4 Cidades Sábado, 28 de novembro de 2015 Pechincha Artigo Com o agravamento da crise econômica, este vai ser o Natal da pechincha; esse comportamento é salutar e muito utilizado em países de 1º mundo Bruno Caetano [email protected] O trabalhador que se lança em carreira solo A crise está aí fazendo estragos generalizados como o aumento do desemprego, que em outubro atingiu 7,9% e, segundo previsões, deve chegar a 10% em 2016. Um dos claros sinais da atual desarmonia na economia. Nesse contexto, não é raro demitidos buscarem no empreendedorismo a saída para manter a vida no compasso certo. Em muitos casos surge a chamada “empresa de uma pessoa só”, na qual o proprietário faz tudo. Como aquele músico que sai de seu grupo - onde dividia responsabilidades e funções - e opta pela carreira solo, esse novo empreendedor deixa de ser funcionário de uma corporação para sozinho ter de tomar todas as decisões e agir. Seja na vida artística ou no mundo dos negócios, talento e força de vontade não são suficientes para levar ao sucesso. É necessário se estruturar e se organizar. Feita a opção por montar a própria empresa, os instrumentos de gestão têm de estar afinados, a começar pelas finanças. Quem não cuida bem do dinheiro não se estabelece. No empreendimento de uma pessoa só, por mais que os recursos passem por um único bolso (o do dono), é vital separar as contas profissionais das pessoais ou será difícil saber exatamente quais são os custos, faturamento, lucro e demais movi- portalnews.com.br mentações. O empreendedor tem de saber dividir-se em diversas atividades, executá-las com domínio, dedicando a cada uma o tempo adequado sem prejudicar o negócio. Vender, negociar com fornecedores, cuidar da contabilidade... é o homem-banda tocando bumbo, prato, gaita, violão, etc. A tecnologia é aliada capaz de economizar tempo e facilitar o dia a dia. Serve para controlar operações bancárias, fazer contatos, se comunicar com fornecedores e clientes, divulgar o produto e assim por diante. Aliás, a divulgação jamais pode ser negligenciada. Quem não aparece, deixa de existir para o público. É fundamental estar presente na lembrança das pessoas. O consumidor pode não querer comprar determinado item agora, mas quando desejar, vai procurar quem está vivo na sua mente. Outro fator crucial é ter uma estratégia para quando não for trabalhar (doença e férias). Parcerias com outros profissionais e empresas são úteis para não deixar de atender algum cliente. Se a regra é dançar conforme a música, a atual recessão impõe aprender novos passos. Só assim será possível superar essa fase hostil sem perder o ritmo. Bruno Caetano diretor superintendente do Sebrae-SP Economizar, palavra do ano para este Natal O ano mal chegou ao fim e o brasileiro já está pensando em 2016. Com o cenário econômico instável e o mês de janeiro carregado de contas para pagar, a população já está economizando, e no Natal isso não será diferente. As pesquisas já apontam: 2015 terá o pior Natal dos últimos 12 anos, com recuo de 4,1% nas vendas, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio. Diante disso, não é novidade que entre países como México, Argentina, Uruguai e Chile, o Brasil é o campeão da “pechincha”. Pelo menos um em cada cinco habitantes pedem um desconto na hora de comprar, um sinal que o consumidor está alerta para os gastos do bolso. Além das pesquisas feitas online, o brasileiro também está “chorando” maiores descontos para economizar. “Pechinchar não é algo vergonhoso, mas sim uma coisa que deve ser feita. Muitas vezes as lojas podem baixar os preços, fazer mais ofertas, mas não o fazem simplesmente porque o cliente não pediu”, conta Leonídio Filho, criador do aplicativo Dica de Preço. Inclusive foi dessa forma que o empresário teve a ideia de criar esse app, já que o pai tinha por hábito “pechinchar”. Atualmente, 78% das pessoas afirmam que passaram a pedir mais descontos nos últimos meses, o que é um número bem superior comparado a outros países da América Latina e também Divulgação O ato de pechinchar é normal em países europeus e na Ásia, e não é vergonhoso do próprio Brasil em anos anteriores. As conversas com as vizinhas e amigos sobre onde compraram tal produto mais em conta migrou para o mundo digital. Com o advento da internet, a população passou a pesquisar os melhores preços nas lojas online e e-commerce, e a negociar em chats e redes sociais. Neste ponto, os aplicativos gratuitos e sites podem ajudar, como no caso do próprio Dica de Preço (www. Aplicativos ajudam a pechinchar. Ato é salutar e muito utilizado em grandes economias dicadepreco.com.br/) , que funciona como uma rede social e um comparador, onde o consumidor pode trocar informações com outros usuários e também ver em tempo real os produtos que lhe interessam e estão com as maiores ofertas no momento. Mas sem dúvida, somente isto não basta. É necessário chegar no caixa, na hora de pagar e pechinchar mais, conseguir mais descontos ou outro item ou serviço inclusos no valor total. Para fechar as contas e economizar no orçamento é preciso entrar no “Natal da Pechincha”. CAROS ASSINANTES Devido a reformulações em nossos roteiros de distribuição, a entrega do seu jornal pode sofrer certo atraso. Para melhoria de nosso serviço, nova equipe está sendo treinada e capacitada. Pedimos a compreensão de todos e agradecemos a paciência. Nossa central de atendimento está à disposição através do telefone: (11) 4735-8015 e no e-mail: [email protected]