BALANÇO HISTORIOGRÁFICO SOBRE O FUTEBOL NO BRASIL Anderson de Carvalho Mororó 1 Priscila Gonçalves Soares2 Resumo: O presente trabalho busca na perspectiva historiográfica investigar a temática do esporte, principalmente o futebol, no contexto acadêmico. Acreditamos que o futebol é muito mais do que um simples esporte. Ele está inserido em uma estrutura social bastante complexa. Através de uma análise mais específica acerca do esporte bretão é possível compreender certos aspectos da sociedade brasileira, como a rivalidade e o patriotismo. Esta pesquisa estará direcionada para uma sistematização da trajetória da produção acadêmica acerca do futebol no Brasil. O objetivo é agregar diversos extratos do conhecimento que envolvam o esporte. O trabalho conta tanto com uma perspectiva sociológica e política quanto também com produções jornalísticas e antropológicas. Palavras chaves: História – História dos esportes - Futebol Neste artigo, trazemos nossa contribuição para as pesquisas no campo da Historiografia seguindo uma tendência, até certo ponto, muito atual no Brasil. Trabalhamos voltados para investigação histórica pautada na perspectiva do Esporte. Temos como principal objeto de pesquisa o futebol. Nosso trabalho encontra-se em fase de organização e estruturação, desta forma trazemos os primeiros indícios. Não é preciso ser um historiador muito atento (aliás, nem é preciso ser historiador) para observar que a produção historiográfica produzida no Brasil, principalmente nos últimos dez anos, passou por mudanças assaz significativas. O surgimento de revistas especializadas, a constante adaptação de textos de história para a televisão, o lançamento de livros com temas nunca antes imaginados (como é o caso da obra de Jean-Luc Hennig, Breve História das Nádegas, publicado pela portuguesa Terramar), exemplificam essas mudanças. Presenciamos um momento de esgotamento das explicações oferecidas por modelos teóricos globalizantes, com tendências à totalidade, nos quais o historiador era refém da 1 2 Bacharel em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJFMestranda em Educação na Universidade Federal de Juiz de Fora – PPGE\UFJF- Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo e Flávia Florentino Varella (orgs.). Anais do 3º. Seminário Nacional de História da Historiografia: aprender com a história? Ouro Preto: Edufop, 2009. ISBN: 978-85288-0061-6 incessante tarefa pela busca da verdade. Essas explicações generalizantes, por sua incapacidade de interpretar novos agentes históricos, passaram, portanto, a ser questionados. O arcabouço intelectual que vai dar origem à Nova História Cultural está intimamente ligado ao surgimento, no final da década de 1920, na França, de uma nova forma de se pensar as questões historiográficas, identificada como História das Mentalidades. Esse novo modelo de interpretar os fatos históricos buscava fugir da história historicizante: uma história que se furtava do diálogo com as demais Ciências Humanas, como a antropologia, a psicologia, a lingüística, a geografia, a economia, e, sobretudo, a sociologia. No lugar da história tradicional, globalizante, era preciso adotar, segundo Vainfas: uma história problematizadora do social, preocupada com as massas anônimas, seus modos de viver, sentir e pensar. Uma história com estruturas em movimento, com grande ênfase no mundo das condições de vida material, embora sem qualquer reconhecimento da determinância do econômico na totalidade social, à diferença da concepção marxista da história. Uma história não preocupada com a apologia de príncipes ou generais em feitos singulares, senão com a sociedade global, e com a reconstrução dos fatos em série passíveis de compreensão e explicação. (VAINFAS, 2002 : 17) Seguindo este movimento de mudanças nos rumos da História, surge, no início dos anos 70, uma nova corrente historiográfica, que se auto-denominava "Nova História". Tendo Jaques Le Goff como um dos incitadores, este movimento tinha como característica o retorno ao estudo do sujeito. Ela se originou associada à Escola dos Annales e que, além de lutar por uma história total, opõe-se totalmente ao paradigma tradicional da historiografia. Essa nova historiografia, ou também denominada como "história das mentalidades", era uma história aberta a todas as temáticas. Essa novo modelo foi responsável por inserir novas questões e temáticas ao estudo da história. Atualmente, a história passa por uma crise de paradigmas. Não possuímos nenhum "ismo" para seguir. É claro que falamos de uma maneira geral, pois os paradigmas existentes anteriormente não desapareceram por completo e ainda são praticados pela historiografia, a exemplo da história marxista. Essa falta de paradigmas para a história talvez exista devido ao desencanto e também da desconfiança do futuro que há atualmente. Como não possuímos mais Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo e Flávia Florentino Varella (orgs.). Anais do 3º. Seminário Nacional de História da Historiografia: aprender com a história? Ouro Preto: Edufop, 2009. ISBN: 978-85288-0061-6 uma idéia do futuro, já que ele se tornou imprevisível, a história não é mais escrita sob um paradigma, e sim escrita para o presente. Segundo Josep Fontana, (1982 : 5) "esse caráter imprevisível do futuro tem sido (...) a origem de boa parte de nosso desânimo e do nosso desconcerto". Essa desconfiança aumentou ainda mais com a queda do comunismo, indo por terra a escrita da história ao estilo marxista, que previa um futuro. Esse movimento pela renovação historiográfica, iniciada pelos Annales e intensificada na década de 70, quer também se aproximar das massas anônimas. Neste instante buscou-se resgatar os sujeitos excluídos e suas histórias perdidas, dando origem à uma história “vista por baixo”. Podemos, portanto, afirmar que essa Nova História revela uma especial afeição pelo informal, por análises historiográficas que apresentem caminhos alternativos para a investigação histórica, indo onde as abordagens tradicionais não foram. E foi neste mar de novas possibilidades que está inserido o meu objeto de estudo: o futebol. Nascido na Inglaterra por volta da segunda metade do século XIX, o “football association” logo transpôs os limites das ilhas britânicas para conquistar pés e corações do mundo afora. No Brasil, onde não demorou à aportar, não seria diferente. Hoje, após decorrido mais de um século da introdução do futebol em terras brasileiras, nos orgulhamos em sermos reconhecidos como o país do futebol. Esse esporte é um dos poucos objetos da nossa sociedade responsável por elevar a estima dos brasileiros. O sucesso da nossa forma peculiar de jogar, voltado para movimento mais hábeis, mais leve, representados por nossos jogadores em todo mundo, cria uma atmosfera de superioridade perante aos outros países do restante do globo, que reconhecem a nossa superioridade. É o Brasil que dá certo. Talvez esse seja um dos aspectos que torna esse esporte o mais praticado na terra “brasilis”. O futebol, apesar de todo esse glamour, sofreu, (ainda sofre) bastante preconceito nos espaços acadêmicos. Boa parte da produção histórica futebolística ainda é confeccionada por jornalistas. Esse tipo de trabalho tem como traço peculiar à ênfase em narrações acerca da história do futebol e de biografias sobre os grandes clubes e jogadores. Até a década de 70 eram quase inexistentes produções voltadas para uma análise mais apurada do esporte. Foi somente a partir do final dos anos 70 que a bola começou a rolar na academia, tornando objeto de estudo de antropólogos e historiadores, como Roberto DaMatta, José Sebastião Winter e Joel Rufino dos Santos. A atuação destes e de outros estudiosos foi de suma importância para a valorização do Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo e Flávia Florentino Varella (orgs.). Anais do 3º. Seminário Nacional de História da Historiografia: aprender com a história? Ouro Preto: Edufop, 2009. ISBN: 978-85288-0061-6 tema no Brasil. A partir deste momento, a produção cientifica dedicou maior atenção ao futebol, onde as simples narrações deram lugar a análises mais abalizadas sobre o tema. Em conseqüência deste acontecimento, depara-se, atualmente, com uma gama considerável de trabalhos voltados para o exame mais sofisticado do esporte bretão em nosso país. É neste contexto, de valorização do futebol como tema de estudo, que se insere esse trabalho. Escolhemos o futebol, pois, sempre foi do nosso interesse estudá-lo de forma mais aprofundada, procurando sempre relacioná-lo com algum fato da nossa história, utilizando-o como um instrumento de análise da sociedade brasileira. Através deste esporte, buscaremos identificar a formação e conseqüentemente a gênese da sua identidade e dos seus valores. Procurar analisar certos aspectos presentes no futebol brasileiro, tais como a o processo de transformação de um esporte elitista para um essencialmente popular e a aliança entre o futebol e nacionalismo, tão presente durante as apresentações do selecionado brasileiro, são objetos que nos impulsionaram a trabalhar com mais afinco o tema futebol. Esta pesquisa estará direcionada para uma sistematização da trajetória da produção acadêmica acerca do futebol no Brasil. O objetivo é agregar diversos extratos do conhecimento que envolvam o esporte. Visando isso, o presente trabalho conta tanto com uma perspectiva sociológica e política quanto também com produções jornalísticas e antropológicas. O projeto é significativo, pois, apesar de existirem inúmeras obras que lidam o futebol como objeto de estudo, ainda são inexistentes ensaios que visam realizar uma compilação acerca dos trabalhos realizados sobre o esporte bretão. Por isso, considero a produção deste tipo de trabalho bastante relevante, pois poderá, posteriormente, servir como obra base para que outros futuros estudiosos analisem, de forma mais aprofundada, a trajetória do futebol em nosso país. Pretendemos, quando o projeto estiver terminado, relatar as diversas produções que utilizem o futebol como objeto central de pesquisa. Basicamente, lidaremos com os primeiros trabalhos desenvolvidos acerca deste esporte, por volta das primeiras décadas do século XX até as produções mais atuais. As fontes pesquisadas remetem as praças do Rio de Janeiro e São Paulo. Esta “imposição” talvez seja fruto do papel de destaque que as duas cidades ocupavam (e ocupam) no momento da introdução do esporte bretão no país. O futebol é muito mais do que um simples esporte. Ele está inserido em uma estrutura social bastante complexa. Através de uma análise mais específica acerca do esporte bretão é Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo e Flávia Florentino Varella (orgs.). Anais do 3º. Seminário Nacional de História da Historiografia: aprender com a história? Ouro Preto: Edufop, 2009. ISBN: 978-85288-0061-6 possível compreender certos aspectos da sociedade brasileira, como a rivalidade e o patriotismo. O futebol está localizado no mesmo patamar de outras manifestações culturais, como a música e o carnaval. Mas, parte dos intelectuais que trabalham com o futebol visualizam este esporte como um mero objeto de manipulação das massas, enxergando-o como um eficiente instrumento de propagação dos ideais do Estado. Não é nosso objetivo negar essa faceta, mas é uma ação assaz reducionista relegar o complexo tema futebol a apenas essa perspectiva. O futebol é mais do que essa visão. É isso que tentamos provar em nosso trabalho. Como disse o polêmico cronista esportivo Nélson Rodrigues: "No futebol, o pior cego é aquele que só vê a bola.” A realização de um exame prévio das obras existentes sobre o futebol foi bastante importante para a escolha do tema. Foi contagiante deparar com diversos trabalhos de qualidade que trabalham com o esporte bretão. Até então, era de conhecimento somente produções jornalísticas, onde o futebol é contado através das histórias e biografias de clubes e jogadores. Surpreende – nós deparar com um número bastante considerável de trabalhos acadêmicos que tratam o futebol como foco central de pesquisa. São perceptíveis nestes estudos, desenvolvidos por historiadores, sociólogos e antropólogos, duas características bastante peculiares. A primeira é trabalhar o futebol como um meio e não como um fim de um processo histórico. A segunda singularidade destes estudiosos é utilizar o futebol como uma forma de analisar a sociedade onde ele está inserido. Essas duas características são interligadas uma na outra. Diferentemente da visão jornalística, onde as suas extensas biografias trabalham o futebol como um fim, os acadêmicos utilizam o esporte bretão como uma forma de estudar e identificar todas as complexas redes sociais que compunham sociedade onde o futebol está inserido. Este trabalho pretende voltar-se para uma sistematização da trajetória da produção intelectual sobre o futebol no Brasil. Organizar toda essa gama de informações é uma das finalidades deste estudo. Atualmente, apesar da crescente valorização dos trabalhos acadêmicos sobre futebol, ainda é inédita uma obra que reúna os principais conceitos acerca deste esporte no país. Cobrir essa brecha sobre a história do futebol é o objetivo primordial deste projeto. No projeto, procuramos realizar um extenso debate historiográfico sobre os autores mais significativos a serem pesquisados. Também procuramos definir quais são as correntes historiográficas das obras a serem analisadas, definindo as suas linhas de pesquisa. Além disso, Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo e Flávia Florentino Varella (orgs.). Anais do 3º. Seminário Nacional de História da Historiografia: aprender com a história? Ouro Preto: Edufop, 2009. ISBN: 978-85288-0061-6 procuramos realizar uma extensa comparação entre os autores, identificando quais os conceitos, visões e modelos de abordagens, realizando posteriormente uma análise comparativa entre eles. Para a elaboração deste trabalho de sistematização do futebol estaremos dispondo, além uma ampla utilização de fontes secundárias voltadas para a temática do futebol em si, de obras que dizem respeito ao contexto histórico. Essas obras são assaz importantes, pois o futebol faz parte de todo um processo histórico, onde estão inseridos os movimentos sociais, as intensas crises políticas e econômicas. Sem o conhecimento de tais elementos não seria possível analisar o futebol como um todo. O projeto foi dividido em três partes. A primeira buscamos, de uma forma geral, relatar a história do futebol no Brasil e no mundo. Identificamos, neste momento, a gênese do futebol como esporte e a sua inserção em terra tupiniquim. É uma história factual, mas com objetivo bastante claro: elucidar o presente leitor sobre os caminhos percorridos pelo futebol até chegar a sua condição atual. Além de analisar as suas origens, buscamos também descrever em que condições um esporte, considerado em seus primórdios como de elite, transformou em popular no Brasil. Também será relatado a inserção do negro num esporte que inicialmente era praticado somente por brancos. Na segunda parte buscamos descrever a trajetória dos trabalhos desenvolvidos acerca do futebol no Brasil. Existiam, antes dos trabalhos organizados em torno deste esporte, um série de estudos elaborados por literatos do início do século XX. Personagens, como Lima Barreto e Coelho Neto, procuraram analisar os benefícios e os malefícios que o futebol causaria na sociedade brasileira. Na década de 30 começam a surgir os primeiros trabalhos organizados sobre a trajetória do futebol no Brasil. Deste momento até a atualidade, buscamos dividir a produção dos trabalhos confeccionados sobre o esporte bretão em quatro itens, buscando sempre contextualizar os trabalhos historicamente. A posteriori pensamos em fazer uma compilação dos estudos mais relevantes sobre o futebol no Brasil. Além de um debate historiográfico em temas como a origem do esporte bretão no Brasil, a sua aliança com o patriotismo e a sua popularização, buscamos também inserir a trajetória de uma imagem bastante difundida no meio histórico: a utilização do futebol como um instrumento, “utilizada pelo Estado e pelas classes dominantes”, para manipular as massas. Esses objetos são essenciais para a compreensão do futebol como um fenômeno, antes de tudo, social. Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo e Flávia Florentino Varella (orgs.). Anais do 3º. Seminário Nacional de História da Historiografia: aprender com a história? Ouro Preto: Edufop, 2009. ISBN: 978-85288-0061-6 A intenção deste trabalho é apresentar nosso projeto e intenção de pesquisa que vem se concretizando com o passar dos longos dias de pesquisa; e constituir, ao final , uma obra que se torne base para futuras investigações acerca do futebol. Este é apenas o ponto de partida para as nossas primeiras análises sobre o futebol. Esperamos que em breve, poderemos desenvolver outros trabalhos que tragam os nossos achados e investigações sobre o futebol. E futuramente complementá-lo acessando e inserindo outras fontes, como a oral e a primária, quantificando e qualificando melhor este trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO. José Murilo de. Os bestializados. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. CUNHA, Olívia Maria Gomes da. Sua alma sua palma: identificando a “raça” e inventando a nação. Mana,1997. DAMATTA, Roberto e outros. Universo do Futebol: Esporte e Sociedade Brasileira. Rio de Janeiro. Pinakotheke, 1982. FILHO, Mario. O negro no futebol brasileiro. 4° Edição. Rio de Janeiro. Mauad, 2003. FONTANA, Josep. História: análise do passado e projeto social. 1982. FRANZINI, Fábio. Corações na ponta da chuteira. São Paulo. DP&A, 2003. GUEDES, Simoni Lahud. O Brasil no campo de futebol: estudos antropologicos sobre o significado do futebol brasileiro. Niterói. E. EFF, 1998. HELAL, Ronaldo. Passes e impasses. 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