RESTAURAÇÃO 1Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. 2Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes. (Salmos 126.1-2) A restauração traz felicidade! Vaso trincado, rupturas nos muros, fendas nas portas, por que não dizer caos. Mas o Restaurador tem um papel fundamental no cenário do caos. Com sua habilidade de trazer ao estado original, trabalha no turno da noite, quando as luzes estão apagadas e o silêncio emudece as vozes da multidão, para que ao amanhecer a luz penetre e revele o novo de Deus através do processo da restauração. A restauração está para mim e para você, assim como o Sol está para o dia e a lua para noite. Jesus já conquistou o nosso direito da restauração. Como dizem as escrituras: “Desde a antiguidade Deus já trabalhava ao nosso favor”. (Isaías 64. 4) O restaurador não acusa e nem ignora, quando sabe que a obra de suas mãos foi trincada pelas circunstâncias e machucada pelo pecado. As mãos habilidosas do restaurador trabalham para restaurar todos os dias. Tudo começou no jardim. Lugar projetado para receber a obra prima de Deus, ou seja, o homem. (Gn 2. 8-15) Nesse mesmo jardim o Senhor Deus sentiu a solidão do homem e o preparou uma ajudadora idônea. (Gn 2. 18-22) Uma pausa para refletir: “Você foi criado por Deus para se casar com uma pessoa do sexo oposto ao seu”. Mas o curso da história da humanidade foi mudado pelo poder argumentativo da serpente: Ser igual a Deus. Influenciados a viverem independentes da direção Adonai, pois seriam iguais a ele no saber do bem e do mal; o jovem casal cede aos argumentos, por considerá-los bons, agradáveis e desejáveis para dar entendimento, e assim dão o grito que ecoa na vida de todo o ser humano, viver distante da direção de Deus e fazer a sua própria vontade que leva ao caminho da escravidão e da morte. (Pv 14. 12) Agora no jardim estava um casal ferido, envergonhado e amedrontado, após terem transgredido a direção do Eterno. Ambos tem uma reação que é resultado do pecado, procurar um esconderijo para se ocultar dos olhos do Senhor. (Gn 3. 8-10) Uma outra reação da desobediência é a transferência de responsabilidade. E lá estava o casal como dois vasos trincados e cheios de medo, culpando um ao outro e até a Deus. (Gn 3. 11-12) Parece ter sido Adão quem inventou a conhecida evasiva: “Quem? Eu ? Não! foi fulano, beltrano ou sicrano!”. Desde o Éden o homem tem grande dificuldades em aceitar sua culpa e por isso, sempre tenta fugir das responsabilidades pessoais. Procura amenizar sua consciência condenatória culpando outras pessoas e o mundo ao seu redor por seus erros. Adão tenta se isentar da responsabilidade pessoal sobre a quebra da obediência devida a Deus culpando Eva, a serpente e o próprio Senhor, deixando a entender que se Deus não houvesse criado a mulher, especialmente como sua ajudadora, esse desastre não teria ocorrido. Você conhece alguém que já fez isso? E você, já transferiu suas responsabilidades a outras pessoas? Mas não é isso que o Senhor Deus busca no coração do homem. Ele não busca fuga, mas arrependimento. Não culpe e nem transfira erros. (1 João 1.9) Libere o perdão ao invés de culpar. Perdoe em vez de maltratar, pois somente o perdão é capaz de restaurar a alma do homem, e também a comunhão dEle com o Eterno. (Mateus 6. 12 – Hebreus 10. 22-23) Voltando para o Éden no cenário pós-queda. Lá estava o Senhor Deus diante de dois corações trincados pela desobediência e amordaçados pela culpa. Em seus ouvidos ecoavam a sentença proferida pelo Senhor. Cada um recebe em sua individualidade a sentença de Adonai. Desolados, perdidos e frustrados era como estava aquele casal. Quando de repente o silencio é quebrado pelo toque das mãos que restaura. Roupas quentes e duradouras substituem as folhas de figueira. (Gn 3.21) A correção e a disciplina de Deus para com seus filhos, por mais que seja severa e dolorosa, jamais é aplicada com ódio, por que tem como alvo a restauração e não a destruição dos seus. Deus sabia que Adão e Eva não poderiam imaginar o que iriam enfrentar na terra, agora inóspita e indomável. Cintas de folhas de figueira não seriam suficientes nem confortáveis e duráveis para o casal. Por isso, o Criador demonstra seu cuidado paternal ao providenciar o suprimento imediato e necessário. Saiba que o Senhor está atento ao que precisamos agora e no futuro. Deus restaura nossas vidas com atitudes. (João 3. 16) Contudo, devemos compreender que os princípios de Deus não devem ser quebrados, por considerarmos que servimos um Deus de amor. (Romanos 6. 1-2) Foi lá no jardim do Éden, onde o vaso de barro, obra das mãos do Senhor Deus foi trincado pela desobediência, a Palavra do Senhor liberada para o casal, mas foi lá também que começou o processo da restauração para o homem, por meio da vestimenta adequada e durável do Senhor. Deus não os abandonou. Providenciou roupas quentes e duráveis, isso significa que foi restaurado até certo grau o relacionamento deles com Deus e também de um com o outro. Mas o mais notável é que essa vestimenta prefigurou o sofrimento de expiação do Messias para restaurar para sempre a comunhão do homem com o seu criador. (Rm 5. 8-11) É tempo de restauração. O Senhor Deus já providenciou o caminho que nos traz a paz por meio de Jesus. Portanto, não viva como um vaso trincado, gemendo a dor da tristeza, do abandono, da morte, da enfermidade. Apenas se permita, creia no Filho de Deus e vá a casa do oleiro para Ele tocar em sua vida e lhe restaurar por completo. Apóstolos Valdemir e Margareth Carneiro.