ISSN 1984-0012 [email protected] REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE SOBRE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA DE IDOSOS Denise de Sousa Soares1 Joana de Sousa Braga2 Shyrlleen Christieny Assunção Alves3 RESUMO: Este estudo teve como objetivo analisar a representação social que profissionais da área da saúde têm em relação aos grupos de convivência de idosos. Para tal, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com sete profissionais da área da saúde, que atuam ou atuaram com grupos de convivência de idosos. Os dados coletados foram analisados e discutidos a partir da análise de conteúdo. Segundo os profissionais entrevistados, a participação dos idosos em grupos de convivência é de grande importância, ao possibilitar o compartilhar de suas vivências, medos e desejos; desenvolver e ampliar os relacionamentos interpessoais; e resgatar sua história de vida. Ressalta-se a importância de um trabalho multidisciplinar para se alcançar o bem estar do idoso, sendo necessário a formação e preparação dos profissionais da área da saúde. Palavras-chave: Representação Social. Terceira idade, Grupo de Convivência de Idosos. ABSTRACT: The objective of the study here presented is to analyse the social representations that health care providers have with regards to elder care centres. Therefore, seven Graduando do curso de Psicologia do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste. Graduando do curso de Psicologia do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste. 3 Psicóloga, Mestre em Psicologia Social pela UFMG, Doutoranda em Psicologia Social e do Trabalho na 1 2 Universidade de São Paulo – USP, Professora do curso de Psicologia do Unileste. Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] health professionals of different, who work or have worked with elder care centres, have been interviewed. The collected data was analysed and discussed based on the Contents Analysis disseminated by Laurence Bardin. To the professionals interviewed, the participation of the elderly in elder care centres is of great relevance as they have the possibility of sharing their experiences, fears and desires apart from meeting and dealing with people from out of their family circle and recovering their own life history.The importance of people from different background working together is highlighted in order to achieve senior citizens’ welfare. It’s necessary to train and prepare professionals in the health field. Keywords: Social Representations. Old Age. Elder Care Centres. Introdução Paschoal citado em Soares et all (2009), diz que a Organização das Nações Unidas (ONU) adota, para países desenvolvidos, a idade de 65 anos como ponto de transição para que se possa considerar um indivíduo como idoso. Já para aqueles países que se encontram em desenvolvimento, este ponto de transição encontra-se nos 60 anos. Também segundo Paschoal (2002) a Assembléia Mundial sobre envelhecimento, datada de 1982, determinou que a população idosa fosse constituída pelo grupo de pessoas a partir de 60 anos de idade. A OMS – Organização Mundial de Saúde – então, considera como idosa toda pessoa que apresenta idade igual ou maior que 60 anos em países em desenvolvimento; e que possui idade igual ou maior que 65 anos em países desenvolvidos (MAZO, LOPES; BENEDETTI, 2001). Esta população, anteriormente com número bastante reduzido, ao observar o cenário mundial como um todo, tornou-se hoje bastante significativa. Segundo Vitola (2004) este aumento exige uma maior atenção, ao considerar que possuem direito de assumir um lugar na sociedade, principalmente sendo tratados com devido respeito. 77 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] Concomitante ao crescimento da população idosa encontra-se o aumento do interesse de profissionais da área da saúde voltado para esta fase do desenvolvimento humano. Uma das metodologias utilizadas na atuação destes profissionais, que vem aumentando significantemente, é o trabalho voltado a grupos de convivência de idosos, nos quais seus integrantes, espontaneamente, realizam diversas atividades e se relacionam com outros que, muitas vezes, compartilham suas vivências e experiências de vida. De acordo com Zimerman e Osório (1997) os grupos direcionados à terceira idade possibilitam uma vasta gama de técnicas e táticas operativas. Mesmo assim, em todas elas estão presentes elementos em comum, que servem como fatores terapêuticos, dentre os quais alguns se destacam: abertura de um novo espaço para que as emoções possam emergir; constituição do grupo como meio de comunicação entre o idoso e seus familiares; e resgate, a partir do grupo, da ressocialização, já que o idoso se sente reconhecido e compreendido, formando até mesmo verdadeiras e sólidas amizades entre alguns deles. Devido ao tema da terceira idade e seu relevante aumento estarem em foco na atualidade, vários estudos a respeito são realizados. Assim, este artigo tem como objetivo analisar a representação social que profissionais da área da saúde têm em relação aos grupos de convivência de idosos e verificar junto aos mesmos, qual sua percepção sobre tais grupos, além de seu papel frente ao trabalho com idosos. A história das representações sociais insere-se na inter-relação entre atores sociais, o fenômeno e o contexto que os rodeia. Dessa forma, as representações sociais são constituídas por processos sociocognitivos nas interações sociais, o que significa dizer que elas têm implicações na vida cotidiana e que a comunicação e os comportamentos adotados por um grupo de indivíduos acerca de um objeto são resultantes do modo como os atores sociais representam socialmente esse objeto e do significado que este adquire em suas vidas. Segundo Coutinho (2001), todos os fenômenos que emergem do contexto social são investidos simbolicamente, ou seja, recebem nomes e significados que os avaliam, explicam e lhes dão sentido. Assim, a representação social da velhice, que faz parte 78 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] do cotidiano social, recebe significados desde o mais longínquos tempos, fazendo parte dos aspectos socioculturais e históricos dos idosos de grupos de convivência. Esses significados, à medida que circulam, transformam-se e assumem formas diferentes de acordo com os modelos vigentes em uma determinada época e formação social. 2 – Velhice e envelhecimento Nas últimas décadas observou-se um nítido aumento no processo de envelhecimento demográfico. O envelhecimento da população é tido como um fenômeno mundial iniciado, a priori, nos países desenvolvidos devido à queda da mortalidade, a grandes avanços no conhecimento científico, melhores condições de urbanização nas cidades, melhoria nutricional, promoção de maiores níveis de higiene, tanto pessoal quanto ambiental, e, finalmente, como resultado dos avanços tecnológicos. Envelhecer constitui-se um processo visto como natural e característico de uma etapa da vida humana. Este se dá tanto por mudanças físicas quanto psicológicas; além de mudanças sociais que possuem a mesma importância. Para Fratczak (1993, citado em Paschoal, 2002) envelhecimento é definido como um estágio da vida humana que é determinado de diferentes maneiras, sendo relativo ao campo de pesquisa e ao objeto de interesse. Segundo ele, os biologistas conceituam este processo como “um conjunto de alterações experimentadas por um organismo vivo, do nascimento à morte”. Já sociólogos e psicólogos atentam para o fato de que, além de haver alterações no âmbito biológico, observam-se também mudanças nos processos de desenvolvimento social e psicológico. Segundo Serro Azul (1981) o envelhecimento humano ocorre devido às alterações inerentes ao organismo, estruturais e funcionais, progressivas e irreversíveis. Este pode ser definido como um processo dinâmico e progressivo, no qual há 79 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas; todas em decorrência da ação do tempo. Em contraponto, Zimerman e Osório (1997) consideram que outros critérios, além do tempo cronológico, devem ser adotados para se definir o que se considera como idoso. Estes critérios devem levar em conta as condições físicas, mentais, sociais e existenciais, assim como a capacidade e a vitalidade para o trabalho útil, lazer, sexo, dentre outros. Ao vislumbrar toda essa variedade de conceitos e definições, se faz importante ressaltar que não há uma definição aceita por todas as áreas do saber, ou possível de ser utilizada em toda e qualquer situação, local ou período histórico. Cada uma delas adota a definição que melhor lhe convier e que mais se adequar às necessidades e campo de atuação. No presente trabalho será considerado então como idoso todo aquele indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos. A velhice aqui será entendida como uma etapa da vida humana em que ocorrem mudanças físicas, psicológicas e sociais. Nesta etapa muitas vezes se fazem presentes prejuízos nas funções físicas, funcionais, mentais e de saúde; não estando diretamente ligada à idade cronológica. Por envelhecimento entender-se-á um processo gradativo pelo qual todos os seres humanos passarão e no qual se apresentam involuções de diferentes níveis, sendo que algumas funções poderão sofrer maiores prejuízos que outras. 3 - Grupos de convivência A vida cotidiana encontra-se organizada em grupos (família, grupos de amigos, religiosos, no trabalho, dentre outros). Nestes é possibilitado aos sujeitos se reconhecerem como participantes da sociedade, na qual se encontram inseridos numa rede de relações sociais a partir das quais podem construir suas vidas. De acordo com Zimerman e Osório (1997) o ser humano necessita se agregar a outros seres humanos naturalmente, ou seja, é uma necessidade intrínseca ao 80 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] homem. Este somente existe, ou subsiste, a partir de seus inter-relacionamentos em grupo. Tal fato se remete à busca pela identidade individual, juntamente com a formação de uma identidade grupal e social. O primeiro grupo natural evidenciado em todas as culturas existentes se detém à família nuclear. O bebê inicialmente convive com os pais, tios, avós, irmãos e, somente posteriormente passa a conviver em outros ambientes como creches, escolas, etc. Nesse processo o indivíduo estabelece vínculos que serão renovados a cada momento constituindo assim sua existência. Afonso (2006) afirma que o grupo consiste em um conjunto de pessoas, unidas entre si, a partir de objetivos e/ou ideais comuns; e que são capazes de se reconhecerem interligadas entre si pelos membros do grupo. Porém, para se enquadrar nessa definição, o grupo deve se relacionar “face a face”, ou seja, todos os membros devem conhecer-se mutuamente e se reconhecerem como unidos ao grupo. Segundo Osório (2003), apesar de estar em grupo, estes indivíduos podem se reconhecer em sua singularidade, em outras palavras, continuam tendo sua individualidade. Ao analisar a formação de grupos a partir de uma ótica mais ampla, pode-se afirmar que a essência dos fenômenos grupais consiste em si mesma, independente do tipo de grupo. O ponto que vem distingui-los entre si encontra-se relacionado à finalidade para a qual estes grupos foram criados. Os indivíduos, para poder fazer parte de um determinado grupo, se adequam então à finalidade do mesmo. Um exemplo disso seria a formação de um grupo para idosos depressivos. Neste caso, estariam presentes pessoas acima de certa faixa etária que apresentam o diagnóstico de depressão. Segundo Zimerman e Osório (1997), um atendimento voltado às pessoas que vivenciam a terceira idade adquire grande importância no sentido que possibilita a reconstrução da identidade, que, no processo de envelhecer, pode encontrar-se confusa ou até mesmo perdida. A partir disso, proporciona que vínculos familiares 81 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] sejam resgatados, além de reencontrar capacidades existentes, mas que se encontravam aposentadas. A dinâmica grupal abrange um grande leque de possibilidades, porém, no presente estudo o foco foi voltado para grupos direcionados à terceira idade. Bulsing et all (2007) entende que os grupos de convivência da terceira idade possibilitam aos componentes uma troca e interação com pessoas de geração similar. Sendo assim, o ingresso em tais grupos é considerado como um marco em suas vidas, já que vem substituir o período de solidão e abandono por um outro de novas amizades, festas, encontros e passeios. Os grupos de convivência têm como objetivo manter o idoso ativo em seu grupo social; possibilitar o exercício de sua cidadania ao lutar por melhores condições de vida; permite a troca de experiências entre os membros que compartilham, em sua maioria, os mesmos anseios e medos; permite a integração entre vários grupos similares presentes numa mesma região e criados com o mesmo intuito; principalmente contribui para evitar o isolamento e exclusão, tão presentes durante esta fase da vida. Assim, o indivíduo idoso no grupo de convivência estará trabalhando, compartilhando, aprendendo e se divertindo com as atividades propostas neste ambiente, além de ter a oportunidade de criar novos vínculos com os demais participantes do grupo. 4 – Representações sociais da velhice De acordo com Moscovici (1994, citado em Oliveira e Werba, 1998), o conceito de representação social tem suas raízes na Sociologia e na Antropologia, através dos estudos de Durkheim e Lévi-Bruhl. A teoria da linguagem de Saussure, a teoria das representações infantis de Piaget e a teoria do desenvolvimento cultural de Vygotsky também contribuiram na construção da teoria das representações sociais. 82 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] Durkheim, através da ótica sociológica, foi o primeiro a se utilizar do conceito de representações ao considerar que para se poder estudar representações, primeiramente se faz necessário reconhecer a existência de uma oposição entre o individual e o coletivo. Isso se deve ao fato de o autor considerar como essência da representação individual, a consciência própria de cada um, sendo, portanto, “subjetiva, flutuante e perigosa à ordem social”. Por outro lado, a representação coletiva estava fundamentada na sociedade como um todo, sendo então impessoal e permanente, ao permitir uma ligação entre os indivíduos, o que garante uma sociedade harmônica (COSTA & ALMEIDA, 1999). Apesar de vários outros teóricos terem abordado em seus estudos o conceito de representações, foi Serge Moscovici, na década de 1960, quem o fez voltar à tona, com o intuito de renovar e reafirmar a especificidade da Psicologia Social. Isto se deu a partir de estudos feitos pelo autor, no intuito de explicar como se dá a mediação entre o individual e o social, negando, portanto, as explicações fundamentalmente sociais como em Durkheim, ou cognitivistas como em Piaget (COSTA & ALMEIDA,1999). Moscovici realiza este estudo a fim de compreender como a psicanálise adquire nova significação pelos grupos populares, ao sair dos grupos fechados (OLIVEIRA & WERBA, 1998). Moscovici situa o conceito de Representações sociais da seguinte forma: por Representações sociais entendemos um conjunto de conceitos, proposições e explicações originado na vida cotidiana no curso de comunicações interpessoais. Elas são o equivalente, em nossa sociedade, aos mitos e sistemas de crenças das sociedades tradicionais; podem também ser vistas como a versão contemporânea do senso comum (Moscovici, 1981, citado em OLIVEIRA E WERBA, 1998, p. 106). Segundo Costa e Almeida (1999) a representação social é expressa como uma forma de conhecimento socialmente elaborada e compartilhada, com um alcance prático que contribui para a construção de uma realidade comum a um conjunto social. Nesta, o sujeito da pesquisa dá sentido a um objeto partindo da sua própria realidade e/ou experiência. 83 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] Segundo Beauvoir (1990, citado em Lopes e Park, 2007) as representações sociais do idoso e da velhice, que estão refletidas na forma como estes são tratados, são resultantes das circunstâncias materiais de cada sociedade e de seu sistema de valores e crenças, passando por mudanças em diferentes sociedades e/ou no decorrer dos anos numa mesma sociedade. Ao analisar a realidade brasileira, Lopes e Park (2007) trazem que durante o século XIX o velho era considerado como o detentor da sabedoria. Já no século XX, há uma coação para que a velhice seja negada e passa-se a valorizar aqueles capazes de disfarçá-la, dando à mesma um aspecto jovial, isto tanto física quanto psicologicamente. Nos dias atuais, a imagem da velhice relacionada a inúmeras perdas é substituída por uma velhice em que se encontra espaço para o prazer, conquistas e realizações, podendo nesta etapa fazer o que se havia deixado de lado em outros períodos da vida. Os velhos vão em busca de uma relativa juventude, permanecendo ativos e dispostos a atuar ativamente na vida social. Oliveira e Werba (1998) acreditam que Jodelet (1989) é quem apresenta o melhor e mais detalhado conceito do termo. Esta entende representações sociais como uma forma de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada, tendo uma visão prática e concorrendo para a construção de uma realidade comum a um conjunto social. Por se achar mais pertinente, é esta a definição adotada no presente trabalho. 5 - Metodologia O presente estudo consistiu numa pesquisa descritiva. Dentro desta, optou-se pela forma de estudo exploratório, num trabalho de pesquisa de campo, o qual visou familiarizar-se com o problema ou adquirir uma nova ótica do mesmo e possibilitar o surgimento de novas idéias. (CERVO & BERVIAN, 1983). Utilizou-se de entrevista 84 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] semi-estruturada. A análise dos dados coletados, foi realizada através da análise de conteúdo proposta por Bardin (1979, citado em Minayo 2004). Os sujeitos que compuseram a amostra foram escolhidos de forma aleatória, via indicação (informação fornecida por profissionais que conheciam outros que atuavam junto aos grupos de convivência de idosos), sendo sete profissionais, um de cada área da saúde (Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição e Psicologia), que são graduados em um dos cursos da área, ativos no mercado de trabalho, que atuam ou já atuaram com grupos de convivência de idosos e que residem na região metropolitana do Vale do Aço-MG. Realizou-se um contato prévio com os profissionais participantes via telefone, e-mail e, quando possível, pessoalmente; para o agendamento de um horário disponível para a realização das entrevistas. Estas foram realizadas no local de melhor conveniência aos entrevistados, sendo em uma sala reservada, possibilitando o sigilo, na qual se teve alguns recursos materiais como: cadeiras, mesa, gravador, papel e lápis para eventuais anotações. O Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (CEP/UNILESTEMG), analisou e aprovou o projeto do presente trabalho, protocolo de pesquisa nº. 23.137.08. 6 - Resultados e Discussão Desde os primórdios da civilização, o ser humano se organiza em grupos, fato que se apresenta como algo essencial ao mesmo, visto que, se agregar a outros seres humanos é algo inerente ao homem. Em todas as áreas da vida coletiva, os grupos se fazem presentes, permitindo ao sujeito se reconhecer como participante do meio em que está inserido. Esta organização é indispensável à vida em sociedade, já que, em todos os âmbitos e faixas etárias os grupos são encontrados. 85 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] Osório (2003) traz a idéia de que um grupo se constitui a partir de um objetivo compartilhado; e é neste que ocorrem interações de indivíduos que buscam alcançar um objetivo comum. “São grupos formados por pessoas idosas, maiores de 60 anos, que os procuram com o mesmo objetivo de encontrar pessoas com as mesmas “necessidades”, para viver, conviver e dividir necessidades” (S.3). Um grupo apenas se constitui como tal, a partir do momento em que, as pessoas dele participantes, se reconhecem como integrantes do mesmo e compartilham entre si objetivos comuns, que são responsáveis por unir os integrantes, visto que, ao buscá-los em conjunto, os membros se aproximam e unem suas forças em prol de um bem comum. Na visão dos profissionais da saúde entrevistados, o grupo de convivência que tem como público alvo a terceira idade, traz consigo grandes possibilidades de convivência que, por sua vez, permitem aos participantes compartilharem entre si medos, anseios, valores e vivências presentes em sua existência. Nos grupos de convivência os participantes encontram espaço para se redescobrir, trocar experiências, vivenciar novas situações, sonhar em conjunto e ajudarem-se mutuamente, já que lhes é permitido compartilhar todos os aspectos presentes na terceira idade (FERRARI, 2002). “[...] ajuda a dar uma força ao outro juntamente nesse encontro [...] uma ajuda mesmo ao idoso... a enfrentar a terceira idade [...]”. (S.1) “[...] possibilitam trocas de todos os tipos: de sentimentos, de sensações, de experiências. Diminuir os sentimentos de solidão [...] fazê-los perceber que sentimentos que são sentidos por eles em relação à velhice, são comuns aos outros também.” (S.3) “[...] troca de experiência e convívio [...]” (S.7) O compartilhamento das vivências proporciona então um resgate, por parte do sujeito, daquilo que provavelmente se perdeu com o tempo (FERRARI, 2002). Com o passar dos anos, vários detalhes da história de vida do próprio sujeito se perdem e, muitas vezes ficam esquecidas apenas em vagas lembranças. Para os profissionais da saúde entrevistados, ao ouvir e falar de suas vivências, os integrantes do grupo têm a oportunidade de reorganizar e resgatar sua própria história. 86 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] “[...] procurando resgatar valores que são importantes na vida deles [...]”. (S.6) Além de possibilitar aos idosos participantes o resgate de sua história de vida, o grupo de convivência, segundo os profissionais da área da saúde, permite que os mesmos sejam introduzidos em um novo círculo de amizades. De acordo com Ferrari (2002), nos grupos de convivência voltados à terceira idade, as pessoas que o integram têm a possibilidade de conhecer e se relacionar com novas e diferentes pessoas. “[...] têm objetivo de tirar o idoso de casa [...] saindo de casa pra poder... conviver com pessoas diferentes da família”. (S.2) “[...] motivar a convivência com outras pessoas [..].” (S.6) Pode-se observar, ao longo das entrevistas, que a possibilidade de conviver com outras pessoas fora da esfera familiar, estando num grupo de iguais, é considerado como um ponto positivo: “[...] é muito bom para eles, porque eles saem de casa [...]” (S.2) “[...] essa oportunidade de estar com/em um grupo [...]” (S.6) Entretanto, um ponto negativo apresentado pelos entrevistados da pesquisa, em relação a este aspecto, é a dificuldade do idoso se deslocar de sua residência até o local dos encontros do grupo, o que interfere na frequência às reuniões e até mesmo na adesão do idoso a esse grupo. “[...] muitas vezes ele não tem deslocamento, ele não tem como chegar lá [...]” (S.1) “[...] dificuldade de adesão do idoso [...]” (S.7) Em geral, ao adentrar na terceira idade, o indivíduo se depara com várias alterações em sua vida, permeando tanto a área biológica, quanto psicológica e, consequentemente, social. Em muitos dos casos, a rotina do idoso fica concentrada no núcleo familiar, o que faz com que ele não participe tão ativamente da vida em sociedade quanto antes, o que acaba por provocar um isolamento social. Já ao fazer parte de um grupo de convivência, o idoso encontra a possibilidade de se relacionar com outros que vivenciam o mesmo período. Com isso, no grupo ele encontra suporte e acolhimento, pois neste, ao compartilhar suas experiências, lhe é 87 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] permitido se identificar com as dos demais e, consequentemente enxergar sua vida a partir de outras perspectivas. Comumente, os profissionais da área da saúde vêem no grupo de convivência de idosos um importante suporte para que os participantes tenham o devido apoio que o auxilie a lidar e vivenciar seu processo de envelhecimento. De acordo com Veras e Caldas (2004), as pessoas têm capacidade de permanecerem ativas e independentes por tanto tempo quanto for possível se receberem um devido apoio. É necessário um serviço que apóie os idosos em virtude das conseqüências do processo de envelhecimento, que acaba por torná-los vulneráveis e incapazes. Nas entrevistas realizadas com os profissionais da área da saúde, percebe-se que os idosos têm necessidade de um apoio. “[...] muitos ficam isolados, sozinhos, não conhecem outra pessoa da mesma idade pra tá trocando informações sobre questões de família, saúde [...]” (S.1) “[...] ele normalmente se sente isolado pelos familiares, às vezes eles não têm muitas amizades, não sabe comportar ali naquela idade [...]” (S.2) Para Motta (citado em Bulsing et all, 2007), os grupos de terceira idade são possibilidades de troca e interação com pessoas da mesma geração, sendo o ingresso nesses grupos um marco em suas vidas, porque substituem o período de solidão e abandono, para o de novas amizades, festas, encontros e passeios. “[...] quando o idoso começa a participar daquele grupo, aí a pessoa se transforma, a pessoa se abre, eh... passa a falar mais, a se abrir mais, contar os problemas, contar sobre a vida deles e começa a fazer amizade ali um com o outro [...]” (S.2) “[...] eles têm ânsia, sabe, de aprender, de fazer alguma coisa, e de não desperdiçar o tempo... eles chegam aqui realmente muito dispostos [...]” (S.5) Ao fazer parte do grupo de convivência o idoso inicia um movimento de mudança em vários aspectos de sua vida. Este, com a convivência no grupo, deixa de estar isolado, pois passa a participar das atividades de seu interesse propostas no grupo, se relacionando com os demais participantes. 88 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] Para os profissionais entrevistados, as atividades propostas para o grupo devem ser planejadas e desenvolvidas de acordo com demanda apresentada pelos integrantes. Para isso, a atuação no grupo não pode se restringir a apenas um aspecto ou ser pré-moldada e trazida pronta para o grupo. Pelo contrário, a atuação deve ser pensada juntamente com o grupo, ouvindo destes os desejos e interesses. Segundo Marques e Carlos (2006), o trabalho com o idoso deve ser repensado para que se tenha uma atenção real quanto às potencialidades e necessidades do idoso. Levando em consideração também os aspectos psicológicos e sociais do sujeito. É necessário que se crie novos espaços, para além da atividade física, possibilitando ao idoso viver melhor o envelhecimento. “Então eu vejo que o que não falta é mercado de trabalho, porque a demanda é muito grande. Agora depende dos profissionais também serem criativos e falar 'Opa, eu posso ajudar dessa maneira'.” (S.6) “[...] vai desde do aspecto psicológico, né, do físico [...] .a questão da família, de trabalhar a relação do idoso com a família, social, né, essa convivência social e outros [...]” (S.1) A atuação dos profissionais da área da saúde no trabalho com grupos de convivência voltados aos idosos é contemplada por uma vasta gama de possibilidades, cabendo a estes profissionais se prepararem para serem capazes de aproveitar as oportunidades que surgem. Além disso, cabe a estes serem cautelosos, observadores para que possam perceber demandas e criatividade para desenvolver trabalhos de qualidade para supri-las. Embora isto seja algo imprescindível, nem todos os profissionais que voltam sua atuação para esta área, se propõem a se capacitar devidamente, para que seu trabalho seja de qualidade. Segundo Montanholi et all (2006), alguns profissionais da área de saúde não diferenciam o idoso dos demais adultos, eles apresentam uma visão igualitária das necessidades desses indivíduos. Isso pode prejudica a atuação do profissional, pois na maioria dos casos os conhecimentos específicos relacionados à gerontologia não são utilizados, não dando assim uma assistência devida ao sujeito. “Acho que hoje a atuação da área da saúde no idoso ainda é fragmentada; tendo em vista as necessidades do idoso. [...] Então repetição de ação é comum, mesmo... profissionais diferentes fazem a mesma coisa [...]” (S.4) 89 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] Tavares et all (2004), nos traz a idéia de que o trabalho do profissional da saúde não pode ser tratado de forma fragmentada, correndo risco de não ser compreendido, pois a vida em si é complexa e para que esses profissionais possam cuidar melhor dos indivíduos, é necessário ver tudo que o envolve. O que se percebeu com as entrevistas realizadas é que há um entendimento por parte destes profissionais frente ao trabalho de outros profissionais com os idosos. Eles reconhecem o valor e a importância da atuação de outras áreas, o que só gera ganhos para os idosos participantes dos grupos, visto que assim não serão tratados por uma ótica isolada, mas como um todo observado por várias visões diferentes que se completam. “Outros profissionais, por exemplo, tem uma enfermeira que ela trabalha a questão da motricidade [...] Outros, tem psicólogos que trabalham a questão... do, da convivência, né, em grupo, a convivência familiar, eles tentam mostrar o que é a vida hoje [...] Tem outros profissionais...da terapia ocupacional. Eles trabalham também com [...] atividades manuais e também teatro, parte teatral... onde eles têm a oportunidade de se expressar de uma maneira mais divertida, dentro da parte teatral.” (S.5) Shinkai e Cury (2000), falam que é fundamental uma atuação interdisciplinar no trabalho com idosos, pois estas áreas irão analisar e integrar conhecimentos específicos de cada uma delas para promover e manter a saúde do idoso. Na visão dos profissionais da saúde entrevistados, o trabalho interdisciplinar é visto como uma necessidade, pois somente a partir dele é que se podem atender as reais demandas do idoso que participa dos grupos de convivência. “[...] eu acho que são muitas possibilidade de atuação né, eu acho que são muitos outros profissionais que poderiam tá atuando nos grupos né, seria um trabalho excelente, um trabalho assim, multidisciplinar [...] acho que ainda tem pouco, pouca interação das equipes, dos profissionais. Então, as ações são muito pontais.” (S.4) “[...] eu acho que são muitas possibilidade de atuação né, eu acho que são muitos outros profissionais que poderiam tá atuando nos grupos né, seria um trabalho excelente, um trabalho assim, multidisciplinar[...]” (S.2) Apesar de cada uma das áreas do conhecimento apresentar uma visão sobre o idoso, a gerontologia é considerada intrinsecamente interdisciplinar, pois o envelhecer passa por vários aspectos da vida. Uma atuação interdisciplinar irá capacitar tais profissionais para realizarem seus trabalhos perante as 90 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] imprevisibilidades e diversidades de situações que podem ocorrer ao longo do processo do envelhecimento. Desta forma, a competência dos profissionais da área de saúde se deve à atuação conjunta de todas as áreas do conhecimento (medicina, enfermagem, psicologia, nutrição, etc.), buscando alcançar um único objetivo: o bem estar do idoso participante. Considerações Finais Os dados obtidos nesta pesquisa revelaram a importância que os grupos de convivência têm para os profissionais da área da saúde, caracterizando-se como espaços onde o indivíduo idoso pode utilizar suas potencialidades, efetivar laços de amizade e momentos de lazer, contribuindo assim para o idoso sair do isolamento social, uma vez que, em geral, o ambiente familiar não o favorece em todos estes aspectos. Constatou-se que os profissionais da saúde valorizam e recomendam a participação do idoso em grupos de convivência, pois esta se torna favorável ao sujeito, permitindo-lhe viver riquíssimas trocas e resgatar pontos de sua história de vida. Acredita-se que a partir do encontro entre os integrantes do grupo ao apresentarem suas histórias de vida e se ouvirem mutuamente possibilita o repensar e refletir sobre si e suas vivências. Além disso, os grupos de convivência oferecem ao idoso meios para sair do isolamento social, já que nestes o idoso tem a oportunidade de conhecer e se relacionar com novas pessoas. Em relação à atuação dos profissionais da área da saúde junto aos grupos de convivência, constatou-se que esta se torna mais rica quando feita multidisciplinarmente. Os vários olhares, um de cada campo do conhecimento que compõe a área da saúde, quando se unem em prol de um ideal comum, se completam e permitem que o sujeito tenha suas necessidades atendidas de forma plena. 91 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] A partir de uma visão holística, que aqui é composta de todos os olhares específicos, o bem estar do idoso é alcançado. Mas, para que esta atuação alcance de fato seu objetivo, se faz necessário que os profissionais busquem se capacitar devidamente, o que garante uma atuação mais satisfatória. Para que o trabalho interdisciplinar alcance êxito, os profissionais devem estar cientes de suas possibilidades e com sua formação e competências bem assimiladas, decorrentes de uma formação minuciosa e de qualidade. Dessa forma, ressalta-se a presença de uma crescente necessidade de manutenção dos grupos de convivência já existentes e da implantação de novos grupos, para que se consiga atingir um número maior de idosos. Ao identificar que as estatísticas demográficas apontam um progressivo e gradual aumento da população idosa, tanto a nível nacional quanto internacional, a demanda de participantes desses grupos irá aumentar, tendo em vista a propagação de representações positivas acerca dos benefícios proporcionados nesse espaço de trocas sociais. Acredita-se que o presente trabalho possui grande relevância científica ao apresentar a possibilidade de contribuir com os de estudos a respeito do papel do profissional da área da saúde que trabalha com idosos. Além de servir como ponto de partida para futuros trabalhos. Além disso, contribuirá na formação de profissionais da área e, consequentemente na forma de atuar dos mesmos, acrescentando significativamente conteúdos em todos os cursos de graduação da área da saúde, além de promover uma abertura pela busca da inclusão da disciplina de gerontologia no currículo dos cursos de graduação da área da saúde. Socialmente contribuirá para alargar a divulgação do tema e ampliar a oferta, não só de postos de trabalho, mas melhorar as políticas públicas voltadas à terceira idade, além de, como dito, aprimorar a atuação dos profissionais da área da saúde junto a este público. Referências AFONSO, M. L. Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial. 1ª ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. Cap. 1, p.171. 92 Revista Kaleidoscópio – Coronel Fabriciano-MG, Unileste – v. 3, p. 76-94, Fev/Jun, 2012. ISSN 1984-0012 [email protected] BULSING, F. L. et all. 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