MÃOS QUE FALAM, OLHOS QUE ESCUTAM Autora – Maria Inês de Oliveira Tondo Instituto Educacional Santa Catarina Facudade Jangada – Atena Cursos Curso de Capacitação em Atendimento Educacional Especializado 13/06/2015 RESUMO O presente paper descreve sobre temas questionadores e atuais em relação a deficiência auditiva e linguagem de sinais. Através da História do Surdo é possível interpretar diversas situações relacionadas ao tema. Constitucionalmente, o deficiente auditivo tem direito a Educação e ao conhecimento e domínio da linguagem de sinais para que consiga estabelecer comunicação com outro surdo e até com ouvintes. São citados características, dúvidas e sugestões para identificar e auxiliar nos casos de Deficiência Auditiva. As mãos falam e os olhos escutam, mas será que a sociedade em geral está realmente preparada para receber essas crianças ou adultos em seu ambiente profissional, educacional e até mesmo social? A inclusão está dando os primeiros passos, no entanto ainda tem várias barreiras para vencer, que não são poucas e nem simples. Palavras-chave: Criança. Deficiência Visual. Linguagem de Sinais. 1 INTRODUÇÃO A preocupação com a educação dos surdos teve inicio basicamente no século XVII. A partir dessa época foram surgindo diversos estudos e atendimentos especializados para essa deficiência. Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição da capacidade de escutar os sons. Diversas são as causas, mas qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode le’var a uma deficiência auditiva, sendo cada uma delas de acordo com a idade dos indivíduos. A primeira língua utilizada pelos surdos deve ser a língua de sinais, pois ela servirá de base para a aquisição da segunda língua. Assim a língua do país de origem do surdo deve ser sua segunda língua, no caso do Brasil, seria o Português. A língua de sinais é basicamente produzida com as mãos e auxiliada pelos movimentos do corpo e da face, que desempenham diferentes funções. Para isso, duas condições devem ser cumpridas: a simetria e a dominância. Para prestar atendimento adequado aos surdos o professor necessita buscar informações sobre o aluno com a deficiência, bem como orientações sobre a maneira correta de agir com o mesmo, de modo que não tenha preconceitos e auxilie o aluno quanto ao desenvolvimento da aprendizagem. 2 Existem leis que fundamentam a língua de sinais e a inclusão do aluno surdo ao ambiente escolar e a inclusão da Libras como disciplina curricular nos cursos de formação de professores é um exemplo. Atualmente no Brasil, vários são os programas e centros de apoio aos alunos com surdez e deficiência auditiva. 2 HISTÓRIA DO SURDO Até o século XV, não havia nenhum interesse na educação dos surdos, que eram considerados pessoas primitivas, sendo relegados a marginalidade na vida social. Não havia direitos assegurados, nem uma cultura suficientemente desenvolvida que os aceitasse em sua diferença. Somente a partir da Idade Média que os dados com relação à educação e à vida do surdo tornam-se mais razoáveis. E é nessa época que começam a surgir os primeiros trabalhos no sentido de educar a criança surda. O século XVII é considerado o período mais próspero no que se refere à educação dos surdos, nessa época houve a fundação de várias escolas. Além disso, qualitativamente, a educação para os mesmos também evoluiu, já que através da língua de sinais, eles puderam aprender e dominar diversos assuntos e exercer diferentes profissões. Entretanto, no início do século XX, a maior parte das escolas de surdos abandonou o uso da língua de sinais. Isso foi consequência do famoso Congresso de Milão de 1880, quando a despeito do que pensavam os surdos, considerou-se que a melhor forma de educação seria aquela que utilizasse unicamente o oralismo. Percebe-se aí mais uma vez a tendência à padronização, considerando que o surdo, para viver em sociedade, deveria conseguir ouvir com uso de aparelho e falar através de exaustivos exercícios, como se fosse ouvinte, para só então ser aceito pela sociedade ou pelo grupo social. Em 1857 foi fundado o Instituto Nacional de Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação do Surdo (INES) onde era utilizada a língua de sinais. Com a tendência determinada pelo Congresso de de Milão, em 1880, em 1911 o INES estabeleceu o oralismo como método de educação dos surdos. É nos anos 70 que chega ao Brasil a Filosofia da Comunicação Total. Mas já na década seguinte, começa a ganhar força no país a Filosofia do Bilinguismo . Em 1968, Roy Holcon dá origem ao método de Comunicação Total, que tem como principal preocupação os processos comunicativos entre surdos e surdos, entre surdos e ouvintes. Esta filosofia também se preocupa com aprendizagem da língua oral pela criança surda, mas acredita que os aspectos cognitivos, emocionais e sociais não devem ser deixados de lado em prol do aprendizado exclusivo da língua oral. Por este motivo, essa filosofia defende a utilização de 3 recursos espaço-viso-manuais como facilitadores da comunicação. Essas ideias foram fundamentadas por Goldfeld (2002, p.38). 3 COMO IDENTIFICAR UMA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA E AS POSSÍVEIS CAUSAS Do nacimento até os doze meses de idade, a criança não reage a um forte bater de palmas; não procura com os olhos de onde vem o som; não responde a fala dos pais; não entende ao ser chamado pelo nome e nem compreende frases simples; não aponta objetos quando interrogada e nem imita sons. Dos doze meses aos cinco anos de idade, a criança reage quando é chamada pelo nome, desde que veja quem está falando; pode obedecer e começar a se comunicar por meio da linguagem de sinais; nessa fase não há enriquecimento vocabular; não gosta de ouvir histórias; tem dores de cabeça e infecções nos ouvidos; pode ser confundida por desobediente a ordens dadas em linguagem oral; não localiza a direção do som e observa intensamente o rosto dos pais quando falam. Com mais de cinco anos de idade, a criança tem dificuldades em prestar atenção a conversas em língua portuguesa oral; não responde quando é chamado oralmente; confunde direções ou não as entende; não se desenvolve bem na escola e possui um vocabulário pobre em língua portuguesa oral, evitando pessoas, brincando sozinha e tem frequentes resfriados e dor de ouvido. Entre as principais causas das deficiências auditivas estão as anomalias hereditárias, rubéola materna, nascimento prematuro, incompatibilidade sanguínea entre mãe e criança, otite e meningite. Entretanto, a maior implicação de um problema auditivo de qualquer grau, nos primeiros três anos de vida de uma criança é a dificuldade na aquisição da linguagem oral. Um problema sensorial como a surdez traz consequências irreversíveis muitas vezes. No passado os surdos eram considerados incapazes de serem ensinados, por isso eles não frequentavam escolas, ouve assim grandes controvérsias sobre os melhores métodos para educa-los, o método oral e o manual de comunicação foram as principais controvérsias nos dias atuais. As abordagens de comunicação incluem três métodos: oral, auditivo, soletração com os dedos e comunicação total (que parece ser o mais atual). Para os pais que tem uma imagem positiva do filho os sinais constituem um meio facilitador da interação levando a valorizar tanto o sinal quanto a fala na interção com o filho surdo, observando assim, as reais possibilidades comunicativas das crianças. Quando os pais recebem informações inadequadas quanto ao diagnóstico, tendem a lamentar e negar a surdez do filho por um longo período, mas para que isso não ocorra os pais devem passar 4 por um processo de adaptação emocional, que ao fim deste já aceitarão a realidade da surdez e começarão a desenvolver um novo relacionamento com o filho. Nos seres humanos, temos a tendência de nos reunirmos com nossos iguais e com os surdos não é diferente, eles geralmente buscam um grupo que possam se sentir a vontade, onde se utilize a mesma língua, que é a linguagem de sinais. 4 A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS Na linguagem de sinais, duas condições devem ser cumpridas: simetria e dominância. A simetria estabelece que quando duas mãos se moverem na produção do sinal, ambas deverão ter a mesma configuração, com movimentos simultâneos ou alterados. Na dominância, quando as configurações das mãos forem diferentes apenas uma delas, a ativa, deve mover-se; a outra servirá de apoio. Segundo a SEED (1998) a estrutura gramatical é organizada nos diferentes níveis linguísticos: -CM – Configuração de Mão é a forma que a mão assume durante a realização dos sinais. Exemplo: telefone/ avião em y. -PA – Ponto de Articulação é o lugar do corpo em que se realiza o sinal. Exemplo: laranja/aprender (mão fechada na boca ou testa). -M – Movimento é deslocamento da mão no espaço durante a realização dos sinais. Exemplo: educação/frango/homem (mão em L no braço, na cabeça e na barba). A língua de sinais é tão eficaz quanto a oral pois é plena e tem estrutura gramatical própria, permitindo a expressão de qualquer sigunficado, pois contém todos os mecanismos adequados de comunicação. No entanto, para ocorrer avanços nessa área faz-se necessário o treinamento de intérpretes e professores, para utilizarem a Libras com maior facilidade. Conforme nos mostra Skliar (1997, p.109), um grupo não muito numeroso de educadores ouvintes impôs a superioridade da língua oral em relação a língua de sinais e decretou sem fundamentação cientifica que a primeira língua deveria constituir o único objetivo do ensino. As motivações e ideias que fizeram possível essa conclusão, que não pode nem deve ser considerada somente de natureza metodológica, são ainda hoje objeto de estudo por parte de numerosos pesquisadores. A Libras permite ao surdo uma forma de comunicação diferente que deve ser respeitada, pois trata-se de uma língua legalmente reconhecida. Apesar de apenas uma minoria utilizá-la, a primeira língua a ser adquirida pelo surdo é a Libras e sua difusão é muito importante para que as pessoas tenham reconhecimento da influência que ela exerce na comunicação dos surdos. 5 A Libras é pouco usada pelos ouvintes que trabalham diretamente com os surdos em sala de aula. Os surdos precisam de uma escola que atenda suas necessidades especiais, que seja capaz de desenvolver a língua de sinais como primeira língua e que seja vista como uma postura política e ideológica de respeito ao grupo. O aluno com deficiência auditiva necessita de atendimento em salas de recursos, geralmente no turno inverso ao de seu horário de estudos normais. Nessas salas o educando irá desenvolver as habilidades do aluno com o auxílio de profissionais de saúde e professores especializados, pois em alguns casos um só profissional poderá não dar conta das necessidades a serem superadas pelo deficiente. Ao receber um aluno com necessidades especiais, o professor provavelmente se sentirá inseguro e com muitas dúvidas. O recomendável para que essas interrogações desapareçam é que se procurem informações sobre a criança em seu ambiente familiar com outros setores da escola e até mesmo com a simples observação de comportamento do aluno, devendo ter uma atitude reflexiva diante da questão, usando a sensibilidade e o bom senso na solução dos problemas que poderão surgir apartir da relação aluno x professor. É importante que o professor, ao receber um aluno deficiente auditivo, informe as outras crianças que irão receber um colega um pouco diferente no sentido da audição e linguagem. Deve lhe explicar-lhes que se trata de um colega surdo e portanto não irá ouvi-los e nem dialogar como eles, mas que com o tempo encontrarão formas de interação. Os alunos com surdez baseiam-se mais nas pistas visuais do que nas auditivas. A utilização de recursos visuais em sala de aula facilita a compreensão e a aprendizagem do aluno. Devem ser utilizados fotos, gravuras e desenhos. Ainda podem ser utilizados línguas de sinais, mímicas e gestos que ajudam a dar sentido ao que está sendo estudado. Na sala de aula, o aluno com surdez deve estar posicionado em um local onde possa enxergar o professor de frente, especialmente com seu rosto iluminado, facilitando a leitura facial, a visualização dos gestos e expressões faciais e corporais. A Língua Brasileira de Sinais – Libras foi desenvolvida apartir da língua de sinais francesa. As línguas de sinais não são universais, sendo que cada país possui a sua. A Libras possue estrutura gramatical própria. Os sinais são foramdos por meio da combinação de formas e de movimentos das mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço. 4.1 LEIS QUE REGULAMENTAM O ENSINO DE LIBRAS E A INCLUSÃO O decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamentou a lei 10.436/02, definiu formas institucionais para o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, 6 visando o acesso das pessoas surdas à educação. O decreto trata ainda da inclusão da Libras como disciplina curricular nos cursos de formação e nos cursos de Fonoaudiologia. Trata também da formação do professor de Libras e do instrutor e intérprete de Libras/ Língua Portuguesa, da garantia do direito à educação e saúde das pessoas surdas ou com deficiência auditiva, bem como do papel do poder público e das empresas no apoio ao uso e difusão de Libras. A Lei número 9394/96, cita a inclusão do portador de necessidades especiais como um dos novos paradigmas da educação brasileira, sendo ele legalmente amparado, o qual delega à família, à escola e à sociedade, o compromisso para a efetivação de uma proposta de escola para todos, como também que todas as pessoas com necessidades especiais busquem seu desenvolvimento para poder exercer sua cidadania. A Declaração da Salamanca, aconteceu na Espanha, entre 07 e 10 de junho de 1994 e foi elaborada em decorrência da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, reunindo delegados de 92 países e 25 organizações internacionais, cujo o objetivo era orientar organizações e governos para que todas as crianças fossem acolhidas nas diversas práticas educativas independente de suas condições físicas, emocionais, intelectuais, sociais ou quaisquer outras. Dessa forma, a Declaração da Salamanca tem a perspectiva de um mundo inclusivo, onde todos tenham direito à participação na sociedade em busca do mais alto nível de democracia. Segundo a legislação vigente, Libras constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas com deficiência auditiva do Brasil, na qual há uma forma de comunicação e expressão, de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria. 4.2 APOIO À EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM SURDEZ OU DEFICIÊNCIA AUDITIVA -Programa Interiorizando Libras: Apóia os processos de formação de professores e instrutores para atuarem juntamente com os alunos com surdez. O programa teve início no ano de 2003. -Centros de Formação de Profissionais de Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez: Tem como objetivo garantir aos sistemas de ensino profissionais habilitados para atuar com alunos surdos. Essas ações favorecem a socialização de informações sobre educação de surdos, assim como o adequado atendimento às necessidades linguísticas, educacionais e culturais dos alunos. -Curso de Graduação em Letras/Libras – UFSC: O MEC implantou o primeiro Curso de Graduação em Letras com Licenciatura em Libras, na modalidade à distancia, com o objetivo de formar professores para o ensino da Lingua Brasileira de Sinais. -Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES): É o órgão do Ministério da Educação que desenvolve a formação de profissionais para atuarem junto à pessoas com deficiência auditiva. 7 -Distribuição de Dicionários Ilustrados Trilíngues: Com o intuito de garantir a escolarização de surdos, a SEESP distribui para as escolas públicas com alunos surdos matriculados, dicionários Enciclopédicos Trilingue – Libras, Língua Portuguesa e Língua Inglesa. -Distribuição de Cd Clássicos da Literatura em Libras/Português: O MEC distribui aos sistemas de ensino a Coleção Clássicos da Literatura em Libras/Português composta de dez títulos paradidáticos infanto-juvenis, sendo eles: Alice no País das Maravilhas, Iracema, Pinóquio, Aladim, O Velho da Horta, Alienista, O Caso da Vara, A Missa do Galo, A Cartomante e O Relógio de Ouro. -APAS – Amigos e Pais de Surdos: A associação fornece cursos semestrais para professores, pais e comunidade interessada na Libras. Todos esses apoios educacionais, auxiliam o aluno com deficiência auditiva ou surdez a aprender melhor. Nesse sentido, Vygotsky (1997) considera que a criança com deficiência auditiva de um modo especial aprende e se desenvolve de forma idêntica, preocupa-se com o desenvolvimento das funções mentais superiores da linguagem, abordando assim a temática dos jogos, brincadeiras e da imaginação, sendo necessário uma pareceria entre família e escola para que isso ocorra de fato. Mantoan (1997, p. 68) nos diz que a escola deve encontrar as respostas de acordo com as necessidades dos alunos, sendo que o professor é fundamental nesse processo. Conforme Skliar (1997, p.141) a língua de sinais cosntitui o elemento identificado dos surdos e o fato constituir-se em comunidade significa que compartilham e conhecem os usos e normas de uso da mesma língua, já que interagem cotidianamente em um processo comunicativo, eficaz e eficiente. Isso significa desenvolverem as competências linguísticas, comunicarivas e cognitivas por meio do uso da língua de sinais própria de cada comunidade de surdos. Para Botelho (2002, p.26) o estigma e o preconsceito fazem parte do nosso mundo mental e atitudinal, tendo em vista que pertencemos a categorias, como mulheres, negros, analfabetos, políticos, professores, judeus, velhos, repetentes na escola, pós graduados, estrangeiros, desempregados, que são recebidos com pouca ou muita ressalva por um grupo determinado. Não importa a qual grupo se pertença, mas sim a qual queremos pertencer e isso é direito de cada indivíduo, podendo escolher o lugar na sociedade a que melhor se adapte. Para Almeida, Surdos e ouvintes tem línguas diferentes, mas podem viver numa única sociedade, desde que haja um esforço mútuo de aproximação pelo conhecimento das duas línguas, tanto por ouvintes como por surdos. (Almeida, 2000, p.3) Com o mínimo de esforço, ouvintes poderiam aprender a linguagem de sinais e com isso se tornaria real a socialização dos surdos nos grupos sociais, aceitando que surdos são pessoas normais que podem fazer parte de seus grupos de amigos e conviver de forma igualitária. 8 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da década de 80, o bilinguismo percebe a surdez como diferença linguística e não como deficiência a ser normalizada através da reabilitação. No Brasil, a preocupação em ampliar os serviços prestados aos surdos é pouca. Dificilmente os programas de televisão apresentam exibições em Libras, até porque ainda há descaso quanto a necessidade de intérpretes. No que diz respeito a abordagem educacional a ser adotada, não existe um consenso sobre qual delas (oralismo, comunicação total ou bilinguismo). Os surdos deixaram de ser vistos como deficientes, mas apesar disso ainda são marginalizados pela falta de oralidade. A mudança no tratamento com a pessoa deficiente resultou de alterções culturais aceitas e gradualmente vividas e não apenas por normas ou leis repentinamente impostas e sistematicamente descumpridas. A inclusão social e escolar está cada vez mais presente na sociedade atual, mas infelizmente aparece muito mais na teoria do que na prática. Cabe a cada um de nós fazer com que essa teoria se torne uma prática constante para o bem estar de todos. No dia 26 de setembro comemora-se o Dia Nacional do Surdo e essa data marca a luta histórica da comunidade surda por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania. Espera-se que no futuro, a sociedade viva cada vez mais em harmonia e respeito as diferenças, onde todos possam construir uma sociedade igualitária, sem precsnceitos e descriminações, principalmente em cada ser humano e não só em função das leis. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Elizabeth Oliveira Crepaldi. Leitura e Surdez: um estudo com adultos não oralizados. Rio de Janeiro: Revinter, 2000. BOTELHO, Paula. Linguagem e Letramento na Educação dos Surdos: ideologias e práticas pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. BRASIL, LDB. Lei 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. _______, Ministério da Educação – Secretaria da Educação Especial. Inácio, Wenderson Honorato. A Inclusão Escolar do Deficiente Auditivo: Contribuições para o debate Educacional. 9 CRE Mario Covas. www.crmariocovas.sp.gov.br - Acesso em 30 de maio de 2015. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA E LINHA DE AÇÃO SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS. Brasília: Corde, 1994. GÓES, Maria Cecília Rafael de. Linguagem, Surdez e Educação. Campinas, SP: Autores Associados, 1996. GOLDFELD, Márcia. A Criança Surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. 2° ed. São Paulo: Plexus Editora, 2002. KIRK, Samuel A. e Gallagher, James J. Educação da criança excepcional. 3° ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A interação de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon:1997. PEREIRA, M.C. Interação e Construção do sistema gestual em crianças deficientes auditivos/filhos de pais ouvintes. Tese Doutorado – UNICAMP, 1989. PORTAL DO MEC https://www.mec.gov.br/seesp Acesso em 30 de maio de 2015. SKLIAR, Carlos (org.). Educação e Exclusão: abordagem sócio-antropológica em educação especial. Porto Alegre: Mediação, 1998. ________ A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação,1998.