O MESTRE DA FOTOGRAFIA LÍRICA NO RIO Um dos mais apreciados fotógrafos de todos os tempos, Robert Doisneau é tema de uma grande exposição no Centro Cultural Justiça Federal. Sua foto retratando um beijo entre um casal de apaixonados, na praça do Hotel de Ville, durante inverno na Paris de 1950, é um clássico na história da fotografia mundial. C-1 AZIZ AHMED M A R C I A Os salários das PMs A-4 BRASIL S/A Mirante dos juros A-6 ENTRELINHAS Dilma, Collor e Ideli A-7 BRASÍLIA/DF Mulheres de Dilma A-8 P E L T I E R Emilia Ferreiro (foto), educadora construtivista, virá participar do Salão FNLIJ do Livro. Mais de 80% dos deputados federais preferem ler o jornal em papel, revela pesquisa. A-14 Jornal do Commercio R$ 2,50 FUNDADO EM 1º DE OUTUBRO DE 1827 - ANO CLXXXV - Nº112 BRASIL WWW.JORNALDOCOMMERCIO.COM.BR VEÍCULOS MÉXICO ACEITA COTA EM EXPORTAÇÃO O México aceitou limitar as exportações de veículos para o Brasil. Revisão do acordo automotivo entre os dois países, acertada formalmente nesta quinta-feira, estabelece cota US$ 1,45 bilhão no primeiro ano, US$ 1,56 bilhão no segundo ano e US$ 1,64 bilhão no terceiro ano. Depois disso, os países devem retornar ao regime de livre comércio. “O México está abrindo mão de parte significativa das exportações”, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. “Vai ficar muito razoável para os dois lados”, acrescentou. A-5 SEXTA-FEIRA E FIM DE SEMANA, 16, 17 E 18 DE MARÇO DE 2012 Governo quer garantia de emprego para mais desoneração na folha O governo cobrará contrapartidas dos empresários para ampliar o número de setores que poderá ter desoneração na folha de pagamento. Garantia dos empregos e dos direitos trabalhistas será uma exigência para o benefício, pois a intenção é a de assegurar a taxa de desemprego nos níveis atuais, um dos mais baixos da história do País. “Estamos próximos do pleno emprego e vamos continuar assim”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira. Ele passou boa parte do dia reunido com representantes de quatro setores da indústria (têxtil, moveleiro, autopeças e aeroespacial), negociando adesões ao programa de desoneração da folha de pagamento. Pelo programa, a indústria tem desconto de 20% na contribuição ao INSS na folha e passa a pagar de 1,5% a 2,5% sobre o faturamento. SoRAFAEL OHANA/CB/D.A PRESS Fatia de mercado do IRB-Brasil Re volta a aumentar CARREIRAS POUCA CULTURA DE PERÍODO SABÁTICO A cultura de conceder período sabático a funcionários ainda não é prática comum no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Robert Half, apenas 8,4% das empresas oferecem o benefício. A maioria dos executivos (80%) não conhece alguém de sua empresa que tenha tirado período sabático, mas gostaria de desfrutá-lo (86%), e 73% deles dizem acreditar que a concessão seria uma boa oportunidade para qualificação profissional. B-12 Para CVM, fundos cobram muito A indústria de fundos de investimento no Brasil precisa ganhar mais escala e competição, para forçar uma queda nas taxas de administração, segundo a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana. Parte do problema, diz, será resolvido com a revisão da Instrução 409, que deve ser editada neste mês, após audiência pública terminada no final de 2011. Pelo novo documento, os gestores terão de divulgar uma lâmina mais completa das informações. Além da questão concorrencial, o regulador também quer uma redução do número de categorias de fundos, considerado exagerado, dificultando o entendimento do investidor. B-2 SEGURO GOVERNO AVALIA DPVAT PARCELADO O governo e seguradores já discutem a possibilidade de parcelar o seguro Dpvat para algumas categorias do seguro obrigatório. Hoje o seguro é pago em cota única, na renovação do IPVA. Motos, ônibus e caminhões estão entre os prováveis beneficiados. Com a iniciativa, o governo busca esvaziar os projetos que miram o parcelamento para todas as categorias, como a de carros de passeio, o que poderia afetar o fluxo de repasses que o SUS recebe por atendimento a vítimas de acidentes de trânsito. A- 10 Descobrir para onde vai a taxa básica de juros (Selic) perdeu, momentaneamente, a emoção. A diretoria do Banco Central inovou mais uma vez na comunicação com o mercado ao dizer claramente, na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quinta-feira, que definiu um piso para o indicador, que seria uma taxa “ligeiramente acima dos mínimos históricos”. O patamar mínimo a que se referiu o Copom é a taxa Selic de 8,75%, vigente de julho de 2009 a março de 2010. O STJ/DIVULGAÇÃO 0800-0224080 FA X : ( 2 1 ) 2 5 1 6 - 5 4 9 5 [email protected] mercado, que apostava em uma baixa da taxa atual de 9,75% para até 8,5%, ficou estarrecido com essa comunicação explícita e, imediatamente mudou a projeção pa- 2010. Os prêmios emitidos líquidos totalizaram R$ 2,64 bilhões, praticamente o dobro do valor registrado no exercício precedente. “Fizemos este aumento nos prêmios emitidos mantendo nossos padrões. Em 2011, mais plantamos do que colhemos, e isso vai trazer resultados em 2012”, explicou ao Jornal do Commercio. Os números, assinalou, revertem a expectativa de que a companhia não seria capaz de competir em um mercado livre. B-3 A Lei 11.101, de 2005, que trata de recuperação judicial, extrajudicial e falência, é considerada nova, já que as grandes teses sobre ela apenas começam a chegar aos tribunais. Por ter, contudo, mudado o foco da legislação anterior, já se mostrou eficaz, conseguindo salvar companhias praticamente condenadas. “Ela atua preventivamente, com alguns mecanismos de mercado”, explica o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão, que lança nesta segunda-feira, pela editora Forense, o livro Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência – Teoria e Prática, escrito em parceria com Paulo Penalva Santos, professor de Direito Empresarial do curso de pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro. B-6 ra uma Selic de 9% ao ano no final de 2012. Os investidores em ações reagiram mal e com isso o Ibovespa caiu, descolando das principais bolsas mundiais. A-2 e B-1 Chevron quer parar, após novo vazamento Um novo vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, levou a Chevron a pedir autorização à Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) para suspender toda sua produção na área, numa decisão que paralisará as atividades da empresa como operadora no Brasil, se Recuperação da empresa no foco A S S I N AT U R A S Após período de queda em participação de mercado, o IRB-Brasil Resseguros (IRB-Brasil Re) conseguiu elevar para 40% seu market-share no ano passado, alta de 12 pontos percentuais. O presidente da instituição, Leonardo Paixão, afirma que 2011 foi um bom ano para a companhia, principalmente levando-se em conta o cenário externo de desastres ambientais e de crise econômica. O lucro líquido no período alcançou R$ 465 milhões, expansão de 18,5% sobre Ata do Copom indica juro a 9% ao ano I N D I C A D O R E S E ATENDIMENTO AO LEITOR mente os setores de confecções, calçadista e de tecnologia da informação aderiram ao programa. Apesar de contemplado, o moveleiro preferiu não aderir. Já o têxtil pediu para sair, porque a alíquota de 1,5% não compensava. O ministro agora quer ampliar o benefício para mais setores e reconheceu que, para isso, será preciso definir uma nova alíquota sobre o faturamento. “Ela será menor que 1,5%”, adiantou. A-3 o órgão regulador aprovar. A ANP autuou a companhia mais uma vez, por considerar que ela não adotou medidas para evitar o novo acidente, no mesmo local onde as atividades da empresa norteamericana já haviam causado derramento de aproximadamente 10 mil litros de petróleo. B-4 Queiroz Galvão mantém visão positiva em petróleo O diretor de Exploração da Queiroz Galvão Exploração e Produção, Lincoln Guardado, garantiu que a petrolífera ainda mantém projeções positivas quanto ao volume potencial de petróleo do prospecto de Santos 4, localizado no bloco BM-S-12 da Bacia de Santos, apesar dos resulta- dos pouco animadores obtidos até agora com a campanha na região. O comentário, feito em teleconferência para apresentar os resultados da companhia em 2011, veio logo após a empresa ter reduzido a previsão de volume potencial para Santos 2, localizado no mesmo bloco. B-4 EMPRESAS EDITORA // MARTHA IMENES Sexta-feira e fim de semana, 16, 17 e 18 de março de 2012 Jornal do Commercio RESSEGUROS - Lucro líquido aumentou 18,5%, para R$ 465 milhões, ante os R$ 393 milhões de 2010. Prêmio líquido emitido praticamente dobrou, de R$ 1,47 bilhão para R$ 2,64 bilhões IRB-BRASIL RE/DIVULGAÇÃO IRB eleva market share para 40% FÁBIO TEIXEIRA A pós longo período de queda em participação de mercado, o IRB-Brasil de Resseguros conquistou market share de 40% em 2011, alta de 12 pontos percentuais sobre o ano anterior. O presidente da estatal, Leonardo Paixão, disse que o ano passado foi bom para a companhia, principalmente considerando o cenário externo de desastres ambientais e crise econômica. O lucro líquido no período alcançou R$ 465 milhões, expansão de 18,5% em relação ao resultado de 2010, de R$ 393 milhões. O prêmio líquido emitido é outro destaque, tendo praticamente dobrado, de R$ 1,47 bilhão para R$ 2,64 bilhões. “Fizemos este aumento nos prêmios emitidos mantendo nossos padrões. Em 2011, mais plantamos do que colhemos, e isso vai trazer resultados em 2012”, estimou Paixão. A empresa conquistou o maior contrato do ano no setor de resseguros, para a usina nuclear de Angra 3, que gerou US$ 79,142 milhões em prêmios emitidos. “Isto foi logo no ínicio de 2011, sinalizando que seria um ano interessante para nós”, conta o executivo. EXTERIOR.Para Paixão, os números revertem a expectativa de que o instituto não seria capaz de competir em um mercado livre. A estatal, que tinha 100% do mercado, em 2007, ano do fim do monopólio, espera manter os 40% em 2012 e expandir sua atuação no exterior. O foco é o restante da Amé- Paixão: ‘Estamos fazendo análise de risco em outros países’ rica Latina e a África – onde os destaques serão Moçambique e Angola, países de língua portuguesa. “Estamos fazendo análise de riscos em outros países para ver se vale a pena abrir operações por lá”, antecipa Paixão. O executivo aponta que, por ter ainda muitos ativos no Brasil, o IRB-Brasil Re tem mais estabilidade que resseguradoras internacionais para realizar operações no exterior. “Ano passado foi um ano muito ruim para as resseguradoras em geral, por conta do terremoto no Japão, enchente na Tailândia e tornados. Perdemos pouco nisso”, exemplificou. O ano de tragédias refletiu no índice de sinistralidade do IRB-Brasil Re, que se ampliou de 57% para 63%. Segundo Paixão, os responsáveis pela ampliação foram os segmentos de resseguros sobre incêndios e o de atuação no exterior. O executivo afirma, porém, que este índice se encontra em patamar bem abaixo aos de outras empresas do setor. Paixão espera ainda que o rating A– dado pela agência de avaliação de risco para seguradoras A.M. Best ajude o instituto a abrir mais negócios fora do Brasil. A nota, conquistada pelo IRB-Brasil Re no dia 15 de dezembro do ano passado, está dois acima do considerado grau de investimento. “Estávamos fora de vários mercados que exigem rating mínimo que, por muito tempo, não procuramos obter por conta do monopólio no mercado brasileiro.” De acordo com Paixão, a crise internacional pode abrir possibilidades para a empresa, mas o foco se manterá nos mercados em rápido desenvolvimento, por apresentarem oportunidade de expansão sem to- mar participação de empresas já estabelecidas. Na Argentina, onde foi aberto recentemente um escritório, o IRB-Brasil Re terá uma rodada de renovação de contratos para resseguros no mês de julho. “A abertura da filial em Buenos Aires foi um primeiro passo e esperamos boas coisas agora em julho.” No Brasil, a empresa vislumbra fortalecer posição com novos produtos. Embora já atue em quase todos os segmentos, o IRB-Brasil Re estuda produtos para fundos de pensão, ressegurando-os para o caso de participantes ultrapassarem o tempo de vida estimado. Outra possibilidade é a venda de resseguro para o setor agrícola ou para o setor esportivo. “Entraríamos no momento oportuno destes grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas”, diz Paixão. REESTRUTURAÇÃO. A empresa passa também por um processo de resstruturação acionária, que deverá resultar em um novo preço para seus papéis. Paixão afirma que o processo, conduzido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Sustentável (BNDES), que contratou a agência PricewaterhouseCoopers (PwC), deverá chegar ao fim no próximo mês. “Já passou da metade, e a estimativa é de conclusão até o fim deste mês, mas sempre existe a possibilidade de atrasos.” Entre os objetivos da operação está a venda de ações da União, que detêm 50% dos papéis, para empregados da companhia. ■ REMÉDIOS ■ EMBRAER GSK vende marcas por US$ 612 milhões Legacy 650 é certificado para operação na Índia BEN HIRSCHLER DA AGÊNCIA REUTERS A GlaxoSmithKline (GSK) fechou acordo para vender várias marcas de remédios não controlados na Europa à belga Omega Pharma por 470 milhões de euros (US$ 612 milhões) e adiou o desinvestimento da pílula emagrecedora Alli. A venda deverá render, em termos líquidos, 310 milhões de libras (US$ 486 milhões), que os acionistas podem receber ao longo deste ano, segundo afirmou a fabricante na quinta-feira. A Omega estava entre os interessados em comprar marcas europeias como analgésicos, vitaminas e produtos de higiene, com vendas combinadas de 185 milhões de libras no ano passado. Como parte do acordo, a Omega comprará a fábrica em Herrenberg (Alemanha), que emprega 110 pessoas. EMAGRECEDOR. A GSK ainda quer vender a marca Alli – versão mais leve do Xenical – mas antes precisa resolver o impasse com a Roche, que interrompeu o fornecimento do princípio ativo do medicamento. DA REDAÇÃO O jato executivo Legacy 650 da Embraer, da categoria Large (grande), recebeu o certificado de tipo da Directorate General of Civil Aviation (DGCA) na Índia, o que permite que os clientes locais do modelo registrem e operem a aeronave. “Trata-se do sexto jato executivo da Embraer a ser certificado na Índia”, informou por meio de nota José Eduardo Costas, Diretor de Marketing e Vendas da Embraer, Ásia Pacífico – Aviação Executiva. Lançado em 2009, o Legacy 650 é o mais recente jato executivo do portfólio da Embraer. Todos os jatos executivos produzidos atualmente pela fabricante – o entry level Phenom 100, light Phenom 300, super midsize Legacy 600, large Legacy 650 e ultra-large Lineage 1000 – estão agora certificados naquele país. CONSELHO. Os acionistas da Embraer aprovaram a eleição de Alexandre Gonçalves Silva para a Presidência do Conselho de Administração da com- panhia, de acordo com ata de Assembléia Geral Extraordinária (AGE) realizada no último dia 6. Silva é conselheiro da fabricante de aeronaves desde 2011, e sua indicação para o conselho, interinamente presidida pelo conselheiro Hermann H. Wever, foi a informada em janeiro. Na mesma AGE também foi aprovada a eleição de Arno Hugo Augustin Filho para o cargo de conselheiro efetivo e de Cleber Ubiratan de Oliveira como conselheiro suplente. ■ AZUL ■ CELULOSE Arauco prevê preços em recuperação Henrique Meirelles é o mais novo membro do Conselho DA REDAÇÃO ANTHONY ESPOSITO DA AGÊNCIA REUTERS A chilena Arauco, uma das maiores produtoras de celulose do mundo, estimou na quinta-feira que o crescimento da demanda fará os preços da matéria-prima se recuperarem da queda do ano passado. “Acreditamos que a tendência de queda parou. A previsão é positiva”, disse o diretor de Finanças da companhia, José Luis Rosso, em teleconferência. A Arauco é unidade do conglomerado florestal e energético Copec. A receita com a venda de celulose caiu 5,7% no quarto trimestre do ano passado, em relação a um ano antes, para US$ 480,8 mi- lhões. Os preços médios caíram 19,4%, segundo a companhia. “O que estamos vendo no primeiro trimestre é uma recuperação da demanda e um mercado de celulose mais saudável que no fim de 2011”, afirmou Rosso. STOR A ENSO. O executivo admitiu, no entanto, que a produção de Montes del Plata, joint venture com a norueguesa Stora Enso, no Uruguai, que entraria em operação em 2013, poderá ter influência sobre os valores da celulose de mercado. A Arauco prevê investimentos superiores a US$ 700 milhões este ano, sendo US$ 200 milhões para o projeto uruguaio. Ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles é o mais novo membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas Brasileiras. O economista assume o posto ainda este mês, onde participará das decisões da companhia. David Neeleman, fundador e presidente do conselho da Azul, acredita que Meirelles auxiliará a companhia com seu conhecimento do mercado brasileiro e internacional. “Além de ser um executivo reconhecido e um líder nato, certamente aprenderemos com ele mais sobre a economia e o mercado financeiro brasileiro. Essa será sua grande contribuição para a Azul”, disse. Para Meirelles, a compa- nhia tem capacidade para crescer. “A Azul é uma empresa que acredita no Brasil e está fazendo investimentos importantes num setor com enormes oportunidades de crescimento. Como membro do conselho, espero contribuir para a expansão das atividades dentro das melhores práticas de gestão buscadas pela empresa.” EXPERIÊNCIA. Meirelles é também presidente do Conselho Consultivo de empresas como a J&F, holding que controla as empresas JBS, Flora e Eldorado, entre outras. Esteve no comando do Banco Central de janeiro de 2003 a dezembro passado. Foi também presidente mundial do BankBoston e do FleetBoston, membro dos Conselhos de Administração da Raytheon Corporation, Bestfoods, Champion International, BankBoston Corporation e FleetBoston Financial. O ex-presidente do BC foi ainda membro do Conselho Consultivo da Harvard Kennedy School of Government, da Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Carroll School of Management do Boston College. Há três anos em operação, a Azul opera para 45 destinos, 44 cidades, com mais de 370 voos diários e ainda oito linhas de ônibus para 50 cidades brasileiras. A companhia, que ultrapassou a marca de mais 15 milhões de clientes transportados desde a fundação, opera uma frota de 39 jatos modelo 190 e 195 da Embraer, 6 ATR 72-200 e 5 ATR 72-600. B-3 ■ CAPITALIZAÇÃO Marfrig e JSL desistem de acordo de logística DIOGO FERREIRA GOMES DA AGÊNCIA REUTERS O frigorífico Marfrig e transportadora JSL anunciaram na quinta-feira que não chegaram ao acordo quanto a transferência da gestão das operações logísticas da indústria de alimentos a operadora. “As companhias optaram por encerrar as tratativas, continuando, no entanto, a avaliar possíveis parcerias envolvendo, por exemplo, a prestação de serviços de gestão da cadeia logística e a operação de centros de distribuição”, informaram em comunicado conjunto. A Marfrig mantém os planos de capitalização por meio dos ativos de logística, e a JSL reitera as projeções para o ano, pois o negócio em questão não fazia parte das estimativas. Em meados de fevereiro, as companhias adiaram para a última quinta-feira o prazo para a conclusão do acordo. Em dezembro passado, anunciaram as negociações para a prestação de serviços pela JSL à Marfrig por dez anos, envolvendo gestão administrativa e logística e operação de armazéns e frete. O acordo previa que a JSL poderia comprar da Marfrig determinados ativos logísticos, próprios para a operação de produtos refrigerados por R$ 150 milhões. A operadora também poderia prestar serviços de recebimento, armazenagem, movimentação, distribuição e expedição de bens e produtos nos centros de distribuição. Fogo destroi Friboi no Pará ÍTALO REIS DA AGÊNCIA ESTADO Um incêndio de grandes proporções atingiu na quinta-feira o frigorífico do grupo JBS-Friboi na cidade de Santana do Araguaia, no Pará e foi controlado quatro horas após o início, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Segundo a companhia, o fogo começou, aparentemente, por volta das 11h30, e se espalhou por todo o frigorífico. A brigada da empresa tentou conter o fogo, mas não teve sucesso. Como a cidade não tem unidade dos bombeiros, os agentes do município de Redenção, a cerca de 230 km, foram acionados, chegando ao local após mais de duas horas. A empresa procedeu a evacuação da área, onde trabalham cerca de 600 funcionários, e ninguém ficou ferido. A guarnição dos bombeiros, com apoio da brigada da JBS-Friboi e de dois carros-pipa da prefeitura local, contiveram as chamas. De acordo com o sargento J. Silva, a chuva que atingiu a região na hora também ajudou no controle do fogo. Os agentes ficaram até a noite na operação de rescaldo da área. Em comunicado, a JBSFriboi informou que o frigorífico tem seguro contra incêndio e que, com a destruição, a produção seria transferida para outras unidades do Pará. As causas do incêndio ainda estão sob investigação.