Jorge Galvani Filho R.A. 3250059, 10º Semestre Estudo da viabilidade de consórcios de fossa séptica para grupos de moradias Itatiba 2007 1 Jorge Galvani Filho R.A. 3250059, 10º Semestre Estudo da viabilidade de consórcios de fossa séptica para grupos de moradias Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia Civil da Universidade São Francisco, sob a orientação do Profº. Dr. Alberto Luiz Francato, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Itatiba 2007 2 Dedico este trabalho de pesquisa aos meus pais Jorge Galvani e Elisabete Vetachi Galvani, a minha esposa Danila Montagnani Galvani, a minha filha Rebeca Montagnani Galvani e ao meu querido Profº. Dr. Alberto Luiz Francato. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pelo dom da sabedoria, e por ter me auxiliado com pessoas que foram de suma importância para a conquista deste. 4 "A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada". Albert Einstein 5 RESUMO Neste trabalho foi estudada a viabilidade de consórcios de fossa séptica de grupos de moradias buscando a redução de custos e melhorias na eficiência da manutenção. Perante os modelos estudados de fossas sépticas nos quais foi a de Polietileno e a de Anéis de Concreto, constatou-se que a melhor solução para este trabalho foi a realizada em Anéis de Concreto, pelo baixo custo de implantação e manutenção. Desta forma foi possível mostrar que este tipo de sistema pode ser a solução para que comunidades carentes, onde exista a necessidade de saneamento básico, obtenha uma alternativa para o tratamento do esgoto primário doméstico. 6 ABSTRACT This work has studied the feasibility of consortia of Fossa Septic groups of houses seeking to reduce costs and improvements in the efficiency of maintenance. Given the models studied from Fossa Septic tanks in which was to polyethylene and the rings of Concrete, it emerged that the best solution for this work was carried out in the rings of Concrete, for its low cost of deployment and also the maintenance. Thus it was possible to show that this type of system may be the solution to poor communities, where there is the need for sanitation get an alternative for the treatment of domestic sewage primary. 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10 1.2. Objetivo do trabalho ...................................................................................................... 11 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 12 2.1. O que são fossas sépticas? ............................................................................................. 12 2.2. Funcionamento da fossa séptica..................................................................................... 12 2.3. Recomendações para construção de uma fossa séptica ................................................. 13 2.4. Funcionamento geral de um tanque séptico .................................................................. 13 2.5. Afluentes de um tanque séptico..................................................................................... 14 2.6. Tipos de fossa séptica .................................................................................................... 16 2.7. Distribuição dos efluentes no solo................................................................................. 19 3. ESTUDO DE CASO...................................................................................................... 21 3.1. Calculo de volume da fossa séptica ............................................................................... 21 3.2. Formula para dimencionamento da fossa séptica .......................................................... 21 3.3. Base de dados para dimencionamento da fossa séptica do trabalho.............................. 23 3.4. Custos da fossa séptica ................................................................................................. 25 4. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 30 5. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 31 6. ANEXOS ...................................................................................................................... 32 8 LISTA DE SIGLAS: O.M.S (Organização Mundial de Saúde) CETESB (Companhia Tecnológica de Estadual de Saneamento Ambiental) E.T.E (Estação de Tratamento de Esgoto) N.B.R (Norma Brasileira) P.V.C (Poli Cloreto de Vinila) S.B.R.T (Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas) 9 LISTA DE SIMBOLOS: mm (Milímetro) m (Metro) m2 (Metro Quadrado) m3 (Metro Cúbico) l (Litro) V (Volume Útil) T (Período de Detenção) N (Numero de Pessoas ou Unidade de Contribuição) C (Contribuição de Despejo) K (Taxa de Acumulação de Lodo Digerido) Lf (Contribuição de Lodo Fresco) 10 1. INTRODUÇÃO: Mais da metade dos domicílios brasileiros não dispõe de rede coletora de esgoto e tratamento de efluentes. O acesso a esse serviço avançou de forma lenta nos últimos anos, colocando algumas regiões do país em situações preocupantes. Atualmente temos observado a construção do sistema de tratamento de efluentes em várias cidades, mas apesar destas obras serem importantes para o saneamento urbano, ainda carecemos de infra-estrutura para as populações menos favorecidas e mesmo para a população que vive nas periferias dos centros urbanos. O saneamento básico ainda é um grande desafio a ser vencido pelos países emergentes e dentre eles podemos citar o Brasil. Nosso país apesar de ter índices razoáveis de suprimento de água potável, ainda se depara com inadequada destinação final de esgotos ou mesmo inexistência do sistema coletor em algumas localidades. Segundo os índices da Organização Mundial da Saúde (OMS) verifica-se que 46 milhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico (CNM Confederação Nacional de Municípios, Rio Grande do Sul. Disponível em: <http://www.relvado.rs.gov.br/003/00301009 .asp¿ttCD_chove=36946>. Acesso em: 01 out.2007). Os efluentes domésticos representam uma parcela significativa dos esgotos sanitários, que provêm principalmente das residências, das edificações públicas e comercias que concentram aparelhos sanitários, lavanderias e cozinhas. Apesar de variarem em função dos costumes, condições sócioeconômicas e culturais das populações, o esgoto doméstico tem característica bem definida. Resultante do uso da água pelo homem em função dos hábitos higiênicos e de suas necessidades fisiológicas o esgoto doméstico é composto basicamente das águas de banho, urina, fezes, restos de comida, sabões, detergentes e água de lavagens. O esgoto sanitário e os efluentes dos processos industriais são às vezes indevidamente lançados sobre o terreno superficial, vias públicas e sarjetas, gerando problemas graves não só provenientes da poluição que agride o olfato e a visão, mas também, podendo gerar problemas de saúde pública, levando até mesmo ao surgimento de epidemias, quando contaminados por substâncias patogênicas e tóxicas. Pode-se destacar como exemplo de doença causada pela falta de saneamento básico o cólera, que é uma doença de transmissão fecaloral. É sabido que, ainda hoje, existem esgotos que são lançados em fossas negras e em redes de esgoto que conduzem os efluentes “in natura” até os 11 corpos d’água, provocando degradação ambiental. Assim faz-se necessário estudo de alternativas para a destinação final adequada dos esgotos. Uma alternativa é a construção de fossas sépticas, que armazenam os efluentes que são coletados, armazenados e depois transportados até estações de tratamento de efluentes. Em alguns casos as fossas sépticas são instalações projetadas que atenuam a agressividade das águas servidas, tendo emprego já difundido. A fossa séptica destina-se a separar e degradar a matéria sólida contida nas águas de esgoto e descarregá-las no terreno, onde se completa o processo. Dependendo do local de despejo, este processo já é considerado suficiente para a destinação final do efluente. É sabido que no estado de São Paulo, a Companhia de Tecnológica e Saneamento Básico Ambiental (CETESB) exige que 80% da carga orgânica seja removida da água antes da mesma ser devolvida ao meio ambiente (REVISTA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO. Fossa: de bem com a natureza. Brasil.São Paulo,SP. 2004. Fevereiro. p.86 – 88). A fossa séptica é recomendada para locais com baixa densidade populacional, em que se torna economicamente oneroso a construção de redes de água e esgoto, ou por motivos topográficos a construção da rede não seja possível. 1.1 Objetivo do trabalho Este trabalho tem como objetivo estudar a viabilidade de consórcios de fossas sépticas de varias moradias buscando a redução de custos e melhorias na eficiência da manutenção, colaborando para uma melhor condição de saneamento básico em comunidades carentes. O estudo analisa o custo final per capta referente a construção e operação das fossas, em função do número de moradias consorciadas para uso da fossa. 12 2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA: Para um melhor entendimento deste trabalho descrever-se-á nos tópicos a seguir as fossas sépticas e seus componentes. 2.1 O que são fossas sépticas? Fossa séptica ou tanque séptico, segundo a norma de projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos a NBR 7229/93, são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no esgoto. É uma maneira simples e econômica de disposição dos esgotos indicada sobretudo para a zona rural, residências isoladas ou que não tenhám rede coletora de esgoto. Todavia, o tratamento não é completo como numa Estação de Tratamento de Esgotos (E.T.E). 2.2 Funcionamento da fossa septica O esgoto “in natura” das residências é lançado em uma fossa séptica para que com o menor fluxo da água, a parte sólida possa se depositar, liberando assim a parte líquida de toda a materia lançada. Uma vez feito esta etapa inicial as bactérias anaeróbias agem sobre a parte sólida do esgoto decompondo-o. Esta decomposição é importante pois torna o esgoto residual com menor quantidade de matéria orgânica. Desta forma é possivel fazer o lançamento de volta à natureza com menor prejuízo à mesma. Devido a possibilidade da presença de organismos patogênicos, a parte sólida deve ser retirada, através de um caminhão limpa-fossas e transportada até um aterro sanitário. Numa fossa séptica não ocorre a decomposição aeróbica ocorrendo somente a decomposição anaeróbica devido a ausência quase total de oxigênio. No tratamento primário de esgoto doméstico, sobretudo nas zonas rurais, podem ser utilizadas as fossas sépticas que são unidades nas quais são feitas a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto. As fossas sépticas são estruturas complementares e necessárias às moradias, sendo fundamentais no combate a doenças, vermisoses e endemias (como o cólera), pois diminuem o lançamentos dos dejetos humanos diretamente em rios, lagos, nascente ou mesmo na superfície do solo. O uso é essencial para a melhoria das condições de higiene das populações rurais e urbanas, de localidades não servidas por redes de coleta pública de esgotos. 13 Esse tipo de fossa consiste em um tanque enterrado, que recebe os esgotos (dejetos e água servida), retendo a parte sólida e iniciando o processo biológico de purificação da parte líquida (efluente). Mas é preciso que esses efluentes sejam filtrados para completar o processo biológico de purificação e eliminar o risco de contaminação. 2.3 Recomendações para construção de uma fossa septica As fossas sépticas não devem ser construidas muito proximas as moradias (para evitar mau cheiro) nem muito longe (para evitar tubulações muito longas). A distancia recomendada é cerca de 6 metros. Preferenciamente devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizações. Também devem ficar num nível mais baixo do terreno e longe de poços, cisternas ou de qualquer outra fonte de captação de água (no mínimo trinta metros de distância), para evitar contaminações, no caso de eventual vazamento. O tamanho da fossa séptica depende do número de pessoas servidas por ela. É dimensionada em função de um consumo médio de água por pessoa, por dia. Porém sua capacidade nunca deve ser inferior a mil litros (SBRT Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas. Disponível em: <http://www.sbrt.ibict.br/upload/sbrt7130s.html>. Acesso em 10 set. 2007). 2.4 Funcionamento geral do tanque séptico: O esgoto é detido na fossa por um período estabelecido nas condições de dimensionamento das fossas, que pode variar de 12 a 24 horas dependendo das contribuições de efluentes. Simultaneamente à fase de retenção processase uma sedimentação de 60 a 70% dos sólidos em suspensão contidos nos esgotos, formando-se o lodo. Parte dos sólidos não decantados, formados por óleos, graxas, gorduras e outros materiais misturados com gases são retidos na superfície livre do líquido, no interior do tanque séptico, denominados de escuma. Tanto o lodo como a escuma são atacados por bactérias anaeróbias, provocando uma destruição total ou parcial de organismos patogênicos, assim há uma redução de volume causado pela digestão que resulta em gases, líquidos e acentuada redução de volume dos sólidos retidos e digeridos, que adquirem características estáveis capazes de permitir que o efluente líquido do tanque séptico possa ser lançado em melhores condições de segurança do que as do esgoto bruto, como mostrado na figura 01. 14 Figura 01 – Funcionamento geral de uma fossa séptica Fonte: NBR 7229/93 2.5 Efluentes do tanque séptico O tanque séptico deve ser projetado para receber todos os despejos domésticos de cozinhas, lavanderias domiciliares, lavatórios, vasos sanitários, bidês, banheiros, chuveiros, mictórios, ralos de piso de compartimento interior, etc. Verifica-se ser ideal a instalação de uma caixa de gordura (figura 02) na canalização que conduz despejos das cozinhas para o tanque séptico e também a instalação de uma caixa de inspeção (figura 03) na canalização final antes de chegar a fossa séptica para desobstruir qualquer entupimento da rede de esgoto. Esta caixa pode ser construída em alvenaria, ou pré-moldada, com tampa de concreto. Isso ajudará a serem vetados lançamentos de qualquer despejo que possam causar condições adversas ao bom funcionamento dos tanques sépticos ou que apresentam um elevado índice de contaminação. 15 Figura 02 – Caixa de gordura Figura 03 – Caixa de inspeção 16 2.6 Tipos de fossas septicas: As fossas sépticas podem ser de dois tipos: a) Pré-moldadas: As fossas sépticas pré-moldadas podem ser de alvenaria (anéis de concreto pré-moldados), apresentado na figura 04 ou polietileno apresentado na figura 05 e 06. Não há diferenças no funcionamento do sistema por causa do material, o que muda é o cuidado que se deve ter na execução, o prazo de entrega e o custo total. A alvenaria é o método mais difundido pelo baixo custo, mas a mão de obra empregada na instalação nem sempre é especializada, sendo que o maior problema é manter a estanqueidade para que o sistema não fique prejudicado (evitar vazamentos). O ponto mais crítico da instalação é a base do tanque onde a laje e a junta devam formar uma só peça de concreto. Os tanques em fibras de polietileno não são tão empregados pelo seu alto custo. São geralmente instalados em um dia. Neste sistema, deve-se tomar cuidado para evitar que pedras pontiagudas do solo perfurem o tanque durante a instalação ou no funcionamento. Para volumes maiores é recomendável que a altura seja maior que o dobro do diâmetro. Para sua montagem, observar as orientações dos fabricantes. 17 Figura 04 - Foto de uma fossa séptica em concreto 18 Figura 05 - Foto de uma fossa séptica em polietileno Figura 06 - Foto de uma fossa séptica em polietileno b) Feitas no local: A fossa séptica feita no local tem formato retangular ou circular. Para funcionar bem, ela deve ter dimensões determinadas por meio de um projeto específico de engenharia, contemplando a estrutura e os acessórios hidráulicos para sua manobrabilidade. 19 A execução desse tipo de fossa séptica começa pela escavação da cavidade no solo onde a fossa vai ficar olojada no terreno. O fundo da cavidade deve ser compactado e nivelado. As paredes são feitas com tijolo maciço, cerâmico, ou com bloco de concreto. Durante a execução da alvenaria, já devem ser colocados ou tubos de entrada e saída da fossa, e deixadas ranhuras para encaixe das placas de separação das câmaras, caso de fossa retagular. As paredes internas da fossa devem ser revestidas com argamassa à base de cimento A fossa séptica circular, é a que apresenta maior estabilidade. Neste modelo utiliza-se retentores de espuma na entrada e na saída, formados por tês de PVC de 90 graus e diâmetro de 100 milímetros. Na fossa séptica retangular a separação das câmaras (chicanas), e a tampa da fossa são feitas com placas pré-moldadas de concreto. Para a separação das câmaras são necessárias cinco placas: duas de entrada e três de saída. Essas placas têm quatro centímetros de espessura e a armadura em forma de tela.A tampa é subdividida em placas, para facilitar a sua execução, instalação e eventuais remoções. 2.7 Distribuição dos efluentes no solo Há três maneiras de distribuir os efluentes no solo. A definição depende do tipo de solo e/ou dos recursos disponíveis para a sua execução, a seguir faz-se uma breve descrição dos mesmos: a) Valas de filtração: Segundo a NBR 13969/1997, vala de filtração pode ser definida como vala escavada no solo, preenchida com meios filtrantes e provida de tubos de distribuição de esgoto e de coleta de efluente filtrado, destinada à remoção de poluentes através de ações físicas e biológicas sob condições essencialmente aeróbias. O sistema de filtração caracteriza-se por permitir nível elevado de remoção de poluentes. Pode-se utilizá-lo quando o solo ou as condições climáticas do local não recomendam o emprego da vala de infiltração, quando a legislação sobre as águas dos corpos receptores exige alta remoção dos poluentes dos efluentes do tanque séptico e quando for considerado vantajoso o aproveitamento do efluente tratado, sendo adotada como unidade de pós tratamento. 20 b) Valas de infiltração: Esse sistema consiste na escavação de uma ou mais valas, nas quais são colocados tubos de dreno com brita, ou bambu, preparado para trabalhar com dreno retirando o miolo, que permite, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes da fossa séptica. O comprimento total das valas depende do tipo de solo e quantidade de efluentes a ser tratado. Em terrenos arenosos 8 m de valas por pessoa são suficientes. Em terrenos argilosos são necessários doze metros de valas por pessoa. Entretanto, para um bom funcionamento do sistema, cada linha de tubos não deve ter mais de trinta metros de comprimento. Portanto, dependendo do número de pessoas e do tipo de terreno, pode ser necessária mais de uma linha de tubos/valas. c) Sumidouro: O sumidouro é um poço sem laje de fundo que permite a infiltração do efluente da fossa séptica no solo. O diâmetro e a profundidade dos sumidouros dependem da quantidade de efluentes e do tipo de solo. Mas, não deve ter menos de 1m de diâmetro e mais de 3m de profundidade, para simplificar a construção. Os sumidouros podem ser feitos com tijolo maciço ou blocos de concreto ou ainda com anéis pré-moldados de concreto. A laje ou tampa do sumidouro pode ser feita com uma ou mais placas pré-moldadas de concreto, ou executada no próprio local. 21 3. ESTUDO DE CASO 3.1. Calculo de volume da fossa séptica O dimensionamento do volume da fossa séptica deve atender a NBR 7229/93, que tem por objetivo preservar a saúde publica e ambiental, a higiene, o conforto e a segurança dos habitantes de áreas servidas por este sistema. Segundo o SBRT (Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas), para volumes maiores é recomendável que a altura não seja maior que o dobro do diâmetro, para que a fossa funcione bem e tenha o seu melhor rendimento (http://www.sbrt.ibict.br/upload/sbrt7130s.html; acessado em 10/09/2007). 3.2 Formula para dimensionamento da fossa séptico: O volume útil da fossa séptico deve ser calculado pela formula: V = 1000 + N × (C × T + K × Lf ) (1) Onde: V = Volume Útil, em litros; N = Numero de pessoas ou unidade de contribuição; C = Contribuição de despejo em litros/pessoa por dia ou em litro/unidade por dia (tabela 01); T = Período de detenção, em dias (tabela 02); K = Taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco (tabela 03); Lf = Contribuição de lodo fresco, em litros/pessoa x dia ou em litros/unidade por dia (tabela 01). 22 Tabela 01 – Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de ocupante PREDIO UNIDADE 1. Ocupantes Permanentes - Residência Padrão Alto Padrão Médio Padrão Baixo - Hotel (exceto lavanderia e cozinhas) - Alojamento Provisório 2. Ocupantes Temporários - Fabrica em geral - Escritório - Edifícios públicos ou comerciais - Escolas - Bares - Restaurantes ou similares - Cinema, teatro, locais de pouca permanência - Sanitário publico Fonte: NBR 7229/93 CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTOS (C) E LODO FRESCO (Lf) Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa 160 130 100 100 80 1 1 1 1 1 Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa 70 50 50 50 6 25 2 480 0,30 0,20 0,20 0,20 0,10 0,10 0,02 4,00 Tabela 02 – Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária. Contribuição diária (L) Até 1500 De 1501 a 3000 De 3001 a 4500 De 4501 a 6000 De 6001 a 7500 De 7501 a 9000 Mais de 9000 Fonte: NBR 7229/93 Dias 1,00 0,92 0,83 0,75 0,67 0,58 0,50 Tempo de detenção Horas 24 22 20 18 16 14 12 Tabela 03 – Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas e temperatura do mês mais frio. Intervalo entre limpezas (anos) 1 2 3 4 5 Fonte: NBR 7229/93 Valores de K por faixa de temperatura ambiente (t), em C.º t ≤ 10 10 ≤ t ≤ 20 t > 20 57 65 94 97 105 134 137 145 174 177 185 214 217 225 254 23 3.3 Base de dados para dimensionamento da fossa séptica do trabalho Neste trabalho foram dimensionadas fossas sépticas para grupos até 40 residências com moradias de 5 pessoas por unidade de baixo padrão, sendo assim será usado o Coeficiente C = 100 e Lf = 1 segundo a tabela 01. O valor de K usando a tabela 03 é igual 65. No resultado do volume útil, soma-se mais 800 litros para circulação de gases e folga do sistema. Os resultados obtidos encontram-se na tabela 04, onde: Volume útil = É o espaço interno mínimo necessário ao correto funcionamento da fossa séptica, correspondente a somatória dos volumes destinados a digestão, decantação e armazenamento de escuma (espuma); Volume total = É o volume útil acrescido de volume correspondente ao espaço destinado à circulação de gases no interior da fossa (800 litros), acima do nível do liquido; Tempo em que a fossa encherá = É o tempo máximo em que a fossa séptica suporta a quantidade de lodo acumulado no sistema. Tabela 04 – Dados de volume útil, volume total e tempo de enchimento da fossa séptica. Numero de residência ligada no sistema 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Numero total de pessoas nas residências 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 Volume útil (litros) Volume total (litros) 1825 2650 3475 4140 4925 5710 6180 6920 7660 8000 8700 9400 9580 10240 10900 10840 11455 12070 11925 2625 3450 4275 4940 5725 6510 6980 7720 8460 8800 9500 10200 10380 11040 11700 11640 12255 12870 12725 Tempo em que esta fossa se encherá (dias) 365 265 232 207 197 190 177 173 170 160 158 157 147 146 145 136 135 134 126 24 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180 185 190 195 200 12500 13075 13650 14255 14800 15375 15950 16525 17100 17675 18250 18825 19400 19975 20550 21125 21700 22275 22850 23425 24000 13300 13875 14450 15025 15600 16175 16750 17325 17900 18475 19050 19625 20200 20775 21350 21925 22500 23075 23650 24225 24800 125 125 124 124 123 123 123 122 122 122 122 121 121 121 121 121 121 120 120 120 120 Com os resultados da tabela 04, é possível construir o gráfico da figura 07 onde se verifica a relação do volume por tempo para enchimento da fossa séptica por dia. Tempo (Dias) 400 350 y = 0,6883x2 - 25,195x + 340,92 R2 = 0,8731 300 250 200 150 100 0 5 10 15 20 Figura 07 – Volume acumulado em função do tempo 25 Volume (m3) 25 3.4 Custo da fossas sépticas A composição de custos de uma fossa séptica pode ser realizada somando-se custos de implantação e operação a) Custo de implantação: refere-se ao custo da desapropriação do terreno (este não foi considerado para calculo deste projeto), custo da fossa séptica de concreto ou de polietileno, mão de obra para instalação do sistema, materiais hidráulicos e outros. Para esta composição de custo foram adotados os seguintes valores unitários: Tabela 05 - Custo de anéis de concreto em função dos diâmetros DIAMETRO (METRO) VALOR UNITARIO 0,80 R$ 20,00 1,00 R$ 28,00 1,20 R$ 33,00 1,30 R$ 58,00 1,50 R$ 78,00 2,00 R$ 170,00 Fonte: Deposito de Materiais de Construção De-Mari1. Tabela 06 - Custo de fossa séptica de polietileno em função do volume VOLUME (M3) VALOR UNITARIO 1,80 R$ 1.094,59 3,00 R$ 1.518,47 5,50 R$ 2.774,99 10,00 R$ 5.235,63 Fonte: Deposito de Materiais de Construção Telha Norte2. Tabela 07 - Custo de mão de obra por m3 VOLUME (M3) VALOR MÃO DE OBRA 1,00 R$ 40,00 Fonte: Autor3. 1 Deposito de Construção De-Mari, Av. Tiradentes, 237 – Centro – Bom Jesus dos Perdões – SP, Tel: (11) 4012 – 7508, no período de 01/10/2007. 2 Deposito de Materiais de Construção Telha Norte, Av. Presidente Castelo Branco, 6201 – Água Branca – SP, Tel: (11) 3868 – 6300, no período de 01/10/2007. 3 Pesquisa com profissionais realizado na cidade de Bom Jesus dos Perdões – SP, no período de 01/10/2007. 26 Tabela 08 - Custo médio da instalação hidráulica da fossa séptica UNIDADE CUSTO POR UNIDADE DE FOSSA 1,00 R$ 25,00 Fonte: Deposito de Materiais de Construção De-Mari1. Tabela 09 - Custo de tampa de concreto em função do diâmetro DIAMETRO (METRO) VALOR UNITARIO 0,80 R$ 20,00 1,00 R$ 28,00 1,20 R$ 33,00 1,30 R$ 58,00 1,50 R$ 78,00 2,00 R$ 170,00 Fonte: Deposito de Materiais de Construção De-Mari1. Tabela 10 - Custo de laje de fundo de concreto armado e mão de obra VOLUME (M3) VALOR 1,00 R$ 631,94 Fonte: Deposito de Materiais de Construção De-Mari1. b) Custo operacional: refere-se ao custo da limpeza, transporte do efluente, energia elétrica e manutenção da fossa séptica. Tabela 11 - Custo limpa fossa VOLUME (M3) 7,00 VALOR R$ 350,00 Fonte: Desentupidora Jundiaí4. Desta maneira pode-se comparar os dois modelos de fossa séptica, para obtenção do menor custo de implantação do sistema, que pode ser visto na figura 08, graficamente: 4 Desentupidora Jundiaí, Rua Luigi Spina, 107 – Bairro Aeroporto – Jundiaí – SP, orçamento realizado no período de 01/10/2007. 27 Custo (R$) R$ 1.700,00 R$ 1.600,00 R$ 1.500,00 R$ 1.400,00 R$ 1.300,00 R$ 1.200,00 R$ 1.100,00 R$ 1.000,00 R$ 900,00 R$ 800,00 R$ 700,00 R$ 600,00 R$ 500,00 R$ 400,00 R$ 300,00 R$ 200,00 R$ 100,00 R$ - CUSTO FOSSA DE ANEIS CUSTO FOSSA POLIETILENO Polinômio (CUSTO FOSSA POLIETILENO) Polinômio (CUSTO FOSSA DE ANEIS) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Figura 08 - Gráfico de custo por volume de sistema de fossa séptica Com a base de dados da figura 08 (composição de custos está no anexo 02), conclui-se que a opção mais econômica para a construção e operação de fossas sépticas, é a composta por anéis de concreto pré-moldado. Sendo assim verifica-se que apesar da fossa de polietileno apresentar instalação mais prática, ainda não é uma alternativa melhor do que a fossa composta por anéis de concreto, do ponto de vista econômico. Com os custos da fossa séptica de concreto adiciona-se o custo operacional do sistema no seu 1º ano de uso, assim pode-se obter o gráfico mostrado na figura 09, no qual o volume da fossa séptica que está diretamente relacionado ao número de residências consorciadas, pode ser obtido, buscando-se o mínimo custo diretamente do gráfico. Verifica-se ainda que a situação ideal seja algo em torno de 28 residências. É possível que o número sofra pequenas alterações em decorrência de variações de custo associado a transporte, conexões hidráulicas, etc. Numero de Residências 28 Custo (R$) R$ 900,00 R$ 800,00 y = 0,4566x2 - 24,803x + 528,73 R2 = 0,6958 R$ 700,00 R$ 600,00 CUSTO POR RESIDENCIA Polinômio (CUSTO POR RESIDENCIA) R$ 500,00 R$ 400,00 R$ 300,00 R$ 200,00 R$ 100,00 R$ 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Figura 09 – Custo final da implantação do sistema de fossa séptica de concreto por residência no primeiro ano de uso. Com os resultados apresentados na figura 09 observa-se que a fossa tem seu melhor custo beneficio quando consorcia-se 28 residências, desta forma o custo gerado no consórcio para cada uma destas residências é em torno de R$ 205, 67 (duzentos e cinco reais e sessenta e sete centavos) no seu primeiro ano de funcionamento. A partir do seu segundo ano de funcionamento o sistema deverá ter um custo de R$ 87,44 (oitenta e sete reais e quarenta e quatro centavos) observado na figura 10, para cada uma das residências citadas acima, onde apenas encontra-se o custo operacional do sistema. Desta forma é possível mostrar que um sistema de consorcio de fossas sépticas pode ser a solução para que as comunidades carentes, onde existe a necessidade de saneamento básico obtendo uma alternativa para o tratamento primário do esgoto doméstico, evitando-se assim não apenas as doenças causadas pelo esgoto, mas também a contaminação de todo o meio ambiente. Numero de residências 29 Custo (R$) R$ 350,00 Custo de limpeza da fossa septica por residencia Polinômio (Custo de limpeza da fossa septica por residencia) R$ 300,00 R$ 250,00 2 y = 0,2097x - 10,536x + 217,51 2 R = 0,509 R$ 200,00 R$ 150,00 R$ 100,00 R$ 50,00 R$ 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Figura 10 – Custo final de manutenção do sistema de fossa séptica de concreto por residência a partir do segundo ano de uso. Numero de Residências 30 4. CONCLUSÃO: Os serviços de saneamento básico no Brasil ainda carecem de inovações tecnológicas como forma de estender o atendimento a toda população, garantindo qualidade de vida e bem estar. Nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos são comuns cenários de falta de suprimento de água potável e a inexistência de uma rede coletora de esgoto. Atualmente busca-se por técnicas eficientes no tratamento de efluentes, mas ainda nem todo esgoto é coletado dos lares. Muitas vezes os efluentes domésticos são lançados nas ruas ou em fossas “negras”. Este trabalho foi motivado pela busca de soluções econômicas que viabilizassem saneamento básico, mais especificamente, afastamento de esgoto doméstico em condições adequadas. A idéia de consorciar fossas sépticas é interessante, pois, pode diluir alguns custos fixos e repartir de maneira de otimizar os custos operacionais. Neste trabalho levantou-se custos de materiais de construção para a construção de fossas sépticas de diversas capacidades em função do número de unidades domiciliares participantes do consórcio e analisou-se a economia de escala com volumes maiores para as operações de limpa fossa. Como resultado o trabalho apresentou um layout para a distribuição dos lotes em uma quadra modelo de maneira a viabilizar a implantação da fossa consorciada. Concluiu-se deste trabalho que o número ideal de unidades é vinte e oito. Este trabalho foi realizado na região bragantina, porem cabe lembrar que este estudo pode sofrer variações em função do local a ser implantado, pois com diferentes custos regionais de implantação e operação pode-se chegar a um número diferente de unidades consorciadas. Este trabalho pode ter desdobramentos futuros, sendo interessante detalhar sistemas de apoio como elevatórias ou mesmo compartilhar técnicas de tratamento de esgoto que poderiam ser feitas parcialmente já na fossa consorciada. A publicação deste trabalho e meio de comunicação científico certamente receberá críticas, e se bem fundamentas, independente de serem positivas ou negativas ajudará a ciência e ter novos olhares para um problema sério de saúde pública que é a falta de saneamento básico adequado. 31 5. BIBLIOGRAFIA: CREDER, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 5.ed.: Ed.LTC. P.262 285. BRAGA, B. Introdução à Engenharia Ambiental. 2.ed.: Ed.PEARSON. P.119 - 149. FREIRE, G.D. Educação Ambiental. 6.ed.: Ed.GAIA. P.454 - 457. LEAL, UBIRAZAN. Saneamento: Depois da Descarga. Brasil.São Paulo,SP. 2000. Techne, Maio/Jun. n.46 p.40 - 42. REVISTA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO. Fossa: de bem com a natureza. Brasil. São Paulo, SP. 2004. Fevereiro. P.86 - 88. RIO GRANDE DO SUL (ESTADO). Confederação Nacional de Municípios (CNM), 2006. Disponível em: < http:// www.relvado.rs.gov.br/, acesso em: 21 agosto 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (ABNT), NBR. 7229. Projeto, Construção e Operação de Sistemas de Tanques Sépticos. Rio de Janeiro. 1993. Set SÃO PAULO (ESTADO). Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), Disponível em: < http://www.sbrt.ibict.br/upload/sbrt7130s.html; acessado em 10/09/2007. 32 6. ANEXOS: 33 Anexo 01 – Cálculo de Volume da Fossas Sépticas e Tempo Máximo para Enchimento 34 FOSSA SEPTICA FORMULA: V = 1000 + (N * ((C * T ) + (K * LF))) CONDIÇÕES: PADRÃO BAIXO: C= LF = K= 100 1 65 CONTRIBUIÇÃO DIARIA EM (L): DIAS ATE 1500 DE 1501 ATE 3000 DE 3001 ATE 4500 DE 4501 ATE 6000 DE 6001 ATE 7500 DE 7501 ATE 9000 MAIS DE 9000 PARA 1 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N= 5 1825,00 LITROS 2625,00 LITROS 365 DIAS PARA 2 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 10 2650,00 LITROS 3450,00 LITROS 265 DIAS PARA 3 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 15 3475,00 LITROS 4275,00 LITROS 232 DIAS PARA 4 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = HORAS 1 0,92 0,83 0,75 0,67 0,58 0,5 N = 20 4140,00 LITROS 4940,00 LITROS 207 DIAS 24 22 20 18 16 14 12 35 PARA 5 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 25 4925,00 LITROS 5725,00 LITROS 197 DIAS PARA 6 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 30 5710,00 LITROS 6510,00 LITROS 190 DIAS PARA 7 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 35 6180,00 LITROS 6980,00 LITROS 177 DIAS PARA 8 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 40 6920,00 LITROS 7720,00 LITROS 173 DIAS PARA 9 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 45 7660,00 LITROS 8460,00 LITROS 170 DIAS PARA 10 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 50 8000,00 LITROS 8800,00 LITROS 160 DIAS PARA 11 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 55 8700,00 LITROS 9500,00 LITROS 158 DIAS PARA 12 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 60 9400,00 LITROS 10200,00 LITROS 157 DIAS 36 PARA 13 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 65 9580,00 LITROS 10380,00 LITROS 147 DIAS PARA 14 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 70 10240,00 LITROS 11040,00 LITROS 146 DIAS PARA 15 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 75 10900,00 LITROS 11700,00 LITROS 145 DIAS PARA 16 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 80 10840,00 LITROS 11640,00 LITROS 136 DIAS PARA 17 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 85 11455,00 LITROS 12255,00 LITROS 135 DIAS PARA 18 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 90 12070,00 LITROS 12870,00 LITROS 134 DIAS PARA 19 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 95 11925,00 LITROS 12725,00 LITROS 126 DIAS PARA 20 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 100 12500,00 LITROS 13300,00 LITROS 125 DIAS 37 PARA 21 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 105 13075,00 LITROS 13875,00 LITROS 125 DIAS PARA 22 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 110 13650,00 LITROS 14450,00 LITROS 124 DIAS PARA 23 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 115 14225,00 LITROS 15025,00 LITROS 124 DIAS PARA 24 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 120 14800,00 LITROS 15600,00 LITROS 123 DIAS PARA 25 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 125 15375,00 LITROS 16175,00 LITROS 123 DIAS PARA 26 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 130 15950,00 LITROS 16750,00 LITROS 123 DIAS PARA 27 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 135 16525,00 LITROS 17325,00 LITROS 122 DIAS PARA 28 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 140 17100,00 LITROS 17900,00 LITROS 122 DIAS 38 PARA 29 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 145 17675,00 LITROS 18475,00 LITROS 122 DIAS PARA 30 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 150 18250,00 LITROS 19050,00 LITROS 122 DIAS PARA 31 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 155 18825,00 LITROS 19625,00 LITROS 121 DIAS PARA 32 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 160 19400,00 LITROS 20200,00 LITROS 121 DIAS PARA 33 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 165 19975,00 LITROS 20775,00 LITROS 121 DIAS PARA 34 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 170 20550,00 LITROS 21350,00 LITROS 121 DIAS PARA 35 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 175 21125,00 LITROS 21925,00 LITROS 121 DIAS PARA 36 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 180 21700,00 LITROS 22500,00 LITROS 121 DIAS 39 PARA 37 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 185 22275,00 LITROS 23075,00 LITROS 120 DIAS PARA 38 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 190 22850,00 LITROS 23650,00 LITROS 120 DIAS PARA 39 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 195 23425,00 LITROS 24225,00 LITROS 120 DIAS PARA 40 RESIDENCIA: VOLUME = VOLUME TOTAL = CHEIA = N = 200 24000,00 LITROS 24800,00 LITROS 120 DIAS 40 Anexo 02 – Volume e Custo por Modelo de Fossa Séptica 41 42 43 44 Anexo 03 – Custo do Limpa Fossa por Residência no Período de 1 Ano 45 CUSTO DO LIMPA FOSSA POR RESIDENCIA NO PERIODO DE 1 ANO Nº. RESIDENCIA 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 VOLUME DA FOSSA SEPTICA (m3) 2,63 3,45 4,28 4,94 5,73 6,51 6,98 7,72 8,46 8,80 9,50 10,20 10,38 11,04 11,70 11,64 12,26 12,87 12,73 13,30 13,88 14,45 15,03 15,60 16,18 16,75 17,33 17,90 18,48 19,05 19,63 20,20 20,78 21,35 21,93 22,50 23,08 23,65 24,23 24,80 CUSTO LIMPA FOSSA POR RESIDENCIA R$ 350,00 R$ 222,95 R$ 159,18 R$ 125,38 R$ 102,22 R$ 86,31 R$ 103,02 R$ 179,56 R$ 160,89 R$ 148,63 R$ 135,82 R$ 124,82 R$ 118,17 R$ 110,00 R$ 102,93 R$ 98,65 R$ 93,08 R$ 88,12 R$ 85,10 R$ 81,03 R$ 77,17 R$ 110,76 R$ 105,94 R$ 101,77 R$ 97,70 R$ 93,94 R$ 90,67 R$ 87,44 R$ 84,42 R$ 81,61 R$ 101,80 R$ 98,62 R$ 95,63 R$ 123,76 R$ 120,22 R$ 116,88 R$ 114,04 R$ 111,04 R$ 108,19 R$ 105,48 46 Anexo 04 – Planta Modelo de um Loteamento Popular 47