1. A escolha e delimitação do tema: Escolhido o tema, faz-se necessário delimitá-lo, ou seja, definir sua extensão e profundidade, o tipo de abordagem. 2. A coleta de dados: De posse do tema deve-se procurar na biblioteca, através de fichários, catálogos uma bibliografia sobre o assunto, que fornecerá os dados essenciais para a elaboração do trabalho. Selecionadas as obras que poderão ser úteis para o desenvolvimento do assunto procede-se com a localização das informações necessárias. 3. Localização das informações: Deve-se fazer uma leitura prévia, procurar o índice ou sumário, lêse o prefácio, a contracapa, os títulos, e subtítulos, pesquisando a existência das informações desejadas. IMPORTANTE !! Pesquisa de campo - é utilizada com o propósito de alcançar informações e/ou conhecimentos sobre o problema o qual se busca resposta diretamente no local onde o fenômeno ocorreu ou ocorre. Para tanto, utiliza-se de técnicas de coleta de dados (observação, entrevistas, questionários etc) a ser definido em função dos objetivos da pesquisa. Pesquisa de laboratório – provoca, produz e reproduz fenômenos em condição de controle. Não é sinônimo de pesquisa experimental, embora a grande maioria das pesquisas de laboratório seja experimental. É pertinente registrar que outros tipos de pesquisas também podem ser identificados na literatura sobre a temática. Dentre essas podemos mencionar: Pesquisa-ação – "é uma intervenção em pequena escala no mundo real e um exame muito de perto dos efeitos dessa intervenção" (MOREIRA & CALEFFE, 2008, p.90). Acrescenta os autores: A pesquisa-ação é situacional – está preocupada com o diagnóstico do problema em um contexto específico para tentar resolvê-los nesse contexto; é usualmente (embora não inevitavelmente) colaborativa – equipes de pesquisadores trabalham juntos no projeto; ela é participativa – os participantes da equipe tomam parte diretamente ou indiretamente na implementação da pesquisa; e ela é auto-avaliativa – as modificações são continuamente avaliadas, pois o objetivo é melhorar a prática (ibidem). Pesquisa ex-post-facto - quando o "experimento" se realiza depois dos fatos. Pesquisa experimental - tipo de investigação que envolve a manipulação de variáveis para proporcionar o estudo da relação causa-efeito e estabelecer relações entre as variáveis investigadas. Atividade 3 - Complementar Assista ao filme “Óleo de Lorenzo” pensando/refletindo sobre o que acabamos de ler e estudar no texto 3. Após o filme, sistematize num texto de no máximo 1 página os principais fatos que caracterizam os níveis de conhecimentos estudados e os tipos de pesquisa explicitados ao longo do filme. A atividade deve ser postada na Base de Dados Filme “Óleo de Lorenzo”. No Fórum de Debates comente/discuta/troque idéias com os demais cursistas sobre o filme e a atividade. Sugestão de link: http://www.megaupload.com/?d=096SLU33 Unidade II - Ambiente Virtual como Objeto de Investigação A proposta de trabalho desta sala ambiente – que só terá a sua conclusão final com a redação do TCC - pretende ser diferente, pois vivemos, nessa segunda década do séc. XXI, inteiramente imersos na realidade de uma sociedade fundada nas tecnologias, inclusive na informação. Os meios eletrônicos aceleram a circulação de informações e revolucionam a forma como as pessoas se comunicam. As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) invadem as escolas e ensejam a criação de inúmeras “redes” de convivência social que ultrapassam as formas tradicionais de relações entre os seres humanos. Essa onda tecnológica confronta com uma tradição dominante nas redes públicas de ensino, caracterizadas pela centralização, verticalização, hierarquização e homogenização. “Rede”, aqui, é apenas um nome usado para expressar a mera soma de escolas que “pertencem” a uma instância governamental, seja municipal, seja estadual ou federal. O que liga estas escolas, além do governo que as comanda? Elas estão, realmente, próximas entre sí? Existe alguma horizontalidade entre elas, propiciando uma comunicação direta, sem passar pelo crivo do centro supervisor? As escolas que constituem uma determinada “rede pública de ensino” trocam experiências, debatem seus problemas, socializam suas soluções? Parece-nos que a resposta, hoje, é não! Mas as TIC’s podem ser disseminadas como ferramentas para superar essa lógica de gestão, dando uma outra dimensão para a ideia de rede, permitindo a criação de espaços virtuais – redes sociais de comunicação ou relação institucional – onde as diferentes experiências vividas na gestão cotidiana das escolas (as relações gestor-docentes, gestor-pais/mães, gestor-estudantes, docentespais/mães, docentes estudantes, estudantes entre si etc.) podem circular livremente e estabelecer novos horizontes, limites e possibilidades para a gestão educacional e escolar. Nesse campo, aprendemos com os próprios estudantes, jovens de diferentes idades, regiões, capital cultural e condição sócio-econômica: eles/as usam com desenvoltura e enorme familiaridade celulares, computadores, facebook, orkut, twiter, blutooth, e-mail, “baixam” vídeos e músicas etc, ultrapassando fronteiras físicas e se relacionam com o mundo. E você? Que ferramentas da internet você usa para o desenvolvimento de relações pessoais? Você emprega essas ferramentas para fins profissionais? O desafio que estamos propondo é qualificar a gestão das escolas na utilização desses instrumentos revolucionários de comunicação, pensando sobre como construir uma ferramenta inserida na rede mundial de computadores (internet) que rompa com as distâncias físicas e os limites institucionais, impulsionado novas formas de relacionamento no campo da gestão educacional e escolar. A ideia-matriz é gerar uma "cultura" de desenvolvimento de atividades político pedagógicas e aquelas relacionadas à gestão dos sistemas e das escolas via tecnologia. Os seus passos para realizar essa atividade serão iniciados conforme o que se segue: Atividade 4 Esta atividade é prática e deverá ser realizada seguindo alguns passos, que serão reutilizados posteriormente na Unidade III: Primeiro passo: Identificar/ caracterizar/ descrever seu ambiente de trabalho: Você deverá descrever detalhadamente o seu ambiente de trabalho - imaginando esclarecer uma pessoa que não conhece este ambiente – o que se faz lá, por exemplo: a) quem são os sujeitos com os/as quais você interage? b) quais são os objetos da sua interação cotidiana? c) quais são os problemas mais comuns no cotidiano de seu trabalho? Segundo passo: Descrever as perspectivas que você tem de melhorias educacionais a partir destas rotinas: Que ideias você vem desenvolvendo para intervir neste contexto com a intenção de obter transformações ou mudanças no seu cotidiano profissional? Que objetivos você têm em mente? Que resultados você espera alcançar? Terceiro passo: Descrever como as ferramentas virtuais podem ajudar a melhorar estas rotinas e, conseqüentemente, estes resultados? Entre na internet e descreva de forma abreviada e com as suas palavras cada uma destas ferramentas virtuais: Facebook Blog Twitter Google groups: criar um grupo com pessoas reais do seu ambiente de trabalho. Google documents: criar um documento e desenvolve-lo junto a sua equipe de trabalho Skype: Ambiente moodle do curso Que ferramentas ou instrumentos disponíveis no elenco das tecnologias educacionais você acha que podem ser utilizadas para alcançar essas mudanças? Qual delas lhe parece mais adequada/interessante? Qual delas apresenta maiores possibilidades para o desenvolvimento de um instrumento de trabalho de equipe? Quarto passo: Refletir criticamente a respeito de qual destas ferramentas foi mais interessante para você? Quais as possibilidades de desenvolver um trabalho de equipe em seu ambiente de trabalho real com algumas destas ferramentas? Responda a estas questões de maneira analítica e crítica. Ao responder a estas questões, você precisará definir, com segurança, quais são os objetivos para o uso desta(s) ferramenta(s) e os resultados que você espera obter. Para tanto, registre tudo o que você observou /pesquisou nestes quatro passos num documento e poste na Base de Dados Ambiente Virtual Como Objeto de Investigação. Para a atividade 4: 1) Escreva, no mínimo, 30 linhas sem contar referências e cabeçalho; 2) Redija uma por uma, suas respostas aos três passos iniciais da atividade, de forma que, no quarto passo, você analise o que escreveu e reflita profundamente com base no que você descreveu. Assim, você terá um texto com consistência e coerência, exigências básicas do trabalho acadêmico. Leia o texto Poder local e educação no Brasil: dimensões e tensões de autoria de Sofia Lerche Vieira, publicado na Revista Brasileira de Política e Administração da Educação (v.27, n.1, p. 123-133, jan./abr. 2011), disponível na nossa biblioteca. Em seguida procure compará-lo com o artigo apresentado acima (de José Carlos Vaz Gestão Democrática da Educação). A partir desta comparação, escreva um texto em que apareça um argumento comum aos dois textos e um argumento que apareça de modo diferente nos dois textos (que sejam contrários). Poste seu texto na Base de dados: Gestão da Educação. Biblioteca da Sala ABRANCHES, Sérgio. O que fazer quando eu recebo um trabalho CRTL+C, CTRL+V? Autoria, pirataria e plágio na era digital: desafios para a prática docente. In: XAVIER, Antonio Carlos et al. Hipertexto & Cibercultura. Links com literatura, publicidade, plágio e redes sociais. São Paulo: Respel, 2011. Referências Bibliográficas ANDRADE, Maria Margarida de. Como Preparar Trabalhos Para Cursos de Pós-Graduação: noções práticas. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2004. ______. Redação Científica: elaboração do TCC passo a passo. São Paulo: Factash, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011. ______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. CRUZ, Anamaria da Costa; MENDES, Maria Tereza Reis. Trabalhos Acadêmicos, dissertações e teses: estrutura e apresentação.São Paulo: Intertexto, 2003. FERRARI, Alfonso Trujillo. Metodologia da Ciência. 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. LOPEZ Y MIRA, Emilio. Como Estudar e Como Aprender. São Paulo: Metre Jou,1968. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003. MOREIRA, Herivelto; CALEFFE, Luiz Gonzaga. Metodologia da Pesquisa Para Professor Pesquisador. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008. NORMALIZAÇÃO de trabalhos da UFSC. Disponível em: <http://portalbu.ufsc.br/normalizacao-de-trabalhos-2/>. Acesso em: 21 ago. 2011. RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2009. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1985. RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2006. SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 9. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.