INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE/SOEBRAS CONTARDO BARBIERI FILHO SEIOS MAXILARES Ubá 2015 CONTARDO BARBIERI FILHO SEIOS MAXILARES Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Implantodontia do CSFUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO UBÁ, como requisito parcial para obtenção do titulo de Especialista em Implantodontia. Orientadora: Prof. Rezende de Lacerda. Ubá 2015 Ms. Evelyn Júri CONTARDO BARBIERI FILHO SEIOS MAXILARES Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Implantodontia do ICSFUNORTE/SOEBRAS NÚCLEO UBÁ, como requisito parcial para obtenção do titulo de Especialista em Implantodontia. Aprovado em PROF. MS. EVELYN JURI REZENDE DE LACERDA PROF. MS. HÉSIO MAGRI DE LACERDA Ubá 2015 Agradeço aos meus mestres, Dra. Evelyn e Dr. Hésio, pelo aprendizado, pelo apoio, pela compreensão e pela amizade. Á toda equipe de funcionários e auxiliares, o meu muito obrigado. Agradeço também a minha esposa Renata, pessoa com quem amo partilhar a vida. Obrigado pelo carinho, pela paciência e por sua capacidade de me trazer paz nos momentos mais difíceis. Dedico este trabalho aos meus filhos Lara e Tiago, que iluminaram de maneira especial os meus pensamentos, sempre servindo de inspiração com lições de vitória e superações. “Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: Amor no coração e sorriso nos lábios” Martin Luther King RESUMO A reabilitação oral por meio de implantes osseointegrados é uma realidade na prática clínica. Visto que a colocação de implantes na região posterior de maxila traz muitas complicações no que diz respeito aos seios maxilares e seus septos. As cirurgias de levantamento de seio vêm sendo amplamente utilizadas no intuito de reduzir os riscos de uma infecção ou uma perfuração dos seios maxilares. Para este fim o uso de radiografias e principalmente tomografias é de vital importância no reconhecimento e localização desta estrutura. Portanto o objetivo deste trabalho foi a avaliação pré-cirúrgica dos seios maxilares para atentar aos possíveis obstáculos existentes na execução da técnica de enxertia óssea, quanto às variações anatômicas, patológicas e lineares, anexando para isto no plano de tratamento exames radiológicos com imagens definidas, como a Tomografia Computadorizada (TC). Palavras-chave: Seios maxilares, levantamento de seio, septos paranasais. ABSTRACT Oral rehabilitation with dental implants is a reality in clinical practice. Since the placement of implants in the maxillary posterior area has many complications regarding the maxillary sinuses and their septa. The breast lift surgery have been widely used in order to reduce the risk of infection or perforation of the maxillary sinuses. For this purpose the use of X-rays and CT scans are particularly vital in recognition and location of this structure. Therefore the aim of this work is the pre-surgical evaluation of the maxillary sinuses to pay attention to possible obstacles in the implementation of bone grafting technique for anatomical, pathological and linear variations by attaching it to the treatment plan radiological examinations with sharp images, such as computerized tomography (CT). Keywords: Breast jaw, sinus lifting, paranasal septa. SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 09 2 PROPOSIÇÃO..................................................................................................................... 11 3 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 12 3.1 DESENVOLVIMENTO 12 3.2 ANATOMIA 15 3.3 RELAÇÃO SEIO MAXILAR E IMPLANTODONTIA 21 3.4 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO 26 4 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 32 5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 37 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 38 Barbieri Filho, Contardo. Seios Maxilares. Barbieri Filho, Contardo – Orientadora Profa. Ms. Evelyn Magri Rezende de Lacerda – Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/SOEBRAS núcleo Ubá. Monografia – (Especialização em Implantodontia) - Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/SOEBRAS núcleo Ubá, 2015. 39p: 1. Seios maxilares, 2. levantamento de seio, 3. septos paranasais. 9 1 INTRODUÇÃO A reabilitação de indivíduos desdentados totais ou parciais por meio da Implantodontia provou ser um recurso promissor na Odontologia. Entretanto o sucesso depende de uma quantidade mínima de tecido ósseo disponível para instalação de implante osseointegrado. Condição esta que muitas vezes não ocorre, devido ao processo de reabsorção do osso alveolar após a extração dentária a qual é rápida e contínua levando a diferentes níveis de atrofias, obrigando a uma reconstrução óssea. Misch (1993) avaliou o osso remanescente no assoalho do seio e classificou a abordagem cirúrgica em: Subantral1 (SA1) com instalação convencional do implante, Subantral 2 (SA2) com levantamento sinusal e instalação simultânea do implante, Subantral 3 (SA3) com enxerto sinusal e instalação retardada do implante e Subantral 4 (SA4) com enxerto sinusal e adiamento prolongado para a instalação do implante. O procedimento decorrente da pneumatização do seio maxilar com alteração no volume do mesmo é um fator determinante no processo de enxertia óssea e devido ao ganho ósseo a ser obtido é selecionado a área doadora. A enxertia óssea no seio maxilar desenvolveu-se a partir da modificação da técnica de Caldwell-Luc, com elevação integra da membrana sinusal, também conhecido por “sinus lift” (Boyne, James, 1980); sendo procedimento simples, mas criterioso, nos quais complicações podem ocorrer, como: perfuração da membrana sinusal, cistos, sinusite crônica, perda do enxerto e a não osseointegração do implante. Outro fator que pode dificultar o procedimento de elevação do seio maxilar é a presença de septos ósseos os quais limitam a osteotomia da janela de acesso na parede lateral podendo ocorrer a perfuração da membrana sinusal. O procedimento de instalação de implantes no seio maxilar pode ser em uma única fase quando o rebordo ósseo remanescente do processo alveolar do seio maxilar apresenta 10 altura mínima de 10 mm, mas com 5 mm é possível, desde que concomitante efetue-se a enxertia óssea ou em duas etapas efetuando primeiro a enxertia óssea (Andrade, 2001). A literatura sugere diferentes materiais de para enxerto ósseo; autógenos, alógenos e biomateriais, sendo o osso autógeno conhecido como padrão ouro, devido suas propriedades; osteogênico, osteoindutor e osteocondutor. Quanto aos biomateriais, apresentam resultados confiáveis graças ao avanço dos métodos e dos conhecimentos da fisiologia óssea tornando possível influenciar seletivamente a formação óssea adicionando a estes fatores o conceito de biomecânica, reparação e reabsorção alveolar considerando a menor morbidade proporcionada ao individuo (OLIVEIRA, 2010). A reconstrução óssea dos maxilares compõe-se de plano de tratamento apropriado, agregado de histórico completo e avaliação clínica do indivíduo, exames de diagnóstico por imagens os quais tiveram avanço considerável, informações que no tocante ao seio maxilar, além das considerações anatômicas e a presença de sinusopatias, informações as quais delineam o planejamento reabilitador do indivíduo atingindo o resultado estético e funcional, (OLIVEIRA, 2010). Diante das questões acima abordadas, o objetivo deste trabalho é a avaliação précirúrgica dos seios maxilares para atentar aos possíveis obstáculos existentes na execução da técnica de enxertia óssea, quanto às variações anatômicas, patológicas e lineares, anexando para isto no plano de tratamento exames radiológicos com imagens definidas, como a Tomografia Computadorizada (TC). 11 2 PROPOSIÇÃO O objetivo deste trabalho foi fazer avaliação pré-cirúrgica dos seios maxilares para atentar aos possíveis obstáculos existentes na execução da técnica de enxertia óssea, quanto às variações anatômicas, patológicas e lineares, anexando para isto no plano de tratamento exames radiológicos com imagens definidas, como a Tomografia Computadorizada (TC). 12 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 DESENVOLVIMENTO Segundo Stevão (2001) o terço médio da face comporta vários seios chamados de paranasais, e entre eles estão os seios maxilares. Esses seios paranasais se desenvolvem como uma expansão da mucosa nasal e progressivamente invaginam para dentro dos ossos faciais. O seio maxilar está presente ao nascimento e normalmente atinge o seu desenvolvimento máximo no começo da idade adulta, ao redor dos 18 anos. Seu desenvolvimento está ligado principalmente à função respiratória nasal. Hauman et al. (2002) relataram que o seio maxilar é o primeiro dos seios paranasais a se desenvolver na vida fetal humana, durante o quinto mês. Ao nascimento possui 10x3x4 mm de dimensão e continua crescer lentamente até sete anos de idade, quando a expansão ocorre mais rapidamente, até que todos os dentes permanentes irrompam. As dimensões médias do seio maxilar do adulto são 40x26x28 mm, com um volume médio de 15 ml. Na criança o assoalho fica 4 mm acima do assoalho da cavidade nasal e no adulto, quatro a 5 mm abaixo do assoalho da cavidade nasal. De acordo com Navarro et al. (2003) o crescimento dos seios paranasais é lento durante o período fetal, mas, após o nascimento, acelera-se em estirões de crescimento, que ocorrem na infância, puberdade e adolescência. Ao segundo mês de vida fetal, o seio maxilar é um broto do revestimento nasal, invaginando na maxila óssea. Ao nascimento é uma cavidade oval de poucos milímetros, acima do germe dental do primeiro molar decíduo. Antes dos dois anos alcança o germe dental do primeiro molar permanente. Durante os primeiros anos de vida o assoalho do seio maxilar está um pouco acima do nível do assoalho do nariz. 13 Aproximadamente aos oito anos de vida, eles estarão no mesmo nível e após os doze anos o assoalho do seio maxilar estará quatro milímetros abaixo do assoalho do nariz. O crescimento do seio maxilar acelera-se após a erupção dental da arcada superior e pode ocupar toda a maxila com expansões em todas as direções. Tiwana et al. (2006) relataram que o seio maxilar apresenta duas fases de crescimento: a primeira fase ocorre durante os três primeiros anos de vida e a segunda fase começa aos 7 anos e continua a 18 anos de idade, em paralelo com a erupção da dentição permanente. Maia Filho et al. (2007) informaram que o seio maxilar é muito pequeno ao nascimento e cresce lentamente até a puberdade e não está inteiramente desenvolvido até que todos os dentes permanentes tenham irrompidos. Sharan & Madjar (2008) concluíram que a pneumatização é um processo fisiológico que ocorre em todos os seios paranasais durante o período de crescimento, levando-os a aumentar em volume, sendo o seio maxilar o maior, e em dez semanas no útero, é o primeiro a se desenvolver. Depois do nascimento, o seio continua seu crescimento com o desenvolvimento do rebordo alveolar, com os dentes entrando em oclusão. Aos 12, 13 anos o assoalho do seio está no nível do assoalho nasal e aos 20 anos com a conclusão da erupção dos terceiros molares, a pneumatização do seio termina e ele atinge cinco milímetros abaixo do assoalho nasal. Em estudo com 152 casos, os autores concluíram que após extração de dentes posteriores ocorre o fenômeno conhecido como a quarta expansão, que foi comprovado com radiografias panorâmicas. Silveira et al. (2008) afirmaram que os seios maxilares, por sua proximidade com os dentes superiores, são os seios paranasais mais importantes na Odontologia. Estão presentes desde o nascimento, crescem rapidamente durante a erupção dos dentes decíduos, pelo processo conhecido como pneumatização e atingem cerca da metade do tamanho do seio maxilar de um indivíduo adulto, aos três anos de idade. O tamanho final dos seios é muito 14 variável. Embriologicamente são os primeiros seios paranasais a se desenvolverem e tem início por volta do septuagésimo dia da gestação, só estando completo na puberdade. Cavalcanti (2008) Após completar o período de crescimento ao final da adolescência, o fator isolado que mais contribui para alterar o formato do rebordo alveolar é a perda dos dentes e a maior parte da reabsorção óssea ocorre, principalmente, nos primeiros meses após a extração dentária. De acordo com Asaumi et al. (2010) o seio maxilar começa a se formar na décima semana de gestação, durante o processo de pneumatização primário, originando do meato médio e estendendo-se à cartilagem etmoidal. Na vigésima semana de gestação ocorre a pneumatização secundária, e então, os seios maxilares estendem-se à ossificação maxilar. Durante o desenvolvimento fetal o seio maxilar se alarga para formar a cavidade nasal com a maxila e ossos nasais circundando. Neugebauer et al. (2010) afirmaram que a cavidade do seio maxilar amplia durante a adolescência até o final do crescimento físico e o futuro alargamento é observado após perdas dentárias. 3.2 ANATOMIA Kayalioglu et al. (2000) afirmaram que variações das cavidades nasais são muito importantes para o otorrinolaringologista na cirurgia endoscópica sinusal, por isso avaliaram por meio de tomografia computadorizada dos seios paranasais, 82 pacientes adultos sem patologias sinusais e 90 com sintomas de doenças sinusais. Não encontraram correlação entre idade e variações nos seios paranasais e não houve diferença significativa entre homens 15 e mulheres. Dentre as variações encontradas nos 90 pacientes com sintomas de doenças sinusais, 2,22% apresentavam hipoplasia do seio maxilar. Miniti et al. (2000) afirmaram que o seio maxilar ou antromaxilar é uma cavidade no interior do osso maxilar, que tem comunicação com a fossa nasal através do óstio situado acima e atrás no meato médio. A parede inferior ou assoalho tem relação com a abóbada palatina e com os alvéolos dentários. As raízes dos molares e pré-molares podem formar saliências no assoalho do seio, do qual estão separadas apenas por uma delgada lâmina óssea e as vezes , esta lâmina pode estar ausente. A parede superior ou teto é representada pelo assoalho da órbita, onde encontra-se o canal do nervo infra-orbitário. A parede posterior está em relação com a fossa pterigopalatina e possui importante relação de vizinhança com a parede externa das fossas nasais. De acordo com Stevão (2001) o seio maxilar geralmente apresenta subdivisões que são formadas por septos ósseos ou membranosos. Cada seio maxilar pode ter três extensões que vão até as estruturas adjacentes. A extensão alveolar geralmente está em proximidade com as raízes dos molares maxilares. A extensão infraorbital representa a porção mais apical do seio maxilar. A extensão zigomática representa a pneumatização do segmento medial do zigoma. A espessura das paredes sinusais não é constante, especialmente a do teto e assoalho. O autor afirmou que o termo “levantamento do seio maxilar” não traduz o real procedimento cirúrgico que é executado nessa estrutura, independentemente da técnica adotada, ocorrendo apenas o levantamento do nível do assoalho do seio maxilar, considerando mais adequados os termos “antroplastia” ou “sinusoplastia maxilar”. Hauman et al. (2002) concluíram que a forma do seio maxilar é tipicamente piramidal, com a base da pirâmide nasal formando a parede lateral. O teto do seio forma o piso da órbita, a parede anterior corresponde a fossa canina da maxila anterior, a parede posterior separa a cavidade das fossas infratemporal e pterigomaxilar. O assoalho é formado 16 pelo processo alveolar da maxila e parcialmente pelo palato duro, pode se estender entre as raízes dos dentes adjacentes e o osso alveolar pode tornar-se fino, principalmente nos ápices dos dentes, de modo que as pontas das raízes se projetam no seio, cobertas por finíssima camada óssea e pela membrana da cavidade, como também pode estar ausente esse osso. A parede medial do seio maxilar ou parede lateral do nariz contém o óstio, que se abre no meato médio do nariz, onde é realizada a drenagem do seio. O seio maxilar em adultos é variável em sua extensão e em cerca de 50% da população pode se expandir para o processo alveolar da maxila apresentando estreita relação com as raízes do segundo pré-molar, primeiro e segundo molares. Em casos raros se estende até a região da raiz do canino. Kim et al. (2002) realizaram trabalho utilizando peças anatômicas referentes a 33 cabeças hemi-seccionadas de coreanos (19 homens e 14 mulheres), com média de idade de 55,8 anos, realizaram tomografias computadorizadas e as imagens foram reconstruídas, com criação de 6 categorias de seio maxilar, classificadas de acordo com a morfologia da parede inferior. Foram encontrados 55% com parede inferior lisa e todas as medidas (ânteroposterior, comprimento, largura, altura e volume) maiores nos homens que nas mulheres. O limite anterior do seio maxilar, foi na região do 1º pré-molar, em 58% dos casos (14 lados), 33% na região de caninos (8 lados) e 8% na região de 2º pré-molar (2 lados). O limite posterior foi na área da tuberosidade maxilar e 3º molar em 94% dos casos e 6% na região de 2º molar. Em crianças, o seio maxilar tem a forma geométrica de uma pirâmide ou de um cubo. Na realidade um cubo seria a melhor representação, uma vez que possui um teto, um assoalho e quatro paredes. O teto do seio está relacionado com a parede inferior da órbita e células etmoidais, o assoalho sinusal está relacionado com os processos alveolares da maxila. A parede anterior do seio maxilar corresponde a análoga maxilar da face, a parede lateral corresponde ao processo piramidal da maxila, onde se encontra o processo zigomático. A 17 parede posterior continua a partir da parede lateral e corresponde a tuberosidade da maxila. Finalmente a parede medial corresponde à parede lateral da cavidade nasal, onde se encontram os óstios principal e acessórios (quando ocorrem). Ainda de acordo com Navarro et al. (2003) as proeminências e recessos ósseos do assoalho do seio estão geralmente relacionados às raízes dos molares, cujos ápices podem não ter cobertura óssea estando em contato com o revestimento do seio. Septos ósseos transversais, sagitais e oblíquos podem se desenvolver e criar recessos ósseos. Segundo Arieta et al. (2005) o seio maxilar é considerado o maior dos seios paranasais, apresenta-se como uma cavidade preenchida por ar, que se comunica com a fossa nasal através do óstio sinusal maxilar. Varia em relação à forma e o tamanho, em indivíduos diferentes, podendo, também, apresentar variações entre os lados direito e esquerdo, em um mesmo indivíduo. Quanto as variações em relação a forma, encontramos extensões maxilares para o rebordo alveolar, região anterior, tuberosidade da maxila, palato duro, osso zigomático e região orbitária. Eles utilizaram uma amostra composta por 100 exames contendo radiografias periapicais e avaliaram a prevalência de extensões anteriores, que foi correspondente a 12% e desses 42% mostraram-se bilaterais. O critério para classificação das extensões anteriores foram seios maxilares estendendo-se da face distal do canino em direção à linha média. Tiwana et al. (2006) observaram que a forma do seio maxilar geralmente é piramidal e ele ocupa a maior parte da maxila, logo acima dos dentes superiores, estendendo-se superiormente até logo abaixo da órbita. Anteriormente, encontra-se logo atrás da parede anterior da maxila, e posteriormente é delimitado pela superfície infra-temporal do crânio. O assoalho do seio maxilar geralmente está diretamente acima dos três molares superiores, embora possa se estender aos ápices dos pré-molares e raramente ao canino. O seio pode invadir o osso ao alveolar ao redor das raízes dos dentes posteriores. A formação de 18 septos, completos e incompletos, dentro do seio é frequentemente notada. O óstio proporciona drenagem do seio para o meato médio da cavidade nasal. Em uma cavidade septada, óstios acessórios são encontrados para facilitar a drenagem. Ferreira et al. (2007) informaram que a parede anterior do seio maxilar pode se estender até a borda piriforme lateral do nariz. A parede superior representa o assoalho orbital, a parede posterior corresponde à região pterigomaxilar, a parede mediana separa o seio maxilar da fossa nasal, a parede lateral forma a região posterior da maxila e o processo zigomático. O assoalho do seio maxilar é reforçado por septos ósseos membranosos que se unem em sentido oblíquo ou transverso nas paredes mediais e ou laterais. Maia Filho et al. (2007) compararam o seio maxilar a uma pirâmide quadrangular, tendo como base a parede lateral da cavidade nasal (parede medial) e como ápice o osso zigomático, apresenta quatro paredes, anterior, posterior, superior e inferior (soalho), Os seios maxilares variam de acordo com cada indivíduo, com a idade e entre os dois seios do mesmo indivíduo. Geralmente o assoalho sinusal se estende do primeiro pré-molar até a tuberosidade do maxilar, citaram casos em que alcança o alvéolo de canino e incisivo lateral e em outras situações a partir do primeiro molar. Ruprecht & Lam (2007) afirmaram que grandes aumentos do seio maxilar e de outros seios paranasais são características típicas de acromegalia e a hipoplasia dos seios maxilares ocorrem unilateralmente em aproximadamente 1,7% dos pacientes e bilateralmente em 7,2%. Shibli et al. (2007) realizaram estudo por radiografia panorâmicas, com 1.024 pacientes edêntulos no maxilar superior, foram detectados 307 septos nos seios maxilares, em 221 pacientes, 13,18% apresentavam um septo sinusal, 8,4% apresentavam septo em ambos os lados. 19 Lawson et al. (2008) observaram que variações no volume e configuração sinusal frequentemente são encontrados e envolvem, extensão posterior para o zigoma, pneumatização inferior nos alvéolos dentais sobre as raízes dos dentes posteriores ou entre eles, em áreas edêntulas, anteriormente o seio maxilar não se estende além do primeiro prémolar, com o canino e incisivo lateral posicionados abaixo da cavidade nasal. Se um paciente está assintomático e o seio não comprime estruturas além das suas fronteiras é chamado hiperseio. Se o paciente tem pressão local ou sintomas e o seio está invadindo outras estruturas além do limite normal, com paredes ósseas intactas, é denominado pneumosinus dilitans. Quando as paredes do seio estão afinadas ou tem perda da integridade é denominado pneumocele. Se existe ou se desenvolve um defeito estrutural na parede óssea do seio e o ar, então, move-se para fora do seio para os tecidos circundantes, o termo empregado é pneumatocele. Gosau et al. (2009) avaliaram em 65 cadáveres (130 seios maxilares) o volume do seio maxilar, cuja média foi de 12,5 ml e foram encontrados 35 septos (27%), com altura média de 5,4 mm, sendo 29% na região de primeiro molar, 23% de segundo molar e 23% de segundo pré-molar. O conhecimento do volume do seio maxilar, assim como a localização, morfologia e altura dos septos são relevantes para cirurgias do seio maxilar ou procedimentos de elevação do assoalho do seio. Lehmann et al. (2009) em estudo constataram que as variações anatômicas da cavidades naso-sinusais da face são frequentes e a hipoplasia do seio maxilar ocorreu em 8,9% dos casos. Kilic et al. (2010) avaliaram 87 regiões do seio maxilar direito e 89 do seio maxilar esquerdo de 92 pacientes, examinados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico. Observaram que a distância entre o assoalho do seio e os ápices dos dentes foi maior nos primeiros pré-molares e menor na raiz vestíbulo-distal dos segundos molares. 20 Lee et al. (2010) avaliaram 236 seios maxilares em 204 pacientes, com exclusão de casos com alterações patológicas, utilizando tomografia computadorizada, quanto a situação e prevalência de septos no seio maxilar. Foram encontrados septos em 24,6% dos 236 seios maxilares, com 27,3% localizados na região anterior, 50% na região média e 22,7% na região posterior. Park et al. (2011) avaliaram 200 pacientes que receberam tratamentos com implantes, na Universidade de Odontologia de Yonsei, Seul, na Coréa, selecionados randomicamente para análise dos septos sinusais por meio de tomografia computadorizada. Foram encontrados 111 septos nos 400 seios maxilares (27,7%), que correspondeu a 37% dos pacientes. 25 septos (22,5%) foram encontrados na região anterior, 51(45,9%) no meio e 35(31,5%) na região posterior. A análise da orientação da direção se mostrou vestíbulopalatina em 106 septos, sagital em 4 e transversal em 1. A altura do septo foi 7,78 + 2,99 mm e 7,89 + 3,09 mm, nos seios direito e esquerdo, respectivamente. Sahlstrand-Johnson et al. (2011) concluíram que os seios paranasais são complexas estruturas anatômicas com uma significativa variação inter-individual. 3.3 RELAÇÃO SEIO MAXILAR E IMPLANTODONTIA Cavicchia et al. (2001) observaram que a pneumatização excessiva do seio maxilar após perda dentária, frequentemente interfere na colocação de implantes ósseointegrados e a elevação de mais de 5mm do assoalho do seio maxilar aumenta o risco de perfuração da membrana sinusal, que não determina necessariamente o insucesso do implante mas certamente a regeneração do tecido sobrecarregado na área do seio será impossível. Os autores apresentaram uma técnica de elevação do assoalho do seio maxilar, menos invasiva, que foi empregada na instalação de 97 implantes com sucesso em 88,6% dos casos. 21 De acordo com Maksoud (2001) várias complicações durante e após o procedimento de enxerto no seio maxilar tem sido relatadas na literatura. A mais comum é a perfuração da membrana sinusal, mas também foi relatada formação de mucocele, sinusite crônica, infecção, perda do material enxertado e falha na integração do implante. As principais complicações de cirurgia dos seios são sinusite maxilar, infecção com possibilidade de falha no enxerto, perda do implante após a fase cirúrgica e fístula oroantral, segundo El Charkawi et al. (2005) que descreveram um caso de deslocamento de implante para o interior do seio maxilar e relataram que é uma complicação rara. Jung et al. (2006), em estudo com 8 cães, instalaram 15 implantes, penetrando a membrana do assoalho do seio maxilar, na medida de dois, quatro e oito milímetros. Seis meses após o procedimento foram realizadas tomografias computadorizadas e os cães foram sacrificados para verificar sinais de infecção no seio maxilar, adequado posicionamento dos implantes e formação óssea em torno do implante. Foram usados cães nesse estudo em função da semelhança do epitélio respiratório ao do ser humano. A TC não mostrou sinais de infecção ou outros achados patológicos no seio maxilar ou a perda da integração do implante. No exame macroscópico de dois milímetros de penetração do implante, este foi recoberto por uma membrana recém-formada, no entanto, nos implantes de quatro e oito milímetros de penetração, estes não foram totalmente cobertos com a membrana e foram observados detritos acumulados na superfície apical dos implantes. Os autores concluíram que novos estudos são necessários, com um período de tempo maior para se avaliar se o acúmulo de resíduos pode se tornar uma fonte de inflamação e sinusite. De acordo com Aguiar et al. (2007) quando indivíduos perdem seus dentes, o estímulo que mantém a qualidade e quantidade óssea desaparece, ocorrendo uma reabsorção do processo alveolar, reduzindo sua altura e espessura. Devem ser tomadas precauções durante o tratamento com implantes dentários em região do seio maxilar, para que não ocorram 22 iatrogenias. A introdução acidental de corpos estranhos e complicações durante cirurgias implantodônticas na região posterior da maxila é relatada na literatura com certa frequência, resultando num tratamento cirúrgico adicional para sua resolução. Os autores comentaram que para remoção de materiais do interior do seio maxilar podem ser utilizadas diferentes técnicas cirúrgicas, como um acesso pelo próprio local da comunicação (Técnica de Caldwell-Luc) e a cirurgia endoscópica. De acordo com Ferreira et al. (2007) a frequência de edentulismo maxilar é 35 vezes maior que mandibular, entre pessoas edêntulas em apenas um dos arcos. O advento da implantodontia, através do protocolo de Branemark abriu um vasto número de possibilidades para tratamento de pacientes edêntulos, entretanto, existem contraindicações para esse tratamento, como a falta de altura óssea suficiente para instalação de um implante. Segundo Guler & Delilbasi (2007) substituir dentes perdidos com implantes dentários osseointegrados é um procedimento comum e o deslocamento de implantes dentários para estruturas anatômicas adjacentes, como o seio maxilar, é uma complicação rara, mas pode ter consequências graves, como alterações sensoriais, sinusite maxilar, fístula oroantral. Jung et al. (2007) analisaram 9 pacientes com 23 implantes inseridos dentro do seio maxilar, mais que 4 mm, sem levantamento da mucosa do seio e avaliaram complicações, seis e dez meses após inserção dos implantes, utilizando um questionário e tomografia computadorizada. Não houve sinais clínicos de sinusite em nenhum paciente, entretanto, houve espessamento da mucosa em 14 dos 23 implantes. Maia et al. (2007) relataram que com o advento da implantodontia, o edentulismo maxilar e a necessidade de colocação de implantes de titânio na proximidade ou interior do seio maxilar, levaram ao desenvolvimento da técnica amplamente conhecida como levantamento do seio maxilar. 23 Shibli et al. (2007) concluíram que a simples detecção da presença de septos no exame radiográfico antes da elevação do seio maxilar é informação crucial para o cirurgião, que tem sido associada à perfuração da membrana scheneideriana, podendo resultar em sinusite maxilar. Greenstein et al. (2008) afirmaram que a inserção de vários milímetros de um implante no interior do seio maxilar, normalmente é bem tolerada, entretanto consideram prudente nessas situações prescrever um antibiótico e um descongestionante. Nimigean et al. (2008) realizaram estudo em 50 esqueletos secos, 30 dentados e 20 edêntulos. Foram investigados a relação dento-sinusal em 125 dentes, utilizando tomografia computadorizada e definidos três tipos de relação vertical entre os ápices dos dentes e o assoalho do seio: distante, tangente e penetrante (os ápices são cobertos pela mucosa sinusal). A lâmina óssea que separa o seio maxilar e os dentes, na espessura de 6,9 mm no canino superior, 1,7 mm para o segundo molar e 2,8 mm para o terceiro molar. Em pacientes edêntulos, foi mensurada a altura do osso residual subantral, cujo valor mínimo foi de 10 mm em 56% dos casos, com menos de 5 anos de edentulismo, altura de 5 a 10 mm em 32% dos casos, com edentulismo entre 5 e 10 anos e de 0 a 5 mm em 12 % dos casos, com edentulismo de mais de 10 anos. Os autores concluíram que o assoalho dos seios maxilares representa uma área de perigo para a implantodontia oral. Em trabalho de Zijderveld (2008) com 100 pacientes submetidos à cirurgia de elevação do soalho do seio maxilar, sendo em 18 pacientes o procedimento bilateral, houve dificuldades em função da presença de septos em 48% dos casos. Dentre as complicações a mais comum foi a perfuração da membrana, que ocorreu em 11% dos pacientes. A presença de septos aumentou o risco de perfuração da membrana durante o procedimento de elevação do seio maxilar. Portanto, para evitar complicações é obrigatório o conhecimento detalhado das estruturas anatômicas do seio maxilar, pois a integridade da membrana sinusal é essencial 24 para manter a função normal e saudável do seio maxilar e ainda, atua também como uma barreira biológica, impedindo que bactérias possam invadir o enxerto, quando realizado. A instalação de implantes osseointegrados em pacientes com atrofia maxilar severa e pneumatização exagerada do seio maxilar pode ser impossível pela inadequada altura e espessura do osso alveolar, por isso, segundo Bassi & Carneiro (2010) foram desenvolvidas técnicas de levantamento do seio maxilar com enxertos. Hong et AL. (2010) apresentaram dois casos de infecção após levantamento do seio maxilar com enxerto, em que houve necessidade de remoção dos enxertos e administração de altas doses de antibiótico. Jung et al. (2010) apresentaram estudo avaliando a efetividade de uma técnica de elevação do seio maxilar, conhecida como técnica híbrida, relativamente mais conservadora e menos invasiva, empregada em 11 pacientes, com sucesso. Segundo Neugebauer et al. (2010) a técnica de elevação do seio maxilar é conhecida por aumentar o suporte ósseo para implantes dentários na maxila atrófica e apresenta um grande sucesso clínico. A complicação mais frequente é a ruptura da membrana do seio, que está associada a presença de septos. Os autores realizaram estudo com 1029 pacientes, sendo que, 53% não apresentaram septo, 47% apresentaram pelo menos um septo em um dos seios, foram encontrados ainda seio maxilar com dois e três septos. Não houve correlação entre idade e prevalência de septos. Silva & Mendonça (2010) ressaltaram que a quantidade e qualidade do osso disponível determinam o número e posição de implantes, que influencia no desenho da prótese que, muitas vezes, pode ser inadequado no sentido mecânico, funcional, estético ou de higienização. Outra opção de tratamento reabilitador da maxila compreende o uso de implantes inclinados, que possibilita a não utilização de enxertos e de outras técnicas de maior complexidade. 25 3.4 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO Cavicchia et al. (2001) afirmaram que a TC é extremamente útil, pois proporciona informações em três dimensões da anatomia óssea e permite detectar espessura da membrana sinusal. A TC é quase obrigatória para o diagnóstico pré-operatório para instalação de implantes, segundo Hauman et al. (2002). Kalavagunta & Reddy (2003) realizaram tomografia computadorizada em 200 pacientes com sintomas sino-nasais para determinar a incidência de variações da pneumatização dos seios maxilares, especialmente quando associados a anomalias. Foram mensurados os diâmetros verticais e horizontais das maiores medidas da órbita e dos seios maxilares. Quando um dos diâmetros do seio maxilar era maior ou igual a 90% do diâmetro correspondente da órbita, a pneumatização era considerada extensa, sendo subdividida em I, II e III, ou seja, leve, quando uma dimensão(horizontal ou vertical) era maior, moderada, as duas dimensões eram maiores e severa quando havia presença de placa esfenomaxilar, placa intermaxilar e extensão para o recesso frontal. Concluíram que o diagnóstico e avaliação podem ser feitos com sucesso com tomografia computadorizada. A pneumatização foi extensa em 8% dos casos, bilateralmente em 7% e unilateralmente em 1%, com subtipos I, II e III, constituindo 1%, 3% e 4% respectivamente. A pneumatização extensa do seio maxilar é mais comum que a hipoplasia e resulta em apresentação clínica atípica e predisposição a danos na parede orbitária medial e ínfero medial durante a cirurgia endoscópica do seio, sendo essencial o seu reconhecimento pelo otorrinolaringologista por tomografia computadorizada dos seios paranasais. 26 Perrella et al. (2003) realizaram pesquisa com 17 pacientes com lesões dos seios maxilares e 17 sem lesões, que foram submetidos à tomografia computadorizada. Medições foram realizadas nas maiores distâncias ântero-posterior e direito-esquerda nos seios maxilares, por dois observadores em duas ocasiões. As diferenças das medições foram maiores nos seios maxilares com lesões. As medições em tomografia computadorizada proporcionam adequada precisão e acurácia para análise do seio maxilar. Sato et al. (2004) relataram que a tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC) proporciona uma avaliação precisa da localização dos seios maxilares, canal incisivo e cavidade nasal, bem como a altura, largura e angulação do osso, essenciais para o planejamento do tratamento com implantes. Os autores apresentam um sistema de TCFC aplicado em dois casos relatados. Sahuinco & Souza (2006) afirmaram que a maxila desdentada, por apresentar características específicas necessita de um completo exame radiográfico, nos casos de reabilitação com implantes, pois, dependendo do tempo da perda do elemento dentário há variações, por exemplo, pneumatização do seio maxilar e perda óssea vertical e horizontal fisiológica. A radiografia panorâmica possibilita uma visualização ampla das estruturas anatômicas da maxila, mandíbula e regiões anexas em um único filme, mas somente pela tomografia computadorizada e suas imagens tridimensionais é que se pode analisar as estruturas anatômicas internas, selecionar pontos anatômicos a serem observados com mais acuidade, definir a angulação necessária para colocação do implante e avaliar mais precisamente o volume ósseo das estruturas anatômicas. Os autores avaliaram 17 pacientes entre 40 e 60 anos, totalmente edêntulos, por meio de radiografia panorâmica e tomografia computadorizada. Medidas lineares verticais foram realizadas em ambos os exames e analisadas por três observadores. Houve concordância entre os observadores, 27 independente do método radiográfico, então, haveria grande probabilidade de escolherem o mesmo implante para as regiões mensuradas. De acordo com Guler & Delilbasi (2007) exame clínico, radiografias simples e TC vão fornecer informações valiosas no processo de planejamento. É necessário um pré-operatório completo para avaliação da qualidade e quantidade óssea, bem como a proximidade do seio maxilar antes da colocação de implantes. De acordo com Howerton Júnior & Mora (2007) a TCFC é uma tecnologia nova para Odontologia que proporciona imagem tridimensional do complexo oral e maxilofacial, utiliza baixa quantidade de radiação e fornece informações sobre anatomia, auxiliando os dados das imagens 2D. Conforme as imagens 3D tornam-se mais prevalentes, melhora o diagnóstico, planejamento do tratamento e experiência cirúrgica. Para a colocação de implantes dentários devem ser avaliadas imagens transversais da maxila e/ou mandíbula, para verificar a quantidade e qualidade do tecido duro bem como os obstáculos anatômicos relacionados. Rodrigues & Vitral (2007) descreveram as principais técnicas tomográficas existentes e suas aplicações na Odontologia. Os autores ressaltaram que resultaram em maior acurácia no diagnóstico e se tornou o exame de eleição para imagens do tecido ósseo do complexo maxilo-mandibular, com inúmeras indicações, dentre elas avaliação dos seios paranasais e avaliação dos leitos alveolares para implantes dentários. Teixeira Júnior et al. (2008) afirmaram que as variantes anatômicas dos seios da face são achados comuns na pratica diária, identificadas pela tomografia computadorizada, sendo um dos fatores que levam a obstrução do complexo ostiomeatal de drenagem, prejudicando a eliminação de secreção proveniente dos seios paranasais, com consequente sinusopatia crônica. A tomografia computadorizada é o melhor método de imagem na avaliação da sinusopatia crônica e sua habilidade de diferenciar osso, ar e tecidos moles facilita a 28 identificação de estruturas anatômicas e patológicas. A hipoplasia do seio maxilar é uma anomalia incomum e pode ser confundida com sinusopatia crônica. No estudo de Cavalcanti, (2008) os implantodontistas relataram situações que por meio da interpretação da radiografia panorâmica, a disponibilidade óssea parece ser adequada, mas ao abrir o retalho e expor o osso constataram que a espessura é insuficiente, tendo preservada apenas a altura do rebordo ósseo, portanto, o melhor exame de imagem capaz de diagnosticar esses defeitos ósseos é a TC, pois com as reconstruções multiplanares, a espessura vestíbulo-palatina pode ser mensurada com precisão e ainda, a integridade clínica e configuração dos seios maxilares são de extrema relevância na avaliação para cirurgias de implante. A perda dos dentes junto com o processo de pneumatização do seio maxilar pode causar alterações morfológicas na anatomia do seio, por esse motivo, a avaliação por meio de TC antes da cirurgia é muito importante. A TC é o método de diagnóstico por imagem que mais se desenvolveu nos últimos anos e sua aplicabilidade na Odontologia vem aumentando. Trata-se de uma técnica volumétrica, ou seja, que permite observar determinada estrutura tridimensionalmente, sem sobreposições e sem magnificação (Silveira et al., 2008). Zijderveld (2008) afirmou que a radiografia panorâmica tem menos sensibilidade e especificidade para detecção de septos que a TC. Segundo Campbell et al. (2009) diante da necessidade de uma visualização nítida e detalhada da cavidade nasal e dos seios paranasais, a tecnologia de imagem comumente usada, radiografias e politomografia, foi substituída pela TC. Pela facilidade com que se avalia a região maxilo-facial e sua resolução óssea, a TCFC possui várias indicações, dentre elas a disponibilidade óssea para colocação de implantes. Lee et al. (2010) reportaram um caso tratado com levantamento do seio maxilar com emprego de enxerto e instalação de implante em região posterior da maxila, em que 32 meses 29 depois, não apresentava sintomas subjetivos e sem alterações na radiografia panorâmica, apesar da tomografia computadorizada mostrar formação óssea incompleta na porção central do enxerto. Maestre-Ferrin et al. (2010) observaram que a prevalência de septos é de 13 a 35,3% dos seios maxilares e para evitar complicações durante a elevação do seio, um meticuloso estudo da cavidade é necessário, de preferência por tomografia computadorizada, pois a radiografia panorâmica demonstrou ter baixa sensibilidade e especificidade na identificação dessas estruturas. Neugebauer et al. (2010) consideraram a TCFC relevante para detectar e localizar septos e afirmaram que ela é frequentemente aplicada para avaliar o seio maxilar antes da instalação de implantes dentários. Maestre-Ferrin et al. (2011) realizaram estudo com 30 pacientes, 17 mulheres e 13 homens, com idade média de 50,9 anos, após tratamento com implantes na maxila. Utilizaram três observadores que analisaram em radiografia panorâmica e TC convencional, tipo, localização e tamanho dos septos dos seios maxilares de cada paciente. Os autores concluíram que as radiografias panorâmicas conduziram a um erro de diagnóstico em 46,5% dos casos. Maillet et al. (2011) avaliaram 82 TCFC com patologias dos seios maxilares e concluíram que a sinusite maxilar aparece associada com patologias periapicais em mais de 50% dos casos, sendo os primeiros e segundos molares os dentes mais envolvidos. Os autores concluíram que uso da TCFC permite identificar alterações no seio maxilar e potenciais causas de sinusite. Park et al. (2011) afirmaram que a imagem tridimensional tomográfica pode evitar complicações desnecessárias durante os procedimentos de levantamento do seio, por permitir identificar estruturas anatômicas inerentes aos seios maxilares. 30 Ritter et al. (2011) realizaram estudo retrospectivo com 1.029 pacientes, com média de idade de 44,19 + 20,3 anos, para detectar patologias no seio maxilar por meio de TCFC, com análise de três observadores. Os pacientes realizaram o exame com várias indicações, como principalmente instalação de implantes e ainda, lesões ósseas, extrações dentárias complexas ou osteotomia, neoplasia, planejamento de tratamento ortodôntico, diagnóstico de sinusite e trauma. A prevalência de patologias foi de 56,3% (579 pacientes) e a mais freqüente foi o espessamento de mucosa. Pacientes com mais de 60 anos apresentaram significativamente mais patologias, assim como pacientes do gênero masculino. Os autores concluíram que patologias dos seios maxilares são frequentemente encontradas com TCFC, que é utilizada para o diagnóstico e planejamento do tratamento da sinusite presente clinicamente. 31 4 DISCUSSÃO Os seios paranasais se desenvolvem como uma expansão da mucosa nasal e progressivamente invaginam para dentro dos ossos faciais (Stevão, 2001; Hauman et al., 2002; Navarro et al., 2003). O seu desenvolvimento está ligado principalmente à função respiratória nasal (Hauman et al., 2002). Para Navarro et al. (2003); Maia Filho et al. (2007); esse crescimento é lento durante o período fetal, e acelera-se após a erupção dental da arcada superior e pode ocupar toda a maxila com expansões em todas as direções, (Tiwana et al., 2006). Sharan & Madjar (2008) concluíram que a pneumatização é um processo fisiológico que ocorre em todos os seios paranasais durante o período de crescimento. Silveira et al. (2008); Cavalcanti (2008); Asaumi et al. (2010); Neugebauer et al. (2010) enfatizaram a importância desta estrutura anatômica devido à sua proximidade aos dentes superiores. Kayalioglu et al. (2000); Miniti et al. (2000) afirmaram que o seio maxilar é uma cavidade no interior do osso maxilar, que tem comunicação com a fossa nasal através do óstio situado acima e atrás no meato médio. A parede inferior ou assoalho tem relação com a abóbada palatina e com os alvéolos dentários. Stevão (2001) reforça a ideia de que este apresenta subdivisões que são formadas por septos ósseos ou membranosos. Hauman et al. (2002); Kim et al. (2002); Navarro et al. (2003) Tiwana et al. (2006); Ferreira et al. (2007); Maia Filho et al. (2007); Ruprecht & Lam (2007) afirmaram que o assoalho é formado pelo processo alveolar da maxila e parcialmente pelo palato duro, pode se estender entre as raízes dos dentes adjacentes e o osso alveolar pode tornar-se fino, principalmente nos ápices dos dentes, de modo que as pontas das raízes se projetam no seio, cobertas por finíssima camada óssea e pela membrana da cavidade. Para Arieta et al. (2005) o seio maxilar é considerado o maior dos seios paranasais. 32 Shibli et al. (2007) realizaram estudo por radiografia panorâmicas e 13,18% apresentavam um septo sinusal, 8,4% apresentavam septo em ambos os lados. Lawson et al. (2008) observaram variações no volume e configuração sinusal. Se o paciente tem pressão local ou sintomas e o seio está invadindo outras estruturas além do limite normal, com paredes ósseas intactas, é denominado pneumosinus dilitans. Quando as paredes do seio estão afinadas ou tem perda da integridade é denominado pneumocele. Se existe ou se desenvolve um defeito estrutural na parede óssea do seio e o ar, então, move-se para fora do seio para os tecidos circundantes, o termo empregado é pneumatocele. Gosau et al. (2009); Lehmann et al. (2009); Kilic et al. (2010); Lee et al. (2010); Park et al. (2011) concordam que o conhecimento do volume do seio maxilar, assim como a localização, morfologia e altura dos septos são relevantes para cirurgias do seio maxilar ou procedimentos de elevação do assoalho do seio. Sahlstrand-Johnson et al. (2011) complementam que os seios paranasais são complexas estruturas anatômicas com uma significativa variação inter-individual. Cavicchia et al. (2001); Maksoud (2001) relataram as várias complicações durante e após o procedimento de enxerto no seio maxilar. A mais comum é a perfuração da membrana sinusal, mas também foi relatada formação de mucocele, sinusite crônica, infecção, perda do material enxertado e falha na integração do implante. El Charkawi et al. (2005); Guler & Delilbasi (2007) descreveram um caso de deslocamento de implante para o interior do seio maxilar e relataram que é uma complicação rara. Jung et al. (2006), instalaram 15 implantes, penetrando a membrana do assoalho do seio maxilar de cães. Seis meses após o procedimento foram realizadas tomografias computadorizadas e os cães foram sacrificados para observação de infecções no local. A TC não mostrou sinais de infecção ou outros achados patológicos no seio maxilar ou a perda da integração do implante. 33 Aguiar et al. (2007) comentaram que para remoção de materiais do interior do seio maxilar podem ser utilizadas diferentes técnicas cirúrgicas, como um acesso pelo próprio local da comunicação (Técnica de Caldwell-Luc) e a cirurgia endoscópica. Ferreira et al. (2007); Jung et al. (2007) concordaram que não houve sinais clínicos de sinusite em nenhum paciente, entretanto, houve espessamento da mucosa em 14 dos 23 implantescolocados em contato com a mucosa do seio maxilar. Maia et al. (2007); Shibli et al. (2007); Jung et al. (2010); Bassi & Carneiro (2010); Lee et al. (2010) relataram a técnica amplamente conhecida como levantamento do seio maxilar. Para Neugebauer et al. (2010) a técnica de elevação do seio maxilar é conhecida por aumentar o suporte ósseo para implantes dentários na maxila atrófica e apresenta um grande sucesso clínico. Stevão (2001) afirmou que o termo “levantamento do seio maxilar” não traduz o real procedimento cirúrgico que é executado nessa estrutura, independentemente da técnica adotada, ocorrendo apenas o levantamento do nível do assoalho do seio maxilar, considerando mais adequados os termos “antroplastia” ou “sinusoplastia maxilar”. Shibli et al. (2007) concluíram que a simples detecção da presença de septos no exame radiográfico antes da elevação do seio maxilar é informação crucial para o cirurgião, que tem sido associada à perfuração da membrana scheneideriana, podendo resultar em sinusite maxilar. Nimigean et al. (2008) concluíram que o assoalho dos seios maxilares representa uma área de perigo para a implantologia oral. Greenstein et al. (2008); Hong et al. (2010) prescreveram um antibiótico e um descongestionante. Segundo Zijderveld (2008) pacientes submetidos à cirurgia de elevação do soalho do seio maxilar houve dificuldades em função da presença de septos em 48% dos casos. 34 Silva & Mendonça (2010) defendem o uso de implantes inclinados como opção de tratamento reabilitador da maxila evitando maior tempo cirúrgico. Cavicchia et al. (2001); Hauman et al. (2002); Kalavagunta & Reddy (2003); Perrella et al. (2003); Sato et al. (2004); Guler & Delilbasi (2007); Howerton Júnior & Mora (2007); Rodrigues & Vitral (2007) afirmaram que a tomografia computadorizada é extremamente útil, pois proporciona informações em três dimensões da anatomia óssea e permite detectar espessura da membrana sinusal. Sahuinco & Souza (2006) complementa que a tomografia proporciona uma avaliação precisa da localização dos seios maxilares, canal incisivo e cavidade nasal, bem como a altura, largura e angulação do osso, essenciais para o planejamento do tratamento com implantes. Teixeira Júnior et al. (2008); Cavalcanti, (2008) afirmaram que as variantes anatômicas dos seios da face são achados comuns na pratica diária, identificadas pela tomografia computadorizada. Silveira et al. (2008); Zijderveld (2008); Campbell et al. (2009) afirmaram que a radiografia panorâmica tem menos sensibilidade e especificidade para detecção de septos que a TC. Maestre-Ferrin et al. (2011) concluíram que as radiografias panorâmicas conduziram a um erro de diagnóstico em 46,5% dos casos. Maillet et al. (2011); Maestre-Ferrin et al. (2010); Neugebauer et al. (2010); Park et al. (2011); Ritter et al. (2011) afirmaram que a imagem tridimensional tomográfica pode evitar complicações desnecessárias durante os procedimentos de levantamento do seio, por permitir identificar estruturas anatômicas inerentes aos seios maxilares. 35 5 CONCLUSÃO Após análise de literatura pôde-se concluir que a avaliação pré-cirúrgica dos seios maxilares é de vital importância na reabilitação com implantes, podendo ser encontradas anomalias nesta estrutura como os septos paranasais. Pode ser necessária uma cirurgia de levantamento de seio para aumento de suporte ósseo e prevenção de infecções nesta região. A melhor visualização é obtida através de tomografia computadorizada 36 REFERÊNCIAS AGUIAR, R. C.; SLIVA JR., N. A.; HERNANDEZ, P. A. G.; PINTO, J. G.; CIPRANDI, M. T. O.; GASSEN, H. T. Remoção cirúrgica de um instrumento deslocado acidentalmente para o interior do seio maxilar durante a instalação de implantes. RFO. v. 12, n. 3, p. 65-68. 2007. ANDRADE, P. C. 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