Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO Instituto Estadual do Ambiente- INEA DPC Desenvolvimento Ltda. PROJETO EXECUTIVO DE REQUALIFICAÇÃO DA LIGAÇÃO TERRESTRE ENTRE AS VILAS DO ABRAÃO E DOIS RIOS NA ILHA GRANDE RELATÓRIO DA 1ª ETAPA ESTUDOS PRELIMINARES D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 1 SUMÁRIO 1 - APRESENTAÇÂO 2 – PREÂMBULO 3 - RESUMO DO OBJETO DO CONTRATO 4. - LEVANTAMENTO DE DADOS 5 - ENSAIOS GEOTÉCNICOS 6 – INFOMAÇÕES SOBRE DADOS PLUVIOMÉTRICOS 7 – O REMANESCENTE DO PRESÍDIO 8 - CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS 9 - DRENAGEM 10- ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES E ENCOSTAS 11- DIAGNÓSTICO 12 – CONCLUSÕES 13 – CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 2 1- APRESENTAÇÂO Apresenta-se a seguir o Relatório da 1ª ETAPA- ESTUDOS PRELIMINARES, referente ao contrato firmado entre Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO e DPC Desenvolvimento Ltda EPP em 01 de setembro de 2010 e o Termo Aditivo de 17/11/2010 O Relatório da 1ª ETAPA aborda o levantamento de dados secundários, de campo, das visitas técnicas e consolidação de informações; inclusive levantamento de dados disponíveis, além de apresentar a campanha de coleta de amostra para os ensaios geotécnicos Este Relatório é parte integrante do Projeto Executivo de Requalificação da Ligação Terrestre entre as Vilas do Abraão e Dois Rios na Ilha Grande. Apresenta ainda em seu capítulo 12 – CONCLUSÕES, algumas indicações decorrentes do atual estágio dos trabalhos, função das experiências adquiridas pelos diversos profissionais atuantes no atual período. Em 20/12/2010 Flávio Alberto da Silva DPC Desenvolvimento Ltda D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 3 2 – PREÂMBULO A estrada de ligação entre as Vilas do Abraão e Dois Rios não apresenta as características de estabilidade, segurança e confiabilidade necessárias às funções dela requeridas. Esta estrada é utilizada pelos moradores, pesquisadores e estudantes do Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS) da UERJ, por turistas e para as atividades de segurança e fiscalização ambiental. Escoamento na caixa da pista provocando erosão D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 4 Instabilidade moderada de taludes Idem foto anterior D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 5 Com 8.708 m de extensão, em relevo acidentado, com cota máxima de 339,89 m e em região com elevado índice pluviométrico, a recuperação desta via se faz necessária, requerendo a elaboração de estudos e projetos adequados. O Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG) está situado na costa sudoeste do Estado do Rio de Janeiro e tem 120,52 km2, correspondendo a 62,5% da superfície da Ilha Grande, a maior ilha do arquipélago da baia de Ilha Grande. Tem por objetivo proteger o patrimônio natural e cultural e oferecer aos visitantes, oportunidades para aprendizagem, relaxamento e recreação ao ar livre. Criado em 1971 e ampliado em 2007, o PEIG é uma síntese da natureza do Estado do Rio de Janeiro, preservando florestas, restingas, manguezais, vegetação de afloramentos rochosos, animais nativos, montanhas, planícies, rios, cachoeiras, praias, costões rochosos e enseadas. É constituído por um conjunto de montanhas e pequenas planícies, sulcadas por centenas de riachos de águas límpidas com pequenos poços, corredeiras e cachoeiras. As florestas ocupam mais de 90% do Parque. Restingas, brejos e manguezais completam o quadro natural. Com respeito à fauna, o Parque hospeda milhares de espécies de invertebrados, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Sua orla abriga seis praias e magníficos costões rochosos e escarpas que mergulham no mar. Os habitats marinhos do entorno, com suas águas esverdeadas e transparentes e fundos de areia e pedra, sustentam uma rica vida marinha com milhares de animais e plantas, onde se sobressaem corais, peixes, tartarugas e golfinho. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 6 Sede da administração No Parque encontram-se valiosos atrativos culturais, como marcas de polimento e afiamento em rochas, trilhas centenárias, ruínas de fazendas, povoados, Lazareto e de dois presídios, um aqueduto e um belíssimo farol, além de caminho com calçamento feito por escravos. A população que vive nas comunidades do entorno do Parque é de cerca de 8 mil moradores fixos, mas chega a receber 25 mil visitantes em datas como Carnaval e o Reveillon. A Prefeitura de Angra dos Reis estima que a Ilha Grande receba cerca de 360 mil pessoas anualmente, movimentando algo em torno de R$ 15 milhões. No município como um todo, o setor de turismo gerou R$ 218 milhões em 2006. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 7 Informações turísticas Vila do Abraão D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 8 Reconhecido internacionalmente e segundo maior parque insular do Brasil, em 1992 o PEIG passou a integrar a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica declarada pela UNESCO. Em 2007, a prestigiada revista National Geographic Traveller apontou a Ilha Grande como um dos melhores do mundo para o turismo. Neste mesmo ano, a Ilha Grande foi eleita pelos leitores de um grande jornal carioca como uma das 7 maravilhas do Rio de Janeiro. Trata-se, portanto de um recurso estratégico para a indústria do turismo, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro e do município de Angra dos Reis. Avalia-se que o PEIG seja visitado por um mínimo de 280 mil pessoas/ano, grande parte concentrada nos períodos de verão (dezembro, janeiro e fevereiro) e em julhoagosto. Os principais locais de visitação do PEIG são a Área de Uso Diário do Circuito Abraão, onde está a praia Preta, as ruínas do Lazareto, o aqueduto e uma piscina natural; a praia de Lopes Mendes e, em seqüência, a Estrada para Dois Rios, as praias de Dois Rios e Parnaioca, a Cachoeira da Feiticeira e as praias do Aventureiro, Caxadaço e Santo Antônio. Ruínas do Aqueduto D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 9 O antigo complexo do Lazareto Vista interna da única galeria restante do Lazareto D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 10 Em 1903 foi instalada oficialmente a Colônia Penal em Dois Rios, para servir de presídio para pessoas julgadas por crimes comuns, e somente em 1940 foi iniciada a construção da estrada que liga a Vila do Abraão ä Vila de Dois Rios. Construção da Estrada Abraão - Dois Rios Antiga penitenciária D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 11 Em 1994 o Governo do Estado, após a implosão do presídio, concedeu à Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, por cessão de uso, uma área para a instalação do Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS) exatamente na área ocupada pelo presídio em Dois Rios. Remanescentes da implosão Esta estrada que faz a ligação da Vila do Abraão a Dois Rios hoje tem importância vital para a UERJ, pois é o único acesso para a área. E fundamental também para a efetiva implantação do PEIG, é usada como trilha para os visitantes que se destinam à Vila de Dois Rios, pois não existe meio de transporte para conhecer as praias de Dois Rios, Parnaioca e outras, a não ser caminhando por aproximadamente 2:30 hs ao longo dos seus 9 km de extensão. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 12 Material utilizado em reparo da estrada aguardando espalhamento A localidade possui um índice de pluviometria muito elevado, e atualmente a manutenção da estrada é realizada, quando possível, pela Prefeitura de Angra dos Reis, por solicitação da UERJ, uma vez que o Governo do Estado não possui pessoal e equipamentos na ilha. Deslizamento após chuvas intensas D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 13 Atualmente funciona na Vila de Dois Rios o Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS) da UERJ, ocupando instalações recuperadas e casas do antigo Presídio, residindo no local, ainda, famílias de antigos funcionários e policiais. Existem 2 micro-ônibus da Policia Militar que transportam estudantes. A UERJ inaugurou recentemente o prédio onde funcionava a antiga padaria do presídio para instalar o ECO Museu, gerando uma demanda futura de novos visitantes. Sede do Ceads Vista das instalações do Ceads O INEA tem como meta a instalação de uma sub sede na Vila de Dois Rios e para isso é fundamental a recuperação da estrada. Pretende-se implantar um sistema de transporte com veículo leve para passageiro e carga, visando organizar e transportar turistas e funcionários da UERJ e do Parque, com segurança, regularidade e ambientalmente sustentável. Com o objetivo de dar melhor infra-estrutura à todos ali estabelecidos, assim como oferecer melhores condições ao turismo ambiental naquela região, contratou-se projeto para recuperação e requalificação estrutural da referida estrada. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 14 3 - RESUMO DO OBJETO DO CONTRATO Visando manter um registro específico das atividades a serem desenvolvidas apresenta-se o resumo do objeto do projeto e seus desdobramentos. 3.1 IDENTIFICAÇÃO DO SERVIÇO Elaboração de projeto executivo de requalificação da ligação terrestre entre as vilas do Abraão e Dois Rios - Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ. 3.2 OBJETIVO DO TRABALHO Elaboração de projeto para recuperação e requalificação estrutural da referida estrada. O projeto deverá envolver os seguintes elementos: -Projeto viário com, identificação dos usos considerando trafego de veículos, ciclistas e pedestres; -Projeto de Pavimentação compatibilizado às necessidades de tráfego e condições físicas locais; -Projeto de Drenagem Pluvial; -Orçamentação detalhada, com memória de cálculo de quantidades e custos; 3.3 ETAPAS DE TRABALHO Segundo o Termo de Referência as Etapas de Trabalho previstas são as transcritas abaixo: • Análise do levantamento topográfico contratado pelo INEA • Levantamento de dados secundários, de campo, visita técnica e consolidação de informações; • Ensaios geotécnicos; • Elaboração do Diagnóstico; • Elaboração de Projeto; • Elaboração de Orçamento e Especificações; • Relatórios complementares de apoio a editais, licenciamento e aprovação; • Relatório Técnico Final; D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 15 3.4 - RECOMENDAÇÕES GERAIS • O projeto deverá ter como embasamento os parâmetros definidos na legislação ambiental em vigor, e em especial o Decreto no 40979/2007, que trata de parâmetros para estradas-parque no Estado do Rio de Janeiro. e na Resolução CONEMA no 04 de 18 de novembro de 2008, que dispõe sobre dispensa de licenciamento ambiental, intervenções destinadas a melhoria de vias e rodovias. • Deverá ser levado em conta, a minimização de importação de insumos, avaliando-se a possibilidade de utilização dos escombros provenientes da implosão do presídio, realizada em 1994, como material de base para a estrada, mediante prévio processamento, contribuindo para a redução deste passivo ambiental. • Deverá, ainda, atender às normas técnicas específicas. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 16 4. - LEVANTAMENTO DE DADOS 4.1 - LOCALIZAÇÃO A Estrada faz a ligação entre as Vilas do Abraão, a leste, e Dois Rios, a oeste, conforme ilustração a seguir: D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 17 Vila do Abraão Vila dos Rios D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 18 4.2 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ESTRADA ATUAL Por meio dos serviços topográficos realizados pelo INEA , foi verificada a extensão de 8.708 m , ao longo do seu eixo. A plataforma carroçável da via varia de 4,00 a 12,00 m, conforme levantamento específico. As cotas na pista variam de 3,00 a 340 m. O percurso por veiculo tipo Toyota leva , em média ,40 min Apresenta instabilidade moderada de encosta e em alguns pontos do percurso. Apresenta trecho inicial na Vila do Abraão com forte ocupação urbana sem parâmetros. 4.3 - PRINCIPAIS PROBLEMAS IDENTIFICADOS. - A estrada não é pavimentada. Originalmente possuía um revestimento primário, em saibro. Mesmo não sendo imperativo, um revestimento durável pode ser importante dada a dificuldade de manutenção preventiva e corretiva em pavimento em solo. -O pavimento apresenta-se erodido, recebendo manutenção apenas preenchimento de depressões e valetas mais profundas na faixa carroçável. para - O preenchimento vem sendo realizado com material terroso de jazidas ao longo da estrada e resíduos de construção civil, tendo sido utilizado, inclusive, material oriundo da implosão do presídio. - Os bueiros originais, nos talvegues e grotas mais significativos encontram-se estáveis, nas condições observadas na vistoria. -As canaletas laterais originais estão obstruídas, sem destino para o deságüe adequado e não abrangem toda a extensão dos bordos da pista onde são necessárias. - Emergencialmente são escavadas, com retro escavadeira, valetas laterais à pista com o intuito de ordenar o escoamento das águas superficiais. Estas valetas apresentam um acelerado processo de erosão e, em vários casos, não impedem o escoamento na pista e a formação de erosões. - Apesar da idade da estrada, o talude ainda apresenta instabilidade em alguns pontos, sendo necessária a execução de estudos especificas sobre a necessidade de contenções. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 19 - O índice pluviométrico na Ilha Grande é elevado, o que provoca elevado desgaste no leito carroçável. - As condições logísticas para manutenção preventiva e corretiva da estrada são muitos difíceis, tendo em vista a necessidade de equipamentos, mão de obra e insumos significativos a serem disponibilizados em uma ilha com condições de conexão ao continente limitadas e com custos elevados. - A estrada tem destinação limitada para o transporte veicular, com trafego esperado muito reduzido, porém importante para a fiscalização, pesquisa e atendimento aos moradores e visitantes. - Foi identificado um trecho da estrada onde são lançados oriundos da coleta urbana. 4.4 LEGISLAÇÃO E NORMAS CONSIDERADAS. 4.4.1Considerações sobre o PEIG O Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG) foi criado em 1971 e atualmente é administrado pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas). São 40,8 km2 que formam aproximadamente um triângulo entre Abraão, Lopes Mendes e Parnaioca. Em junho de 2007, a área do parque, foi aumentada para 120 km², o que significa 62% da ilha. Ficam inseridas definitivamente dentro dos domínios do PEIG as praias de Lopes Mendes, Sto Antônio e Parnaioca, extensas áreas de costeira e todas as terras acima da cota de 100 metros de altitude. O parque é uma área de domínio público protegida por lei com o objetivo de realizar o encontro pacífico entre o homem e o meio ambiente, preservando integralmente as espécies de fauna e flora raras, ameaçadas de extinção. Não é permitido cortar árvores,arrancar mudas, prender , alimentar ou afugentar animais, exercer quaisquer atividades agrícolas, pastoris, caça e pesca, mineração, ocupação residencial, comercial e industrial, ou seja, não se pode alterar o meio ambiente de forma predatória. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 20 Sede da administração na Vila do Abraão As praias assinaladas no mapa: 2, 3 e 4 respectivamente Lopes Mendes Sto. Antônio, Caxadaço, Dois Rios estão dentro do Parque Estadual da Ilha Grande D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 21 4.4.2 Estradas- Parque Estaduais Para o projeto da estrada Abraão – Dois Rios, além das orientações técnicas específicas para a construção de estradas, foram incorporados parâmetros estabelecidos em decreto estadual referente à Estradas –Parque. Mesmo não se tratando da mesma concepção de estrada, estas orientações são adequadas para o melhor desenvolvimento do projeto. Decreto no. 40979 de 15 de outubro de 2007 DEFINE OS PARÂMETROS PARA O ESTABELECIMENTO DE ESTRADASPARQUE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pelo art. 145, inciso IV, da Constituição do Estado, e tendo em vista o que consta do Processo no. E-07/513/2007, DECRETA: Art. 1o. Ficam instituídos os parâmetros para o estabelecimento de estradas-parque no Estado do Rio de Janeiro. Art. 2o. Considera-se estrada-parque a via automotiva que, inserida no todo ou em parte em unidade de conservação da natureza, possua características que compatibilizem sua utilização com a preservação dos ecossistemas locais, a valorização da paisagem e dos valores culturais e, ainda, que fomentem a educação ambiental, o turismo consciente, o lazer e o desenvolvimento socioeconômico da região onde está inserida. Art. 3o. O interessado no estabelecimento de uma estrada-parque deverá realizar inventário prévio dos atributos naturais, paisagísticos, históricos, culturais, arqueológicos, paleontológicos e recreativos da região atravessada pela via proposta, de forma a reunir elementos que a justifiquem. Parágrafo único: O projeto de estabelecimento de uma estrada-parque, acompanhado do inventário dos atributos da região, será submetido, quando couber, à Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente - FEEMA, que procederá ao respectivo processo de licenciamento ambiental, ouvido o órgão da unidade de conservação afetada. Art. 4o. Após obtenção da Licença de Instalação - LI - será firmado Termo de Cooperação entre o proponente da estrada-parque, o órgão gestor da unidade de conservação afetada e o órgão rodoviário competente, visando acompanhar a sua implementação. Art. 5o. O estabelecimento das estradas-parque deve, sempre que possível ou recomendado, pelo órgão ambiental competente, contar com as seguintes D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 22 características licenciamento: estruturantes, a serem definidas no respectivo projeto de I. Traçado - deve seguir o curso menos impactante possível, reduzindo ao máximo as interferências no meio físico, tais como cortes de taludes, aterros, drenagens de áreas úmidas, cruzamentos de cursos d'água e ações afins. II. Contenções de encosta e cortes de taludes - devem respeitar ao máximo a geologia e a geomorfologia locais, e provocar o menor impacto paisagístico possível. III. Pavimentação - deve compatibilizar as necessidades de tráfego às especificidades físicas locais, tais como relevo, clima, geologia, geomorfologia, hidrologia e outras, e priorizar a utilização de materiais menos poluentes. IV. Redutores de velocidade - podem ser instalados para a adequação da velocidade em determinados trechos. V. Ciclovias e vias para pedestres - sempre que possível devem ser previstas no projeto vias próprias para o trânsito de ciclistas e pedestres, unindo pontos de parada, mirante naturais, em trechos que visem à interpretação natural e histórica e, ainda, quando necessário à segurança dos mesmos. VI. Mirantes naturais - sempre que houver paisagens notáveis, e as condições locais permitirem, devem ser feitos recuos que permitam breve estacionamento para contemplação das mesmas. VII. Pontos de parada - podem ser feitos, se cabíveis, recuos com estacionamento para acesso a serviços de alimentação, áreas de lazer, de descanso e de conveniência. VIII. Ocupação lindeira - deve ser evitada e, quando inevitável, deve ocorrer apenas em trechos já alterados pela ação antrópica, privilegiando, se for o caso, atividades voltadas para o turismo ecológico e rural, o lazer e a valorização ambiental do entorno, sendo vedada a instalação de engenhos publicitários ao longo da estradaparque. IX. Guaritas - podem ser erguidas guaritas para o controle do acesso de veículos, limitando sua passagem quando necessário. X. Zoopassagens - nos trechos situados no interior de unidades de proteção integral, ou em outros considerados necessários, devem ser construídas estruturas que permitam a passagem da fauna sob ou sobre a estrada-parque em segurança, que vise garantir o fluxo gênico e a integridade física da mesma. XI. Pórticos - devem ser colocados na entrada e na saída do trecho contemplado como estrada-parque, indicando o seu nome, percurso, órgãos envolvidos e outras informações úteis aos visitantes. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 23 XII. Centro de Visitantes - deve haver nos trechos iniciais da estrada-parque um Centro de Visitantes que disponibilize informações sobre os atrativos da região listados no art. 2o., sobre a Mata Atlântica em geral e sobre outros temas pertinentes. XIII. Sinalização - além da sinalização rodoviária normal, deve haver sinalização interpretativa acerca dos atrativos da região listados no art. 2o. XIV. Conselho Gestor - a estrada-parque poderá ter um Conselho Gestor de caráter consultivo, formado por membros dos órgãos envolvidos, da sociedade civil e da iniciativa privada, em forma a ser estabelecida por Resolução do Secretário de Estado de Ambiente. Parágrafo único - Observadas as peculiaridades regionais, pode o órgão ambiental competente exigir que sejam implantadas outras características estruturantes além das previstas nos incisos I a XIV deste artigo. Art. 6o. Será estimulado o turismo ecológico e, quando for o caso, o rural ao longo das estradas-parque, como forma de valorizar os atributos naturais e históricos presentes na região e aliar o seu desenvolvimento socioeconômico à preservação ambiental. Art. 7o. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2007 SérgioCabral Governador 4.4.3 - DNIT E ABNT • Método de Projeto de Pavimentos Flexíveis - Publ. IPR 667 • Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais Publ. IPR 711 • Diretrizes Básicas Para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários Escopos Básicos/ Instruções de Serviço - Publ. IPR 726 • Manual de Drenagem de Rodovias - Publ. IPR 724 • Álbum de Projetos - Tipo de Dispositivos de Drenagem - Publ. IPR 736 • Manual de Pavimentos Rígidos - Publ. IPR 714 • Manual de Pavimentação - Publ. IPR 719 D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 24 • NBR 15112 - Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação • ABNT NBR 15113 - Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes Aterros Diretrizes para projeto, implantação e operação • ABNT NBR 15114 - Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação • ABNT NBR 15115 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de camadas de pavimentação - Procedimentos • ABNT NBR 15116 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural - Requisitos 4.5 – LEVANTAMENTO DE CAMPO 4.5.1 Levantamento Topográfico O levantamento topográfico a ser adotado para o Projeto Executivo de Requalificação da Ligação Terrestre entre as Vilas do Abraão e Dois Rios foi objeto de contratação pelo INEA, com a finalidade de subsidiar o presente projeto. Destacamos, a seguir, os elementos fundamentais do levantamento, baseado em seu memorial descritivo, sendo que a base gráfica será adotada para o projeto geométrico da estrada. 1 Introdução: O presente relatório refere-se aos serviços de levantamento topográfico planialtimétrico executados pela empresa Relevo Serviços Técnicos Ltda, na faixa da ligação terrestre (estrada de terra) entre as vilas do Abraão e Dois Rios, no Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG), município de Angra dos Reis, RJ. 2 Metodologia: Os serviços foram executados conforme prescrito no Termo de Referência PEIG nº 02/09, conforme descrito a seguir. 2.1 REFERENCIAL PLANIALTIMÉTRICO: Foi adotado o datum SAD-69 para as coordenadas planimétricas no sistema UTM e o de Imbituba para as altitudes. Tomou-se como origem o marco M1, implantado próximo a Vila do Abraão, cujas coordenadas de navegação foram obtidas por GPS geodésico, no datum WGS-84, e transformadas para SAD-69 segundo os D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 25 parâmetros definidos pelo IBGE, bem como efetuada a correção altimétrica da ondulação geoidal para o datum de Imbituba. 2.2 Implantação e cálculo das estações de amarração com GPS: A partir da referida estação M1, foi efetuado o transporte de coordenadas planialtimétricas, com tecnologia GPS, visando o georreferenciamento de três outras estações de poligonação implantadas na faixa do levantamento. Foi utilizado o equipamento Leica System 200, de precisão geodésica, pelo método diferencial estático pós-processado. No “Anexo 1”, segue o resultado do cálculo dos pontos de GPS. 2.3 IMPLANTAÇÃO E CÁLCULO DAS POLIGONAIS UTM: A poligonal principal de apoio ao levantamento topográfico foi implantada, com o total de 144 estações, em dois segmentos com abertura e fechamento nos pontos de GPS, sendo o primeiro de M1-M2 a I52, e o segundo de I52 a M4. Para as medidas dos ângulos e distâncias, foi utilizado o taqueômetro eletrônico (“estação total”) Leica TC-403-L, com leituras direta e inversa nos dois sentidos de cada lado da poligonal. O cálculo foi efetuado em computador, com utilização do programa “Topograph”. Poligonais abertas, com até dois lances, foram implantadas para amarração de estações auxiliares. 2.4 CÁLCULO DAS COORDENADAS TOPOGRÁFICAS Tendo em vista tratar-se de levantamento de faixa para projeto viário, foi adotado o sistema de projeção topográfico geo-referenciado. A partir das coordenadas UTM das poligonais, tomou-se como ponto de partida a estação I52, e efetuou-se o recálculo das coordenadas com a eliminação das reduções de escala e altiltude da projeção UTM, obtendo-se portanto as coordenadas UTM-topográficas que foram utilizadas para desenho. 2.4 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO POR IRRADIAÇÕES: Os pontos de detalhamento foram obtidos por taqueometria eletrônica, com utilização do mesmo equipamento utilizado nas poligonais. Além das estações da poligonal principal, foram ocupadas 6 estações auxiliares, amarradas à mesma. Os cálculos foram efetuados em computador, com utilização do programa “Topograph”. 2.5 DESENHO EM MEIO DIGITAL: Para a elaboração dos desenhos dos detalhes e cálculo do modelo digital para o traçado das curvas de nível, foi utilizado o programa “DataGeosis”, sendo o produto final convertido para o padrão Auto-CAD (dwg). A malha de triangulação tridimensional, que define o modelo digital do terreno, encontra-se documentada nos arquivos “dwg” dos respectivos desenhos, na camada oculta “malha_3d_modelo”. O desenho total da área compreende 4 arquivos digitais e 14 folhas articuladas no formato A1 alongado D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 26 4.6 PROJETOS COMPLEMENTARES 4.6.1 –Mirante O projeto do mirante foi objeto de contratação por parte do INEA . Ao longo do traçado da estrada foi identificado um trecho do qual se pode contemplar a paisagem até a Vila do Abraão. As condições deste mirante natural levaram a elaboração de um projeto que adequasse o potencial local às necessidades de segurança e ampliação da área de contemplação, sendo que o projeto da estrada deverá oferecer as condições de acesso, segurança e conforto dos usuários . Mirante projetado, vista para a Vila do Abraão 4.7 - VISITA TÉCNICA A 1ª visita técnica foi desenvolvida no dia 26/09/2010 para uma visão geral da estrada e interfaces com drenagem, encostas, obras de arte existentes, características das erosões, estado da pista de rolamento, posicionamento do mirante, possíveis jazidas e históricas dessas, identificação dos escombros do presídio e pré avaliação sobre suas características. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 27 A vistoria transcorreu em dia chuvoso, fato apropriado para averiguação das condições de escoamento superficial na pista e das canaletas e grotas existentes. Com apoio da Administração do PEIG, cujo suporte de veículo para o percurso entre Abraão até Dois Rios, foi possível realizar observação preliminar dos pontos relevantes para o Projeto considerando -se os aspectos do histórico das condições da estrada, obtidos junto ao Administrador do Parque, das condições físicas atuais da estrada, os taludes , as contenções originais e as áreas de risco; o escoamento superficial, os bueiros , canaletas e características das grotas . A vistoria in loco, a pé, foi realizada partindo-se do Presídio, ao longo de toda a estrada, com registro fotográfico, entre a enseada de Dois Rios até a Vila do Abraão. A 2ª vistoria, realizada no dia seguinte 27/09/2010, com finalidade específica para a preparação da campanha de coleta de amostras, foi realizada com a participação da equipe de geotecnia, incluindo técnicos e o engenheiro supervisor das análises de solo. 4.7.1 Registro fotográfico 4.7.1 .1 Aspectos Característicos do Pavimento Existente D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 28 Caracterização do trecho em Dois Rios Trecho da pista sem revestimento D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 29 Escoamento superficial na plataforma da pista Trecho da pista revestida com cascalho. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 30 Idem foto anterior. Trecho revestido com cascalho, mostrando erosão no centro da pista. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 31 Idem a foto anterior Trecho revestido com cascalho e restolho de obras. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 32 Monte de entulhos de obras ainda não espalhado. 4.7.1.2 Aspectos da drenagem da estrada Trecho com cascalho e principio de erosão na lateral. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 33 Proximidade de curso d’água em relação à pista, com águas límpidas. Revestimento com cascalho e erosão lateral. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 34 Proximidade de curso d’água em relação à pista, mas sem indicação de processo erosivo. Corpos hídricos próximos com grande quantidade de blocos de rocha, sem indicação de processo erosivo. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 35 Piscina dos soldados. Erosão lateral após abertura de vala com retro escavadeira. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 36 Trecho em curva, revestido com cascalho prevenindo erosão. Verifica-se escoamento dentro da faixa da pista, por insuficiência de drenagem. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 37 Escoamento na lateral da pista, em direção a bueiro existente. Canaleta existente no bordo da pista. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 38 Canaleta existente, com estrutura em boas condições, mas necessitando limpeza. Ponto a montante de bueiro, com tomada d’água para moradores. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 39 Caixa da pista com largura da ordem de 10/12m. Mureta de concreto no bordo da pista, definindo canaleta de drenagem. Nota-se pista revestida com cascalho. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 40 4.7.1.3 Aspectos geotécnicos Alguns trechos mais largos indicam retiradas localizadas de materiais (jazida), para revestimento da pista. Trecho vegetação, com deslizamento parcial de encosta, sem comprometer a caixa da pista. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 41 Trecho com saída da drenagem pluvial em direção a corpo receptor. Escorregamento brando da encosta sem prejudicar a via. A constante vegetação das encostas minimiza o processo erosivo. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 42 Idem foto anterior Local utilizado como vazadouro. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 43 Idem a foto anterior. Nota-se a presença de restos de madeiras, plásticos etc. Muro de contenção em blocos de rochas D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 44 4.7.1.4 VISITA TÉCNICA PREPARATÒRIA DA CAMPANHA DE CAMPO Avaliações locais com reconhecimento de solo para orientar os serviços de Geotecnia. Idem foto anterior. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 45 Visita ao local do presídio demolido. Material remanescente parcialmente coberto por vegetação. .................Material proveniente da demolição do presídio D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 46 5 - ENSAIOS GEOTÉCNICOS 5.1 – ELABORAÇÃO DE ESTUDOS GEOTÉCNICOS: Nesta fase inicial foi realizada uma vistoria ao longo de toda a estrada pelos profissionais da área, observando-se os aspectos relevantes para definir a campanha de sondagem e coletar , preliminarmente, subsídios para as alternativas de pavimentação. Nesta ocasião, foi definido também o programa de sondagens a ser efetuado, delimitação da equipe e da coordenação do suporte logístico. O estudo geotécnico neste segmento será executado objetivando a caracterização do maciço terroso, análise do sub-leito e das ocorrências de materiais para pavimentação. Os estudos geotécnicos seguiram normas de procedimento NPR-09 do DNER, sendo executados na pista da atual estrada. A programação de sondagens ao longo da estrada existente, contempla toda a sua extensão, prevendo-se furos de 200,00m em 200,00m, num total de 43 furos. Com base nesta programação, as sondagens foram realizadas empregando-se equipamentos convencionais de escavação, ou seja, trados tipo concha, pás, picaretas, cavadeiras etc.. Durante a execução das sondagens, os materiais escavados foram depositados nas bordas dos furos, em montículos correspondentes a cada horizonte detectado. As sondagens executadas com pá, picareta e/ou trado foram levadas até uma profundidade de 1,50m, sendo coletados materiais das diferentes camadas do subsolo na espessura de 0,60m para fins de caracterização e ou aproveitamento na estrutura do pavimento continuando até a profundidade de 1,50m para fins de determinação do nível água. Após a abertura dos furos de sondagem foram elaborados os boletins de sondagem, contendo a posição do furo, os horizontes detectados e a classificação expedita de campo, quanto à cor e textura. Em seguida, foi procedida a coleta de amostras para realização dos ensaios de laboratório. Em todos os furos executados foi coletada uma amostra de cada horizonte do solo destinada a realização de ensaio de caracterização. Comparado-se estas amostras e constatando-se mesmas características, as duplicidades foram descartadas, realizando-se os ensaios completos apenas nas amostras de horizontes diferentes, estimando-se em 18 ensaios completos de caracterização e determinação de CBR, incluindo os ensaios de estudo de melhoramento do sub-leito. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 47 Os ensaios de caracterização e determinação do Índice Suporte Califórnia CBR estão sendo executadas em laboratório de solos, de acordo com as Normas de ensaios do DNER, tais como: Granulometria DNER-ME 080/94; Limite de Liquidez DNER-ME 122/94; Limite de Plasticidade DNER-ME 082/94; Compactação DNERME 129/94, Determinação de umidade ótima DNER-ME 152/94; Determinação do índice Suporte Califórnia DNER-ME 049/94 (CBR). Na visita realizada ao local, verificou-se que em vários trechos, foram utilizados entulhos de obras, principalmente da demolição do presídio, composto por concreto, tijolos, azulejos, louças, etc., para enchimento de buracos da plataforma atual. Este tipo de mistura não é recomendável para utilização como material de sub-leito. O resultado destes ensaios será objeto do Relatório da ETAPA 2 5.2 - CAMPANHA DE COLETA DE AMOSTRAS –REGISTRO FOTOGRÁFICO Inicio do trecho, na subida da Vila do Abraão – Est. 0+0,00 D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 48 Material coletado no inicio do trecho – Est. 0+0,00 Amostra coletada na Est. 120+0,00 D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 49 Amostra coletada na Est. 390+0,00 Laboratório de solos utilizados para execução dos XXX D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 50 6 – INFOMAÇÕES SOBRE DADOS PLUVIOMÉTRICOS 6.1 - Introdução A característica de alta intensidade dos índices pluviométricos da região é um fator muito importante para a definição do partido a ser adotado na definição da pavimentação para a Estrada Abraão – Dois Rios. Segundo Soares, Nunes e Carvalho no estudo “ Análise dos fatores que influenciam a distribuição espacial da precipitação no litoral sul fluminense, RJ” apresentado no XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, 16-21 abril 2005, INPE vemos: “O estado do Rio de Janeiro possui um alto índice pluviométrico anual, chuvas freqüentes durante todo o ano e uma distribuição espacial de precipitação pluviométrica heterogênea (MONTEIRO, 1999; NIMER, 1979). No litoral sul do Rio de Janeiro, verificam-se os maiores índices pluviométricos do estado, os quais podem ser explicados pela interação entre a orientação do relevo e a direção das frentes polares (NIMER, 1979). Na região da Ilha Grande, a Serra do Mar estende-se paralelamente à costa na direção WSW-ENE. As frentes polares, quando chegam na área, encontram as vertentes da Serra do Mar, ocasionando a ascensão da massa de ar, a sua saturação e a precipitação. A convecção do ar, provocada pelas altas temperaturas aliadas à forte umidade, favorecida pela presença da Mata Atlântica, também é um outro fator desencadeador das chuvas na região. Este quadro faz com que as encostas meridionais da Serra do Mar possuam índice pluviométrico anual acima de 2.000mm, ultrapassando 2.500 mm em determinados locais (NIMER, 1979; MONTEIRO, 1969).” O SIMERJ tem por objetivo elaborar e disponibilizar o monitoramento, a previsão do tempo e a climatologia para o Estado do Rio de Janeiro, bem como a montagem e manutenção de um banco de dados destinado ao fomento de pesquisas científicas e tecnológicas no Estado. 6.2 - HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO Em 9 de julho de 1996, através do decreto 22320-A, o Governador do Estado instituiu a Comissão Especial do Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro – CESIMERJ, com o objetivo de levantar as condições necessárias e suficientes para a implantação de um Sistema de Meteorologia no Estado. Fizeram parte dessa Comissão, a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento e Pesca, a Secretaria de Estado de Segurança Pública, a Secretaria de Estado de Obras Públicas, o Instituto Nacional de Meteorologia, a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo do Ministério da Aeronáutica, Furnas Centrais Elétricas S.A., a Sociedade Brasileira de Meteorologia, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Petrobrás, a Companhia Fluminense de Trens Urbanos, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Pontifícia Universidade Católica-RJ. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 51 Como resultado dos estudos realizados pela CESIMERJ e através do decreto Nº 22.935 de 29 de janeiro de 1997, foi criado o SIMERJ - Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. Em 03 de abril de 2002, através do decreto Nº 31.181, o SIMERJ passou a ser vinculado à Fundação Estadual do Norte Fluminense – FENORTE. A partir de janeiro de 2004, através de convênio com a Defesa Civil do Estado, o SIMERJ passou a funcionar com o seu centro operacional na sede do Departamento Geral de Defesa Civil, localizado na Praça da Bandeira, Rio de Janeiro. A partir de 01 de janeiro de 2007, por meio do decreto n° 40.486, assinado pelo Governador Sérgio Cabral, o SIMERJ foi vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia - SECT. 6.3 - MISSÃO DO SIMERJ Elaborar e disponibilizar o monitoramento, a previsão do tempo e a climatologia para o Estado do Rio de Janeiro, bem como a montagem e manutenção de um banco de dados destinado ao fomento de pesquisas científicas e tecnológicas Relação de estações do Simerj RELAÇÃO DE ESTAÇÕES DO SIMERJ CÓD. ENTIDADE A01 SIMERJ A02 A03 A04 A05 A06 A07 A08 A09 A10 A11 31954 31955 31956 ESTAÇÃO COMUNICAÇÃO MUNICIPIO Dores de Macabu Telefonia fixa Campos dos Goytacazes SIMERJ Ilha Grande Telefonia fixa Angra dos Reis SIMERJ Morro do Coco LATITUDE GSM – GPRS Telefonia fixa Campos dos Goytacazes Italva Macaé Petrópolis Itaperuna Porciúncula Paraty Silva Jardim Rio de Janeiro Teresópolis Mendes Santa Maria Madalena CÓDSIMERJESTAÇÃO Italva Macaé . SIMERJ SIMERJ Quitandinha Itaperuna A02SIMERJ Ilha SIMERJ Porciúncula SIMERJ Paraty Grande SIMERJ Silva Jardim SIMERJ CPTEC CPTEC CPTEC Maracanã Teresópolis Mendes Santa Maria Madalena Telefonia fixa Telefonia fixa Telefonia fixa Telefonia fixa Telefonia fixa Telefonia fixa Telefonia Fixa Satélite Satélite Satélite 23° 11’ 0,4” S LATITUDE LONGITUDE 21° 58’ 01” S ALTITUDE 041° 28’ 13” W 14 metros 23° 11’ 0,4” S 044° 11’ 24” W 5 metros 21° 22’ 52” S 041° 21’ 00” W 22° 24’ 14” S 22° 31’ 46” S 21° 12’ 56” S 20° 58’ 07” S 23° 12’ 24” S 22° 36’ 50” S 22° 54’ 40” S 22,41° S 22,52° S 21,95° S 041° 51’ 33” W 043° 13’ 0,8” W 041° 52’ 15” W 042° 03’ 04” W 044° 42’ 37” W 042° 24’ 38” W 043° 13’ 38” W 042,79° W 043,72° W 042,00° W LONGITUDE21° 26’ 06” ALTITUDE S 041° 41’ 10” W 044° 11’ 24” W 5 metros 111 metros 50 metros 16 metros 863,4 metros 113 metros 194 metros 4 metros 34 metros 14 metros 871 metros 475 metros 615 metros Destaque para a Estação 02- Ilha Grande D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 52 Exemplos de resultados divulgados para a região Temperatura Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro - SIMERJ Estação: Ilha Grande Mês: Janeiro Ano: 2007 Lat.: 23º 11' 0,4" S Long.: 44º 11' 24" W Alt.: 5 m 40 35 30 ºC 25 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 T M éd T M áx TM ín A tem peratura m édia diária refere-se à m édia das 24h locais do dia anterior. Radiação Solar Global Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro - SIMERJ Estação: Ilha Grande Mês: Janeiro Ano: 2007 Lat.: 23º 11' 0,4" S Long.: 44º 11' 24" W Alt.: 5 m 30 25 MJ/m² 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Ra d S ola r G loba l Os dados diários de radiação referem -se ao período das 06h local às 20h local do dia anterior. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 53 Chuva acumulada em 24 h. mm Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro - SIMERJ Estação: Ilha Grande Mês: Janeiro Ano: 2007 Lat.: 23º 11' 0,4" S Long.: 44º 11' 24" W Alt.: 5 m 100 50 45 40 35 30 25% 90 80 70 60 50 40 20 15 10 5 0 30 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Chuva 2 4 h (mm) UR Os dados de chuva referem-se ao período das 24h locais do dia anterior. 6.4 - CONSOLIDAÇÃO DE INFORMAÇÕES METEREOLÓGICAS Em atendimento à solicitação encaminhada ao Simerj, uma coletânea de dados foram disponibilizados pela instituição. A elaboração dos estudos hidrológicos objeto do relatório da ETAPA 02 e a definição de chuva de projeto são D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 54 7 – O REMANESCENTE DO PRESÍDIO O antigo presídio da Ilha Grande, o Instituto Penal Cândido Mendes (IPCM), foi implodido parcialmente em 1994. Até os dias de hoje os escombros permanecem no local. Uma pequena parcela mais fragmentada foi utilizada para recuperação provisória da estrada Abraão –Dois Rios. Tal resíduo tornou-se um passivo ambiental significativo. Para o projeto de requalificação da estrada deverá ser levado em conta a minimização de importação de insumos, avaliando-se a possibilidade de utilização dos escombros provenientes da implosão do presídio como material de base para a estrada, mediante prévio processamento, contribuindo para a redução deste passivo ambiental. Os resíduos da construção e demolição (RCD) por serem materiais nobres do ponto de vista da engenharia, apresentam através de ensaios laboratoriais resistência e baixa expansão, tais características mostram o seu grande potencial de reciclagem como agregado para pavimentação. Após passar por um processo de reciclagem, pode ser empregado nas mais diferentes aplicações como, por exemplo, na confecção de elementos pré-moldados e na execução de camadas em estruturas de pavimentos. Existem ainda os aspectos técnicos, econômicos e ambientais que devem ser inseridos no estudo de aproveitamento dos RCD, de forma que os agregados para pavimentação sejam materiais destinados a camadas de base e sub-base apresentando as seguintes vantagens: a) Utilização de quantidade significativa de material reciclado tanto na fração miúda quanto na graúda; b) Simplicidade dos processos de execução do pavimento e de produção do agregado reciclado; c) Possibilidade de utilização dos diversos materiais componentes do entulho (concretos, argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, etc.); d) Utilização em locais com presença de água, por ser considerado material não plástico e com baixa ou nula expansibilidade; e) Redução dos custos da administração pública municipal com a remoção do material depositado clandestinamente ao longo das vias públicas, terrenos baldios, cursos d’ água e encostas; f) Diminuição nos custos de pavimentação. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 55 7.1 - PROBLEMÁTICA AMBIENTAL A coleta e disposição final de resíduos sólidos são importantes para o saneamento e higiene de áreas urbanas, removendo grandes volumes de dejetos que são deixados sem tratamento, servindo como criadouros para uma série de vetores mecânicos (animais e insetos que servem como agentes transmissores de uma série de doenças), como ratos, moscas, pulgas e mosquitos. A produção crescente de resíduos é motivo de preocupação devido à escassez de áreas adequadas para a disposição final de resíduos, pois além de apresentarem custos altos, são raras as áreas disponíveis para acomodar equipamento urbano destas dimensões. Existem legislações que foram feitas para classificar esses resíduos, bem como esclarecer qual deve ser sua disposição. a) Resolução nº 307 da CONAMA (2002): prescreve que os resíduos de construção que podem ser reutilizados ou reciclados para a produção de agregados são aqueles que se enquadram na chamada “Classe A”. Esta categoria engloba os resíduos provenientes de: (i) construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, incluindo solos provenientes de terraplenagem; (ii) construção, demolição, reformas e reparos de edificações tais como componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto; (iii) processo de fabricação e/ou demolição de peças prémoldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidas nos canteiros de obras. b) Normas da ABNT: NBR 15113 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação; NBR 15114 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Área de reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação;· NBR 15115 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos; NBR 15116 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos. 7.2 - PAVIMENTAÇÃO COM AGREGADO RECICLADO O uso de RCD em camadas dos pavimentos tem-se mostrado viável diante a disponibilidade deste material e da existência de uma tecnologia de reciclagem. Assim, várias cidades do Brasil e no exterior, tem utilizado agregados reciclados em pavimentos visto que seus resultados são satisfatórios, por serem alternativas muito interessantes na substituição de materiais naturais, não renováveis, principalmente na pavimentação de vias de baixo volume de tráfego, como é o caso da Estrada que liga Dois Rios – Abraão. 7.3 - COMPOSIÇÃO E RECICLAGEM DOS RESÍDUOS Os resíduos de construção são constituídos de uma ampla variedade de produtos, que podem ser classificados em: D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 56 • Solos; • Materiais “cerâmicos”: rochas naturais; concreto; argamassas a base de cimento e cal; resíduos de cerâmica vermelha, como tijolos e telhas; cerâmica branca, especialmente a de revestimento; cimento-amianto; gesso – pasta e placa; vidro; • Materiais metálicos, como aço para concreto armado, latão, chapas de aço galvanizado, etc.; • Materiais orgânicos: como madeira natural ou industrializada; plásticos diversos; materiais betuminosos; tintas e adesivos; papel de embalagem; restos de vegetais e outros produtos de limpeza de terrenos. A proporção entre estas fases é muito variável e depende da origem. Resíduos produzidos por manutenção de obras de pavimentação, naturalmente, vão apresentar composição compatível com os materiais empregados, revelando especialmente asfaltos. Do ponto de vista técnico as possibilidades de reciclagem dos resíduos variam de acordo com a sua composição. Quase a totalidade da fração cerâmica pode ser beneficiada como agregado com diferentes aplicações conforme sua composição específica. As frações compostas predominantemente de concretos estruturais e de rochas naturais podem ser recicladas como agregados para a produção de concretos estruturais. A presença de fases mais porosas e de menor resistência mecânica, como argamassas e produtos de cerâmica vermelha e de revestimento, provoca uma redução da resistência dos agregados e um aumento da absorção de água. Assim agregados mistos tem sua aplicação limitada a concretos de menor resistência, como blocos de concreto, contra-pisos, camadas drenantes, etc. 7.4 - RECICLAGEM COMO AGREGADO O beneficiamento tradicional visando à reciclagem compreende uma ou mais etapas de classificação dos resíduos, separando as fases indesejáveis em agregados; britagem por equipamento de martelo e peneiramento. Além das tecnologias de separação manual e magnética em uso, existem tecnologias de classificação que se valem da diferença de densidade das diferentes fases. Estas tecnologias permitem, inclusive, a separação dos agregados cerâmicos em fração concreto e rocha das frações porosas. Evidentemente, estes processos significam acréscimos no custo do processo. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 57 8 - CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS De uma forma geral, os pavimentos são classificados em flexíveis, semi-rígidos e rígidos: – Flexível: aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas. Exemplo típico: pavimento constituído por uma base de brita (brita graduada, macadame) ou por uma base de solo pedregulhoso, revestida por uma camada asfáltica. – Semi-Rígido: caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com propriedades cimentícias como por exemplo, por uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfáltica. – Rígido: aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento aplicado. Exemplo típico: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland. Cada um destes tipos do pavimento distribui a carga para o subleito de uma forma diferente. O pavimento rígido, devido ao elevado Módulo de Elasticidade do CCP, tende a distribuir a carga sobre uma área relativamente maior do subleito (ver Figura 1 a seguir). A própria placa de concreto fornece a maior parte da capacidade estrutural de pavimento rígido. O pavimento flexível utiliza um maior número de camadas e distribui cargas para uma área menor do subleito (ver Figura 1 a seguir). Figura 1: Distribuição de cargas nos pavimentos rígido e flexível D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 58 Basicamente, os gerentes de vias devem selecionar o tipo do pavimento por aspectos técnicos e principalmente econômicos. Os pavimentos flexíveis requerem geralmente alguma medida de reabilitação a cada 8 a 10 anos no Brasil. Os pavimentos rígidos, por outro lado, podem atender adequadamente de 20 a 40 anos, com quase nenhuma manutenção. A escolha e emprego de cada um dos tipos de pavimento depende de uma série de fatores. Os pavimentos rígidos são mais frequentes em áreas de tráfego urbanas e de maior intensidade. Porém, na maior parte das aplicações o pavimento flexível tem menor custo inicial e são executados mais rapidamente. 8.1 - BASES E SUB-BASES FLEXÍVEIS E SEMI-RÍGIDAS As bases e sub-bases flexíveis e semi-rígidas podem ser classificadas nos seguintes tipos 8.1.1 Bases e sub-bases granulares a) Estabilização Granulométrica São as camadas constituídas por solos, britas de rochas, de escória de alto forno, ou ainda, pela mistura desses materiais. Estas camadas, puramente granulares, são sempre flexíveis e são estabilizadas granulometricamente pela compactação de um material ou de mistura de materiais que apresentem uma granulometria apropriada e índices geotécnicos específicos, fixados em especificações. Quando esses materiais ocorrem em jazidas, com designações tais como "cascalhos", "saibros", etc., tem-se o caso de utilização de "materiais naturais" (solo in natura). Muitas vezes, esses materiais devem sofrer beneficiamento prévio, como britagem e peneiramento, com vista ao enquadramento nas especificações. Quando se utiliza uma mistura de material natural e pedra britada tem-se as subbases e bases de solo-brita. Quando se utiliza exclusivamente produtos de britagem tem-se as sub-bases e bases de brita graduada ou de brita corrida. b) Macadames Hidráulico Consiste de uma camada de brita de graduação aberta de tipo especial (ou brita tipo macadame), que, após compressão, tem os vazios preenchidos pelo material de enchimento, constituído por finos de britagem (pó de pedra) ou mesmo por solos de granulometria e plasticidade apropriadas; a penetração do material de enchimento é promovida pelo espalhamento na superfície, seguido de varredura, compressão D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 59 (sem ou com vibração) e irrigação, no caso de macadame hidráulico. O macadame seco ou macadame a seco, ao dispensar a irrigação, além de simplificar o processo de construção evita o encharcamento, sempre indesejável, do subleito. 8.1.2 Bases e sub-bases estabilizadas (com aditivos) Estas camadas têm, quase todas, processos tecnológicos e construtivos semelhantes às granulares por estabilização granulométrica, diferente apenas em alguns detalhes. a) Solo-cimento É uma mistura devidamente compactada de solo, cimento Portland e água; a mistura solo-cimento deve satisfazer a certos requisitos de densidade, durabilidade e resistência, dando como resultado um material duro, cimentado, de acentuada rigidez à flexão. O teor de cimento adotado usualmente é da ordem de 6% a 10% . b) Solo Melhorado com Cimento Esta modalidade é obtida mediante a adição de pequenos teores de cimento (2% a 4%), visando primordialmente à modificação do solo no que se refere à sua plasticidade e sensibilidade à água, sem cimentação acentuada, são consideradas flexíveis. c) Solo-cal É uma mistura de solo, cal e água e, às vezes, cinza volante, uma pozolona artificial. O teor de cal mais freqüente é de 5% a 6%, e o processo de estabilização ocorre: - por modificação do solo, no que refere à sua plasticidade e sensibilidade à água; - por carbonatação, que é uma cimentação fraca; - por pozolanização, que é uma cimentação forte. Quando, pelo teor de cal usado, pela natureza do solo ou pelo uso da cinza volante, predominam os dois últimos efeitos mencionados, tem-se as misturas solo-cal, consideradas semi-rígidas. d) Solo Melhorado com Cal E a mistura que se obtém quando há predominância de efeito sobre a plasticidade e sensibilidade à água, é considerada flexível. e) Solo-betume É uma mistura de solo, água e material betuminoso. Trata-se de uma mistura considerada flexível. f) Bases Betuminosas Diversas D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 60 Estas camadas serão descritas nos itens referentes a revestimentos betuminosos, pois as técnicas construtivas e os materiais empregados são idênticos. 8.2 BASES E SUB-BASES RÍGIDAS Estas camadas são, caracteristicamente, as de concreto de cimento. Esses tipos de bases e sub-bases têm acentuada resistência à tração, fator determinante no seu dimensionamento. Podem ser distinguidos dois tipos de concreto: – concreto plástico - próprio para serem adensados por vibração manual ou mecânica; – concreto magro - semelhante ao usado em fundações, no que diz respeito ao pequeno consumo de cimento, mas com consistência apropriada à compactação com equipamentos rodoviários 8.3 REVESTIMENTOS Os revestimentos podem ser grupados de acordo com o esquema apresentado a seguir 8.3.1 Revestimentos flexíveis betuminosos Os revestimentos betuminosos são constituídos por associação de agregados e materiais betuminosos. Esta associação pode ser feita de duas maneiras clássicas: por penetração e por mistura. a) Revestimentos por Penetração Esta modalidade envolve dois tipos distintos: por penetração invertida e por penetração direta. a 1)Revestimentos Betuminosos por Penetração Invertida São os revestimentos executados através de uma ou mais aplicações de material betuminoso, seguida(s) de idêntico número de operações de espalhamento e compressão de camadas de agregados com granulometria apropriadas. Conforme o número de camadas tem-se os intitulados, tratamento superficial simples, duplo ou triplo. O tratamento simples, executado com o objetivo primordial de impermeabilização ou para modificar a textura de um pavimento existente, é denominado capa selante. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 61 a.2) Revestimentos Betuminosos por Penetração Direta São os revestimentos executados através do espalhamento e compactação de camadas de agregados com granulometria apropriada, sendo cada camada, após compressão, submetida a uma aplicação de material betuminoso e recebendo, ainda, a última camada, uma aplicação final de agregado miúdo . Revestimento típico, por "penetração direta", é o Macadame Betuminoso. O Macadame Betuminoso tem processo construtivo similar ao Tratamento Duplo e comporta espessuras variadas e bem maiores, em função do número de camadas e das faixas granulométricas correspondentes. Com freqüência, ele é usado como camada de base. b) Revestimentos por Mistura Nos revestimentos betuminosos por mistura, o agregado é pré-envolvido com o material betuminoso, antes da compressão. Quando o pré-envolvimento é feito em usinas fixas, resultam os "Pré-misturados Propriamente Ditos" e, quando feito na própria pista, têm-se os "Pré-misturados na Pista" (road mixes). Conforme os seus respectivos processos construtivos, são adotadas ainda as seguintes designações: - Pré-misturado a Frio - Quando os tipos de agregados e de ligantes utilizados permitem que o espalhamento seja feito à temperatura ambiente. - Pré-misturado a Quente - Quando o ligante e o agregado são misturados e espalhados na pista ainda quentes. Conforme a graduação dos agregados com que são executados, os "Pré-misturados" e os "Road mixes" podem ser de graduação aberta ou densa. Os de graduação densa em geral não requerem capa selante, que é obrigatória nos de graduação aberta. A designação Concreto Betuminoso Usinado à Quente ou Concreto Asfáltico tem sido reservada para pré-misturados a quente de graduação densa, em que são feitas rigorosas exigências no que diz respeito a equipamentos de construção e índices tecnológicos - como granulometria, teor de betume, estabilidade, vazios, etc. Do mesmo modo, a designação "Sheet-AsphaIt" tem sido usado para os pré-misturados areia-betume que satisfazem a exigência semelhantes às feitas para o concreto betuminoso. Os pré-misturados e road-mixes podem ser usados como bases de pavimento e como revestimento. Neste último caso, desde que atenda a faixa granulométrica adequada. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 62 8.3.2 Revestimentos flexíveis por calçamento A utilização destes tipos de pavimento, em rodovias caiu consideravelmente, na medida em que se intensificou a utilização de pavimentos asfálticos e de concreto. Assim é que, de uma maneira geral, a sua execução se restringe a pátios de estacionamento, vias urbanas e alguns acessos viários - muito embora tal execução envolva algumas vantagens nos seguintes casos: – Em trechos com rampas mais íngremes - aonde, por exemplo, os paralelepípedos promovem uma maior aderência dos pneus, aumentando a segurança. – Em trechos urbanos, onde a estrada coincide com zonas densamente povoadas, para os quais estão previstos os serviços de redes de água e esgotos. – Em aterros recém-construídos e subleito sujeitos a recalques acentuados a) Alvenaria Poliédrica Estes revestimentos consistem de camadas de pedras irregulares (dentro de determinadas tolerâncias), assentadas e comprimidas sobre um colchão de regularização, constituído de material granular apropriado; as juntas são tomadas com pequenas lascas de pedras e com o próprio material do colchão. b) Paralelepípedos Estes revestimentos são constituídos por blocos regulares, assentes sobre um colchão de regularização constituído de material granular apropriado. As juntas entre os paralelepípedos podem ser tomadas com o próprio material do colchão de regularização, pedrisco, materiais ou misturas betuminosas ou com argamassa de cimento Portland . Os paralelepípedos podem ser fabricados de diversos materiais sendo os mais usuais constituídos de blocos de granito, gnaisse ou basalto. NOTA: São muito utilizados também, revestimentos constituídos por blocos intertravados de concreto de cimento, denominados "blockrets," e pavi”s”, por exemplo. A execução é semelhante à dos paralelepípedos, mas requer cuidados apropriados a cada caso, de modo a assegurar o necessário inter-travamento, confinamento e a decorrente distribuição de tensões entre blocos adjacentes. 8.3.3 Revestimentos rígidos O concreto de cimento, ou simplesmente "concreto" é constituído por uma mistura relativamente rica de cimento Portland, areia, agregado graúdo e água, distribuído numa camada devidamente adensado. Essa camada funciona ao mesmo tempo como revestimento e base do pavimento. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 63 Apresenta-se a seguir fotos referentes a alguns tipos de pavimentos. a) Estrada Serra do Cipó Vista da topografia Vista do trecho em curva D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 64 Assentamento de PAVI”S” com confinamento lateral através de viga de concreto e viga transversal para estabilização das peças. Vista de borda da pista com sarjeta de drenagem D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 65 Subida da Serra do Cipó. Parte da Estrada Real AIURUOCA Revestimento com blocos de rocha, do tipo “pé de moleque”, com meio fio D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 66 Idem foto anterior, com, saída de drenagem. Vista de acabamento de borda, com meio-fio e sarjeta. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 67 Estrada Parque Visconde de Mauá Revestimento em CBUQ - Concreto betuminoso Usinado a Quente Estrada do Joá- Rio de Janeiro Pavimentação rígida em concreto D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 68 Rodovia Visconde de Porto Seguro (SP-332), que liga Valinhos a Campinas 9 - DRENAGEM Esta Instrução de Projeto apresenta os procedimentos, critérios e padrões a serem adotados para a elaboração de projetos de drenagem. 9.1 OBJETIVO Padronizar a metodologia, os procedimentos e a forma de apresentação dos projetos de drenagem. 9.2 ETAPAS DE PROJETO 9.2.1 Estudo preliminar Nesta etapa, deve ser desenvolvida a coleta e a compilação dos dados, para fornecimento de subsídios às outras áreas de projeto, visando o adequado desenvolvimento das etapas posteriores dos estudos. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 69 Devem ser desenvolvidas soluções conceituais do sistema de drenagem. 9.2. PROJETO EXECUTIVO Estudo de soluções possíveis de sistema de drenagem otimização, complementação e detalhamento da solução proposta. O projeto executivo deve conter todas as informações e especificações necessárias para a perfeita execução das obras e a quantificação dos serviços e materiais. 9.2.1 Drenagem do corpo estradal 9.2.1.1 Aspectos Gerais O sistema de drenagem do corpo estradal constitui-se do conjunto de dispositivos necessários à execução e proteção dos trabalhos de terraplenagem, tais como valetas de proteção de taludes, descidas d’água, caixas coletoras, caixas de transição, estruturas de dissipação de energia, bueiros de talvegue, canais, cortarios e outros. 9.2.1.2 Valetas de Proteção Devem ser projetadas com a declividade adaptada ao terreno natural, utilizando-se trechos contínuos e segmentos em degraus, de tal forma que a velocidade não supere o limite máximo estabelecido em função do revestimento. Em terrenos de baixa declividade, muito planos, as valetas devem ser projetadas com declividade mínima de 0,50%. Em terrenos com alta declividade que tenham necessidade de degraus com espaçamento inferior a 3,00 m, as valetas e os canais retangulares devem ser projetados com revestimento de concreto, adotando-se velocidade máxima de 6m/s. Devem ser projetadas de modo que as confluências favoreçam o escoamento, sem mudanças de direção acentuadas. O perfil longitudinal da lâmina d’água deve ser verificado para a vazão de projeto, de modo a garantir que não ocorra extravasamento em qualquer ponto da valeta. Devem ser dimensionadas com o emprego da fórmula de Manning. A lâmina d’água máxima admitida nas valetas deve garantir uma borda livre mínima de 20% da altura da seção revestida. Devem ser revestidas com concreto ou grama, em função das vazões e velocidades máximas admissíveis. Nas valetas em concreto, deve ser utilizado coeficiente de rugosidade n igual a 0,016 e as velocidades, para a vazão de projeto, devem estar compreendidas entre 0,50 m/s e 6,00 m/s. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 70 9.2.1.3 Descidas d’água Descidas d’água são dispositivos destinados a conduzir pelos taludes dos cortes e aterros as águas captadas por outros dispositivos de drenagem. As descidas d’água devem ser projetadas nos seguintes locais: - nos pontos baixos que possam surgir ao longo do desenvolvimento das valetas de proteção de cortes e em talvegues secundários, interceptados por cortes cujas condições topográficas não permitam o esgotamento através das valetas de proteção; - nos limites dos comprimentos críticos das canaletas e sarjetas de borda de aterro; - nos pontos baixos das curvas verticais côncavas, nos aterros e junto aos encontros de pontes ou viadutos. As saídas de bueiros nas saias de aterros ou taludes de cortes devem ser evitadas sempre que possível. 9.2.1.4 Estruturas de Dissipação de Energia Estruturas de dissipação de energia são dispositivos destinados a dissipar energia do escoamento, reduzindo a velocidade da água para evitar a erosão. Os dissipadores de energia devem ser previstos no final de descidas d’água, de valetas ou de qualquer dispositivo que venha a desaguar diretamente sobre o terreno natural que, por suas características, seja passível de erosão. Os dissipadores também devem ser projetados para as saídas de bueiros com elevada declividade ou quando estas saídas ocorrerem em terreno natural facilmente erodível. 9.2.1.5 Bueiros de Talvegue a) – Bueiro Projetado Os bueiros devem ser projetados fora da linha de talvegue nos casos de córregos ou fios d’água permanentes. Nestes casos também devem ser projetados drenos de talvegues. As velocidades para a vazão de projeto devem limitar-se entre 1,00 m/s e 5,00 m/s. A declividade mínima deve ser igual a 0,35%. Os coeficientes de rugosidade a serem adotados nos cálculos hidráulicos são os seguintes: D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 71 - bueiros tubulares de concreto n = 0,013; - bueiros celulares e ovóides de concreto n = 0,015; - bueiros metálicos n = 0,024. b) Bueiros existentes Caso o bueiro existente não apresente capacidade hidráulica suficiente, de acordo com os critérios de projeto, devem ser tomadas as seguintes providências: - verificar, em campo, através de informações locais, as condições reais de funcionamento do bueiro bem como a existência de sistema de amortecimento, natural ou não, com influência na redução da vazão de projeto considerada; - verificar as condições de escoamento de jusante, especialmente quanto à existência de pequenos reservatórios, extravasores, canalizações, pontes, que venham a ser prejudicados com o aumento de vazão do bueiro. 9.3 OUTRAS CONSIDERAÇÕES 9.3.1 - O projeto de drenagem tem por objetivo a definição e quantificação de dispositivos capazes de captar e conduzir adequadamente as águas superficiais e profundas de modo a preservar a estrutura da via, bem como possibilitar sua operação durante a incidência de precipitações mais intensas. O Projeto de Drenagem dividiu-se em duas etapas distintas: Considerações sobre a situação atual do trecho; Soluções propostas para os problemas encontrados. 9.3.2 - Nas soluções propostas serão apresentados os dispositivos capazes de atender às necessidades deste trecho, compondo os seguintes sistemas de drenagem: Obras de drenagem superficial: para dar escoamento às águas precipitadas sobre o corpo estradal; Obras de drenagem de grota, para dar vazão às águas superficiais e das precipitações; Obras de drenagem profunda ou subterrânea, para proteção do pavimento contra as águas do lençol freático e infiltração nos cortes em rocha. 9.3.3 - O sistema de drenagem superficial foi projetado de forma a propiciar um rápido escoamento das águas pluviais que incidam sobre a pista e terrenos marginais, bem como disciplinar o escoamento de pequenos cursos d’água e conduzi-los para os locais de deságüe seguro. São apresentados a seguir os dispositivos projetados: D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 72 valetas de proteção de corte; sarjetas caixas coletoras; bueiros de greide; bacias de amortecimento; descidas d’água em aterros; descidas d'água em cortes; e dissipadores de energia. 9.3.4 - O projeto de drenagem de grota compreendera inicialmente a avaliação das obras existentes na rodovia em questão, quanto ao seu funcionamento, estado de conservação e suficiência de vazão. 9.3.5 - A drenagem profunda será considerada quando necessária, para evitar problemas acarretados pela incidência das águas subterrâneas na infra e superestrutura da rodovia. 10 - ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES E ENCOSTAS Serão elaborados projetos para diversos locais ao longo da rodovia, definidos a partir das seções transversais gabaritadas e de vistoria no campo. A definição do tipo de contenção será baseada na avaliação do problema sob o ponto de vista geológico-geotécnico e também do tipo de acidente analisado. 10.1 - OBRAS DE ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES - PROVIDÊNCIAS PARA PROTEÇÃO CONTRA OS PROCESSOS INDUTORES DE INSTABILIDADE 10.1.1 - Contra a erosão a) Rede de drenagem superficial com canaletas, descidas d‘água, linhas de declive, para correção e prevenção de processos erosivos superficiais; D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 73 b) Revestimentos vegetais com gramíneas, leguminosas e outras espécies, desde que tenham sistemas radiculares densos, combinados com a rede de drenagem; c) Revestimento de argamassa de cimento e outros produtos, em áreas de solos estéreis, combinados com a rede de drenagem; d) Dispositivos, tais como elementos de contenção de matéria sólida, bacias de dissipação de energia, convenientemente distribuídos para combate a processos erosivos mais evoluídos, com tendência à erosão em cavernas ou mesmo voçorocas. 10.1.2 -Contra os processos de liquefação de solos superficiais em encostas de grande desenvolvimento a) Reflorestamento com espécies locais de enraizamento profundo; b) Formação de perfis de equilíbrio da encosta, com a execução de estruturas de retenção de matéria sólida em vários níveis do talvegue inibindo a erosão. 10.1.3.Obras de estabilização propriamente ditas 10.1.3.1. Obras de estabilização sem elementos de contenção a) Mudança da geometria do talude Retaludamento total ou parcial em solo ou terreno de transição solo-rocha, mediante a retirada de massas que se constituem em cargas desequilibrantes ou de cunhas instáveis; Aterro ou berma estabilizante executado no pé de talude de solo, inclusive enrocamento. b) Mudança do regime geo-hidrológico Drenos sub-horizontais profundos, executados a partir do pé ou da área talude, para rebaixamento de lençol freático aflorante ou de rede de interna e, também, para o alívio de sub-pressão em veios ou preferenciais de percolação, situados em retratos subjacentes ou no massa de solo com horizonte rochoso; de base do percolação superficiais contato de 10.1.3.2 - Obras de estabilização com elementos de contenção a) Considerações gerais Nestas obras, a drenagem interna e os filtros correspondentes requerem cuidados especiais no projeto e na execução. b) Estruturas de alvenaria ou concreto D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 74 Deve ser estudada a estabilidade do conjunto talude-contenção e a do próprio corpo da estrutura. Os diversos tipos de solução e sua adequação a cada tipo de instabilidade devem ser considerados como indicados a seguir. Muros de arrimo de gravidade ou de peso, quando o fator estabilizante é, principalmente, o próprio peso da estrutura. Devem ser verificadas a posição e a profundidade da fundação do muro em relação à superfície de deslizamento provável. A sua maior eficiência é obtida quando o muro é localizado na base do talude. É contra-indicada a sua construção em zona superior do talude ou encosta, pelo consequente acréscimo de carga introduzida. Variações de projeto do corpo do muro podem ser: Muros com paramento subvertical, adequados para solos sedimentares, aterros em locais onde já há escavações no pé do talude, geralmente executados com concreto ciclópico; Muros de arrimo esbeltos de paramento inclinado na direção do talude, adequados a solos residuais de boas características de resistência; Muros de arrimo à flexão, de concreto armado, com várias formas (podendo ser em paredes simples, com contrafortes, etc.); Muros constituídos de elementos pré-moldados (tipo ―crib-waǁ) que apresentam, como vantagem, boa drenagem pelo corpo da estrutura, desde que haja graduação da granulometria do material de preenchimento das células. c) Cortinas e outras estruturas chumbadas ou ancoradas Tem como premissa básica a colocação de elemento de chumbamento ou de ancoragem em zona estável, considerando-se que: A ancoragem e/ou o chumbamento da estrutura na base são necessários no caso de existência de horizonte de rocha próximo, com forte inclinação; A ancoragem constituída de placas verticais ou de blocos enterrados, com a utilização de tirantes (protendidos ou não) de ligação entre o muro de contenção e a ancoragem, é adequada a taludes com terrapleno horizontal; São adequadas para problemas de instabilidade interna de taludes, podendo ser executadas no topo destes, por não se constituírem em sobrecarga; D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 75 Podem ser empregadas no caso de instabilidade de grandes massas, desde que se tenha perfeitamente definida a zona estável, o valor do deslocamento previsto e comprovado por instrumentação (deslocamento e velocidade característicos de movimentação das massas), e que não haja possibilidade de deterioração dos parâmetros de resistência do terreno; esse emprego deve ser precedido de obras, tais como o desvio de águas superficiais, a drenagem interna e outras, visando à diminuição dos deslocamentos da massa, até que estes sejam compatíveis com a capacidade de carga e de alongamento dos tirantes; Tem na protensão uma característica favorável à redução de deformações ou movimentos residuais, a qual é muito conveniente em locais onde é exigido alto grau de segurança. d) Estruturas e dispositivos diversos de reforço e proteção do talude Atuam principalmente em: Proteção em caso de instabilidades superficiais; Reforço do terreno, visando ao restabelecimento do equilíbrio do talude; Incorporação de bermas com estruturas diversas. d1) Proteção superficial Esta proteção é feita: Com telas de aço galvanizadas (plastificadas ou não), fixadas com chumbadores, sem gunitagem, em taludes rochosos fraturados ou com alterações localizadas, sujeitos a destaques frequentes de lascas ou blocos; Com gunitagem (concreto projetado), com ou sem malha (fixada por diversos dispositivos), em taludes rochosos fraturados, ou com alterações generalizadas, assim como em taludes de solos residuais jovens e estratos intermediados solos – rocha. d2) Reforço do maciço Esse reforço é feito por: Chumbamento ou atirantamento da rocha sã, que apresenta fendas delimitadoras de trechos com riscos de instabilidade; Microestacas, estacas – raízes, presso-ancoragens etc., para estabilização de taludes de rochas em decomposição, em fendas ou graus diversos de alteração, com estabilidades generalizadas ou diversificadas. d3) Bermas com estruturas diversas O equilíbrio do talude é feito por: D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 76 Aterros de base do talude reforçados com geossintéticos, com microancoragens, com terra armada etc.; Gabiões, que, por terem o corpo com drenagem total, propiciam a captação do lençol freático nesta área do talude. Utilização de ―terra armada Muitas vezes é necessário fazer um aterro em locais estreitos, onde edificações ou outros obstáculos impedem que se apóie convenientemente esse aterro. Às vezes não é conveniente fazer-se um muro de arrimo, por problema de falta de espaço ou por motivos estéticos. Aí, então, se lança mão da solução ―Terra armada . e) Utilização de gabiões Os gabiões representam uma solução para a construção de estruturas de contenção, com baixo custo e sem necessidade de mão-de-obra especializada na sua execução. As contenções feitas com gabiões consistem em ―gaiolas, feitas com telas de arame ou polietileno de alta densidade, que são colocadas nas posições definitivas e, então, cheias com ―pedras de mão. As principais vantagens das estruturas de arrimo com gabiões são: Elevada permeabilidade, permitindo a rápida drenagem do terreno; Extrema flexibilidade, permitindo a adaptação da estrutura aos movimentos do terreno; Grande resistência ao empuxo do terreno, pois são calculados como uma estrutura monolítica por gravidade. Podem, também, ser usados para revestir canais de drenagem, com boa eficiência. 11- DIAGNÓSTICO 11.1 ESTRADA EXISTENTE A estrada apresenta-se parcialmente revestida com pequena camada de cascalho/restolho de obras, na tentativa de garantir estabilidade ao corpo estradal. As condições topográficas são adversas, pois ao longo dos seus quase 9km de extensão, começa na vila do Abraão ao nível do mar, sobe até a cota 340m e novamente desce ao nível do mar na vila dois Rios. A declividade média é superior 7%, sendo bem mais elevada em diversos trechos localizados. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 77 No aspecto horizontal, as curvas apresentam raios da ordem de 10m em grandes quantidades. A caixa da pista deverá ser mantida, evitando-se o comprometimento da área vegetada do parque. A seção de projeto a ser buscada aponta uma largura da via da ordem de 4m, possivelmente com uma pequena calçada de 0,50m para cada lado, a título de proteção dos bordos. Essa largura de seção permitirá que o eixo mova-se um pouco para cada lado na definição do alinhamento, sem agredir encostas. 11.2 DRENAGEM PLUVIAL Considerando-se que a drenagem superficial através de canaletas e sarjetas é praticamente inexistente, constatou que as águas pluviais escoam ou pela caixa da pista ou pelos bordos em rasgos abertos por retro escavadeiras ou mesmo sulcados pelas próprias águas pluviais, em função das elevadas velocidades do fluxo. Não resta duvida que a inexistência de dispositivos de drenagem superficial acarretam todo um conjunto de erosões que dificultam o trânsito e cada vez mais comprometem na circulação de veículos. Entende-se que a situação não é pior porque o solo local é bastante estável e, assim sendo, minimiza um pouco o processo erosivo. Um aspecto que chamou-nos a atenção durante a caminhada a pé ao longo de toda estrada, em dia de forte e constante chuva é que em nenhum momento sentiu-se a sensação de atolamento no nível do terreno. Algumas vezes em locais mais íngremes aconteceram deslizamentos em relação ao terreno, mas não afundamento em lama. A falta de drenagem superficial é realmente o pior problema da estrada. 11.3 ESTABILIDADE DOS TALUDES Na data da visita, notou-se a existência de pequenos escorregamentos localizados ao longo do trecho. Nenhum deles comprometia a circulação e não havia marcas de ocorrências de desastres geológicos recentes. Considere-se ainda que nos últimos dias do ano de 2009 ocorreram chuvas intensas da região da Ilha Grande/ Angra dos Reis, com deslizamentos poderosos que culminaram com mortes de diversas pessoas nas duas localidades. Avaliação preliminar então realizada, aponta para a necessidade de algumas intervenções localizadas, visando preservar a caixa da via, garantindo a circulação de veículos com segurança. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 78 Estes procedimentos garantirão a proteção das encostas quanto ao processo erosivo existente, estabilizando-os para que não tenham continuidade. 11.4 QUANTO ÀS ALTERNATIVAS DE PAVIMENTAÇÃO Apresentam-se a seguir, algumas alternativas para o projeto de pavimentação a ser implementado na Ilha Grande, considerando-se a princípio, algumas premissas importantes: a) Deve-se utilizar o mínimo possível de insumos que venham de fora da Ilha. b) O traçado não deve agredir as encostas, mantendo-se intactas as condições dos taludes e dos revestimentos vegetais. c) O processo executivo deverá ser o mais natural possível, gerando-se o mínimo possível de poluição, ou seja, de particulados, de ruído, de lama, etc.. d) Ao final da obra o passivo ambiental decorrente da execução da mesma, deve estar totalmente mitigado. e) Os escombros do antigo presídio devem ser processados e utilizados nas etapas da obra. 11.4.1 – Concreto Betuminoso Usinado a Quente - CBUQ a) Insumos: - Pó de Pedra, Brita Corrida, Pintura Asfáltica para Imprimação, Concreto Asfáltica b) Equipamentos: - Patrol, Rolo Compactador Pé-de-Carneiro e Liso, Usina de Asfalto. c) A mitigar Ruído, poeira, presença de material asfáltico e readaptação do local onde for implantada a Usina de Asfalto. 11.4.2 – Pisos em Blocos de Concreto tipo Blokret ou PAVI “S” a) Insumos: - Pó de Pedra, Brita Corrida, Pré Moldados de Concreto. b) Equipamentos: D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 79 - Patrol, Rolo Compactador Pé-de-Carneiro e Liso. c) A mitigar - Sem considerações Importantes. 11.4.3 – Pavimento Rígido em Placas de Concreto. a) Insumos: - Pó de Pedra, Brita Corrida, Cimento, Areia, Brita 1, Brita 2, Ferragem. b) Equipamentos: - Patrol, Rolo Compactador Pé-de-Carneiro e Liso, Central de Concreto. c) A mitigar Ruído, Poeira e Readaptação do Local Onde For Implantada a Central de Concreto. 11.5 QUANTO ÀS ALTERNATIVAS DE UTILIZAÇÃO DOS ESCOMBROS DO PRESÍDIO. Esta alternativa é bastante viável. Através de contatos com empresas que trabalham com estes sub-produtos, evidenciou-se a possibilidade de reciclagem dos materiais oriundos da implosão do antigo presídio. No início do processo pode-se separar o concreto dos demais materiais, tais como tijolos, ladrilhos, azulejos, telhas, tubulações, etc.. Em seguida pode-se separar os ferros (aço estrutural) do concreto. A britagem do concreto fornecerá material de elevada resistência, que poderá ser utilizado na base do pavimento, na base das calçadas laterais, nos concretos do sistema de drenagem e outros fins análogos. A britagem dos tijolos, telhas, ladrilhos e azulejos fornecerá insumos para moldar tijolos, a serem utilizados em construção civil na área de interesse deste projeto. A eliminação deste passivo ambiental, decorrente da implosão do presídio gerará uma grande área livre, onde a Administração do Parque definirá o uso mais adequado dentro do Planejamento Global do PEIG. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 80 12 – CONCLUSÕES 12.1 – Verificou-se a possibilidade técnica de reciclagem dos materiais oriundos da implosão do antigo presídio. 12.2 – Com base em visitas efetuadas a campo por profissionais das diversas áreas de interesse do projeto, ficou evidenciado que os maiores problemas da estrada decorrem da insuficiência do seu sistema de drenagem pluvial, principalmente na parte relativa à drenagem superficial. 12.3 – Com relação às encostas ao longo do trecho, verificou-se a existência de alguns pontos a serem trabalhados com a finalidade de corrigir situações pontuais, no sentido de minimizar problemas futuros. D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 81 12.4 – Quanto ao projeto geométrico em desenvolvimento, verificou-se em campo que as larguras da via existente ao longo do percurso, variam entre 5,00m e 12,00m. Assim sendo, uma caixa de pista de projeto da ordem de 4,00m, seria suficiente e com flexibilidade para permitir movimentação do seu eixo um pouco para cada lado, ao longo do percurso, na definição do alinhamento desejado, sem agredir as encostas. 12.5 – Com base na prévia efetuada no capítulo 11.4 deste Estudo, conclui-se, embora ainda preliminarmente em função da não disponibilidade ainda dos Estudos Geotécnicos, que as maiores possibilidades no momento seriam aquelas relativas à utilização de Blocos Pré-Moldados de Concreto ou Placas de Concreto. Embora esta última indique também a necessidade de utilização de cimento, areia, brita 1 e brita 2, estes insumos, também são necessários, se bem que em pequena escala, na construção do sistema de drenagem pluvial. 13 – CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO Apresenta-se a seguir, Cronograma Físico-Financeiro, onde define-se a composição do Relatório Preliminar, objeto do presente documento. 1ª ETAPA: RELATÓRIO PRELIMINAR E ENSAIOS GEOTÉCNICOS. Levantamento de dados secundários de campo, visita técnica e consolidação de informações, inclusive levantamento de dados disponíveis. Ensaios Geotécnicos – coleta de amostras D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 82 D P C Desenvolvimento Ltda. tel/fax ( 021 ) 2220 5896. Rua Senador Dantas 117 / 718 Centro- Rio/-RJ - CEP 20031-911 email: [email protected] Página 83