Nome: _________________________________________ ____________________________ N.º: __________ endereço: ______________________________________________________________ data: __________ Telefone:_________________ E-mail: _________________________________________________________ Colégio PARA QUEM CURSA A 1.a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 2013 Disciplina: Prova: PoRTUGUÊs desafio nota: Texto para as questões 1 e 2. (Quino. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 329.) QUESTÃO 1 O desenrolar da história, nos três primeiros quadrinhos, é baseado nas atitudes do menino e pode ser sintetizado pelo seguinte ditado popular: a) “Depois da tempestade, vem a bonança.” b) “Não se deve ir com muita sede ao pote.” c) “Quem com ferro fere, com ferro será ferido.” d) “Nos pequenos frascos estão os melhores perfumes.” e) “De limões pode-se fazer uma boa limonada.” RESOLUÇÃO Nos três primeiros quadrinhos, o menino revela que não importa a tarefa que lhe seja dada, pois tem disposição suficiente para superar qualquer dificuldade que possa surgir ao realizá-la. Resposta: E QUESTÃO 2 Para que o texto do primeiro quadrinho da tira apresente relação de causa/consequência, torna-se necessário fazer as seguintes alterações: a) Vivo da melhor maneira, porém dou importância a tudo que faço. b) Conforme dou importância a tudo que faço, vivo da melhor maneira. c) Ainda que eu viva da melhor maneira, dou importância a tudo que faço. d) Porque dou importância a tudo que faço, vivo da melhor maneira. e) Dou importância a tudo que faço, por isso vivo da melhor maneira. OBJETIVO 1 PORTUGUÊS – DESAFIO – 1.a SÉRIE RESOLUÇÃO A conjunção subordinativa porque inicia orações subordinadas adverbiais causais se o fato expresso na oração adverbial tiver acontecido antes do fato expresso na oração principal; dessa forma, esta última torna-se consequência do fato expresso na outra oração. Resposta: D Texto para as questões de 3 a 6. SEU JOCA Desde mocinho que o Seu Joca tocava pandeiro na bateria de uma escola de samba. Quando ele era moço fazia um sucesso danado: virava cambalhota, jogava o pandeiro pro alto, fazia pirueta, todo o mundo gostava de ver. Mas foi ficando velho: jogava o pandeiro pra cima e quem diz que pegava de volta? Era só fazer pirueta que trançava uma perna na outra e se estatelava no chão. Então o pessoal da Escola mandou: – Esquece pirueta, cambalhota, não joga mais nada pro alto, Seu Joca. Só batuca e pronto. Tá? Seu Joca obedeceu. A coisa que ele mais adorava na vida era fazer parte da bateria da Escola. Ele não tinha família, morava numa casinha muito ruim, ganhava pouco dinheiro, o trabalho no Zoo era chato, a grande curtição era sair com a Escola no carnaval. Então, tudo que diziam pra ele fazer, ele fazia; topava qualquer coisa pra continuar tocando na bateria. O tempo passou. Seu Joca ainda ficou mais velho; deu pra batucar mal. Um dia, quando ele chegou no ensaio, disseram: – Agora não dá mais pé, Seu Joca. Esse negócio de batuque é coisa pra moço. Aproveita o carnaval pra ficar em casa descansando. Tá? Seu Joca foi pra casa, de cabeça baixa. Não dormiu a noite toda. Só de tristeza. E a toda a hora os vizinhos ouviam um barulhinho – pin: era uma lágrima do Seu Joca caindo no chão. No dia seguinte, logo que chegou no Jardim Zoológico, Seu Joca foi olhar o Pavão (ele costumava dizer que pra curar tristeza a gente deve olhar coisa bonita). Olhou, olhou. De repente, teve uma ideia maluca; se assustou, nem quis pensar nela outra vez. E empurrou a ideia lá pro fundo do pensamento, mas ela teimou e voltou. E ficou. Era a ideia de roubar o Pavão. De noite, Seu Joca foi na Escola de Samba, juntou o pessoal e falou: – Negócio é o seguinte, nossa Escola é pobre, nunca faz boa figura no carnaval; se a gente tivesse destaque a coisa era diferente, mas destaque precisa fantasia de luxo, fantasia de luxo custa uma nota alta, quem tem nota alta vai pro Salgueiro, Mangueira, torce o nariz pra uma Escola feito a nossa. – Que tanto blábláblá é esse, Seu Joca? – Negócio é o seguinte, se vocês me deixam na bateria, tocando o pandeirinho que toda a vida eu toquei, eu arranjo um destaque superlegal pra nossa Escola. O pessoal quis ver o destaque. Seu Joca mostrou um retrato do Pavão (tinham tirado uma porção de retratos do Pavão lá no Zoo; Seu Joca pediu um, ninguém disse que não). O pessoal ficou bobo (era retrato colorido, o Pavão estava uma maravilha); nem acreditaram: OBJETIVO 2 PORTUGUÊS – DESAFIO – 1.a SÉRIE – Você traz ele pra destaque, Seu Joca? – Amanhã mesmo. – Negócio feito! – e apertaram mão e tudo. (Lygia Bojunga Nunes. A casa da madrinha. 6. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1983. p. 60-1.) QUESTÃO 3 Examine as afirmações seguintes: I. Seu Joca não recebia dinheiro como integrante da escola de samba e vivia do ordenado como funcionário do Jardim Zoológico. II. Quando surgiu a ideia de roubar o pavão, Seu Joca tentou esquecê-la, mas não conseguiu, pois o desejo de permanecer na bateria da escola foi maior. III. Seu Joca conseguiu convencer o pessoal da escola a concordar com sua proposta apenas por meio de seu belo discurso. Está correto o que se afirma em a) I apenas. b) II apenas. c) III apenas. d) I e II. e) I e III. RESOLUÇÃO Há erro apenas em III. O discurso de Seu Joca foi muito importante para conseguir o que queria, mas não foi suficiente. Para convencer o pessoal da escola, ele, ainda, teve que mostrar as fotos do pavão, só assim conseguiu que o seu intento fosse concretizado. As demais proposições estão corretas. Resposta: D QUESTÃO 4 A ideia maluca que seu Joca teve surgiu a) desde que o proibiram de tocar pandeiro na escola de samba. b) durante a noite em que ficou acordado e chorando o tempo todo. c) no dia seguinte, ao olhar o pavão para curar a sua tristeza. d) assim que lhe disseram que a escola precisava de um destaque. e) alguns dias depois, ao visitar os amigos na escola de samba. RESOLUÇÃO A ideia que Seu Joca tivera de roubar o pavão surgiu no dia seguinte, quando ele fora olhar o belo animal para esquecer os problemas. Resposta: C OBJETIVO 3 PORTUGUÊS – DESAFIO – 1.a SÉRIE QUESTÃO 5 “...o trabalho no Zoo era chato...”. “ ... topava qualquer coisa pra continuar tocando na bateria”. “ Seu Joca foi pra casa, de cabeça baixa ...”. Sem alteração de sentido, os vocábulos, acima destacados, poderiam ser, respectivamente, substituídos por a) monótono – aceitava – cabisbaixo. b) monótono – faria – conformado. c) monótono – comprava – acabrunhado. d) interessante – aceitava – cabisbaixo. e) interessante – faria – conformado. RESOLUÇÃO Os vocábulos destacados nas frases acima significam, respectivamente: monótono, aceitava e cabisbaixo. Resposta: A QUESTÃO 6 “ – Você traz ele pra destaque, Seu Joca?” Pelo mesmo motivo do período acima, a vírgula foi usada em a) Fernanda Montenegro, grande atriz da TV brasileira, foi reconhecida internacionalmente. b) Ó vida, porque fostes tão cruel comigo? c) Encontrei todos na festa: Thiago, Brenda, Bruna e Rodrigo. d) Assim que chegou à festa, João foi reconhecido por todos. e) No dia seguinte, Pedro saiu de casa. RESOLUÇÃO A vírgula, no período citado, foi usada para separar o vocativo. O mesmo acontece na alternativa b. Resposta: B OBJETIVO 4 PORTUGUÊS – DESAFIO – 1.a SÉRIE Texto para as questões de 7 a 13. GENTE HUMILDE Tem certos dias em que eu penso em minha gente E sinto assim todo o meu peito se apertar Porque parece que acontece de repente Como um desejo de eu viver sem me notar. Igual a como quando eu passo no subúrbio Eu muito bem vindo de trem de algum lugar E aí me dá como uma inveja dessa gente Que vai em frente sem nem ter com quem contar. São casas simples com cadeiras na calçada E na fachada escrito em cima que é um lar Pela varanda flores tristes e baldias Como a alegria que não tem onde encostar. E aí me dá uma tristeza no meu peito Feito um despeito de eu não ter como lutar E eu que não creio peço a Deus por minha gente É gente humilde que vontade de chorar (Garoto/Chico B. de Holanda e Vinicius de Moraes.) QUESTÃO 7 A oposição entre a condição social do poeta e da gente humilde está evidenciada na a) primeira estrofe. b) segunda estrofe. c) terceira estrofe. d) quarta estrofe. e) quarta e na quinta estrofes. RESOLUÇÃO A oposição entre a condição social do poeta e da gente humilde fica evidente nos versos: “...quando eu passo num subúrbio /Eu muito bem vindo de trem de algum lugar”. Resposta: B OBJETIVO 5 PORTUGUÊS – DESAFIO – 1.a SÉRIE QUESTÃO 8 Todas as palavras em destaque expressam a mesma circunstância em todos os versos a seguir, exceto em: a) “E sinto assim todo o meu peito se apertar”. b) “Igual a como quando eu passo no subúrbio”. c) “ E na fachada escrito em cima que é um lar”. d) “Pela varanda flores tristes e baldias”. e) “E aí me dá uma tristeza no meu peito”. RESOLUÇÃO Todas as palavras destacadas nos versos acima indicam circunstância de lugar, exceto assim, que indica modo. Resposta: A QUESTÃO 9 “E aí me dá como uma inveja dessa gente”. No texto, esse sentimento de inveja é atribuído ao fato de as pessoas humildes a) serem conformadas com a vontade de Deus. b) enfrentarem corajosamente a luta do dia a dia, contando somente consigo próprias. c) viverem no anonimato, desfrutando, portanto, de mais liberdade de ação que o poeta. d) terem poucos bens materiais, vivendo, pois, com mais tranquilidade, sem receio de serem roubadas. e) acreditarem que terão uma vida melhor, enquanto o poeta já perdera as esperanças de mudar a própria vida. RESOLUÇÃO O sentimento de inveja é atribuído ao fato de as pessoas humildes irem em frente sem ajuda, isto é, lutarem sozinhas pela sobrevivência. Resposta: B QUESTÃO 10 “Que vai em frente sem nem ter com quem contar”. Sem alteração de sentido, o trecho em destaque poderia ser substituído por a) porque não tem como contar. b) quando não tem como contar. c) e não tem como contar. d) pois não tem com quem contar. e) mesmo não tendo com quem contar. OBJETIVO 6 PORTUGUÊS – DESAFIO – 1.a SÉRIE RESOLUÇÃO A oração em destaque exprime uma concessão em relação à anterior. O mesmo acontece na alternativa e. Resposta: E QUESTÃO 11 “São casas simples com cadeiras nas calçadas”. Esse verso sugere que os habitantes do subúrbio a) assistem à televisão pela janela da casa da vizinha. b) ficam na rua, pois não possuem televisão. c) têm o hábito de se reunir na porta para conversar. d) colocam os móveis fora de casa para ampliar o espaço interno. e) reúnem-se na calçada, pois a casa é pequena e não acomoda muitas pessoas diante da televisão. RESOLUÇÃO As pessoas do subúrbio reúnem-se na calçada para conversar com os amigos. Resposta: C QUESTÃO 12 “E aí me dá uma tristeza no peito / Feito um despeito de eu não ter como lutar”. Há, entre os dois versos, relação de a) oposição. b) finalidade. c) concessão. d) comparação. e) causa e consequência. RESOLUÇÃO A expressão feito um indica uma comparação entre os dois versos. Resposta: D QUESTÃO 13 Na última estrofe, percebem-se alterações no estado de espírito do poeta. Os versos registram, pela ordem, os seguintes sentimentos: a) Angústia; impotência; crença; emoção. b) Inveja; revolta; esperança; angústia. c) Tristeza; receio; inquietação; revolta. d) Inquietação; despeito; medo; identificação. e) Revolta; despeito; dor; emoção. OBJETIVO 7 PORTUGUÊS – DESAFIO – 1.a SÉRIE RESOLUÇÃO “Tristeza no peito” sugere angústia; “despeito de não ter como lutar” sugere impotência; “pedir a Deus” sugere crença; e “vontade de chorar” sugere emoção. Resposta: A QUESTÃO 14 I. É difícil para _______________ ajudar essa gente. II. Há muita coisa entre eles e _____________. III. Este é um bom texto para _______________. Os pronomes que completam adequadamente as frases acima são, respectivamente, a) eu – eu – mim. b) eu – mim – mim. c) mim – mim – mim. d) mim – eu – mim. e) mim – mim – eu. RESOLUÇÃO Em I e III, o pronome oblíquo tônico mim funciona como complemento dos adjetivos difícil e bom (as expressões – os sintagmas – são difícil para mim e bom para mim, sendo para mim complemento nominal). E II, mim é regido (exigido) por entre, que, como toda preposição, requer a forma oblíqua tônica do pronome. Resposta: C QUESTÃO 15 Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: A _________________ não tinha _________________ da _________________ do povo. a) realeza – consciência – rejeição. b) realeza – conciência – regeição. c) realessa – consiência – regeição. d) realesa – consiência – rejeisão. e) realesa – consciência – rejeisão. RESOLUÇÃO O sufixo -eza, formador de substantivos abstratos derivados de adjetivos, como realeza (de real), não deve ser confundido com -esa, sufixo que forma adjetivos gentílicos femininos (isto é, que indicam procedência, como francesa, portuguesa) e femininos de substantivos, como baronesa. A grafia de consciência preserva o s que a palavra ciência possuía em latim (scientia). Rejeição se forma a partir do verbo rejeitar, com o sufixo -ção, formador de substantivos femininos abstratos de origem verbal. Resposta: A OBJETIVO 8 PORTUGUÊS – DESAFIO – 1.a SÉRIE