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de carreira
músico - letrista - compositor - cantor - escritor
Luiz Gonzaga Kedi Ayrão nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Lins de Vasconcelos, originário de uma
família de artistas. O avô paterno, maestro, compositor e professor de música e, certamente, deste lado vem a vocação para
compor a melodia. Do lado de sua avó herda a inclinação para os versos e a poesia. Seu pai, assim como seus tios, nas horas
de lazer, dedicava-se a compor, cantar e aos instrumentos musicais e, freqüentemente, todo o clã se reunia nas residências
dos mais velhos. Vez por outra, era possível encontrar aí, nas rodas de choro, mestres da música popular brasileira, amigos da
família, como Pixinguinha e João da Bahiana, dentre outros. Nesse ambiente, a tendência para a arte era inevitável. Ainda
ao tempo dos bancos escolares, já contava com a admiração e o incentivo dos colegas pelo sucesso que faziam seus cadernos
cheios de composições de sua autoria. Coincidentemente, nessa época, veio morar no seu bairro, recém-chegado do Estado
do Espírito Santo, aquele que pouco mais tarde iria se tornar o maior ídolo da então chamada Música Jovem: Roberto Carlos.
Em meados da década de sessenta, explode a Jovem Guarda - movimento musical que dominaria todas as paradas
de sucesso. Nossa Canção (1967), gravada por Roberto e por ele regravada ao vivo em seu CD/99, torna-se um grande êxito
e solidifica a carreira do novo compositor. Era o primeiro sucesso romântico da carreira do Rei. Outros viriam ainda na voz
de Roberto Carlos, como Ciúme de Você (1970), relançado por Zizi Possi (1990), pela Banda Raça Negra (1994 e 1999) e
recentemente pelo jovem cantor Filipe Dylon, voltando aos primeiros lugares de execução e vendagem em todo o Brasil.
Em virtude dos inúmeros sucessos como autor, começam a surgir os convites para Luiz lançar-se como cantor. No
início de 1974, pela Emi-Odeon, sai o seu primeiro trabalho. Uma das faixas estoura também no carnaval e atravessa o ano
liderando todas as paradas: Porta Aberta, uma declaração de amor à sua Escola de Samba Portela, torna-se um grande
hit, alcança todas as premiações e vira clássico da MPB. No mesmo disco, outro grande êxito: No Silêncio da Madrugada.
Luiz deixa a carreira de advogado e parte para o segundo disco, “Missão”. Surgem novos sucessos em primeiro lugar:
Saudades da República e Bola Dividida.
Por sua formação acadêmica, transparece nas letras de várias composições seus pensamentos e ideais quanto à política
então vigente. Teve algumas músicas censuradas nas décadas de 1960 e 70, entre elas, Liberdade! Liberdade - do Festival
O Brasil Canta no Rio, da TV Excelsior, Meu Caro Amigo Chico, dedicado a Chico Buarque e ainda, Treze Anos, que teve
de ser rebatizada como O divórcio, para burlar a Censura - motivo, hoje, de documentários para os quais é convidado a
participar. Assim adota vários pseudônimos, entre eles: Joãozinho da Rocinha, Paulinho da Bioquímica, Mercier e João de Deus.
Em 1975 aceita o convite para integrar o elenco da mais famosa casa de MPB da noite paulistana: Catedral do Samba.
Pouco mais tarde, incentivado pelos colegas, torna-se também empresário. Constrói e dirige, em São Paulo, três casas de
shows famosas e bem sucedidas: Canecão Anhembi, Sinhá Moça e Modelo da Liberdade. Por elas passam nomes como:
Roberto Carlos, Elis Regina, Simone, Chico Anísio, Amália Rodrigues, Martinho da Vila, Clara Nunes, Cauby Peixoto,
Angela Maria, Isaurinha Garcia, Jair Rodrigues, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Inezita Barroso, Adoniran Barbosa,
Os Demônios da Garoa, Os Cantores de Ébano, Lana Bittencourt, Denílson, o comediante Costinha, o humorista e
compositor Chocolate e inúmeros outros talentos.
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de carreira
Os shows do artista vão sendo cada vez mais requisitados por todo o Brasil. Novos discos são lançados revelando
sucessos anuais e consecutivos. Êxitos de 1º lugar nas paradas, como: Conto até Dez, Quero que Volte, Reencontro, O Lobo
da Madrugada, Mulher à Brasileira, Os Amantes (gravado em espanhol por Luiz em seu primeiro disco para a América
Latina), Amor Dividido, A Saudade que Ficou - O Lencinho (lançando pela 1ª vez em disco comercial, vozes infantis
cantando samba: Os Canarinhos de Petrópolis), Bonequinha, Meu Canarinho (para a copa de 82), Águia na Cabeça,
Separados, dentre outros inúmeros sucessos que conferiram ao cantor, discos de ouro, platina e diamante, dentro e fora
do país, conduzindo-o a apresentações nos Estados Unidos, Europa, Japão e quase toda a América Latina.
A música de Luiz atinge o país de norte a sul, qualquer faixa etária e social. É, de fato, a Música Popular Brasileira. Em
1996 o artista ultrapassa a marca dos 4.000 shows realizados. Para comemorar a marca alcançada, a Globo-Polydor (Som
Livre) lança seu 22° álbum. Desponta nas paradas, Renda Negra. Simultaneamente, a gravadora EMI põe no mercado dois
volumes da série Meus Momentos, contendo grandes sucessos em gravações originais remasterizadas. A mesma EMI, em
1999/2000, traz de novo a série Meus Momentos. Dessa vez com os dois CDs em um só estojo. Lança também,
paralelamente, mais sucessos em uma outra série: Raízes do Samba. No começo de 2000, Luiz estréia na carreira literária
com seu romance: O País dos meus Anjos, Editora Record/Nova Era.
Nossa Canção ocupa também os primeiros lugares nas vozes de Maria Bethânia em “Maricotinha ao vivo” (2002) e
Vanessa da Matta na trilha sonora da novela “Celebridade”(2003-04) de Gilberto Braga. O cantor Daniel regrava Os Amantes,
para a trilha da novela “América” (2005), de Glória Perez. E em 2009, para o filme do diretor Fábio Barreto, “Lula – o filho do
Brasil”, Nana Caymmi grava a mágica e eterna Nossa Canção, também regravada na voz de Rosemary para o especial da TV
Globo “Elas cantam Roberto Carlos” e sua música, Bola Dividida, é regravada por Zeca Baleiro e Diogo Nogueira.
Em 2004, um trabalho diferente de todos que havia feito: o CD Luiz Ayrão - Intérprete, pela Mac Records, contendo
14 clássicos da MPB dos anos 30, 40, 50 e 60 e indicado ao Prêmio Tim de Música. Sucessos de Ary Barroso, Tom e
Vinícius, Noel Rosa, Lupicínio, Cartola, Maysa, Pixinguinha e Braguinha, dentre outros. As Rosas Não Falam,
Carinhoso, Ouça, Último Desejo, Risque, O Meu Nome É Ninguém, A Deusa da Minha Rua, Lábios Que Beijei, Neste
Mesmo Lugar, são algumas das pérolas. No início de 2005, mais dois CDs: pela Gal/Sony, Luiz Ayrão - 20 Supersucessos,
com seus maiores hits em regravações respeitando os arranjos originais, e outro, de carreira, pela Gravadora Atração cujo
título é Luiz Ayrão - Inéditas e Sucessos ao Vivo.
Em 2005/06 Luiz continua viajando por todo o país realizando seus shows e passa a integrar a banca de jurados do
Programa Raul Gil, seu amigo de longa data. Dedica-se, em 2007, a se reciclar nos instrumentos que toca e, principalmente,
a compor para o próximo CD. Em 2008 lança mais um livro: Meus Ídolos e Eu, onde são retratados inúmeros ícones da MPB,
com seus casos interessantes, pitorescos e inusitados acontecidos em shows e viagens. Em 2009, conclui o CD A Vida é uma
Festa, com músicas inéditas, alguns de seus sucessos e de outros consagrados.
Agora em 2010 prepara-se para o primeiro DVD-CD e o lançamento da segunda edição de “Meus Ídolos e Eu”. Sempre
novos desafios na vida desse colecionador de amigos e sucessos.
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Release - Luiz Ayrão: 40 anos de carreira