Fórum da Gestão do Ensino Superior
nos Países e Regiões de Língua Portuguesa
REGULAÇÃO E EMANCIPAÇÃO:
distintos horizontes na avaliação interna:
autoavaliação da Universidade Federal de
Santa Maria
Autora
Profª Drª Glades Tereza Felix
(UFSM/Brasil)
INTRODUÇÃO
• Como as demais instituições de ensino superior
brasileiras, a UFSM vive diante de um contexto
marcado pela supervisão e o controle estatal. Desde
2004 com a Lei do SINAES a regulação tem sido o
principal pilar fundamentado na necessidade de
promover a melhoria da qualidade no ensino por
meio de dez dimensões que comprovem condições
mínimas de funcionamento.
OBJETIVO
• Compreender e analisar a eficácia da avaliação
regulatória implementada desde 2008 pela
CPA/UFSM;
• Comparar e discutir formatos avaliativos
alternativos, emancipatórios e participativos.
METODOLOGIA
• Alicerçada no enfoque político filosófico do liberalismo,
na vertente utilitarista “Análise de sistemas”
(HOUSE,1988).
• Consulta aos segmentos com instrumentos online
específicos, por tempo determinado e senha
personalizada
• Dados quantitativos computados pelo CPD/UFSM e
distribuídos as Comissões setoriais – diferentes
tratamentos
• Dados gerais foram comparados, analisados e
discutidos por segmento, unidade de ensino e da
instituição. Categoria: participação
RESULTADOS
• Participação da comunidade na autoavaliação da UFSM
Ano
Segmento
Aluno
Graduação
2008
UFSM Participantes
13.920
3.804
%
2009
UFSM Participantes
27% 15.857
2.862
%
2010
UFSM Participantes
18% 16.974
%
3.064
18%
Aluno
Pósgraduação
Docente
-
-
-
-
-
-
2.528
256
10%
1.187
438
37%
1.273
483
37%
1.329
451
33%
Gestor
638
348
54%
671
385
57%
640
258
40%
TAEs
2.150
300
14%
2.093
398
19%
998
177
17%
Egressos*
TOTAIS
17.895
4.890
4.211
19%
27% 19.894
4.128
21% 22.469
RESULTADOS
•
•
•
•
•
•
Baixo interesse pelo processo
Sufocamento da autonomia universitária
Caráter genérico dos instrumentos
Ausência de prestação de contas a comunidade
Cumprimento de normas e rendição ao mercado
Submissão da política de gestão e avaliação dos
Centros de Ensino à Reitoria
• Avaliação como autocrítica não é prioridade na
governança universitária
• Engessamento das dimensões do SINAES
• Não ocorreu efetivas melhorias, mas controle e
supervisão das IES
(IN) CONCLUSÕES
• A questão não é retirar o marco regulatório,
mas reagir ao produtivismo acadêmico com
propostas
paralelas,
autônomas
e
antecipativas de cunho emancipatórias e
participativas. Tal equilíbrio é o que poderá
dar maior legitimidade a avaliação formativa,
garantindo
maior
participação
da
comunidade, criando-se assim, a cultura da
avaliação com qualidade social nas IES.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Braga, Ana M; Leite, D. (2003), “Avaliação universitária”. IN: Morosini et. al. Enciclopédia de
pedagogia universitária. Porto Alegre. FAPERGS/RIES.
BRASIL. MEC/INEP. (2004) Roteiro de auto-avaliação institucional.
BRASIL. MEC/INEP. (2004) Lei 10.861, de 04 maio de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior. SINAES. Brasília.
Dias Sobrinho, j. Ristoff, D. (Orgs.) (2002), Avaliação Democrática. Para uma universidade cidadã.
Florianópolis. RAIES. Insular.
Sousa Santos, Boaventura de. (2001). Pela mão de Alice. O social e o político na modernidade.
Artes Médicas. Porto alegre.
UFSM. Comissão Própria de avaliação (CPA) (2008), Relatório de Avaliação interna: Auto-avaliação
da UFSM. Santa Maria. 233p.
UFSM. Conselho de Ensino pesquisa e Extensão (2000), Projeto político pedagógico da UFSM. Santa
Maria.
UFSM. Comissão de Avaliação Institucional do CE (CAICE) (2000), Princípio e diretrizes para
implantação da gestão democrática no CE/UFSM. Centro de Educação. Santa Maria.
___; Centro de Educação (2008), Projeto político-pedagógico do Centro de Educação. Versão
preliminar. 29p.
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