1 PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO SETOR DE PEDIATRIA DO CENTRO DE FISIOTERAPIA, CLÍNICA ESCOLA DA UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE PROFILE OF PATIENTS TREATED IN THE SECTOR OF PEDIATRICS OF THE CENTER OF PHYSIOTHERAPY, CLINICAL SCHOOL OF UNIVERSITY VALE DO RIO DOCE - UNIVALE Jaqueline Pereira Raimundo1; Joara Danielly Madureira2; Luciana Pêpe Leão da Rocha3; Nylton Pereira Pessoa Neto4; Patrícia Barreto Costa Nico5. 1. Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, Governador Valadares, MG. Email: [email protected] 2. Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, Governador Valadares, MG. Email: [email protected] 3. Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, Governador Valadares, MG. Email: [email protected] 4. Acadêmico do Curso de Fisioterapia da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, Governador Valadares, MG. Email: [email protected] 5. Orientadora e Professora Mestre da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, Governador Valadares, MG. Email: [email protected] RESUMO Introdução: O Centro de Fisioterapia da UNIVALE foi projetado para integrar as atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão do curso de graduação em Fisioterapia. Dentre as especialidades oferecidas está a Pediatria. Objetivo: Avaliar o perfil das crianças atendidas no Setor de Pediatria do Centro de Fisioterapia da Univale. Métodos: Revisão de prontuários das crianças atendidas entre 2006 a 2009, faixa etária de 0 a 14 anos. Foram analisados idade, gênero, diagnóstico clínico, tempo de instalação da patologia, patologia concomitante e idade em que os pais perceberam a patologia. Resultados: 85 crianças (53%) eram do gênero masculino e 75 (47%) do gênero feminino, a idade média de 4,72 anos e 86 (53,75%) das crianças foram diagnosticadas com Paralisia Cerebral. Os problemas respiratórios foram as patologias concomitantes de maior incidência (44,11%). A idade de 0-6 meses foi a idade de maior frequência em que os pais perceberam a patologia (70,20%) e o tempo de instalação foi maior que 3 anos (60%). Conclusão: O perfil é constituído predominantemente por crianças do gênero masculino, com Paralisia Cerebral, idade média 4,72 anos e os problemas respiratórios são as patologias concomitantes mais frequentes. A maior parte das crianças foi admitida no serviço com a patologia instalada há mais de 3 anos embora os pais tenham percebido a patologia entre 0 e 6 meses idade. Palavras-chave: Fisioterapia. Pediatria. Perfil. Paralisia Cerebral. ABSTRACT Introduction: The Physiotherapy Center of UNIVALE was designed to integrate the academic activities of teaching, research and extension of undergraduate Physiotherapy. Among the specialities offered is Pediatrics. Objective: Evaluate the profile of childs treated In the Sector of Pediatrics of the Center of Physiotherapy of Univale. Method: Review of medical charts of childrens treated between 2006 and 2009, with age 0 to 14 years. The variables analyzed were age, gender, clinical diagnosis, time of installation of the pathology, pathology concomitant and age in which parents have realized the pathology. Results: 85 Children (53%) were male and 75 (47%) female gender, mean age 4.72 years old. The greater part of children, 86 (53.75%), was diagnosed with Cerebral Palsy. Respiratory problems concomitant diseases were the highest incidence (44,11%). The age of greater frequency that parents have realized the pathology was 0 to 6 months of age (70,20%) and the time of 2 installation of the pathology was greater than 3 years old (60%). Conclusion: The profile is consisting predominantly of children of male, with Cerebral Palsy, mean age 4.72 years old and breathing problems are more frequent concomitant diseases. The most part of the child was admitted to the service with the pathology installed there are more than 3 years although parents have realized the pathology in their majority between 0 and 6 months old. Keywords: Physiotherapy. Pediatrics. Profile. Cerebral Palsy. 1 INTRODUÇÃO Infância foi criado, e em 1901 teve início o atendimento às crianças até quatorze anos de No início do século XIX, a criança era idade, sem discriminação desde de ignorada, vista como um ser em miniatura, o que nacionalidade, explicava o alto índice de mortalidade. Não (RODRIGUES, OLIVEIRA, 2004). raça ou sua vida intra-uterina existiam instituições que se dedicassem aos Segundo Murahovschi (2006); Neves, cuidados com as crianças, principalmente entre Cabral (2008), a situação do Brasil nos últimos os (BARROS vinte e cinco anos melhorou significativamente, FILHO, 2010; FRANCO, 2005; RODRIGUES, com regressão da taxa de mortalidade infantil e OLIVEIRA, 2004). aumento da expectativa de vida. recém nascidos prematuros A Pediatria emergiu como especialidade A recente melhoria observada na médica a partir da segunda metade do século evolução nos indicadores de morbi - mortalidade XIX, sendo Robert Debré um dos pioneiros da em crianças menores de cinco anos de idade Pediatria moderna, justamente cognominado pai decorre da interação de fatores demográficos, da Pediatria francesa (MALUF JÚNIOR, 2009). econômicos e sociais, ampliação do saneamento De básico, acordo com Marcondes (1985), a redução da fecundidade, além de especialidade pediatrica é uma vertente da medidas de intervenções especificas do setor de medicina que atende as necessidades da criança saúde (BONATTO, CARANDINA, 2009; GEIB et durante o seu período de desenvolvimento, al., 2010; PASSEBON et al., 2006). cuidando das dificuldades nesse período específico da vida. As mudanças radicais na morbi - mortalidade infantil, caracterizada pela redução A Pediatria social, como campo de acentuada da mortalidade infantil tem sido veloz práticas e saberes, começou a ser construída no em nosso país. Várias pesquisas conduzidas no Brasil no final da década de 60 e início de 70, Brasil demonstram que muitas doenças e junto com as propostas de reforma do ensino e agravos não transmissíveis no adulto têm sua da origem na vida intra-uterina ou na infância. Cada atenção médica influenciadas pelos movimentos de medicina integral, medicina vez mais as doenças preventiva, medicina comunitária e medicina adolescentes social (ZANOLLI, MERHY, 2001). O marco na patologias história da Pediatria brasileira foi a inauguração precocemente (GOMES, 2010; SILVA, 2010). estão dos das crianças se assemelhando adultos, surgindo e as mais em 1882 da Policlínica Geral do Rio de Janeiro Mesmo com acentuada redução dos que possuía um consultório infantil e ministrava índices de mortalidade infantil esse indicador não cursos sobre patologias pediátricas. No ano de vem associado à melhora da qualidade de vida 1889, o Instituto de Proteção e Assistência à das crianças, sobretudo em países em 3 desenvolvimento. Alguns autores questionam o necessárias para lograr uma reação dinâmica real valor da taxa de diminuição da mortalidade com seu meio ambiente e uma aprendizagem infantil como o indicador de qualidade vida, efetiva (URZÊDA et al., 2009). destacando o papel das medidas de saúde A fisioterapia pediátrica tem como foco a pública para a sobrevida infantil (CALDElRA, criança e a avaliação, o planejamento, a FRANÇA, GOULART, 2001). execução do programa proposto, as orientações Segundo maior e as reavaliações periódicas são ferramentas está fundamentais para seu desenvolvimento. A associado ao aumento na longevidade de necessidade de programas de reabilitação por portadores de mal formações congênitas ou tempo doenças graves, gerando demandas por serviços muitas vezes tornam o infante desmotivado e e tecnologias que não se limitam ao período cansado, sendo necessária a variação nas neonatal. O aumento significativo de crianças atividades com um atendimentos. A criança deve ser estimulada elevado grau de cuidado ao longo da vida. O para as atividades fisioterapêuticas através de diagnóstico precoce de doenças potencialmente atividades lúdicas e do brincar (FUJISAWA, crônicas ou a sobrevivência de crianças com MANZINI, 2006). impacto na Gomes sobrevida necessidades seqüelas (2010), das o crianças, especiais requerem permanentes determinaram prolongado, incluindo a desenvolvidas fisioterapia, durante os uma O fisioterapeuta deve compreender a especificidade de assistência à saúde dedicada a seqüência normal das aquisições e habilidades prestar cuidados por longos períodos, muitas motoras da criança para planejar a melhor vezes durante todo o ciclo vital do indivíduo estratégia afim de ajudá-la a desempenhar seu (MOREIRA, GOLDANI, 2010). potencial (TECKLIN, 2002). Assim, o profissional Prejuízos futuros podem ser minimizados deve demonstrar criatividade, com a intervenção precoce. Realizar a triagem persistência, para detecção de anormalidades e riscos para o segurança e carinho em qualquer circunstância desenvolvimento (MORIYAMA, GUIMARÃES, 1980). facilita a intervenção boa paciência, vontade, tranquilidade, terapêutica, especialmente em períodos do As intervenções motoras propostas pelo crescimento da criança em que suas adaptações fisioterapeuta, tem como metas melhorar a neuropsicomotoras flexibilidade, não estejam totalmente facilitar padrões normais de desenvolvidas (SANTOS, ARAÚJO, PORTO, movimento e melhorar as capacidades motoras 2008). A intervenção precoce é definida como o básicas para um melhor desempenho das conjunto de ações tendentes a proporcionar à habilidades funcionais da criança (RIBEIRO, criança as experiências sensório-motoras de que MORAES, BELTRAME, 2008). esta necessita desde o seu nascimento, para de- A atuação fisioterapêutica senvolver, ao máximo, seu potencial neuropsi- proporciona comotor. Isso se alcança através da presença de crianças, pessoas e objetos, em quantidade e oportunida- tardiamente des adequadas e em um contexto de situações algum tipo de deficiência, dificultando assim o de variada complexidade, que geram na criança tratamento certo objetivos interesse; e atividades, condições resultados desejáveis precoce para as porém muitas são encaminhadas para instituições, adequado, de não prevenção apresentando alcançando das os alterações 4 patológicas no desenvolvimento (MEDEIROS, dados ZANIN, ALVES 2009; RESENGUE, PUCCINI, admissão do paciente, e os mesmos foram SILVA, 2007). armazenados e analisados no programa Excel. O Centro de Fisioterapia, Clínica Escola foram coletados no prontuário de As variáveis analisadas foram idade, gênero, da Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE foi diagnóstico projetado para integrar as atividades acadêmicas tempo de instalação da patologia e a idade em de ensino, pesquisa e extensão do curso de que os pais ou responsáveis pela criança graduação em Fisioterapia. Tem como objetivo perceberam a patologia. proporcionar aos alunos o desenvolvimento de competências necessárias à patologia concomitante, Os critérios de inclusão adotados foram formação crianças atendidas no período de 2006 a 2009 profissional, através da experiência no contexto durante o Estágio Curricular Supervisionado de atividades de observação e atendimentos Clinica II, na área de Pediatria, com idade entre 0 supervisionados. O público alvo dos estágios a 14 anos. supervisionados provém de sua clínico, parcerias com instituições filantrópicas, pessoas carentes da 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO comunidade de Governador Valadares e região além do público interno da UNIVALE. Dentre as O número de crianças atendidas no especialidades oferecidas pelo Centro encontra- setor de Pediatria do Centro de Fisioterapia, se a Pediatria (CURSO DE FISIOTERAPIA, clínica escola da Universidade Vale do Rio Doce 2007). no período de 2006 a 2009 foi de 168 crianças. Diante do exposto, o presente estudo objetivou analisar o perfil dos Dos 160 prontuários analisados 85 pacientes crianças (53%) eram do gênero masculino e 75 atendidos no setor de Pediatria do Centro de crianças (47%) do gênero feminino (Gráfico 1). A Fisioterapia da Universidade Vale do Rio Doce - média de idade encontrada foi de 4,72 anos. UNIVALE, no período de 2006 a 2009. 2 METODOLOGIA Trata-se de um estudo retrospectivo realizado por meio da revisão de prontuários de crianças de 0 a 14 anos atendidas no Estágio Curricular Supervisionado de Clínica II na área de Pediatria, no Centro de Fisioterapia, Clínica Escola da Universidade Vale do Rio Doce UNIVALE, no período de 2006 a 2009. O GRÁFICO 1 - Perfil dos pacientes atendidos em relação ao gênero. presente estudo analisou 168 prontuários de Caram, Morcillo, Pinto (2010), relataram crianças. Dentre os prontuários, oito foram que durante a apresentação do estudo realizado excluídos com por não apresentarem dados crianças atendidas nos ambulatórios suficientes ou idade superior a 14 anos. Para o pediátricos estudo foram selecionados 160 prontuários. Os neurologia infantil de um hospital terciário de gastropediatria, ortopedia e 5 universitário revelou que 57% dos infantes eram Fisioterapia da UCB, apresentava 79 %, dos do gênero masculino e 43% feminino . casos com diagnóstico clínico de Paralisia Em relação ao diagnóstico clínico, a Cerebral. maioria das crianças foi diagnosticada com Paralisia Cerebral totalizando 86 crianças (53,75%), seguido da Síndrome de Down e crianças com Atraso do Desenvolvimento Neuropsicomotor, compreendendo 14 crianças (8,75%). Foram encontradas 6 (3,75%) crianças com diagnóstico de Microcefalia e 5 (3,12%) com Paralisia Braquial Obstétrica. As patologias Distrofia Muscular de Duchenne, Geno Varo, Fraturas, Torcicolo Muscular Congênito, Hidrocefalia, Pé Torto Congênito, Deficiência Mental e Acidente Vascular Encefálico totalizaram 2 (1,25%) casos para cada patologia. Cisto Paraencefálico, Síndrome de Noonam, Traumatismo Crânio Encefálico, Síndrome Dandy Walker, Hemorragia Intracraniana, Má formação Congênita, Encefalomielite Aguda Disseminada pós vacina anti – rábica, Displasia Cortical, Síndrome Aicard, Mielomeningocele, Lesão de nervo periférico, Síndrome Cardíaca, Queimadura, Dermatopodimiozite Juvenil, Paralisia Facial, Síndrome de Rett, Síndrome de Marfon, Distrofia Muscular, Fibrose Cística obtiveram apenas 1 caso de cada patologia, representando apenas (0,62%) da amostra (Gráfico 2). A Paralisia Cerebral pode comprometer o processo de interferindo desempenho aquisição na de função de e atividades habilidades, dificultando realizadas o por crianças com desenvolvimento normal. Devido a esse fato, o infante apresenta não só dificuldade Segundo Pato et al., (2002), a incidência da Paralisia Cerebral no Brasil não está bem estabelecida, mas estima-se que seja alta devido ao precário cuidado dispensado às gestantes e aos recém-nascidos. A literatura internacional credita a proporção de uma criança com Paralisia Cerebral para cada mil nascimentos. Em uma pesquisa desenvolvida na Universidade GRÁFICO 2- Perfil das crianças atendidas em relação ao diagnóstico clínico. Católica de Brasília, Borges, Galigali, Assad (2005), relataram que o perfil das crianças atendidas pela Clínica escola de de se engajar em atividades comuns como outras crianças, como executá-las com sucesso (MARINHO, SOUZA, PIMENTEL, 2008). O gráfico 3 mostra os resultados sobre as patologias concomitantes ao diagnóstico clínico: Problemas respiratórios com 44,11%; crise convulsiva 35,29%; síndrome cardíaca 8,82%; escoliose, meningite, alergia, anemia falciforme apresentaram 2,94%. 6 meses e também superior a 48 meses 50 representaram 1,80% dos casos (Tabela 1). Problemas respiratórios: 44,11% Crise convulsiva: 35,29% 45 40 35 Em relação ao tempo de instalação da Síndrome cardíaca: 8,82% patologia 96 crianças apresentavam a patologia 30 Escoliose : 2,94% 25 a mais de 3 anos (60%), seguido de 40 infantes Meningite: 2,94% 20 15 Alergia: 2,94% que possuíam a patologia ente 0 e 1 ano ( 25%) Anemia falciforme: 2,94% e 24 pacientes (15%) com a enfermidade entre 10 5 1 e 2 anos ( Gráfico 4) . 0 GRÁFICO 3 – Patologias concomitantes ao diagnóstico clínico. O estudo apresentado por Borges, Galigali, Assad (2005), na Universidade Católica de Brasília, revelou que 40,35% das crianças com diagnóstico de Paralisia Cerebral atendidas pela Clínica escola de Fisioterapia da UCB, apresentavam patologias de vias aéreas inferiores (bronquite, asma e broncodisplasia) ou GRÁFICO 4 – Tempo de instalação da patologia. das vias aéreas superiores (rinite, sinusite, Contudo, vale ressaltar que embora a adenóide inflamatória, gripes constantes). Os percepção por parte dos pais tenha acontecido resultados do estudo são coincidentes com os em sua maioria precocemente, o mesmo não achados do presente estudo onde os problemas ocorreu em relação à procura pelo serviço de respiratórios se apresentaram como a patologia fisioterapia da Clínica Escola da Universidade concomitante mais prevalente. Vale do Rio Doce - UNIVALE como revelado A tabela abaixo apresenta os resultados através da variável “tempo de instalação da em relação à variável “idade em que os pais ou patologia” na procura pelo serviço, porém o responsáveis pelas atendimento crianças perceberam a patologia” (Tabela 1). Idade: fisioterapêutico pode ter sido realizado em outro serviço de fisioterapia. n° As variáveis idade em que os pais ou % 0-6 meses 113 70,20% responsáveis pelas crianças 7-12 meses 31 19,30% patologia e o tempo de instalação da patologia 13-24 meses 10 6,20% foram analisadas paralelamente e aplicadas 25-48 meses 3 1,80% especificamente as crianças com diagnóstico de > 48 meses 3 1,80% Paralisia Cerebral (n= 86), como mostram as TABELA 1 – Idade em que os pais ou responsáveis pela criança perceberam a patologia. Os dados obtidos revelaram que os pais ou responsáveis pelas crianças perceberam a patologia precocemente 70,20% (0 a 6 meses de idade), seguido de 19,30% com idade entre 7 a 12 meses, 6,20% entre 13 e 24 meses, 25 a 48 perceberam a tabelas 2 e 3 a seguir: N° de pacientes com Paralisia Cerebral (%) 86 (53,75%) Idade em que os pais perceberam a patologia 0-6 meses: (70,93%) 7-12 meses: (23,25%) 13-24 meses: (5,81%) TABELA 2 - Perfil das crianças com Paralisia Cerebral em relação a idade em que os pais perceberam a patologia 7 N° de pacientes com Paralisia Cerebral (%) 86 (53,75%) precoce Tempo de instalação da patologia for o diagnóstico de atraso no desenvolvimento e a intervenção, menor será o impacto desses problemas na vida da criança. 0-1 ano: (16,27%) 1-2 anos: (11,62%) ≥3 anos: (72,09%) 4 CONCLUSÃO TABELA 3 - Perfil das crianças com Paralisia Cerebral em relação ao tempo de instalação da patologia Pode-se concluir com o estudo que o Analisando os resultados da tabela 2 e 3 diagnóstico clínico de maior incidência nas paralelamente, verifica-se que a idade em que os crianças pais perceberam a patologia prevalente foi de 0 a Supervisionado 6 meses de idade com 70,93% , seguido de Pediatria, no Centro de Fisioterapia, Clínica 23,25% dos casos com idade entre 7 e 12 meses Escola da Universidade Vale do Rio Doce - e 5,81% com idade entre 13 e 24 meses. Em UNIVALE, no período de 2006 a 2009 foi o de relação ao tempo de instalação da doença o Paralisia Cerebral. A idade média das crianças dado que preponderou foi com tempo superior ou foi de 4,72 anos. Quanto ao gênero, a maioria igual a 3 anos com 72,9% dos casos. A seguir dos pacientes era do gênero masculino. Dentre destacamos o período entre 0 e 1 ano com as patologias associadas a de maior prevalência 16,27% e posteriormente com o período superior foi problemas respiratórios. Quanto ao tempo de a 1 ano e menor que 2 anos com 11,62% dos instalação da patologia, 0 a 6 meses de idade, foi casos averiguados. o tempo mais freqüente, tanto para crianças com Correlacionando as crianças com Paralisia atendidas de Cerebral no Estágio Clínica II como Curricular na para as área de demais Paralisia Cerebral e com as demais patologias patologias. Em relação ao tempo de instalação podemos averiguar que o tempo de instalação da da patologia na procura pelo serviço, a maioria mesma se mostrou similar, ou seja, superior ou das crianças foi igual instalação da patologia igual ou superior a três a 3 anos com 72,09% e 60% respectivamente.O mesmo ocorreu em relação a admitida com tempo de anos. variável idade em que os pais perceberam a Pode-se afirmar com estudo que mesmo patologia onde os dados obtidos foram análogos, que a percepção das famílias em relação às apresentando valores de 70,20% para n = 160 patologias das crianças tenha sido precoce, a (todos os pacientes) e 70,93% para as crianças procura pelo serviço do Centro de Fisioterapia com diagnóstico de Paralisia Cerebral , n = 86. aconteceu tardiamente. Desta forma destaca-se De acordo com Formiga, Pedrazzani, de grande relevância o registro desse dado no Tudella (2004), a intervenção fisioterapêutica prontuário da criança. A identificação do perfil precoce apresenta bons resultados, mas na pode contribuir para adequar a dinâmica de prática, muitas crianças são encaminhadas as funcionamento instituições a direcionando os atendimentos para os pacientes intervenção, que não pode alcançar o objetivo de com Paralisia Cerebral, assim como incentivar a prevenção promoção de ações específicas e melhoria no tardiamente, das desenvolvimento. alterações Halpern, restringindo patológicas et al., no (2000), relataram em seu trabalho que quanto mais do setor de atendimento para essa população. pediatria, 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS FILHO, A. A. A visiabilidade de criança ao longo da história. Revista Ciências & Saúde Coletiva, vol.15, n° 2, p.328 - 336, 2010. BONATTO, C. P. P.; CARANDINA, L. Estudo da mortalidade infantil e de seus componentes para o município de Botucatu-SP no período de 1991 a 2007. Pediatria, vol. 31, n°3, p.178 - 85, 2009. BORGES, M. B. S.; GALIGALI, A. T.; ASSAD, R. A. 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