Braga | Setembro 2015 | Número 4 AS MARCHAS DE SÃO PEDRO • O grupo; • A indumentária; • Atuação das marchas; • Pag. 16 MIGUEL BANDEIRA - VEREADOR DO URBANISMO E PLANEAMENTO DA C.M.B. A terra de Frossos e de Merelim, bem como aquelas que diretamente confinam, estão intimamente unidas por uma ocupação humana muito antiga, de gentes e de cultura... pag. 3 INAUGURAÇÃO POLIDESPORTIVO DO RIBEIRO Desporto; Lazer; Convívio; Pag. 17 • • • Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 EDITORIAL No próximo dia 4 de outubro, os portugueses são chamados a votar. Esta eleição, da nova Assembleia da República, da qual sairá um novo governo para Portugal, realiza-se num momento de grande dificuldade e exigência. Na verdade, todos reconhecem que vivemos um tempo que exige um elevado sentido de responsabilidade e de determinação. Nem todos os responsáveis políticos e nem todos os analistas fazem a mesma avaliação das causas, da caracterização, da extensão e da profundidade dos problemas que Portugal atravessa, nenhum deles nega, porém, a sua existência. Em democracia, é o eleitorado quem detém a soberania primeira e é ele a fonte da legitimidade. Ao votar, o eleitorado responsabiliza e responsabiliza-se. Estou certo de que o fará com integral consciência das dificuldades, mas, ao mesmo tempo, com confiança nas instituições e no futuro do nosso país. Em cada eleição é, de facto, o futuro que cada eleitor escolhe e determina – o futuro de cada um e o futuro de todos nós. Sabemos que os próximos tempos continuarão a não ser fáceis. Sabemos que as dificuldades e os desafios só se vencerão com o empenhamento de todos. Votar é, sem dúvida, uma forma fundamental e consequente de afirmar esse empenhamento. Portugal exige-o de todos nós. A indiferença e o alheamento da vida da comunidade não resolvem nenhum problema. Pelo contrário: com indiferença e alheamento todos os problemas se multiplicam e se agravam. Em democracia, todas as crises têm uma solução. A qualidade única das democracias representativas é assentarem a sua legitimidade numa relação de confiança entre os cidadãos e o poder político. Como cidadãos, somos, todos e cada um de nós, os primeiros e os últimos respon- 02 Ricardo Ferreira sáveis pelos destinos da nossa comunidade política nacional. Como cidadãos, temos uma parte de poder e uma parte de responsabilidade que não podemos transferir, quando somos chamados a escolher os nossos representantes. Neste momento, a escolha da melhor forma de responder à crise portuguesa está nas mãos dos cidadãos. Confio no sentido de responsabilidade do eleitorado, na sua seriedade, na sua lucidez. Vamos votar com responsabilidade cívica e confiança na nossa democracia e no nosso país. Estou certo de que a escolha dos portugueses será, como no passado ficou demonstrado, a boa escolha para Portugal. Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 A TERRA DE FROSSOS E MERELIM NA CONSTRUÇÃO DO TERRITÓRIO BRACARENSE A terra de Frossos e de Merelim (S. Pedro), bem como aquelas que diretamente confinam, estão intimamente unidas por uma ocupação humana muito antiga, de gentes e de culturas cujas memórias se perdem na névoa dos tempos. De solos profundos e abundantemente férteis que deram razão de ser ao poder e à prosperidade do território bracarense, Frossos e Merelim, que fazem parte da grande veiga de Braga, são igualmente pontos de passagem obrigatória de ancestrais caminhos para quem partia e chegava à cidade, indo e vindo de longas distâncias, do quadrante norte e noroeste da península ibérica. Os próprios topónimos da União de Freguesias assim o sugerem, pelas prováveis origens arcaicas e longínquas das palavras que os identificam. A atual estrada 201, salvaguardadas as pequenas rectificações da história, é o eixo onde repousa antiga via romana XX, descrita no conhecido itinerário de Antonino. Uma das vias tentaculares, radiais, por onde se foi processando o crescimento urbano de Braga no correr destes dois mil anos. Por aqui calcorreavam os diversos povos que cruzaram a nossa terra, ainda antes da chegada dos romanos, que trilharam os caminhos mais favoráveis de atravessamento dos rios, em particular o Cávado, e que ponteavam as portelas das serras minhotas onde era mais fácil vencer as alturas. Viandantes de diversas motivações e destinos, passaram por Merelim e Frossos, uns fixando-se, outros interagindo com as suas gentes. Desde logo os produtores e agricultores que vinham comerciar os seus géneros à cidade. Muitos e diversos viajantes com as suas múltiplas finalidades, de trabalho, de festa e de devoção. Certamente, também, os pastores com os seus gados, soldados e questores da antiguidade entre as cidades Augustas, de Lucus (Lugo), Asturica (Astorga) e Bracara. Os mercadores e almocreves de todos os tempos. Os peregrinos a Santiago que venciam a bela ponte de Prado movidos pela glória de orarem diante do sepulcro do Santo. Os transportadores que se relacionavam com o tráfego do rio. Mais tarde a mala-posta, os lavradores das terras próximas, clérigos e fidalgos, os artesãos, os caixeiros-viajantes, os primeiros automóveis e camiões, as recoveiras… Enfim, os que faziam desta via o mais importante eixo de ligação entre Braga e Ponte de Lima. Vereador Miguel Bandeira Nas últimas décadas o território transformou-se radicalmente. As ocupações e os estilos de vida mudaram. A fisionomia rural dominada pela agricultura deixou de prevalecer e os principais fluxos de tráfego rodoviário de atravessamento desviaram-se para outras estradas. A cidade cresceu para lá dos seus arrabaldes, e Merelim (S. Pedro) e Frossos vive hoje em pleno ambiente urbano e com os modos de vida que são próprios da cidade. Os terrenos agrícolas existentes continuam a existir, com os seus pequenos campos de cultivo, as bouças, as suas hortas e vinhedos, coabitando próximo com as habitações, e os loteamentos. Mas também com o comércio e os serviços que se vão afirmando, sobretudo, próximo da estrada, intervalando também, com pavilhões comercias, oficinas e pequenas indústrias. São cada vez mais aqueles que circulam na estrada 201 com a motivação e a intensidade de quem circula dentro da mesma cidade, como se dentro de uma das suas ruas se tratasse. A rua-estrada, por ser cada vez menor a diferença entre o centro e a periferia da cidade de Braga. Por tudo isto, um dos principais desafios ao desenvolvimento que a terra de Merelim (S. Pedro) e Frossos tem de enfrentar nos próximos anos, é sem dúvida, o de promover e defender o ordenamento do seu território. O equilíbrio entre os recursos, a paisagem, a qualidade de vida dos seus fregueses. Merelim (S. Pedro) e Frossos tem um inegável potencial de qualidade de vida que tem de preservar e potenciar. Porque não estando longe, nem demasiado perto, pode auferir das vantagens daquela e evitar os malefícios desta. Urge hoje preservar as tradições dos nossos antepassados e valorizar a identidade como comunidade que se reconhece no lugar que ocupa. Uma União de Freguesias que age no presente a pensar naquilo que vai deixar às gerações de amanhã. Um território digno de continuar a ser amado. 03 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 INFORMAÇÕES UTEIS PARQUE DE LAZER DA IGREJA AULAS DE GINÁSTICA No passado mês de agosto foram efetuadas obras de conservação e remodelação no parque de Lazer da Igreja, tendo-se, entre outros, procedido ao arranjo e pintura das casas de banho que servirão não só este equipamento, como também a Igreja. Foi ainda reparada a rede do campo de jogos, tendo-se também aumentando a mesma, do lado poente do campo, em 2 metros de altura. Já iniciaram, no pavilhão José Carlos Macedo, as aulas de ginástica, gratuita, para a nossa comunidade sénior. As aulas decorrem à terça-feira com início às 15:30h. As inscrições estão abertas a todos os que queiram juntar-se a este grupo maravilhoso, para uma tarde diferente com muita animação. PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO DE FROSSOS PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO JOSÉ CARLOS MACEDO Estão abertas as inscrições para a utilização do pavilhão gimnodesportivo de Frossos, os interessados na formação de equipas poderão efetuar a inscrição na junta de freguesia. Iniciou-se no passado mês de agosto a obra de conservação e remodelação do Pavilhão Gimnodesportivo José Carlos Macedo, de forma a colmatar as infiltrações de água aí existentes. De entre outras intervenções destaca-se a intervenção geral de toda a cobertura e placas, com remoção e renovação das telas aí existentes, e a impermeabilização de toda a área envolvente. SUBSTITUIÇÃO DO COLETOR DAS ÁGUAS PLUVIAIS DOS CORTELHOS Iniciou-se no dia 7 do corrente mês a obra relativa à substituição do coletor das águas pluviais dos Cortelhos, visando substituir o coletor existente por outro de maiores dimensões de forma a minimizar os estragos derivados das cheias/ inundações e que muito tem atormentado a população da urbanização da Igreja, rua das Cangostas e rua dos Cortelhos. A obra irá decorrer pelo período de 60 dias pelo que estará concluída no início do mês de novembro. 04 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 BANDA NOVA ESPERANÇA E CONFERÊNCIA SOBRE A DEPRESSÃO Nova Esperança BANDA NOVA ESPERANÇA Movidos pela vontade de transmitir mensagens positivas e alegrar aqueles que os escutam, um grupo de jovens e adultos juntou-se e formou a já conhecida “ Banda Nova Esperança”. Após percorrerem um período inicial de ensaios e adaptações, nada melhor do que organizar a apresentação oficial do grupo. Esta exposição á comunidade decorreu em articulação com uma conferência relacionada com a depressão e consequentes implicações desta na vida pessoal, familiar e social daqueles que a possuem. CONFERÊNCIA SOBRE A DEPRESSÃO O tema escolhido não poderia ser mais pertinente, uma vez que a depressão é uma perturbação psiquiátrica muito frequente e que, segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2020 será a doença mais debilitante do mundo desenvolvido. Assim, torna-se indispensável conhecer esta patologia e as respetivas repercussões no indivíduo. A depressão é um sentimento de tristeza intenso que pode ocorrer depois de uma perda recente ou de outro facto triste, mas é desproporcionada relativamente à magnitude do acontecimento e persiste para além de um período justificado. É a principal causa de incapacidade e a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis entre as 107 doenças e problemas de saúde mais relevantes. Está inserida na categoria das perturbações do humor e estima-se que em Portugal, pelo menos, 20% da população é afetada por esta patologia. A diferenciação entre tristeza e depressão é, talvez, a etapa mais complexa do diagnóstico diferencial desta doença. A tristeza é uma resposta natural, comum e necessária à perda ou à derrota. É uma experiência autolimitada e que diminui gradualmente, passando pelas fases de resolução do luto. Contrariamente a esta situação, a depressão é um estado mais prolongado no tempo e na intensidade, durando habitualmente entre 6 a 9 meses, mas em 15 a 20% dos casos prolonga-se por dois anos ou mais, sendo que os episódios tendem, geralmente, a repetir-se várias vezes ao longo da vida. As causas da depressão não se conhecem por completo, mas existem alguns fatores que podem predispor à doença, nomeadamente, fatores hereditários, personalidade introvertida, acontecimentos emocionalmente desagradáveis e ser do sexo feminino (estudos psicológicos demonstram 05 que as mulheres tendem a responder às adversidades fechando-se sobre si e culpabilizando-se). O diagnóstico da depressão assenta essencialmente sobre os sinais e sintomas manifestados e a história familiar do individuo. A sintomatologia característica desta patologia é diversificada e pode ir desde ansiedade, sentimento de culpa e desamparo, isolamento social, diminuição da energia e perturbações do apetite, podendo mesmo chegar a pensamentos suicidas e manifestações psicóticas como delírios e alucinações. O tratamento da depressão é habitualmente a combinação de várias terapias, entre elas, o tratamento farmacológico com recurso a vários tipos de antidepressivos consoante a manifestação clínica da doença e a psicoterapia individual ou em grupo que ajuda o individuo a reassumir, de modo gradual, antigas responsabilidades e a adaptarse às pressões habituais da vida. Para concluir, a depressão é uma patologia que, dia após dia, afeta um maior número de pessoas, devido às complexas circunstâncias da conjuntura atual. Assim, se pensa que este quadro se encaixa naquilo que sente e no que está a viver no momento, recorra ao seu Enfermeiro ou Médico de Família. Não guarde para si esse sofrimento, partilhe-o com quem o pode ajudar. E nunca se esqueça: a depressão tem cura! Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 PISCINAS 2015 Terminada a época balnear na Piscina de Merelim (S. Pedro) e Frossos, encerramos com a sensação de dever cumprido. Em 58 dias de abertura ao público, quase 21500 banhistas, das diversas faixas etárias, frequentaram e desfrutaram do principal espaço de lazer da freguesia. O dia de maior afluência, contou com 705 pessoas, em pleno mês de Agosto. No início, foram definidos dois objetivos imperativos. O primeiro foi o de possibilitar o acesso gratuito à piscina a crianças das diversas faixas sociais, tal como já aconteceu em anos anteriores. O segundo objetivo foi o de combater alguns comportamentos menos corretos por parte de alguns veraneantes, de forma a proporcionar bem-estar e segurança aos restantes utentes. No sentido de cumprir a primeira medida, desde cedo se acordou com diversas Escolas, IPSS, Associações e Centros Sociais a entrada das crianças de forma gratuita durante o período da manhã. Para além destes acordos, recebemos ainda os Campos de Férias da Câmara Municipal de Braga referentes às freguesias de Merelim (S. Pedro) e Frossos e Merelim (S. Paio), Panoias e Parada de Tibães. Em consequência disto, cerca de 4000 crianças tiveram manhãs de pura diversão e felicidade. Ao longo do período de abertura, para além dos conterrâneos, tivemos também um número eleva- do de utentes de outras freguesias, outras cidades e, como já vem sendo habitual, os diversos emigrantes que procuram este espaço para aproveitar grande parte das suas férias. Das pessoas que experimentaram pela primeira vez este ano o espaço, várias foram aquelas que teceram comentários agradáveis e ficando clientes assíduos. Evidentemente, e tal como em tudo, existiram também alguns aspetos negativos, que foram reconhecidos, e os quais se pretende melhorar para o próximo verão. Para finalizar em beleza, e em jeito festivo, no Domingo de encerramento, a 6 de Setembro, a entrada foi gratuita para todos e durante todo o dia. Assim, mais de 300 pessoas aproveitaram o calor para dar os últimos mergulhos sem qualquer custo. Concluindo, o balanço da época de 2015 é bastante positivo devendo-se, claramente, a todos aqueles que procuraram e fizeram uso correto destas instalações. Ultimando, e a título pessoal, quero agradecer a todos os vigilantes, nadadores-salvadores e staff de manutenção, que quer em momentos excecionais mas também nos menos bons trabalharam de forma exemplar, dedicada e cuidada. 06 Carolina Dantas Pereira Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 PASSEIOS: DE SÃO BENTO DA PORTA ABERTA A SÃO BENTO DAS PERAS” E “ DA RÉGUA AO POCINHO” A Junta de Freguesia ocasionou mais um dia diferente à comunidade sénior da nossa freguesia, de forma a promover uma maior aproximação e afinidades, facultando aos nossos pensionistas momentos que de outra forma não seriam proporcionados. Desta vez o passeio foi “De São Bento da Porta Aberta a São Bento das Peras”. O passeio decorreu no dia 4 de Agosto envolvendo cerca de 100 adoráveis pessoas da nossa comunidade “Sénior”. A viagem teve início para uns em Frossos e para outros em Merelim (S. Pedro) e como primeiro destino a vila de Santa Maria do Bouro para o tradicional “mata bicho”, seguindo-se então para São Bento da Porta Aberta onde pudemos fazer a nossa oração dada a tamanha devoção a este Santo. Seguiu-se a viagem até às Cerdeirinhas, onde nos esperava o almoço já previamente encomendado. Claro está, que houve quem leva-se o memorável merendeiro para confraternizar com os amigos enquanto apreciavam as magníficas paisagens que este local nos proporcionava. Após horas de almoço, confraternização e muito boa disposição seguimos para a Nossa Sra. da Penha. Retomamos a viagem para São Bento das Peras, local muito bonito e agradável, embora desconhecido para a maioria dos excursionistas, que manifestaram vontade de lá voltar. O resto da tarde decorreu com muita boa disposição. Com o cair da tarde e após o lanche já se adivinhava o desalento estampado no rosto de grande parte das pessoas ao verem o dia a chegar ao fim, mas logo se animaram ao pensar na nova saída. E, a nova saída ocorreu no passado dia 4 de setembro. Desta vez dinamizou-se, o tradicional passeio de subida ao Douro, alargada a toda a comunidade, com o objetivo de efetuar o percurso de subida do rio da Régua ao Pocinho. A saída da nossa freguesia ocorreu, por volta da 5:45h da manhã, de autocarro, com destino à Régua onde embarcamos por volta das 9:00h. Foi fantástico quando se reparou que fomos contemplados com um barco só para nós! Já se adivinhava a animação que seria! E foi! Após o embarque e o tradicional votos de boas-vindas da tripulação esperava-nos o pequeno-almoço que foi serviço a bordo, a escassos quilómetros da Régua. O apreciar das magníficas paisagens, das engenharias das barragens, das vinhas do Douro meticulosamente tratadas que mais pareciam quadros artisticamente pintados, enquanto se apreciava o vinho do porto, oferecido pela tripulação, acompa- 07 Manuel Ribeiro da Silva nhado pelo fabuloso pão-de-ló que nos seguiu desde Braga, encantou todos os viajantes. Depois da passagem pela barragem da Valeira e da barragem de Bagaúste, que encantou toda a gente com as engenharias para o efeito, seguiu-se o almoço, também este a bordo, e por sinal muito bem servido. A animação e boa disposição foi constante onde não faltou a dança e alguns cantares, já que seguiam a bordo verdadeiros “cantores” e “cantoras” da nossa freguesia. Apenas faltou a tradicional concertina! O Sr. Adolfo esqueceu-se dela no autocarro! A subida pelo Douro demorou 6:30h, terminando logo que se passou a barragem do Pocinho. Poderá haver quem pense que é muito tempo, mas este passou a voar tal era a animação e beleza a apreciar. Chegados ao Pocinho aí esperavanos o autocarro que nos traria de volta. Mas, antes de chegar a casa, ainda fomos lanchar a Mirandela. A viagem até casa continuou animada desta vez com o contar de anedotas. Já temos pessoas à espera para repetir o feito, falta agora planificar outras tantas viagens para o próximo ano de forma a promover uma maior aproximação e afinidades entre as nossas gentes. Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 FESTA DE SÃO PEDRO Foram 3 dias de elevada atividade cultural e religiosa, onde foi dado imenso destaque á parte religiosa, à parte cultural e ao divertimento e Lazer, ações que tem constituído apanágio nos últimos anos nesta freguesia. Nesta Comunidade, faz-se a Festa com a “ Prata da Casa”, dão-se a conhecer as capacidades dos seus habitantes e são aproveitadas e divulgadas as potencialidades desta freguesia e reduzindo custos. Os eventos, quando efetuados com o potencial cultural da freguesia, servem de incentivo às Comissões de Festas, pois fruto da situação económica que se atravessa as verbas disponíveis são cada vez menores, facto que constitui motivo de preocupação para quem assume a responsabilidade de promover o evento. A festa começou, no dia 29 de junho com a missa solene em honra de S. Pedro, retomando-se na sexta feira, dia 3 de julho, com uma representação Bíblica pelas 22 horas alusiva à vida de S. Pedro, seguindo-se momentos de diversão com muita musica, tocada por um grupo jovem desta terra a banda “FreeFall”, que perante o inúmero publico ali presente fez a apresentação do seu primeiro álbum original, prolongando a festa até altas horas da manhã. A noite de Sábado foi outro momento alto destas festividades. Foi a vez da atuação das Marchas de Merelim S. Pedro, que acompa- nhadas pela Banda ORL - Orquestra Ritmos Ligeiros da Trofa, pelas 21horas iniciaram o seu trajeto de desfile desde a rua da Goja até ao palco da festa junto da Igreja de Merelim S. Pedro, onde deliciaram todos os presentes com os seus trajes e atuação. O Município de Braga fez-se representar com a presença do seu Vice-Presidente Dr. Firmino Marques e de alguns elementos do seu gabinete, facto que encheu de orgulho não só os participantes como o Povo da freguesia. No domingo foi a vez da parte religiosa ter o seu auge, com a realização da Procissão acompanhada pela Fanfarra dos Escuteiros de Merelim (Agrupamento 25), onde os figurantes, elementos das Marchas e das Rusgas também tiveram o seu lugar, tal como o Executivo da Junta de Freguesia. A comunidade de Merelim (S. Pedro) e Frossos sente nestas alturas um imenso orgulho no trabalho que se tem efetuado nos últimos anos por um vasto conjunto de pessoas da freguesia que de forma desinteressada e com elevado sentido de responsabilidade, empenho e altruísmo trabalham em prol do bem comum e das potencialidades da freguesia, transformando esta Comunidade em exemplo único na região. A Comissão de Festas agradeceu o contributo e a presença de todos quantos ali se deslocaram para naqueles dias viverem verdadeiro convívio e diversão. 08 António Alvelos PRESTAÇÃO DE CONTAS DA FESTA Receita – 7.920,00€ Despesa – 7.678,00€ Saldo – Destina-se a aquisição de algum bem que se julgue necessário. Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 CAMINHADA A SANTIAGO 3ª Etapa – sábado 27 de junho de 2015 (Cerdal – Porriño – 35km) A 3ª etapa recomeçou no sábado dia 27 de junho. O ponto de encontro foi na capela de S. Brás por volta das 4h15min. Todos foram pontuais, tal como havia sido solicitado pela organização. O grupo não pode contar com a presença do Sr. José e da Elsa que, por imperativos de força maior, não puderam estar presentes nestas etapas. Viajamos de autocarro para a freguesia de Cerdal, onde havíamos terminado a 2ª etapa. A proposta era fazermos cerca de 35Km até Porriño. Feita a oração da partida, o grupo seguiu em direção a Valença. As mochilas iam bastante pesadas e era notório o esforço acrescido que implicavam. Chegados a Valença tomamos o pequeno-almoço num café e seguimos para Tui. A passagem sobre o rio Minho é muito agradável. Existem, nos dois lados da ponte, uns passadiços para quem segue a pé. É uma sensação arrebatadora estar a passar o rio a uma altura considerável, rodeado de água. É uma paisagem muito bonita, ainda mais aquela hora do dia. Chegados a Tui seguimos pelas antigas ruelas que conduzem à Catedral. É um ponto de paragem obrigatório para visitar, ter uns momentos de recolhimento pessoal e para a fotografia da praxe, nos escadórios que levam à bonita porta de entrada. Após a passagem por Tui, o grupo seguiu animado, em contacto com a natureza. A pausa para retemperar forças a meio da manhã foi num local com sombras junto a um ribeiro de águas frias e cristalinas. Comemos e descansamos neste agradável espaço que a natureza nos proporcionou. O descanso foi importante, pois aproximava-se a maior dificuldade da etapa. A passagem pelo parque industrial de Porriño não é um lugar bonito para peregrinar: intermináveis retas, sem sombras, onde o calor aperta, e a mochila parece pesar ainda mais do que o normal (que o diga o nosso colega Jacinto, que parecia levar um fogão às costas). Todo o grupo seguia mais silencioso, cada qual tentando vencer esta maior dificuldade que o caminho apresentava. Chegados a Porriño, por volta da hora de almoço, dirigimo-nos ao albergue que se encontrava encerrado (só abria às 15h). Já lá estavam outros peregrinos a aguardar a abertura do mesmo, mas como queríamos ficar juntos e não havia certezas quanto ao número de lugares disponíveis, decidimos também ficar por lá a aguardar a nossa vez e aproveitamos para almoçar. Por volta das 15h, o albergue abriu. Um a um fomos fazendo a inscrição. O receio que o número de lugares não chegasse para todos foi in- 09 Filipe Mesquita vadindo o nosso pensamento. Contudo foi possível ficarmos todos no albergue, após o nosso grupo sobraram apenas duas vagas (seriam as do Sr. José e da Elsa) que foram rapidamente ocupadas. Para uns foi uma mera coincidência, para mim foi intervenção divina. O melhor do dia estava para chegar. Após o banho, o grupo aproveitou a tarde para dar uns passeios pela localidade. Comeram-se gelados, beberam-se granizados e umas quantas cervejas. O jantar foi oferecido pela organização. No jardim anexo ao albergue, com o rio a passar ao lado, num fim de tarde ameno, podemos desfrutar de um jantar preparado pela nossa colega Irene, e levado ainda quente pelo nosso amigo Sebastião. O repasto a todos soube bem, até ao funcionário do albergue, que fizemos questão que nele participasse. Após o jantar, fomos descansar o melhor possível, porque no dia seguinte havia uma nova etapa para se cumprir. 4ª etapa – domingo 28 de junho de 2015 (Porriño – Pontevedra – 36km) O toque de alvorada foi bem cedo. Mais cedo para uns do que para outros, pois teimaram em se orien- Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 tarem pela hora espanhola, e não pela hora portuguesa como estava combinado. Tomado o pequenoalmoço fizemos a oração da partida, já no exterior do albergue. Seguimos bem-dispostos, ainda de noite, pelas ruas de Porriño rumo a Pontevedra. O ritmo era forte, aproveitando a frescura da noite. Após a saída de Porriño encontramos um número de jovens peregrinos de Oviedo. Um grupo de 63 estudantes que havia terminado o 9º ano, e de 3 professores, seus tutores, que todos os anos fazem a peregrinação de Tui até Santiago de Compostela. Acompanhámos os jovens durante alguns minutos tornando a estrada pequena para tanta gente. Propusemos aos professores que para o ano saíssem de Ponte de Lima em vez de Tui para conhecerem a beleza do caminho no nosso Minho. O grupo de estudantes apenas pensava fazer 15km naquele dia, pelo que tivemos que seguir em frente, pois o nosso propósito era consideravelmente maior. Em Redondela, paramos para fazermos um repouso e comermos um pequeno lanche a meio da manhã. Naquela cidade espanhola decorriam provas de atletismo. Quando abandonávamos a cidade ainda nos cruzamos com alguns dos concorrentes. Seguimos então rumo a Pontevedra. A paisagem neste troço é espetacular, começam-se a visualizar as rias com as suas plataformas de viveiros de mexilhões à superfície. Ao longe parecem uma armada estacionada, à espera de ordens superiores. É uma paisagem que reconforta a alma e nos dá forças para seguir em frente. O almoço estava programado para um café, logo após a ponte S. Paio. No entanto, para muita surpresa nossa, estava encerrado. Tal facto colocou-nos um dilema: ou voltávamos para trás em busca de um local onde pudéssemos almoçar, ou então seguíamos em frente e compartilhávamos tudo aquilo que ainda restava nas mochilas. Decidimos seguir em frente. Rapidamente encontramos um local aprazível, junto a um ribeiro, com mesas e bancos, onde pudemos fazer um piquenique improvisado. Todos partilhamos o que tínhamos, e tal como o milagre da multiplicação dos pães, todos comeram o que quiseram e ainda sobrou comida. Alguns elementos do grupo, aproveitaram a fresca água do ribeiro, para porem os pés 10 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 em descanso e refrescarem o corpo. Retemperados pelo alimento, seguimos para o termo da etapa em Pontevedra. O regresso de autocarro, como sempre, foi animado, contando-se as peripécias da jornada, ficando o desejo para que as próprias etapas não demorassem. quando o vi pegar na bandeira e a desfraldar com orgulho. Todos o seguiam cantando o hino nacional. Que grande momento vivemos. O orgulho da nossa nação estava ali bem vincado naquele grupo de peregrinos de Merelim S. Pedro, enquanto os transeuntes olhavam com admiração para aquele alegre grupo. Por fim chegamos. Todos se abraçaram. É um momento indescritível. Uns não esperavam chegar tão longe. Para outros era a primeira vez que eram assoberbados pela alegria de tamanha façanha. Nem os mais experientes ficaram indiferentes por mais esta conquista. Por último foram feitas as fotografias da praxe já com alguns dos familiares presentes. O autocarro de regresso estava marcado para as 17h. Todos aproveitaram o tempo disponível para almoçar, comprar as habituais lembranças, e também para ir buscar o merecido diploma do peregrino à Oficina do Peregrino, pelo feito alcançado. Quando chegou a hora da partida, ainda ocorreu um contratempo que nos fez demorar um pouco mais em Santiago. O autocarro, quando se preparava para entrar na estação, foi abalroado por um veículo. Não foi nada de grave, no entanto, como foi necessário chamar a polícia, tal facto atrasou o nosso regresso. Uma vez mais, a viagem decorreu dentro de um espírito de alegria, comentários jocosos, e também com o sentido do dever cumprido. Ficou no ar, a possibilidade deste grupo, brevemente, fazer o complemento desta peregrinação, de Santiago de Compostela a Finisterra. A ver vamos. Por último, uma palavra de apreço à comissão organizadora da peregrinação. Foram muitas horas de dedicação, em reuniões, em idas prévias aos locais (albergues) para que nada faltasse, pelo sacrifício que todos os elementos demonstraram sempre pensando num objetivo comum, o bem estar de todos. Para eles, um agradecimento de todos os peregrinos. 6ª etapa – domingo 12 de julho de 2015 (Valga – Santiago de Compostela – 33km) Decidimos sair bem cedo, por volta das 3h30min, porque tínhamos como finalidade chegar a Santiago antes das 11 horas para podermos participar na missa do peregrino. Era ainda noite cerrada. Tomado o pequeno-almoço e feita a oração da partida seguimos monte acima, monte abaixo iluminados por algumas lanternas. Estava um frio cortante, mas apesar das dificuldades do percurso adotamos um andamento fortíssimo, próprio de quem queria verdadeiramente chegar cedo a Santiago de Compostela. Passamos rapidamente por Pontecesures, depois Padrón com a sua catedral. Aqui e ali, um ou outro colega começou a sentir nos músculos a dureza do ritmo implementado e uma ou outra bolha incomodativa. Com o incentivo dos demais todos foram ultrapassando as dificuldades. Apesar do forte ritmo, cedo constatamos que não seria possível chegarmos a Santiago a tempo da missa do peregrino. A organização tentou então passar a mensagem de que o importante era chegarmos todos, pelo que diminuímos naturalmente o andamento. Já em Santiago de Compostela, nas ruas junto à catedral, com todo o grupo unido, decidimos que o José Pedro Oliveira, caçula do grupo, seria o porta-bandeira. Confesso que fiquei sensibilizado Até breve. Ultreia 11 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 O MEU TESTEMUNHO (continuação) Nova etapa se aproxima, outra caminhada o mesmo intuito, boa disposição vincada e patente em todos os caminhantes e peregrinos, porque a amizade e união conjuga-se com satisfação regozijo proveniente dum grupo coeso fraterno e solidário. O percurso ainda estava distante, o caminho a percorrer era visivelmente árduo difícil devido às condições climatéricas, as próprias subidas ingremes e descidas inconstantes. O próprio cansaço acentuando-se cada vez mais rigoroso…relembro compassividade à dificuldade à dor ao sofrimento dos transeuntes as bolhas nos pés novo enredo e sacrifício. Temos bem presente o carinho, a amabilidade, era injusto para comigo próprio, não alertar a eficácia e prontidão exercida pelo Dr. Luís Filipe cuidando com esmero e empenho, ministrando a referida consulta ou assistência com galanteios desmedidos, incutindo força coragem, porque iriam suplantar facilmente o flagelo e dor. Último dia do referido trajeto, doze de Julho de dois mil e quinze, algo ficou inserido no maleável pensamento…. Saímos bastante cedo, os pássaros ainda dormitavam, caminhávamos no silêncio absoluto da noite. Algum nervosismo e ansiedade incutido para a missa das onze horas, a distância encurtecia o objetivo estava relativamente ao nosso alcance, dentro destes moldes e pensamentos não queiram sonhar ou imaginar o que ondulava no cérebro perseverante. Já cantarolávamos todos em conjunto, onde passávamos, o povo estava radiante, estupefacto mediante o grupo elevado. Diziam-se algumas piadas e trocadilhos, riam-se de satisfação perante aquilo que observavam. Deparamo-nos com o términus da viagem, concentramo-nos no referido local previsto, alegres, sorridentes, ótima disposição contínua envolvendo os quarenta participantes destinados a S. Tiago de Compostela. Falando referindo o nome do grupo memorizamos, guardamos intrinsecamente e agradecendo por um longo período de tempo, o trabalho entusiasmo e alegria aos elementos da respetiva direção, abdicando de longas horas para o determinado projeto louvável grandioso e magistral. Também era imperdoável não relembrar o trabalho esforço e dedicação que proporcionaram aos caminhantes, contribuindo eficazmente para um facilitismo preponderante aos amigos imprescindíveis: António Jorge Silva, Irene Dias Ribeiro, Sebastião Miguel Pinto. Os nossos sinceros e grandiosos parabéns, o nosso muito obrigado. 12 Armando Anjos Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 FESTAS RELIGIOSAS São Miguel As festividades em honra de São Miguel contam já com muitos anos de existência, poder-se-á até dizer, várias décadas passaram desde o seu início até à atualidade. Através de relatos das pessoas mais idosas da paróquia, percebe-se que, inicialmente, era realizada a Procissão em honra do Senhor da Agonia, estando as festividades de São Miguel circunscritas apenas à Eucaristia Solene. Com o passar dos anos e sendo São Miguel o Padroeiro de Frossos, em 1970, deu-se então início às comemorações em sua memória. É inegável a importância que estas festividades têm na paróquia, com a mobilização de tantas pessoas que, ativamente ou de forma indireta, ano após ano, abrilhantam as comemorações em honra do nosso Padroeiro. E este ano não é exceção. Mais uma vez, realizar-se-ão as Festas em honra de São Miguel, tal como já vem sendo hábito. A programação destas festividades encontra-se descrita no cartaz. A Comissão de Festas de São Miguel de Frossos composta pelos elementos da foto, agradece desde já a disponibilidade, contributo e dedicação de todos quantos colaboraram para a realização da festa em honra do nosso Padroeiro a todos, muito Obrigado! Comissão de Festas de São Pedro A comissão de festas informa toda a comunidade que no dia 18 de outubro se realizará no largo de São Brás a feira das colheitas. Toda a verba angariada reverterá para as festas de São Pedro, pelo que apelamos ao contributo de toda a população. A comissão de Festas 13 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 A MORTE ANUNCIADA DAS PALMEIRAS (?) O gorgulho-das-palmeiras Rhynchophorus ferrugineus (Coleoptera: Curculionidae), também conhecido por escaravelho-das-palmeiras ou escaravelho-vermelho, é um inseto recente em Portugal, que ameaça destruir as palmeiras em todo o território. A sua presença foi observada inicialmente no Algarve em 2007, encontrando-se presentemente distribuído em quase todo o território continental, com especial destaque para os distritos da orla costeira (Setúbal, Lisboa, Coimbra, Aveiro e Porto) e os concelhos minhotos de Esposende, Viana e Caminha, onde a situação é mais preocupante ou mesmo dramática. Recentemente, a sua presença foi confirmada nos concelhos de Braga (Palmeira, Merelim (S. Pedro), Ferreiros, Real, Dume, Cabreiros, Gondizalves, S. Lázaro, Ferreiros, entre outras), Vila Verde, Amares e Ponte de Lima. Provavelmente, a área de dispersão do inseto será mais abrangente, pelo que urge tomar medidas no sentido de conter a sua dispersão. A grande maioria das árvores atacadas encontra-se num estado em que é impossível a sua recuperação, pelo que o seu abate é obrigatório por lei. Entre as várias espécies de palmeiras atacadas, a palmeira-dasCanárias (Phoenix dactylifera L.), parece ser a mais apetecida pelo inseto. Os sintomas do ataque do inseto, que podem ser visíveis nas primeiras fases de infestação, incluem a destruição de nova rebentação e o vergar das folhas mais antigas, o que dá à árvore um aspeto de “guarda-chuva” (Ver foto – palmeira da esquerda). Numa fase mais avançada das infestações, os gorgulhos adultos já deixaram a árvore, podendo estes deslocar-se em voos de grandes distâncias (3 a 5 km), colonizando novas plantas. O reconhecimento por parte da União Europeia, da elevada nocividade que esta praga representa, levou a considerá-la como de luta obrigatória, tendo publicado a Decisão da Comissão 2007/365/ CE, que estabelece as medidas a tomar para evitar a sua introdução e propagação no território. Esta decisão foi atualizada pela Decisão 2010/467/CE, que introduziu alterações relevantes, principalmente no que respeita à lista de plantas suscetíveis, tipo de medidas a aplicar e elaboração e execução dos planos de ação para controlo do inseto. Compete aos proprietários a aplicação das medidas fitossanitárias de acordo com a legislação. Em caso de deteção da presença da praga, os proprietários são obrigados a informar a respetiva Câmara Municipal ou a Direção Regional de Agricultura e Pescas, 14 Raúl Rodrigues a fim de avaliarem a possibilidade de recuperação das palmeiras. Se o inseto for detetado na fase inicial, as árvores podem ser tratadas com produtos químicos ou biológicos, com grande probabilidade de recuperação. Se as árvores estiverem irrecuperáveis, o proprietário é notificado para fazer o abate, cujo preço pode oscilar entre 300 euros e 1000 euros (dependendo do tamanho). O não cumprimento desta notificação implica o pagamento dos custos à entidade que execute o abate ficando o proprietário do terreno, sujeito a uma contraordenação que pode ir dos 100 euros aos 3740 euros, para particulares, ou dos 250 euros aos 44.890 euros, no caso de pessoas coletivas. Dada a evolução verificada e a necessidade previsível de abate de um número considerável de exemplares nos concelhos minhotos, torna-se urgente que os municípios, em conjunto com as juntas de freguesia e Ministério da Agricultura, façam um diagnóstico o mais rápido possível acerca do estado sanitário das palmeiras, de forma a ser possível a eliminação das árvores irremediavelmente perdidas e o tratamento das Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 que se encontram em fase inicial de colonização pelo inseto. O combate do gorgulho-das-palmeiras tem que ser encarado como um processo coletivo, onde o envolvimento dos mais diversos organismos da administração central e local e dos cidadãos poderá dar os seus frutos, principalmente através de uma monitorização adequada da praga. No entanto, a falta de conhecimento dos cidadãos sobre esta temática, pode fazer com que estes incorram em coimas pesadas. É aqui que os Municípios, as Juntas de Freguesia e o Ministério da Agricultura e as Instituições de Ensino Superior têm um papel fundamental ao nível do esclarecimento dos cidadãos, da realização de diagnósticos e monitorização da praga, do abate e queima das plantas atacadas, da realização dos tratamentos quando necessários, bem como na adoção de práticas culturais que dificultem a progressão do inseto, uma vez que não são conhecidos inimigos naturais desta praga. 15 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 MARCHAS DE SÃO PEDRO No âmbito das festas de S. Pedro, e tal como já vem sucedendo ao longo dos anos anteriores, a Comunidade de Merelim (S. Pedro) dinamiza, promove e divulga as suas potencialidades culturais através do potencial Humano existente na freguesia. Desde há uns anos que se tem promovido eventos no âmbito das festividades em honra de São Pedro, que marcam significativamente as festas, de forma a dar maior brilho e significado à Festa, referimo-nos ao desfile e atuação das Marchas de São Pedro de Merelim e à Encenação Bíblica. As Marchas de São Pedro de Merelim, fundadas há cinco anos por um grupo de senhoras bairristas e empenhadas, está a tornar-se mais um dos ex-libris desta Comunidade, e já conta atualmente com cerca de 76 participantes 24 dos quais são crianças dos 4 aos 13 anos. A beleza da indumentária dos elementos das marchas traduz a alegria, a nobreza, o saber estar, a elegância, a felicidade e a beleza das Gentes da freguesia. O desfile e atuação do grupo das Marchas é um colírio para as vistas de todos. Merelim (S. Pedro) e Frossos sentem um enorme orgulho no Grupo das suas Marchas. Elas, para além da sua beleza, demonstram a garra, a união, o esforço, empenho, cultura e espírito de entreajuda deste Povo que tem imenso orgulho da sua freguesia. Outro momento, de grande valor cultural e artístico das festas de São Pedro de Merelim, é a Encenação Bíblica. Esta, com duração aproximada de 45 minutos tem elevado simbolismo e envolvimento das pessoas, reproduz cenas bíblicas alusivas á vida de São Pedro, onde as cerca de 30 personagens representam várias figuras do cristianismo, mas tendo sempre como figura principal São Pedro Apostolo. Os atores vestemse a rigor com roupas e adornos da época, sendo o cenário cuidado, adaptado à situação da cena que se vive no momento. A representação deste ato bíblico, acompanhado de cânticos cristãos sob o tema de São Pedro e as Mar- Manuel Dantas Pereira chas de São Pedro de Merelim, promovem não só as potencialidades artísticas dos participantes, como o envolvimento da maior parte das pessoas da Freguesia que fazem gosto em ajudar, participar e interagir, sendo esta uma verdadeira característica das Gentes desta Freguesia. As Gentes de Merelim e Frossos estão de parabéns. 16 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 POLIDESPORTIVO DO RIBEIRO OFICIALMENTE INAUGURADO A cerimónia de abertura decorreu na manhã de sábado, dia 25 de julho, na qual não faltou o tradicional destapar da placa e que teve como principais protagonistas o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, e o presidente da Junta da União das Freguesias de Merelim (S. Pedro) e Frossos, Ricardo Ferreira. Estiveram ainda presentes vários representantes da Câmara Municipal com especial enfoque para o vice-presidente Firmino Marques e para a vereadora do desporto Sameiro Araújo. O Polidesportivo está altamente equipado e nele podem ser praticados vários desportos, como futebol, ténis, basquetebol e andebol, sendo o piso em relva sintética apropriada à prática destas modalidades. O recinto também possui as populares máquinas de fazer exercício físico ao ar livre. Estas máquinas, tão desejadas pela nossa popu- lação, têm sido muito utilizadas pela nossa comunidade dado que até agora não havia mais nada do género em Frossos. Este projeto que estava planeado há vários anos, custou pouco mais de 100 mil euros. A execução da obra foi da responsabilidade da junta de freguesia, que a efetuou ao abrigo de um contrato interadmistrativo de delegação de competência celebrado com a Câmara Municipal, e está agora a servir cerca de 700 pessoas que vivem nas redondezas da urbanização da Quinta do Ribeiro. Promover a saúde e o desporto tem sido uma das prioridades da freguesia. E, é neste contexto que nos congratulamos ao dispor de um equipamento desportivo, que pode ser utilizado livremente e a qualquer hora do dia, promovendo-se assim a saúde e o bem estar da nossa população. A verdade é que a freguesia ape- Soraia Pinto nas dispunha de um equipamento semelhante no parque de lazer da Igreja que se tornou insuficiente para os nossos habitantes. Naturalmente que este equipamento não se pode confundir, como há quem o faça, com o “ringue da escola”, com os campos de futebol ou com os pavilhões gimnodesportivos. Este é um equipamento, de utilização gratuíta que serve toda a população para aqui praticar desporto, seguindo-se quiça uma boa merenda já que também dispõe de um espaço de lazer para o efeito. Este “é um projeto para toda a comunidade”. Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 A ÁGUA A TODOS DIZ RESPEITO Quero começar este artigo com uma pergunta : chega às nossas casas todos os dias os serviços básicos de abastecimento - água, eletricidade, gás, telecomunicações, complementados pelos serviços de recolha de lixo e esgotos. Num cenário de corte de serviços ou perante uma catástrofe, qual o serviço que não conseguimos dispensar? A minha resposta é claramente a água. Sem água não matamos a sede, não cozinhamos, não podemos cuidar da nossa higiene pessoal, da roupa, da casa...seria o único serviço sem o qual eu não conseguiria sobreviver. E isto é uma reflexão concreta, pois quando há cortes de água, é uma aflição. Só que aflição mesmo é não a ter de todo...E aqui somos remetidos para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM - www.objetivosdomilenio.org.br) estabelecidos na Cimeira do Milénio, realizada em Setembro de 2000, onde os 189 Estados Membros das Nações Unidas se comprometeram com 8 objectivos : 1º- Erradicar a pobreza extrema e a fome; 8º- Criar uma parceria global para o desenvolvimento e entre eles temos o 7º- objectivo: Garantir a sustentabilidade ambiental no qual se incluem os princípios de desenvolvimento sustentável e a redução da população sem acesso permanente a água potável. E donde vem água, de que fábrica? Não se fabrica, não é ? É um recurso Natural!! Logo a preservação dos Recursos Naturais é um assunto que a todos diz respeito, sem excepção, não só a técnicos e profissionais da área e aos Senhores e Senhoras com assento nas Cimeiras e Conferências. E esta é a razão de escolha do tema, A ÁGUA A TODOS DIZ RESPEITO ! E é um recurso escasso. O planeta Terra, muitas vezes denominado por “Planeta Azul”, possui ¾ da sua superfície coberta por água. No entanto, 97,5% desta água é salgada, ou seja, não serve para consumo humano direto. Dos restantes, 2,5% de água doce, grande parte está congelada ou em lençóis freáticos inacessíveis, restando apenas 1% desses 2,5 % para consumo humano, conforme ilustra a figura seguinte. Rosa Barros A água no seu estado puro, possui características que a distinguem dos outros líquidos: é incolor, inodora e insípida, ou seja, não tem cor, cheiro ou sabor. Contudo na natureza raramente encontramos água no seu estado puro, devido às diversas substâncias que nela se dissolvem ao longo do seu percurso, o que dá características fisico-quimicas. Todos notamos diferença ente a água da torneira no Norte do país e no Sul. Esta diferença deriva da diferente constituição geológica dos solos. De uma forma simplificada podemos dizer que a Norte predominam os granitos a Sul predominam os calcários. 18 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 A totalidade de água presente no planeta está distribuída por diferentes reservatórios naturais: Oceanos, Solo (lençóis freáticos), Atmosfera, Rios e Lagos. Cada vez mais é determinante cada cidadão dar o seu contributo, agindo de forma responsável, informada e consciente. O desenvolvimento socioeconómico e demográfico do século XX, cujo rumo é indissociável da Revolução Industrial (séc. XIX), alterou significativamente a interação entre o Homem e a Natureza. Permitiu-nos numa escala nunca imaginada moldar o território ás nossas necessidades e vontades! Portugal concentra 2/3 da população na faixa litoral situada entre Viana do Castelo e a Península de Setúbal, de que resulta uma grande pressão urbanística. Por via da pressão urbana sobre os recursos naturais e a subida abrupta do termómetro, decorrido mais de um século e meio de industrialização, que implica a queima de quantidades cada vez maiores de petróleo, combustíveis e carvão, o corte das florestas, a utilização de certos métodos de cultivo, as monoculturas e a ocupação de reservas naturais, disparou a quantidade de emissões gasosas para a atmosfera. O aumento de emissões para atmosfera de Gases com Efeito de Estufa na atmosfera (GEE) principalmente o dióxido de carbono, 19 metano e óxido nitroso, afecta a qualidade do ar e danifica a camada de ozono, levando à subida de temperatura da Terra e a todo um conjunto de fenómenos daí resultantes, tais como a subida do nível médio do mar, derretimento dos glaciares, fenómenos meteorológicos extremos (inundações e secas), em conclusão as Alterações Climáticas. A relação do Homem com a Natureza é marcada, de acordo com Saraiva (1987), nas diferentes épocas históricas e nas diferentes culturas, por atitudes diferenciadas, que contudo poderíamos dividir em diferentes fases sequenciais: • uma fase de Temor dos fenómenos naturais que, porque incontroláveis e não compreendidos, eram sacralizados; • uma fase de Harmonia, na qual o Homem procurou adaptar-se, integrar-se nos processos naturais, explorando os seus recursos, ao mesmo tempo que respeitava as suas contingências; • uma fase de Controlo, onde procura um domínio sobre os recursos e respetivos ciclos, com o objetivo de maximizar a exploração, • por fim, uma fase de Degradação, quando a exploração e controlo dos recursos é conduzida de forma delapidadora, excedendo a capacidade de regeneração dos ecossistemas no seu equilí- Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 brio dinâmico. • a tomada de consciência da sociedade, relativamente à escala e perda de controlo das intervenções e às suas consequências, nesta última fase, está a conduzir-nos à fase de Recuperação e Sustentabilidade. No sentido da Recuperação e Sustentabilidade e decorridas várias conversações, começou a ser discutido e negociado em Quioto, no Japão, em 1997, o Protocolo de Quioto, após 8 anos de conversações entra em vigor a 16 de Fevereiro de 2005, primeiro tratado jurídico internacional que explicitamente pretende limitar as emissões de gases com efeito de estufa dos países desenvolvidos. As principais linhas de acção do Protocolo de Quioto são : • Reformar os sectores de energia e transportes; • Promover o uso de fontes energéticas renováveis; • Limitar as emissões de metano pela adequada gestão de resíduos; • Proteger florestas e outros absorventes de carbono. E é na sequência destas diretrizes que assume um papel primordial a preservação das florestas, dos ecossistemas fluviais e ribeirinhos, fulcrais para a biodiversidade, do solo e para segurança e bem-estar das populações. Estes ecossistemas contribuem grandemente para a redução dos niveis de carbono e são as grandes reservas de água doce. É imperativo que cada um de nós assuma um papel ativo na Recuperação e Sustentabilidade deste Terreno que todos os dias pisamos. Arborização, preservação de grandes manchas florestais, preservação e valorização de rios, ribeiras, lagos e zonas húmidas. Redução de áreas pavimentadas. A arborização e reflorestação, bem como a preservação de grandes manchas florestais contribuem para a melhoria de qualidade do ar, e servem ainda para retenção e infiltração de água no solo. A água é fonte de vida pelo que a preservação de rios, ribeiras, lagos e zonas húmidas está por si só explicada. Deve-se aqui acrescentar um conceito mais amplo de ecossistemas fluviais e ribeirinhos, também designados de corredores fluviais, que incluem comunidades faunisticas e floristicas, representando um dos habitats mais ricos que podemos encontrar. Por isso também as áreas envolventes dos corpos de água devem ser protegidos e não urbanizados, com especial atenção a recuperação da vegetação ripicola (marginal) e a não ocupação das zonas sujeitas a inundações. A pavimentação reduz a infiltração de água no solo e a recarga de poços, minas e dos aquiferos ou lençol freatico. A pavimentação excessiva, aliada à falta de arborização, em dias de Verão cria uma ilha de calor, e em dias 20 de inverno toda a água que chove escorre para onde pode, pois não tem onde se infiltrar. Cada um de nós, no seu quotidiano, num pequeno gesto, faz a diferença. O Homem perdoa às vezes, Deus perdoa sempre, a Natureza nunca perdoa! Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 GRIPE E VACINAÇÃO ANTI-GRIPAL A gripe é uma infeção respiratória aguda muito contagiosa, causada por um vírus que não é específico dos humanos. A vacina contra a gripe é uma vacina utilizada para prevenir a gripe, isto é, para as infeções causadas pelo Myxovirus influenzae (vírus influenza), responsável por doenças do trato respiratório. O quadro gripal causado pelo vírus influenza é caracterizado clinicamente por febre alta, calafrios, cefaleia, mal estar, dor muscular e eventualmente tosse. O mal estar geral pode persistir por vários dias e até mesmo semanas. Além disso, em algumas situações, a gripe pode levar a complicações como pneumonias virais e bacterianas. A vacina age estimulando o organismo a produzir sua própria proteção (anticorpos) contra a gripe. A vacinação é fortemente recomendada para grupos prioritários que incluem: - Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, com doença pulmonar ou cardiovascular crónicas e graves, insuficiência renal crónica, diabetes insulino-dependente, cirrose hepática e hemoglobinopatias; - Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, imunocomprometidos ou HIV-positivos; - Pacientes submetidos a transplantes; - Profissionais de saúde e familiares que estejam em contacto com os pacientes mencionados anteriormente; - Pessoas de 60 anos e mais, por oca- sião das campanhas anuais. A vacina é relativamente segura e é verdade que não protege em absoluto mas previne a gripe ou atenua bastante os sintomas. As reações adversas são localizadas e transitórias, como dor local (de pequena intensidade), vermelhidão e ligeiro inchaço no local da picada. Estes efeitos colaterais podem aparecer 6 a 12 horas após vacinação e podem persistir durante um ou dois dias. No entanto, quando existentes, podem ser facilmente revertidos com a aplicação de gelo no local da picada e/ou através da toma de um analgésico/ antipirético, como o paracetamol, por exemplo. Quanto à sua eficácia, a vacina anti-gripal apresenta índices de eficácia altos, apesar de se mostrar menos eficaz no caso dos idosos. Depois de aplicada a vacina cumpre a sua primeira fase de imunização cumpridos 15 dias completando o seu ciclo na totalidade passados 45 dias. A imunização conferida pela vacina tem a duração de 1 ano uma vez que ao fim deste período de tempo o vírus sofre mutação e há necessidade de se atualizar a/as estirpe do vírus circulante(s) contida(s) na vacina. Além de se vacinar, é também essencial que adote algumas medidas que lhe permitem manter-se mais afastado do vírus da gripe. Deve, por exemplo, reforçar a higiene das mãos, lavando-as mais frequentemente ao longo do dia e ter o cuidado de tossir ou espirrar para um lenço descartável ou na direção do próprio cotovelo. Encontre mais informação sobre a gripe na sua farmácia e procure no seu farmacêutico a assistência que lhe permitirá passar o Inverno de uma forma mais saudável. Equipa farmácia do carmo 21 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 DAR CALOR Incutida pela sua própria (R) EVOLUTION – Social Responsiblity Evolution, a SERNIS resolveu desenvolver um projeto totalmente focado no fator social: “DAR CALOR”. Pelo menos 4.420 pessoas vivem nas ruas em Portugal. Este era o número das pessoas acompanhadas no âmbito da Estratégia Nacional para a Integração das pessoas em Situação de Sem-Abrigo, coordenada pelo Instituto de Segurança Social em 2013. Não espelha o fenómeno na sua totalidade mas serve de referência. Nos últimos anos, este número tem triplicado. A iniciativa DAR CALOR pretende ajudar os sem-abrigo a enfrentar as vagas de frio que se avizinham, oferecendo-lhes sacos cama aquecidos que poderão ser recarregados nos postos de carregamento de carros elétricos, ou em qualquer outro ponto de abastecimento de corrente elétrica. Sernis desenvolveu uma técnica revolucionária, com a ajuda de fibras de carbono aplicadas em têxtil, que torna possível o aquecimento de tecidos, mesmo em condições desfavoráveis como aquelas existentes na presença da água. Na prática, a tecnologia aplicada pode funcionar mesmo debaixo de água o que, para o sistema em questão, se torna fundamental pela sua utilização em dias de chuva. A introdução desta técnica em sacos cama, conjugada com um sistema de armazenamento de energia, permitiu a constituição de um KIT que facilitará uma temperatura confortável durante toda a noite. As extremas descidas de temperatura que se fazem sentir em todo o país nos meses de inverno tornam a sobrevivência ao ar livre quase impossível para estas pessoas. Através da doação destes KITs, devidamente certificados e munidos com sistemas de segurança elétrica, pretendemos facilitar a árdua tarefa de sobreviver com temperaturas abaixo dos 3 graus que frequentemente ocorrem nos meses de inverno em Portugal. Estamos empenhados na construção de uma plataforma via internet capaz de dar a conhecer casos reais de pessoas reais com 22 Engº Fernando necessidades reais, de forma a sensibilizar as pessoas e empresas na doação destes KITs, com o objetivo de chegar ao maior número possível de sem-abrigo. Vamos necessitar de efetuar uma parceria com a rede de postos de carregamento de energia para carros elétricos, para que os semabrigo possam proceder ao carregamento das baterias das mantas de uma forma gratuita. A rede conta atualmente com 1300 pontos de carregamento em espaços de acesso público em Portugal continental. No concelho de Braga podemos encontrar 14 destes postos. Numa segunda fase, o projeto pretende auxiliar também idosos que vivem sós e isolados, assim como pessoas carentes com problemas de diabetes, que também sofrem com as vagas de frio, através da distribuição de mantas de aquecimento. Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 IN MEMORIUM Maria João, não nos chegamos a conhecer pessoalmente, mas deixa-me tratar-te assim…por tu. Conhecia-te dos teus artigos, como colaboradora do “Despertares”. Foi assim: um dia, por mero acaso, veio-me parar às mãos um exemplar da publicação; o número que tinha inserto um artigo teu, que captou de imediato a minha atenção e ao qual devotei uns minutos de leitura; era o artigo em que afirmavas: “…qualquer forma de arte resulta como um escape, uma forma saudável de exorcizar os seus demónios…” Quando urge a necessidade de exorcizar os meus demónios, pinto…como tal, não podia estar mais de acordo contigo, revi-me naquele parágrafo e identifiqueime com o artigo e passei a ser teu leitor assíduo. A escrita que utilizavas nas tuas dissertações, era de fácil leitura, era fresca, oralizada, leve, mas simultaneamente muito objetiva e profunda de ideias intensas e sublimes, que calavam no fundo do meu íntimo. Os teus artigos, que fizeram o meu deleite, eram simultaneamente, um ponto de partida para uma reflexão, para um momento de introspeção e de encontro com o outro “eu”, o meu “eu” interior e dava comigo a pensar: …na limonada que podemos fazer, quando a vida nos dá limões. Arrepio-me com aquela espécie de premonição, sexto sentido ou intuição feminina no artigo “Porque só o amor é importante”. Quero dizer-te que de quando em vez os revisito, pena terem sido tão poucos; pena não teres tido mais tempo de vida para nos continuar a chamar a atenção para pormenores, que o bulício do nosso dia-a-dia ou o nosso egocentrismo não nos deixa enxergar. Os artigos deixavam transparecer uma pessoa jovem, mas de ideias bem arrumadas, otimista e de bem com a vida, se bem que esta se veio a revelar ingrata e injusta contigo, foi pena! Se a vida fosse justa e este mundo perfeito, um pai e uma mãe nunca deveriam enterrar um filho. Pela ordem natural das coisas, os mais velhos partem primeiro, mas…será que há uma ordem natural das coisas? Sou pai e nem em pensamento ouso experimentar a incomensurável dor que é, a perda de um filho. Para quem crê e eu sou crente, perante um facto destes, fica-nos a legitimidade da dúvida: os Anjos da Guarda, às vezes andam distraídos ou o Criador, de vez em quando, coloca-nos à prova e testa a nossa fé? Convido os leitores a uma releitura dos artigos da Maria João e comprovem se eu não tenho razão. Como forma de homenagem e preito de gratidão, curvo-me, perante a tua memória, com respeito e emoção… Até sempre! 23 Mario Costa Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 CONTINUAR A TER BOAS NOTAS Após mais um período de férias de verão e com um ano escolar a iniciar, convidei 3 crianças para uma conversa sobre o regresso às aulas, hábitos alimentares, desportivos e de poupança. Leonor Ferreira, Joel Araújo e Inês Marques têm, respetivamente 9, 10 e 11 anos. Os três conversaram comigo e desabafaram que depois dos dias descontraídos, típicos das férias de verão, nos primeiros dias custa a arrancar. Mudar de escola, reencontrar os amigos e fazer novos, provoca-lhes algum nervosismo e ansiedade. Comecei por perguntar: o que esperam do novo ano escolar? Joel Araújo, que frequentará o 5º ano, respondeu com determinação: «Espero ter boas notas em todas as disciplinas, claro! Não me meter em trapalhadas ou confusões!» Leonor Ferreira e Inês Marques, acrescentam que pretendem: «Continuar a ter boas notas.» respondida a primeira questão, Leonor, aluna do 4º ano da EB 1 de Frossos, reconhece que a disciplina em que sente mais forte é: «Português.» Inês, que frequentará o 6º ano, admite ser mais forte a: «Matemática e educação musical.» Joel, aluno do 5º ano, afirma ser muito bom a: «Matemática.» Resolvo os problemas facilmente!». Respondida esta questão, pretendi saber de que forma aconselhariam algum amigo a estudar e a Inês, um pouco hesitante, respondeu: «Nunca pensei bem no assunto mas sei, por experiência própria, que estudar ajuda-me a ter boas notas!». Por sua vez e sem dúvidas, Joel: «Dizia que se não estudar não vai ter uma boa vida e sem estudar pode não ser nin- 24 Teresa Silva guém na vida!», Leonor concorda com ambos e acrescenta que: “Eu diria que é preciso estudar para ter um bom futuro e muitos conhecimentos!». Tal como todas as crianças, estas também querem, no futuro, exercer uma profissão por vocação e Joel avança que sonha: «Entrar na universidade e um dia ser um bom médico!” Inês conta que: “Sonho um dia ter um emprego ligado à música!” Os sonhos da Leonor vão além do trabalho e responde: «Gostava de fazer uma viagem e ter um bom futuro!». Durante a conversa verifico que estas crianças são apli- Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 cadas e conscientes da importância que isso terá durante todo o percurso escolar. De seguida, conversamos sobre hábitos alimentares e todos reconhecem a importância de manter uma alimentação saudável e reforçam a importância de beber muita água e evitar os doces. Uma alimentação saudável, na opinião de Inês, é: «Uma alimentação equilibrada, com 3 principais refeições ao longo do dia, mas sem esquecer os lanches de manhã e à tarde e beber muita água». A opinião da Leonor está de acordo com a da Inês e reconhece que é fundamental: «Comer muita fruta, legumes, sopa, beber muita água e evitar os doces». Por sua vez, Joel, admite não ter hábitos saudáveis ao desabafar que: «Eu não tenho uma alimentação saudável. Não como legumes, não consigo beber água, nem sopa e como muitos chocolates» Apesar de lamentarem que cometem os erros típicos de qualquer criança, todos concordam que manter uma alimentação saudável é importante por causa da saúde. Tal como a alimentação, também a atividade física é fundamental para se manterem saudáveis e Inês começa por dizer: «A atividade física é importante porque ajuda a manter-nos saudáveis e em forma. Já pratiquei natação e dança, mas de momento tenho apenas as aulas de educação física na escola». Para Leonor: «A atividade física é importante para nos sentirmos bem fisicamente e mais saudáveis. Eu só tenho as aulas de educação física na escola». «Eu não pratico desporto, mas faz bem. Eu só faço caminhadas. Este verão fiz 6 horas de caminhadas», conta Joel. Mudando de assunto, desta vez relacionado com economias, todas estas crianças sabem que é importante poupar e dizem que o fazem porque todos têm um mealheiro. Leonor julga que deve poupar: «Sim. Porque o dinheiro é importante e devemos tentar juntar algum e não gastá-lo todo. », Inês também é poupada ao revelar: «Sim, para se um dia precisar ter algum dinheiro guardado.», Joel também julga importante poupar porque: “Se precisar de alguma coisa, tenho dinheiro.”. E, para finalizar, não poderia deixar de lhes perguntar: julgam que, atualmente, existe respeito entre alunos e professores nas escolas? Inês pensa que: «Não, porque há alunos que não respeitam os professores e por- 25 tam-se muito mal, mas também há professores que não respeitam os alunos.», Leonor acredita que: «Em alguns casos sim. Mas alguns alunos não respeitam os professores e deviam ser castigados.», «Em alguns sítios não há respeito pelos professores. Até agora nenhuma professora me faltou ao respeito.» Conclui Joel. E no final da conversa, depois de recolher ideias e opiniões, constato estas crianças estão preparadas para regressar à escola com toda a força e enfrentar os desafios que lhes são colocados diariamente que, todos, encaram com coragem e entusiasmo! Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 ATIVIDADES DE VERÃO DO AGRUPAMENTO DOS ESCUTEIROS N.º 25 DE MERELIM S. PEDRO No âmbito das atividades do verão de 2015, o Agrupamento 25 de Merelim (S. Pedro), promoveu para a Família Escutista, as seguintes atividades de Verão. PASSEIO E ACAMPAMENTO EM ESPANHA Realizou-se o passeio do Agrupamento, com acampamento no parque de campismo de Baltar em Sanxenxo – Espanha, espaço lindíssimo com condições espetaculares para esta prática. Com saída de Merelim S.Pedro, o passeio iniciou-se com uma visita à Catedral da Sr.ª Peregrina em Ponte Vedra – Espanha, a que seguiu o almoço partilhado entre todos os escuteiros. Após almoço seguiu-se para Sanxenxo, onde se montaram as tendas e respetivo acampamento, seguindo-se o respetivo banho na piscina existente naquele local. Depois de refrescados, assistimos à Eucaristia e posteriormente, desfrutamos do jantar, feito pela Rosinha, com excelente convívio fraterno e diversão. O Dia seguinte, domingo, iniciou-se com a tradicional alvorada, seguindo-se o pequenoalmoço. A manhã foi passada na praia e o almoço foi o excelente “pica-no-chão” que muito deliciou os veraneantes. A tarde iniciou-se com a desmontagem do acampamento, seguindo-se então a viagem de regresso, com paragem em Valença onde se lanchou e uma visita pela fortaleza. O passeio terminou com a chegada a Merelim S. Pedro pelas 19:30 horas. PASSEIO E ACAMPAMENTO NA PRAIA DO CABEDELO Como é habitual no mês de Agosto, os Escuteiros acamparam na Praia do Cabedelo em Viana do Castelo, num parque com boas condições onde nada falta. Todos os elementos do Agrupamento 25 estiveram muito ativos quer na cozinha, quer nas actividades de praia. A quarta-feira teve um programa diferente, com a realização de uma visita a Viana do Castelo, onde realizamos um passeio de barco, e visitas ao Forte de Santiago da Barra, capela da Sr.ª da Agonia, local onde dedicamos um pouco do nosso tempo com uma oração naquele local de culto. O passeio contemplou ainda uma paragem na tradicional pastelaria das “Bolas de Natário”, uma vez que era tempo de retemperar forças e ponto de passagem obrigatório. A tarde dessa quarta-feira terminou com uma ida à piscina. Esta atividade proporcionou momentos de alegria, diversão, convívio e sã camaradagem como é apanágio da Família Escutista. 26 António Alvelos Ch. do Agrupamento Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 AS REDES SOCIAIS As redes sociais (R.S.) são hoje a companhia permanente e indispensável de milhões de pessoas. A proliferação de forma exponencial destas na sociedade, causou vastas transformações de índole pessoal, social, económico e de comportamento, bem como alteração significativa nos hábitos das famílias, organismos, empresas e Instituições, entre muitos outros fatores, incontáveis de aqui mencionar. Por se tratar de uma questão atual, pertinente e de interesse geral e porque também sou utilizador das redes sociais, resolvi abordar e trazer a lume este assunto, de forma a lançar um debate e um alerta no que concerne a alguma segurança dos utilizadores. O objetivo do presente artigo, não é de forma alguma repugnar ou descredibilizar as R.S.. Pretendese apenas sensibilizar os leitores para uma mera introspeção, relativa à forma por vezes abusiva e indiscriminada como usamos as nossas páginas das redes sociais, alertando essencialmente para os aspetos relacionados com a segurança tanto pessoal como coletiva e para a parcimónia que devemos ter com na sua utilização. Pretendo ser isento e dar continuidade a este tema. Na próxima edição serão apresentados dois artigos, de cronistas diferentes, um aficionado e utilizador das redes que apresentará o seu ponto de vista relativamente às vantagens destas, e um outro não utilizador de qualquer R.S. que apresentará as razões da sua não adesão a estas plataformas. Com essa exposição de ideias, será dada oportunidade aos leitores de melhor formarem a sua própria opinião sobre este assunto. A evolução tecnológica das telecomunicações e das R.S. promoveram hábitos, transformações sociais, culturais e pessoais, a velocidades alucinantes, que a sociedade em geral foi adotando sem dar conta das suas consequências. As R.S. tornaram-se elemento integrante do quotidiano das pessoas e da sociedade. Fazem parte permanente da maioria das famílias, associações, organismos ou empresas. Tornaram-se em muitos casos, uma verdadeira Manuel Dantas pandemia que contaminou, causou dependência, mudou hábitos, comportamentos e personalidade nas pessoas, entre muitas outras práticas que se instalou no seio da sociedade, tornando-se até em muitos casos, mais um elemento na mesa da refeição. Poderíamos aqui elencar, com respetivo desenvolvimento, um extenso rol de vantagens e desvantagens associadas a quem usa as R.S.. No entanto, e tendo em vista não condicionar ou retirar oportunidade aos cronistas do próximo número, de aí sim, esmiuçarem os seus pontos de vista, vou neste artigo apenas alertar o leitor para algumas, poucas brechas de segurança que as R.S. abrem aquando de um simples “clic”, com a publicação e troca de comentários, que muitas vezes são postados perante determinada notícia, acontecimento, foto ou outro motivo qualquer. • A inexistência de segurança. A utilização desmedida e descuidada, sem regras mínimas de segurança, resultantes muitas vezes pela inexistência ou deficiente formação nessa área, leva grande 27 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 parte dos utilizadores das R.S. a expor publicamente a sua vida privada e familiar, partilhando-a com amigos, com os amigos dos seus amigos e desconhecidos ou até mesmo com o público geral, com o simples facto da publicação de fotografias, vídeos ou qualquer outro tipo de ficheiro, opinião ou comentário. As pessoas ganharam a rotina da fotografia, de se fotografarem e publicarem as chamadas “selfies”, “ false self”, ou lá como queiram chamar, sem terem em conta que com estas simples ações a sua segurança física, e dos seus bens, passa a ficar comprometida a partir do momento da publicação das fotos dos locais que visitam ou do local onde se encontram em dado momento. Estas ações permitem a determinados grupos organizados que fiscalizam e controlam o movimento e hábitos de pessoas alvo, quando estas se encontram fora da residência. Seria bom que antes de se publicarem “coisas” se tenha a verdadeira noção desta perda de segurança e da exposição da sua privacidade. Noutro campo, o uso exagerado das novas tecnologias nas escolas, obriga os alunos desde muito cedo, a colocarem os seus trabalhos em plataformas eletrónicas ou moodles, sem previamente se inteirarem da formação e capacidade dos pais em supervisionarem e acompanharem os filhos na utilização destas ferramentas a partir de casa, facto que poderá facilitar e concorrer para o gerar de situações indesejáveis, por exemplo, bullying, sextexting e assédio sexual, por parte de pedófilos ou outros predadores sexuais, passando as escolas a ter este problema dentro e fora de portas. • Os Posts, comentários e troca de opiniões . As R.S. vieram dar todo o tempo de antena aos “treinadores de bancada”. Estes escrevem sobre tudo, comentam e opinam sobre tudo. Geralmente, muitos deles, não dizem o que sabem e falam sobre tudo o que não sabem. Pessoas que de forma vil e covarde, utilizando o anonimato que o computador lhes garante muitas vezes com um perfil falso, julgam-se no direito de comentar sobre tudo e sobre todos. São senhores da verdade e do conhecimento, utilizando por vezes linguagem imprecisa, indelicada, errada, desajustada ou mesmo insultuosa. Provocam por vezes enormes tempestades de respostas, de troca de comentários e insinuações nada abonatórios para quem os lê, alguns deles com linguagem muito descuidada, atacando de forma indiscriminada tudo e todos, demonstrando com esses atos a sua verdadeira deformação humana, ética e intelectual. Por vezes uma simples notícia, foto ou informação é motivo de opinião, de abordagem, comentário e discussão, independentemente de o assunto ser ou não do interesse dos comentadores. Uma 28 mentira é transformada em verdade e uma verdade em verdadeira mentira. Alguns destes comentadores utilizam a forma anonima ou com perfil falso, julgando que não serão detetados. Desconhecem é que, em situações pontuais, quando exista necessidade de recorrer a atos de justiça, são facilmente identificados através do endereço IP da máquina e respetivo MACaddress, existindo sempre a possibilidade de inclusive, obter o registo de tudo o que comentaram ou afirmaram, constituindo prova perante a Lei, o que pelo menos garante a possibilidade de colocar algum travão para casos extremos. LIBERDADE DE EXPRESSÃO E INFORMAÇÃO A internet tem sido a melhor arma para lutar contra as injustiças. Mas que seja bem utilizada Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 CONCLUSÃO As redes sociais são uma verdadeira espada de dois gumes. De um lado temos a sua enorme utilidade, tais como: a globalização, o conhecimento, a informação em tempo útil, a inexistência de distância entre qualquer parte do mundo, o reencontro de velhos amigos separados pelo tempo e pela distancia, a possibilidade de permanente comunicação de forma gratuita, a partilha de notícias, acontecimento e informação em tempo útil, a publicidade gratuita, a disponibilização e partilha de conhecimento, a descoberta e o desenvolvimento intelectual promovidos pela necessidade de pesquisar e saber, as plataformas on-line, o contacto permanente entre as pessoas, a possibilidade de interligação entre as empresas usando as redes sociais como ferramenta de trabalho, com o consequente aumento e aperfeiçoamento de produtividade com menos custos, os telefones inteligentes, Smartphones, entre muitos outros inúmeros aspetos. Do outro lado temos: o uso excessivo e indiscriminado das redes, a constante quebra e falta de 29 segurança resultante em muitos casos da deformação moral, ética e por desconhecimento, a perda da confidencialidade, do respeito, a clonagem de fotos a partir das disponíveis na rede, a alteração do significado da palavra amigo por conhecido, as amizades e traições familiares a partir das redes sociais, a troca de convívio familiar pelas conversas nas redes sociais, a necessidade de proibir as redes sociais nos locais de trabalho para não perturbar a produção, a obtenção do perfil psicológico de um candidato a trabalho a partir da sua pagina na R.S, a destruição da língua falada e escrita, a troca da leitura de livros pelas conversas nas R.S. e consequente perda de capacidade de expressão oral e escrita, o incremento exagerado de estrangeirismos símbolos e expressões abreviadas, entre muitos outros fatores, os quais irão certamente ser pontos de abordagem pelos cronistas desta matéria no próximo numero, mas que certamente irá deliciar aos leitores deste jornal. Está aberto o debate! Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 ATIVIDADES CULTURAIS NA FREGUESIA ATÉ FINAIS DE 2015 Dando cumprimento ao programa de atividades culturais previstas e referidas na edição n.º 2 deste Jornal, datado de Março do presente ano, estão previstas as seguintes atividades. Caminhadas • 10 e 11 de outubro – Caminhada a Santa Luzia em Viana do Castelo com a duração de 2 dias a decorrer durante um fim-de-semana; • 21 de novembro – Caminhada n.º 4, a local ainda por determinar; • 27 de dezembro – Caminhada n.º 5, a local ainda por determinar. Convívios. • 8 de novembro - Magusto de S. Martinho; • 13 de dezembro - Festa de Natal da Freguesia. Festividades • Festividades em honra de S. Miguel de Frossos – dias 2, 3 e 4 de Outubro As diversas organizações destes eventos, caminhadas, convívios e comissão de festas, pretendem com estas atividades promover o convívio, lazer, desporto entre todos, esperando uma participação massiva da população em todos os eventos e apela a todos sem exceção para que venham e tragam um amigo. ATIVIDADE DE GRUPOS CULTURAIS Grupo de Concertinas de Merelim O responsável pelo Grupo de Concertinas, Joaquim Gonçalves, informa que relativamente aos ensaios deste grupo, à semelhança dos anos anteriores, continuam a ser às quartas-feiras e sábados, no edifício sede da Junta de Freguesia em (Merelim S. Pedro), encontrando-se aberto a novos elementos que pretendam aprender e integrar aquele grupo. 30 Comissão da Cultura Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 MERELINENSE - NOVOS CORPOS SOCIAIS No passado mês de Julho, tomou posse a nova direção do Merelinense Futebol Clube para a época desportiva 2015/2016, e que passamos a apresentar: MESA DA ASSEMBLEIA Presidente António Ferreira da Silva Vice-Presidente Fernando José Barros Pereira Vice-Presidente Gabriel António Loureiro Costa Presidente Ricardo José Pinto dos Anjos Ferreira Vice-Presidente Domingos Jesus Ferreira Ferraz 1.º Secretário Carlos Daniel Faria da Silva Tesoureiro José Manuel Fernandes Bonjardim 2.º Secretário António Ferreira de Sousa Tesoureiro Adjunto Bruno Manuel Gomes Fernandes Secretário Tatiana Catarina Correia Azevedo Secretário Adjunto Adelino da Silva Barbosa Azevedo Vogal António Carlos Zão da Rocha Martins Vogal Hugo Ricardo Costa Mendes Vogal João Miguel Duarte Lourenço Vogal João Pedro Araújo Pinto Vogal Henrique Miguel Carvalho Martins Vogal Sebastião Miguel Ribeiro Pinto Vogal Joaquim Oliveira Gomes Vogal Pedro Manuel Duarte Loureiro Vogal Fernando Miguel Rodrigues Gomes Vogal António Jorge Silva Monteiro Vogal Armando Luís Vale Silva Vogal José Carlos Silva Barbosa Vogal José Fernando Silva Monteiro CONSELHO FISCAL Presidente Sérgio Luís Ribeiro Ferreira 1.º Secretário Héli S. Loureiro Igreja da Silva 2.º Secretário Rui Pedro Vieira Ferraz Esta direção surgiu após longas conversações de um grupo de amigos que motivados pelo amor ao seu clube decidiu dar continuidade a um trabalho de longas décadas, motivado para a obtenção de bons resultados e no crescimento do clube. Queremos ainda informar que estão abertas as inscrições para as escolinhas e que podem ser efetuadas no Café Bar Merelinense. Também informamos que está a decorrer uma campanha para atualização de quotas, bem como a angariação de novos sócios. Queremos a família Merelinense outra vez reunida para levar o nome da nossa freguesia a todos os cantos do mundo. Sozinhos chegamos mais rápido, mas juntos chegamos mais longe! A direção 31 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 A CAPELA DE S. BRÁS A capela de São Brás, em S. Pedro de Merelim, Braga, está colocada em frente à estrada que vai de Braga para Prado, Ponte de Lima e Valença. Esta estrada corresponde grosso modo, à via romana que de Bracara Augusta se dirigia para a também romana cidade de Lugo e que passava igualmente por aquelas três vilas. O lugar que ocupa é hoje, sem dúvida, o mais central da freguesia. Este facto mostra-nos que a posterior via medieval deverá ter sido ligeiramente deslocada pois antes deveria passar junto à igreja paroquial. Não sabemos, porém, se foi a criação da capela que deu origem à alteração da via. A verdade é que é à sua volta que se desenvolve o principal núcleo habitacional de S. Pedro de Merelim. A capela deu, aliás, origem a um pequeno largo que foi sucessivamente organizado, ora na retaguarda do templo – com o alinhamento das casas situadas nas traseiras da capela –, ora à frente, sobressaindo do outra lado da estrada uma das casas mais importantes da freguesia, a que foi mandada construir por Manuel José Rocha Veloso em data desconhecida, mas seguramente em finais do século XIX. Este homem era, então, um dos capitalistas mais conhecidos de Braga. A sua fortuna teve origem no Brasil; e qual foi a fortuna bracarense do século XIX que não teve esta origem? Foi tam- bém proprietário de dois dos mais importantes edifícios situados no coração de Braga: um é a Casa Rolão, que foi concebida por André Soares, na avenida Central, hoje ocupada pela livraria “Centésima Página”; o outro é o edifício que mandou fazer de raiz e que ocupa a esquina, lado nascente, da avenida 31 de Janeiro, com frente para o largo da Senhora-a-Branca, onde em tempos funcionou um posto da Segurança Social e hoje está dividida em apartamentos. A capela de São Brás data do tempo do arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus, um homem que também foi conhecido pelo nome de família, Agostinho de Castro, e que governou o arcebispado de Braga entre os anos de 1590 e 1609. Esta informação é colhida pela existência da sua pedra de armas, colocada na fachada do lado sul, sobre a porta lateral da capela. Para a descrição desta pedra vamos seguir a lição do investigador Vaz Osório da Nóbrega: - Escudo peninsular, com as suas correias - Cruz simples posta em pala atrás do escudo - Chapéu eclesiástico com cordões de seis borlas pendentes a cada lado (1, 2 e 3) - Cartela decorativa sobre a qual assenta o escudo. A inexistência dos livros que deram a origem à capela e da provisão arcebispal que a autorizou não nos permitem avançar nem com uma data mais precisa, nem 32 Eduardo Pires de Oliveira com as razões que levaram à sua construção. Pode, porém, alvitrar-se – embora sem qualquer segurança – ter tido origem numa intervenção pessoal do arcebispo. Sob as armas do arcebispo, numa inscrição recente, pode ler-se uma inscrição que nos indica a data de construção. Deve, porém, colocar-se uma questão: onde é que terá sido colhida a informação? Ao contrário do que se lê na lápide o arcebispo não usava os dois apelidos em simultâneo. Ele era Castro, de família. Quando decidiu seguir vida religiosa mudou então o apelido para Jesus: CAPELA DE S. BRAZ MANDADA ERIGIR PELO ARCEBISPO DE BRAGA D. FREI AGOSTINHO DE JESUS E CASTRO NO ANO DE 1602 RECONSTRUIDA EM 1688 Normalmente, uma capela pública, como era o caso desta, tinha um grupo de zeladores que moravam nas casas situadas nas proximidades e que tomavam conta do seu asseio e manutenção. Casos houve em que esses Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 grupos, com o passar dos tempos, se decidiram organizar numa confraria para melhor poderem defender as suas ideias e intuitos. É o que aqui deverá ter acontecido. É muito possível que a confraria tenha sido autorizada em 1721, pois conhece-se uma provisão, com data de 17 de Maio deste ano, que os autoriza. É a Provisão a favor dos confrades de São Brás [sita na freguesia de São Pedro de Merelim, para se erigirem os estatutos da sua confraria]. Estes Estatutos viriam a ser revistos mais do que uma vez: em 28 de Maio de 1735 forma pela primeira vez alterados e em 23 de Janeiro de 1754 foram acrescentados. Em 27 de Janeiro de 1767 houve lugar a um novo acréscimo. No século XIX foram novamente reformados, pelo menos em 1806 e 1824; mas com toda a certeza que houve mais outra alteração no final desta centúria pois isso aconteceu em todas as confrarias. No século XX seriam feitas novas alterações, umas em virtude de normas religiosas e outras de normas do Governo, tendo estas sido feitas logo após a implantação da República, pertencendo a aprovação ao Governo Civil; são as que foram realizadas em 1914 e 1937. Há quem aponte a data de 1694 para a fundação da confraria. Infelizmente não explicita onde é que foi buscar essa informação. Quando se referem tempos históricos mandam as regras que as fontes sejam citadas para poderem ser confrontadas. Olhando hoje para a capela pode dizer-se que quase nada tem a ver com o templo inicial. A única memória existente é a pedra de armas de D. Frei Agostinho de Jesus. É bem possível que a capela original fosse mais pequena que a atual. Em finais do século XVIII recebeu uma série de obras que a transformaram totalmente e, sobretudo, a tornaram maior. O conhecimento deste facto permite-nos pensar que o lugar estava em crescimento e a ficar mais habitado. Essa a razão para a necessidade de fazer crescer a área ocupada pela capela. Uma alteração de arquitetura num edifício religioso não se faz sem a necessária autorização da Mitra, isto é, os serviços burocráticos da arquidiocese, que estavam sob a alçada do arcebispo. Nos inícios do ano de 1779 os membros da confraria estavam plenamente conscientes de que a sua capela era insuficiente para os crentes que a ela acorriam. Para ultrapassar esta questão decidiram pedir autorização ao arcebispo para a poder aumentar. A necessária provisão foi concedida no dia 18 de Março daquele mesmo ano. É a Provisão para se reedificar a Capela de Sao Bras da freguesia de Sao Pedro de Merelim, a favor do Juiz e Oficiais da Confraria de Sao Bras da mesma freguesia. A verdade, porém, é que a confraria já tinha antes decidido avançar com a obra. O pedido formal foi apenas uma justificação feita à posteriori! Ou seja, aconteceu algo semelhante que hoje se faz continuamente. Aliás, devo dizer que gostava de saber qual é a percentagem de edifícios construídos (1) com todas as correções processuais e (2) com essas correções a serem feitas posteriormente! Ou seja, nihil est novi sub sole; traduzindo, não há nada de novo na terra! Verdade verdade é que no dia 17 de Outubro de 1778 já tinha sido lavrado em Mire de Tibães, onde residia o tabelião do Couto, um Ajuste e obrigação da obra da capela de São Brás [São Pedro de Merelim, lugar de São Brás] que fizeram os oficiais da confraria com os mestres de pedraria Manuel Mendes e Francisco Gonçalves, de Palmeira. A ideia da Confraria passava por lançar abaixo a capela e com a mesma pedra e mais fazer uma nova. As palavras a mesma pedra e mais, que retiramos do copo daquele ato notarial, são bem explícitas do facto de se querer fazer uma capela maior que a existente. As obras demoraram mais de um ano pois só em 31 de Janeiro de 1780 é que a Mitra, ouvido o Arcebispo D. Gaspar de Bragança, deu a necessária autorização: Pela presente vista a remessa do Serenissimo Senhor e informação do Reverendo Paroco sobre o comple- 33 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 mento, e decencia da capela de São Bras sita na freguesia de São Pedro de Merelim concedo licença ao mesmo Reverendo Paroco para que na mesma forma do Ritual Romano possa benzer a dita capela visto se achar feita e acabada e decentemente ornada e depois de benzida nella se possão celebrar o Santo Sacrificio da Missas e todos os mais Officios Divinos... Mas não se ficaram por aqui as alterações. Segundo a uma pedra epigrafada que está colocada sob o brasão do arcebispo, a capela recebeu uma nova reconstrução no ano de 1868. Já no século XX, a sineira de dois sinos foi transformada numa torre quadrangular, perdendo assim um certo ar rural e dando uma aparência mais encorpada à capela. Em data recente a fachada da capela esteve recoberta com azulejo, decoração que não se manteve durante muito tempo porque poucas décadas depois foi retirado. E ainda bem pois assim, caiada de branco, a fica muitíssimo mais bonita. É bem possível que, exceptuando a torre sineira, as linhas que hoje vemos sejam aquelas que lhe foram dadas pelo desconhecido arquiteto que a concebeu em 1778. As pirâmides a sobrepujar todos os pormenores principais da fachada; a bela curvatura da empena e, sobretudo, o óculo remetem-nos para essa data. O óculo foi um elemento que André Soares utilizou imenso e que trouxe de novo para a arquitetura bracarense. Mas, claro, que nada há aqui que nos indique que o grande mestre do tardobarroco e do rococó bracarense trabalhou na capela. A meio, sobre a porta e sob o óculo, vê-se, num recortado nicho, a figura do padroeiro, recente, em terracota. Desconhece-se o paradeiro da imagem primitiva, em granito. O interior é bastante simples, com um só retábulo e um só púlpito. Excetuando a pia baptismal, dividida em gomos bem salientes, nada há mais aqui que possa ter a ver com as obras dos séculos anteriores. Olhando com atenção, tudo indica que quer o retábulo quer as imagens devocionais e os castiçais tenham sido feitos no século XX. Nem sequer se conserva o confessionário que fora autorizado pelo arcebispo D. Frei Caetano Brandão em 22 de Outubro de 1802, pela Provisam a favor do Juiz e mais Officiaes da Confraria de Sao Bras, sitta na sua Capella Publica da Estrada do Carmo da freguesia de Sao Pedro de Merelim, para na dita Capella se poder colocar um confessionario. Como é natural, a sacristia é muito simples. Curiosamente, é aqui que se guardam as peças mais antigas da capela. Referimo-nos a uma imagem setecentista, em madeira, do padroeiro, a um lavatório de pé alto lavrado em granito e, sobretudo, a uma tábua pintada, a pedir urgente e mais do que necessário restauro, em que se pode ler o SUMARIO DAS INDULGENCIAS CONCEDIDAS AOS CONFRADES DE SÃO BRAS PELLA SANITIDADE (sic) DE CLEMENTE XI. Ostenta a data de 29 de Janeiro de 1721. Esta peça é hoje o bem mais antigo de uma confraria que é velha mais de quatrocentos anos. Só por isso, mais do que acarinhada deveria ser restaurada com o máximo cuidado. Em 1981 a capela foi novamente restaurada, segundo uma inscrição que se pode ler no interior. Desde os inícios da década de 1980 que a capela de São Brás também tem vindo a servir como capela mortuária da freguesia. 34 Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 ESPAÇO DOS EMPRESÁRIOS DE MERELIM SÃO PEDRO & FROSSOS TCO - TERESA CARDOSO OLIVEIRA, LDA. Uma empresa que nasceu em Merelim (S. Pedro) e está a crescer em Frossos. Assistimos recentemente à união das freguesias de Merelim (S. Pedro) e Frossos, e a empresa Teresa Cardoso Oliveira Lda partilha a sua história com estas duas freguesias que agora se uniram. A história da TCO tem início em 1964, com a criação da empresa Teresa Cardoso Oliveira & Cª Lda, que se dedicava à confeção de malhas em teares retos no lugar de São Brás em Merelim (S. Pedro). No ano de 1975 a empresa passou a denominar-se Teresa Cardoso Oliveira, nome individual, iniciando a sua atividade na confeção em tecido de fardas escolares e de trabalho. Três anos mais tarde começa a apostar no mercado da revenda e a abandonar o negócio das malhas. Foi no ano de 1982 que se deu o ponto de viragem no tipo de artigos comercializados deixando os artigos de criança e dedicando-se à confeção de roupa de senhora e pré-mamã. Mais tarde já em 1995 aconteceu a inauguração da primeira superfície comercial, localizada no centro Grossista de Revenda Grocenter em Famalicão. Nos dias de hoje conta com mais três superfícies estrategicamente posicionadas no território nacional, uma no Grossista Centro Norte e Sul de Samora Correia, outra na Zona Industrial do Mindelo em Vila do Conde e ainda em Albergaria-a-Velha no lugar de Vista Alegre. Foi no decorrer da mudança de milénio que a TCO se mudou para a zona industrial do Feital em Frossos e onde está localizada até aos dias de hoje. É nesta zona industrial que a empresa tem batalhado para conseguir ser uma referência a nível nacional e acompanhado sempre as mais recentes inovações e exigências do mercado. Com a necessidade de vender ao público a TCO optou por criar lojas próprias com o nome de Boutique da Tereza. Nestas lojas são comercializados todos os produtos produzidos com a característica especial de vender todos os tamanhos. Neste momento conta com três lojas, duas em Braga (Rua de São Marcos e Minhocenter) e uma em Ponte de Lima (Em frente à escola secundaria), brevemente está previsto a abertura de mais uma loja em local ainda por revelar. A Boutique da Tereza tem ainda o canal de vendas online que se foca mais especificamente nos tamanhos grandes e envia regularmente para todo o país e para alguns pontos na Europa, uma aposta clara no mercado digital que comprova a capacidade de inovação da empresa. O site www.boutiquetetereza.com rece- 35 Rui Humberto be mais de um milhar de visitas diárias e a página do Facebook conta já com cerca de 70 000 seguidores sendo estes indicadores importantes da aposta forte no mundo digital. A Boutique da Tereza é uma marca que aspira aos valores da liberdade e igualdade de escolhas. Uma marca que não estigmatiza mas inclui. Uma marca que mostra o melhor que existe em todos os tamanhos, feita para sí a pensar no seu corpo! Merelim (São Pedro) e Frossos | Setembro de 2015 | Número 4 CULINÁRIA PUDIM TRADICIONAL - 12 ovos; - 12 colheres (sopa) de açúcar; - 1 copo de leite ( 200 ml); - 2 colheres (sopa) de amido de milho; - 1 cálice de vinho do Porto; - caramelo; 1º Em uma bacia, colocar 10 gemas e dois ovos inteiros. 2º Adicionar o açúcar e bater muito bem com uma colher de pau. 3º Pegar numa tigela e dissolver o amido de milho no leite. Adicionar de seguida à mistura de ovos com açúcar. Mexer tudo. ADIVINHA SOPA DE LETRAS “Estando a Dona Princesa Entre tábuas e taboinhas, Chova que não chova Está sempre molhadinha.” - CASTANHAS; - OUTONO; - ESCOLA; - FRIO; - MARMELADA; - VINHO; Lingua 4º Adicionar o vinho do Porto em fio sempre a mexer. 5º Verter a mistura para uma forma de pudim, previamente barrada com o caramelo e fechar. 6º Levar a cozer numa panela com água por aproximadamente 1 hora em lume médio. Tiragem: 1750 exemplares Grafismo: José Luís Correia Data: Setembro 2015 Distribuição: Grupo da Cultura de Merelim (São Pedro) e Frossos *Propriedade da junta de freguesia de Merelim (São Pedro) e Frossos