CAPITULO 02 LEIS EXPERIMENTAIS E CIRCUITOS SIMPLES Prof. SILVIO LOBO RODRIGUES PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 2.1 INTRODUÇÃO Destina-se o segundo capítulo ao estudo das leis de Kirchnoff e suas aplicações à teoria de circuitos; associação de resistores; divisor de tensão e corrente; associação de fontes ideais; transformação de fontes; fontes reais, teorema da máxima transferência de potência e transformação ∆↔Y. Procuraremos desenvolver neste capítulo os assuntos acima referidos, de forma simples e objetiva, visando desenvolver no aluno habilidade e rapidez na análise de circuitos. As leis de Kirchnoff constituem o alicerce básico da teoria de circuitos. Este capítulo é, portanto, de grande importância, e os alunos devem dedicar-lhe atenção especial. 2.2 LEIS DE KIRCHNOFF Antes de enunciarmos as leis de Kirchnoff alguns comentários e algumas definições se fazem necessários. Os elementos serão conectados por condutores elétricos ou cabos que possuem resistência nula, ou seja, condutores perfeitos. Uma rede constituída por elementos simples e fios conectores é chamada de rede de parâmetros concentrados. Um problema de análise mais difícil existe quando temos uma rede de parâmetros distribuídos, e que contêm, essencialmente, um número infinito de pequenos elementos cujo efeito vai desaparecendo lentamente. Um ponto onde dois ou mais elementos tem uma conexão comum é chamado nó. A figura 2.1 mostra um circuito contendo três nós. . . 1 . . 1 . 3 3 . . 2 2 Figura 2.1 – Circuito contendo 3 nós e 5 ramos. Um outro termo de uso freqüente é ramo. Podemos definir o ramo como sendo um caminho único contendo um elemento simples e que conecta um nó a outro nó qualquer. O circuito da figura 2.1 tem 5 ramos. Um loop é qualquer caminho fechado em um circuito. Um loop é dito independente se ele contiver um ramo que não pertença a qualquer outro loop. Professor Silvio Lobo Rodrigues 2 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Um caminho com b ramos, n nós e l loops independente, irá satisfazer o teorema fundamental da topologia de circuitos. (2.1) b = l + n −1 Na figura 2.1 temos 3 loops independentes apesar de identificarmos um total de 6 loops. Podemos agora enunciar a 1° Lei de Kirchnoff, que é chamada Lei das Correntes. “ A soma algébrica de todas as correntes entrando em qualquer nó é zero”. iA iB iC iA+ iB+ iC=0 Figura 2.2 – Circuito contendo 3 nós e 5 ramos. Outras maneiras de enunciar a lei das correntes seriam: “ A soma algébrica das correntes deixando um nó é zero” , ou ainda, “ A soma algébrica das correntes que entram em um nó é igual a soma algébrica das correntes que saem do mesmo nó”. iB iA iD iA + iB – iC – iD = 0 iC + iD – iA – iB = 0 iA + iB = iC + iD iC Figura 2.3 – Correntes chegando e saindo de um nó. Professor Silvio Lobo Rodrigues 3 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Uma expressão mais compacta: N ∑i n (2.2) =0 n =1 Por convenção vamos considerar as correntes que saem do nó com sinal (+) e as que entram com sinal (-). Enunciamos a seguir a 2ª lei de Kirchoff, a lei das voltagens. “A soma algébrica de todas as voltagens existentes em um caminho fechado ou loop é zero”. v2 - + + + v3 v1 -v1 + v2 + v3 = 0 v1 = v2 + v3 - - Figura 2.4 – Lei de voltagem de Kirchoff. Uma expressão mais compacta: N ∑v n =0 (2.3) n =1 Exemplo: No circuito que segue vamos aplicar as leis de Kirchoff para determinar a voltagem v e a corrente i sobre o elemento X e calcular a potência absorvida pelo mesmo elemento. 2Ω . 1 i2Ω i3Ω .3 5A 3Ω 2A . 2 3A 10V i + X - + - 4A .4 v Figura 2.5 – Exemplo de aplicação das leis de Kirchoff. Professor Silvio Lobo Rodrigues 4 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Aplicando a lei das correntes no nó 4: i = 5 + 4 = 9A Para determinarmos a voltagem v precisamos obter a corrente sobre os resistores de 2Ω e 3Ω e com isso aplicar a lei das voltagens ao circuito. Assim sendo, no nó 3: i 2 Ω = 5 + 4 + 3 = 12A No nó 1: i 3 Ω = 12 + 2 − 3 = 11A Aplicando a lei das voltagens: v-10+ ( 2×12 ) + ( 3×11) =0 ; v = -47V A potência absorvida pelo elemento X: Pa = −47 × 9 = −423W Logo, o elemento X está fornecendo 423W. 2.3 APLICAÇÃO DA LEI DE KIRCHOFF A CIRCUITOS COM FONTES DEPENDENTES Tomemos como exemplo o circuito abaixo e façamos uma análise do mesmo utilizando a lei de voltagens. Vamos determinar a corrente sobre os elementos, a tensão vx e a potência fornecida e absorvida pelos elementos do circuito. 5Ω i 0,4 vX 300V 40V - vX + 100Ω Figura 2.6 – Aplicação da lei das tensões a circuito com uma malha e fonte dependente. Professor Silvio Lobo Rodrigues 5 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Aplicando a lei das tensões: -300 -0,4v x + 5i + 40 + v x = 0 v x = 100i Resolvendo o sistema: -260 − 40i + 5i + 100i = 0 i= 260 = 4A 65 Logo: v x = 400V A potência fornecida pela fonte de 300W: Pf300 = 300 × 4 = 1200W A fonte 0,4vx está fornecendo potência: Pf0,4vx = 0, 4v x ⋅ i = 0, 4 × 400 × 4 = 640W A potência absorvida pelo resistor de 5Ω é: Pa5Ω = 5 ⋅ i 2 = 5 × 16 = 80W A fonte de 40V está absorvendo potência: Pa40V = 40 × 4 = 160W A potência absorvida pelo resistor de 100Ω: Pa100Ω = 100 ⋅ i 2 = 100 × 16 = 1600W Devemos agora verificar se a soma das potências fornecidas é igual a soma das potências absorvidas para comprovação do princípio de conservação de energia. ∑P ∑P f = 1200 + 640 = 1840W a = 80 + 160 + 1600 = 1840W Com isto fizemos uma análise completa do comportamento de cada um dos elementos do circuito e comprovamos que a potência fornecida é igual à potência consumida. Professor Silvio Lobo Rodrigues 6 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Tomemos um novo exemplo para o qual faremos a mesma análise do exemplo anterior. O exemplo que se segue é de um circuito com um único par de nós possuindo também fontes dependentes. 5 + v1 - 3mA 6 20v1 10 13mA Figura 2.7 – Aplicação da lei dos nós a um circuito com dois nós e fontes dependentes. Como se verifica, a voltagem v1 aplicada sobre a condutância de 5 está também aplicada sobre todos os elementos do circuito. Considerando que a corrente sobre as condutâncias estão com a seta dirigida para o nó inferior e aplicamos a lei dos nós. 5v1 − 0, 003 + 6v1 − 20v1 + 10v1 + 0, 013 = 0 21v1 − 20v1 = −0, 010 v1 = −0, 01V Podemos agora determinar as correntes sobre as condutâncias assim como a potência fornecida ou consumida por cada um dos elementos. Na condutância de 5 : i 5 = 5v1 = −0, 05A Pa5 = 5v12 = 5 × ( −0, 01) = 5 × 10−4 W 2 Na condutância de 6 : i 6 = 6v1 = −0, 06A Pa6 = 6v12 = 6 × ( −0, 01) = 6 × 10−4 W 2 Na condutância de 10 : i10 = 10v1 = −0,1A Pa10 = 10v12 = 10 × ( −0, 01) = 10−3 W 2 Potência fornecida pela fonte de 3mA: Pf = 0,003v1 = -0,3 × 10-4 W ; Pa = 0,3 × 10-4 W Professor Silvio Lobo Rodrigues 7 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Potência fornecida pela fonte de 13mA: Pf = - 0, 013v1 = 1, 3 × 10-4 W Potência fornecida pela fonte dependente: Pf = 20v1 × v1 = 20v12 = 20 ( −0, 01) = 20 × 10-4 W 2 Fazemos agora o balanço das potências: ∑P ∑P f = 1, 3 × 10−4 + 20 × 10−4 = 21, 3 × 10−4 W a = 5 × 10−4 + 6 × 10−4 + 10 × 10−4 + 0, 3 × 10−4 = 21, 3 × 10−4 W Verifica-se, pois o equilíbrio entre as potências fornecidas e absorvidas. 2.4 ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS EM SÉRIE E EM PARALELO Consideremos, inicialmente, a associação série de N resistores, mostrados na figura 2.8. i R1 R2 + v1 - + v2 - . . . RN + VN - vS (a) i vS Req (b) Figura 2.8 – Associação em série de resistores e CKT equivalente. Professor Silvio Lobo Rodrigues 8 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Mostraremos que N resistores em série podem ser substituídos por um resistor equivalente. vs = v1 + v 2 + .......... + v N vs = R1i + R 2i + ...... + R N i vs = ( R1 + R 2 + ...... + R N ) i Da figura 2.8 podemos escrever: vs = R eq ⋅ i Logo, comparando das equações: R eq = R1 + R 2 + R 3 .......... + R N (2.4) Um circuito contendo N condutâncias em paralelo, como na figura 2.9 nos permite determinar o equivalente de várias resistências em paralelo. v i2 G1 G2 (a) iN GN . . . iS i1 . . . + + iS v Geq (b) Figura 2.9 – Associação paralela de condutâncias e CKT equivalente. Professor Silvio Lobo Rodrigues 9 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Aplicando a lei das correntes de Kirchoff: i s = i1 + i 2 + .......... + i N i s = G1 v + G 2 v + ...... + G N v i s = (G1 + G 2 + ...... + G N ) v Do CKT equivalente: i s = G eq ⋅ v Comparando as equações: (2.5) G eq = G1 + G 2 + G 3 .......... + G N Em termos de resistências: 1 1 1 1 1 .......... + = + + R eq R1 R 2 R 3 RN R eq = 1 (2.6) 1 1 1 1 .......... + + + RN R1 R 2 R 3 Para o caso particular em que temos apenas dois resistores em paralelo como na figura 2.10, teremos: R1 R2 Figura 2.10 – Paralelo de dois resistores. R eq = 1 1 1 + R1 R 2 Professor Silvio Lobo Rodrigues = R1R 2 R1 + R 2 (2.7) 10 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Para 3 resistores em paralelo como na figura 2.11: R2 R1 R3 Figura 2.11 – Paralelo de três resistores. R eq = 1 1 1 1 + + R1 R 2 R 3 = R1 R 2 R 3 R1 R 2 + R 2 R 3 + R1R 3 (2.8) Exemplo: Vamos determinar a Req para os circuitos da figura 2.12a e 2.12b. 25Ω . . 100Ω 100Ω . . . 100Ω 100Ω Req (a) . . 400Ω . 100Ω . . 10Ω . Req . 20Ω . 100Ω 30Ω . 80Ω 100Ω . (b) Figura 2.12 – Exemplos de associação de resistores em série e paralelo. Professor Silvio Lobo Rodrigues 11 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Solução: Determinamos primeiramente a Req do CKT da figura 2.12a: . . 50Ω . 50Ω 100Ω Req . . 100Ω Req . . . 50Ω 100Ω 50Ω . . . . . . 100Ω Req 50Ω . . . Req Logo, Req = 50Ω Para o CKT da figura 2.12b: Inicialmente realizamos o paralelo dos resistores de 400Ω e 100Ω. R eq ' = 400 × 100 40000 = = 80Ω 400 + 100 500 Professor Silvio Lobo Rodrigues 12 . PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I O CKT fica então: 25Ω 25Ω 10Ω 20Ω 80Ω 10Ω 100Ω 100Ω 30Ω 30Ω 80Ω 100 // 25 = 100Ω 80Ω 100 ⋅ 25 = 20Ω 100 + 25 20Ω 10Ω 10Ω 100Ω 30Ω Req 50Ω 80Ω 30Ω 90Ω Logo Req = 90Ω Professor Silvio Lobo Rodrigues 13 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 2.5 DIVISOR DE VOLTAGEM E DIVISOR DE CORRENTE Uma divisão de voltagem ocorre quando uma fonte de tensão dependente ou independente é conectada em série com dois ou mais resistores. +vA v1 + - i R1 i R2 v + R1 v2 R2 (a) v3 R3 0 (b) Figura 2.13 – Divisores de voltagem. Da figura 2.13a temos: v = ( R1 + R 2 ) i v 2 = R 2i ∴ i= v2 R2 Levando na 1ª equação: v = ( R1 + R 2 ) ⋅ v2 R2 A voltagem sobre R2 é: v2 = R2 ⋅v R1 + R 2 (2.9) A voltagem sobre R1 é: v1 = R1 ⋅v R1 + R 2 (2.10) No circuito da figura 2.13b podemos escrever a tensão sobre R3: v3 = R3 ⋅ vA R1 + R 2 + R 3 Professor Silvio Lobo Rodrigues (2.11) 14 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Uma divisão de corrente ocorre quando uma fonte de corrente em paralelo, com duas ou mais resistências. i1 R1 iS + i2 R2 v i1 iS R1 i2 R3 R2 (a) i3 + v (b) Figura 2.14 – Divisores de corrente. Da figura 2.14a: R ⋅R v = 1 2 ⋅ i s ; v = R 1 ⋅ i1 R1 + R 2 R ⋅R R 1 i1 = 1 2 ⋅ i s R1 + R 2 A corrente sobre R1 é: i1 = R2 ⋅ is R1 + R 2 (2.12) A corrente sobre R2 é: i2 = R1 ⋅ is R1 + R 2 Professor Silvio Lobo Rodrigues (2.13) 15 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Para o divisor de corrente da figura 2.14b: R 2R 3 i1 = ⋅ is R R R R R R + + 2 3 1 3 1 2 R1R 3 i2 = ⋅ is R R R R R R + + 2 3 1 3 1 2 R1R 2 i3 = ⋅ is R R R R R R + + 2 3 1 3 1 2 é a corrente sobre R1 (2.14) é a corrente sobre R2 (2.15) é a corrente sobre R3 (2.16) 2.6 ASSOCIAÇÃO DE FONTES IDEAIS 2.6.1 FONTES DE TENSÃO EM SÉRIE Duas ou mais fontes de tensão independentes colocadas em série podem ser substituídas por uma única fonte, cujo valor será a soma de todas as fontes. v1 veq vN v2 ... Figura 2.15 – Ligação série de fontes de tensão. veq = v1 + v 2 + ......... + v N Professor Silvio Lobo Rodrigues (2.17) 16 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 2.6.2 FONTES DE TENSÃO EM PARALELO Não tem sentido a ligação em paralelo de duas ou mais fontes de tensão ideais uma vez que toda fonte de tensão mantém inalterada a sua tensão nominal, e a ligação em paralelo obrigaria a que todas as fontes tivessem a mesma tensão nominal. ... v1 v2 vN ... Figura 2.16 – Ligação paralelo de fontes de tensão. 2.6.3 FONTES DE CORRENTE EM PARALELO Duas ou mais fontes de corrente colocadas em paralelo podem ser substituídas por uma única fonte de corrente cujo valor é igual à soma de todas as fontes. ... i1 i2 iN ieq ... Figura 2.17 – Ligação paralela de fontes de corrente. i eq = i1 + i 2 + ......... + i N Professor Silvio Lobo Rodrigues (2.18) 17 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 2.6.4 FONTES DE CORRENTE EM SÉRIE Da mesma forma que a ligação em paralelo de duas ou mais fontes de tensão não tem sentido a ligação em série de duas ou mais fontes de corrente, uma vez que toda fonte mantém a sua corrente nominal o que obrigaria a todas as fontes terem o mesmo valor nominal. i1 i2 iN ... Figura 2.18 – Ligação série de fontes de corrente. 2.6.5 FONTE DE TENSÃO EM SÉRIE COM FONTE DE CORRENTE Qualquer que seja a fonte ideal de tensão colocada em série com uma fonte de corrente não vai alterar a intensidade da corrente de modo que, se não estamos interessados no cálculo da potência fornecida pelas fontes, a fonte de tensão pode ser suprimida. v i i Figura 2.19 – Ligação série de fontes de tensão e corrente. Professor Silvio Lobo Rodrigues 18 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 2.6.6 FONTE DE TENSÃO EM PARALELO COM FONTE DE CORRENTE Qualquer que seja a fonte ideal de corrente colocada em paralelo com uma fonte de tensão não vai alterar a voltagem na ligação, de modo que se não estamos interessados no cálculo da potência fornecida pelas fontes, a fonte de corrente pode ser suprida. v v i Figura 2.20 – Ligação paralela entre fontes de tensão e corrente. 2.7 TRANSFORMAÇÕES DE FONTES Até o presente momento nosso estudo limitou-se ao emprego de fontes ideais. Vamos agora nos aproximar um pouco mais da realidade estudando o modelo e o comportamento de uma fonte real. Uma fonte real de tensão apresenta uma resistência interna que é representada em série com a fonte propriamente dita de modo que o valor da tensão em seus terminais é ligeiramente inferior ao valor nominal. Na figura 2.21a temos uma fonte real de tensão com valor nominal V, resistência interna rs e tensão disponível em seus terminais v. vL(V) rs v V 0,01 + 12V + iL vL RL 12 9 6 3 (a) - 0,02 (b) (c) Figura 2.21 – Fonte real de tensão. Professor Silvio Lobo Rodrigues 0,04 19 0,06 RL PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Na figura 2.21b temos uma bateria de 12V representada como uma fonte de tensão real com uma resistência interna de 0,01Ω ligada a uma carga RL. Na figura 2.21c podemos observar o comportamento dessa fonte real e verificar que o valor da tensão sobre a carga mais se aproxima de 12V à medida que aumenta a relação RL/rs. Para uma fonte de tensão real conforme a figura 2.22, temos: rs V + iL vL RL - Figura 2.22 – Fonte de tensão real ligada a uma carga RL. vL = RL ⋅V rs + R L iL = V rs + R L (2.19) (2.20) Uma fonte real de corrente apresenta uma resistência interna em paralelo com a fonte propriamente dita, geralmente de valor elevado, de modo que a corrente fornecida à carga RL é ligeiramente inferior ao valor nominal da fonte. iL iL + i rs I I rs RL vL I 0,5I (a) Professor Silvio Lobo Rodrigues rs (b) 20 2rs (c) 3rs RL PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Figura 2.23 – Fonte real de corrente. Na figura acima podemos observar o comportamento de uma fonte real de corrente, e notamos que a corrente sobre a carga diminui à medida que aumenta a relação RL/rs. Da figura 2.23b temos: vL = rs R L ⋅I rs + R L iL = rs ⋅I rs + R L (2.21) (2.22) Tanto as fontes reais de tensão como as de corrente fornecem quantidades de energia limitada. Vamos agora estabelecer a equivalência entre estas duas fontes reais. Duas fontes são equivalentes se produzirem as mesmas tensões e correntes a uma mesma carga ligada em seus terminais. Deve-se observar cuidadosamente que, embora fontes equivalentes forneçam as mesmas tensões, correntes e potências a cargas idênticas, as potências que as fontes ideais fornecem e as potências que as resistências internas absorvem podem ser diferentes. rs V i + v i I - rs + v - Figura 2.24 – Fontes equivalentes. Da figura 2.24a: (2.23) v = V − rs i Da figura 2.24b: v = rs I − rs i (2.24) Comparando as equações 2.22 e 2.23 chegamos a condição de equivalência entre as fontes. V = rs I Professor Silvio Lobo Rodrigues (2.25) 21 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 2.8 CONDIÇÃO DE MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA PARA UMA FONTE REAL Um dos problemas que seguidamente nos deparamos é a obtenção do valor da carga que absorve a máxima potência de uma fonte real. O valor desta carga pode ser obtido pela aplicação do teorema do valor máximo que estabelece que a primeira derivada igual a zero é um ponto de máximo. Logo, diferenciaremos a expressão da potência entregue à carga em relação a carga e fazemos: dpL =0 dR L (2.26) Para uma fonte real de tensão temos: p L = R L ⋅ (i L ) = R L V2 2 (rs + R L ) 2 2 2 dp L (rs + R L ) V − V R L 2 (rs + R L ) = 4 dR L (rs + R L ) 2 Igualando a zero: 2R L (rs + R L ) = (rs + R L ) 2 Donde chegamos a condição de M.T.P.: (2.27) rs = R L Logo, a potência máxima é: V2 pL = 4R L (2.28) 2.9 TRANSFORMAÇÃO ESTRELA-TRIÂNGULO Na análise de circuitos ocorrem situações nas quais os resistores não estão nem em série e nem em paralelo. Um exemplo é o circuito da figura 2.25. Como se combinam os resistores R1 e R6 se eles não estão nem em série nem em paralelo? Professor Silvio Lobo Rodrigues 22 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I . R1 R2 . + vs R3 - R4 R5 . . R6 Figura 2.25 – Circuito em ponte. Muitos circuitos deste tipo podem ser simplificados utilizando-se circuitos equivalentes de três terminais. Estes circuitos são do tipo estrela (Y ou T) ou do tipo em delta ( ∇ ), ou pi (π) ou triângulo como se vê nas figuras 2.26 (a) e (b). R1 . 3 R2 . Rb R3 2 . 1 3 1 Rc . 4 2 Ra . (a) . 4 (b) Figura 2.26 – a)Circuito estrela b)Circuito delta. Estes circuitos aparecem puramente nesta forma ou como parte de circuitos maiores, sendo utilizados em circuitos trifásicos, filtros e circuitos de reconhecimento. 2.9.1 CONVERSÃO DE TRIÂNGULO PARA ESTRELA Quando é mais conveniente trabalhar com o circuito em estrela no local em que o circuito contém uma configuração triângulo, encontram-se as resistências para o circuito estrela usando as equações de transformação obtendo-se as resistências equivalentes a partir da comparação dos circuitos vistos na figura 2.27. Professor Silvio Lobo Rodrigues 23 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Rc . R1 . R2 . Rb R3 Ra . Figura 2.27 – Sobreposição dos circuitos Y e ∆ para auxiliar na transformação de uma configuração para a outra. Cada resistor no circuito Y é o produto dos resistores dos dois ramos adjacentes do ∆ dividido pela soma dos três resistores do ∆. R1 = Rb Rc Ra + Rb + Rc (2.29) R2 = Ra Rc Ra + Rb + Rc (2.30) R3 = Ra Rb Ra + Rb + Rc (2.31) 2.9.2 CONVERSÃO DE ESTRELA PARA TRIÂNGULO Cada resistor no circuito ∆ é a soma de todos os possíveis produtos dos resistores de Y dois a dois, dividido pelo resistor oposto do circuito Y. Ra = R1 R 2 + R 2 R 3 + R1R 3 R1 (2.32) Rb = R1 R 2 + R 2 R 3 + R1R 3 R2 (2.33) Rc = R1 R 2 + R 2 R 3 + R1R 3 R3 (2.34) Os circuitos em Y e ∆ são ditos balanceados quando R1 = R2 = R3 = RY e Ra = Rb = Rc = R∆. Professor Silvio Lobo Rodrigues 24 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Com estas condições, as equações de conversão se reduzem a: RY = R∆ 3 ou (2.35) R ∆ = 3R Y Note que na transformação não retiramos nem colocamos nada no circuito. Simplesmente substituímos circuitos de três terminais diferentes, mas matematicamente equivalentes, para criar um circuito no qual os resistores estejam em série ou em paralelo, permitindo calcular Req, se necessário. 3.0 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1- a) Começando com a fonte de corrente à direita faça repetidas transformações de fontes e associação de resistores para determinar a potência fornecida pela fonte de 24V. b) Qual a potência fornecida pela fonte 18A? 6Ω 4Ω 6Ω 3Ω 24V 1Ω 2Ω 18A Solução: a) 6Ω 24V Professor Silvio Lobo Rodrigues 4Ω 3Ω 1Ω 6Ω 2Ω 36V 25 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 6Ω 4Ω 6Ω 3Ω 24V 6Ω 3Ω 4Ω 12A 2Ω 3Ω 24V 24V 6Ω 3Ω 24V 6Ω 4A 2Ω 6Ω i 8V 24V −24 + 8i + 8 = 0 i = 2A Pf 24V = 24 × 2 = 48W Professor Silvio Lobo Rodrigues 26 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I b) Começando a simplificação pela fonte de 24V: 4Ω 6Ω 4A 3Ω 2Ω 1Ω 6Ω 18A 1Ω 4Ω 8V 2Ω 6Ω 2Ω 18A 1Ω 8 A 6 3Ω i 4V 2Ω 4Ω i1 2Ω 18A + v 18A - Professor Silvio Lobo Rodrigues 27 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I + 8 Ω 6 1A v 18A - 8 76 v = × 19 = V 6 3 76 Pf 18A = v × 18 = × 18 = 456W 3 Pf 18A = 456W 2- Uma bateria de automóvel é capaz de fornecer 20A à 12,3V e 50A à 12V. a) b) c) d) Represente a bateria como fonte real. A que resistor a bateria fornecerá a máxima potência? Quanto é essa potência? Nessas condições, qual é a potência dissipada na resistência interna da bateria? Solução: a) i V rs + v - RL V = rs i + v V = 20rs + 12, 3 V = 50rs + 12 Dados: 20A à 12,3V 50A à 12V Professor Silvio Lobo Rodrigues 28 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Então: 20rs + 12, 3 = 50rs + 12 rs = 0, 01Ω V = 20 × 0, 01 + 12, 3 = 12, 5V 0,01Ω 12,5V b) Pelo teorema de M.T.P RL = rs. Logo, RL = 0,01Ω c) P = R Li 2 i 12,5V 0,01Ω 0,01Ω d) A potência dissipada em rs é a mesma que na carga, PR L = 3906, 25W 3- Um circuito contém 4 nós, A,B,C e D. Há seis ramos, um ligando cada par de nós. Seja iAB a corrente dirigida do nó A para o nó B e através do elemento que liga A a B. Dados, então iAB = 16 mA e iDA = 39 mA, determine iAC, iBC e iBD se: a) iCD = 23 mA b) iCD = -23 mA Professor Silvio Lobo Rodrigues 29 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I iAC B A C iAB=16mA 4 nós 6 ramos iBC iBD iCD iDA=39mA D Solução: a) Se iCD = 23 mA Pela lei dos nós. Nó A : i DA = i AB + i AC → i AC = 39 − 16 = 23mA Nó C : i BC + i AC = i CD → i AC = 23 − i BC (1) Nó B : i AB = i BC + i BD → 16 = i BC + i BD (2) Nó D : i BD + i CD = i DA → i BD = 39 − 23 = 16mA Na equação (2) Na equação (1) i BC = 16 − 16 = 0mA i AC = 23 − 0 = 23mA c) Se iCD = -23 mA Pela lei dos nós. Nó A : i AC = i DA − i AB → i AC = 39 − 16 = 23mA Nó D : i DA = i BD + i CD → i BD = 39 + 23 = 62mA Professor Silvio Lobo Rodrigues 30 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Nó B : i AB = i BD + i BC → i BC = i AB − i BD i BC = 16 − 62 = −46mA Nó C : i AC + i BC = i CD → i AC = i CD − i BC = −23 + 46 i AC = 23mA 4- Uma bateria de 12V é conectada a uma carga de 5,5Ω por um fio cuja resistência é de 0,5Ω. Determine: a) Pcarga . b) Pfio. c) Rendimento = η = Pcarg a Pcarg a + Pfio Solução: 0,5Ω 5,5Ω 12V i= 12 = 2A 5, 5 + 0, 5 a) Pcarga = 5, 5 × 22 = 22W b) Pfio = 0,5 × 22 = 2W c) η= 22 22 = = 0, 91667 22 + 2 24 η = 91, 67% Professor Silvio Lobo Rodrigues 31 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 5- O circuito da figura abaixo é utilizado para controlar a velocidade de um motor, de tal maneira que o motor drena corrente de 5A, 3A, e 1A quando a chave esta nas posições ALTA, MÉDIA,e BAIXA, respectiva,ente o motor pode ser modelado como uma resistência de carga de 20mΩ. Determine as resistências de queda R1, R2 e R3. 10A 0,01Ω BAIXA R1 MÉDIA ALTA FUSÍVEL R2 6V R3 MOTOR Solução: a) Com a chave na posição ALTA. 6 = 5 (0, 01 + R 3 + 0, 02 ) 1, 2 = 0, 03 + R 3 → R 3 = 1,17Ω b) Com a chave na posição MÉDIA. 6 = 3 (0, 01 + R 2 + 1,17 + 0, 02 ) 2 = R 2 + 1, 20 → R 2 = 0, 8Ω c) Com a chave na posição BAIXA. 6 = 1 ( 0, 01 + R1 + 0, 8 + 1,17 + 0, 02 ) 6 = R1 + 2 → R1 = 4Ω Professor Silvio Lobo Rodrigues 32 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 6- Um modelo de amperímetro consiste de um amperímetro ideal em série com um resistor de 20Ω . Ele é conectado a uma fonte de corrente e a um resistor desconhecido RX como mostrado na figura abaixo. A medição do amperímetro é anotada. Quando o potenciômetro R é acionado e ajustado até que a leitura do amperímetro caia para a metade da leitura anterior, então o valor de R=65Ω Ω .Qual o valor de RX? 20Ω Modelo do Amperímetro A I R . . RX Solução: Sem o potenciômetro toda a corrente I da fonte passa pelo amperímetro. Quando o potenciômetro R = 65Ω Ω é ligado apenas I/2 é medida no amperímetro. Isto significa que a outra metade passa pelo potenciômetro. Como as correntes ficam iguais significa que as resistências em paralelo são iguais, Logo: 20 + R X = 65 R X = 45Ω 7- a) Calcular a corrente i do circuito da figura que se segue. b) Um amperímetro com uma resistência interna de 1Ω Ω é inserido no circuito para medir i’ como mostrado abaixo. Qual o valor de i’? c) Calcule o percentual de erro introduzido pelo medidor. i − i′ × 100% i Professor Silvio Lobo Rodrigues 33 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 16Ω 16Ω i 1Ω A i’ 60Ω 40Ω 4V 40Ω 4V 60Ω Solução: 4 4 = = 0,1A 16 + 40 // 60 16 + 24 a) i= b) i′ = 4 4 = = 0, 09756A 16 + 1 + 40 // 60 41 0,1 − 0, 097561 × 100% = 2, 439% 0,1 c) 8- Calcule Req e I no circuito abaixo. 2Ω 4Ω 1Ω 6Ω I 4Ω 6Ω I 12Ω 20V 8Ω Req 12Ω 2Ω 20V 8Ω 4Ω 10Ω 5Ω Professor Silvio Lobo Rodrigues 2Ω 4Ω 3Ω 10Ω 3Ω 34 8Ω PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Solução: Transformando de ∇ Æ Y a parte inferior: 4Ω 6Ω 4Ω 3Ω 6Ω 3Ω 12Ω 12Ω 2Ω 8Ω 20V 20V 9,188Ω 3,4545Ω 1,4545Ω 1,818Ω 3,636Ω 3,636Ω Transformando de ∇ Æ Y o triângulo central: 4Ω 6Ω 3Ω 4,474Ω 1,682Ω 20V 1,288Ω 3,636Ω Professor Silvio Lobo Rodrigues 35 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I 4Ω 4Ω 4,682Ω 10,474Ω 3,2356Ω i 20V 20V 4,924Ω 4,924Ω i 20V Req=12,25Ω i= 20 = 1, 632A 12, 25 9- Para o circuito que segue determine o número de ramos, de nós e de loops independentes. . 5Ω . 2Ω 5i . . 4Ω 10V i 6Ω 3Ω . Professor Silvio Lobo Rodrigues 36 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CIRCUITOS I Solução: n = 5 nós, b = 7 ramos e l = 3 loops independentes. b = l + n −1 10- Determine de v1 a v4 no circuito abaixo: . + v1 - - + v2 12V + - + . 8V - . - 6V + . - + 10V v4 - + + v3 - . Solução: a) v1 + 12 − 8 = 0 → v1 = −4V b) − v 2 + 6 − 12 = 0 → v 2 = −6V c) − v 4 + 8 − 10 = 0 → v 4 = −2V d) v 3 + 6 − 10 = 0 → v 3 = 4V Professor Silvio Lobo Rodrigues 37