Apoios para instalação de painéis solares em instituições
representam investimento de 50 milhões
Os painéis solares térmicos que as instituições de solidariedade social e as associações
desportivas poderão instalar, no âmbito do alargamento do programa de incentivo,
representam um investimento entre 45 a 50 milhões de euros, afirmou hoje o ministro da
Economia.
"O alargamento do Programa Solar Térmico, hoje anunciado, que estende a instalação de
painéis solares às Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), aos clubes e às
associações desportivas deverá envolver um investimento entre 45 e 50 milhões de euros",
garantiu Teixeira dos Santos, em Lisboa.
O governante, que falava no final de uma conferência de imprensa, destacou ainda estar
convencido de que as entidades envolvidas vão ser "parceiros activos na promoção e
divulgação desta medida pública junto dos seus associados", uma vez que esta permite
promover a sustentabilidade e o combate à crise económica.
Numa primeira fase, a Medida Solar Térmica 2009, direccionada ao sector da habitação "criou
uma grande dinâmica" no país, estimando-se que tenha contribuído para o aumento em
quatro vezes do volume de painéis solares vendidos e já instalados, face a 2008, salientou o
ministro.
Nos primeiros quatro meses do Programa, tinham sido instalados 40.000 metros quadrados de
painéis solares em Portugal, havendo 28 fornecedores e mais de 12.500 famílias que dispõem
deste tipo de equipamentos.
Agora, nesta segunda fase, vão ser apoiadas 3.000 Instituições de Solidariedade Social e cerca
de 1.200 associações desportivas de utilidade pública.
Trata-se de apoiar os idosos, as crianças e os mais desfavorecidos, num total de cinco mil
instalações solares térmicas, numa lógica de "chave-na-mão", permitindo produzir energia
para suprir entre 55 a 75 por cento das suas necessidades energéticas.
"A comparticipação a fundo perdido [superior aos privados] poderá atingir os 65 por cento do
investimento, possibilitando também o uso de linhas de crédito com taxas de juro
bonificadas".
Os bancos envolvidos na concessão de crédito são a CGD, Santander Totta, Montepio geral,
BPI, Bes, Millennium Bcp e o Banif.
Questionado sobre a afirmação da Misericórdias Portuguesas (UPM) de que esta medida se
tratava de "uma esmola" do Governo - uma vez que "o modelo proposto não é atractivo e usa
uma tecnologia que cai rapidamente em desuso e é cara" -, Teixeira dos Santos replicou
dizendo que "se [as Misericórdias] não quiserem aceitar, não a aceitem [a medida]".
"Se acham que 65 por cento do custo [suportado pelo Governo] é pouco, não sei o que dizer.
Se calhar preferem um apoio zero, como era dantes", salientou o ministro.
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