Animação Bíblica da Vida e da Missão da Igreja Ante projeto Explicando o título... Animação tem a ver com alma. A teologia, a Igreja, as pastorais, os serviços e movimentos precisam de alma. Qual é atualmente a alma da Igreja em nosso Vicariato? O documento 97 da CNBB, Discípulos e servidores da Palavra de Deus na missão da Igreja, define a Animação Bíblica: “O termo animação deve ser tomado em sua concepção originária de ação ou efeito da dar alma ou vida. Sob essa perspectiva, entende-se por animação bíblica de toda pastoral a busca consciente e contínua de ter a Sagrada Escritura como alma da missão evangelizadora da Igreja” (32). Sem alma se morre. Jesus até dizia que havia morto andando por aí (Lucas 9,58). Temos alguma estrutura em nossa Igreja que está morta? Aparecida n 365, recomenda: “abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé”. “Compreendida como a alma da vida pastoral da Igreja, a Palavra de Deus precisa ser a inspiração de todo o ser e agir evangelizador eclesial. Será realmente pastoral somente quando entender que sua identidade se encontra na busca constante e permanente de atualizar, na Igreja e no mundo, o ser e agir do Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas. De fato, toda pastoral é ação do Cristo Pastor” (Doc.97 da CNBB, 34). “A Igreja no Brasil, ciente dessa compreensão, assumiu a animação bíblica da vida e da pastoral como uma urgência de sua ação evangelizadora, por ver nela o caminho indispensável para encontrar a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo, o Bom Pastor e modelo de todo ser e agir pastoral da Igreja” (Doc.97 da CNBB, 35). O papa Bento XVI nos convida para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja como animação Bíblica de toda pastoral. Ele diz: “A Palavra de Deus é o coração de toda atividade pastoral” (V.D.,1). “Temos que fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida na rocha da Palavra de Deus”. Não se trata simplesmente de acrescentar qualquer encontro ou evento na paróquia, mas de verificar que, nas atividades habituais das comunidades, pastorais e movimentos, se tenha realmente o encontro com Cristo que Se comunica a nós na Sua Palavra. Deste modo, a animação Bíblica da pastoral não pode ser entendida redutivamente, como se fosse simplesmente uma pastoral em outras, ela deve ir além de uma pastoral bíblica especializada (cfe.DV,73). O mesmo Espírito Santo renovador que inspirou o papa João XXIII a convocar o Concílio Vaticano II continua agindo na Igreja. Há, contudo, ignorância e desconhecimento do povo de Deus referente ao conteúdo dos documentos da Igreja. Poucos conhecem a publicação da Pontifícia Comissão Bíblica que em 1993 publicou o livreto “A interpretação da Bíblia na Igreja”. Muitos leigos e padres ainda não estudaram a exortação apostólica Verbum Domini e o motu próprio Porta Fidei, nem as DGAE da CNBB e o documento 97 da 50ª Assembleia de 2012, “Discípulos e servidores da Palavra de Deus na Missão da Igreja”. O protagonismo na acolhida da Palavra de Deus e os seus interlocutores foram sempre surpresa na história da salvação. Deus escolheu e continua escolhendo os desprezados, um povo escravo. Deus escolheu você para ser o interlocutor dele. “Cabe reconhecer que os interlocutores da ação pastoral são sujeitos e não somente destinatários” (doc.97,68). “Passa-se de uma compreensão instrutiva a uma compreensão comunicativa da revelação, em outros termos: entende-se então a Palavra de Deus não só se revela para instruir as quais a razão deve acolher, mas para comunicar a salvação na forma de encontro”(Doc. 97, n 8). Nesta perspectiva todos somos chamados “a assumir atitude de permanente conversão pastoral, que implica escutar com atenção e discernir o ‘o que o Espírito está dizendo às Igrejas’ (Ap2,29) através dos sinais dos tempos em que Deus se manifesta” (Ap,366). Qual o lugar da Palavra de Deus no Vicariato hoje? As grandes necessidades da Igreja hoje são o conhecimento, a familiaridade e o alimento que a Palavra de Deus oferece, contudo, muitos não sabem e não procuram. 1. 2. 3. 4. 5. O que já aconteceu em nosso Vicariato: A escolha da comissão de padres. Um encontro de formação em Cidreira das áreas Gravataí e Cachoeirinha. Formação da área Viamão nos dias 27 e 28 de outubro na paróquia N.Sra. de Fátima Reuniões de comissão de área. Reuniões das comissões paroquiais com seu pároco. Próximos passos em 2012: 1. Formação sobre o evangelho de Lucas: 2. Formar comissão do Vicariato e pensar uma proposta a médio e longo prazo. 3. Continuar incentivando a prática da Leitura Orante. A animação bíblica, como a CNBB procura entender, não pode ser uma “pastoral”, mas no máximo, uma comissão, pois sua tarefa não é substituir ninguém nem nada e nem coordenar, mas somente uma animação bíblica da pastoral e da vida da Igreja. • • • • • • • • • • • Qual a competência e tarefas destas comissões? Levantamento da Realidade. Formação continuada das comissões. Animar, incentivar, apoiar as pastorais e movimentos. Elaboração do projeto de formação a curto, médio e longo prazo. Propor interação entre pastorais, movimentos e comunidades. Conhecer e aprofundar o assunto da animação bíblica nas paróquias. Buscar fundamentação, motivação e formação para serem competentes. Organizar grupo de apoiadores para por em prática o projeto de formação. Avaliação como as pastorais estão desenvolvendo a animação bíblica. Elaborar subsídios conforme o evangelho do ano. Criar intimidade com a Palavra através do método da L.O.B. Fortalecer grupos existentes e criar novos de L.O.B.