8 Terça-feira 3 de março de 2015 Jornal do Comércio - Porto Alegre Economia relatório conjuntural Um polo de inteligência O que já foi um parque fabril prestador de serviços para companhias estrangeiras transformou-se em polo de inteligência para um dos produtos mais comercializados no mundo, o calçado – escreve muito apropriadamente o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, no editorial da edição de fevereiro deste ano da revista da entidade, Indústria em Ação, que reproduz extensa matéria sobre “O Caminho do Calçado”. E acrescenta: “Ao enfrentar a concorrência volumosa de uma China potente em produtividade, nossas empresas aprenderam a cultivar outros atributos: qualidade e inovação alinhadas com questões culturais de moda e características diferenciadas para cada mercado conquistado no Brasil e fora dele”. Business Meeting A Farmácias Associadas realiza, nesta sexta, no Hotel Continental de Porto Alegre, seu 3º Business Meeting, que deve movimentar R$ 6 milhões em vendas entre laboratórios e as unidades da rede, acréscimo de 20% sobre 2014. Para 2015, a rede planeja adicionar mais 50 pontos de venda aos 722 atuais, crescimento de 12%. Hóspedes ilustres Além dos times de futebol que se hospedam na rede Master de Hotéis de Porto Alegre, já confirmaram hospedagem no primeiro semestre músicos como Humberto Gessinger e NX Zero, grupo Stomp e os artistas dos espetáculos “Uma noite em Buenos Aires” e “Who´s bad”, além dos participantes do X Fastaspoa. Semana da mulher O Rua da Praia Shopping de Porto Alegre preparou uma semana especial em homenagem ao Dia da Mulher, que ocorre domingo. Ela inclui avaliação funcional, aula de ritmos, workshops sobre maquiagem, cuidados com a pele, moda, dietas e organização, além de palestra sobre empreendedorismo feminino. Crescimento de 15% A instabilidade econômica do Brasil, que já inflou o câmbio, não atemorizou a World Study Porto Alegre, que em 2014 cresceu 18% nas vendas e 34% nos negócios sobre o ano anterior. E estabeleceu como meta crescer 15% em 2015, segundo a diretora regional, Carla Mussoi. Resorts, o paraíso das crianças É crescente no Brasil o surgimento de resorts, graças principalmente ao fato de viabilizar o lazer completo de famílias, com ênfase para as crianças. E um dos pioneiros no Sul é o Costão do Santinho, em Florianópolis, lançado em 1991, pela família Fernando Marcondes de Matos. Ele oferece recreação para crianças de três idades diferentes: o Costão Baby, para até três anos; Costão Kids, de 4 a 6 anos; e Galera Radical, de 7 a 11 anos. Para crianças menores, há um espaço especial de lazer e descanso, perfeito para atividades lúdicas, de aprendizado e que estimulam a interação com outras crianças, atendido por uma equipe preparada de monitores. Destaque ainda para o restaurante das crianças, com alimentação adequada à idade. GESTÃO DE CRISE E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS Focus revisa para baixo PIB pela nona vez seguida Para 2016, expectativa de analistas segue um pouco mais otimista Com a deterioração das estimativas para a produção industrial, a mediana das previsões para o PIB de 2015 aprofundou a perspectiva de retração e passou de 0,50% para 0,58% no Relatório de Mercado Focus divulgado ontem pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa ainda estava positiva, em 0,03%. Esta foi a nona revisão seguida para baixo desse indicador. Para 2016, a expectativa segue um pouco mais otimista. A previsão de alta de 1,5% foi mantida pela quarta semana consecutiva. A produção industrial continua como referência para a confecção das previsões para o PIB em 2015 e 2016. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de queda de 0,72% para este ano, bem maior do que a previsão de baixa de 0,35% vista na semana passada e de alta de 0,50% de quatro semanas atrás. Para 2016, as apostas de expansão para a indústria são de elevação e foram ampliadas de 2,00% para 2,4% de uma semana para outra. Mesmo assim, a mediana está mais baixa do que a vista quatro edições anteriores da pesquisa Focus: 2,5%. Os economistas alteraram também suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2015, a mediana das previsões passou de 37,90% para 38,20% – quatro semanas antes esse número estava em 37,00%. No caso de 2016, as expectativas ficaram congeladas em 38,90% de uma semana para outra – um mês atrás estava em 37%. As projeções do mercado financeiro para a balança comercial apresentaram melhora tanto para 2015 quanto para 2016. A mediana das estimativas para o saldo comercial em 2015 saiu de um saldo positivo de US$ 4,40 bilhões para US$ 5 bilhões no período, mesmo patamar visto quatro semanas atrás. Para 2016, a mediana das projeções aumentou de um superávit de US$ 11 bilhões para US$ 11,24 bilhões. Um mês antes, a projeção mediana era de uma saldo positivo de US$ 10,51 bilhões. No caso das previsões para a conta-corrente, o mercado financeiro ajustou a mediana para 2015 de um déficit de US$ 78,40 bilhões da pesquisa passada para US$ 79,1 bilhões. Quatro semanas atrás estava em US$ 78 bilhões. Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo passou de US$ 69,75 bilhões para US$ 70 bilhões. Mercado de Capitais Eletrobras e Vale contribuem para Ibovespa iniciar março em queda A Bovespa devolveu ontem parte dos 10% de ganhos acumulados em fevereiro. Operou o dia todo no vermelho e terminou com retração de 1,09%, aos 51.020 pontos. A queda foi bastante disseminada pelas ações da bolsa, com destaque para Eletrobras e Vale. Com o recuo, o Ibovespa diminuiu os ganhos acumulados no ano a 2,03%. Por causa da agenda esvaziada da sessão, o giro também foi mais contido e totalizou R$ 5,24 bilhões. A China foi citada pelos investidores como um fator negativo, após um corte de juros que, pela manhã, acabou tendo leitura positiva. À tarde, o que se ouviu é que a desaceleração econômica da China pode dificultar nossa recuperação e que, se teve que cortar a sua taxa de juros, o país mostra que está tendo dificuldade de retomar a trajetória firme de crescimento. Vale terminou com forte baixa, mas não por causa dos chineses. Foi rebaixada pelo Itaú BBA e a ação ON caiu 3,25% e a PNA, 3,13%. Petrobras ON recuou 2,11% e a PN, 1,78%. E Eletrobras liderou as perdas do Ibovespa, com -7,07% a PNB e -4,49% a ON. Nos EUA, as bolsas se encaminhavam para um fechamento em alta. O mês Fechamento 24/0225/02 26/02 27/02 2/03 52.000 51.874 51.000 51.760 51.811 51.020 51.583 50.000 49.000 48.000 47.000 1,16 0,12 0,10 0,34 1,09 fonte: bm&fbovespa Volume R$ 5,246 bilhões de março começou com o dólar em trajetória ascendente. A moeda à vista no balcão fechou em R$ 2,893 (+1,30%).