UTRAFE Ministério das Finanças Plano de Acção e Orçamento, SISTAFE 2010-2012 Versão 0.06 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data Data: Revisões Descrição Draft Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Autor 28/07/2009 0.01 Desenvolvido UTRAFE 12/08/2009 0.02 Revisto UTRAFE 26/08/2009 0.03 Revisto UTRAFE 10/09/2009 0.04 Versão final UTRAFE 15/11/2009 0.05 Versão revista, coméntarios parceiros UTRAFE 02/12/2009 0.06 Revisto UTRAFE 2009 Page 2 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Data: LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS AR - Assembleia da República AT - Autoridade Tributária BM - Banco de Moçambique BR - Boletim da República CFAA - Country Financial Accountability Responsabilidade Financeira do País) CFMP - Cenário Fiscal de Médio Prazo CGE - Conta Geral do Estado CMCM - Conselho Municipal da Cidade da Matola COFOG - Classificações das Funções do Governo CPAR - Country Procurement Assessment Review (Revisão da Avaliação do Aprovisionamento do País) CUT - Conta Única do Tesouro DAF - Direcção da Administração e Finanças DNCP - Direcção Nacional de Contabilidade Pública DNIA - Direcção Nacional de Impostos e Alfândegas DNO - Direcção Nacional de Orçamento DNPE - Direcção Nacional do Património do Estado DNT - Direcção Nacional do Tesouro ETSDS - Expenditure Tracking and Service Delivery Survey (Pesquisa de Localização de Despesa e Prestação de Serviços) Assessment (Avaliação da ERGD G-19 - Grupo de Doadores de Apoio Directo ao Orçamento G-20 - Grupo de Organizações da Sociedade Civil GBS - General Budget Support (Apoio Geral ao Orçamento) GFP - Gestão das finanças públicas GFS - Government Financial Statistics (Estatísticas Financeiras do Governo) IADM - Iniciativa de Alivio da Divida Multilateral IFRS - International Financial Reporting Standards (Normas Internacionais de Contabilidade) IGEPE - Instituto de Gestão de Participações do Estado IGF - Inspecção Geral de Finanças 2009 Page 3 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 IMF - International Monetary Fund (Fundo Monetário Internacional) FCA - Fundo de Compensação Autárquica FIIL - Fundo de Investimento de Iniciativa Local FMI - Fundo Monetário Internacional IGAE - Inspecção Geral Administrativa do Estado INE - Instituto Nacional de Estatística IOL - Inspecção dos Órgãos Locais do Estado MAE - Ministério da Administração Estatal MEP - Módulo de Planeamento MEO - Módulo de Elaboração Orçamental MEX - Módulo de Execução Orçamental MF - Ministério das Finanças MFP - Ministério da Função Pública MGI - Módulo de Gestão de Informação MGD - Módulo de Gestão de Donativos MGP - Módulo de Gestão de Tributos MINEC - Ministério dos Negócios Estrangeiros e Corporação MPD - Ministério da Planificação e Desenvolvimento MPE - Módulo do Património do Estado MPI - Módulo de Gestão de Património Incorpóreo MSP - Módulo de Salários e Pensões MTEF - Medium Term Expenditure Framework (Cenário Fiscal de Médio Prazo) NUIT - Número único de Identificação Tributária OCI - Orgão de Controlo Interno ODMOZ - Ajuda Oficial para o Desenvolvimento de Moçambique ODM - Objectivos de Desenvolvimento do Milénio OE - Orçamento do Estado OGE - Orçamento Geral do Estado OIIL - Orçamento de Investimento e Iniciativa Local ONG - Organização Não Governamental PARPA - Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta PBCP - Plano Básico de Contabilidade Pública PEDD - Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital PEFA - Public Expenditure and Financial Accountability (Despesa Pública e Responsabilidade Financeira) 2009 Page 4 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 PES - Plano económico e Social PETS - Public Expenditure Tracking Survey PIB - Produto Interno Bruto PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ROSC - Relatório de Observância dos Padrões e Códigos SADC - Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral - SCI subsistema de Controlo Interno SISTAFE - Sistema de Administração Financeira do Estado TA - Tribunal Administrativo TI - Tecnologias de Informação UFSA - Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições UGEA s - Unidade Gestora e Executora de Aquisições UTRAFE - UTRESP - Unidade Técnica de Reforma do Sector Público Unidade Técnica de Reforma da Administração Financeira do Estado 2009 Page 5 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Índice 1. ELEMENTOS ESTRATÉGICOS ............................................................................................................................. 7 1.1 1.2 1.3 1.4 MISSÃO ...................................................................................................................................................... 8 VISÃO ......................................................................................................................................................... 9 PRINCÍPIOS E VALORES .................................................................................................................................... 9 OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS E RESPECTIVOS INDICADORES ...................................................................................... 10 2. SUMÁRIO EXECUTIVO ................................................................................................................................ 11 3. ENQUADRAMENTO DA REFORMA NO DESENVOLVIMENTO NACIONAL ..................................................... 13 4. PONTO DE SITUAÇÃO DO PROCESSO DA REFORMA DO SISTAFE .................................................................... 15 5. PRIORIDADES APONTADAS PELA AVALIAÇÃO DA EXTERNA DA GESTÃO DAS FINANÇAS PÚBLICAS ............... 16 6. MONITORIA E AVALIAÇÃO ............................................................................................................................. 17 7. SISTAFE 2010-2012 ......................................................................................................................................... 17 7.1 PILAR 1 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS NOS ÓRGÃOS CENTRAIS (MF, MPD) .... 19 7.1.1 Componente 1: Reestruturar a UTRAFE (e o CPD) a fim de criar uma função de Operação de TI compatível com as boas práticas do mercado. ................................................................................................ 20 7.1.2 Componente 2: Elaborar e implementar uma estratégia de desenvolvimento de recursos humanos nos órgãos centrais ............................................................................................................................................... 24 7.1.3 Componente 3: Reforçar a coordenação da reforma na área de GFP e a capacidade de monitorar a implementação da reforma e o desempenho na área de GFP .......................................................................... 25 7.2 PILAR 2 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO DAS FINANÇASPÚBLICAS ........................................................... 28 7.2.1 Componente 4: Aperfeicoar e desenvolver a Gestão de todos os procesoss e metodologias do Sistema de Finanças Públicas ....................................................................................................................................... 29 7.2.2 Componente 5: Desenvolvimento de aplicações de TI para sustentar o sistema de GFP..................... 32 7.3 PILAR 3 MELHORIA NAS PRÁTICAS DE GFP AO NÍVEL SECTORIAL, TERRITORIAL E INSTITUCIONAL ....................................... 42 7.3.1 Componente 6: Elaborar e implementar uma estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos nos órgãos do Estado...................................................................................................................................... 44 7.3.2 Componente 7: Prestação de serviços na base de demanda dos órgãos do Estado e outras entidades 45 8. ORÇAMENTO ................................................................................................................................................. 48 9. PADRÕES E CRITÉRIOS DE APRECIAÇÃO E PRIORIZAÇÃO .......................................................... 50 9.1 9.2 10. CRITÉRIOS DE QUALIDADE .............................................................................................................................. 50 O PARADIGMA DA PLATAFORMA ...................................................................................................................... 51 LISTA DOS ANEXOS..................................................................................................................................... 55 2009 Page 6 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Plano de Acção e Orcamento SISTAFE 2010-2012 0 PREFÁCIO O presente documento é o Plano de Acção e Orçamento (PAO) para o terceiro período da reforma SISTAFE, nomeadamente 2010-2012. O PAO 2010-2012 é aprovado pelo Ministro das Finanças, e foi elaborado pelo Ministerio das Financas. O Plano foi submetido a aprovação dos parceiros internacionais e foi sujeito a uma avaliacao do Fundo Monetario Internacional (FMI). Os comentarios são, em grande medida, incorporados nesse docuemento. O PAO 2010-2012 apresenta iniciativas da reforma SISTAFE consideradas cruciais e que representam um subgrupo de iniciativas que se enquadram no âmbito de uma mais ampla reforma na área de Gestão das Finanças Públicas (GFP) apresentada na Visão Estratégica das Finanças Públicas 2010-2020. 1. ELEMENTOS ESTRATÉGICOS Consideram-se elementos Estratégicos, o conjunto de orientações formado pela missão, visão, valores, objectivos estratégicos, tácticas e respectivos indicadores. Para que as finanças públicas sejam catalisadoras do desenvolvimento nacional é fundamental que, através do desenvolvimento do capital humano envolvido na GFP e no desenvolvimento sustentável e eficiente da sua base tecnologia (sistemas e infra-estrutura), se consiga optimizar os processos de GFP de uma forma continuada (vide Fig. 1), implicando uma transformação organizacional sintonizada com os desafios do País, em particular o desafio da descentralização e integração regional em curso, (vide Visão 2010-2020). Consequentemente, é fundamental que a terceira fase do SISTAFE se centre sobre todos os elementos catalisadores ao alcance da missão e visão das finanças públicas, tais como o conhecimento e competências, sistemas e processos, instrumentos legais, cultura, tomada de decisão, entre outros e tome em consideração a interligação entre os elementos do ciclo orçamental; planeamento, execução orçamental, gestão de património, monitoria e avaliação, controlo interno etc, de modo que os elementos se desenvolvem duma maneira harmoniosa, e que se criem condições para a sustentabilidade do SISTAFE. 2009 Page 7 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Figura 1: Elementos catalisadores ao alcance da missão e visão das finanças públicas Estabelecimento de Políticas e Planos do Governo Execução de Políticas Ciclo orçamental Função Estabilizadora do Estado 1.1 Missão A missão das finanças públicas em Moçambique foi definida como sendo: Garantir a captação de recursos bem como o financiamento do desenvolvimento sustentável e do funcionamento harmónico dos órgãos, instituições e demais entes públicos segundo os princípios de economia, eficácia, eficiência e justiça social. Esta missão traduz os ideais e orientações globais no presente e no futuro e representa um propósito profundo que agrega as expectativas das diferentes partes interessadas. 2009 Page 8 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE 1.2 Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Visão A Visão para as Finanças Públicas em Moçambique foi definida como sendo: 1.3 Factor impulsionador do crescimento quantitativo e qualitativo da economia, dos processos e do bem-estar e prosperidade nacional. Princípios e Valores Princípios Liderança – métodos eficientes e modernos de gestão pública, privilegiando a comunicação e o diálogo com os vários níveis de gestão e com a sociedade em torno de uma visão comum de desenvolvimento Sustentabilidade – uma abordagem que permite um melhor equilíbrio entre a receita e a despesa, procurando incentivar a criação do emprego, a melhoria das infra-estruturas e serviços públicos, e a criação de um ambiente propício ao crescimento social e económico do País. Coerência – políticas, estratégias, planos, processos, sistemas, papéis e competências alinhados. Orientação aos resultados – utilização de métodos programáticos que permitam o planeamento, execução, monitoria e avaliação baseados nos resultados e impactos na sociedade e no desenvolvimento nacional. Orientação aos processos - normalização de toda a intervenção em torno de processos claros, eficazes e eficientes, baseados nas melhores práticas internacionais, garantindo a sua melhoria contínua através de aumento de competências, utilização adequada da tecnologia e revisão periódica dos processos chave e de suporte. Para além destes princípios gerais de GFP é fundamental que se respeitem também os princípios universais do orçamento, nomeadamente: integridade; universalidade; unicidade; prudência; transparência e controlo. Valores Orientação para os objectivos e gestão do desempenho - Comprometimento e proactividade para o alcance dos objectivos dos diferentes processos de GFP, garantindo o seu papel alavancador do desenvolvimento nacional. Valorização das pessoas - Promover a valorização do capital humano como bem principal na gestão de finanças públicas. 2009 Page 9 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE 1.4 Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Competência - Garantir o desenvolvimento permanente de competências nas áreas de actuação dos diferentes intervenientes na GFP. Modernidade e inovação – aplicar o uso de abordagens, métodos, tecnologias que permitam melhorar a eficiência e eficácia dos processos de GFP. Responsabilidade e cidadania – Promover uma nova postura de servidor público, a todos os níveis, orientada ao uso efectivo dos recursos para melhor servir os cidadãos e a nação. Cooperação e colaboração – Promover uma atitude de participação colaborativa, de forma a valorizar as diferentes experiências e desenvolver uma intervenção contextualizada, consensual, abrangente, alinhada e sinérgica entre os vários intervenientes nos processos de GFP. Integridade e ética profissional – Garantir que todos os funcionários que intervêm nos processos de GFP têm uma conduta profissional ética e integra. Objectivos Estratégicos e respectivos Indicadores Para que a visão das finanças públicas possa ser alcançada em 2020, foram definidos objectivos estratégicos. Esses objectivos estratégicos guiam também este PAO 2010-2012, e são: 1. Políticas e ciclo orçamental da gestão das finanças: Assegurar uma melhor gestão dos fundos e bens públicos, através de uma política fiscal eficaz, dum quadro legal e institucional que suporte a sua implementação, e de instrumentos e mecanismos adequados. 2. Elaboração e execução do orçamento, incluindo gestão do património, da dívida e dos donativos: Assegurar a elaboração de um orçamento do Estado credível e abrangente e melhorar a eficácia e eficiência na execução da despesa pública e dos processos associados à gestão do património, dos donativos, da dívida, e da tesouraria, bem como uma melhor prestação de contas à sociedade. 3. Receitas do Estado: Melhorar a eficácia e eficiência na gestão da receita do Estado através da CUT, assegurando, em paralelo, a ampliação da base tributária por forma a aproximar Moçambique dos padrões internacionais, e a redução da dependência de donativos. 4. Controlo interno e externo: 2009 Page 10 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Melhorar a eficácia e abrangência dos processos de controlo interno e externo bem como uma melhor clarificação dos papéis dos diferentes actores envolvidos, de forma a assegurar maior credibilidade e responsabilização na GFP em Moçambique Na secção 7 desse documento encontra-se o programa e as iniciativas que visam alcançar esses objectivos estratégicos. No anexo 1 deste documento encontra-se um Quadro Lógico que descreve os resultados esperados com uma ligação aos objectivos estratégicos, incluindo as iniciativas que se realizarão no âmbito do PAO 2010-2012. 2. Sumário Executivo O PAO 2010-2012 do SISTAFE assenta sobre três pilaresque serão apresentados com mais detalhe na secção 7 deste documento. 1. Desenvolvimento organizacional e gestão dos recursos humanos nos órgãos centrais (MF, MPD) 2. Desenvolvimento do sistema de GFP; e 3. Melhoria das práticas na GFP ao nível sectorial, territorial e institucional. Esses pilares agrupam 7 componentes ou áreas de acção para o período 2010-2012 que visam estabelecer estruturas sustentáveis e finalizar a reforma do SISTAFE. É difícil definir com clareza onde acaba a reforma do SISTAFE e começa uma reforma mais ampla no âmbito da GFP. Para a terceira fase do SISTAFE a priorização foi estabelecida na base da Visão das Finanças Públicas recentemente aprovada e na base das avaliações já realizadas, incluindo alguns padrões de apreciação de qualidade e estágio de desenvolvimento dos sistemas de gestão das finanças, descritos no presente documento. Além disso a priorização foi feita com vista a maximizar os benefícios dos investimentos já realizados no quadro da primeira e segunda fase do SISTAFE, com destaque para iniciativas que visem desenvolver capacidades, competências e práticas que proporcionem a internalização dos modelos e sistemas desenhados e implementados no âmbito da reforma do SISTAFE e proporcionem a sua sustentabilidade. O alcance das mudanças nas práticas da gestão a todos os níveis, com toda a diversidade existente, como forma de alcançar um melhor desempenho institucional, é um dos focos deste programa trienal, pronunciado no PAO 2010-2012. Comparando com as duas primeiras fases deste programa propõe-se maior ênfase no desenvolvimento do capital humano através de iniciativas que visem criar melhores conhecimentos e competências nas instituições e influenciar as práticas de modo a valorizar o desenvolvimento dos modelos de negócio e da base tecnológica realizados até à data através do programa. Dar-se-á, para além disso, ênfase ao desenvolvimento dos modelos (sistemas e processos) das 2009 Page 11 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 finanças públicas relacionadas com a execução orçamental. Isso pode incluir a revisão dos instrumentos legais em algumas áreas. As áreas de prioridade são: Gestão de Património, Gestão de Salários e Pensões, Gestão da Receita e Planeamento. Além disso a manutenção e evolução do MEX e do MEO continuarão a constituir as actividades primordiais e as estruturas organizacionais e competências nessas funções serão reforçadas no âmbito dum projecto de desenvolvimento organizacional da UTRAFE descrito na secção 7, Pilar 1. O SISTAFE contemplou um conjunto de módulos para o e-SISTAFE, para além dos já implementados (MEX, MEO). Neste documento definimos os módulos que consideramos chave para propocionar a reforma: Gestão de Salários e Pensões, Gestão de Património, Gestão das Informações, Modulo de Planeamento e Gestão das Receitas,(e-Tributação). Propõe-se o desenvolvimento e implementação destes 5 módulos neste PAO 2010-2012, estando o processo dependente de de financiamento. Igualmente, propõe-se o reforço do papel do Ministério das Finanças enquanto coordenador do processo de monitoria e realização do processo de implementação do Plano de Acção e Orçamento de SISTAFE. Na priorização das próximas etapas da reforma da GFP encontra-se suporte nalguns padrões de apreciação de qualidade e estágio de desenvolvimento dos sistemas das finanças públicas, entre outras o paradigma de plataforma. Inspirada nesse paradigma, a abordagem na implementação da reforma é de gradualmente elevar o nível do desempenho dos elementos, ou das áreas funcionais chave do sistema das finanças públicas, melhorando a qualidade e funcionalidade do sistema duma forma coordenada e paralela. Os pilares definidos e as 7 componentes propostas visam aplicar uma abordagem inspirada neste paradigma de plataforma. Uma descrição dalguns padrões de apreciação de qualidade, entre outros o paradigma de plataforma, encontram-se na secção 9 desse documento. A outra fonte que constitui a base da priorização são as avaliações externas, tais como as avaliações PEFA de 2004 e 2006 e as avaliações do Fundo Monetário Internacional (FMI). O relatório de avaliação PEFA, faz uma análise positiva aos resultados da reforma da GFP e recomenda algumas melhorias. A primeira centra-se na necessidade de completar e consolidar as reformas em curso, recomendando que se mantenha um acento firme na implementação das funções chave dos sistemas, evitando pressões para o desenho de novas funcionalidades ou para estender o âmbito das reformas. Para o sistema e-SISTAFE, por exemplo, significa concentrar-se primeiro em completar a instalação em todas as entidades do Governo central e em consolidar o uso da execução directa. O relatório recomenda também revisões externas mais abrangentes incluindo as áreas de “procurement” e de gestão da receita de forma a verificar o progresso, assegurando que os melhoramentos legais e processuais são de facto incluídos nas práticas dos sectores, consolidando e desenvolvendo os ganhos obtidos. A recomendação principal da avaliação do FMI é que o novo PAO 2010-12 deverá ter uma maior abrangência que o PAO 2006-09 e deve incluir reformas dirigidas a: (i) continuidade do 2009 Page 12 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 fortalecimento da GFP naquelas áreas que não estão directamente relacionadas com e-SISTAFE; (ii) medidas orientadas ao reforço das relações interinstitucionais entre os actores envolvidos no processo orçamental e melhoraria do entendimento sobre o e-SISTAFE; (iii) medidas encaminhadas a aprimorar o estado de desenvolvimento do e-SISTAFE e práticas de trabalho da UTRAFE. O presente PAO 2010-2012 visa responder a essas recomendações. Para o e-SISTAFE, isso significa concentrar-se primeiro em completar o roll-out em todas as entidades do Governo e focar na implementação da execução por via directa relegando para outro programa o desenvolvimento dos outros módulos previstos. O orçamento proposto para o PAO 2010-2012 é de 84,7 milhões de dólares americanos, com uma opção de mais 2,7 MUSD para o Pilar 3. O financiamento proposto pela parte do Governo de Moçambique é de cerca de 42 milhões de dólares e representa cerca de 50 por cento do orçamento. Isso significa que o GoM assume a responsabilidade da prestação de serviços de TI em relação ao e-SISTAFE, incluindo a manutenção e evolução das aplicações da parte de todas as instituições do Estado a ser financiado através da componente interna do Orçamento do Estado. Para a realização das demais actividades no PAO 2010-2012, são estimados 42,7 milhões de dólares americanos em financiamento externo para o período 2010-2012 (vide secção 6 deste documento), dos quais há necessidade de 16,3 milhões de dólares americanos para financiamento através do Fundo Comum (FC) do SISTAFE e o resto através de outras fontes. O GoM pretende estabelecer um programa de Gestão das Finanças Públicas para actividades que serão financiados fora do âmbito do FC do SISTAFE. Numa fase interina é necessário angariar fundos na base de formulação de projectos, (vide a secção 7 deste documento), ou através de financiamento adicional dos parceiros internacional do FC do SISTAFE. É de salientar que é considerável a comparticipação do GoM nesta terceira fase da reforma do SISTAFE e que a capacidade que se crie durante a realização do programa pronunciado no PAO 2010-2012 manter-se-á quer, nalguns casos, no âmbito da segunda onda das reformas nas finanças públicas quer, na maioria dos casos, no orçamento do Estado. 3. Enquadramento da Reforma no Desenvolvimento Nacional As primeiras iniciativas de reforma nas finanças públicas aconteceram nos anos noventa e nessa base foi definida a necessidade de implementar melhorias como parte integrante da agenda política, no quadro de outras reformas estruturais que ganharam maiores ímpetos depois da entrada nas instituições de Bretton Woods. Neste contexto, a então Comissão Nacional do Plano de Moçambique introduziu, em 1990, um programa de investimento público trienal com vista a melhorar a gestão do investimento público de forma a assegurar que a entrada substancial de ajuda externa que Moçambique começava a receber dos parceiros internacionais fosse usada de acordo com as prioridades políticas 2009 Page 13 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 definidas pelo Governo, nomeadamente para os sectores sociais. Este programa tornou-se daí em diante, o principal instrumento de gestão dos fundos internos e externos do orçamento de investimento do Governo, contribuindo para melhorar a alocação das despesas orçamentadas para os sectores sociais prioritários. Ao mesmo tempo o Ministério das Finanças de Moçambique concentrou-se nos problemas ligados ao controlo das despesas, particularmente das despesas ligadas aos fundos das contrapartes, como resultado das fortes críticas das várias agências de doação. Desde os fins da década de 90, o foco da reforma da GFP foi mudando gradualmente passando a focar mais sobre a administração financeira. Com vista a assegurar uma transparente e eficiente condução das actividades da GFP e uma melhor qualidade dos serviços prestados pelo Governo, a modernização do sistema de gestão e administração das finanças públicas tem sido em simultâneo com o financiamento aos sectores prioritários e à prestação dos serviços públicos, a prioridade na área da reforma do GFP. Apesar destas primeiras iniciativas políticas terem constituído um passo importante no processo da reforma orçamental em Moçambique, a sua natureza ad hoc e gradualista tiveram no conjunto um impacto limitado. Neste sentido, a revisão em 1996 do sistema de gestão da despesa pública de Moçambique realizada conjuntamente pelo GOM e o Banco Mundial revelou a importância de se estabelecer um quadro legal e institucional adequado à gestão das despesas públicas em Moçambique e revelou também a necessidade de levar a cabo reformas coordenadas neste domínio que respondessem às fraquezas identificadas no sistema de GFP. Em resposta às questões levantadas e apresentadas nessa revisão, o Governo de Moçambique formulou em 1997, a sua estratégia para a reforma da gestão das despesas (ERGD). Esta estratégia previa uma revisão integral das práticas de gestão das despesas governamentais, visando, (i) aumentar a cobertura e classificação das despesas orçamentais do governo, (ii) melhorar a planificação, contabilidade e auditorias fiscais; e (iii) aumentar a eficiência económica, transparência e responsabilidade das actividades de gestão das despesas públicas. O objectivo geral destas reformas tem sido o de modernizar a arquitectura da administração financeira de Moçambique que nos seus fundamentos se baseava num quadro legal com mais de 100 anos de existência. O primeiro passo na implementação dessa estratégia foi a aprovação do quadro legal que estabelecia os princípios, valores e procedimentos de elaboração, aprovação e fiscalização do Orçamento do Estado (OE) e da Conta Geral do Estado (CGE), incluindo os novos classificadores. Em 1998 o Governo de Moçambique estabeleceu a primeira versão do Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) que tinha como objectivo melhorar a planificação estratégica na base dos recursos disponíveis e melhorar a função alocativa e a função estabilizadora das políticas. Através do primeiro Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) 2001-2005, o Governo de Moçambique (GoM) delineou o seu plano de combate contra a pobreza absoluta, o PRSP do país. Isso significou um passo em frente na planificação estratégica e na afectação dos recursos na base de políticas e estratégias nacionais. Os objectivos principais delineados no 2009 Page 14 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 PARPA 2006-2009 no concernente à gestão da despesa pública podem ser sumarizados como segue: melhorar a programação, execução, controlo e transparência no processo de orçamento e assegurar que a despesa pública é mais efectiva no seu impacto na redução da pobreza e criação de condições favoráveis ao crescimento económico; consolidar o papel do cenário fiscal de médio prazo (CFMP) como ferramenta efectiva e de sustentabilidade para a programação orçamental anual; monitorar os esforços de desconcentração e descentralização da administração pública. Em 2002 a Assembleia da República aprovou a Lei do SISTAFE que marca o início da reforma do SISTAFE. A Lei do SISTAFE estabelece os princípios do Sistema da Administração Financeira do Estado, composto por cinco subsistemas: Orçamento, Contabilidade, Tesouro, Património e Controlo Interno. Foi mantida uma estreita relação entre os objectivos da reforma SISTAFE nas primeiras duas fases (2002-2005) e (2006-2009), e os definidos nos PARPA(s) de (2001-2005) e (2006-2009). 4. Ponto de Situação do Processo da Reforma do SISTAFE A GFP deverá ser orientada para manter a disciplina fiscal, a assegurar a alocação atempada dos recursos públicos para as áreas definidas como prioritárias e estratégicas no programa do Governo, e à eficiência na prestação dos serviços públicos. Moçambique conseguiu, através da reforma da GFP, melhorar a sua capacidade de controlo e de prestação de contas, tendo conseguido alcançar uma boa disciplina fiscal. Os sistemas da dívida e tesouro são fortes e a melhoria do controlo no âmbito do e-SISTAFE tem sido reforçados. Porém, estudos feitos consideram que é, contudo, necessário melhorar a qualidade da monitoria dos riscos fiduciários das entidades do sector público. Melhorias significativos foram alcançadas no controlo interno, mas continua a ser importante a sua consolidação. Presentemente um dos maiores desafios da área de controlo interno é conseguir sair de uma situação de fragmentação para uma articulação efectiva das várias áreas e processos de controlo em linhas com padrões internacionais reconhecidos. As áreas de grande melhoria estão ligadas às aquisições, actualmente feitas maioritariamente por concurso público, à área de recrutamento e registo dos funcionários do Estado.Finalmente o controlo orçamental melhorou, pois é mais difícil, hoje, efectuar um compromisso de despesa sem que exista uma prévia alocação orçamental ou efectuar um pagamento sem um compromisso de despesa. A alocação é baseada nas áreas estratégicas, mas o planeamento operacional nem sempre consegue analisar e harmonizar todas as condicionantes necessárias para garantir a execução plena do planificado, criando uma elevada variação entre as despesas, de nível institucional, orçamentadas e executadas. O planeamento actual não é orientado para os resultados, mas sim para as actividades. O alinhamento dos instrumentos programáticos parece não ser ainda suficiente, mostrando ainda uma fraca capacidade de previsão e projecção, em particular em relação aos fundos externos, o que revela a necessidade de uma metodologia mais consistente 2009 Page 15 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 de planificação para garantir a articulação das visões sectorial e espacial, e a definição clara e mensurável de metas físicas e financeiras, ligadas aos programas do governo. Há critérios de alocação, a nível provincial, que não são conhecidos e ou são pouco claros, sendo recomendável desenvolver instrumentos e mecanismos que levem à melhoria da eficácia desta realidade. Em 2008 iniciou-se um programa piloto que introduziu a metodologia para a elaboração do Orçamento-Programa em alguns sectores prioritários. Este esforço deve continuar a ser aprimorado. A implementação dos classificadores programático e funcional é já uma realidade, embora faltem os classificadores por produtos e por metas físicas e financeiras. Os benefícios das reformas feitas na GFP em Moçambique são visíveis, estando já a mostrar resultados encorajadores. O desafio é consolidar os ganhos alcançados e melhorar as áreas mais fracas. A expansão para todas as entidades públicas (independentemente do seu grau de autonomia) e a melhoria da capacidade dos sectores para implementarem e utilizarem os sistemas são áreas prioritárias neste processo de reforma e deverá ser-lhes dada a necessária atenção. A introdução de uma metodologia uniforme de planificação, que se inicie na planificação de médio-longo prazo e que culmine na elaboração do orçamento-programa, incluindo a respectiva classificação programática na orçamentação, é um passo muito importante e será necessário dar a atenção necessária a este processo para que a sua implementação seja simples, eficiente e segura, respeitando também as especificidades de cada Sector. O desafio ligado ao risco fiduciário deve continuar a merecer a devida atenção. 5. Prioridades apontadas pela avaliação da externa da Gestão das Finanças Públicas De acordo com a avaliação do PAO 2006-2009 realizada em Março de 2009 sobre ponto de situacao da reforma de SISTAFE pelo FMI, no geral, o nível de satisfação atingido com as reformas é alto e os benefícios produzidos são importantes. O e-SISTAFE permitiu ao Ministério das Finanças controlar o processo económico de uma maneira mais integrada e oportuna. Também tem acelerado a execução orçamental no nível dos sectores, aumentado a previsibilidade da disponibilidade de fundos e melhorado a produção da informação fiscal. Como resultado, um número crescente de doadores estão dispostos a canalizar os fundos de seus projectos através da CUT em moeda estrangeira (CUT-ME) que foi desenvolvida recentemente, sendo um primeiro passo à plena integração das suas operações no e-SISTAFE, que está baseado na moeda nacional. No entanto, há alguns aspectos que subvertem a plena eficácia das reformas. Estas fragilidades podem ser divididas em: (i) fragilidades na GFP que não estão directamente relacionadas com eSISTAFE; (ii) fraquezas relacionadas com o baixo conhecimento ou entendimento que os actores envolvidos no processo orçamental têm do e-SISTAFE; (iii) fragilidades relacionadas com o estado de desenvolvimento do e-SISTAFE e práticas de trabalho da UTRAFE. 2009 Page 16 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Recomendou-se que o novo PAO 2010-12 teria que ter uma maior abrangência que o PAO 200609 e que o novo plano incluirá reformas dirigidas a: (i) continuidade do fortalecimento da GFP nas áreas que não estão directamente relacionadas com e-SISTAFE; (ii) medidas orientadas a reforçar as relações interinstitucionais entre os actores envolvidos no processo orçamental e melhorar o entendimento sobre o e-SISTAFE; (iii) medidas encaminhadas a aprimorar o estado de desenvolvimento do e-SISTAFE e práticas de trabalho do UTRAFE. o PAO 2010-2012 visa responder a essas recomendações. 6. Monitoria e avaliação A área de GFP é abrangente e engloba responsabilidades e actividades de várias instituições do Estado. O sistema de monitoria e avaliação tem que tomar em conta essa diversidade. A monitoria tem sido muito influenciada pelos parceiros internacionais e, em grande medida, inspiradas por padrões internacionais. Como é realçado na Visão das finanças públicas contempla-se desenvolver uma plataforma comum em relação a Monitoria e avaliação da implantação do que é proposto como uma das componentes do PAO 2010-2012, vide Componente 3: Reforçar a coordenação da reforma na área de GFP e a capacidade de monitorar a implementação da reforma e o desempenho na área de GFP. Embora o sistema de Monitoria e avaliação não esteja desenvolvido pressupõe-se que o sistema será composto por: Gestão estratégica e operacional aos níveis dos projectos, das componentes, das instituições, dos sectores etc. Avaliações internas Inquéritos em relação ao cliente e interlocutores relevantes, (vide inquéritos-propostos no âmbito do Pilar 3, componente 7, Prestação dos serviços) Avaliações externas, como por exemplo avaliações específicas e anuais do FMI, avaliações PEFA, avaliações realizadas por Grupos de Garantia de Qualidade, etc. Para pormenores sobre a Monitoria e Avaliação referimos ao Memorando de Entendimento (MdE) do FC do SISTAFE para o período 2010-2012, (ref Anexo 5) Um aspecto importante ligado à gestão estratégica e operacional é a identificação e mitigação dos riscos, que consta no Anexo 2 desse documento. 7. SISTAFE 2010-2012 O Plano de Acção e Orçamento 2010-2012 do SISTAFE assenta em três pilares subdivididos em 7 componentes: Pilar I· Desenvolvimento organizacional e Gestão dos Recursos Humanos nos órgãos centrais (MF, MPD) Componente 1: Reestruturar a UTRAFE (e o CPD) a fim de criar uma função de Operação 2009 Page 17 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 de TI mais eficiente, com melhores serviços e mais confiável; Componente 2: Elaborar e implementar uma estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos nos órgãos centrais; Componente 3: Reforçar a coordenação da reforma na área de GFP e a capacidade de monitorar a implementação da reforma e o desempenho na área de GFP; Pilar 2 Desenvolvimento do sistema de Gestão das Finançaspúblicas Componente 4: Aperfeicoar e desenvolver a gestao de todos os procesoss e metodologias do Sistema de Financaspúblicas Componente 5: Desenvolvimento de aplicações de TI para sustentar o sistema de GFP; Pilar 3 Melhorar as práticas na Gestão das Finançaspúblicas ao nível sectorial territorial e institucional Componente 6: Elaborar e implementar uma estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos em todos os órgãos do Estado; Componente 7: Prestação de serviços na base de demanda dos órgãos do Estado e outras entidades; O papel do Ministério das Finanças e mais especificamente da UTRAFE, será definido na descrição das componentes. A estrutura proposta pelo PAO 2010-2012 é: Pilar, Componente, Projecto e Iniciativa. Nalguns casos o Ministério das Finanças já tem definido os projectos no âmbito duma componente. Isto é, para o Pilar 1, componente 1 que já tem três projectos, A, B, C, definidos e para o Pilar 2, componente 5, que já tem 5 projectos, A, B, C, D, E já definidos. Para as outras componentes o Ministério das Financas definirá projectos como parte integrante da preparação da implementação. Ademais, o modelo de financiamento proposto para cada componente variará em linha com as responsabilidades das actividades definidas. É importante salientar que o nível de financiamento necessário através do FC SISTAFE é definido pela informação disponível no momento de elaboração do PAO 2010-2012 sobre o financiamento disponível nos próximos três anos. Há necessidade de mais 26,4 MUSD para financiar as actividades propostas no âmbito do PAO 2010-2012. Esse financiamento adicional proporcionaria implementação das componentes que ainda não estão financiadas, tais como: Pilar 2: Desenvolvimento do sistema de Gestão das Finançaspúblicas Componente 4: Aperfeicoar e desenvolver a gestão de todos os processos e metodologias do Sistema de Finanças Públicas Componente 5,: Desenvolvimento de aplicações de TI para sustentar o sistema de GFP; A. Projecto: Módulo de Património do Estado B. Módulo de Salários e Pensões D. Desenvolvimento e implementação do e-Tributação (financiamento parcial confirmado) 2009 Page 18 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Pilar 3: Melhoras práticas na Gestão das Finançaspúblicas ao nível sectorial territorial e institucional 7.1 Data: Componente 6: Elaborar e implementar uma estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos nos órgãos do Estado; Componente 7: Prestação de serviços na base de demanda dos órgãos do Estado e outras entidades; Pilar 1 Desenvolvimento organizacional e Gestão dos Recursos Humanos nos órgãos centrais (MF, MPD) No âmbito do Pilar 1, e nesta fase do SISTAFE, propõe-se uma ênfase maior ao desenvolvimento organizacional e ao capital humano nos órgãos centrais, nomeadamente o Ministério das Finanças e o Ministério de Planificação e Desenvolvimento nas áreas relevantes da Gestão das Finanças Públicas. O objectivo principal é de criar maior eficácia na formulação das políticas das finanças públicas, na definição das estratégias e maior eficiência na implementação do sistema das Finançaspúblicas a todos os níveis do Governo. Para a UTRAFE o foco dos desafios será o desenvolvimento duma organização orientada à prestação de serviços de TI aos órgãos do Estado, numa base competitiva e apropriado às exigências dos órgãos do Estado que serve, e assente no desenvolvimento das competências necessárias para a prestação desses serviços de TI, e na base duma gestão planificada efectiva e a curto, médio e longo prazo. Embora a responsabilidade da implementação e operação das tecnologias caiba à UTRAFE, a realização de todo o potencial de benefícios económicos possibilitado pela tecnologia é da inteira responsabilidade dos órgãos do Estado Acreditamos ser primordial empoderar os recursos humanos dos órgãos centrais a nível da liderança estratégica e gestão operacional para assegurar o direccionamento, a coordenação e realização efectiva da melhoria do desempenho do sistema das finanças públicas nacional. Este é um factor crítico de sucesso, componente primordial que adopta uma abordagem sistémica para planear o desenvolvimento da reforma. O programa do SISTAFE 2010-2012 define, no seu conjunto, iniciativas que visam melhorar o conhecimento e competências nas instituições e influenciar a cultura para complementar o desenvolvimento da base tecnológica que tem sido realizada através do programa. O Pilar 3 do programa do SISTAFE 2010-2012 define iniciativas que tem como grupo alvo os sectores e outras instituições do Estado e focam o seu desenvolvimento organizacional e dos recursos humanos. O Ministério das Finanças e o Ministério de Planificação e Desenvolvimento são responsáveis pela implementação das actividades definidas neste Pilar do programa. Propomos que as actividades das componentes 1 e 3 sejam plenamente financiadas dentro do âmbito do terceiro Plano de SISTAFE 2010-2012. 2009 Page 19 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Para as actividades da componente 2 foram incluídas apenas as actividades ligadas à coordenação e desenvolvimento dos recursos humanos na UTRAFE e no CPD. A componente 3 tem como objectivo fortalecer a coordenação da reforma na área da GFP. Embora o papel da UTRAFE tenha sido chave para o desenvolvimento das aplicações de TI, a prestação dos serviços às instituições do Estado têm tido maior peso nas actividades. O Reforço desse objectivo de modo que a coordenação seja mais eficaz é prioritário nesse plano 20102012. O orçamento para o Pilar 1 no período 2010-2012é de 56,9 MUSD. Deste valor o GoM financiará 42 MUSD que corresponde ao custo da prestacao dos serviços de TI actualmente em vigor, incluindo a manutenção e evolução das aplicações.Consequentemente o GoM assume a plena responsabilidade do custo associado à prestação de serviços de TI (MEX, MEO), incluindo a manutenção e evolução do MEX e do MEO. 7.1.1 Componente 1: Reestruturar a UTRAFE (e o CPD) a fim de criar uma função de Operação de TI compatível com as boas práticas do mercado. As iniciativas chave nessa componente são: i) a reestruturação da organização (UTRAFE) de modo que se crie estruturas e competências que proporcionem a sustentabilidade e ii) investimentos necessários no Centro de Dados e nas infra-estruturas para assegurar a interoperabilidade que se exija no âmbito da nova plataforma de TI que se pretende implementar para proporcionar os novos módulos em curso. As iniciativas e actividades dentro dessa componente têm como objectivo criar uma unidade que presta serviços de TI aos órgãos do Estado duma maneira efectiva e em linha com as boas práticas recomendadas pelas instituições de referência do mercado. A UTRAFE cresceu em termos de responsabilidades e áreas funcionais, por issoserá necessário reestruturar e criar uma organização que melhor responda às novas exigências. Uma estratégia consiste em separar as actividades de operação de TI das actividades de desenvolvimento reformas. Hoje em dia as actividades ligadas à operação de TI têm um peso significativamente maior em termos administrativos e financeiros e representam mais ou menos 70% dos recursos da UTRAFE. Definem-se 3 projectos nucleares para a Componente 1, nomeadamente: Projecto A: Reestruturação e gestão da mudança organizacional Projecto B: Operação de TI Projecto C: Plano Mestre de Investimentos O Ministério das Finanças pretende adequar a organização a uma fase de operação permanente dos serviços de TI, e o processo de transformação será realizado no âmbito do Projecto A: Reestruturação e Gestão da mudança organizacional. 2009 Page 20 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Para os módulos centrais do e-SISTAFE (MEX e MEO) as aplicações já atingiram um nível de funcionalidade que recomenda a transição de modo “projecto” para modo “operação”. È de salientar que haverá necessidade de manter e evoluir as funcionalidades desses módulos e darse-á prioridade a adequação desses módulos aos clientes. Actualmente a UTRAFE presta serviços de TI, em regime de operação corrente, a todas as instituições do Estado, incluindo apoio funcional, a manutenção das aplicações e do ambiente de acesso às aplicações. Estas actividades constituem grande parte do trabalho actual da UTRAFE, e dada a sua natureza, diferente da realidade vigente do tipo “projecto”, exigem uma adequação da estrutura organizacional, do seu “modus operandi” e das competências. A transição organizacional desejada será definida no âmbito do projecto A, tendo sido definido um projecto separado, Projecto B: Operação de TI, para tratar da prestação dos serviços. A evolução da demanda dos utilizadores e os seus planos de desenvolvimento de novas aplicações, a capacidade de prestação dos serviços actual, e as tendências tecnológicas do mercado, recomendam uma revisão da estratégia de TI de forma a melhorar a produtividade na prestação dos vários serviços e melhor adequar a plataforma tecnológica à estratégia de desenvolvimento do sistema de GFP do Governo e M.F. Esta revisão deverá incluir o respectivo plano de implementação ou sejam os investimentos. A opção escolhida recentemente para realização de alguns projectos de desenvolvimento de aplicações de TI com base em pacotes, mudou a estratégia de desenvolvimento interna para uma estratégia mista. Essa estratégia mista cria uma nova realidade, em termos de plataforma, de compatibilidade e interoperabilidade entre ambientes e aplicações, de relação com fornecedores, de desenvolvimento de competências internas, exigindo um exercício de planificação apropriado. O Projecto C: Elaboração e implementação dum Plano Mestre de Investimentos de TI visa definir e transformar a organização de forma a poder garantir a prestação de serviços de TI requerida e de forma continuada, no médio e longo prazo. Este é o terceiro projecto no âmbito desta componente 1. Salienta-se que a função de desenvolvimento de aplicações de TI continuará dentro duma outra unidade da UTRAFE para os demais módulos definidos como prioritários nesta ultima fase do programa SISTAFE, e descritos com pormenor no âmbito da componente 5, Pilar 2. Objectivo estratégico: 2009 Page 21 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Assegurar uma melhor gestão dos fundos e bens públicos, através de uma política fiscal eficaz, dum quadro legal e institucional que suporte a sua implementação, e de instrumentos e mecanismos de gestão das finanças públicas adequados Objectivo imediato: Melhorar o desempenho das instituições centrais na área de GFP 2009 Page 22 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Os resultados esperados nessa componente são: Actuação da UNIDADE DE REFORMA redefinida e realinhada de forma a garantir a satisfação do Governo e Instituições do Estado, cumprindo o seu papel na Reforma e a excelência operacional dos processos que contribuem para o fornecimento dos serviços, de acordo com um modelo de excelência a adoptar. Desempenho de nível aceitável na gestão do ciclo de vida das aplicações, desde a realização dos projectos de desenvolvimento até à manutenção das aplicações, cumprindo objectivos estratégicos, prazos, especificações, orçamento e outros indicadores de qualidade, e na base das melhores práticas e padrões de referência do mercado. Desempenho de nível aceitável na gestão do ciclo de vida das infra-estruturas de TI, que suportam a gestão de finanças públicas, desde a concepção e desenho, passando pelos projectos de implementação, até a sua operação e manutenção, cumprindo os ojectivos estratégicos e respondendo aos níveis de serviço requeridos, e na base das melhores práticas e padrões de referência do mercado. Desempenho de nível aceitável na oferta de serviços de apoio ao desenvolvimento organizacional, no âmbito da melhoria do desempenho dos orgãos na exploração do SISTAFE, focado na adopção das melhores práticas e na realização do potencial disponibilizado pelos sistemas de informação implementados. As iniciativas dentro dessa componente, e no âmbito dos 3 projectos acima referidos, são: Projecto A: Reestruturação e Gestão da mudança organizacional. i. Redefinir os papéis, estrutura, funções e processos de todas as actividades centrais da UNIDADE DE REFORMA, adequando-a aos novos desafios, entre outros; a. Desenvolver um Modelo de Gestão, orientado ao desempenho e contemplando os níveis organizacional, os processos de realização e a execução individual das tarefas e apropriado a cada tipo de actividade – projecto e operação – em que a organização se engaje. b. Definir e aprovar a estrutura hirárquico-funcional adequada à missão da organização. ii. Estabelecer processos e estrututra de marketing estratégico e operacional, contemplando todos os serviços que foram definidos para o portfólio da UNIDADE DE REFORMA iii. Definir e iniciar a implementação de um projecto de desenvolvimento organizacional da UTRAFE incluindo uma estratégia de recursos humanos na base da definição das lacunas existentes. O orçamento proposto para este projecto está estimado em 4,75 MUSD para o período 2010-2012. Projecto B: Operação de TI: iv. Definir a política e estratégia de TI, incluindo; 2009 Page 23 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 a. Desenvolver um modelo e governação de TI no Ministério das Finanças e na (s) UNIDADE (s) b. Escolher o modelo de referência de Arquitectura Empresarial (AE) para responder ao objectivo de interoperabilidade e flexibilidade da plataforma de TI c. Definir processos e actividades para implementação e manutenção da AE d. Propõe-se maior ênfase na gestão dos dados e no modelo lógico de dados. Isso é fundamental para a realização da estratégia prevista em relação ao eGovernação. v. Definir e implementar uma metodologia de gestão de projectos de acordo com as praticas internacionalmente aceites vi. Definir uma estrutura organizacional adequada para manter e desenvolver o Centro de Dados nas demais funções necessárias para um funcionamento eficiente, baseado em níveis de serviço e em linha com as boas práticas. vii. Assegurar que os processos de manutenção e evolução das aplicações de TI estejam em linha com as boas práticas internacionais. (MEX e MEO) viii. Continuar o roll-out do e-SISTAFE e a implementação da execução orçamental directa O orçamento proposto para este projecto está estimado em 42 MUSD para o período 2010-2012. Este orçamento representa mais ou menos uma manutenção do nível do custo actual para esta área. Espera-se que se consiga diminuir o nível de custo por unidade ao longo do período 2010-2012. Por outro lado haverá um roll-out contínuo para novas instituições, o que fará com que o custo total aumente.. Projecto C: Plano Mestre de Investimentos ix. Definir e elaborar um Plano mestre de investimentos necessários ou desejados a médio prazo para a realização duma plataforma de TI, (vide projecto B), necessário para sustentar os módulos e sistemas de TI existente e contemplados. O orçamento proposto para este projecto está estimado em 8 MUSD para o período 2010-2012. 7.1.2 Componente 2: Elaborar e implementar uma estratégia de desenvolvimento de recursos humanos nos órgãos centrais Para que o Ministério das Finanças e o Ministério de Planificação e Desenvolvimento possam desenvolver um sistema das finanças públicas e alcançar um desempenho apropriado nos sectores e outras instituições do Estado será necessário desenvolver as competências e as capacidades desses órgãos centrais. Objectivo estratégico: 2009 Page 24 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Assegurar uma melhor gestão dos fundos e bens públicos, através de uma política fiscal eficaz, dum quadro legal e institucional que suporte a sua implementação, e de instrumentos e mecanismos de gestão das finançaspúblicas adequados Objectivo imediato: Melhorar o desempenho das instituições centrais na área de GFP Esta componente visa ter como resultados esperados: Modelo de gestão estratégica de recursos humanos redefinido e pessoas aos órgãos centrais capazes de o praticar Metodologia de avaliação de desempenho e retroalimentação (correção e consequências), elemento da gestão estratégica de RH, sendo practicado com nível de maturidade "inicial" nos órgãos centrais Gestores e funcionários nos órgãos centrais do sistema de administração financeira do Estado com níveis de desempenho aceitávies As iniciativas principais desta componente são: i. Elaboração e aprovação do modelo de gestão estratégica dos RH nos órgãos centrais; a. Estabelecer processos e estruturas de gestão estratégica e operação de recursos humanos para as finanças públicas, definição das carreiras etc, vide interligação com a componente 6, Pilar 3. ii. Desenvolver metodologias de avaliação de desempenho nos órgãos centrais; iii. Implementação da estratégia de gestão dos RH nos órgãos centrais. O orçamento proposto para este projecto está estimado em 0,75 MUSD para o período 20102012 e financia as actividades i) e ii). Este orçamento não inclui o desenvolvimento da capacidade para os órgãos centrais. Espera-se o estabelecimento de mecanismos para financiar o desenvolvimento dos recursos humanos. Alguns projectos já estão no processo de solicitação de financiamento, tais como o Subsistema do Controlo Interno, entre outros. 7.1.3 Componente 3: Reforçar a coordenação da reforma na área de GFP e a capacidade de monitorar a implementação da reforma e o desempenho na área de GFP Como foi salientado no prefácio deste documento a Visão das FinançaspúblicasPúblicas e a reforma das Finançaspúblicas são mais abrangentes do que a reforma do SISTAFE e os programas implementados nas duas fases anteriores dessa reforma. A reforma do SISTAFE tem melhorado algumas estruturas e sistemas básicos do sistema de GFP, mas assume-se que uma nova onda de reformas nas FinançasPúblicas será desenvolvida como resposta às prioridades e objectivos estratégicos formulados na Visão das Finanças Públicas e no âmbito de outros 2009 Page 25 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 entendimentos expressos em outros documentos de referência. Para finalizar a reforma do SISTAFE e preparar uma nova onda de reformas nas finanças públicas é desejável, do ponto de vista do GoM, enfatizar e reforçar o papel de coordenação da reforma na área das finanças públicas. Essa componente do programa do SISTAFE 2010-2012 visa criar um mecanismo de coordenação com maior capacidade e mais abrangência do que nas fases anteriores. Objectivo estratégico: Assegurar uma melhor gestão dos fundos e bens públicos, através de uma política fiscal eficaz, dum quadro legal e institucional que suporte a sua implementação, e de instrumentos e mecanismos de gestão das finançaspúblicas adequada. 2009 Page 26 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Objectivo imediato: Melhorar o desempenho das instituições centrais na área de GFP Essa componente visa ter como resultados esperados: SISTAFE internalizado pelos gestores e executores do Estado aos vários níveis. Estabelecida estrutura de coordenação efectiva da reforma da GFP, envolvendo as várias partes interessadas num ciclo periódico de melhoria do SISTAFE. As iniciativas principais desta componente são: i. Redefinir o modelo de coordenação da reforma, estabelecendo os instrumentos e mecanismos para o envolvimento e controlo efectivo por parte das várias partes interessadas, Governo, Doadores, Ministérios, Sectores, Municípios e Instituições Públicas ao longo do ciclo do desenvolvimento, implementação e melhoria da reforma SISTAFE. ii. Definir e iniciar a implementação de uma estratégia nacional e abrangente de comunicação para o melhor conhecimento sobre finanças públicas, processos e sistemas associados. iii. Reforçar os fóruns de auscultação, coordenação e articulação das finanças públicas. iv. Rever os diplomas legaispara adequá-lo à estratégia desejada de coordenação e para que esta instituição possa ter as competências de coordenação de todas as iniciativas de reforma do sistema de gestão das finançaspúblicas. v. Definição formal dum Plano de Reforma que constituirá a base da nova onda de reformas do sistema das finançaspúblicas na base da Visão e outros documentos aprovados e relevantes, incluindo modelos de financiamento. Como parte integrante dessa actividade contemplar-se-ia a integração dos projectos e programas/ fundos comuns existentes num programa sectorial para apoio às finanças públicas. vi. Definir e implementar uma metodologia para avaliar periodicamente, mediante indicadores, o desempenho dos processos de GFP. O orçamento proposto para este projecto está estimado em 1,4 MUSD para o período 2010-2012 e financia todas as actividades i) –vi). 2009 Page 27 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE 7.2 Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Pilar 2 Desenvolvimento do sistema de Gestão das Finançaspúblicas O Pilar 2 abrange o sistema das finanças públicas no seu conjunto e contém duas componentes que visam desenvolver o sistema das finanças públicas. A Componente 4, “Aperfeicoar e desenvolver a gestão de todos os procesoss e metodologias do Sistema de Financaspúblicas”, capta todas as iniciativas que visam melhorar o negócio das várias áreas ou elementos do sistema das finanças públicas: a legislação, os papéis, os processos e actividades, as metodologias, os relatórios de desempenho, entre outros. A Componente 5, “Desenvolvimento de aplicações de TI para sustentar o sistema de GFP”, capta todas as iniciativas relacionadas com o desenvolvimento e implementação de sistemas de TI necessários para sustentar ou operacionalizar o sistema das finanças públicas. As componentes 4 e 5 estão fortemente interligadas mas distinguem-se nas responsabilidades ao longo do processo de desenvolvimento e implementação - processo durante o qual a UTRAFE tem a responsabilidade operacional. A Componente 5, “Desenvolvimento de aplicações de TI para sustentar o sistema de GFP”, tem merecido o foco dos esforços da UTRAFE até hoje. A experiência mostra que a transição da fase de desenvolvimento e implementação para a fase operacional tem sido moroso. Uma consequência disso é que a UTRAFE carrega o peso de todos os sistemas desenvolvidos até à data e nalguns casos acumula a própria execução das operações diárias de algumas Direcções Nacionais. Ademais em vários casos a própria UTRAFE tem tido a responsabilidade de redesenho dos processos de negócio e definição dos requisitos funcionais para o desenvolvimento das aplicações de TI, o que compromete o processo de apropriação dos novos processos e actividades de trabalho pelas próprias Direcções Nacionais. Apesar de estarem definidos, desde o inicio da reforma, princípios relativos às responsabilidades dos órgãos centrais pela realização dos benefícios económicos potenciais do SISTAFE, essa responsabilidade tem que ser reforçada nesta fase de SISTAFE. Esse é um dos focos do Pilar 2. O outro foco é o desenvolvimento dum sistema das finanças públicas harmonioso com priorização definida na base de avaliações de desempenho e de uma abordagem sistémica, que tome em consideração as interligações e interdependências dos vários sub-sistemas do sistema das finanças públicas, (vide ref. Padrões de avaliação de qualidade). Por exemplo pretende-se melhorar a integração dos vários elementos do Plano e promover uma melhor ligação entre as políticas e planos directores e as estratégias expressas no orçamento do Estado, e também um maior equilíbrio entre as actividades de gestão, monitoria e controlo e as actividades de planificação e normalização. Na Visão definiu-se a nível do processo de gestão estratégica, como sendo recomendável a consolidação das normas gerais, princípios e regras, numa única e ampla lei geral das finanças 2009 Page 28 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Data: públicas. É importante salientar que o PAO 2010-2012 foi elaborado em linha com a legislação existente, a lei do SISTAFE 09/2002 e visa finalizar as iniciativas definidas no âmbito dessa lei. A resposta à iniciativa prevista na Visão em relação a revisão da legislação existente sai fora do âmbito do PAO 2010-2012. 7.2.1 Componente 4: Aperfeicoar e desenvolver a Gestão de todos os procesoss e metodologias do Sistema de Finanças Públicas Essa componente abrange todos os processos centrais das finanças públicas definidos no âmbito da Visão e visualizados na Figura 2 e tem como objectivo aperfeiçoar a gestão de todos os processos e metodologias inerentes aos processos do Sistema de Finançaspúblicas, incluindo a revisão e actualização de sua legislação. Figura 3 – Cadeia de Valor de GFP Gestão da procura e Gestão das relações Processos de Suporte de Finanças Públicas / Processos Primários da Unidade de Reforma Projectos de desenvolvimento do Sistema de Gestão das Finanças Públicas Suporte ao ciclo e gestão do desempenho governamental, sectorial, territorial e institucional Desenvolvimento e Implementação de aplicações de TI Operações de TI Execução da Política Fiscal e Orçamental Processos Core de Finanças Públicas (PCFP) 1. Definição de Políticas do Governo e Quadro Legal 2. Planeamento Fiscal 5. Gestão do Património do Estado 3. 4. ElaboraExecução ção do da Despesa 5a. GPCE Orçamento Pública (Corpóreo) do Estado 5b. GPIC (Incorpóreo) 6. Gestão da Receita do Estado 7. Gestão de Donativos 8. Gestão da Dívida 9. Gestão de Tesouraria 10. Prestação de Contas 11. Controlo Interno 12. Controlo Externo Colaboração na definição das políticas: de planeamento, monetária, cambial e integração e cooperação económica Processos Associados Colaboração na implementação ou no apoio à implementação das políticas Colaboração no apoio financeiro ou de mitigação dos efeitos: custos de política monetária, de política cambial, desarmamento pautal e emergências Colaboração na monitoria da razoabilidade dos custos financeiros Objectivos estratégicos: Objectivo 1 Políticas e ciclo orçamental da gestão das finanças públicas: Assegurar uma melhor gestão dos fundos e bens públicos, através de uma política fiscal eficaz, dum quadro legal e institucional que suporte a sua implementação, e de instrumentos e mecanismos adequados. Objectivo 2 Elaboração e execução do orçamento, incluindo gestão do património, da dívida e dos donativos: 2009 Page 29 of 55 Objectivos do PQG e PARPA Desenvolvimento de Recursos Humanos e implementação organizacional de aplicações Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Assegurar a elaboração de um orçamento do Estado credível e abrangente e melhorar a eficácia e eficiência na execução da despesa pública e dos processos associados à gestão do património, dos donativos, da dívida, e da tesouraria, bem como uma melhor prestação de contas à sociedade. Objectivo 3 Data: Receitas do Estado: Melhorar a eficácia e eficiência na gestão da receita do Estado através da CUT, assegurando, em paralelo, a ampliação da base tributária de forma a aproximar Moçambique dos padrões internacionais, e a redução da dependência de donativos. Objectivo 4 Controlo interno e externo: Melhorar a eficácia e abrangência dos processos de controlo interno e externo bem como uma melhor clarificação dos papéis dos diferentes actores envolvidos, de forma a assegurar maior credibilidade e responsabilização na GFPGFP em Moçambique Objectivo imediato: Aperfeiçoar e desenvolver a Gestão de todos os processos e metodologias do Sistema de Finanças Públicas Esta componente visa ter como resultados esperados: Princípios da planificação e elaboração do orçamento respeitados na execução da despesa pública Orçamento por programa alinhado com os resultados definidos no processo de Planeamento e que abranja todas as instituições públicas, com tratamento apropriado para instituições autónomas, e todos os recursos públicos, incluindo todo e qualquer crédito e donativo, ainda que em espécie Orçamento credível, incluindo a vedação de qualquer gasto fora dele Aumentar a despesa do OE exucutada por via directa no e-SISTAFE Agentes executores nas instituições com e-SISTAFE implementado Melhorar os mecanismos de controlo e fiscalização para abranger todas as receitas e despesas no OE Todos os actos e factos registados capazes de serem fiscalizados pelos OCI’s Os órgãos de controlo interno de cada uma das entidades emitem o parecer sobre as contas das respectivas entidades Melhorar a qualidade da prestação de contas O PAO 2010-2012 abrange as seguintes iniciativas da Visão: Parte das prioridades no Curto Prazo e Médio Prazo, com prazo de finalização no período 2010-2012; Processos centrais dos módulos prioritários: MEX, MEO, incluindo Planeamento, Gestão dos Pagamentos de Salários e Pensões e Gestão da Receita; Áreas que são definidas como de fraco desempenho nas avaliações realizadas; e Áreas onde as melhorias introduzidas deram um grande impacto em relação ao desempenho nas finançaspúblicas. 2009 Page 30 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Mesmo com a priorização acima referida, o financiamento previsto está muito aquém das necessidades para a realização de todas as iniciativas desejadas, e consequentemente pressupõe-se que, dentro do âmbito deste PAO 2010-2012, se elabore um Plano de Acção para uma nova onda de reformas na área de GFP. No âmbito da Componente 4 definiu-se como ambição estabelecer as primeiras estruturas de planeamento, coordenação e monitoria da implementação das iniciativas. Como realçado na Componente 3 será elaborado um Plano de Reforma que constituíra a base da nova onda de reformas nas finanças públicas e que incluirá todas as iniciativas definidas na Visão e outros documentos aprovados relevantes, incluindo um modelo de financiamento. Este Plano de Reforma carece mais tempo na elaboração, incluindo processos de auscultação com as instituições de Estado aos vários níveis incluindo um processo aprofundado para elaborar um orçamento, definir estratégias de implementação e tomar decisões em relação a priorizacao. Dentro do PAO 2010-2012 dar-se-á prioridade a coordenação e monitoria da implementação das iniciativas seguintes: i. Rever e propor novo modelo de planeamento de longo, médio e curto prazo, suas metodologias, para incorporar o orçamento-programa e todos os seus momentos temporais para melhorar a qualidade das projecções macro-fiscais, elaboração de cenários fiscais alternativos e garantir que todos os intervenientes podem executar as suas tarefas nos prazos definidos e com qualidade. ii. Preparar um plano de trabalho para a introdução da prática de Planeamento e Orçamentação por Programas, alinhado com CFMP, em todas as instituições públicas. iii. Definir um modelo de gestão do património do Estado, incluindo revisão da legislação da gestão do património do Estado. a) Desenhar um sistema de controlo do inventário de todos os bens do Estado, no domínio público; iv. Coordenar a definição de classificadores alinhados com as boas práticas ou padrões internacionais que respondem às necessidades de gestão e controlo que possam ser utilizados por todos os módulos v. Propor um modelo integrado de controlo interno, avaliando os cenários técnico e institucional, para maximizar a eficácia, eficiência e economia dos processos de controlo, bem como a respectiva estratégia de mudança; vi. Definir um modelo de administração da folha de salários e de pensões vii. Continuar o processo de definição de um modelo de gestão de receita, 2009 Page 31 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 a) Criar mecanismos que incentivem a inclusão de todas as receitas no orçamento, incluindo as receitas não fiscais e outras receitas do Estado, simplificando o processo de seu registo. Coordenar uma iniciativa conjunta de recenseamento e inclusão no Orçamento do Estado, transitando pela CUT, com a DNO, DNCP, DGI e IGF no que tange às receitas não tributárias e com DNO, DNCP, DNT e Doadores para as receitas externas. Para a coordenação e monitoria da implementação dessas iniciativas, e a criação de estruturas para esse fim, incluindo a implementação das iniciativas i)-vii) acima referidas, foi planeado um orçamento de 2,4 MUSD. É de salientar que o financiamento do Subsistema de Controlo Interno (SCI) tem sido canalizado através do FC do SISTAFE mas por via dum subgrupo do FC do SISTAFE. Todas as actividades e iniciativas de controlo interno previsto no Quadro Lógico deste PAO 2010-2012 devem ser realizadas com financiamento consignado através do FC do SCI. 7.2.2 Componente 5: Desenvolvimento de aplicações de TI para sustentar o sistema de GFP O processo de Desenvolvimento de aplicações de TI contempla um conjunto de serviços que vão desde a análise e desenvolvimento de aplicações até à sua operacionalização, e a gestão do ciclo de vida desses sistemas, assegurando que são prestados competitivamente e em resposta aos anseios do Governo. Esta missão exige que a UTRAFE desenvolva competências e as enquadre com níveis de maturidade apropriados às fases de desenvolvimento definidas, e orientadas ao desenvolvimento duma prestação competitiva. Este processo deverá incluir funções de pesquisa e desenvolvimento, procurando explorar oportunidades de melhoria em total alinhamento com as necessidades dos seus clientes. Para este processo, foi definida a seguinte Visão: Excelência certificada na realização dos processos de desenvolvimento e manutenção de aplicações e baseados nas melhores práticas e padrões de referência do mercado, e na implementação de Projectos de desenvolvimento cumprindo objectivos estratégicos, prazos, especificações, orçamento e outros indicadores de qualidade. Para alcançar esta visão, foram definidos um conjunto de iniciativas de Reforma, a serem iniciadas pela definição da Estratégia para os Sistemas e Desenvolvimento de Sistemas. Parte dessas iniciativas realizar-se-ão no âmbito deste PAO 2010-2012: Definir processos de desenvolvimento de aplicações (desenvolvimento à medida interno ou por terceiros e customização de pacotes), Definir e implementar estrutura para testes e garantia de qualidade, 2009 Page 32 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Adoptar modelos de referências para Gestão de Projectos de desenvolvimento, manutenção e customização de aplicações de TI, Definir processos e actividades para implementação da gestão dos projectos aos diferentes níveis e incluindo intervenção de terceiros, Desenvolver e melhorar as aplicações prioritárias que sustentam os processos de GFP, de acordo com as prioridades definidas, visualizados na tabela abaixo apresentada. Na elaboração da Visão foi feita uma avaliação dos vários módulos e sua prioridade em função de três critérios: Importância Estratégica para a Reforma e Contributo para Conclusão e Consolidação do TOC e Gestão de Património Expectativas das Partes Interessadas; Competências da Unidade de Reforma (conhecimento, recursos, ferramentas). Deste exercício resultaram as seguintes prioridades para os módulos avaliados, podendo também ver-se na tabela a visão para cada um dos módulos: 2009 Page 33 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Prioridades para os módulos avaliados Identificação e Visão dos Módulos de Finanças Públicas Cod Módulo Visão do Módulo 1 Critério 2 3 Prioridade MEP Planeamento • Produzir o PQG, Planos Sectoriais e Locais e CFMP Integrados • Órgãos de controle com acesso ao MEP para Auditoria de Resultados • Garantir a integração com MEO. MEX, MDP, MGH e MGD, através2 de classificadores comuns • Deve inclui repositório documental de políticas, legislação e outros documentos que sejam input para os planos MEO Elaboração Orçamental • Elaboração orçamental com foco em indicadores de resultados, 5 incluindo todas as instituições públicas (mesmo as autónomas) 5 5 15 MEX Execução Orçamental • Produção do balanço orçamental, financeiro, patrimonial e demonstração das variações patrimoniais • (concluir oroll-out e garantir a descentralização da execução) • Integração do MEX com MEO, MPE, MDP, MSP, MGH, MRC 5 5 5 15 MPE Património do Estado • Posição patrimonial confiável, gestão efectiva das alterações patrimoniais. Integração com MEX 5 • Registo de todos os concursos e contratos. Integração com MEO 5 5 15 MSP Salários e Pensões • Existência de uma base única de funcionários activos e inactivos (no Sistema Integrado de Gestão de RH da Função Pública), com geração automática e centralizada da folha de pagamentos, com5 pagamento directo nas contas dos funcionários • Integração com MEX 5 5 15 MGT Gestão de tributos • Registo efectivo e eficiente de todas as fases da receita provenientes de todos os tributos. Gestão dos incentivos fiscais. 5 Pagamento dos tributos online directamente na rede bancária 5 4 14 MPI Gestão de Património Incorpóreo (Haveres) • Posição confiável, em tempo útil, de todos os Haveres do Estado.4 Associado e integrado no MEX 2 4 10 MDP Gestão da Dívida • Registo efectivo e eficiente de todas as fases da receita provenientes de todos os tributos. Gestão dos incentivos fiscais. 4 Pagamento dos tributos online directamente na rede bancária 5 3 12 MGI Gestão de informações • Posição confiável, em tempo útil, de todos os Haveres do Estado. 5 Associado e integrado no MEX 4 5 14 MGC Gestão dos processos de controle • Gestão efectiva de todos os processos de controle interno e externo 4 4 11 MGD Gestão de Donativos 3 5 13 3 • Posição total e confiável de todas as etapas da gestão dos donativos internos e externo: já existe 1 sistema que tem que se5 considerar e deve ser integrado (ODAMOZ) Acompanhamento de todo o processo • 3 4 9 O PAO 2010-2012 apenas poderá priorizar os seguintes módulos: A. Módulo de Património do Estado B. Módulo de Salários e Pensões C. Módulo de Gestão de Informações D. Desenvolvimento e implementação do e-Tributação E. Funcionalidades para Planeamento realizada no âmbito do MEO Assim, a componente 5 prevê: Objectivos estratégicos: 2009 Page 34 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Objectivo 1 Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Políticas e ciclo orçamental da gestão das finanças públicas: Assegurar uma melhor gestão dos fundos e bens públicos, através de uma política fiscal eficaz, dum quadro legal e institucional que suporte a sua implementação, e de instrumentos e mecanismos adequados. Objectivo 2 Elaboração e execução do orçamento, incluindo gestão do património, da dívida e dos donativos: Assegurar a elaboração de um orçamento do Estado credível e abrangente e melhorar a eficácia e eficiência na execução da despesa pública e dos processos associados à gestão do património, dos donativos, da dívida, e da tesouraria, bem como uma melhor prestação de contas à sociedade. Objectivo 3 Receitas do Estado: Melhorar a eficácia e eficiência na gestão da receita do Estado através da CUT, assegurando, em paralelo, a ampliação da base tributária de forma a aproximar Moçambique dos padrões internacionais, e a redução da dependência de donativos. Objectivo 4 Controlo interno e externo: Melhorar a eficácia e abrangência dos processos de controlo interno e externo bem como uma melhor clarificação de papéis dos diferentes actores envolvidos, de forma a assegurar maior credibilidade e responsabilização na GFP em Moçambique Objectivo imediato: Aperfeicoar e desenvolver a Gestão de todos os processos e metodologias do Sistema de Finançaspúblicas. Esta componente tem como resultados esperados: Desenvolver e melhorar as aplicações prioritárias que suportam os processos de gesão de finanças públicas, de acordo com as prioridades definidas e acesso ao financiamento A UTRAFE é responsável por todas as actividades da componente 5 e consequentemente propomos que os projectos A)-E) e as actividades i)-v) devem ser totalmente financiadas através do PAO 2010-2012. Sublinhamos que o alcance dos objectivos depende do financiamento total das actividades, conforme o orçamento apresentado na secção 7 deste documento. Caso haja défice no financiamento, as componentes serão revistas e reduzidas as iniciativas de reforma previstas no âmbito deste PAO 2010-2012. Para proporcionar boas práticas na área de desenvolvimento propõe-se as seguintes iniciativas: 2009 Page 35 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 i. Definir processos de desenvolvimento de aplicações à medida, internamente ou por terceiros, e customização de pacotes ii. Definir e implementar estrutura para testes e garantia de qualidade iii. Adoptar modelo de referência para implementação da gestão dos projectos aos diferentes níveis iv. Divulgar o plano de desenvolvimento do e-SISTAFE para todos os sectores. v. Desenvolver e melhorar as aplicações prioritárias que suportam os processos de GFP, de acordo com as prioridades definidas na Visão e demais documentos directores. 7.2.2.1 Orçamento para a Componente 5 do PAO 2010-2012 O orçamento previsto para o desenvolvimento e implementação dos projectos A)-E) está estimado em 24,1 MUSD para o período 2010-2012, mas este financiamento tem de ser encontrado fora do financiamento actualmente previsto no âmbito do FC do SISTAFE. Consequentemente se apresentará um Plano de Acção particular por cada Módulo proposto com excepção aos módulos de Planeamento e Gestão de Informação. Esses dois estão fortemente ligados ao MEX e MEO para os quais é necessário um financiamento no valor total de 1,4 MUSD através do FC do SISTAFE. Em relação ao projecto e aos módulos definidos no âmbito do Modelo Conceptual do eTributação notamos que as funcionalidades são muito mais abrangentes do que as definidas para a rede de cobrança definidas anteriormente como parte integral do SISTAFE. Consequentemente reconhecemos que os parceiros internacionais do FC do SISTAFE provavelmente não poderão financiar a totalidade do projecto e-Tributação sem o recurso a outras fontes de financiamento. Porém todo o projecto foi incluído no orçamento, para demonstrar as necessidades financeiras para a realização das actividades em curso e das actividades planeadas no âmbito do PAO 2010-2012 e para proporcionar o processo de solicitação dos demais fundos externos. Esperemos que os parceiros do FC SISTAFE poderão financiar uma grande parte dos recursos necessários, reconhecendo que isso significaria financiamento adicional. É de salientar que o MF apresentará um PAO específico/particular para e-Tributação, para o Módulo de Património (MPE) e Modulo de Salários e Pensões (MSP). Os valores orçamentais apresentados para os 4 módulos nesse documento são previsões, pelo que os Planos específicos podem apresentar valores orçamentais diferentes dos valores apresentados. Modulo A. Património do Estado Total 0,8 MUSD 2010 0,45 MUSD 2009 2011 0,35 MUSD 2012 Fonte de Financiamento Financiamento externa extra Page 36 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: B.Salários e Pensões 4,55 MUSD C. Gestão de Informação 1 MUSD 0,2 MUSD D. e-Tributação 17,35 MUSD 5,3 MUSD E.Planeamento Total 1,65 MUSD 0,4 MUSD 24,1 MUSD 0,3 MUSD 7,9 MUSD 2,1 MUSD Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 0,8 MUSD Financiamento externa-extra 0,6 MUSD 0,2 MUSD FC-SISTAFE 5,45 MUSD 6,6 MUSD Financiamento externa-extra, orçamento de 2009 não incluído (1,55 MUSD) 0,1 MUSD 8,6 MUSD FC-SISTAFE 7,6 MUSD 7.2.2.2 Projecto A Modulo de Património do Estado Conforme o foi referido na Visão das finanças Públicas, o processo de gestão do património corpóreo do Estado, compreende três partes fundamentais: A identificação, incorporação, distribuição, guarda, conservação, inventariação, movimentação, depreciação, valoração, locação, alienação, concurso público e abate dos bens patrimoniais, A previsão da manutenção dos bens e inclusão desses planos no orçamento, A gestão dos contratos (incluindo de concessão, de gestão e de cessão de exploração) Para este processo foi definida como Visão “Garantir que todas as instituições públicas, com tratamento apropriado para instituições autónomas, concessionárias e parcerias públicoprivadas abrangendo património público, gerem adequadamente a sua parcela do património do Estado, assegurando registo em tempo útil de compras, localização, valoração, responsabilidade e seguros associados e garantindo uma gestão integrada do património do Estado.” Os seguintes resultados esperados foram definidos: Património do Estado gerido adequadamente por todas as entidades públicas, incluindo as instituições autónomas, empresas públicas e autarquias, Gestores do Património do Estado responsabilizados pelo registo, em tempo útil, de todas as aquisições, e pela gestão integrada do Património do Estado O alcance da Visão passa por um conjunto de iniciativas de reforma na área de legislação, inventariação e tecnologias de suporte ao processo e as iniciativas chave constam na lista das iniciativas no âmbito da Componente 4 acima referida. 2009 Page 37 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Nesta área, o papel da UTRAFE, é o de contribuir no desenho dos processos funcionais e no desenvolvimento e implementação dum sistema de suporte à gestão do património corpóreo do Estado. Propõe-se a definição e desenvolvimento duma primeira versão desse sistema de informação no âmbito do PAO 2010-2012. O primeiro passo seria uma inventariação do património para estabelecer uma “linha de base”. O passo seguinte seria a definição de princípios de registo, manutenção, valorização e depreciação do património e de criar princípios de como tratar o património no Orçamento do Estado e na Conta Geral do Estado. A definição funcional da primeira versão deste sistema de informação tem que ser feito em paralelo com as iniciativas na área do Gestão de Património. É de realcar que o orçamento proposto no âmbito do PAO 20102012 é tentativo até que um “buzines case” seja elaborado colaborativamente pela UTRAFE, DNPE, DNO, e DNCP. O orçamento tentativo proposto é de 0,8 MUSD para o período 2010-2012. É importante salientar que o orçamento tentativo foi elaborado na base dum nível de ambição relativamente prudente para este sistema nesta fase da reforma do SISTAFE. 7.2.2.3 Projecto B Modulo Salários e Pensões Durante a segunda fase da reforma do SISTAFE foi desenvolvido um sistema de pagamento de salários e pensões. Porem, a falta dum sistema para gerir os recursos humanos dificulta o desenvolvimento do capital humano, factor crucial para todo o processo de reforma da GFP. No âmbito da terceira fase do SISTAFE está previsto o desenvolvimento e implementação dum sistema de gestão de recursos humanos com todas as funcionalidades relevantes. A estratégia escolhida foi optar pela parametrização ou seja customização dum sistema existente no mercado (COTS). O produto já foi escolhido e sua aquisição adjudicada. Trata-se duma solução provida pela empresa Oracle, com funcionalidade de gestão da folha do salário, e de todos os processos base de gestão de recursos humanos, desde o recrutamento à aposentação dos funcionários públicos. O projecto vai se iniciar com uma definição das funcionalidades requeridas nos órgãos centrais relevantes, nomeadamente o Ministério da Função Pública, Ministério da Administração Estatal, o Ministério das Finanças e o Tribunal Administrativo, entre outros. Em segundo lugar vai-se definir os requisitos das instituições do Estado no papel de gestores financeiros e dos recursos humanos. Na base dos requisitos funcionais será tomada uma decisão sobre as funcionalidades existentes na aplicação que se deseja parametrizar para adequa-las ao ambiente. Uma análise das mudanças necessárias na legislação e nos procedimentos de gestão dos recursos humanos será um elemento fundamental do projecto. Como nos outros projectos de desenvolvimento, optar-se-á por uma estratégia de 2009 Page 38 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 implementação faseada tanto na vertente institucional, como na vertente funcional. Essa estratégia de desenvolvimento ainda não foi desenvolvida, estando em processo de elaboração. O orçamento proposto para este projecto é de 4,55 MUSD no período 2010-2012 e ainda pode ser sujeito a mudanças até o Plano de Acção e Orçamento ser apresentado e aprovado. Assumese que através do projecto de elaboração dum Plano Mestre de Investimentos se crie uma estratégia de TI e se defina um ambiente de TI que tome em consideração as especificações técnicas de todos os projectos de desenvolvimento actualmente em curso e se defina um ambiente do utilizador único para e-Folha e os demais módulos de e-SISTAFE. 7.2.2.4 Projecto C Gestão de Informações. O e-SISTAFE e o desenvolvimento do SISTAFE têm proporcionando informações de administração financeira e de GFPGFP, mas temos de reconhecer que a maior ênfase foi dada às transacções financeiras e não aos relatórios para apoiar a gestão aos níveis institucional e sectorial. Consequentemente propõe-se um projecto de inventariação dos diferentes requisitos em relação aos relatórios para apoiar a gestão nas várias áreas. Nesta base propõe-se desenvolvimento de mais relatórios padrões e maior funcionalidade em relação à criação e disponibilização dos relatórios para os vários grupos de utilizadores. O orçamento proposto para este projecto é de 1 MUSD para o período 2010-2012 e propõe-se que o financiamento desse projecto seja através do FC do SISTAFE. 7.2.2.5 Projecto D e-Tributacao O Projecto E-Tributação reveste-se de importância fulcral na implementação da Reforma Tributária dentro da Autoridade Tributária. Esta Reforma terá como base as acções de modernização dos serviços acoplados a uma plataforma de sistemas informáticos da AT com vista a melhorar a cobrança de Receitas do Estado, e aumentar a capacidade de investimento pelo Estado, com base em informação real do seu poder financeiro. Este projecto consta de várias matrizes assinadas entre o GoM e os Parceiros Internacionais de Cooperação estando por essa razão listado como acção prioritária no Plano Estratégico da Autoridade Tributária (20062010) no capítulo de consolidação e desenvolvimento das reformas tributárias. O desenvolvimento e implementação do Sistema Electrónico de Cobrança e Gestão Tributária visam disponibilizar um instrumento para a gestão financeira das receitas públicas que deverá entre outros aspectos: Assegurar a recolha atempada e devidamente classificada da receita para o Tesouro Público (CUT); Tratar informaticamente de cada imposto ao nível individual, a fim de disponibilizar 2009 Page 39 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 relatórios de gestão actualizados, atempados e fiáveis sobre a posição de cada entidade de cobrança de receitas públicas – seja ATM ou sector – em tempo real e respeitando as fases da receita (lançamento, liquidação e cobrança) conforme a Lei do SISTAFE; Implementar uma nova Conta Corrente do Contribuinte; A implementação de uma plataforma de TI apropriada, robusta e fiável que possibilite a posterior inclusão e integração dos demais sistemas de cobrança e recolha para o erário público, incluindo os pagamentos através do sistema bancário comercial, ATM e POS; Aumentar a velocidade de recolha para a CUT ou seja diminuir o tempo que ocorre desde que o imposto é declarado e pago pelo contribuinte até que o imposto esteja disponibilizado para despesas através do e-SISTAFE; Dar os primeiros passos preparativos para implementação de modalidades de liquidação e pagamento de impostos mais modernos (auto-liquidação de certos Impostos, Débito Automático, declarações electrónicas, Internet, etc.); Além de disponibilizar instrumentos melhorados na gestão da receita pública desenvolver e capacitar os funcionários públicos actualmente empenhados na cobrança e recolha de receitas públicas, de modo a aumentar a produtividade e desse modo aumentar o nível de recolha efectiva na CUT. O desenvolvimento e implementação do e-TRIBUTAÇÃO realizar-se-á através da seguinte estratégia: 1. Entrega à UTRAFE da responsabilidade de Gestão do projecto de TI, que deverá ser conduzido em plena coordenação com a Autoridade Tributaria, e segundo o modelo de gestão aprovado. 2. O projecto deverá seguir as boas práticas para este tipo de projecto, e iniciar-se com um levantamento e análise da situação actual do negócio e desenho do negócio desejado através dum modelo conceptual e um modelo de negócio. 3. A aplicação será realizada na base dum produto de mercado (o ETM/Oracle) e será adaptado aos requisitos funcionais definidos e ao ambiente de TI existente (Arquitectura, Tecnologia, Segurança, etc.) 4. Haverá necessidade de desenvolver internamente algumas funcionalidades complementares às existentes no ETM/Oracle, para proporcionar as funcionalidades descritas no modelo conceptual aprovado e para assegurar a interoperabilidade com os sistemas existentes, tais como e-SISTAFE, entre outros. 5. Compra de serviços de consultoria no mercado para adaptação da aplicação. 2009 Page 40 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 6. A UTRAFE e AT desenvolverão, através do projecto, as competências necessárias para poder tomar a responsabilidade de manutenção da aplicação e sua operação no novo ambiente de TI, ref. Componente 1, Projecto C. 7. A implementação do e-Tributacao será faseada; na vertente institucional (roll-out gradual), em relação ao grupo de contribuinte e em relação aos tipos de tributos/receitas. O plano do projecto define as seguintes 6 fases: A. Levantamento e análise da situação actual do negócio e definição da situação futura desejada, B. Desenho dos processos de negócio e do sistema de informação de suporte, C. Construção da solução, Desenvolvimento da solução, implementação da infra-estrutura de TI, parametrização da aplicação ETM, configuração das interligações com os sistemas existentes, etc. D. Testes, aceitação e homologação E. Deploy e formação F. Operação O projecto tem o seu próprio PAO 2009-2012 que será apresentado em breve. O orçamento proposto para e-Tributação é de 17,35 MUSD, para além do orçamento revisto em 2009 de 1,55 MUSD. O valor não inclui os investimentos no Centro de Dados que se realizarão no âmbito da Componente 1, Projecto C deste documento. Uma das vantagens da elaboração dum Plano Mestre de Investimentos é permitir explorar os benefícios duma melhor coordenação, assegurando uma melhor compatibilidade ou interoperabilidade entre os vários sistemas e economias de escala a nível da própria infraestrutura de TI e da sua operação. Pressupõe-se que não haverá necessidade de investir em muitas infra-estruturas específicas para o e-Tributação. Consequentemente o custo do equipamento será menor do que o estipulado no “buzines case” apresentado anteriormente. Em linha com a estratégia faseada de implementação prevista para o projecto, foi incluída a formação para um número limitado de utilizadores, priorizando o pessoal da AT e alguns grandes contribuintes. O projecto e-Tributação terá uma duração que vai para além do período 2010-2012. 7.2.2.6 Projecto E: As Funcionalidades para Planeamento realizada no âmbito do MEO 2009 Page 41 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Da descrição das iniciativas da Componente 4, extraímos a descrição da iniciativa iv): “Preparar e propor um plano de trabalho para a introdução de um Plano Plurianual, com o mesmo período do CFMP, rolante, sob a lógica de Planeamento e Orçamentação por Programas em todas as instituições públicas e garantir a implementação do processo. O processo de planeamento deverá ainda ser suportado por um sistema de informação, denominado módulo de planeamento (MEP), para o qual a integração com o módulo de elaboração do orçamento (MEO) e o módulo de execução do orçamento (MEX) é fundamental. O modelo conceptual e de negócios do MEP é uma iniciativa que deverá ser levada a cabo pelo Ministério da Planificação e Desenvolvimento em coordenação com o Ministério das Finanças.” Para o desenvolvimento dum sistema de informação para sustentar o processo de planeamento, propõe-se desenvolver uma versão mais ampla do MEO existente, que crie a ligação entre o processo de planeamento e o processo de elaboração orçamental. A definição funcional deste sistema de informação tem que ser feito em concertação com as iniciativas na área do Planeamento. Consequentemente, o orçamento proposto no PAO 2010-2012 é uma previsão, até que um ‘business case” seja elaborado pela UTRAFE em colaboração com as Direcções Nacionais relevantes do MF e MPD. O orçamento proposto é de 0,4 MUSD e contempla essencialmente um especialista da área para a definição dos requisitos funcionais e um aumento na capacidade de desenvolvimento. Assume-se que o treinamento será feito em simultâneo com a introdução do Plano Plurianual e na lógica do Planeamento e Orçamentação por Programas pelo que o orçamento proposto não inclui custos de treinamento. Os mesmos grupos de pessoal são alvo do treinamento nos processos funcionais e no uso dos sistemas de informação e consequentemente uma abordagem coordenada parece preferível. Será também possível explorar possibilidades por via de coordenação com a formação prevista para MEO. 7.3 Pilar 3 Melhoria nas práticas de GFP ao nível sectorial, territorial e institucional As iniciativas de reforma desenvolvidas até à data, só terão o impacto completo desejado, quando a sua implementação alcançar todos os níveis e instituições do Estado, e quando as práticas de GFP estejam em linha com o quadro legal e regulativo em vigor. O Pilar 3 tem como foco principal aumentar os potenciais benefícios da reforma, através de iniciativas que promovam as melhores práticas em todos os níveis e instituições do Estado. Essas iniciativas englobam actividades como: Desenvolvimento das competências e capacidades dos recursos humanos envolvidos nos processos de GFP Divulgação da legislação e metodologias, Criação de fóruns para troca de experiencias entre instituições e sectores, Divulgação de boas praticas nacionais, Formação através de eventos desenvolvidos para grupos-alvo específicos na base de demanda, 2009 Page 42 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Formação através de eventos gerais na base dos perfis existentes na área das finançaspúblicas, Serviços de consultoria de modo que se crie competências internas nas instituições, entre outras. Definiu-se duas fases na implementação das iniciativas no âmbito do Pilar 3: Melhoria nas práticas de GFP ao nível sectorial, territorial e institucional: Na primeira fase dar-se-á ênfase as medidas imediatas para responder a demanda já conhecida dos sectores e instituições duma maneira adequada e, a medida do possível, atempada. Reconhece-se que em algumas áreas já existe há algum tempo áreas que precisam de atenção do MF, incluindo UTRAFE e MPD e que já existe uma demanda dos sectores e instituições em relação aos órgãos centrais (MF, MPD). No caso da UTRAFE essa demanda é parcialmente pronunciada através dum back-log. Na maioria dos casos as instituições e sectores precisam de esclarecimento e apoio na adaptação dos sistemas e metodologias existentes. Várias avaliações e revisões conjuntas revelam áreas que carecem de melhorias e onde o MF, incluindo UTRAFE, e MPD actualmente não têm tido capacidade para responder adequadamente à demanda. O primeiro passo seria de desenhar um Plano de Acção com responsabilidades e prazos para a implementação e subsequentemente o segundo passo seria de implementa-lo. Na segunda fase e a um nível mais estratégico, propõe-se que se realize um inquérito abrangente, solicitando retorno de todas as diferentes instituições do Estado, sobre quais seriam as áreas prioritárias para o Ministério das Finanças desenvolver capacidade na prestação dos serviços a fim de melhorar o desempenho da gestão. O grande desafio ao nível estratégico é como responder a demanda com a capacidade e competência actual no MF, incluindo UTRAFE e MPD. Reconhecendo que a capacidade do MF, incluindo UTRAFE e MPD de providenciar serviços de consultoria aos sectores e instituições do Estado ainda é muito limitada, considera-se como alternativa entrar em parceria com empresas de consultoria para providenciar serviços de consultoria para apoiar as instituições e sectores no desenvolvimento dos modelos de gestão e na aplicação dos mesmos, incluindo tudo que os sectores e instituições acharem relevante para melhorar o desempenho na gestão das finançaspúblicas. Caso exista disponibilidade adicional dos recursos, uma opção adicional terá que ser desenhada para responder à situação imediata de fraca capacidade no MF, incluindo UTRAFE, e MPD. Estas estratégias seriam consideradas medidas intermediárias e provavelmente transitórias enquanto o MF, MPD, representado pelos órgãos centrais, desenvolvessem a capacidade e a competência necessária, vide Pilar 1, componente 1, 2 e 3. Onde a criação da capacidade nos órgãos centrais é considerada prioritária. O reconhecimento da fraca capacidade no MF, incluindo UTRAFE e MPD para responder à demanda é o factor motivador do desenho do Pilar 1 acima referido. Na definição das prioridades para o PAO 2010-2012 surgiu a necessiadade de se estabelecer um compromisso entre continuar o desenvolvimento dos módulos em falta para as demais áreas 2009 Page 43 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 apresentados na Figura 2, (componente 5) ou aprofundar a reforma através de iniciativas que foquem na mudança das práticas de gestão e de trabalho nas instituições do Estado aos diferentes níveis. Decidiu-se adoptar esta última estratégia. Saliente-se que o financiamento dalgumas das iniciativas listadas para o Pilar 3, terão de ser solicitadas através dos programas sectoriais ou dos projectos, existentes ou novos. Na lista das iniciativas apresentadas nesse documento explicitamos a parte que, actualmente, se pretenda que seja financiada através do PAO 2010-2012. O orçamento proposto para o Pilar 3 é de 1,3 MUSD para o período 2010-2012. O financiamento para a realização dessas actividades fora do âmbito do FC SISTAFE deve ser feito através de financiamento adicional do FC do SISTAFE. 7.3.1 Componente 6: Elaborar e implementar uma estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos nos órgãos do Estado Considera-se primordial desenvolver a capacidade e competência do pessoal envolvido nos processos de GFPGFP para poder melhorar o desempenho a todos os níveis do Estado. Acredita-se que existam vantagens em desenvolver metodologias e abordagens comuns que subsequentemente possam ser completadas ao nível institucional. No âmbito desse PAO 2010-2012 dar-se-á o primeiro passo em direcção a uma gestão estratégica dos recursos humanos, e o orçamento proposto demonstra um nível de ambição adoptado à realidade em termos de recursos disponíveis para desenvolver o modelo de gestão estratégica dos RH e uma metodologia de avaliação de desempenho, incluindo um sistema de incentivos, (ref Componente 2, Pilar 1). Acredita-se que essa abordagem gradualista seja necessária e que seja um critério de sucesso dessas iniciativas. Essa componente tem como objectivo estratégico: Assegurar uma melhor gestão dos fundos e bens públicos, através de uma política fiscal eficaz, dum quadro legal e institucional que suporte a sua implementação, e de instrumentos e mecanismos adequados Objectivo imediato: Melhorar as práticas de Gestão das Finanças Públicas ao nível sectorial, Territorial e institucional Essa componente visa ter como resultados esperados: Administração financeira do Estado, a todos os níveis do Estado, realizada por gestores e funcionários capazes, em carreiras diferenciadas, com niveis de desempenho aceitáveis de forma a proporcionar maior valor ao erário público Modelo de gestão estratégica de recursos humanos redefinido e pessoas aos vários níveis conhecedoras e capazes de o praticar 2009 Page 44 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Metodologia de avaliação de desempenho e retroalimentação (correção e consequências), elemento da gestão estratégica de RH, sendo practicado com nível de maturidade "inicial" Em linha com a apresentação da componente 2 acima referida, haverá necessidade de desenvolver estratégias de desenvolvimento dos recursos humanos a todos os níveis do Estado. A componente inclui as iniciativas seguintes: i. Identificação e/ou criação de carreiras especificas e respectivas competencias necessárias para desempenhar todas as funções da administração financeira do Estado ii. Elaborar um plano integrado de desenvolvimento de competências, no dominio de administracao financeira, pelo MF em coordenação com os Sectores e o MFP, baseado numa avaliação prévia das lacunas de competência e nos indicadores de desempenho dos processo e desempenho individual nas competências associadas a cada função, quer a nível central, como a nível sectorial, como ainda a nível local. iii. Estabelecer instrumentos e mecanismos de avaliação do pessoal ligado ao desempenho dos processos das financas públicas e ao desempenho organizacional. iv. Clarificar os papéis e responsabilidades dos órgãos locais do Estado e das autarquias nos processos de GFP v. Definir processos de gestão da mudança que permitam a utilização plena dos sistemas pelas organizações beneficiárias. vi. Estabelecer processos e estrutura de gestão estratégica e operação de recursos humanos para as finanças públicas. vii. Definir um programa para revisão dos curriculos de cursos de contabilidade pública nos Institutos, Universidades públicas e Privadas A implementação das estratégias será financiada fora do âmbito do PAO 2010-2012 e representa uma das áreas onde será solicitado financiamento deverá ser solicitada através dos programas sectoriais, entre outros. Consequentemente propõe-se somente um orçamento de 0,6 MUSD para o desenvolvimento da metodologia, o processo de coordenação e a monitoria da implementação das estratégias incluindo a solicitação do financiamento e desenvolvimento de modelos de financiamento dessas estratégias. Esse orçamento é equivalente a um consultor internacional tempo inteiro e a umas consultorias de curta duração. 7.3.2 Componente 7: Prestação de serviços na base de demanda dos órgãos do Estado e outras entidades Reconhece-se que nalgumas áreas já existe uma demanda dos sectores e instituições em relação 2009 Page 45 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 aos órgãos centrais (MF, MPD), com destaque para UTRAFE. Na maioria dos casos as instituições e sectores precisam de esclarecimento e apoio na adoptação dos sistemas e metodologias existentes. Varias avaliações e revisões conjuntas revelam áreas que carecem de melhorias e onde o MF, incluindo UTRAFE, e MPD representados pelas diferentes órgãos centrais actualmente não têm tido capacidade para responder adequadamente à demanda. O foco dessa componente é o de, em primeiro lugar, tomar medidas imediatas para responder à demanda já conhecida dos sectores e instituições duma maneira adequada e, aa medida que for possível, atempada. Subsequentemente propõe-se que se realize um inquérito abrangente, solicitando retorno de todas as diferentes instituições do Estado, sobre quais seriam as áreas prioritárias para o Ministério das Finanças desenvolver capacidade na prestação dos serviços a fim de melhorar o desempenho da gestão. Essa componente tem como objectivo estratégico: Assegurar uma melhor gestão dos fundos e bens públicos, através de uma política fiscal eficaz, dum quadro legal e institucional que suporte a sua implementação, e de instrumentos e mecanismos adequados Objectivo imediato: Melhorar as práticas de GFP ao nível sectorial, territorial e institucional. Essa componente terá como resultados esperados Serviços de administração financeira divulgados e prestados, a todos os níveis, visando melhorar o desempenho local, na gestão do erário público Nesta componente realizar-se-ão as iniciativas seguintes, algumas delas já definidas na Visão das finanças públicas: i. Tomar medidas imediatas para responder a demanda já conhecida dos sectores e instituições duma maneira adequada e, na medida que for possível, atempada. O primeiro passo seria desenhar um Plano de Acção com responsabilidades e prazos para a implementação e subsequentemente o segundo passo seria de implementa-lo, incluindo a divulgação do Plano de Acção a todos os Sectores; ii. Realizar um inquérito visando definir os serviços procurados pelos sectores e instituições do Estado e apresentação do plano como um “buziness case” no âmbito do processo de reestruturação da UTRAFE. iii. Definir, em coordenação com os sectores, acordos de níveis de serviços com critérios de priorização claros, porém diferenciados para o nivel central, provincial e distrital; 2009 Page 46 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE iv. Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Assegurar a disseminação efectiva do conhecimento sobre o modelo e práticas de GFPGFP em vigor e divulgar em versões simplificadas os principais regulamentos e procedimentos de execução orçamental, financeira e patrimonial. a) Clarificando a legislação relativa à obrigatoriedade dos registos manuais em livros contabilísticos. b) Explicando como deve ser aplicado o classificador seccional O orçamento proposto para essas iniciativas é de 0,7 MUSD para o período 2010-2012 e reflecte somente as iniciativas apresentadas na lista i)-iv) acima. Caso se concretize uma aumento transitório da capacidade através da contratação dos serviços de consultoria no mercado e/ou através da Assistência Técnica dos parceiros internacionais seria necessário um orçamento adicional de 2,7 MUSD. Esse valor é equivalente a 5 consultores internacionais a tempo inteiro. É importante reconhecer que um processo de desenvolvimento organizacional leva tempo e que existe uma sequência lógica das iniciativas apresentadas no âmbito desse PAO 2010-2012. Como salientado considera-se preferível aplicar uma abordagem gradualista para poder manter e fortalecer a apropriação nacional do sistema das finanças públicas e as reformas concebidas e actualmente em curso. 2009 Page 47 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Data: 8. Orçamento Esta secção apresenta o Orçamento proposto para cada pilar e componente do PAO 2010-2012. Pilar Componente Subtotal Projecto MUSD 2010 2011 2012 Reestruturacao 1.49 1.83 1.43 4.75 Operacao de TI 14 14 14 42 2 0.25 0.5 3 0.25 0.45 3 0.25 0.45 8 0.8 0.8 0.8 MEP 0.3 0.1 0.4 MPE 0.45 0.35 0.8 MSP 1.65 2.1 0.8 4.55 MGI 0.2 0.6 0.2 1 eTributacao 5.3 5,45 6,6 17.35 0.2 0.3 0.2 0.2 0.2 0.2 27.44 29.33 27.93 Pilar 1 1 Desenvolvimento organizacional e Desenvolvimento RH (centrais) Projecto A Projecto B Projecto C Plano Mestre 2. Desenvolvimento RH centrais 3. Reforçar a coordenação Pilar 2 4. Aperfeicoar e desenvolver a GFP 5. Desenvolvimento de sistemas TI GFP Pilar 3 Projecto A Projecto B Projecto C Projecto D Projecto E 6. Desenvolvimento de RH sectorial , territorial 7. Prestação de serviços TOTAL 2009 Subtotal TOTAL Componente por 2010-2012 PILAR MUSD 56,9 C1: 54.75 MUSD C2: 0.75 C3: 1.4 C4: 2.4 C5: 24.1 Page 48 of 55 C6: 0.6 C7: 0.7 84.7 26,5 MUSD 1,3 MUSD 84,7 MUSD Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 A tabela abaixo apresenta o orçamento e as fontes de financiamento Orçamento Total Financiamento Financiamento Financiamento GoM Proposto pelo Outras Fontes Fundo Comum 84,7 MUSD 42 MUSD 16,3 MUSD 26,4 MUSD 2009 Page 49 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 9. Padrões e critérios de apreciação e priorização A priorização das próximas etapas da reforma da GFP, e mais concretamente a terceira fase do SISTAFE foi feita, entre outros, na base de alguns padrões de apreciação de qualidade e do estágio de desenvolvimento dos sistemas das finanças públicas. 9.1 Critérios de qualidade Um sistema de GFP deve permitir alcançar três objectivos: 1. A disciplina fiscal ao nível agregado, evitando desequilíbrios não sustentáveis entre receitas e despesas, a fim de sustentar a estabilidade monetária, as perspectivas de crescimento da economia, e a sustentabilidade financeira do Estado; 2. A afectação estratégica dos recursos em função dos objectivos do governo é compatível com as tarefas do Estado; 3. A prestação eficiente dos serviços públicos. Na abordagem moderna para análise e desenho de reformas de sistemas de GFP, considera-se o orçamento como a combinação de dois contratos. O primeiro contrato é estabelecido entre o Legislativo (Assembleia da República) e o Executivo (Governo), e é através dele que o Legislativo, depois de ter definido os objectivos do país e analisado a proposta do orçamento apresentado pelo Executivo, autoriza o Executivo a cobrar os impostos e a contratar outras formas de financiamento para financiar as despesas propostas necessárias para que um conjunto de bens e serviços correspondente aos objectivos seja produzido e disponibilizado. O segundo contrato é estabelecido entre o Executivo (Conselho de Ministros) e as instituições do Estado (ministérios e administrações), e é através dele que o Executivo encomenda serviços específicos dos ministérios e se compromete a pagar o preço definido no orçamento. A mudança de perspectiva é que em vez de financiar custos, o orçamento passa a “comprar” serviços. Na perspectiva tradicional, a orçamentação baseava-se principalmente nos custos necessários para manter e expandir o aparelho do Estado, sem grandes preocupações em relação aos efeitos gerados com a despesa. A nova abordagem significa uma mudança do enfoque das entradas para as saídas e respectivos efeitos. Os critérios de qualidade definem os pré-requisitos para que os dois contratos implícitos no orçamento possam ser estabelecidos numa base realista, fundamentada em actos e factos, e visando controlar de forma efectiva possíveis abusos por parte dos agentes dos órgãos de soberania do Estado no exercício dos seus papéis. São geralmente mencionados como princípios e critérios para apreciar o funcionamento global do processo orçamental, os seguintes: 2009 Page 50 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 1. Envolvimento do nível político, significando que as instâncias de liderança do Governo (e não apenas as partes técnicas da administração pública) deverão ser envolvidas na preparação, apreciação e controlo dos orçamentos e relatórios sobre a despesa e receita pública; 2. Previsibilidade da disponibilidade efectiva dos fundos na medida definida no orçamento em tempo útil, o que é uma condição fundamental para o uso económico dos fundos; 3. Estratégias consistentes e financiáveis, referindo-se à consistência entre objectivos operacionais e políticas e a sustentabilidade do financiamento das metas; 4. Transparência, pré-condição para a visibilidade das transacções financeiras do Estado pelas instâncias democráticas e pelo povo; 5. Abrangência, um antigo princípio democrático, significando que o orçamento deve conter todas as despesas e receitas geradas e cobradas pelo Executivo, sendo isto um pré-requisito para o parlamento poder exercer a sua função de supervisão e orientação da administração e do Governo; 6. Responsabilidade/Responsabilização (accountability), significando que devem existir responsáveis que podem ser responsabilizados e sofrer consequências. A responsabilização tem uma dimensão interna (funcionário – chefe), bem como uma dimensão externa (executivo – legislativo e o público em geral). Estes critérios podem ser usados para apreciar o funcionamento global do sistema, bem como para analisar se as diferentes etapas do ciclo orçamental, estão devidamente organizadas. Melhorar o desempenho em relação a estes critérios foi e continua a ser um aspecto chave da reforma do SISTAFE. Várias iniciativas para melhorar o desempenho em relação a estes critérios encontram-se no âmbito da Visão das Finanças públicas. Como salientado neste documento é necessário melhorar não só as estruturas e sistemas mas também as competências e as práticas de gestão. Esses factores serão enfatizados neste PAO 2010-2012 de modo a melhorar o desempenho em relação aos critérios de qualidade. 9.2 O paradigma da plataforma O paradigma da plataforma é utilizado para verificar a consistência dum sistema e analisar a sequência de reformas. No paradigma, o sistema de GFP é visualizado como uma plataforma suportada por diferentes pilares, que podem ser as etapas do ciclo orçamental, os processos ou as instituições 2009 Page 51 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 envolvidas. O objectivo de reformas é o de gradualmente elevar o nível da plataforma, melhorando a qualidade e funcionalidade do sistema. Mas ao longo do processo, a plataforma tem que manter uma posição mais ou menos horizontal, o que requer que os pilares cresçam em harmonia e num ritmo coordenado. O paradigma sugere que é preciso olhar para o grau de horizontalidade da plataforma e identificar os pilares fracos onde o crescimento atrasou. O paradigma também sugere que se definam fases da reforma que correspondem a níveis onde o crescimento dos pilares mais avançados deve parar até os outros poderem avançar a fim de estabilizar a plataforma antes de prosseguir para o próximo nível. O paradigma pode ser aplicado a um processo de desenvolvimento do sistema linear que expande gradualmente na vertente territorial; ou pode ajudar a apreciar a qualidade de cada pilar, e sugerir que a qualidade de cada uma das componentes deve ser pelo menos “satisfatória” antes de zelar para o nível “bom”. O mapa 1 abaixo e a Figura 2 visualizam uma abordagem inspirada pela ideia da plataforma. O nível 3 éo nível mais alto em termos de desempenho. Nesta definição das “paragens” ou “niveis” da plataforma, a óptica principal é a transição de controlo do lado recursos (entradas) para uma definição adequada dos resultados e o controlo do desempenho. No mapa 1 ve-se que cada nível da plataforma tem os principais elementos do ciclo orçamental, e descreve os processos core (planeamento fiscal, elaboração orçamental, execução orçamental, gestão de património, controlo intero, auditoria etc.), (vide Figura 3 abaixo para a descrição dos processos core). Mapa 1: Níveis de maturidade discrição e controlo na GFPGFP Nível 3. Discrição abrangente, orientação ao desempenho 1. 2. 3. 4. Enquadramento orçamental forte e consolidado – envelope fiscal fiável, orçamento no contexto macroeconómico – processo nacional de definição de políticas / estratégias resulta em prioridades nacionais de despesa acordadas – ministérios elaboram planos estratégicos com forte ligação com o orçamento e definição detalhada de metas de desempenho etc. – limites orçamentais reflectem limitações macro assim como a direcção política. Orçamentos plurianuais reflectem planos estratégicos classificados principalmente por programas, com indicadores de desempenho e alguns elementos de “accrual accounting” – unidades de despesa forte na elaboração do orçamento, enquanto o ministério das finanças assiste e analisa – o parlamento avalia o contexto estratégico do orçamento e autoriza montantes avultados sobre períodos mais longo do que um ano. Gestão dos recursos forte, geralmente descentralizada, dando discrição sistemática às unidades de despesa (no procurement, pessoal etc.) – unidades de despesa celebram contratos de desempenho e aplicam recursos para prestar os serviços – papel das entidades globalizadores está virado para a supervisão e viabilização de contratos (com indivíduos e entidades de despesa). Controlos e auditorias internas completamente descentralizadas, ao serviço dos gestores nas unidades de 2009 Page 52 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE 5. 6. Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 despesa – mecanismos de monitoria estabelecidos e fornecendo informação pertinente ao ano em curso sobre o progresso no alcance dos compromissos de desempenho – supervisão dos mecanismos e regras de controlo pelos ministérios globalizadores. Contabilização e relatórios na base “modified accrual”, com processos fortes nas unidades de despesa e monitoria fiável e forte – muita ênfase na transparência – relatórios incluem indicadores de desempenho. Entidade de auditoria externa forte, levando a cabo auditorias financeiras assim como de desempenho – relatório anual transmitido ao parlamento – foco em ex-post controlo e balanços, unidades de despesa responsabilizados pelo desempenho. Nível 2: Discrição estruturada 1. Enquadramento orçamental determinado centralmente – elementos fortes de determinação de envelope e limites de cima para baixo (elementos de modelação macro, fixação de limites), e crescente focalização na estratégia e crescente papel das unidades de despesa (algum desenvolvimento de políticas / estratégias nacionais e planificação estratégica nos ministérios). 2. Orçamento preparado dentro das prescrições dum calendário, papel crescente das unidades de despesa – base do orçamento ainda cash, controlo ainda ao nível da classificação económica, mas menos detalhado – informação sobre a dimensão estratégica da despesa disponibilizada (objectivos, indicadores, desempenho) – orçamento com alguns detalhes de médio prazo, crescente importância da despesa de capital. 3. Gestão dos recursos em vias de ser descentralizado – competências e regulamentação definidas e controladas centralmente, mas processos de gestão dos recursos efectivos implementada pelas unidades de despesa, com alguma margem de decisão – introdução parcial de controlo dos compromissos. 4. Mecanismos de controlo interno, auditoria e monitoria desenvolvida em alguns ministérios e usados para efeitos de gestão – princípios de controlo interno e auditoria ainda determinados centralmente – ajustes orçamentais ainda sujeito a regras, mas com mais discrição das unidades de despesa (redistribuição de fundos até uma definida percentagem permitida dentro do mesmo programa). 5. Contabilização e relatórios financeiros ainda na base “cash”, mas com alguma informação sobre compromissos e obrigações pendentes – ênfase no desenvolvimento de sistemas sólidos de contabilidade e monitoria nos ministérios, com consolidação central. 6. A entidade responsável da auditoria externa ganha influência, levando a cabo algumas auditorias financeiras e de desempenho – mistura entre controlos ex-ante e ex-post, graduais mudanças dos papéis das instâncias centrais e das unidades de despesa Nível 1: Regulamentação e controlo 1. Enquadramento orçamental orientado por controlos – focalização estrita e conservadora ao envelope fiscal – projecção de recursos, início de limites “top-down” – detalhes limitados sobre a política e estratégia. 2. Ênfase sobre a abrangência do orçamento – forte orçamentação na base “cash”, orçamento preparado à base dum calendário, conduzido pelo Ministério das Finanças, com classificação económica detalhada – priorização das despesas operacionais. 3. Gestão dos recursos altamente centralizada – muito controlo, gerido e desenvolvido centralmente, sobre a utilização de fundos (controlo no curto prazo) – controlo completo e centralizado sobre pessoal e procurement. 4. Controlo e monitoria da execução orçamental muito forte, mas centralizado – muito poucos ajustamentos, baseados em regras estritas – ajustes controlados dentro e através de rubricas de classificação económica 5. Sistema centralizado para contabilidade e relatórios, com controlos muito detalhados e baseados na classificação económica –contas ainda fragmentadas. 6. Auditoria externa a nascer, mas verifica só o cumprimento das regras – alto grau de disciplina, orçamento fiável, mas sem quase nenhuma atenção à qualidade da despesa – controlos ex-ante. 2009 Page 53 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 Nível 0: Sistema informal, fraco 1. 2. 3. 4. 5. 6. Fraco enquadramento – projecção de recursos pouco fiável, não fundamentada em estratégias, e ausência de definição de limites de cima para baixo. Processo de preparação do orçamento mal estruturado, ausência de respeito pelas regras - orçamento apresentado frequentemente com atraso – e pouco fiável. Fraca gestão dos recursos – não há orientação ou controlo das fluxos de caixa, da dívida, do procurement, das despesas de capital ou de pessoal, inexistência dum sistema de monitoria do uso de recursos – desvio de fundos, orçamentos não relevantes, corrupção, desperdício. Controlo de verbas fraco ou inexistente – ajustes orçamentais frequentes, não controlados, intransparentes. Sistema de contabilidade e relatórios financeiros fragmentado. Auditorias externas inexistentes ou não efectivas – responsabilização e transparência limitadas, pouca disciplina, qualidade do orçamento insatisfatória. NOTA importante: “Central” refere aos ministérios globalizadores, normalmente o Ministério de Finanças (em inglês denomindado “central ministries”). “Descentralizado” significa que a responsabilidade está devolvida aos ministérios que prestam os serviços (“line ministries”). Fonte: Matthew Andrews: What would an ideal public finance management system look like? In: Anwar Shah (Ed.): "Budgeting and Budgetary Institutions, World Bank Publications, (Esboço da Visao das finançaspúblicas, Dieter Orlowski) Figura 2 Visualização dos níveis de desempenho dos principais processos do ciclo orçamental, Elaboração orçamental, execução orçamental, gestão de património, monitoria e controlo, auditoria e avaliação Auditoria e… Nivel 1 Monitoria e… Gestao de… Execucao… Elaboracao… Nivel 0 Nivel 2 Nivel 3 Orientados por este paradigma a prioridade a ser dada na próxima etapa será para o desenvolvimento nas áreas com desempenho de nível 0 ou 1 antes de se atacarem projectos em áreas que já atingiram um desempenho do nível 2 e de optar por um desenvolvimento harmonioso em termos de níveis de desempenho dos processos do ciclo orçamental. Inspirada 2009 Page 54 of 55 Ministerio das Financas – PAO 2010-2012 UTRAFE Data: Versao: 0.06 2 de Dezembro de 2009 por, entre outros, esse paradigma foram considerada prioritárias as áreas mais fracas em relação ao desempenho. O PAO 2010-2012 visa captar todos os elementos ou processos fundamentais na área de Gestão das Finanças e por isso se foca mais sobre os conhecimentos e competências, sistemas e estruturas, a cultura etc.(vide Figura 1 acima referida), sobre o adoptado nas duas fases anteriores. Isso reflecte-se, entre outros, nos 3 Pilares e 7 componentes propostas na secção 7 e tem como consequência um orçamento acima dos valores anteriores. Nesse sentido, pode-se dizer que a abordagem que se propõe e mais abrangente e holística das fases anteriores. Embora tenhamos ainda grandes desafios em relação ao desempenho na área das finanças públicas visamos através das iniciativas propostas nesse PAO 2010-2012 atingir um nível 2 de critério de qualidade estruturada nos próximos 3-5 anos. 10. Lista dos anexos Anexo 1: Enquadramento Lógico para o SISTAFE 2010 – 2012 Anexo 2: Avaliaçãoo dos Riscos e acções de mitigação Anexo 3: Memorando de Entendimento, FC SISTAFE 2009 Page 55 of 55