1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL OZIEL GOMES DA SILVA ACOMPANHAMENTO DE RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE PAVIMENTO URBANO DE CONCRETO E ANÁLISE DOS MATERIAIS EMPREGADOS RECIFE, 2009 OZIEL GOMES DA SILVA ACOMPANHAMENTO DE RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE PAVIMENTO URBANO DE CONCRETO E ANÁLISE DOS MATERIAIS EMPREGADOS DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE PERNAMBUCO INTEGRANTE FEDERAL COMO DOS DE PARTE REQUISITOS NECESSÁRIOS À OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA CIVIL RECIFE, 2009 ii . S586a Silva, Oziel Gomes da Acompanhamento de recuperação estrutural de pavimento urbano de concreto e análise dos materiais empregados / Oziel Gomes da Silva. - Recife: O Autor, 2009. xxi, 194 f.; il., gráfs., tabs. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, 2009. Inclui Referências bibliográficas e Anexos. 1. Engenharia civil. 2. Pavimento rígido. 3. Dimensionamento de pavimento rígido. 4. Resistência à tração. 5. Resistência à compressão. I. Título. 624 CDD (22. ed.) UFPE/BCTG/2009-054 iii iii "Ninguém escapa de colher o que semeia. Quando semeia-se o aprendizado colhe-se o aperfeiçoamento do conhecimento." R. França iv Dedico este trabalho aos meus pais Manoel Amaro e Noemia (In memorian), pelo exemplo e por acreditarem em mim, possibilitando-me galgar os degraus do saber. À minha esposa Raquel, grande incentivadora desse empreendimento, e ao meu filho Oziel José pelo apoio. v AGRADECIMENTOS A Deus, Senhor da minha vida, pela chance recebida de alcançar mais um objetivo. A minha família pelo amor e compreensão que sempre me dedicaram. Ao professor Ivaldo Dário da Silva Pontes Filho, pelos conhecimentos transmitidos, pela orientação e apoio na dissertação. À Professora Laura Maria Goretti da Motta da COPPE/UFRJ, pela competente e profissional orientação, pela grande amizade nestes anos de convívio, pelas conversas sempre edificantes e o grande estímulo nos momentos certos, pelas sugestões e ajuda que sempre contei e, pela minha introdução na Mecânica dos Pavimentos. Aos professores de Geotecnia do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil do Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE, pela dedicação e conhecimentos transmitidos nesta importante etapa de minha formação profissional. Aos professores José Orlando Vieira Filho e Lícia Mouta da Costa pela participação na banca examinadora. Ao prof. José Mário de Araújo Cavalcanti, do Curso de Engenharia Civil da UNICAP, pelo incentivo e apoio. Ao prof. Armando Carneiro, do Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco pelo estímulo sempre constante. A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana - EMLURB Recife, na pessoa do seu presidente Carlos Muniz, e os presidentes anteriores Roberto Gusmão e Amaro João, pela oportunidade e apoio oferecidos. Aos colegas Engº Antonio Valdo (da Secretária de Serviços Públicos da PCR), e os demais da EMLURB: José Carlos Levy, Letícia Damásio, Mirian Barbosa, meu chefe vi Ricardo Fausto, meu diretor Fernando Melo, que muito contribuíram para a realização deste trabalho. Ao prof. José Orlando Vieira Filho, do Curso de Engenharia Civil da UNICAP e da UFPE, pelo grande incentivo e apoio. Ao colega MSc. Marcelo Patriota, grande incentivador e colaborador nas diversas etapas do curso, obrigado por todas as sugestões inclusive na formatação desta dissertação. Aos colegas de curso em especial Martonio, Ariosvaldo e Cláudia Azevedo pela maior convivência. A Andréa Negromonte, secretária do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil do Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE, pela atenção e colaboração. A todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, contribuíram para que este trabalho se tornasse realidade. vii RESUMO Recife, capital pernambucana, possui 21 (vinte e uma) avenidas pavimentadas em concreto, perfazendo um total de cerca de 1.500.000,00 m² (um milhão e quinhentos mil metros quadrados). Uma das primeiras avenidas a ser pavimentada em concreto, a Avenida Conde da Boa Vista, antiga Rua Formosa, foi construída na administração do prefeito Pelópidas Silveira no período 1955/1959; passados quase meio século, esta avenida continua sendo de importância vital para a circulação de veículos em direção ao centro da cidade, tem uma extensão de 1.662m, com largura total de rolamento de 18m, para tráfego nos dois sentidos, sendo cada faixa de tráfego, com 9m de largura. Segundo a EMTU-Recife (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – empresa que supervisiona o transporte coletivo em Recife), este corredor é utilizado por 107 linhas de ônibus transportando diariamente em torno de 370.000 passageiros. A pretensão da Prefeitura da Cidade do Recife é dotar a Avenida Conde da Boa Vista de características operacionais e físicas que permitam a sua inserção no Corredor LesteOeste. Considerando-se os dados acima, conclui-se ser imprescindível intervir no pavimento de concreto da Avenida Conde da Boa Vista (cerca de 50 anos de vida útil), como condição indispensável para implantação e funcionamento do Corredor Leste-Oeste. A intervenção se resumiu na reconstrução total das placas do antigo pavimento (placas com espessura de 20 cm). É apresentado o acompanhamento da solução adotada no projeto para a obra de recuperação das placas, enfocando as características dos materiais e dos concretos utilizados e os resultados obtidos no controle tecnológico da obra executada no período de março de 2007 a março de 2008. A metodologia adotada e os resultados obtidos foram adequados à solução proposta. As especificações de projeto, quanto aos diversos aspectos da aplicação do concreto para as placas do pavimento em todos os Lotes analisados e em termos da resistência à compressão axial aos 28 dias, foram atendidas a partir dos traços usados nesta obra. Pode-se esperar um bom desempenho do concreto ao longo de sua vida útil. PALAVRAS-CHAVE: Pavimento Rígido, Dimensionamento, Resistência à Tração, Resistência à Compressão. viii ABSTRACT Recife, the capital of Pernambuco, has 21 (twenty one) concrete paved avenues, giving an aproximate total of 1.500.000,00 m²(one million and five hundred thousand square meters). One of the first avenues to be paved with concrete, the Conde da Boa Vista Avenue, old Formosa Street, was built during the administration of the mayor Pelópidas Silveira in the period of 1955/1959; half a century later, this avenue still plays a major role in the circulation of vehicles towards the center of the city, having a length of 1.662m, and total rolling width of 18m, to traffic in both directions, being each lane, with 9m wide. According to EMTU-Recife (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – the company that oversees the public transportation in Recife) this corridor is used by 107 bus lines, moving around the amount of 370.000 passengers daily. The intention of the Administration of the City of Recife is to give to the Conde da Boa Vista Avenue, operational and physical characteristics that allow its insertion in the East-West Corridor. Considering the above data, it is mandatory to interfere in the concrete pavement of the Conde da Boa Vista Avenue (which has 50 years of usage), as an indisposable condition for the implementation and proper working for the East-West Corridor. The intervention boils down to the total reconstruction of the old pavement plates (20 cm thick). It’s presented the follow-through of the solution adopted in the project for the work of plates restorations, focusing the characteristics of both the material and concrete used, and the results obtained in the technological control of the construction executed between march of 2007 and march of 2008. The applied methodology and the obtained results worked as expected to the proposed solution. The project specifications, as for the many concrete applications aspects to the pavement plates in all of the analyzed lots added in terms of the resistance to the axial compression in 28 days, were satisfied from the traces used in the job. It is to be expected a good behavior of the concrete through its lifetime. KEY WORDS: Rigid pavement, Design Procedures, Traction Strength, Compression Strength. ix ÍNDICE FOLHA DE ROSTO EPÍGRAFE.......................................................................................................................iii DEDICATÓRIA...............................................................................................................iv AGRADECIMENTOS......................................................................................................v RESUMO........................................................................................................................vii ABSTRACT...................................................................................................................viii ÍNDICE.............................................................................................................................ix LISTA DE TABELAS...................................................................................................xiv LISTA DE FIGURAS....................................................................................................xvi 1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................1 1.1 Importância do Tema...................................................................................................1 1.2 Objetivo.......................................................................................................................6 1.3 Estrutura da Dissertação..............................................................................................6 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................8 2.1 Considerações Gerais e Históricas..............................................................................8 2.2 Concreto: Alternativa para Pavimentação.................................................................11 2.3 Caracterização dos Pavimentos de Concreto.............................................................11 2.4 Construção de Pavimento de Concreto – Etapas.......................................................12 2.4.1 Etapa 1 - Preparo do Subleito e Reforço (quando necessário)...................13 2.4.1.1 Materiais.......................................................................................13 2.4.1.2 Método Executivo........................................................................14 2.4.2 Etapa 2 - Execução da Sub-Base................................................................14 2.4.2.1 Materiais.......................................................................................15 2.4.2.1.1 Cimento Portland...........................................................15 2.4.2.1.2 Agregados Graúdos......................................................16 2.4.2.1.3 Agregados Miúdos........................................................18 2.4.2.1.4 Água..............................................................................18 2.4.2.1.5 Concreto........................................................................19 2.4.2.2 Equipamentos...............................................................................20 x 2.4.2.3 Método Executivo........................................................................20 2.4.3 Etapa 3 - Execução da Placa.......................................................................20 2.4.3.1 Materiais................................................................ ......................21 2.4.3.1.1 Concreto........................................................................21 2.4.3.1.2 Cimento Portland...........................................................22 2.4.3.1.3 Agregados......................................................................22 2.4.3.1.4 Água..............................................................................22 2.4.3.1.5 Aditivos.........................................................................22 2.4.3.1.6 Fibras.............................................................................23 2.4.3.1.7 Aço................................................................................25 2.4.3.1.8 Material Para Cura........................................................25 2.4.3.2 Equipamentos...............................................................................26 2.4.3.2.1 Equipamentos Para Transporte do Concreto.................26 2.4.3.2.2 Equipamentos Para Espalhamento, Adensamento e Acabamento do Concreto..............................................26 2.4.3.3 Método Executivo........................................................................28 2.4.3.3.1 Assentamento de Formas e/ou Trilhos e Preparo Para a Concretagem..................................................................29 2.4.3.3.2 Fixação das Barras de Transferência e de Ligação.......29 2.4.3.3.3 Confecção e Mistura do Concreto.................................30 2.4.3.3.4 Transporte......................................................................31 2.4.3.3.5 Lançamento...................................................................31 2.4.3.3.6 Espalhamento................................................................31 2.4.3.3.7 Adensamento.................................................................32 2.4.3.3.8 Acabamento...................................................................32 2.4.3.3.9 Controle de Qualidade...................................................33 2.4.4 Etapa 4 - Texturização................................................................................33 2.4.4.1 Materiais.......................................................................................33 2.4.4.2 Equipamentos...............................................................................33 2.4.4.3 Método Executivo........................................................................34 2.4.5 Etapa 5 - Processo de Cura.........................................................................34 2.4.5.1 Materiais.......................................................................................34 2.4.5.2 Equipamentos...............................................................................34 2.4.5.3 Método Executivo........................................................................35 xi 2.4.6 Etapa 6 - Execução das Juntas - Corte e Selagem......................................35 2.4.6.1 Materiais.......................................................................................37 2.4.6.2 Equipamentos...............................................................................39 2.4.6.3 Método Executivo........................................................................39 2.5 Pavimento de Concreto - Aplicações Típicas............................................................40 2.6 Tipos de Pavimentos de Concreto.............................................................................41 2.6.1 Principais Tipos de Pavimentos de Concreto e suas Utilizações................42 2.7 Reabilitação de Pavimento de Concreto....................................................................46 3. BREVE HISTÓRICO DO PAVIMENTO DE CONCRETO................................49 3.1 Pavimento de Concreto no Mundo............................................................................49 3.2 Pavimento de Concreto no Brasil..............................................................................51 3.3 Pavimento de Concreto em Pernambuco...................................................................55 3.4 Pavimento de Concreto no Recife.............................................................................55 4. TRECHO ESTUDADO, MATERIAIS E MÉTODOS..........................................59 4.1 Trecho Estudado........................................................................................................59 4.1.1 Estudo de Tráfego ......................................................................................62 4.1.2 Características do Subleito..........................................................................65 4.1.3 Tipo e Espessura da Sub-base adotada.......................................................66 4.1.4 Resistência Característica do Concreto à Tração na Flexão ( fctM,k )..........67 4.1.5 Fator de Segurança de Carga ( FSC )...........................................................68 4.1.6 Barras de Transferência nas Juntas Transversais........................................68 4.1.7 Barras de Ligação nas Juntas Longitudinais...............................................69 4.1.8 Dimensionamento do Pavimento de Concreto............................................69 4.1.8.1 Cálculo da Tensão Equivalente e Fator de Fadiga.......................69 4.1.8.2 Cálculo Fator de Erosão...............................................................70 4.1.8.3 Resumo do Dimensionamento do Pavimento de Concreto..........72 4.1.8.4 Croquí da Estrutura do Pavimento e Recomendações Executivas ......................................................................................................74 4.2 Materiais e Métodos..................................................................................................75 4.2.1 Cimento.......................................................................................................75 4.2.2 Agregados Miúdos......................................................................................78 4.2.3 Agregados Graúdos.....................................................................................78 xii 4.2.4 Água............................................................................................................78 4.2.5 Aditivo........................................................................................................78 4.3 Traços de concreto.....................................................................................................80 4.4 Equipamentos............................................................................................................81 4.5 Método Executivo......................................................................................................83 4.5.1 Produção e Transporte do Concreto............................................................83 4.5.2 Execução das Placas de Concreto...............................................................83 4.6 Especificações de Serviço e Controle Tecnológico...................................................84 4.6.1 Determinação da Consistência pelo Abatimento do Tronco de Cone........85 4.6.2 Determinação da resistência à tração na flexão do concreto......................88 4.6.3 Determinação da resistência à compressão de corpo-de-prova cilíndrico 90 4.7 Procedimentos Adotados Nesta Pesquisa..................................................................91 5 RESULTADOS E ANÁLISES..................................................................................93 5.1 Resistência à Tração na Flexão.................................................................................94 5.1.2 Avaliação Estatística da Resistência Estimada do Concreto à Tração para o LOTE A......................................................................................................95 5.2 Resistência à Compressão Axial de Corpos-de-prova Cilíndricos............................97 5.2.1 Avaliação Estatística da Resistência Estimada do Concreto à Compressão para o LOTE A............................................................................................................98 5.3 Relação dos Resultados dos Ensaios à Tração e à Compressão aos 28 dias (LOTE A) .................................................................................................................................100 5.4 Resultados de Todos os Ensaios de Resistência à Compressão (Lotes 1 a 10).......102 5.5 Avaliação Estatística da Resistência Característica Estimada do Concreto à Compressão.............................................................................................................102 5.5.1 Avaliação Estatística da Resistência Estimada do Concreto à Compressão para os Lotes 1 a 10..................................................................................105 5.5.2 Discussão dos Resultados.........................................................................106 5.5.2.1 Análise dos Resultados à partir dos ensaios de Resistência à Compressão axial aos 28 dias....................................................106 5.5.2.2 Análise dos Resultados X Abatimento do tronco de cone.........112 5.5.2.3 Análise dos Resultados à partir do Coeficiente de Variação.....119 5.5.2.4 Análise dos Resultados à partir da comparação entre resultados aos 3 e 28 dias............................................................................120 xiii 5.6 Comentários finais...................................................................................................121 6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES DE PESQUISAS FUTURAS...........................124 6.1 Conclusões...............................................................................................................124 6.2 Sugestões de Pesquisas Futuras...............................................................................126 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................127 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA............................................................................131 ANEXOS.......................................................................................................................132 Anexo 1 - Fotos das Avenidas em Pavimento Rígido na Cidade do Recife.................133 Anexo 2 - Apresentam-se as fichas de alguns ensaios realizados ao longo da Avenida Conde da Boa Vista......................................................................................145 Anexo 3 - Apresentam-se as planilhas com os resultados de todos os ensaios de resistência à compressão realizados ao longo da Avenida Conde da Boa Vista...............................................................................................................168 Anexo 4 - Apresentam-se Croquis de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Avenida Conde da Boa Vista............................................180 xiv LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 – Limites de Substâncias Deletérias na Água a ser usada no concreto (ABCP, 2001).............................................................................................19 Tabela 3.1 – Avenidas em Pavimento de Concreto na Cidade do Recife (ABCP, 2004) ....................................................................................................................57 Tabela 4.1 – Número de Viagens Diárias de Ônibus no local estudado nesta pesquisa..63 Tabela 4.2 – Freqüência Aproximada de Viagens na Hora de Pico no local estudado...63 Tabela 4.3 – Crescimento do Volume Médio Diário de Ônibus no Local Estudado......63 Tabela 4.4 – Freqüência de Cargas por Eixo (Eixos Simples)........................................65 Tabela 4.5 - Correspondência entre Valores de Suporte do Subleito ( Ksl )...................66 Tabela 4.6 - Aumento de K devido à presença de Sub-base de concreto rolado. (Ksist) 67 Tabela 4.7 – Fator de Segurança de Carga (ABCP, 2001)..............................................68 Tabela 4.8 – Recomendações para Barras de Transferência × Espessura da Placa (ABCP, 2001).............................................................................................68 Tabela 4.9 – Tensão Equivalente – SEM Acostamento de Concreto (Eixo Simples / Eixo Tandem Duplo)...........................................................................................70 Tabela 4.10 – Fatores de Erosão – Juntas Transversais com Barras de Transferência e SEM Acostamento de Concreto ( Eixo Simples / Eixo Tandem Duplo)...71 Tabela 4.11– Resumo Dimensionamento de Pavimento de Concreto - Espessura 23 cm. ...................................................................................................................72 Tabela 4.12 – Resumo Dimensionamento de Pavimento de Concreto – Espessura tentativa de 22 cm.....................................................................................73 Tabela 4.13 - Composição do Cimento Portland de Alta Resistência Inicial..................77 Tabela 4.14 – Ensaios Químicos e Físicos do Cimento CP V ARI RS (Julho 2007)......77 Tabela 4.15 – Composição Unitária do CCR Usado no Local Estudado........................80 Tabela 4.16 – Composição Unitária do Traço de Concreto Usado no Local Estudado..80 Tabela 5.1 – Resultados de Ensaios de Resistência à Tração na Flexão do LOTE A (28 dias)...........................................................................................................94 Tabela 5.2 – Coeficiente de Distribuição de Student (DNIT 047/2004-ES)......................95 __ Tabela 5.3 – Valores do f ctM 28 , Desvio Padrão s e fctM,est do LOTE A ..........................96 Tabela 5.4 – Resultados de Ensaios de Resistência à Compressão Axial do LOTE A (28 dias)......................................................................................................98 xv __ Tabela 5.5 – Valores do f c 28 , Desvio Padrão s e fck,est do LOTE A..............................100 Tabela 5.6 – Razão das Resistências à Tração versus Compressão do LOTE A (28 dias) ..................................................................................................................101 Tabela 5.7 – Quantidade e Datas dos Lotes 1 a 10 e Outras Informações....................104 Tabela 5.8 – Resumo Lotes x Cores x Período de Concretagens e Nº de Ensaios por lote neste estudo...............................................................................................105 __ Tabela 5.9 – Valores do f c 28 , Desvio Padrão s e fck,est dos Lotes 1 a 10 da obra analisada nesta dissertação.......................................................................106 Tabela 5.10 – Resistência à compressão dos ensaios dos Lotes 1 a 10.........................107 Tabela 5.11 – Resistência à compressão dos ensaios dos Lotes 1 a 10 e Abatimento do Tronco de Cone (SLUMP).....................................................................113 Tabela 5.12 – Relação Coeficiente de Variação e a Qualidade do Concreto................119 Tabela 5.13 – Qualidade do Concreto Avaliada Pelo Coeficiente de Variação............120 Tabela 5.14 – Relação das Resistências à Compressão aos 3 e 28 dias dos Lotes 1 a 10 ................................................................................................................120 Tabela A3.1 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (1ª parte)...........169 Tabela A3.2 – Resultados dos ensaios de Resistência à Compressão (2ª parte)...........170 Tabela A3.3 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (3ª parte)...........171 Tabela A3.4 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (4ª parte)...........172 Tabela A3.5 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (5ª parte)...........173 Tabela A3.6 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (6ª parte)...........174 Tabela A3.7 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (7ª parte)...........175 Tabela A3.8 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (8ª parte)...........176 Tabela A3.9 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (9ª parte)...........177 Tabela A3.10 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (10ª parte).......178 Tabela A3.11 – Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (11ª parte).......179 xvi LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 – Seção Típica de Pavimento Rígido Rodoviário)........................................2 Figura 2.1 – Um Trecho da Via Ápia.............................................................................10 Figura 2.2 – Corte Transversal de uma Estrada Romana (KAEFER, 1998)..………….11 Figura 2.3 – Placa de Concreto e exemplo da distribuição de tensões............................11 Figura 2.4 – Ilustração das Camadas Estruturais do Pavimento de Concreto.................12 Figura 2.5 – Exemplo de Fibras de Aço para Concreto (ABCP, 2001)..........................24 Figura 2.6 – Exemplo de Concreto após mistura com fibras de aço (ABCP, 2001).......24 Figura 2.7 – Exemplo de Fibras de Polipropileno usada para o concreto (ABCP, 2001) ....................................................................................................................25 Figura 2.8 – Seção Típica de Pavimentação Urbana – pavimento rígido com meio fio confinando a estrutura (PATRIOTA, 2004)................................................40 Figura 2.9 – Pavimento de Concreto Simples com Barras de Transferência nas Juntas Transversais. (VIEIRA FILHO, 2004)........................................................42 Figura 3.1 – Primeira pavimentação de concreto moderno e seu idealizador e realizador (ABCP, 2001)..............................................................................................49 Figura 3.2 – Avenida Boa Viagem, estado após mais de 50 anos da construção. (Foto do autor – Julho / 2008)....................................................................................54 Figura 3.3 – Rodovia SC-438 – Serra do Rio do Rastro – Santa Catarina (Foto do autor Agosto / 2007).............................................................................................54 Figura 3.4 – Vias em Pavimento de Concreto na Cidade do Recife (indicadas em vermelho) (ABCP, 2004)............................................................................58 Figura 4.1 – Localização da Avenida Conde da Boa Vista (Destaque em traçado cinza) ....................................................................................................................60 Figura 4.2 – Croqui Esquemático do Projeto Final (MOREIRA, 2007).........................74 Figura 4.3 – Ilustração de uma das interdições durante a obra deste estudo (Foto do Autor - Maio / 2007)....................................................................................76 Figura 4.4 – Evolução média de resistência à compressão dos distintos tipos de Cimento Portland (Fonte: ABCP, 2001)....................................................................76 Figura 4.5 – Relatório Nº 0613 / 08 referente ao Ensaio Físico Químico da Água Utilizada.......................................................................................................79 xvii Figura 4.6 – Uso do rolo compactador liso vibratório no CCR (Foto do Autor Dezembro / 2007)........................................................................................81 Figura 4.7 – Fotos Ilustrativas da utilização de equipamentos de pequeno porte (Foto do Autor, Maio / 2007).....................................................................................82 Figura 4.8 – Serragem da junta (Foto do Autor, Dezembro / 2007)...............................84 Figura 4.9 - Placa texturizada e com selagem (Foto do Autor, Maio / 2007).................84 Figura 4.10 – Exemplo de verificação da consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone (ABCP, 2001)....................................................................86 Figura 4.11 – Esquema dos passos do ensaio de abatimento de tronco de cone utilizado para medida da consistência - Slump-test.................................................87 Figura 4.12 – Prensa do Ensaio de Determinação da Resistência do Concreto à Tração Direta.........................................................................................................89 Figura 4.13 – Detalhe da Prensa de Ensaio de Determinação da Resistência à Tração na Flexão por Dois Pontos (ABNT-NBR 12142:1994).(ABCP, 2001)....89 Figura 4.14 – Montagem para o Ensaio de Determinação da Resistência à Tração por Compressão Diametral do Concreto..........................................................90 Figura 4.15 – Detalhe da Prensa de Ensaio de Determinação da Resistência à Compressão onde foram realizados os ensaios desta pesquisa (Laboratório EMLURB). (Foto do Autor - Maio / 2008)...............................................91 Figura 5.1 – Detalhe Esquemático do Posicionamento do Corpo-de-Prova no Ensaio à Tração na Flexão (Fonte: Laboratório TECOMAT)...................................94 Figura 5.2 – Resultados de Resistência à Tração - fctM28 , fctM,est. e fctM28,projeto – LOTE A .....................................................................................................................97 Figura 5.3 – Resultados da Resistência à Compressão dos corpos-de-prova, de fc28 fck,est. e fck - LOTE A.................................................................................100 Figura 5.4 – Resultados dos Ensaios à Tração e à Compressão Axial aos 28 dias- LOTE A................................................................................................................101 Figura 5.5 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. E fc28,projeto Lote 1..........................................................................................108 Figura 5.6 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. E fc28,projeto – Lote 2.......................................................................................108 Figura 5.7 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. E fc28,projeto - Lote 3........................................................................................109 xviii Figura 5.8 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. E fc28,projeto - Lote 4........................................................................................109 Figura 5.9 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. E fc28,projeto - Lote 5.................................................................................. 110 Figura 5.10 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. E fc28,projeto - Lote 6......................................................................................110 Figura 5.11 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. E fc28,projeto - Lote 7......................................................................................111 Figura 5.12 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est E fc28,projeto - Lote 8.....................................................................................111 Figura 5.13 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est . E fc28,projeto - Lote 9.....................................................................................112 Figura 5.14 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. E fc28,projeto – Lote 10..................................................................................112 Figura 5.15 – Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 1 .................................................................................................................114 Figura 5.16 – Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 2 .................................................................................................................114 Figura 5.17 – Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 3 .................................................................................................................115 Figura 5.18 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 4 .................................................................................................................115 Figura 5.19 – Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 5 ..................................................................................................................116 Figura 5.20 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 6 .................................................................................................................116 Figura 5.21 – Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 7 .................................................................................................................117 Figura 5.22 – Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 8 .................................................................................................................117 Figura 5.23 – Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 9 .................................................................................................................118 Figura 5.24 – Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 10 .................................................................................................................118 xix Figura 5.25 – Resultados individuais da Resistência à Compressão aos 3 e 28 dias ................................................................................................................121 Figura 5.26 – Vista Parcial do Pavimento Novo (trecho R. do Hospício / R. da Aurora) (Foto do autor – Maio / 2008)................................................................123 Figura 5.27 – Vista Parcial do Pavimento Novo (trecho próximo à R. Dom Bosco) (Foto do autor – Maio / 2008)...........................................................................123 Figura A1.1 – Avenida Abdias de Carvalho (Foto do autor – Julho / 2008).................134 Figura A1.2 – Av. Acadêmico Hélio Ramos (Foto do autor – Junho / 2008)...............134 Figura A1.3 – Avenida Agamenon Magalhães (Foto do autor – Julho / 2008)............135 Figura A1.4 – Avenida Antonio de Góes (Foto do autor – Julho / 2008).....................135 Figura A1.5 – Avenida Barão de Souza Leão (Foto do autor – Outubro / 2008)..........136 Figura A1.6 – Avenida Boa Viagem (Foto do autor – Julho / 2008)............................136 Figura A1.7 – Cais de Santa Rita (Foto do autor – Junho / 2008).................................137 Figura A1.8 – Avenida Caxangá (Foto do autor – Junho / 2008).................................137 Figura A1.9 – Avenida Conde da Boa Vista (Foto do autor – Maio / 2008)................138 Figura A1.10 – Avenida Engenheiro José Estelita (Foto do autor – Julho / 2008).......138 Figura A1.11 – Estrada do Remédios (Foto do autor – Junho / 2008)..........................139 Figura A1.12 – Avenida Hidelbrando de Vasconcelos (Foto do autor–Junho / 2008).139 Figura A1.13 – Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes (Foto do autor- Junho/2008) ..............................................................................................................140 Figura A1.14 – Avenida Maria Irene (Foto do autor – Junho / 2008)...........................140 Figura A1.15 – Avenida Martin Luther King (Foto do autor – Julho / 2008)...............141 Figura A1.16 – Avenida Norte (Foto do autor – Junho / 2008)....................................141 Figura A1.17 – Avenida Professor Artur de Sá (Foto do autor – Junho / 2008)...........142 Figura A1.18 – Avenida Professor Luiz Freire (Foto do autor – Junho / 2008)...........142 Figura A1.19 – Avenida Recife (Foto do autor – Julho / 2008)....................................143 Figura A1.20 – Subida do Ibura (Foto do autor – Junho / 2008)..................................143 Figura A1.21 – Avenida Sul (Foto do autor – Julho / 2008).........................................144 Figura A2.1 – Ensaio de Compactação e Índice de Suporte Califórnia (Registro 402) ................................................................................................................146 Figura A2.2 – Ensaio de Compactação e Índice de Suporte Califórnia (Registro 403) ................................................................................................................147 Figura A2.3 – Ensaio de Compactação e Índice de Suporte Califórnia (Registro 404) ................................................................................................................148 xx Figura A2.4 – Ensaio de Compactação e Índice de Suporte Califórnia (Registro 405) ................................................................................................................149 Figura A2.5 – Ensaio Densidade “In Situ”....................................................................150 Figura A2.6 – Ensaio de Caracterização de Agregados para Concreto.........................151 Figura A2.7 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (1º Carro).......152 Figura A2.8 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (2º Carro).......153 Figura A2.9 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (3º Carro).......154 Figura A2.10 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (4º Carro).....155 Figura A2.11 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (5º Carro).....156 Figura A2.12 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (6º Carro).....157 Figura A2.13 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (7º Carro).....158 Figura A2.14 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (8º Carro).....159 Figura A2.15 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (9º Carro).....160 Figura A2.16 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (10º Carro)...161 Figura A2.17 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (11º Carro)...162 Figura A2.18 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (12º Carro)...163 Figura A2.19 – Croqui de Localização da 1ª a 10ª Moldagem (1º ao 10º Carro).........164 Figura A2.20 – Croqui de Localização da 1ª a 10ª Moldagem (10º ao 12º Carro).......165 Figura A2.21 – Ensaio de Determinação da Resistência à Tração (moldagens de 28/04 à 04/05/08)...............................................................................................166 Figura A2.22 – Ensaio de Determinação da Resistência à Tração (moldagens dia 06/05/08)...............................................................................................167 Figura A4.1 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 1)..................................181 Figura A4.2 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 2)..................................182 Figura A4.3 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 3)..................................183 Figura A4.4 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 4)..................................184 Figura A4.5 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 5)..................................185 Figura A4.6 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 6)..................................186 xxi Figura A4.7 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 7)..................................187 Figura A4.8 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 1)..................................188 Figura A4.9 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 9)..................................189 Figura A4.10 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 10)..............................190 Figura A4.11 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 11)..............................191 Figura A4.12 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 12)..............................192 Figura A4.13 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 13)..............................193 Figura A4.14 – Croqui de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Av. Conde da Boa Vista (trecho 14)..............................194 1 Capítulo 1 1. INTRODUÇÃO 1.1 Importância do Tema Já dizia Washington Luiz nos idos de 1913: “Fazer boas estradas, para todo ano, que permitam o trânsito de automóveis, é um dever nesse momento de progresso”. Assim pensava, no início do século passado, o ex-presidente da República (1926/1930), Washington Luiz, numa época em que a estrada de ferro reinava soberana. Interessado em promover o desenvolvimento a partir de caminhos consistentes e seguros para a população, ao assumir a Presidência ele lançou a célebre frase: “Governar é abrir estradas”. Não é demais lembrar alguns conceitos básicos sobre estradas ou pavimentos. Segundo a ABNT-NBR 7207:1982, tem-se a seguinte definição: Pavimento é uma estrutura construída após terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu conjunto a resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego; melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança e resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento; Consideram-se tradicionalmente, duas categorias de pavimentos: o pavimento flexível e o pavimento rígido. O pavimento flexível típico é constituído por um revestimento asfáltico delgado sobre uma base granular ou de solo estabilizado granulometricamente (constituído por camadas que não trabalham sensivelmente à tração. O pavimento rígido típico é constituído por placas de concreto de cimento Portland, raramente armado, assentes sobre o solo de fundação (subleito) ou sobre a sub-base intermediária, sendo que a placa de concreto trabalha à tração. Eventualmente, quando a sub-base é também tratada com cimento Portland como é o caso do concreto 2 compactado a rolo, ou rolado (CCR), e o subleito é muito fraco, pode-se ter mais de uma sub-base que funciona mais como um reforço do subleito (Figura 1.1) 0,5 m 0,5 m base estabilizada granulometricamente 3,5 m 3,5 m concreto simples (fctM,k = 4,5 MPa) concreto rolado (fck,7 = 5,0 MPa) sub-base granular ou reforço de subleito subleito regularizado e compactado 0,5 m 2,0 m base estabilizada 21 cm granulometricamente ou estabilizada com 10 cm cimento 10 cm Dreno longitudinal Figura 1.1 – Seção Típica de Pavimento Rígido Rodoviário (modificado de ABCP, 2001) Em confronto com os pavimentos asfálticos, pode-se dizer que nos pavimentos de concreto o dimensionamento é comandado pela resistência do próprio concreto, ao passo que nos pavimentos flexíveis o dimensionamento é comandado pela capacidade de suporte do subleito e compartilhado proporcionalmente por todas as camadas. Quando se tem sob o revestimento betuminoso, uma base cimentada, o pavimento é dito semi-rígido. Considera-se o pavimento reforçado de concreto asfáltico sobre a placa de concreto como pavimento composto e também inverso, placas de concreto sobre revestimento asfáltico. O pavimento rígido tem como principal característica a elevada durabilidade e o baixo custo de manutenção. O exercício da gerência de pavimentos e a consciência cada vez maior de que o processo decisório deve levar em conta o custo total do transporte, incluída a manutenção e os custos do usuário, poderá tornar o pavimento de concreto a solução preferida em muitos casos (MEDINA, 1988). Estas denominações de rígido e flexível na realidade hoje são mais históricas, visto que todos os tipos de pavimento, dentro da análise de sistema em camadas feita utilizando os princípios da Mecânica dos Pavimentos, são dimensionados considerando pelo 3 menos dois critérios de ruptura: fadiga e deformação permanente. Os materiais tratados com cimento, cal, etc., bem como certos concretos asfálticos, resistem apreciavelmente à tração. Já os pavimentos de revestimento de peças pré-moldadas de concreto que trabalham por intertravamento, embora de concreto, funcionam como um pavimento flexível, sem fadiga das peças. A consideração simultânea de deformabilidade e resistência dos diferentes materiais permitem fazer uma caracterização melhor da rigidez ou flexibilidade dos pavimentos. No âmbito da pavimentação tradicional, distinguem-se pavimentos rígidos e pavimentos flexíveis pela forma de desempenho de cada um deles, sendo que, no primeiro caso, define-se a vida útil pela fadiga e, no segundo caso, pela deformação permanente. Porém, com o desenvolvimento da Mecânica dos Pavimentos e com a evolução dos métodos de acompanhamento do desempenho no campo, constata-se hoje que todos os pavimentos devem levar em conta todos os modos de ruptura indistintamente, sejam associados às cargas ou ao clima. Há uma tendência em distinguir os pavimentos conforme o tipo de revestimento, o que leva a denominações como pavimento de concreto de cimento portland ou pavimento asfáltico. Conceitualmente, todavia, os princípios da Mecânica dos Pavimentos se aplicam a ambas as estruturas, evidentemente respeitando a especificidade dos materiais envolvidos (MOTTA E RABELLO, 1994). O pavimento de concreto de cimento portland (que neste trabalho será referido apenas como pavimento de concreto) apresenta uma rigidez muito elevada na camada de revestimento em relação a do seu suporte, portanto, tende a distribuir a carga aplicada na superfície da placa por uma área extensa do terreno de fundação. Assim, a maior parte da capacidade estrutural é dada pela própria placa, sendo a resistência do concreto de fundamental importância no dimensionamento. Ao contrário do pavimento flexível, o dimensionamento de pavimentos de concreto foi, desde a sua origem, muito mais mecanístico, tendo em vista que soluções analíticas para o cálculo de tensões foram propostas para esta análise desde a década de 20, com os trabalhos de Harald Malcolm Westergaard. Mas, mesmo este tipo mais racional de 4 metodologia de projeto tem sido revisto nos últimos tempos, a partir dos desenvolvimentos tecnológicos e analíticos crescentes nas últimas décadas, tais como a consideração conjunta das cargas e da temperatura, possibilitadas por programas de cálculo automático (RUFINO, 1997). MEDINA (1988) no breve histórico da evolução da técnica de pavimentação no Brasil, aponta 1922 como o ano em que se deram as primeiras obras de pavimentos de concreto: a Estrada Rio – Teresópolis, a Estrada Itaipava – Teresópolis, a ligação Porto Alegre – São Leopoldo. As estradas ou os pavimentos não são estruturas de durabilidade infinita, se deterioram gradualmente ao longo dos anos, conforme a qualidade dos materiais empregados na sua construção, as cargas do tráfego e as influências ambientais. O envelhecimento dos pavimentos, aliado, muitas vezes, a um aumento das ações do tráfego além das expectativas, tendem a torná-los deteriorados ou inadequados ao nível de serviço para o qual foram projetados em alguns anos de vida. Para atingir uma capacidade satisfatória de desempenho e um prolongamento de sua vida útil, os pavimentos exigem reabilitações, passando por processos de restauração simples, reforço de sua estrutura, ou, ainda a combinação destas ações com melhoramentos referentes à drenagem e ao traçado geométrico da via, conforme as deficiências detectadas. Salienta-se que não estão sendo contemplados, neste trabalho, os aspectos relacionados à engenharia de trânsito, tal como a capacidade de escoamento de tráfego, sinalização e outros procedimentos que visam sua segurança, independente do tipo de pavimento. No Brasil, embora os pavimentos de concreto tenham precedido aos pavimentos betuminosos, os mesmos, representam menos de 3% de participação na Rede Viária Nacional pavimentada, advindo daí o maior interesse dos engenheiros rodoviários brasileiros pelos pavimentos flexíveis (VIEIRA FILHO, 1993). Por isso, algumas pessoas podem questionar a importância do estudo de um tipo de pavimento que é tão pouco utilizado no Brasil. Entretanto, tal pergunta pode ser respondida com outra: Por que não se utiliza este tipo de pavimento? Em parte é por razões históricas e 5 dificuldades construtivas, mas por outro lado, se deve a razões meramente políticas, tendo em vista que em nosso país não há uma continuidade administrativa, o que leva a soluções de curto prazo em detrimento de soluções de maior efetividade. Neste sentido, não se pretende aqui estabelecer que todas as estradas ou vias urbanas terão solução única de pavimento, pois, existem soluções distintas para solicitações diversas, condições diferenciadas de suporte e restrições econômicas e operacionais específicas. BASÍLIO e THOMAZ (1967) já chamavam a atenção para o fato de existirem, naquela época, pavimentos de concreto com vida útil superior a 25 ou 30 anos, reclamando reabilitação apenas parcial. Mas a prática seguida na correção de trincas ou desnivelamento de placas, com o emprego superficial de misturas betuminosas, não atendia a qualquer especificação técnica, constituindo-se numa tentativa de melhoria da superfície, sem correção das causas de tais defeitos. Nos pavimentos rígidos é bem mais freqüente a ocorrência de defeitos localizados, associados a causas específicas, como a degradação uniforme em todo trecho construído, decorrentes de deficiências de projeto ou de processo de fadiga do concreto, nas proximidades do final da vida útil do pavimento. Os defeitos mais comuns nos pavimentos rígidos estão normalmente associados ao emprego de técnicas executivas e materiais inadequados, aliados à ausência de uma manutenção rotineira requerida por esse tipo de estrutura; podem ocorrer com diferentes freqüências e graus de severidade, que tendem a se agravar com o decorrer do tempo (DNIT, 2005). As Normas DNIT 060/2004-PRO, DNIT 061/2004-TER e DNIT 062/2004-PRO listam a forma de inspeção de placas, a terminologia dos defeitos e o cálculo da avaliação objetiva dos pavimentos de concreto. Particularmente na cidade do Recife e no Estado de Pernambuco, a extensa malha viária pavimentada em concreto, com idade superior a 35 anos de serviço, submetida à tráfego progressivamente crescente, se constitui num universo representativo da durabilidade dessa solução como também da necessidade de conservação rotineira e de reabilitações periódicas. 6 1.2 Objetivo Este trabalho tem como objetivo expor o acompanhamento de recuperação estrutural de um pavimento urbano de concreto e análise dos materiais empregados em uma rua que é um corredor de transporte coletivo da cidade do Recife. Para o desenvolvimento deste trabalho foram realizados estudos bibliográficos e coletadas fichas de acompanhamento dos ensaios de controle que serão analisadas de forma a comparar o padrão construtivo utilizado com as análises mecanísticas possíveis de serem realizadas com estes dados. 1.3 Estrutura da Dissertação Este trabalho é composto de seis capítulos e quatro anexos, assim distribuídos: Capitulo 1 – Introdução. São apresentados alguns conceitos básicos sobre pavimento de concreto e a importância da reabilitação de pavimentos de concreto, e faz-se a contextualização do assunto desta dissertação, definindo-se o objetivo deste trabalho. Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica. É apresentada uma revisão bibliográfica, abrangendo os aspectos gerais que envolvem a utilização do Pavimento Rígido, como alternativa para a construção de rodovias e ruas como também enfocando reabilitação desses pavimentos rígidos e sua evolução ao longo do tempo. Capítulo 3 – Breve Histórico do Pavimento de Concreto. É apresentado um breve histórico do pavimento de concreto no mundo, no Brasil, em Pernambuco e especialmente em Recife. 7 Capítulo 4 – Trecho Estudado, Materiais e Métodos. São descritos o trecho e os materiais estudados neste trabalho específico além dos métodos de ensaios e de acompanhamento no campo. Capítulo 5 – Resultados e Análises. São apresentados os principais resultados, comparações com outros estudos e com especificações, além das análises numéricas e encaminham-se as conclusões. Capítulo 6 – Conclusões e Sugestões de Pesquisas Futuras. São apresentadas as conclusões e sugestões para o desenvolvimento de pesquisas futuras. Apresentam-se ainda quatro anexos com os seguintes conteúdos: ANEXO 1 – Fotos das Avenidas em Pavimento Rígido na Cidade do Recife. ANEXO 2 – Apresentam-se as fichas de alguns ensaios realizados ao longo da Avenida Conde da Boa Vista. ANEXO 3 – Apresentam-se as planilhas com os resultados de todos os ensaios de resistência à compressão realizados ao longo da Avenida Conde da Boa Vista. ANEXO 4 – Apresentam-se os Croquis de Localização dos Lotes na Concretagem das Placas de Pavimento da Avenida Conde da Boa Vista. 8 Capítulo 2 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. 2.1 Considerações Gerais e Históricas Concreto: em sua natureza básica é um material plástico que pode ser moldado, de maneira a adquirir a forma desejada, antes que desenvolva um processo de endurecimento, adquirindo resistência suficiente para resistir sozinho aos esforços que o solicitam (KAEFER, 1998). É um material de construção, compreendido como uma pedra artificial formada em conseqüência da junção de um ligante hidráulico com materiais pétreos. Pesquisas mostram que o uso do concreto é tão antigo quanto a própria civilização como passa a ser mostrado a seguir por um breve apanhado histórico. Um aglomerante simples com o nome genérico de cal é um produto da calcinação de rochas calcárias que possui características decorrentes do tipo de matéria-prima utilizada e do processamento adotado, apresentando diversos tipos. Se a rocha calcária for pura, sua calcinação produzirá conseqüentemente óxido de cálcio puro, no entanto a maioria das rochas calcárias naturais normalmente contém carbonato de cálcio e carbonato de magnésio o que modifica algumas propriedades da cal, embora a presença desses carbonatos não seja considerada propriamente impureza. Estima-se que, entre 9000 a.C e 7000 a.C, a cal já era utilizada, misturada com pedra para a construção de pisos, no conceito de concreto como hoje se conhece. Informam MALINWSKI e GARFINKEL (1991), que escavações na cidade de Jericó, região da Galiléia, mostraram a existência de pisos construídos em épocas remotas com material semelhante ao concreto atual, o que contesta o pioneirismo do uso da cal e da pozolana na obtenção do concreto atribuído aos gregos e romanos. ISAIA (2005) corrobora as afirmações acima, mas cita estudos de um reservatório construído em concreto para armazenamento de água erguido em Kamiros, na Ilha de Rodes na Grécia, possivelmente no ano 1000 a.C. Medidas atuais em laboratório 9 confirmaram a excelente qualidade desse concreto, atestando que os gregos já trabalhavam com conhecimento empírico da tecnologia do concreto há aproximadamente três mil anos. ISAIA (2005) cita ainda que: "... a dosagem dos materiais, constituídos de seixo, agregados calcários, médio e fino, terra vulcânica e cal como aglomerantes, foi mesclada em tal proporção que a curva granulométrica resultante quase se superpõe com a curva ideal proposta por Fuller, vinte séculos depois". Termina afirmando que ensaios atuais desse concreto de resistência à compressão levaram ao resultado de 13,5MPa, semelhante ao comumente usado em fundações conforme pode ser visto em VIEIRA FILHO (2007). Isaia (2005) também cita que, na era romana, o concreto era caracterizado pelo uso de uma argamassa de argila calcinada ou de uma argamassa resultante de pedras vulcânicas calcinadas juntamente com uma areia vulcânica reativa natural mais pedaços irregulares de pedra. Também eram utilizados nas faces externas das construções unindo blocos de pedras trabalhadas. Os romanos desenvolveram sua própria tecnologia, segundo a obra traduzida diretamente do latim de VITRUVIUS, por M. H. Morgan em 1960. Adotaram o nome de "concretus" para esse material, cuja palavra traduzida, quer dizer "fundido" ou "misturado". Os romanos tinham ao seu dispor: pedra, pozolana, areia e cal hidratada, e a partir desses materiais eram preparados concretos e argamassas que eram utilizados na construção de estruturas, levando em conta beleza, utilidade e requisitos de segurança. Os materiais reativos que formavam o concreto usado em edificações, de acordo com Vitruvius, não se confundiam com a pozolana tradicional, cuja origem é da cidade de Pozzuoli, próxima à Nápoles (Itália), e era usada com exclusividade nas obras que mantinham contato com a água ou em fundações de pontes. O cimento pozolânico que se conhece hoje já existia, gerado com a sílica ativa e a alumina das cinzas vulcânicas reagindo com a cal, explica NEVILLE (1997). Essas cinzas ou tufos vulcânicos eram produtos originários do Monte Vesúvio, situado na região de Pozzuoli, o que explica a designação de pozolana dada ao conjunto de materiais naturais ou artificiais que apresentam essas propriedades reativas, afirma 10 SOUZA COUTINHO (1973). Os romanos tinham adequado domínio do uso de concreto - massa, tijolos e pedras, não havendo nenhuma citação quanto ao emprego de armaduras de ferro, diz IDORN (1997). ISAIA (2005) cita que a pozolana esteve presente nas argamassas usadas para diversas construções, entre elas a Via Ápia, que é uma das principais estradas militares da antiga Roma (Figura 2.1). Esta estrada recebeu este nome em memória de Appius Claudius Caecus, que autorizou sua construção em 312 a.C.. Figura 2.1 – Um Trecho da Via Ápia (Via Appia). (http://pt.wikipedia.org/wiki/) O vasto Império Romano possuía cidades e fortificações, que eram ligadas por um eficiente sistema de estradas, diversas delas ainda podem ser vistas hoje. O dimensionamento de fundações do leito dessas estradas constitui-se uma verdadeira obra de mestre, porque eram sobrepostas camadas de resistência crescente a uma camada drenante de areia. De acordo com o tráfego previsto para a estrada, escolhia-se entre o material mais adequado: paralelepípedos ou concreto (Figura 2.2). 11 Figura 2.2 - Corte Transversal de uma Estrada Romana (KAEFER, 1998) 2.2 Concreto: Alternativa Para Pavimentação O pavimento rígido em sua definição clássica está constituído por uma placa de concreto de cimento Portland, que é, ao mesmo tempo, camada estrutural e superfície de rodagem e que tem, por sua vez, uma considerável rigidez à flexão. Por resistir significativamente à flexão, a rigidez é fator importante no dimensionamento da placa de concreto, tendo em vista uma distribuição de tensões mais uniformemente distribuída e, portanto, mais superficial (Figura 2.3), que lhe confere um melhor desempenho sobre bases frágeis (MESQUITA, 2001). Figura 2.3 - Placa de Concreto e exemplo da distribuição de tensões (MESQUITA, 2001) 2.3 Caracterização dos Pavimentos de Concreto O pavimento de concreto pode ser formado pelas seguintes camadas, conforme mostra a Figura 2.4: revestimento e base, sub-base e reforço de subleito, quando necessário assentes sobre o subleito. 12 REVESTIMENTO / BASE (PLACA DE CONCRETO) SUB-BASE SUBLEITO Figura 2.4 – Ilustração das Camadas Estruturais do Pavimento de Concreto A definição das camadas estruturais do pavimento de concreto (SENÇO, 1997) é a seguinte: 1. Revestimento e base: O revestimento é considerado a própria base e é constituído pela placa de concreto; 2. Sub-base: pode consistir de uma ou mais camadas de materiais, apropriadamente compactadas, é também uma camada complementar à placa de concreto. Deve ser constituída de material não erodível e com características de qualidade superiores à do material de reforço. 3. Reforço do subleito (quando necessário): é a camada de espessura constante transversalmente e variável longitudinalmente. É chamada também de camada intermediária entre o subleito e a sub-base, tendo a função de uniformizar a capacidade de suporte e diminuir eventualmente a espessura da sub-base. 4. Regularização do subleito: é uma camada irregular, construída sobre o subleito e destinada a conformá-lo de acordo com o projeto geométrico, serviço geralmente complementar a terraplenagem do leito da via, tem como função preparar a fundação para receber a estrutura do pavimento propriamente dita. 2.4 Construção de Pavimento de Concreto - Etapas O DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, os Departamentos Estaduais de Transporte e a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 13 publicam as normas e especificações técnicas mais difundidas e relevantes no setor rodoviário e que regem os serviços para pavimentação de concreto no Brasil. De acordo com BAPTISTA (1976) e PITTA (1998), as etapas de construção de um pavimento de concreto apresentam, resumidamente, a seguinte seqüência lógica: I. Etapa 1 - Preparo do subleito e reforço (quando necessário); II. Etapa 2 - Execução da sub-base; III. Etapa 3 - Execução da placa; IV. Etapa 4 - Texturização; V. Etapa 5 - Processo de cura; VI. Etapa 6 - Execução das juntas, corte e selagem; As descrições das etapas de execução seguirão uma estrutura padrão iniciando pela definição genérica da etapa, materiais e equipamentos necessários e método executivo. 2.4.1 Etapa 1 - Preparo do Subleito e Reforço (quando necessário) O terreno de fundação dos diversos tipos de pavimento é chamado de subleito. Apenas a camada superficial do terreno é considerada como subleito, já que as pressões exercidas com o aumento da profundidade são reduzidas a ponto de serem consideradas desprezíveis (SENÇO, 1997). Tanto a regularização, como o reforço (quando necessário) são constituintes da etapa de preparo do subleito, sendo a descrição de suas características mescladas nas seções a seguir. 2.4.1.1 Materiais No subleito de pavimento de concreto todos os tipos de solos são possíveis de serem utilizados, a não ser aquele que tenha índice de suporte Califórnia (ISC) igual ou inferior a 2% ou alta expansibilidade, e os que tenham blocos de pedras, pedaços de madeira, raízes ou outros materiais em estado de putrefação. Na fase de regularização do subleito estes materiais deverão ser removidos em uma profundidade de até 60 cm (PITTA, 1998). 14 2.4.1.2 Método Executivo As correções da camada superficial do subleito e acertos do leito resultante das operações de terraplenagem são consideradas operações de preparo da fundação. Quando o solo natural não puder ser utilizado, deverão ser substituídos por solo que atenda as especificações que fixem a composição granulométrica, os índices físicos, as condições de compactação e o valor mínimo de suporte (PITTA, 1998). Os solos deverão ser compactados em camadas onde se obtenha no mínimo, 95% da massa específica aparente máxima seca da energia normal de compactação, de acordo com a ABNT-NBR 7182:1986. Toda a vegetação e material orgânico existente no leito da rodovia deve ser removido de acordo com as normas técnicas. Após esta atividade, executar os cortes e/ou aterros necessários para atingir as cotas de projeto (greide), com a escarificação geral do material até uma profundidade de 0,20m, seguida de pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento. Quando porventura o leito for de rocha, deverá ser prevista a remoção do material até uma profundidade de 0,30m, com a substituição por material de camada drenante apropriada (DNER-ES 299/97). 2.4.2 Etapa 2 - Execução da Sub-Base A camada de sub-base é executada anteriormente à base e recomenda-se que a mesma seja de material melhor que o subleito. Nos projetos modernos de pavimentos de concreto, o uso de sub-base estável, de material não bombeável e homogêneo é uma necessidade para certas condições críticas de solos de subleito (PITTA, 1998). Os diversos tipos de materiais que podem ser utilizados para a sub-base de pavimentos de concreto são citados pelas normas ABNT-NBR 7583:1986, bem como as especificações do DNIT e do DAER/RS, e enquadram-se nas seguintes classes: granular, solo-asfalto, solo-cimento, Brita Graduada Tratada com Cimento – BGTC, Concreto Compactado com Rolo – CCR (concreto rolado), e concreto pobre. Levado em conta que este trabalho analisa soluções adotadas na Av. Conde da Boa Vista, a sub-base considerada para efeito de análise será a de Concreto Compactado 15 com Rolo - CCR, sendo objetivo deste estudo somente esta tipologia, seguindo as especificações descritas nas seções seguintes. 2.4.2.1 Materiais Os procedimentos que deverão ser adotados na execução de pavimentos de concreto com sub-base de concreto cimento de Portland compactado com rolo são apresentados na especificação técnica DNIT 056/2004-ES, sendo exigidas as seguintes características para os materiais utilizados. 2.4.2.1.1 Cimento Portland Uma definição simplificada para o cimento Portland é esta: é um aglomerante hidráulico constituído de uma mistura de clínquer Portland e gesso. Ou podemos dizer de uma maneira mais completa: O cimento Portland é um material pulverulento (passante na peneira 0,075mm), constituído de silicatos e aluminatos de cálcio, praticamente sem cal livre. Estes silicatos e aluminatos complexos, ao serem misturados com água, hidratam-se e produzem o endurecimento da massa, fornecendo elevada resistência mecânica. Nem sempre o cimento foi chamado Portland, no início o cimento era obtido a partir de reações entre calcário e argila xistosa durante combustão espontânea formando um depósito natural de compósitos de cimento. Na década de 70, geólogos israelenses caracterizaram estes depósitos. O cimento que os homens primeiramente fizeram uso foi chamado cimento natural. E esta é a definição para o cimento natural: mistura finamente moída de compósitos inorgânicos que quando combinados com água endurecem por hidratação (KAEFER, 1998). Por que a designação Cimento Portland? Credita-se a Joseph Aspdin (Inglaterra 1824) a invenção do cimento Portland, queimando calcário e argila, finamente moídos e misturados, a altas temperaturas, até que o gás carbônico (CO2) fosse retirado. O material obtido era então moído. Aspdin denomina este cimento como cimento Portland 16 em menção às jazidas de excelente pedra para construção existentes em Portland, Inglaterra. A definição moderna de cimento Portland não poderia ser aplicável ao produto que Aspdin patenteou. O cimento Portland hoje em dia é "feito a partir da queima a altas temperaturas - até a fusão incipiente do material - de uma mistura pré-definida de rocha calcária e argila, finamente moídas, resultando no clínquer. É duvidoso que o cimento produzido sob a patente de Aspdin de 1824 tenha sido queimado a uma temperatura suficiente para produzir clínquer e, além disso, sua patente não define as proporções dos ingredientes empregados. Desta forma, Aspdin não produziu cimento Portland como se conhece atualmente. Somente em 1860, começou a era do cimento Portland em sua composição moderna (KAEFER, 1998). O cimento Portland que deve ser utilizado nos serviços de pavimentação de concreto tem suas exigências definidas na especificação técnica do DNER-EM 036/95. Os tipos de cimento Portland mais usualmente utilizados em pavimentos de concreto são: cimento Portland comum (ABNT-NBR 5732:1991), cimento Portland de alta resistência inicial (ABNT-NBR 5733:1991), cimento Portland de alto forno (ABNT-NBR 5735:1991) e cimento Portland pozolânico (ABNT-NBR 5736:1991). A indústria brasileira de cimento fornece todos os tipos de cimento necessários à execução de pavimentos de concreto, e todos podem ser utilizados, devendo-se levar em conta as peculiaridades individuais de cada um (PITTA, 1998). O armazenamento do cimento a granel ou em sacos deverá atender as normas e especificações técnicas usuais de controle da qualidade, isto é, em locais sem umidade, sem agentes nocivos, com controle da data de recebimento, entre outros cuidados. 2.4.2.1.2 Agregados Graúdos O agregado graúdo pode ser definido como pedregulho, brita ou mistura de ambos provenientes de rochas estáveis, cujas partículas passam na peneira ABNT de abertura nominal de 152 mm e ficam retidas na peneira de malha igual a 4,8 mm. 17 Para a produção de concreto para pavimentação os agregados devem proporcionar características específicas, tais como: resistência à tração adequada; pequenas variações volumétricas; pequena suscetibilidade à fissuração; adequada resistência à fadiga e elevada durabilidade à ação do meio ambiente e à ação abrasiva do tráfego. Para o cumprimento pleno dessas exigências, fazem-se ensaios de caracterização tecnológica a partir das amostras extraídas das ocorrências de cascalheiras ou pedreiras. É importante na escolha de ocorrências para exploração, considerar tanto os aspectos geológicos quanto os aspectos petrográficos peculiares aos materiais rochosos ou granulares naturais para a produção de agregados para concreto de cimento Portland. Nos aspectos geológicos e petrográficos, deve-se considerar a influência da forma e textura do agregado na trabalhabilidade do concreto, e também a compatibilidade que os agregados devem apresentar com o cimento Portland. No caso de jazidas de areia e pedregulho, a sua origem pode estar ligada a solos residuais provenientes da decomposição de rochas, conseqüência de processos intempéricos ou conseqüência de solos transportados pelos diversos agentes naturais, neste caso para a maioria das regiões brasileiras há predominância dos solos transportados Particularizando para pedreiras, pode-se afirmar que a natureza petrográfica da rocha (origem) juntamente com o modo produtivo empregado para obter o material britado, são fortes indicadores para as características do agregado resultante, conseqüentemente haverá boa qualidade quando a matéria prima mineral for rocha ígnea intrusiva isotrópica, tais como o granito. As especificações técnicas DNER-EM 037/97 e DNEREM 038/97, bem como as exigências da norma ABNT-NBR 7211:2005 deverão ser atendidas pelos agregados graúdos. O agregado graúdo pode ser proveniente de pedregulhos naturais (seixos rolados) e da britagem de rochas não alteradas. A dimensão máxima do agregado graúdo para obras normais de concreto é de 50mm (MEHTA e MONTEIRO, 1994). No caso de concreto rolado, admite-se como dimensão máxima 32mm. Um dos ensaios que caracterizam a qualidade dos agregados graúdos é o ensaio de abrasão Los Angeles. Recomenda-se que os valores resultantes deste ensaio não 18 ultrapassem 55% segundo PITTA (1998) e ABNT-NBR 7583:1986. Já a especificação técnica do DNER-EM 037/97 cita que este valor deve ser inferior a 50%. 2.4.2.1.3 Agregados Miúdos Pode-se definir o agregado miúdo como sendo areia de origem natural ou resultante da britagem de rochas estáveis, cujas partículas passam na peneira ABNT de malha 4,8 mm e ficam retidas na peneira de malha 0,075 mm (ABCP, 2001). Os ensaios de caracterização tecnológica em amostras decorrentes da investigação das ocorrências de areais, cascalheiras ou pedreiras deverão ser realizados levando em conta cada tipo de agregado para que dessa forma sejam atingidos os objetivos. As ocorrências de areais deverão ser investigadas levando em consideração que essas ocorrências proporcionem baixos custos de transporte, escavação e beneficiamento além desses materiais serem adequados como agregado miúdo para concreto de pavimentação, de forma que possam levar a concretos econômicos e mais duráveis. As especificações técnicas DNER-EM 037/97 e DNER-EM 038/97, bem como as exigências da norma ABNT-NBR 7211:2005 deverão ser atendidas pelos agregados miúdos. O agregado miúdo pode ser proveniente de areia natural de quartzo, sendo a mais apropriada, mas também pode ser utilizada areia artificial resultante de rochas britadas e não alteradas. A dimensão máxima característica do agregado miúdo é de 4,8mm, não sendo admitidos grãos menores do que 0,075mm (MEHTA e MONTEIRO, 1994; PITTA, 1998; DNER-EM 038/97); 2.4.2.1.4 Água A água potável é, em geral, adequada ao emprego no concreto. Presume-se como em plena condição de utilização as águas tratadas destinadas ao abastecimento da população, porque a água a ser utilizada para amassamento e cura do concreto não deve conter substâncias que prejudiquem o processo de pega e endurecimento. 19 Porém a afirmação genérica de que "se a água é boa para beber, também será boa para o uso na fabricação do concreto" pode não ser verdadeira. Se em determinada água potável for detectada pequena quantidade de açúcar essa água continuará sendo potável, mas poderá ser insatisfatória para o uso na fabricação do concreto. Na Tabela 2.1, temse os limites admitidos para substâncias potencialmente deletérias na água. Tabela 2.1 – Limites de Substâncias Deletérias na Água a ser usada no concreto (ABCP, 2001) Limites de Substâncias Potencialmente Deletérias na Água Cloretos 500 ppm Sulfatos 100 ppm Álcalis (expresso em Na2O) < 0,6% da massa de cimento A água deve ser isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas, presumindo-se satisfatórias as águas potáveis e as que tenham pH entre 5,0 e 8,0. As demais características deverão ser cumpridas de acordo com a ABNT-NBR 7583:1986 e DNER-EM 034/97. 2.4.2.1.5 Concreto Deverá ser dosado em laboratório o concreto compactado com rolo (CCR). Deverá ser também determinada a umidade ótima para a máxima massa específica aparente seca da mistura, bem como a resistência à compressão exigida na especificação técnica DNIT 056/2004–ES. As características do concreto rolado são as seguir descritas: − desempenho do concreto: deverá ter resistência característica à compressão aos 7 dias de fck = 5,0MPa; − consumo de cimento: de 80 kg/m3 a 120 kg/m3; − dimensão dos agregados: a dimensão máxima do agregado no CCR não deverá passar de 1/3 da espessura da sub-base ou 50mm, obedecido o menor valor; − grau de compactação (GC): considerando a energia normal ou intermediária definida na dosagem, determinada pela ABNT–NBR 7182:1986, o GC deverá ser maior ou igual a 100%. 20 2.4.2.2 Equipamentos Para a execução da sub-base de concreto rolado a especificação técnica DNIT 056/2004–ES recomenda a utilização dos seguintes equipamentos: caminhão basculante ou dumpcrete, central de mistura (do tipo betoneira ou centrais fixas (pugmill), para dosagem, adição de água e homogeneização do material), equipamento mecânico para espalhamento do material (podendo ser do tipo vibroacabadora, distribuidora de agregado ou motoniveladora), rolos compressores autopropelidos (dos tipos liso e pneumático), placa vibratória, martelete pneumático para execução de eventual junta de construção, pequenas ferramentas complementares (como pás, enxadas, réguas). 2.4.2.3 Método Executivo As fases de execução para sub-base de concreto rolado são as seguintes (especificação técnica DNIT 056/2004–ES): mistura, transporte, espalhamento, compactação, cura e, finalmente, execução das juntas de construção. 2.4.3 Etapa 3 - Execução da Placa O tipo de equipamento que será utilizado para o espalhamento do concreto está intimamente ligado à execução da placa de concreto. Todas as outras definições para a implantação dos canteiros de obra dependem desta especificação. PITTA (1998) cita que a utilização de equipamentos de alto rendimento (pavimentadoras de formas deslizantes e centrais de concreto de grande capacidade de produção) é um recurso com grandes benefícios técnicos e econômicos que merecem especial atenção durante o processo de seleção de equipamentos no que concordam também DALIMIER e LUCO (1998). As especificações técnicas do DNIT e as normas técnicas da ABNT definem separadamente cada processo executivo, e as devidas correlações com os tipos dos equipamentos, inclusive equipamentos de pequeno porte. Existem diversos tipos de pavimentos de concreto, porém se discorrerá somente sobre tipo utilizado na obra da Av. Conde da Boa Vista, ou seja, o pavimento de concreto simples com barras de transferência, seguindo as especificações descritas a seguir. 21 2.4.3.1 Materiais As especificações técnicas e normas ABNT-NBR 7583:1986, DNIT 049/2004–ES, DNIT 048/2004-ES, DNIT 047/2004-ES e as considerações de PITTA (1998) são tomadas como referências principais para descrição dos materiais necessários para a execução das placas de concreto. 2.4.3.1.1 Concreto O pavimento de concreto é uma estrutura sujeita às ações mecânicas (relacionadas às cargas cíclicas) e ambientais (relacionadas às variações de temperatura e de umidade do ar e do subleito) de alta severidade; exige elevadas resistências à tração na flexão e à compressão simples. Também, o pavimento de concreto tem proporção entre área e volume muito grande e características peculiares de concretagem. Estas condições exigem um concreto de baixa plasticidade e com uma trabalhabilidade mínima, função direta do tipo de equipamento utilizado no espalhamento e vibração. A dosagem do concreto para pavimentos deve ser sempre através de método experimental em laboratório PITTA (1998), considerando os aspectos básicos de: alta resistência mecânica, baixa relação água/cimento, consumo mínimo de cimento, limitação da dimensão máxima do agregado, consistência seca do concreto, trabalhabilidade. As normas recomendam que as características do concreto do pavimento deverão atender aos seguintes requisitos: − Consumo de cimento mínimo de 320 kg/m3; − O desempenho do concreto deverá atender as especificações de projeto quanto às resistências à tração na flexão e à compressão simples. A resistência à tração na flexão será determinada em corpos-de-prova prismáticos, de acordo com as normas ABNT-NBR 5738:2003 e ABNT-NBR 12142:1994. A resistência à compressão simples será determinada em corpos de prova cilíndricos, de acordo com as normas ABNT-NBR 5738:2003 e ABNT-NBR 5739:2007. − O abatimento máximo deverá ser de acordo com a ABNT-NBR NM-67:1998, mas estará sujeito a especificação do equipamento de execução da placa. Nos concretos com abatimento menor que 20mm a consistência deverá ser 22 determinada pelo equipamento Consistômetro VeBe, devido à imprecisão do ensaio de abatimento do cone de Abrams para estes casos (DÍAZ, 1998); − A relação água/cimento deverá ser menor ou igual a 0,55; − A dimensão máxima do agregado não deverá exceder entre 1/4 a 1/5 da espessura da placa ou 50mm, obedecendo ao menor valor. 2.4.3.1.2 Cimento Portland Enquadram-se nas mesmas especificações descritas no item 2.4.2.1.1 – Materiais para sub-base – Cimento Portland. 2.4.3.1.3 Agregados Enquadram-se nas mesmas especificações descritas nos itens 2.4.2.1.2 – Materiais para sub-base – Agregados Graúdos e 2.4.2.1.3 – Materiais para sub-base – Agregados Miúdos. 2.4.3.1.4 Água Enquadra-se a água nas mesmas especificações descritas no item 2.4.2.1.4 – Materiais para sub-base – Água. 2.4.3.1.5 Aditivos Aditivo é "uma substância distinta da água, dos agregados e do cimento, que se usa como ingrediente em concretos e argamassas, adicionado durante a mistura", de acordo com o Comitê 212 do American Concrete Institute (ACI). Outra definição seria: toda substância não plenamente indispensável à finalidade ou composição do concreto, mas que quando nele colocada em pequenas quantidades, antes ou durante a mistura, gera ou reforça certas características do concreto, quer no estado plástico, quer no estado endurecido. Os aditivos podem ser classificados de acordo com os seus efeitos e distribuem-se em oito grupos (DNIT, 2005) a seguir discriminados: 23 I) Aceleradores de pega; II) Expansores; III) Retardadores de pega; IV) Redutores de água (plastificantes e superplastificantes); V) Impermeabilizantes; VI) Aceleradores de endurecimento; VII) Incorporadores de ar; VIII) Anticorrosivos, fungicidas, germicidas e inseticidas. No concreto para pavimento, os aditivos são de uso opcional, porém o uso de plastificantes ou redutores de água e incorporadores de ar, geralmente faz parte das especificações de projeto ou são requeridos pela obra devido às necessidades operacionais. Especificações técnicas, por exemplo, a do DNIT 048/2004-ES, citam que a dosagem deverá ser a recomendada pelos fabricantes dos aditivos, sendo função da temperatura ambiente e outros fatores intervenientes tais como tipo do cimento e agregados. Existe uma série de vantagens no uso de aditivos, entre elas o aumento da resistência mecânica, melhoria da trabalhabilidade, diminuição do tempo de pega, etc. (PITTA, 1998). 2.4.3.1.6 Fibras De acordo com o tipo de fibra adicionada ao concreto resultarão comportamentos diferentes e os dois principais tipos estão descritos a seguir: − Fibras de Aço: aumentam a ductilidade e a resistência à fadiga (Figuras 2.5 e 2.6); em pavimento usar o máximo de 35 kg / m³. − Fibras Plásticas (náilon, polipropileno- Figura 2.7): combatem a fissuração plástica, aumentam a resistência ao impacto. Dosagem: 0,3 a 1,8 kg / m³. 24 Figura 2.5 – Exemplo de Fibras de Aço para Concreto (ABCP, 2001) Figura 2.6 – Exemplo de Concreto após mistura com fibras de aço (ABCP, 2001) 25 Figura 2.7 – Exemplo de Fibras de Polipropileno usada para o concreto (ABCP, 2001) 2.4.3.1.7 Aço As recomendações da ABNT-NBR 7583:1986 e as exigências da ABNT-NBR 7480: 1996 deverão ser seguidas para os aços utilizados para as barras de transferência e barras de ligação, resumidas como segue: − Barras de transferência: aço liso e reto do tipo CA-25; − Barras de ligação: aço especial reto do tipo CA-50, admitindo-se o uso de CA25 de acordo com as características de cálculo do projeto. Utilizam-se telas soldadas, excepcionalmente, quando solicitadas em projeto, e estas deverão atender as exigências da ABNT-NBR 7481:1990. 2.4.3.1.8 Material Para Cura A cura tem como principal objetivo evitar a perda rápida de água para evitar a fissuração plástica e hidráulica e garantir a hidratação do cimento, e é fundamental para o bom desempenho do pavimento. De acordo com as especificações do DNIT 047/2004–ES, DNIT 048/2004-ES, DNIT 049/2004-ES, o processo de cura das placas de concreto pode ser efetuado utilizando os seguintes materiais: água, tecido de juta, cânhamo ou algodão, película plástica, lençol de papel betumado ou alcatroado, e 26 compostos químicos líquidos capazes de formar películas plásticas. Em situações críticas de insolação pode-se complementar a cura com coberturas móveis, de lona ou tecidos umedecidos (PITTA, 1998). 2.4.3.2 Equipamentos A norma ABNT-NBR 7583:1986, e as especificações DNIT 049/2004–ES, DNIT 048/2004-ES, DNIT 047/2004-ES, fazem recomendações sobre os equipamentos necessários para a execução das placas de concreto. Esta seção trata dessas recomendações, separando os equipamentos de produção de concreto, passando pelos equipamentos de transporte e espalhamento e concluindo com os equipamentos auxiliares. 2.4.3.2.1 Equipamentos Para Transporte do Concreto A ABNT-NBR 7583:1986 cita que o transporte do concreto deve ser realizado em caminhões do tipo dumpcrete, mas se o concreto tiver baixo abatimento (slump), poderão ser utilizados caminhões basculantes comuns. Para tanto, neste último caso, tem-se que garantir que o concreto não sofrerá nenhum tipo de segregação (PITTA 1998). 2.4.3.2.2 Equipamentos para Espalhamento, Adensamento e Acabamento do Concreto O tipo do equipamento de espalhamento utilizado define as características do concreto e os equipamentos complementares no processo de execução das placas de concreto. É o principal equipamento e, por isto, todo o planejamento executivo deverá estar baseado nas suas peculiaridades, tais como: produção horária de concreto aplicado, largura de operação, capacitação requerida de recursos humanos, caminhões, equipamentos complementares, e outros. O concreto deverá ter seu traço estudado para o equipamento escolhido, principalmente no aspecto trabalhabilidade, pois decorre disto a qualidade final do pavimento. 27 Pode-se classificar os equipamentos de execução de pavimentos de concreto em três tipos, segundo as especificações técnicas do DNIT, as normas da ABNT, e PITTA (1998), descritos a seguir: I. Equipamento de pequeno porte: os equipamentos de pequeno porte mais usuais no Brasil são as réguas e treliças vibratórias. Basicamente o processo de execução utiliza-se de: a) formas de contenção lateral para o concreto, podendo ser metálica ou de madeira, ou ainda mista; b) vibradores de imersão, usualmente de diâmetro maior que 50mm; c) régua ou treliça vibratória, com motor a gasolina e de deslocamento manual; d) régua acabadora de madeira. A produção de concreto destes equipamentos de pequeno porte (PITTA, 1998), varia em geral entre 300 e 400m2 por dia, equivalente a cerca de 50 a 55m3 diários de concreto. A mão-de-obra requerida para a concretagem gira em torno de 20 homens com funções diversas. É aplicável para pavimentos com até 22cm de espessura de concreto. A largura recomendada da faixa é de, no máximo, a largura equivalente a uma fileira de placas – 3,5m a 3,6m. As formas serão as guias das réguas ou das treliças e deverão permitir o seu perfeito rolamento. II. Equipamento sobre formas-trilho: é um equipamento de maior porte e produtividade que o anterior. As unidades que compõem os vários subsistemas deste equipamento constam na especificação técnica DNER-ES 326/97 conforme descrito a seguir: a) formas-trilho metálicas, para contenção do concreto fresco e simultaneamente como guia para a movimentação da unidade de adensamento, montada sobre rodas; b) distribuidora de concreto, regulável e com tração própria, possuindo vibradores de imersão, eixo rotor frontal, vibro-acabadora dotada de bitola ajustável e, finalmente, régua alisadora ou acabadora. Esta última pode ser do tipo diagonal ou não, tubular ou oscilante, e de bitola ajustável. A produção de 28 concreto deste conjunto é normalmente superior a 40m3 por hora, o que pode resultar em produção média diária de 2.000m2 ou mais (PITTA, 1998). A mão-de-obra requerida para a operação do equipamento e concretagem é, usualmente, de 15 a 18 homens. No que se refere à largura de operação, depende do tipo do equipamento, variando de 3,5m a 7,5m ou mais. Esta largura geralmente é ajustável à necessidade da obra; III. Equipamento de formas deslizantes: As características dos equipamentos de formas deslizantes estão discriminadas na especificação técnica DNIT 049/2004ES detalhando os acessórios disponíveis. PITTA (1998) argumenta que estas máquinas são de concepção complexa, com elevada capacidade de produção, por possuírem formas deslizantes. Reúnem em um só equipamento a unidade de recepção, distribuição, regularização, adensamento e a terminação superficial do concreto. Dispensa o emprego de formas fixas, visto que, acopladas às laterais do equipamento vibratório, dispõem de contenções metálicas para o concreto em execução, que deslizam em sintonia com a máquina. A estrutura é montada sobre chassi de esteira ou de rodas pneumáticas, havendo ainda um sistema de controle eletrônico de direção e nivelamento por “fio-guia”, sistema este que garante a qualidade do pavimento acabado. 2.4.3.3 Método Executivo Nas especificações técnicas do DNIT (049/2004-ES, 048/2004–ES, 047/2004-ES) , bem como na norma ABNT-NBR 7583:1986 e em PITTA (1998) está resumida a seqüência de execução de concretagem das placas de concreto da forma relatada a seguir, logicamente após a regularização do subleito e execução da sub-base, quando a obra estará preparada para receber a etapa de execução das placas de concreto: assentamento de formas e/ou trilhos e preparo para a concretagem, fixação das barras de transferência e de ligação, confecção e mistura do concreto, transporte, lançamento, espalhamento, adensamento, acabamento, controle de qualidade. 29 2.4.3.3.1 Assentamento de Formas e/ou Trilhos e Preparo Para a Concretagem Somente os equipamentos de pequeno porte e de formas-trilho são contemplados nesta seção. As formas e/ou trilhos deverão ser assentes de acordo com o alinhamento indicado no projeto, uniformemente apoiadas sobre a fundação, e fixadas através de pinos de aço à mesma. Obtém-se pavimentos com qualidade, através do correto alinhamento topográfico das formas, não sendo permitida, ao longo de toda a seção transversal, espessura inferior a de projeto (PITTA, 1998). Antes da concretagem, as formas deverão estar limpas e untadas com óleo, para facilitar a desmoldagem (ABNTNBR 7583:1986). As operações de desmoldagem das formas só poderão ser feitas após 12 horas do acabamento, segundo as especificações técnicas do DNIT ou quando houver certeza de estar o concreto em processo de cura. Inicia-se pela retirada dos pinos ou cravos e, em seguida, retira-se a forma. É absolutamente vedada a utilização de golpes, choques ou batidas com marreta ou outro instrumento parecido, fato que poderia levar ao esborcinamento das juntas. Quando se utilizam equipamentos de formas deslizantes, o serviço preliminar é a implantação do sistema de referência, visto que as formas já estão incorporadas no próprio equipamento. Este sistema é composto de hastes fixadas nos dois lados da máquina, espaçadas de 5,0m em 5,0m, na qual é esticado um cabo de aço que servirá de guia para os sensores colocados em quatro pontos do equipamento (dois de cada lado). GARZA (1998), reportando experiência em obras de pavimentação no México utilizando este equipamento, considera a correta aplicação deste sistema como um aspecto importante para garantir elevada qualidade durante a construção quando comparado com outras tecnologias. 2.4.3.3.2 Fixação das Barras de Transferência e de Ligação A seguir são descritas as maneiras de fixação, que são diferentes entre si, das barras de transferência e de ligação: 30 − Barras de Transferência: a colocação das barras de transferência pode ser executada de duas maneiras (ABNT-NBR 7583:1986; PITTA, 1998) como segue: a) previamente à concretagem: neste caso usam-se armações de apoio para as barras, o que permite o posicionamento correto na cota de projeto. Estas armações devem ser fixadas com grampos metálicos à fundação, de modo que permaneçam firmes e evitem deslocamentos durante as operações de concretagem. Esta operação é normalmente realizada quando se utiliza equipamento de pequeno porte e de formas-trilho; b) após a concretagem: nesta situação, é necessária a utilização de um dispositivo mecânico que empurra por vibração as barras no concreto já préadensado e requer, a seguir, a passagem sobre o local, de uma régua acabadora. Este dispositivo é encontrado em alguns equipamentos de formas deslizantes, denominado DBI (Dowel Bar Inserter). − Barras de Ligação: também existem duas maneiras para a colocação das barras de ligação: a) previamente à concretagem: procede-se à instalação das barras em furos existentes ao longo das próprias formas longitudinais, quando se executa metade da pista, ou através do uso de armações similares às utilizadas nas barras de transferência, quando se executa a pista inteira. Estas atividades são realizadas quando se utiliza equipamento de pequeno porte e de formas-trilho; b) durante a concretagem: as barras são colocadas nas bordas (quando se executa meia pista) ou no eixo da pista (quando se executa pista inteira), através de um dispositivo mecânico existente nos equipamentos de formas deslizantes, sendo esta atividade, realizada concomitantemente à execução das operações de concretagem (ABNT-NBR 7583:1986; PITTA, 1998). 2.4.3.3.3 Confecção e Mistura do Concreto O planejamento deverá definir qual o tipo de misturador de concreto que atenda o cronograma da obra e as características dos equipamentos de execução das placas. As especificações técnicas do DNIT especificam os erros máximos admitidos para os 31 diversos tipos de materiais, fator este importante na operação do equipamento misturador. Deve ser regulada a produção do concreto com o ritmo de aplicação do mesmo, garantindo continuidade no serviço (ABNT-NBR 7583:1986). 2.4.3.3.4 Transporte Dependendo das características da obra, o transporte poderá ser realizado com qualquer tipo de caminhão descrito anteriormente. Caminhões betoneiras normalmente são utilizados quando se utilizam equipamentos de pequeno porte e formas-trilho, e caminhões basculantes comuns ou dumpcrete quando são usados equipamentos de formas deslizantes. As especificações técnicas do DNIT e a norma ABNT-NBR 7583:1986 recomendam que se utilize o tipo de transporte que evite a segregação dos materiais componentes da mistura, para qualquer tipo de equipamento. 2.4.3.3.5 Lançamento Para equipamentos de pequeno porte, será preferencialmente lançado o concreto na lateral da faixa de concretagem para evitar o tráfego sobre a sub-base. Para equipamentos de formas-trilho e de formas deslizantes, é recomendado, segundo PITTA (1998), o lançamento com o caminhão de ré à frente da máquina. A especificação técnica DNIT 049/2004-ES condiciona que a sub-base tenha resistência suficiente para resistir ao tráfego destes caminhões sem danificá-la. 2.4.3.3.6 Espalhamento Para equipamentos de pequeno porte, o espalhamento do concreto deverá ser realizado com ferramentas manuais ou, eventualmente, com o auxílio de máquinas, de modo a garantir uma distribuição homogênea e atender a espessura da placa, evitando-se sempre a segregação do material. Não há necessidade de uso de ferramentas ou máquinas adicionais, para o equipamento de formas deslizantes, pois ele tem dispositivo de espalhamento na sua frente, podendo ser uma pá mecânica ou uma rosca sem-fim. Independente do processo de espalhamento, o concreto deve resultar em uma camada solta, contínua e homogênea, de altura constante, e que após as operações de 32 adensamento e acabamento, a espessura seja a prevista no projeto, dentro das tolerâncias admitidas (PITTA, 1998). As operações de adensamento e acabamento são descritas nas próximas seções. 2.4.3.3.7 Adensamento O adensamento do concreto deverá sempre ser realizado com vibradores de imersão, independente do tipo de equipamento utilizado, que tenham dimensões e freqüência condizentes com a espessura da placa. É necessário atingir o grau de densidade ou compactação adequado, devendo ser o mais elevado possível (PITTA, 1998). As especificações técnicas do DNIT recomendam a utilização de vibradores adicionais, quando se aplica concreto com equipamento de pequeno porte e formas-trilho. Já para equipamento de formas deslizantes, uma bateria de vibradores de alta freqüência incorporado à máquina garante a vibração adequada ao concreto. A norma ABNT-NBR 7583:1986 recomenda a vibração adicional nas laterais das formas e próximo às juntas, quando usados equipamentos de pequeno porte e formastrilho. Os equipamentos devem estar perfeitamente nivelados visto que nesta fase geralmente o concreto se posiciona o mais próximo possível do seu formato final. De acordo com as especificações DNIT 047/2004–ES e DNIT 048/2004–ES esta regularidade pode ser verificada utilizando-se uma régua de 3,0m de comprimento. 2.4.3.3.8 Acabamento A operação de acabamento, utilizando equipamento de pequeno porte, será processada após o adensamento, pela régua vibratória, em deslocamentos longitudinais. Nesta fase todas as depressões existentes deverão ser corrigidas, e se necessário, a régua vibratória deverá ser passada mais de uma vez. Cita- se que o equipamento de formas deslizantes executa esta operação quando desliza sobre o concreto, em uma operação conjunta com o espalhamento e adensamento (PITTA, 1998). A alimentação contínua de concreto no equipamento de formas deslizantes deverá manter a superfície homogênea no final da operação (DNIT 049/2004-ES). 33 2.4.3.3.9 Controle de Qualidade Todas as etapas de execução deverão ser controladas, para garantir a qualidade definida no projeto e nas especificações técnicas. PITTA (1998) cita ainda que cuidados adicionais devam ser tomados nos controles das resistências à tração na flexão e na compressão simples, feitas por corpos-de-prova, e da espessura do concreto. Os detalhes das características deste controle de qualidade são descritos nas normas ABNT-NBR 7680: 1983; ABNT-NBR 12142:1994; ABNT-NBR 5738:2003 e ABNT-NBR 5739:2007. 2.4.4 Etapa 4 – Texturização A operação de texturização da superfície, conforme PITTA (1998) é a última fase da execução de um pavimento de concreto. A superfície do pavimento acabada deverá ser plana e desempenada, mas sem, contudo, ser lisa. Esta operação visa deixar o pavimento com uma rugosidade superficial suficiente para garantir a segurança do tráfego de veículos através do atrito dos pneus. Através da texturização procura-se evitar também o fenômeno da aquaplanagem provendo a superfície com micro canais (microdrenagem). 2.4.4.1 Materiais Na operação de texturização de um pavimento somente serviços são realizados e esta atividade não utiliza materiais. 2.4.4.2 Equipamentos São utilizadas vassouras de piaçava como ferramenta de texturização da superfície acabada quando se executa pavimentos com equipamento de pequeno porte e formastrilho (PITTA, 1998). Isto é viável pela baixa produção de concreto e pela largura da faixa, que nestes casos geralmente é pequena e permite um vassouramento constante da superfície. 34 2.4.4.3 Método Executivo Para permitir melhor aderência entre a superfície e os pneus dos veículos normalmente os projetos prevêem a execução de uma superfície que tenha um mínimo de rugosidade. Utilizando-se a texturizadora mecânica, esta rugosidade poderá ser atingida, ou mesmo com vassouras que podem ser de piaçava, ou algum tipo de cerdas, inclusive metálicas. Deverá ser especificado em projeto a espessura e o formato das ranhuras a serem formadas. A operação de texturização deve ser iniciada logo que possível, após o término do acabamento da superfície conforme as especificações do DNIT. 2.4.5 Etapa 5 - Processo de Cura Dentro da etapa de execução do pavimento a cura do concreto é outra operação fundamental. PITTA (1998) discrimina a seguir as principais funções da cura de um concreto: − manter a temperatura razoavelmente uniforme ao longo da espessura da placa de concreto; − impedir a evaporação rápida da água de amassamento do concreto; − manter a temperatura do concreto próxima da temperatura ambiente. 2.4.5.1 Materiais No item 2.4.3.1.8 – Material para Cura: já foram detalhados os materiais para cura de concreto. 2.4.5.2 Equipamentos Quando se usa equipamento de pequeno porte ou com formas-trilho na execução de placas, recomenda-se a utilização de um aplicador de produto de cura, igual aos usados em pulverização na agricultura. PITTA (1998) recomenda que quando se executa pavimentos com equipamento de formas deslizantes, deve - se utilizar máquinas que texturizam e aplicam os produtos químicos de cura, sendo estas operações não simultâneas. 35 2.4.5.3 Método Executivo O concreto tem definido o período total de cura em 28 dias, compreendidos em dois períodos: a cura inicial de 72 horas após o acabamento final da superfície e a cura final, que vai das 72 horas até os 28 dias, conforme as especificações técnicas do DNIT e norma ABNT-NBR 7583:1986. Descreve-se a seguir esses períodos: − Cura inicial: deverá ser iniciada imediatamente após o acabamento final da superfície, isto é, após a operação de texturização. Será estendida por 72 horas e poderá ser efetuada com qualquer um dos materiais descritos no item 2.4.3.1.7, ou combinação apropriada destes, desde que se garanta uma proteção adequada à superfície do concreto. Deve-se tomar cuidado com as faces laterais expostas das placas, quando da retirada das formas ou quando da passagem da pavimentadora de formas deslizantes. − Cura final: deve-se manter o mesmo procedimento até o final da cura após o período inicial de 72 horas. Com os produtos químicos, que formam uma película plástica, normalmente não necessitam de nenhum outro cuidado adicional. Quando se utiliza água, deve-se manter a superfície permanentemente úmida. 2.4.6 Etapa 6 - Execução das Juntas - Corte e Selagem As juntas podem ser transversais ou longitudinais, conforme sua posição, e conforme a função podem ser de retração, de construção, de articulação e de expansão, o que têm implicações diretas no método executivo (PITTA, 1998), o que se descreve a seguir: − Juntas Transversais de Retração: devem ser retilíneas em toda a sua extensão e em toda a sua largura (ABNT-NBR 7583:1986). Devem também, ser perpendiculares ao eixo longitudinal do pavimento (SENÇO, 2001), salvo, em algumas situações particulares, e que deverão ser definidas em projeto. A função principal é de combater o aparecimento de fissuras devidas à retração volumétrica do concreto, em função da retração hidráulica que ocorre durante a passagem do estado elástico (concreto fresco) para o estado plástico (concreto 36 endurecido) segundo PITTA (1998). Para melhorar o comportamento estrutural e a durabilidade do pavimento estas juntas devem ser dotadas de um dispositivo de transferência artificial de carga (barras de transferência); − Juntas Longitudinais: são aquelas paralelas ao eixo da pista, igualmente retilíneas, e tendo como principal função combater as variações térmicas e higroscópicas do concreto (empenamento da placa de concreto pelas variações de tensões durante o dia e a noite) segundo PITTA (1998) e SENÇO (2001). Podem ser divididas em dois tipos: de construção e de seção enfraquecida, com ou sem barras de ligação. A junta “longitudinal de construção” é projetada quando se executa meia pista de cada vez (uma faixa de tráfego), e pode-se utilizar, para este caso, qualquer tipo de equipamento de espalhamento. Já a junta “longitudinal de seção enfraquecida” é projetada quando se executa a pista inteira (duas faixas de tráfego), e neste caso, o equipamento de espalhamento deve ser compatível com a largura da pista. Quando projetadas, as juntas serão dotadas de barras de ligação, conforme item 2.4.3.1.7 – aço; − Juntas de Expansão: tem por função controlar a movimentação longitudinal por dilatação do concreto em épocas de temperaturas elevadas, em locais e situações especiais, também são chamadas de juntas de dilatação (SENÇO, 2001). Entre as situações especiais, pode-se citar o encontro do pavimento com outras estruturas – por exemplo, pontes e viadutos (PITTA, 1998). Podem ou não ter barras de transferência, e neste caso vale as orientações já vistas nas juntas transversais de retração; − Juntas de Construção: podem ser divididas em dois tipos quanto à posição: transversais e longitudinais. As juntas transversais de construção são aquelas que encerram a jornada diária de trabalho, e deve-se executá-las tão logo o equipamento de espalhamento deixe o local da junta. As juntas longitudinais de construção coincidem, em tipos e espaçamentos, com as juntas longitudinais já tratadas anteriormente. 37 Esta junta pode ser de emergência ou planejada (PITTA, 1998). A junta é de emergência quando, por algum motivo imprevisto, – por exemplo: quebra de equipamentos, acidentes pessoais, chuvas, etc – a equipe é obrigada a paralisar a concretagem em local que não coincide com uma junta de retração (neste caso a junta fica localizada no interior da placa e esta fica com dimensão menor que a de projeto). A junta planejada ocorre quando coincide com uma junta transversal de retração definida em projeto. − De acordo com as especificações do DNIT e a norma ABNT-NBR 7583:1986 as juntas deverão estar de conformidade com as posições do projeto, não se admitindo desvios de alinhamento superiores a 5mm. Para o desempenho futuro dos pavimentos de concreto é fundamental a adequada execução das juntas nos mesmos, visto que são estes os pontos mais suscetíveis à ocorrência de defeitos posteriores (PITTA, 1998). 2.4.6.1 Materiais No item 2.4.3.1.7 – Aço - já estão definidos os diversos tipos de aços utilizados nas juntas. Selagem de juntas, sejam longitudinais ou transversais, moldadas ou serradas, é um procedimento aplicado ao pavimento de concreto que tem objetivos de impedir a infiltração de materiais sólidos, por exemplo, pequenos pedregulhos, areia ou outros corpos estranhos, e conter a infiltração de água. A infiltração de materiais sólidos prejudica a movimentação da junta, provocando o surgimento de trincas e o conseqüente esborcinamento da placa. A penetração de água nas juntas tem resultados nefastos caso a sub-base não seja devidamente projetada e executada. Também, mesmo sendo uma sub-base não bombeável, pode causar problemas visto que o movimento da água entre a sub-base e a placa de concreto pode erodir a sub-base, prejudicando o suporte e conseqüentemente o bom desempenho do pavimento, podendo prejudicar também os acostamentos. A partir daí podem surgir bombeamentos e afundamentos. 38 Algumas características os selantes devem apresentar, além das propriedades mecânicas e físico-químicas que lhe garantam resistência às situações que provocam defeitos e falhas, que garantam também resistência às solicitações e possam proporcionar uma vida de serviço mais longa possível. São as seguintes: elasticidade, coesão, resistência à fissuração, adesividade, fluidez e baixo período de cura. Quanto à natureza e ao tipo de aplicação o material utilizado como selante da junta pode ser classificado como: moldado a frio, moldado a quente ou pré-moldado, de produção industrial (PITTA, 1998; ABNT-NBR 7583:1986), os quais são definidos a seguir: − Selante Moldado a Frio: utiliza polímeros combinados com uretanos, silicones, resinas epóxicas, polimercaptanos e polissulfetos orgânicos como bases. É produto da mistura de um agente de cura com uma dessas bases, os quais em contato com os polímeros sofrem reação que dá origem ao selante propriamente dito. Estes tipos de selantes são produtos industrializados mono ou no máximo bicomponentes, e são aplicados à temperatura ambiente. − Selante Moldado a Quente: conhecidos como termoplásticos podem ser mástiques elásticos bi-componentes, associações de um líquido viscoso (exemplos: asfaltos de baixa penetração, emulsões, óleos não secativos) e um fíler (cimento portland, fibras de amianto, cal hidratada, areia fina, ou equivalente); − Selante Pré-Moldado: de acordo com DNIT (2005), é o que há de melhor em termos de material de selagem de juntas, tem maior vida de serviço, mas custa bem mais caro. São preferencialmente de poliuretanos, polietilenos, poliestirenos, cortiças ou borrachas sintéticas. Por terem característica de compressibilidade alta e alta elasticidade evitam a penetração de sólidos de maneira excelente. Um detalhe importante e até curioso é o roubo que acontece com esse tipo de selante quando não aderente. PITTA, 1998 e ABNT-NBR 7583:1986 recomendam que estes devam ser de fibras trabalhadas, cortiça, borracha esponjosa, poliestirenos e pinho sem nó, devidamente tratado. 39 2.4.6.2 Equipamentos Os equipamentos recomendados para os serviços de corte e selagem das juntas, conforme as especificações técnicas do DNIT (049/2004–ES, 048/2004–ES e 047/2004–ES) são os seguintes: − compressor de ar. − máquina de serrar juntas com disco diamantado com diâmetro e espessura apropriada com motor elétrico ou a explosão (diesel ou gasolina); − aplicador de selante. 2.4.6.3 Método Executivo Na especificação DNIT 047/2004-ES e em SENÇO (2001) diz-se que as juntas transversais de retração devam ser executadas com o concreto em fase final de pega, geralmente entre 8 e 12 horas após o acabamento da superfície, através de corte utilizando serra de disco diamantado, com espessura e profundidade definidas em projeto. Este é o processo mais comumente utilizado. Admite-se também moldar as juntas com a inserção ou introdução temporária de um perfil (metálico, plástico, madeira, etc.) que tenha o formato da junta pretendida. As juntas longitudinais, de construção são projetadas quando se executa pavimentos com metade da largura da pista. Neste caso, após a concretagem da segunda meia-pista, e quando o concreto já adquiriu resistência de projeto, faz-se o corte da junta utilizando serra com disco diamantado. Já as de seção enfraquecida somente são utilizadas quando o equipamento de espalhamento possibilitar a construção da pista inteira de uma só vez. PITTA (1998) e SENÇO (2001) recomendam para esta situação que o corte das juntas seja idêntico a junta transversal de retração. Deve-se iniciar à frente do ponto em que estiver sendo lançado o concreto, a instalação das juntas de expansão com ou sem barras de transferência (por exemplo próximo à estrutura de uma ponte), com antecedência suficiente, a fim de permitir o seu correto 40 posicionamento quando da concretagem. Utiliza-se na parte superior, um material compressível e elástico (selante) e em toda a sua superfície material de enchimento compressível para separar as duas estruturas de concreto. Todos os procedimentos descritos para juntas transversais de retração e longitudinais são aplicáveis às juntas de construção. Deve ser executada utilizando-se barras de transferência e formas auxiliares, independente de ser planejada ou de emergência PITTA (1998) e SENÇO (2001) definem que a “selagem das juntas” é a última operação desta etapa e tem como função principal a vedação quanto à penetração de sólidos ou de água através da junta. O material de selagem só poderá ser aplicado após a completa limpeza dos sulcos e estes não poderão estar úmidos, em conformidade com as especificações do DNIT 047/2004-ES e norma ABNT-NBR 7583:1986; compressores de ar podem ser utilizados para esta limpeza. A norma ABNT-NBR 7583:1986 instrui nos cuidados que devem ser tomados quando o selante for de aplicação à quente, para que a operação de aquecimento do produto seja controlada de modo a não prejudicar as suas características elásticas. 2.5 Pavimento de Concreto - Aplicações Típicas Os pavimentos de concreto têm sido amplamente utilizados nas estradas de primeira categoria e em vias urbanas de alto tráfego de muitos países. No Japão, Alemanha, Itália, Inglaterra e Bélgica, aproximadamente 50% das estradas são de concreto. Uma seção transversal típica de área urbana é a indicada na Figura 2.8 (PATRIOTA, 2004). Figura 2.8 - Seção Típica de Pavimentação Urbana – pavimento rígido com meio fio confinando a estrutura (PATRIOTA, 2004) 41 No Brasil, como de modo geral na América Latina, a construção de pavimentos de concreto, não teve um desenvolvimento harmônico; do entusiasmo inicial dos anos 1920-1950, se seguiu um estancamento relativo em 1960-1990, devido a várias circunstâncias como já comentado, com a predominância dos pavimentos asfálticos. Com base na análise do ciclo de vida útil dos pavimentos, o pavimento de concreto sempre apresenta economicamente melhor desempenho, porém, o principal fator restritivo à utilização do pavimento rígido, se deveu até o momento mais ao custo inicial de construção, do que a uma análise de custos de longo prazo. Nos últimos anos, se manifesta uma inversão nessa tendência, motivada por um aumento relativo do custo do asfalto e a crescente intervenção da iniciativa privada na rede rodoviária, através das concessões, que passam a considerar mais o custo total (ao longo de toda a vida útil do pavimento) segundo MESQUITA (2001). Os principais locais de uso preferencial de pavimentos de concreto tem sido segundo CARVALHO (2004) os seguintes: − Vias de tráfego intenso e canalizado: Rodovias federais, estaduais, concessões etc.; vias exclusivas de ônibus, Vias arteriais e perimetrais de grandes cidades. − Áreas sujeitas a derramamento de combustíveis: Postos de combustíveis, praças de pedágio, estacionamento de ônibus e caminhões. − Áreas de tráfego pesado: Portos, terminais de contêineres, terminais de ônibus. − Pisos industriais: Indústrias, montadoras. − Túneis, viadutos, pontes, alças de acesso, etc. 2.6 Tipos de Pavimentos de Concreto O pavimento à base de cimento é a alternativa cuja principal característica é a durabilidade, proporcionando grande economia, em função dos baixos custos de 42 manutenção. O pavimento de concreto ressurgiu, nos últimos anos, em países de características tão diversas como o Brasil, México, a África do Sul, a Espanha e a Índia. E por quê? Porque, basicamente, seu custo inicial tornou-se atraente diante das alterações da estrutura de preços dos derivados de petróleo, e do crescimento da conscientização de governos e contribuintes da necessidade vital que é aproveitar ao máximo a aplicação dos recursos públicos, buscando o maior benefício e o menor custo. O projeto de um pavimento de concreto é feito com métodos consagrados que buscam principalmente o desempenho ótimo estrutural. Entre eles usam-se o Método da Portland Cement Association (PCA) e o método dos elementos finitos. O objetivo é que as obras de pavimentação de concreto sejam duradouras, que sigam as especificações técnicas e cumpram a viabilidade econômica requerida (ABCP, 2003). 2.6.1 Principais Tipos de Pavimentos de Concreto e suas Utilizações 1. Concreto Simples. Constituído de concreto de cimento portland como camada de base e revestimento. Nesse tipo de pavimento apenas o concreto resiste aos esforços solicitantes, sem nenhum tipo de armadura, sendo dotado de juntas transversais e longitudinais. Principais aplicações: pátios de estacionamento e vias de tráfego relativamente baixo. 2. Concreto Simples com Barras de Transferência. Constituído de concreto de cimento portland como camada de base e revestimento. E apenas o concreto resiste aos esforços solicitantes com juntas transversais e longitudinais, sendo as transversais dotadas de barras de transferência de carga. Esta é a alternativa mais usada no mundo e no Brasil atualmente (Figura 2.9). Principais aplicações: grandes avenidas, corredores de ônibus, estradas de alto volume de tráfego. 43 4 a 6 metros Juntas transversais 3a4 metros Barras de transferência Junta longitudinal (1 pista e 2 faixas) 3a4 metros Barras de ligação na juntas longitudinais Figura 2.9 - Pavimento de Concreto Simples com Barras de Transferência nas Juntas Transversais. (VIEIRA FILHO, 2004) 3. Concreto Simples com Armadura Distribuída Descontínua, sem Função Estrutural. Constituído de concreto de cimento portland como camada de base e revestimento. Nesse tipo de pavimento apenas o concreto resiste aos esforços solicitantes, sendo dotado de armadura distribuída descontínua, sem função estrutural, com juntas transversais e longitudinais, sendo as transversais dotadas ou não de barras de transferência, em função do projeto. Principais aplicações: estradas marginais às principais. 4. Concreto Simples com Armadura Distribuída Contínua, sem Função Estrutural. Constituído de concreto de cimento portland como camada de base e revestimento. Nesse tipo de pavimento apenas o concreto resiste aos esforços solicitantes, sendo dotado de armadura distribuída contínua, sem função estrutural. Não existem juntas transversais de retração, apenas juntas longitudinais de articulação ou de construção. As taxas de ação utilizadas são elevadas, podendo chegar a 1% da seção transversal. Principais aplicações: marginais de rios, grandes avenidas, estradas de alto volume de tráfego. 5. Concreto Estruturalmente Armado. Constituído de concreto de cimento portland como camada de base e revestimento. Nesse tipo de pavimento a armadura tem função estrutural, ou seja, é ela que resiste aos esforços solicitantes. O pavimento é dotado de juntas transversais de retração e longitudinais de articulação ou construção, sendo as transversais com barras de 44 transferência, As espessuras de concreto são inferiores às calculadas para o concreto simples. Principais aplicações: pátios e rodovias de tráfego intenso e pesado. 6. Concreto Protendido. Constituído de concreto de cimento portland como camada de base e revestimento. Nesse tipo de pavimento a armadura tem função estrutural, conforme os critérios clássicos de cálculo de concreto protendido. O pavimento é dotado apenas de juntas especiais de construção, transversais e longitudinais. As espessuras de concreto são inferiores às calculadas para o concreto simples. Principais aplicações: pisos industriais de grande porte, pistas de pouso e de taxiamento, pátios de estacionamento de aeronaves de aeroportos importantes. 7. Whitetopping (WT) É a técnica de reabilitação de pavimentos com revestimento asfáltico (flexíveis, invertidos ou semi-rígidos) em que o pavimento de concreto é aplicado diretamente sobre estes, já degradados, com ou sem camadas de nivelamento, conforme os procedimentos clássicos de projeto e construção dos pavimentos rígidos. De modo geral não exige grande quantidade de serviços de reparação do pavimento asfáltico existente antes de sua colocação. Principais aplicações: em pavimento flexível com a superfície deteriorada, seja: em estradas, aeroportos, portos e grandes avenidas. 8. Whitetopping Ultradelgado (WTUD). Também chamado “Ultra-thin Whitetopping”, trata-se de revestimento de pavimentos asfálticos com concreto de cimento portland de espessura mínima inferior ao recomendado para o whitetopping (WT). Tem como principais características: espessura entre 5 e 10 cm, utiliza concreto de alta resistência e emprega fibras. Para uso do WTUD faz-se necessário aderência substancial entre o concreto e o concreto asfáltico e boa condição estrutural do pavimento existente. Principais aplicações: vias residenciais, vias coletoras de tráfego, vias com tráfego leve para médio que precise ser adaptada para crescimento das solicitações. 9. Concreto Rolado Ou Compactado com Rolo. O concreto rolado é uma mistura de agregados; cimento portland, água e, 45 eventualmente, aditivos, com consumo de cimento inferior ao do concreto convencional, de consistência seca e trabalhabilidade tal que permite que seja adensado por rolos compressores, resultando num produto compacto e de grande durabilidade. Principais aplicações: vias de circulação em baixa velocidade tais como rodovias vicinais, locais de armazenamento de produtos, locais de tráfego pesado e de baixa velocidade; sub-base para pavimentos de concreto; acostamentos. 10. Solo-Cimento. É a combinação de solo, cimento e água, cada um deles em quantidades definidas em laboratório por dosagem racional, resultando uma mistura homogênea, que, após compactada e curada, tem significativa resistência mecânica e elevada durabilidade. Principais aplicações: base e sub-base de pavimentos flexíveis e de peças pré-moldadas de concreto e sub-base de pavimentos de concreto. 11. Reciclagem de Pavimentos Flexíveis. A reciclagem de pavimentos flexíveis com cimento ou com cimento e emulsão asfáltica é prática mundialmente utilizada, com vantagens técnicas, econômicas e ambientais: minimiza mudanças de greide, preserva sarjetas e meios-fios, melhora a capacidade estrutural do pavimento, requer menores intervenções de concordância em encontros com pontes, viadutos e túneis, redundando tudo isso em menores custos de construção e conservação. Do ponto de vista ambiental, a reutilização de materiais diminui a exploração de novas fontes de matérias-primas, cumprindo a premissa básica da gestão ambiental - a redução na fonte - além de eliminar os custos de escavação, carga e transporte e economizar energia na fabricação. Principais aplicações: estradas e avenidas. 12. Pavimento Superposto de Concreto ("Overlay") O revestimento de concreto é também usado para recobrir antigos pavimentos desse mesmo tipo, sendo conhecida internacionalmente a solução como overlay de concreto. Pode ser empregado sob três formas: a. overlay aderido, quando a estrutura a ser recoberta está em bom estado físico e trata-se de apenas aumentar sua capacidade de carga, no caso de aumento de tráfego ou de peso dos veículos; 46 b. overlay semi-aderente, em que o pavimento existente está em mediano estado funcional e estrutural; e c. overlay não-aderente, nos casos de degradação acentuada do antigo pavimento de concreto. Principais aplicações: estradas e corredores de ônibus. 2.7 Reabilitação de Pavimento de Concreto Considerando Reabilitação como: "as atividades o trabalhos realizados com o objetivo de restaurar a condição estrutural ou funcional do pavimento, prolongando significativamente a sua vida de serviços" (CARVALHO, 2004), pode-se citar que a ABCP publicou em 1967 as "Especificações para Reparações em Pavimentos de Concreto" como também divulgou a tradução do Boletim HB-22 da Portland Cement Association - PCA sob o título "The Design and Construction of Concret Ressurfacing for old Pavements." Com base nestas especificações, segundo BASILIO e THOMAZ (1967) foram feitas reparações de pequena monta, na Av. Presidente Vargas no Rio de Janeiro. Reabilitação, no seu sentido mais amplo, diz respeito a otimização na aplicação de recursos públicos ou privados alocados à área, levando em conta que o envelhecimento dos pavimentos, implica em deterioração do mesmo requerendo ações corretivas (muitas vezes pequenas ações) que se aplicadas fornecem resultados surpreendentes no prolongamento à vida útil do pavimento. Portanto, a reabilitação de um pavimento, quando efetuada na época em que se detecta um defeito e de acordo com procedimentos adequados, influirá de maneira significativa no aumento da vida útil da estrutura, além de mantê-lo permanentemente em condições de tráfego confortável e seguro. As primeiras verificações funcionais dos pavimentos de concreto se restringiam à constatação visual dos defeitos superficiais da superfície, realizadas com base na experiência técnica dos engenheiros, visando o seu recobrimento com camadas do mesmo material ou com a utilização de material asfáltico. 47 COLOMBO e AUBERT (1979) se referem a um documento do ano de 1932 do Highway Research Board - HRB, contendo um capítulo referente ao "Simpósio sobre Recobrimentos de Pavimentos de Concreto" relativo ao emprego de camadas de concreto, com informes sobre o comportamento de diversos trechos executados, ressaltando-se o primeiro recapeamento efetuado, em 1909, utilizando-se espessuras de 3,8 a 7,6cm sobre pavimento rígido na cidade de Schenectad, do Estado de Nova York. Em 1975, o Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR do DNER, publicou a tradução do trabalho "Pavement Rehabilitation - Materials and Techniques", Nº 9 do Transportation Research Board - National Cooperative Higway Research Program (USA) de 1972, sob o título: "Reabilitação de Pavimentos - Materiais e Técnicas". Também no ano de 1975, foi publicado através do IPR o trabalho "Reparações de Pavimentos de Concreto" (VEIGA, 1975), abordando os principais danos que ocorrem em pavimentos de concreto, técnicas e métodos de reparações destes defeitos. CARVALHO (1982), também publicou trabalho detalhando métodos de recuperação desses pavimentos de concreto. O DNER contratou, a partir da década de 70, com empresas de consultoria nacionais, projetos de restauração de pavimentos rígidos, a exemplo das BRs 101 e 232, no estado de Pernambuco, que tiveram projetos elaborados pelas firmas CONGEPE LTDA e ASTEP S/A, seguindo metodologias previstas nos respectivos editais de concorrência. Já os projetos da BR 230/PB na Paraíba e da BR 101/PE - Contorno do Recife, foram contratados e elaborados, nos anos 80, através da Consultora Maia Melo Engenharia Ltda. Objetivando o desenvolvimento de pesquisas relativas à pavimentação de concreto, o DNER firmou convênio com a Universidade Federal de Pernambuco UFPE, em 1987 (VIEIRA FILHO, 1993). O DNER adotou o Sistema Gerencial de Pavimentos, nos anos 1980 e visando sua ampliação e aperfeiçoamento, a sua Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico (IPR), firmou em 1989 um Convênio Internacional de Cooperação Técnica com os EUA, com a Federal Highway Administration - FHWA e com a AASHTO, através do chamado 48 SHRP (Strategic Highway Research Program), abrangendo amplo programa de pesquisas (GONTIJO, 1991). Em 1989, foi feita a publicação pelo IPR do Manual de Pavimentos Rígidos, contendo as normas DNER 48, 49 e 50, referentes à Inspeção, Tipos de Defeitos e Avaliação Objetiva de Pavimentos Rígidos, que abrangem, além da nomenclatura, definição e caracterização de defeitos, o cálculo do Índice de Condição do Pavimento - ICP, estabelecido de acordo com a metodologia do CERL. Já neste século, o Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR – apresentou em 2005, à comunidade rodoviária a revisão do Manual de Pavimentos Rígidos, dos Volumes I, II e III do homônimo Manual do DNER de 1989. (DNIT, 2005). O Manual 2005 foi integralmente reformulado não só para aperfeiçoar metodologias, como também incluir novas tecnologias que estão sendo adotadas na pavimentação rígida no Brasil, tais como "Whitetopping” e o pavimento estruturalmente armado. Os principais fatores associados aos problemas de Manutenção / Reabilitação de pavimentos, em geral, são, segundo PATRIOTA (2004) os seguintes: A. Fonte de recursos insuficientes; B. Objetivos contraditórios e de prioridade; C. Priorização inadequada das atividades; D. Ausência ou insuficiência de planejamento da manutenção viária; E. Entendimento inadequado das alternativas técnicas para realização de intervenções de manutenção; F. Sucateamento e não renovação do corpo técnico especializado; G. Baixa produtividade das operações de manutenção; H. Ausência de monitoração das redes pavimentadas; I. Não avaliação do desempenho das estruturas do pavimento. 49 Capítulo 3 3 BREVE HISTÓRICO DO PAVIMENTO DE CONCRETO 3.1 Pavimento de Concreto no Mundo A utilização do pavimento de concreto como alternativa para a pavimentação de vias urbanas ou estradas, não é uma solução nova. Os primeiros pavimentos de concreto de que se tem notícia datam de mais de um século. Como já comentado, o primeiro pavimento de concreto foi construído na Court Avenue, em Bellefontaine, Ohio, (Figura 3.1a), em 1893 por George Bartholomew, um farmacêutico (Figura 3.1b). Ele propôs à municipalidade construir o pavimento às suas expensas e receber o pagamento somente após um período de prova da qualidade da solução, por cinco anos sendo bem sucedido e, sem saber, dando partida ao estabelecimento de uma técnica hoje consagrada (ABCP, 2001). (a) Court Avenue (b) George Bartholomew Figura 3.1 – Primeira pavimentação de concreto moderno e seu idealizador e realizador (ABCP, 2001) Até esse período do final do século 19, as estradas eram construídas em tijolo, pedra ou solo. Após a experiência de George Bartholomew, estabeleceu-se a estratégia de só uma parte da rodovia ser pavimentada em concreto. As autoridades americanas não deram 50 muito crédito à nova idéia, achavam que o concreto iria fissurar, e exigiam a garantia que o pavimento de concreto durasse no mínimo 5 anos. Durou mais que isso. A carroça começava a ceder lugar aos veículos motorizados, simultaneamente também a indústria de cimento mudava, e criou-se uma associação em Chicago, que cresceu e tornou-se uma entidade que dominava o setor: 1916 é o ano do início da Portland Cement Association – PCA (Associação de Cimento Portland), mesmo ano de vigência da Lei da Via Expressa Federal. Para colocar em evidencia a pavimentação de concreto a PCA lançou uma campanha nacional: escolhia estradas sem pavimentação do país e pavimentavam-se dois quilômetros, pagando bons salários aos trabalhadores. Houve um anúncio publicado no Saturday Evening Post, que ganhou notoriedade porque dizia que a rua de concreto era perfeita para crianças irem à escola. Assim estava escrito: "Avenidas tão lisas que crianças podem patinar, tão fortes que nenhum caminhão a rachará, tão duráveis que anos de tráfego não a desgastará. São imunes à umidade, ao calor, ao frio ou à geada e a manutenção custa pouco". Não demorou muito para os engenheiros passarem a produzir melhor a pavimentação em concreto. A produção de concreto era limitada pelo peso e tamanho dos misturadores que eram puxados por cavalos ou burros, até que surgiram os misturadores tipo tambores rotativos movidos a vapor, em 1916. Em 1920, foi levado aos canteiros de obra um novo tipo de misturador movido a gasolina. A partir daí surgiram outros tipos de misturadores, até se chegar ao caminhão betoneira que entrega o concreto pronto com as características técnicas previamente estabelecidas. Era usado concreto de cimento e também concreto asfáltico (ABCP, 2001). Depois da Court Avenue vieram as seguintes obras (CARVALHO, 2004): − Front Street, Chicago, Illinois - construído em 1905, durou 60 anos. − Woodward Avenue, Detroit, Michigan – primeira milha construída em 1909. − Pine Bluff, Arkansas – construído em 1913, com 38,5 km de comprimento; conhecido como "The Dollarway", permitia velocidade de até 72 km/h, é preservado como "Monumento Histórico". 51 − Primeira pista em aeroporto, construída em Dearborn, Michigan (1928). − Segunda pista em aeroporto, construída em Lunken Field, Cincinatti (1929). Na América Latina as primeiras experiências datam dos fins das décadas de 1920-30 na Argentina e no México; nesses países, tem-se informação que estradas de concreto tem subsistido por mais de 60 anos sem nenhuma reabilitação importante. 3.2 Pavimento de Concreto no Brasil No Brasil as primeiras pavimentações em concreto foram do início do século XX, mas a partir dos anos 1950, a pavimentação asfáltica tornou-se francamente predominante por várias razões: desde a implantação da PETROBRÁS, a criação de Brasília e as grandes obras de barragens e outras urbanizações que consumiam o cimento portland produzido até as técnicas mais “artesanais” da aplicação do concreto de cimento em pavimentação em relação ao maquinário próprio da pavimentação asfáltica, mais produtiva e que podia ser feita em espessuras iniciais menores. Analisando-se a atual estrutura física da malha rodoviária pavimentada brasileira, constata-se o predomínio absoluto da pavimentação asfáltica (pavimento flexível), fruto principalmente da premissa de que pavimentos de preços iniciais menores seriam os mais viáveis, e ainda que os preços do seu componente mais nobre, o asfalto, se manteriam estáveis. Essas premissas acabaram não se confirmando, devido principalmente às sucessivas crises econômicas, que tornaram os recursos públicos para investimentos em infraestrutura cada vez mais escassos. Aliado a isso, diversos fatores externos ligados aos principais países produtores de petróleo, tais como a criação da OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo) em 1960 que estabeleceu cotas para a produção de petróleo para países membros, resultou em elevação substancial do preço, face à demanda. Considerando, ainda, os sucessivos conflitos no Oriente Médio, tais como a questão político - religiosa no Irã em 1978, a prolongada guerra por questões territoriais entre Irã e Iraque em 1980, a Guerra do Golfo em 1990, que associados à insuficiente 52 produção interna de petróleo, acabaram elevando os preços do petróleo a níveis nunca imaginados: a chamada Crise do Petróleo das décadas de 1970-1980. O Brasil pagava, em 1973, US$ 3,86 pelo barril de petróleo, chegando a US$ 21,50 em 1979 e retrocedendo para US$ 9,12 em dezembro 1998. Em outubro de 2000 esse preço evoluiu para um patamar elevado, em torno de US$ 36,50, estabelecendo um novo recorde. No Brasil, no final dos anos 1990, os fatores econômicos que mais afetaram o preço do asfalto foram, respectivamente, a elevada volatilidade dos preços internacionais do petróleo e a progressiva variação cambial Dólar / Real. Mesmo com um substancial crescimento na produção de petróleo da década anterior, supria-se cerca de 75% do consumo interno de combustíveis, e a importação de derivados de petróleo continuava exercendo um grande peso na balança comercial (MESQUITA, 2001). Neste ano de 2008 o Brasil é auto-suficiente em produção de petróleo, mas os preços internacionais chegaram ao patamar inimaginável a pouco tempo de US$ 140,00 dólares o barril, elevando o preço do asfalto a valores da ordem de R$ 1.000,00 a tonelada, com grandes reflexos no preço do quilômetro de pavimentação. Isto se reflete no momento em uma comparação a mais favorável das últimas décadas entre o custo inicial do pavimento de concreto e o custo inicial do pavimento asfáltico. Por exemplo, consultando os custos gerenciais do DNIT atuais, em meados de 2008, (www.dnit.gov.br) vê-se que está considerado: − Pavimento de concreto CP (pista simples): mínimo de R$ 1.770.000,00/km para placa CCP de 18cm de espessura na pista e no acostamento e máximo de R$ 2.655.000,00 para placa CCP de 24cm na pista e no acostamento; − Implantação pista simples de revestimento asfáltico: mínimo de R$ 1.398.000,00/km para tratamento superficial duplo (TSD) na pista e no acostamento e máximo de R$ 2.124.000,00 para CBUQ de 11cm de espessura na pista e 6cm no acostamento. Assim, no momento, está favorável ao cimento, aparentemente numa análise simplista, a construção de pavimentos de concreto onde o volume e a agressividade do tráfego justifiquem. Há também razões técnicas como o tráfego canalizado dos corredores de ônibus, como aplicação típica de concreto de cimento portland em geral. 53 A revisão da literatura sobre esta decisão entre pavimento de concreto cimento versus concreto asfáltico fica limitada a poucos estudos desenvolvidos no País, em épocas de outras tecnologias, considerando o longo período em que houve a predominância absoluta do pavimento asfáltico no Brasil e que as condições de mercado eram diferentes. Sugere-se a criação de um banco de dados dos empreendimentos rodoviários, de construção em pavimento rígido, para subsidiar estudos futuros. No livro "A Memória da Pavimentação no Brasil", PREGO (2001) informa que já em 1925, o governo de São Paulo concluía, no antigo Caminho do Mar, o pavimento rodoviário de concreto da Rodovia Santos - São Paulo, na travessia da Serra do Mar, como também relata que em Porto Alegre (RS) em 1927, foi construída uma primeira avenida no perímetro urbano em pavimento de concreto, a Osvaldo Aranha. Fazendo parte da história do Pavimento de Concreto no Brasil, podem ser citadas as seguintes obras, (ABCP (2003; e VIEIRA FILHO; 1993): − Anos 1930: Trecho Sucupira – Vila Militar Floriano Peixoto, Recife-PE, BR101, antiga BR - 11 (1935); Avenida Estrada de Belém em Recife – PE (1935). − Anos 1940: Aeroportos no Nordeste, Aeroporto Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP), Av. Barão de Souza Leão (PE), Av. Edson Passos (RJ), Rodovias Anchieta e Anhangüera (SP). − Anos 1950: Vias Urbanas no Rio de Janeiro, Estradas em Pernambuco e Paraíba, e a Avenida Boa Viagem em Recife–PE (Figura 3.2 – foto do autor do presente trabalho). − Anos 1960: Rodovias Rio-Petrópolis (RJ) e Rio-Teresópolis (RJ), vias Urbanas em Porto Alegre (RS). − Anos 1970: Interligação Anchieta - Imigrantes (SP); Rodovia dos Imigrantes (SP); Rodovia Sapucaia-Gravataí (RS); Aeroporto do Galeão (RJ); Via Expressa Belo Horizonte (MG). − Anos 1980: Serra do Rio do Rastro (Rodovia SC - 438) (Figura 3.3–foto do autor do presente trabalho). − Anos 2000: Avenida 3ª Perimetral-Porto Alegre (RS); Rodovia MT 130 (MT); Marginais da Castello Branco (SP); Duplicação da Rodovia BR 232-PE; Rodoanel Metropolitano (SP). 54 Figura 3.2 – Avenida Boa Viagem, estado após mais de 50 anos da construção. (Foto do autor-Julho / 2008). Figura 3.3 - Rodovia SC-438 - Serra do Rio do Rastro - Santa Catarina (Foto do autor-Agosto / 2007) 55 3.3 Pavimento de Concreto em Pernambuco. Os primeiros pavimentos de concreto no Estado de Pernambuco, foram construídos em 1935, no trecho Sucupira-Vila Militar Floriano Peixoto, na Rodovia BR-11, hoje BR101, e na Estrada de Belém em Recife. Em 1945, foi construída a Av. Barão de Souza Leão, que liga o Aeroporto dos Guararapes ao bairro de Boa Viagem. No período de 1945 a 1976, intensificou-se a construção de pavimentos rígidos, no Estado de Pernambuco e no Recife, destacando-se as rodovias federais BR-101, BR-408 e BR-232, as Rodovias Estaduais PE-45, PE-60 e PE-126 e os principais corredores de tráfego urbano no Recife, entre eles as avenidas: Governador Agamenon Magalhães, Caxangá, Norte, Sul e Recife, VIEIRA FILHO (1993). Em 2001, foi executada em concreto, a duplicação da BR-232, trecho Recife-Caruaru. 3.4 Pavimento de Concreto no Recife. Vem da década de 30 os registros de que o Recife convive bem com ruas e avenidas pavimentadas em concreto com conforto e segurança. O pavimento de concreto, além da durabilidade e baixo custo de manutenção, apresenta singularidade ecológica: as placas transmitem menos o calor em relação ao pavimento asfáltico, gasta-se menos combustíveis, e poupa-se energia elétrica na iluminação publica, sendo também favorável ao escoamento das águas das chuvas. A Avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife foi pavimentada em concreto, no período administrativo do prefeito Pelópidas Silveira (1955 / 1959). A utilização do pavimento de concreto foi feita a partir de um planejamento focado na modernização do traçado urbano, propiciando à cidade avenidas largas, que atendessem a um fluxo maior de veículos, além de descongestionar o trânsito (ABCP, 2004). Na gestão de 1960/1962 o processo de organização e modernização das vias urbanas do Recife teve continuidade com o prefeito Miguel Arraes que implantou a pavimentação em concreto das Avenidas Sul e Boa Viagem, esses pavimentos permanecem na sua totalidade, em perfeitas condições de uso, quase cinco décadas depois de implantadas. 56 As Avenidas Caxangá, Engenheiro Abdias de Carvalho, Engenheiro Antonio de Góes e Engenheiro José Estelita foram construídas nas administrações do prefeito Augusto da Silva Lucena (1964 a 1969 e 1971 a 1974). Nas duas fases, o pavimento de concreto se fez presente e ainda hoje se apresentam em ótimas condições de uso, não obstante o tráfego intenso e a baixíssima manutenção. Em defesa à definição correta dos investimentos e dando prosseguimento à filosofia adotada e comprovadamente aprovada, outros Corredores de Tráfego de grande importância como as Avenidas Recife e Governador Agamenon Magalhães - duas das principais vias de interligação da cidade - foram construídas na administração do prefeito Antonio Farias (1975 / 1979). Atestando a opção correta, os principais corredores de tráfego do Recife, implantados nas zonas norte, sul e oeste permanecem em boas condições de tráfego há décadas, proporcionando maior fluidez ao trânsito. Era de 1.196.490,00 metros quadrados, a área pavimentada em concreto no Recife em 1978. Em 2004 essa área perfazia 1.524.847,00m² (um milhão quinhentos e vinte e quatro mil oitocentos e quarenta e sete metros quadrados) conforme está indicado na Tabela 3.1, pelo acréscimo de mais 77 mil metros quadrados referentes à pavimentação de trecho da 2ª Perimetral, com extensão de 8 quilômetros, e cerca de 3 quilômetros de outras vias. No Recife, a opção pelo pavimento de concreto não se fez apenas para áreas de grande número de veículos e algumas avenidas de tráfego menos intenso que apresentavam problemas de solo com pouca capacidade de carga foram contempladas, tais como as Avenidas Hidelbrando Vasconcelos, no bairro de Dois Unidos (Zona Norte da Cidade) e Maria Irene, no bairro do Jordão (Zona Sul da Cidade). Não podemos deixar de citar Avenidas de tráfego intenso como a Marechal Mascarenhas de Morais, Norte, Engenheiro José Estelita, Recife, Boa Viagem e Martin Luther King, onde o pavimento de concreto também foi aplicado. Na Figura 3.4 estão representadas as diversas vias em pavimento de concreto na cidade do Recife que estão relacionadas na Tabela 3.1. A Avenida Conde da Boa Vista, será alvo de maiores detalhes, no capítulo 4 visto que foi restaurada recentemente e por isto foi objeto de estudo do presente trabalho. 57 Tabela 3.1 - Avenidas em Pavimento de Concreto na Cidade do Recife. Fonte: (ABCP, 2004) Nº AVENIDAS Abdias de Carvalho Compr. (m) 3.824 Largura (m) 30 01 02 Acadêmico Hélio Ramos 1.122 10 11.220 Agamenon Magalhães (Av. Norte/Tacaruna) 1.631 30 48.930 Agamenon Magalhães (Parque Amorim-trecho 1) 1.000 44 44.000 Agamenon Magalhães (Parque Amorim-trecho 2) 605 30 18.150 04 Antonio de Góes 978 21 20.538 05 Barão de Souza Leão 1.800 9 16.200 06 Boa Viagem 8.332 23 191.636 Cais de Santa Rita (trecho 1) 568 22 12.496 Cais de Santa Rita (trecho 2) 160 30 4.800 Caxangá (trecho 1) 800 20 16.000 Caxangá (trecho 2) 5.093 34 173.162 Conde da Boa Vista 1.662 18 29.916 Engenheiro José Estelita (trecho 1) 1.408 28 39.424 Engenheiro José Estelita (trecho 2) 215 17 3.655 11 Estrada dos Remédios 1.774 20 35.480 12 Hidelbrando de Vasconcelos 3.298 7 23.086 Marechal Mascarenhas de Moraes (trecho 1) 1.775 28 49.700 Marechal Mascarenhas de Moraes (trecho 2) 5.259 30 157.770 14 Maria Irene 2.142 14 29.988 15 Martin Luther King 1.190 17 20.230 Norte (trecho 1) 7.166 16 114.656 Norte (trecho 2) 1.433 14 20.062 17 Professor Artur de Sá 952 14 13.328 18 Professor Luiz Freire 1.530 7 10.710 Recife (trecho 1) 2.198 34 74.732 Recife (trecho 2) 5.712 26 148.512 20 Subida do Ibura 510 7 3.570 21 Sul 2.792 28 78.176 03 07 08 09 10 13 16 19 TOTAL - Área (m²) 114.720 1.524.847 58 Figura 3.4 – Vias em Pavimento de Concreto na Cidade do Recife (indicadas em vermelho) (ABCP, 2004) 59 Capítulo 4 4 TRECHO ESTUDADO, MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Trecho Estudado O presente estudo trata do acompanhamento da recuperação estrutural de um pavimento urbano de concreto e da análise dos materiais empregados. O trecho em estudo é a Avenida Conde da Boa Vista (Figura 4.1) que está situado entre a Rua Dom Bosco e a Rua da Aurora em Recife – PE. Tem uma extensão de 1.662m, com largura total de rolamento de 18m, para tráfego nos dois sentidos. Cada faixa de tráfego, com 9m de largura, é composta de duas placas de 3,33m e uma de 2m, situada nas bordas junto à linha d'água que tem aproximadamente 0,34m, e o comprimento das placas é em geral de 6m. Esta avenida era chamada de Rua Formosa até o ano de 1870, quando recebeu o atual nome de Avenida Conde da Boa Vista em homenagem ao pernambucano Francisco do Rego Barros, Conde da Boa Vista, que foi presidente da Província de Pernambuco no período de 1837-1844. Coube a ele a iniciativa da construção do Teatro de Santa Isabel e da Casa de Detenção (hoje Casa da Cultura), dentre outras obras. O então presidente tinha o propósito de levar o Recife ao padrão das grandes cidades modernas da época, para isso, valeu-se de engenheiros franceses e incentivou as artes e as ciências. A primeira pavimentação em concreto de cimento Portland da Avenida Conde da Boa Vista, aconteceu no intervalo dos anos 1954-1959, completando em 2008 cerca de 50 anos de vida útil. É um dos principais corredores de transporte coletivo da cidade do Recife. Segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (a EMTU – empresa que supervisiona o transporte coletivo em Recife), este corredor é utilizado por 107 linhas de ônibus transportando diariamente em torno de 370.000 passageiros, com volume de tráfego diário de 4.800 ônibus/dia (trecho mais crítico). O projeto final de dimensionamento do pavimento em concreto foi desenvolvido em janeiro de 2007 pelo Engenheiro Maurício Renato Pina Moreira, Professor de Estradas na Universidade Federal de Pernambuco e na Universidade Católica de Pernambuco. 60 Figura 4.1 – Localização da Avenida Conde da Boa Vista (Destaque em traçado cinza) 61 A pretensão da Prefeitura da Cidade do Recife é dotar a Avenida Conde da Boa Vista de características operacionais e físicas que permitam a sua inserção no Corredor LesteOeste, que é formado pelas seguintes vias: Avenida Caxangá, Rua Benfica, Praça do Derby, Av. Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Av. Conde da Boa Vista, Av. Guararapes e Praça do Diário. Resumidamente, este Corredor é um sistema de transporte de média capacidade que liga o centro da cidade do Recife à Avenida Caxangá e conta, na sua extensão, com faixa exclusiva de ônibus em cada sentido, assegurada a ultrapassagem nos pontos de parada onde efetuam operações de embarque e desembarque de passageiros. Das 107 linhas de ônibus que utilizam a Avenida Conde da Boa Vista, 54 delas usam a Avenida nos dois sentidos (subúrbio / cidade e cidade / subúrbio) e 34 usam somente no sentido subúrbio / cidade e 19 usam somente no sentido cidade / subúrbio. As 88 linhas (54 + 34), que percorrem a avenida no sentido subúrbio / cidade, 61 percorrem toda a extensão do trecho entre a extremidade oeste - Avenida Gov. Carlos de Lima Cavalcanti e a extremidade leste - Ponte Duarte Coelho - e as 27 restantes fazem itinerário no trecho entre a Rua do Hospício e a Ponte Duarte Coelho (MOREIRA, 2007). As 73 linhas que fazem itinerário no sentido cidade / subúrbio (54 +19 = 73), 72 delas percorrem toda extensão do trecho Ponte Duarte Coelho - Avenida Gov. Carlos de Lima Cavalcanti e somente uma percorre o trecho Rua do Hospício - Rua Dom Bosco. Considerando-se os dados citados, concluiu-se ser imprescindível intervir no pavimento de concreto da Avenida Conde da Boa Vista, após cerca de 50 anos de vida útil, como condição indispensável para implantação e funcionamento do Corredor Leste - Oeste. A intervenção resumiu-se na reconstrução total das placas do antigo pavimento que tinham espessura de 20cm, e os critérios de dimensionamento foram retirados do projeto de MOREIRA (2007). Os itens relativos ao projeto aprovado e executado são os seguintes: tráfego, características do subleito, tipo e espessura da sub-base, características da placa de concreto, dimensionamento, barras de transferência e de ligação, croqui da estrutura e recomendações construtivas. 62 4.1.1 Estudo de Tráfego Para dimensionar um pavimento é necessário determinar várias características do tráfego, entre elas o volume médio diário (VMD) de veículos comerciais atual, além de fazer a projeção da taxa de crescimento do mesmo para o período de projeto. Os ônibus formam basicamente o volume de tráfego comercial da Avenida Conde da Boa Vista. Na Tabela 4.1 estão os dados sobre a condição atual da Avenida, levando em conta o número de viagens diárias de ônibus, resumindo as informações conseguidas na EMTU / Recife. Observa-se que o local crítico localiza-se no trecho Rua do Hospício - Ponte Duarte Coelho (Rua da Aurora), sentido subúrbio / cidade cujo volume de tráfego é de 4.800 ônibus / dia. Esse número de ônibus, nesse trecho, acontece devido à contribuição dos ônibus advindos da Avenida Cruz Cabugá e Rua do Hospício e que se dirigem à Ponte Duarte Coelho efetuando conversão à esquerda na Avenida Conde da Boa Vista. Na Tabela 4.2 estão mostrados os dados sobre a situação atual da Avenida, com foco na freqüência aproximada de viagens na hora de pico. Nas Tabelas 4.1 e 4.2 os trechos citados correspondem a segmentos da Avenida Conde da Boa Vista nas seguintes localizações: − Trecho 1: Avenida Gov. Carlos de Lima Cavalcanti ou Rua Dom Bosco – Rua do Hospício; − Trecho 2: Rua do Hospício – Ponte Duarte Coelho (Rua da Aurora); − Trecho 3: Ponte Duarte Coelho (Rua da Aurora) – Rua do Hospício; − Trecho 4: Rua do Hospício – Rua Dom Bosco ou Avenida Gov. Carlos de Lima Cavalcanti. A Portland Cement Association – PCA (1984) - recomenda que o período de projeto seja de 20 anos, uma vez que a projeção dos volumes de tráfego em períodos maiores que este gera muita incerteza quanto ao VMD. Adotando 1,5 % ao ano como a taxa de crescimento do volume médio diário (VMD) de ônibus, apresenta-se na Tabela 4.3, a projeção do 63 tráfego para este período, partindo do número atual de viagens no trecho crítico (4.800 veículos por dia – Tabela 4.1). A taxa de crescimento adotada para o VMD de ônibus (1,5% ao ano) foi resultante da taxa média de crescimento populacional historicamente verificada na Região Metropolitana do Recife (RMR) nos últimos anos. Adotou-se como referencial a RMR porque o corredor da Avenida Conde da Boa Vista apresenta características metropolitanas, nela circulando linhas de ônibus de localidades das áreas norte, centro e oeste da RMR. Assim, analisando-se, por exemplo, a taxa de crescimento da população da RMR tem-se que em 2001 a população era de 3.337.565 habitantes e em 2007 de 3.658.318 habitantes (Fonte: IBGE; www.ibge.gov.br), o que conduz a uma taxa média geométrica de 1,5% ao ano. Tabela 4.1–Número de Viagens Diárias de Ônibus no Local Estudado nesta pesquisa (MOREIRA, 2007) Sentido Subúrbio / Cidade Sentido Cidade / Subúrbio Trecho Viagens por dia Trecho Viagens por dia 1 3.120 3 3.120 2 4 3.220 4.800 Tabela 4.2 – Freqüência Aproximada de Viagens na Hora de Pico no Local estudado (MOREIRA, 2007) Sentido Subúrbio / Cidade Sentido Cidade / Subúrbio Trecho Viagens na hora de pico Trecho Viagens na hora de pico 1 295 3 225 2 4 230 445 Tabela 4.3 – Crescimento do Volume Médio Diário de Ônibus no Local Estudado (VMD) Ano VMD Ano VMD 4.872 5.654 2008 2018 4.945 5.739 2009 2019 5.019 5.825 2010 2020 5.095 5.912 2011 2021 5.171 6.001 2012 2022 5.249 6.091 2013 2023 5.327 6.182 2014 2024 5.407 6.275 2015 2025 5.488 6.369 2016 2026 5.571 6.465 2017 2027 64 Considerando a condição operacional mais crítica, levando em conta ultrapassagem nas paradas e focando na concepção do Corredor Leste-Oeste, pode-se admitir que seja de 6 (seis) segundos o intervalo mínimo entre veículos na faixa exclusiva. Isso leva a concluir que será de 10 ônibus / minuto, a capacidade horária do corredor por sentido, conseqüentemente o volume no horário de pico será de 600 ônibus / hora. Sabendo-se que em 2007 o volume no horário de pico, no trecho mais crítico, era de 445 veículos (ver tabela 4.2), usando-se a taxa de crescimento de 1,5% / ano, a projeção em 2027 será que se atingirá 599 ônibus / hora. Conclui-se que ao término do vigésimo ano, será atingida a capacidade operacional do corredor, coincidentemente chegando também ao final do período de projeto. Os números da Tabela 4.3 levam a um VMD médio de 5.632,85 veículos / dia, no período de 2008 a 2027, conseqüentemente deve-se dimensionar o pavimento de concreto da avenida considerando o número total de solicitações no período de projeto como: 365 × 20 × 5.632,85 = 41.119.805 ou, aproximadamente, 41.120.000 ônibus, aplicando-se o devido arredondamento. Quanto à classificação dos ônibus que circularão pelo corredor, considerou-se a taxa de 15% de ônibus articulados com 3 eixos e de 85% de ônibus tipo 2C. Sabe-se que a configuração do ônibus articulado é de um eixo simples de rodas simples, um eixo intermediário simples de rodas duplas e outro eixo traseiro simples, também de rodas duplas. Já o ônibus tipo 2C é composto de um eixo dianteiro simples de rodas simples mais um eixo traseiro simples de rodas duplas. Um eixo simples de roda simples permite a carga máxima legal de 6 tf, enquanto um eixo simples de rodas duplas permite 10 tf, valores considerados para efeito de dimensionamento do pavimento de concreto, o que resulta nas freqüências de cargas por eixo apresentadas na Tabela 4.4. A consideração de carga legal máxima em todas as viagens é uma suposição que pretende compensar os veículos com baixo carregamento e veículos com eventuais excessos de carga. Sobre os pesos dos eixos adotados no projeto, consideraram-se as especificações dos fabricantes de ônibus e de publicações técnicas especializadas (vide, por exemplo, Revista 65 dos Transportes Públicos n° 70). O ônibus convencional adotado (2C) tem o peso do chassi mais carroceria na faixa de 9.200 kg, alcançando uma lotação máxima da ordem de 100 passageiros. Admitindo-se 75 kg em média por passageiro e uma taxa de lotação média de 90%, obtém-se aproximadamente 16.000 kg como peso total do veículo (tara mais passageiros), correspondendo aos pesos por eixo considerados (6 t no eixo dianteiro e 10 t no eixo traseiro). O ônibus articulado apresenta peso do chassi mais carroceria na faixa de 15.600 kg e uma capacidade de 174 passageiros. Admitindo-se 75 kg em média por passageiro e uma taxa de lotação média de 80%, obtém-se aproximadamente 26.000 kg como peso total do veículo (tara mais passageiros), correspondendo aos pesos por eixos considerados (6 t no eixo dianteiro, 10 t no eixo intermediário e 10 t no eixo traseiro). Tabela 4.4 – Freqüência de Cargas por Eixo do Tráfego Comercial Considerado no Projeto do Pavimento de Concreto do Local Estudado (Eixos Simples) Carga por eixo (tf) Ônibus 2C Ônibus Articulados TOTAL (20 anos) 10 34.952.000 12.336.000 47.288.000 6 34.952.000 6.168.000 41.120.000 4.1.2 Características do Subleito O terreno de fundação do pavimento do trecho estudado, de acordo com sondagens do subleito, é formado por areia grossa (19% a 40%) e areia fina (29% a 45% entre as peneiras n° 40 e n° 200), o CBR estando entre 20% e 33%, utilizando energia de compactação do ensaio Proctor Normal. A massa específica “in situ” está situada entre 1.750 e 1.929 g/dm³, o que representa um grau de compactação entre 97% e 102%. O coeficiente de recalque do subleito (Ksl), na terminologia antiga, ou módulo de reação de Winkler, pode ser determinado por prova de carga estática, feita com uma placa rígida, correlacionando as pressões verticais transmitidas ao solo por um macaco hidráulico, aplicado na placa de 76 cm de diâmetro, aos deslocamentos verticais medidos. Também pode-se fazer uma avaliação do Ksl através do quadro proposto pela PCA onde são dadas faixas de variação do K em função do CBR dos solos, mostrada na Tabela 4.5. 66 Considerando o CBR estatisticamente representativo do subleito como sendo o valor de 20%, para efeito de dimensionamento do pavimento de concreto, o coeficiente de recalque do subleito ou módulo de reação de Winkler é de 63 MPa/m (Tabela 4.5). Tabela 4.5 – Correspondência entre Valores de Suporte do Subleito ( Ksl ) Índice de Suporte Coeficiente de Índice de Suporte Coeficiente Califórnia – CBR Recalque Califórnia – CBR de (%) K (MPa/m) (%) Recalque K (MPa/m) 2 16 12 53 3 24 13 54 4 30 14 56 5 34 15 57 6 38 16 59 7 41 17 60 8 44 18 61 9 47 19 62 10 49 20 63 11 51 4.1.3 Tipo e Espessura da Sub-base adotada Para a sub-base decidiu-se pelo concreto compactado a rolo (CCR), visando atingir menor espessura para a placa de concreto. O CCR foi projetado com as seguintes características (MOREIRA, 2007): − resistência característica à compressão simples (fck ) aos 7 dias, mínima de 5,0 MPa; − espessura final da camada acabada de 10 cm; − relação cimento: agregado deverá ser de 1: 15 a 1:18; − dimensão máxima do agregado graúdo (Dmáx) de 38mm; − grau de compactação mínimo de 100%, energia normal de compactação. Como o método de dimensionamento, utilizado neste projeto, foi estabelecido considerando somente a placa sobre o subleito, a presença da sub-base será considerada indiretamente admitindo-se um aumento do módulo de reação do subleito, obtendo-se este valor aumentado a partir de tabelas, por tipo de sub-base e espessura da mesma, valor adotado no projeto. Para o subleito de CBR = 20, Ksl = 63 MPa/m e uma espessura de 10 67 cm de sub-base em concreto rolado (CCR), o módulo de reação no topo do sistema subleito / sub-base é de 172 MPa/m – Tabela 4.6. Tabela 4.6 – Aumento de K devido à presença de Sub-base de Concreto Rolado (Ksist) Valor de suporte do subleito Coeficiente de recalque no topo do sistema (MPa/m) – para espessuras de sub-base iguais a: CBR (%) k (MPa/m) 12,5 cm 15 cm 10 cm 10 49 144 164 199 11 51 148 168 204 12 53 152 173 209 13 54 154 175 211 14 56 158 179 216 15 57 160 182 219 16 59 164 186 224 17 60 166 188 226 18 61 168 190 229 19 62 170 192 231 63 194 233 20 172 Fonte: ABCP (2001) 4.1.4 Resistência Característica do Concreto à Tração na Flexão (fctM,k ) Na execução de pavimentos rígidos, o concreto empregado deve apresentar resistência característica à tração na flexão definida no projeto, que normalmente é da ordem de 4,5 MPa e uma resistência característica à compressão axial, da ordem de 30 MPa. Convém salientar que valores muitos baixos de resistência característica à tração na flexão menores que 4,0 MPa, implicam em concreto permeável, espessura de placa elevada e durabilidade inadequada. Valores maiores que 5,0 MPa levam a maior durabilidade e menor espessura de placa e correspondem a concretos mais impermeáveis, mas deve-se levar em conta que resistências mais altas implicam em controle tecnológico rigoroso, resultando geralmente em custo inicial mais elevado (DNIT, 2005). A especificação recomendada neste projeto para o concreto simples constituinte das placas de concreto, foi de resistência característica à tração na flexão (fctM,k), de no mínimo, 4,5 MPa, aos 28 dias. 68 4.1.5 Fator de Segurança de Carga (FSC) Os fatores de segurança em relação às cargas foram estabelecidos tomando como base a análise dos resultados das observações das pistas experimentais de BATES de 1924, MARYLAND de 1952 e AASHO (hoje, AASHTO) de 1962, além de milhares de quilômetros de estradas em serviço (DNIT, 2005). Para efeito deste projeto, levando em conta que a intensidade das cargas dos ônibus não é tão elevada comparada a dos caminhões pesados, reboques ou semi-reboques circulantes nas rodovias, resolveu-se adotar um Fator de Segurança de Carga (FSC) igual a 1,1 conforme recomendações do método PCA mostrado na Tabela 4.7. Tabela 4.7 – Fator de Segurança de Carga (ABCP, 2001) Fator de Segurança de Carga ( FSC ) Leve 1,0 Médio 1,1 Pesado 1,2 Condições Especiais 1,3 4.1.6 Barras de Transferência nas Juntas Transversais Conforme recomendações da PCA (1984) e da ABCP (2001) foram usadas barras de transferência de carga (com sua metade mais 2cm pintada e engraxada), com aço CA-25, nas juntas transversais, considerando minimizar a espessura da placa de concreto, conforme indicado na Tabela 4.8. Tabela 4.8 – Recomendações para Barras de Transferência × Espessura da Placa (ABCP, 2001) Espessura da Placa (cm) Comprimento (mm) Espaçamento Bitola (Φ) (mm) até 17,0 20 460 300 17,5 a 22,0 25 460 300 22,5 a 30,0 32 460 300 > 30,0 40 460 300 69 4.1.7 Barras de Ligação nas Juntas Longitudinais São barras colocadas ao longo da junta longitudinal para manter as duas placas unidas, assim a junta ficará firmemente fechada e a transferência de carga através da mesma poderá ser assegurada. Segundo a ABCP a quantidade e comprimento de aço necessárias para barras de ligação pode ser determinada através das expressões seguintes: AS = b× f ×γc × h 100 × S (4.1) Onde As é a área de aço (cm²/m), b a distância entre a junta considerada e a junta ou borda livre mais próxima (m), f o coeficiente de resistência entre a placa e o subleito ou subbase, geralmente 1,5, γ c o peso específico do concreto, igual a 24000 N/m³, h a espessura da placa (m), S a tensão admissível no aço, em geral 2/3 da tensão de escoamento (MPa). 1 S×d + 7,5 l = 2 τ b (4.2) Onde l é o comprimento da barra de ligação (cm), d o diâmetro da barra de ligação (cm), τ b a tensão de aderência entre o aço e o concreto (MPa) e 7,5 é o acréscimo de segurança garantindo possível desalinhamento da barra. Aplicadas as expressões 4.1 e 4.2 chega-se aos valores adotados no projeto: Bitola (Φ)mm 16 Comprimento (mm) Espaçamento (mm) 750 400 4.1.8 Dimensionamento do Pavimento de Concreto 4.1.8.1 Cálculo da Tensão Equivalente e Fator de Fadiga Para o cálculo da tensão equivalente utilizam-se os valores indicados na Tabela 4.9, retirados de ABCP (2001). 70 Tabela 4.9 – Tensão Equivalente - SEM Acostamento de Concreto (Eixo Simples / Eixo Tandem Duplo) Espessura da K do sistema subleito-sub-base (MPa/m) ( Ksist ) placa(cm) 20 40 60 80 140 180 10 5,42/4,39 4,75/3,83 4,38/3,59 4,13/3,44 3,66/3,22 3,45/3,15 11 4,74/3,88 4,16/3,35 3,85/3,12 3,63/2,97 3,23/2,76 3,06/2,68 12 4,19/3,47 3,69/2,98 3,41/2,75 3,23/2,62 2,88/2,40 2,73/2,33 13 3,75/3,14 3,30/2,68 3,06/2,46 2,89/2,33 2,59/2,13 2,46/2,05 14 3,37/2,87 2,97/2,43 2,76/2,23 2,61/2,10 2,34/1,90 2,23/1,83 15 3,06/2,64 2,70/2,23 2,51/2,04 2,37/1,92 2,13/1,72 2,03/1,65 16 2,79/2,45 2,47/2,06 2,29/1,87 2,17/1,76 1,95/1,57 1,86/1,50 17 2,56/2,28 2,26/1,91 2,10/1,74 1,99/1,63 1,80/1,45 1,71/1,38 18 2,37/2,14 2,09/1,79 1,94/1,62 1,84/1,51 1,66/1,34 1,58/1,27 19 2,19/2,01 1,94/1,67 1,80/1,51 1,71/1,41 1,54/1,25 1,47/1,18 20 2,04/1,90 1,80/1,58 1,67/1,42 1,59/1,33 1,43/1,17 1,37/1,11 21 1,91/1,79 1,68/1,49 1,56/1,34 1,48/1,25 1,34/1,10 1,28/1,04 22 1,79/1,70 1,57/1,41 1,46/1,27 1,39/1,18 1,26/1,03 1,20/0,98 1,68/1,62 1,48/1,34 1,38/1,21 1,31/1,12 1,18/0,98 1,13/0,92 23 Fonte: ABCP (2001) São aplicados os seguintes passos a e b: a) Calcula-se a tensão equivalente por interpolação, pois o Ksist = 172 MPa/m, e verifica-se que na tabela 4.9, este valor situa-se entre 140 MPa/m e 180 MPa/m, logo: 180 __________ 1,13 Interpolação ∆ = 0,05 40 ÷ 32 = 0,05 ÷ X => X = 0,04 140 __________ 1,18 Para 172 => 1,18 – 0,04 = 1,14 Tensão Equivalente = 1,14, valor que será utilizado no item 8 da Tabela 4.11 apresentada mais adiante. b) Fator de Fadiga: Fator de Fadiga = Tensão Equivalente ÷ FctM,k => 1,14 ÷ 4,5 = 0,253 => Fator de Fadiga = 0,25 , valor que será utilizado no ítem 9 da tabela 4.11. 4.1.8.2 Cálculo Fator de Erosão - Fator de Erosão: Analogamente ao cálculo da tensão equivalente, o fator de erosão, também neste caso calcula-se por interpolação de acordo com a Tabela 4.10 retirados de ABCP (2001). 71 Tabela 4.10- Fatores de Erosão - Juntas Transversais com Barras de Transferência e SEM Acostamento de Concreto ( Eixo Simples / Eixo Tandem Duplo ). Espessura K do sistema subleito-sub-base (MPa/m) da placa 20 40 60 80 140 180 ( cm ) 10 3,76/3,83 3,75/3,79 3,74/3,77 3,74/3,76 3,72/3,72 3,70/3,70 11 3,63/3,71 3,62/3,67 3,61/3,65 3,61/3,63 3,59/3,60 3,58/3,58 12 3,52/3,61 3,50/3,56 3,49/3,54 3,49/3,52 3,47/3,49 3,46/3,47 13 3,41/3,52 3,39/3,47 3,39/3,44 3,38/3,43 3,37/3,39 3,35/3,37 14 3,31/3,43 3,30/3,38 3,29/3,35 3,28/3,33 3,27/3,30 3,26/3,28 15 3,22/3,36 3,21/3,30 3,20/3,27 3,19/3,25 3,17/3,21 3,16/3,19 16 3,14/3,28 3,12/3,22 3,11/3,19 3,10/3,17 3,09/3,13 3,08/3,12 17 3,06/3,22 3,04/3,15 3,03/3,12 3,02/3,10 3,01/3,06 3,00/3,04 18 2,99/3,16 2,97/3,09 2,96/3,06 2,95/3,03 2,93/2,99 2,92/2,97 19 2,92/3,10 2,90/3,03 2,88/2,99 2,88/2,97 2,86/2,93 2,85/2,91 20 2,85/3,05 2,83/2,97 2,82/2,94 2,81/2,91 2,79/2,87 2,78/2,85 21 2,79/2,99 2,77/2,92 2,75/2,88 2,75/2,86 2,73/2,81 2,72/2,79 22 2,73/2,95 2,71/2,87 2,69/2,83 2,69/2,80 2,67/2,76 2,66/2,73 2,67/2,90 2,65/2,82 2,64/2,78 2,63/2,75 2,61/2,70 2,60/2,68 23 24 2,62/2,86 2,60/2,78 2,58/2,73 2,57/2,71 2,55/2,66 2,54/2,63 180 __________ 2,60 Interpolação ∆ = 0,01 40 ÷ 32 = 0,01 ÷ X => X = 0,008 140 __________ 2,61 Para 172 => 2,61 – 0,008 = 2,602 Fator de Erosão = 2,602, valor que será utilizado no item 10 da tabela 4.11. Estes valores de fator de fadiga e fator de erosão são utilizados no nomograma de obtenção do número de repetições admissíveis em função do tipo de eixo e carga por eixo, multiplicada pelo fator de segurança. Estes valores de repetições admissíveis são comparados com a previsão de repetições do tráfego real. Assim se obtém o consumo de fadiga e de erosão, a partir de adoção das espessuras da placa e da sub-base, seja, o método de dimensionamento de pavimento de concreto é, como todo método mecanístico, uma verificação da estrutura admitida por critérios aceitáveis de previsão de vida útil pelos tipos de ruptura considerados. É isto que se mostra no item seguinte para este projeto analisado. 72 4.1.8.3 Resumo do Dimensionamento do Pavimento de Concreto Na Tabela 4.11 está apresentada a primeira tentativa de dimensionamento do pavimento de concreto para as condições de projeto do local do estudo. Admitiu-se inicialmente uma espessura da placa de 23 cm e como já comentado, uma sub-base de CCR de 10 cm, sem acostamento de concreto, mas com barras de transferência. O dimensionamento é por verificação dos consumos à fadiga e à erosão. Caso esta espessura de placa não satisfaça conduzindo a consumos de fadiga ou de erosão maior que 100%, aumenta-se a espessura, caso fique muito menor o consumo, deve-se diminuir a espessura da placa. Tabela 4.11 – Resumo Dimensionamento de Pavimento de Concreto – Espessura 23 cm DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO DE CONCRETO PCA / 84 Projeto AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 23 Espessura Ksist cm 172 Juntas com BT: sim MPa/m Não Período de projeto: 4,5 Cargas por eixo, (kN) Cargas por eixo x FSC Número de repetições previstas 1 2 3 EIXOS SIMPLES Não Acostamento de concreto: sim Resistência característica à tração na flexão, fctM,k X MPa 20 anos Fator de segurança de cargas, FSC ANÁLISE DE FADIGA Número de repetições Consumo admissíveis de fadiga (%) 4 5 8 – Tensão equivalente 1,14 9 – Fator de fadiga 0,25 X 1,1 ANÁLISE DE EROSÃO Número de repetições admissíveis Danos por erosão(%) 6 7 10 – Fator de erosão 2,60 98,00 107,80 47.288.000 ilimitado 0,00 50.000.000 94,60 58,80 64,70 41.120.000 ilimitado 0,00 ilimitado 0,00 TOTAL 0,00 TOTAL 94,60 73 Como a verificação do consumo de fadiga e erosão para 23 cm de placa resultou em 94,60% para erosão e 0% para fadiga, deve-se verificar se uma espessura menor satisfaz. Na Tabela 4.12, analisa-se o dimensionamento para a espessura de 22 cm, e mostra-se que esta condição não atende ao critério de erosão. Observa-se que para a placa de 23cm ainda se terá uma vida útil remanescente no pavimento após o 20º ano de vida útil, considerando que a soma dos danos de erosão alcançará 94,60%, abaixo portanto, da condição de 100%. Portanto, a espessura a ser adotada no projeto é de 23 cm de concreto e 10 cm de concreto rolado. Tabela 4.12 – Resumo Dimensionamento de Pavimento de Concreto – Espessura tentativa de 22 cm DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO DE CONCRETO PCA / 84 Projeto AVENIDA CONDE DA BOA VISTA Espessura Ksist 22 cm Juntas com BT: sim 172 MPa/m Período de projeto: 4,5 Cargas por eixo, (kN) Cargas por eixo x FSC Número de repetições previstas 1 2 3 EIXOS SIMPLES não Acostamento de concreto: sim Resistência característica à tração na flexão, fctM,k X MPa não 20 anos Fator de segurança de cargas, FSC ANÁLISE DE FADIGA Número de repetições admissíveis Consumo de fadiga(%) 4 5 8 – Tensão equivalente 1,21 9 – Fator de fadiga X 1,1 ANÁLISE DE EROSÃO Número de repetições admissíveis 6 10 – Fator de erosão Danos por erosão (%) 7 2,66 0,27 98,00 107,80 47.288.000 ilimitado 0,00 20.000.000 236,40 58,80 64,70 41.120.000 ilimitado 0,00 ilimitado 0,00 TOTAL 0,00 TOTAL 236,40 74 4.1.8.4 Croqui da Estrutura do Pavimento e Recomendações Executivas Na Figura 4.2 está apresentado o pavimento dimensionado para o trecho analisado nesta pesquisa. Além deste perfil, outras recomendações básicas executivas estão mostradas a seguir. Figura 4.2 – Croqui Esquemático do Projeto Final (MOREIRA, 2007) Considerando-se o levantamento visual do estado da superfície do pavimento e o tempo de vida útil do mesmo, a solução a adotar é a seguinte (MOREIRA, 2007): A. Remoção do material existente na espessura de 43 cm (o material do subleito encontrado deverá apresentar CBR ≥ 20%); B. Regularização do subleito e, execução de reforço de subleito, com 10 cm de espessura com pó de pedra, estabilizado granulometricamente; C. Execução de sub-base com 10 cm de espessura em concreto rolado (CCR); D. Execução de placa em concreto de cimento Portland com 23 cm de espessura (fctM,k = 4,5 MPa e fck = 35,0 MPa); E. Se após escavação do material existente na profundidade de 43 cm, for encontrado solo mole ou com CBR < 20%, deverá ser feita a remoção desse solo, na espessura de 90 cm e, substituição por colchão de areia adensada, se necessário, deverá se aprofundar a escavação. 75 4.2 Materiais e Métodos Na seqüência serão detalhadas as principais características dos materiais utilizados para confecção do concreto aplicado na obra do pavimento do local estudado nesta pesquisa (placa em concreto de cimento Portland com 23 cm de espessura). Na Figura 4.3 está mostrada uma parte da obra em andamento, ilustrando a complexidade de se executar obras urbanas sem que o tráfego possa ser totalmente interrompido. 4.2.1 Cimento O cimento definido para a obra foi o cimento Portland de alta resistência inicial – resistente a sulfatos (CP V – ARI RS) que tem a peculiaridade de atingir altas resistências já nos primeiros dias de aplicação. O desenvolvimento da alta resistência inicial é conseguido pela utilização de uma dosagem diferente dos componentes, bem como pela moagem mais fina do cimento, de modo que, ao reagir com a água, ele adquire elevadas resistências, com maior velocidade. Na Figura 4.4 está mostrada a evolução média de resistência à compressão de vários tipos de cimento de acordo com ABCP (2001). Justifica-se a utilização desse tipo de cimento, por se tratar de via urbana de tráfego intenso e pela necessidade de liberação da via ao tráfego no menor tempo possível. Na Tabela 4.13 está apresentada a composição desse tipo de cimento. Considerando que a avenida em estudo não poderia ser interditada na sua totalidade, e planejando em parceria com a CTTU – Companhia de Trânsito e Transporte Urbano que é o órgão municipal responsável pelas atividades relativas à gestão, operação e fiscalização da circulação de veículos e do transporte público de passageiros no Recife, ficou acordado que as interdições seriam sempre na mesma faixa, uniformizando o fluxo de trânsito. As obras de pavimentação foram executadas no período de março de 2007 a março de 2008, a estratégia adotada para as interdições funcionou a contento, minimizando bastante os transtornos à população e permitindo fluidez ao trânsito. Nos trechos mais vulneráveis 76 aos engarrafamentos, notadamente próximo aos cruzamentos, as interdições aconteciam nos finais de semana quando o número de veículos diminuía consideravelmente. Na Tabela 4.14 está mostrado o ensaio de caracterização de uma amostra do cimento ARI, fornecido pelo fabricante referente ao mês de julho de 2007, com ênfase para a composição química, resistência à compressão, finura, expansibilidade, tempo de pega, consistência e controle estatístico. Figura 4.3 – Ilustração de uma das interdições durante a obra deste estudo (Foto do Autor, Maio / 2007) Figura 4.4 - Evolução média de resistência à compressão dos distintos tipos de Cimento Portland (Fonte: ABCP, 2001) 77 Tabela 4.13 - Composição do Cimento Portland de Alta Resistência Inicial Tipo de Cimento Portland Sigla Alta Resistência Inicial CP V-ARI Composição ( % em massa ) Clínquer Material + Gesso Carbonático 100-95 0-5 Norma Brasileira NBR 5733 Tabela 4.14 – Ensaios Químicos e Físicos do Cimento CP V ARI RS (Julho 2007) Dia Composição Química (%) Perda RI Fogo SO3 Resistência à compressão (MPa) Finura (dias) Massa Blaine Espec. (cm²/g) (g/cm³) # 325 (%) # 200 (%) CaO 1 Livre (dia) 3 7 28 (dias) (dias) ExpansiPega bilidade Consistência Quente (mm) Início Fim Normal (min) (min) (%) 2 3 3,59 3,49 0,89 3,83 0,75 3,77 2,08 2,31 20,52 20,32 32,13 32,15 39,56 40,10 47,26 46,31 3,12 3,12 4.560 4.550 1,90 2,00 0,40 0,45 0,83 0,67 160 165 195 195 29,80 29,80 4 5 3,42 1,57 0,89 3,84 0,85 3,70 1,94 0,71 20,72 18,97 32,29 29,08 39,78 34,15 45,00 44,84 3,12 3,12 4.480 3.800 1,60 1,60 0,30 0,30 0,83 165 170 195 200 29,80 29,00 7 9 4,42 4,13 0,92 3,33 0,77 3,70 1,72 2,06 20,01 20,24 30,66 29,52 35,43 35,11 43,58 43,94 3,12 3,11 4.540 4.340 0,90 1,50 0,10 0,25 0,67 0,83 155 160 185 190 28,80 29,20 10 11 4,18 4,41 0,86 3,72 0,88 3,50 2,14 1,68 19,35 18,25 29,14 30,89 36,23 36,39 3,11 3,11 4.440 4.420 1,60 1,50 0,30 0,30 0,83 0,50 160 155 190 185 29,20 29,00 12 14 4,31 4,39 0,95 3,64 0,76 3,80 1,20 2,52 18,60 20,67 30,66 32,09 35,20 37,13 3,11 3,11 4.500 4.720 1,40 1,60 0,30 0,20 0,83 0,83 150 150 180 175 29,80 29,20 16 17 4,67 4,37 0,9 3,64 0,85 3,65 2,00 2,29 18,20 20,46 30,07 29,47 35,76 36,31 3,09 3,09 4.340 4.550 1,10 1,50 0,10 0,15 0,97 1,17 155 130 185 165 29,00 29,00 18 19 3,78 4,11 0,76 3,73 0,85 3,77 1,34 1,29 20,59 20,19 31,21 30,49 38,62 36,16 3,09 3,09 4.420 4.440 1,70 1,90 0,35 0,36 0,83 0,66 130 145 165 175 29,00 29,00 22 23 4,16 4,29 0,93 3,77 0,85 3,89 1,77 2,74 21,39 18,69 32,68 31,46 38,16 34,10 3,09 3,09 4.500 4.560 1,60 1,60 0,35 0,20 0,66 0,50 145 140 175 170 28,60 28,60 24 25 1,65 2,37 0,71 3,79 0,77 3,81 1,97 1,84 22,07 23,24 33,07 32,45 40,21 38,81 3,11 3,11 4.170 4.260 1,80 1,90 0,25 0,25 0,33 0,66 140 120 170 155 28,60 28,60 26 29 4,81 3,87 0,85 3,82 0,78 3,99 1,83 2,29 18,56 17,69 30,08 31,16 34,60 38,09 3,11 3,11 4.630 4.380 1,20 1,60 0,15 0,35 0,50 0,67 145 150 180 180 29,00 28,80 30 31 4,88 4,28 0,91 3,69 0,92 3,92 2,12 1,83 18,36 17,16 29,15 27,00 34,79 3,11 3,09 4.530 4.470 1,50 1,50 0,25 0,35 0,83 150 145 185 175 29,20 29,20 180 29,10 ABNT DESVIO MÉDIA CONTROLE ESTATÍSTICO 3,87 0,85 3,74 1,89 19,74 30,77 36,84 45,17 3,11 4.436 1,6 0,27 0,73 149 0,91 0,07 0,14 0,46 1,49 1,50 2,06 1,40 0,01 187 0,26 0,09 0,19 12,37 11,43 0,39 ≤4,5 ≤1,0 3,5-4 ≥11,0 ≥24,0 ≥34,0 ≥3.000 ≤8,0 ≤5,0 ≥60,0 78 4.2.2 Agregados Miúdos Na obra do pavimento em questão foi utilizada areia natural (ABNT-NBR 7211:2005) procedente de Areal localizado na Fazenda Dois Rios, zona rural da cidade de CaaporãParaíba. 4.2.3 Agregados Graúdos Dois tipos de agregados graúdos de natureza granítica foram utilizados na obra em apreço: Brita 1/2"(12,7 mm) e Brita 3/4" (19,0 mm), proveniente da Pedreira Líder localizada em Muribeca, município de Jaboatão dos Guararapes/PE. Na Tabela 4.15 estão mostradas as granulometrias dos agregados usados no concreto. 4.2.4 Água Para a água de amassamento foi definida a utilização de água do Poço de Abastecimento da própria Central, que atende aos requisitos mínimos prescritos na norma DNER-EM 034/97. Na Figura 4.6 está reproduzida cópia do relatório Nº 0613/08 referente ao ensaio físico químico da água utilizada na concreteira que preparou o concreto para a obra estudada. 4.2.5 Aditivo No traço de concreto aplicado no local do estudo foi utilizado o produto denominado Mastermix 335 R, aditivo plastificante e retardador de pega, que é um aditivo líquido para concreto, pronto para uso, com características de plastificante. O produto MASTERMIX 335 R atendeu aos requisitos da norma brasileira ABNT-NBR 11768:1992 de água para uso em concreto. 79 Figura 4.5 - Relatório Nº 0613/08 referente ao Ensaio Físico-Químico da Água Utilizada. 80 4.3 Traços de concreto O traço do concreto empregado foi de responsabilidade da Empreiteira através da Central Dosadora da MARÉ CIMENTO Ltda. – POLIMIX. Por se tratar de obra específica, com projeto e equipamentos de espalhamento do concreto também específicos, foram desenvolvidos pelo Departamento de Tecnologia da Central fornecedora,os traços do CCR e do concreto utilizado nas placas e apresentados a seguir nas tabelas 4.15 e 4.16. Tabela 4.15 – Composição Unitária do CCR Usado no Local Estudado CCR - fck 5,0 MPa Material 1,0 m³ Especificação Cimento 140 Kg CP V – ARI RS Brita 1/2" 520 Kg Pedreira Líder Brita 3/4" 520 Kg Pedreira Líder Areia Média 955 Kg Areal Fazenda Dois Rios-Caaporã-PB Água 178,0 lt Aditivo ----- Tabela 4.16 – Composição Unitária do Traço de Concreto Usado no Local Estudado fck 35,0 MPa, Slump 60 ± 10 mm Material 1,0 m³ Especificação Cimento 396 Kg CP V – ARI RS Brita 1/2" 675 Kg Pedreira Líder Brita 3/4" 467 Kg Pedreira Líder Areia Média 873 Kg Areal Fazenda Dois Rios-Caaporã-PB Água 188,0 lt Aditivo 1.068,0 ml Mastermix 335 R O CCR na função de sub-base de pavimento rígidos tem baixo consumo de cimento e mantém característica de ser de consistência seca e ter trabalhabilidade tal que permita compactação com rolos compressores e permite uniformizar o suporte da fundação. Não é suscetível à erosão, aumenta a eficiência das juntas do pavimento de concreto, evita o efeito danoso do bombeamento de finos plásticos, absorve tensões devidas à expansão do subleito e aumenta consideravelmente o valor de suporte disponível (ABCP, 2004a). Nesta 81 obra o CCR foi espalhado por motoniveladora e adensado por rolos compactadores conforme mostrado na Figura 4.6. Figura 4.6 – Uso do rolo compactador liso vibratório no CCR (Foto do Autor, Dezembro / 2007) 4.4 Equipamentos Na busca por maior qualidade, durabilidade, superfície de rolamento mais confortável e redução de custos, foram utilizados equipamentos que melhor se adequassem à área urbana: os chamados equipamentos de pequeno porte. O equipamento de pequeno porte (Figura 4.7) usual é o que utiliza fôrmas fixas de contenção lateral do concreto, preferencialmente metálicas; além de vibradores de imersão; régua vibratória com motor a gasolina, e de deslocamento manual; desempenadeira de madeira com cabo longo, régua metálica, vassouras de piaçava, serras de disco diamantado e rolo compactador liso vibratório etc. 82 a) Vibradores de imersão, pá, enxada. c) Fôrmas metálicas de contenção lateral. b) Desempenadeira de madeira d) Régua metálica Figura 4.7 - Fotos Ilustrativas da utilização de equipamentos de pequeno porte. (Foto do Autor, Maio / 2007) Quando se usa essa espécie de equipamento a concretagem se faz quase sempre faixa por faixa, ou seja, na largura máxima equivalente à de uma fileira de placas, o que correspondeu, nesta obra, normalmente a 3,33 m., para as placas de centro e 2,34 m. para as placas de borda. Levando em conta tratar-se de zona urbana, e que já existia um pavimento no local, as frentes de serviço foram definidas, principalmente, em função do posicionamento das placas a demolir (geralmente em número de 10 a 15 placas da mesma faixa). Visava-se interferir o mínimo no sistema viário, procurando sempre ficar distante dos cruzamentos que foram concretados por último. Em todas as frentes foram utilizados equipamentos de pequeno porte, os quais dentro das metas estabelecidas, tais como, por exemplo, substituir 12 placas desde a demolição das 83 existentes até o acabamento final das novas placas, demonstraram eficiência adequada ao previsto no projeto. Para o transporte do concreto, tanto o concreto simples quanto o CCR, da central dosadora à frente de serviço foram utilizados caminhões betoneiras. 4.5 Método Executivo 4.5.1 Produção e Transporte do Concreto Conforme já mencionado, o concreto utilizado foi produzido na central dosadora e o transporte foi efetuado por caminhões betoneiras (com capacidade variando entre 5 e 9 metros cúbicos), sempre em quantidade suficiente para manter as frentes de serviço de concretagens sem paralisações. 4.5.2 Execução das Placas de Concreto O concreto foi lançado diretamente sobre o Concreto Rolado CCR devidamente adensado e coberto pelo lençol plástico, conforme projetado MOREIRA (2007). A logística da obra foi definida com o objetivo de comprometer ao mínimo o fluxo de veículos que transitavam pela avenida. Na Figura 4.8 (c) é possível perceber que o uso de lençol plástico de separação entre o CCR e o concreto, foi um elemento definido em projeto e nem sempre foi possível mantêlo perfeitamente esticado. Por isso muitos projetos hoje já utilizam a pintura com emulsão asfáltica como substituto deste plástico para evitar pontos de ineficiência. Quanto à texturização foram utilizadas vassouras que, passadas no sentido transversal à via, originavam pequenos sulcos. Para a cura do concreto foi aplicado o produto CURING PAV à base de hidrocarbonetos parafínicos que, pulverizado sobre a superfície do concreto fresco, evita a evaporação acelerada da água e melhora o aproveitamento da mão de obra, não havendo necessidade de reaplicações, como no caso de cura úmida. A coloração clara do produto facilita o 84 controle da aplicação. Atua durante as primeiras idades do concreto, mantendo no interior do composto a água de hidratação, evitando assim os efeitos da retração na secagem. O corte para indução das juntas transversais foi executado entre 6 e 10 horas após a concretagem, dependendo das condições de temperatura e umidade do ar no dia. A selagem das juntas foi executada após 3 dias da serragem, utilizando-se Asfalto Oxidado 94 (Figuras 4.9 e 4.10). Figura 4.8 – Serragem da junta (Foto do Autor, Dezembro / 2007) Figura 4.9 – Placa texturizada e com selagem (Foto do Autor, Maio / 2007) 4.6 Especificações de Serviço e Controle Tecnológico A execução dos serviços de pavimentação atendeu aos parâmetros definidos na Especificação DNIT 047/2004–ES: Pavimento Rígido - Execução de pavimento rígido com equipamento de pequeno porte: especificação de serviço, e norma ABNT-NBR 7583:1986 – Execução de pavimento de concreto simples por meio mecânico procedimento. Foram realizados no laboratório responsável pelo controle tecnológico os ensaios de caracterização dos agregados e os seguintes ensaios de concreto: − Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone (ABNTNBR NM 67:1998); − Determinação da resistência à tração na flexão do concreto (ABNT – NBR 12142:1994); − Determinação da resistência à compressão de corpos–de-prova cilíndricos (ABNT - NBR 5739:2007). 85 O controle tecnológico dos concretos empregados foi baseado nas especificações da ABNT-NBR 7583:1986 e DNIT 047/2004-ES, para os procedimentos de formação de amostras, tipos de ensaios e periodicidade e avaliação do fck do concreto, e da prática recomendada Nº 214 R-02 do American Concrete Institute – ACI (2002), para a avaliação da produção do concreto e das suas operações de ensaio e controle. O controle tecnológico dos materiais empregados na confecção dos concretos teve como base a norma ABNTNBR 12654:1992. 4.6.1 Determinação da Consistência pelo Abatimento do Tronco de Cone Trabalhabilidade é a propriedade do concreto fresco, difícil de ser definida, que se refere à sua aptidão em ser facilmente: misturado, transportado, colocado no local e compactado, mantendo a sua integridade e homogeneidade, evitando a segregação. A trabalhabilidade do concreto é uma definição relativa, e depende também das dimensões, forma e armaduras das peças que com ele serão moldadas. Existem vários equipamentos, técnicas e tipos de ensaios para a determinação da consistência dos concretos. Nenhum deles consegue quantificar perfeitamente a trabalhabilidade, devido à grande quantidade de variáveis envolvidas nessa determinação. Nas obras correntes, o método aproximado mais utilizado, pela simplicidade mais do que pela sua precisão e representatividade, é o ensaio de determinação da consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone, também conhecido como "slump test". Uma determinação realizada no concreto fresco, que não deve ser deixada de lado, e na obra em estudo foi considerada, por ocasião do emprego do concreto em obras, é a da perda de trabalhabilidade (ou de slump) do concreto com o tempo. Sua importância deriva de três aspectos principais: 1. Nem sempre é possível lançar o concreto nas fôrmas imediatamente após a sua mistura. Geralmente há um tempo de transporte, que pode ser pequeno ou não, podendo ser bastante significativo, como, por exemplo, no caso de concreto prémisturado em central e fornecido às obras em caminhões-betoneira que estão 86 sujeitos ao fluxo de trânsito das cidades. Regra geral, quanto maior o tempo de transporte, maior a perda de trabalhabilidade do concreto. 2. Existem locais onde as temperaturas do meio são elevadas. Regra geral, quanto mais elevada a temperatura ambiente, maior a perda de trabalhabilidade do concreto. Neste caso, é boa prática trabalhar com os materiais nas temperaturas mais baixas possíveis, evitando o trabalho com cimento quente, recém chegado da fábrica, e protegendo a água e os agregados da insolação direta. 3. A utilização crescente de aditivos químicos nos concretos, principalmente no caso de superplastificantes, regra geral, apresenta como efeito colateral uma perda acelerada de trabalhabilidade do concreto. O abatimento inicial de um concreto pode, com o auxílio do superplastificante, ser até de 25 cm, mas a perda de trabalhabilidade desse concreto será mais rápida do que a de um concreto típico. Está ilustrado com uma foto da ABCP (2001), na Figura 4.11, um ensaio de determinação da consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone (ABNT-NBR NM 67:1998); - ou Slump Test -, como também na Figura 4.12, que ilustra o esquema dos passos do ensaio: moldagem, socamento, retirada do cone utilizado na moldagem e medida do abatimento de tronco de cone. Levando-se em conta o tipo de equipamento de pequeno porte utilizado na concretagem, adotou-se a consistência do concreto ou slump = 60 ± 10 mm nesta obra estudada. Figura 4.10–Exemplo de verificação da consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone (ABCP, 2001). 87 Figura 4.11–Esquema dos passos do ensaio de abatimento de tronco de cone utilizado para medida da consistência - Slump-test. 88 4.6.2 Determinação da resistência à tração na flexão do concreto A medida da resistência mecânica do concreto é influenciada por diversos fatores que afetam as resistências mecânicas dos concretos; são eles: − o fator água-cimento; − a idade de ensaio; − a forma e a graduação dos agregados; − o tipo de cimento; − a velocidade de aplicação de carga durante a realização do ensaio; − a duração da carga. Estes dois últimos são fatores extrínsecos aos materiais e composição. Existem três principais formas de medida da resistência dos concretos à tração: a) a chamada resistência à tração direta, medida em corpos de prova com o formato de oito (8) ou com chapas coladas nas extremidades de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos – Figura 4.12; b) a resistência à tração na flexão, medida em vigas prismáticas, moldadas e biapoiadas em roletes cilíndricos de aço. A tensão é aplicada pela prensa em dois pontos nos terços do comprimento ou em um ponto centralizado do corpo – de prova. A norma brasileira ABNT-NBR 12142:1994 recomenda o primeiro tipo – Figura 4.13; c) o ensaio de tração indireta - conhecido internacionalmente como "Ensaio Brasileiro”. Este ensaio deve-se ao Prof. Lobo Carneiro, e é chamado ensaio de resistência à tração indireta por compressão diametral de cilindros de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura, ensaiados deitados na prensa de compressão. A vantagem deste ensaio é que o corpo-de-prova é o mesmo utilizado no ensaio de compressão, não sendo necessários vários tipos de moldes, nem vários procedimentos de moldagem nas obras e laboratórios - Figura 4.14. Hoje são aceitas outras dimensões desde que mantida a relação 1:2 entre diâmetro e altura. 89 Neste trabalho a resistência a tração foi medida em alguns corpos-de-prova pelo método da tração na flexão bi-apoiada. (Molde ou Fôrma) Figura 4.12 - Prensa do Ensaio de Determinação da Resistência do Concreto à Tração Direta Figura 4.13 – Detalhe da Prensa de Ensaio de Determinação da Resistência à Tração na Flexão por Dois Pontos - ABNT-NBR 12142:1994 (ABCP, 2001). 90 Figura 4.14 – Montagem para o Ensaio de Determinação da Resistência à Tração por Compressão Diametral do Concreto. 4.6.3 Determinação da resistência à compressão de corpos-de-prova cilíndricos Uma das características mais importantes dos concretos é a resistência à compressão. Geralmente é medida aos 28 dias de idade em corpos de prova cilíndricos, com 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura. A resistência à compressão do concreto foi estipulada, tradicionalmente, pela normalização brasileira, como parâmetro para o dimensionamento estrutural, pela tensão de ruptura à compressão axial simples de um cilindro de concreto de (150 ± 3)mm de diâmetro e (300 ± 6)mm de altura. A partir da ABNT-NBR 5738:2003 passou-se a aceitar também corpos-de-prova de 100mm, 200mm, 250mm, 300mm e 450mm de diâmetro desde que mantida a relação altura / diâmetro de 2:1 e com tolerância de dimensões de 1% para o diâmetro e de 2% para a altura. Não há qualquer prescrição de necessidade de coeficiente de correção entre os dois padrões mais utilizados, que são os corpos-de-prova menores (100mm × 200mm) e os tradicionais (150mm × 300mm). A única recomendação para o uso dos corpos-de-prova de (100mm × 200mm) é no que tange ao diâmetro máximo do agregado graúdo que deve ser menor ou igual a 1/4 do diâmetro do molde (brita 25mm). 91 Na Figura 4.15 está mostrada a prensa utilizada para realização do ensaio de compressão axial de concreto desta pesquisa e foram utilizados sempre corpos-de-prova de tamanho 100mm × 200mm.. Figura 4.15 – Detalhe da Prensa de Ensaio de Determinação da Resistência à Compressão onde foram realizados os ensaios desta pesquisa (Laboratório EMLURB). (Foto do Autor, Maio / 2008) 4.7 Procedimentos Adotados nesta pesquisa O presente trabalho se desenvolveu com base no acompanhamento das etapas construtivas previstas no projeto, a saber: quebradas placas antigas, remoção dos resíduos, verificação da camada de sub-base e do subleito, aplicação de pó de pedra, aplicação de CCR, verificação do “Slump”, lançamento e adensamento do concreto, texturização, aplicação da cura química e selagem das juntas. Foi dada maior ênfase ao acompanhamento da aplicação do concreto. Os ensaios de determinação da consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone - Slump-test - e determinação da resistência à compressão de corpos-de-prova cilíndricos foram realizados pelo laboratório da EMLURB, através da GOLB (Gerência 92 Operacional de Laboratório). Alguns ensaios para determinação da resistência à tração na flexão do concreto foram realizados no Laboratório da empresa TECOMAT (Tecnologia da Construção e Materiais Ltda.). O autor da presente pesquisa analisou os resultados e as principais contribuições do acompanhamento sistemático desta obra estão apresentadas no capítulo seguinte. 93 Capítulo 5 5 RESULTADOS E ANÁLISES Neste capítulo são apresentados todos os resultados dos ensaios de determinação da resistência à compressão de corpos-de-prova cilíndricos (28 dias) segundo a ABNTNBR 5739:2007 e de alguns resultados dos ensaios de determinação da resistência à tração na flexão do concreto (28 dias) segundo ABNT-NBR 12142:1994. A Norma ABNT-NBR 7583:1986 instrui que “nos casos em que a especificação da obra assim o determine, ou quando tenha sido estabelecida através de ensaios, para o concreto em questão, uma correlação confiável, a critério da fiscalização, entre as resistências à tração na flexão e à compressão simples, a inspeção poderá ser feita através da medida desta última característica do concreto”. A Norma DNIT 047/2004-ES diz que “na inspeção do concreto deverá ser determinada a resistência à tração na flexão na idade de controle fixada no projeto, ou então a resistência à compressão axial desde que tenha sido estabelecida através de ensaios, para o concreto em questão, uma correlação confiável entre a resistência à tração na flexão e a resistência à compressão axial”, bem semelhante à ABNT citada. O controle da resistência do concreto nesta obra foi efetuado com base nos ensaios de resistência à compressão considerando-se a correlação tradicionalmente aceita com os ensaios de módulo de ruptura à flexão. Para isso conforme referido no subitem 4.1.8.4 foi considerando que o fck = 35,0 MPa correspondente ao fctM,k = 4,5 MPa. São apresentados os resultados da avaliação estatística da resistência estimada do concreto à compressão feita de acordo com as normas DNIT 047/2004-ES e ABNTNBR 7583:1986, em todo o concreto lançado na pavimentação do segmento acompanhado nesta pesquisa, onde foram aplicados 4.477,50 m³, distribuídos por 564 caminhões-betoneira em 108 dias de concretagens. Os resultados foram agrupados em 10 lotes definidos de acordo com a ordem cronológica das concretagens. Visando uma análise comparativa entre as resistências à tração e resistência à compressão aos 28 dias com base nas prescrições das normas citadas, foi escolhido um lote, concretado no 94 período de 28/04/2007 a 06/05/2007, que permitiu obter a razão RT / RC utilizando 16 corpos-de-prova (chamado de LOTE A) para verificar se a relação admitida é válida para esta obra. 5.1 Resistência à Tração na Flexão Os ensaios de determinação da resistência à tração na flexão do concreto foram realizados em corpos-de-prova do tipo viga prismática nas dimensões médias 500,0mm × 150,0mm × 150,0mm (comprimento × largura × altura), de acordo com a norma ABNT-NBR 12142:1994. Na Figura 5.1, está apresentado esquematicamente o posicionamento do corpo-de-prova, e na Tabela 5.1 estão os resultados, para o LOTE A, fornecidos pelo Laboratório da empresa TECOMAT (Tecnologia da Construção e Materiais Ltda.). Figura 5.1 – Detalhe Esquemático do Posicionamento do Corpo-de-prova no Ensaio à Tração na Flexão (Fonte:Laboratório TECOMAT). Tabela 5.1–Resultados de Ensaios de Resistência à Tração na Flexão do LOTE A (28 dias) Obra: Implantação corredor transporte Caxangá / Boa Vista Corpo-deReferência Data Moldagem prova 1 1º carro 28/04/07 2 2º carro “ 3 3º carro “ 4 4º carro “ 5 1º carro 29/04/07 6 7º carro “ 7 1º carro 02/05/07 8 2º carro “ 9 1º carro 03/05/07 10 2º carro “ 11 1º carro 04/05/07 12 2º carro “ 13 1º carro 06/05/07 14 2º carro “ 15 3º carro “ 16 4º carro “ (Fonte: Laboratório TECOMAT) Endereço: Av. Conde da Boa Vista Tensão Ruptura Data Ruptura à Tração (MPa) 26/05/07 5,9 “ 6,5 “ 6,9 “ 6,3 27/05/07 5,9 “ 6,5 30/05/07 6,2 “ 6,4 31/05/07 5,9 “ 6,3 01/06/07 6,1 “ 5,4 03/06/07 6,1 “ 6,7 “ 6,0 “ 6,0 95 As Normas DNIT 047/2004-ES e ABNT-NBR 7583:1986 nos fornecem as expressões para cálculo do valor estimado da resistência característica do concreto à tração dada a seguir: __ f ctM ,est = f ctM 28 − ks (5.1) Onde: fctM,est = valor estimado da resistência característica do concreto à tração; __ f ctM 28 = resistência média do concreto à tração, na idade de 28 dias; s = desvio padrão dos resultados; k = coeficiente de distribuição de Student. O valor do coeficiente k é função da quantidade de exemplares do lote, podendo ser obtido de tabelas próprias, no caso presente, representada em parte na Tabela 5.2 retirada da norma DNIT 047/2004-ES, que corresponde a uma probabilidade de aceitação de 20% dos resultados abaixo do mínimo especificado. O concreto do pavimento será aceito automaticamente quanto à resistência do concreto quando se obtiver a seguinte condição: fctM,est ≥ fctM Tabela 5.2 – Coeficiente de Distribuição de Student (DNIT 047/2004-ES) AMOSTRAGEM VARIÁVEL n 6 7 k 0,920 0,906 8 9 10 12 15 18 20 25 30 32 >32 0,896 0,889 0,883 0,876 0,868 0,861 0,861 0,857 0,854 0,842 0,842 5.1.2 Avaliação Estatística da Resistência Estimada do Concreto à Tração para o LOTE A. O cálculo do fctM,est para o Lote A (período de concretagem de 28/04/07 a 06/05/07 considerando os 16 corpos-de-prova) foi feito seguindo os passos 1 a 4: __ 1) Cálculo de f ctM 28 que é a resistência média do concreto à tração, na idade de 28 dias pela expressão: __ f ctM 28 = f 1 + f 2 + ... + f n −1 + f n (5.3) n onde f1, f2, f3, ... = resistência de um determinado exemplar; n = nº de corpos-de-prova 96 Buscando os valores das resistências individuais apresentados no Anexo 3, e __ Tabela 5.1 obtém-se o resultado: f ctM 28,loteA = 6,2 MPa. 2) Cálculo do desvio padrão : s= __ ∑ f ctM 28 − n −1 f 2 (5.4) onde f1, f2, f3, ... = resistência de um determinado exemplar, e n = número de exemplares, para o lote A → n = 16 __ f ctM 28 = resistência média do concreto à tração, na idade de 28 dias. Aplicando os valores obtidos na expressão 5.4 chega-se ao valor de desvio padrão: s = 0,4 MPa 3) Valor do Coeficiente de Distribuição de Student (Tabela 5.2) para n =16 →k = 0,868 __ 4) De posse desses dados, calcula-se o f ctM ,est = f ctM 28 − ks , obtendo-se: fctM,est = 6,2 – 0,868 x 0,4 = 5,9 → fctM,est , lote A = 5,9 MPa Estes valores estão resumidos na Tabela 5.3. __ Tabela 5.3 – Valores do f ctM 28 , Desvio Padrão s e fctM,est do LOTE A __ fctM,est (MPa) DESVIO PADRÃO LOTE f ctM 28 (MPa) (MPa) A 6,2 0,4 5,9 Na Figura 5.2 está apresentado o gráfico contendo a resistência característica estimada do concreto à tração aos 28 dias para o LOTE A, a resistência característica de projeto, e as resistências dos corpos-de-prova utilizados. 97 Com base na Tabela 5.1, pode-se observar na Figura 5.2, que os valores obtidos nos ensaios e no cálculo do valor estimado da resistência característica do concreto à tração mostram-se superiores à resistência característica (de projeto) definida como uma resistência à tração média de fctM,28 = 4,5 MPa. Observa-se pela Figura 5.2 que a especificação de projeto foi plenamente alcançada. Resistência cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 7,0 6,5 Resistência (MPa) 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Ensaio Nº Figura 5.2 - Resultados de Resistência à Tração - fctM28 , fctM,est. e fctM28,projeto - LOTE A 5.2 Resistência à Compressão Axial de Corpos-de-prova Cilíndricos Os ensaios de determinação da resistência à compressão axial foram realizados em corpos-de-prova do tipo cilíndrico nas dimensões 100,0mm x 200,0mm (diâmetro x altura), de acordo com a NBR 5739:2007. Na Tabela 5.4 estão mostrados os resultados dos ensaios de determinação da resistência à compressão em corpos-de-prova cilíndricos, para o LOTE A, moldados na mesma ocasião em que foram moldados os corpos-de-prova prismáticos para determinação da resistência à tração na flexão. As Normas DNIT 047/2004-ES e ABNT-NBR 7583:1986 também nos fornecem as expressões para cálculo do valor estimado da resistência característica do concreto à __ compressão pela expressão: f ck ,est = f c 28 − ks (5.5) Onde: fck,est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão axial; 98 __ f c 28 = resistência média do concreto à compressão axial, na idade de 28 dias; s = desvio padrão dos resultados; k = coeficiente de distribuição de Student; O valor do coeficiente k é função da quantidade de exemplares do lote de corpos-deprova, sendo obtido na Tabela 5.2. O concreto das placas do pavimento será aceito automaticamente quanto à resistência do concreto, quando se obtiver a seguinte condição: (5.6) f ck ,est ≥ f ck Tabela 5.4–Resultados de Ensaios de Resistência à Compressão Axial do LOTE A(28 dias) Obra: IMPLANTAÇÃO CORREDOR TRANSPORTE CAXANGÁ / BOA VISTA Corpo-deReferência Data Moldagem prova 1 1º carro 28/04/07 2 2º carro “ 3 3º carro “ 4 4º carro “ 5 1º carro 29/04/07 6 7º carro “ 7 1º carro 02/05/07 8 2º carro “ 9 1º carro 03/05/07 10 2º carro “ 11 1º carro 04/05/07 12 2º carro “ 13 1º carro 06/05/07 14 2º carro “ 15 3º carro “ 16 4º carro “ (Fonte: Laboratório EMLURB) Endereço: AV. CONDE DA BOA VISTA Data Ruptura 28/05/07 “ “ “ 28/05/07 “ 30/05/07 “ 31/05/07 “ 01/06/07 “ 04/06/07 “ “ “ Tensão Ruptura à Compressão (MPa) 47,1 50,3 42,0 46,5 42,0 47,1 47,1 44,6 46,5 40,1 44,6 42,0 42,0 43,3 47,1 37,6 5.2.1 Avaliação Estatística da Resistência Estimada do Concreto à Compressão para o LOTE A. Cálculo do fck,est para o Lote A (período de concretagem de 28/04/07 a 06/05/07 considerando todos os 16 corpos-de-prova) foi feito seguindo os passos de 1 a 4: __ 1) Cálculo de f c 28 que é a resistência média do concreto à compressão axial, na idade de 28 dias, __ f c 28 = f 1 + f 2 + ... + f n −1 + f n n 99 onde f1, f2, f3, ... = resistência de um determinado exemplar; n = nº de corpos-de-prova Buscando os valores das resistências individuais no Anexo 3, ou na Tabela 5.4 chega-se __ ao resultado: f c 28 ,loteA = 44,4 MPa. 2) Cálculo do desvio padrão pela expressão seguinte, equivalente à 5.4 : s= __ ∑ f c 28 − f n −1 2 onde f1, f2, f3, ... = resistência de um determinado exemplar, e n = número de exemplares, para o lote 1 → n = 16 __ f c 28 = resistência média do concreto à compressão axial, aos 28 dias. Aplicando os valores obtidos na expressão chega-se ao valor de desvio padrão de: s = 3,3 MPa 3) Valor do Coeficiente de distribuição de Student (Tabela 5.2), que corresponde a uma probabilidade de aceitação de 20% dos resultados abaixo do mínimo para n=16 → k = 0,868 especificado: 4) De posse dos valores obtidos nos passos anteriores, calcula-se o __ f ck ,est = f c 28 − ks , logo, fck,est = 44,4 – 0,868 x 3,3 = 41,5 → fck,est , lote A = 41,5 MPa Estes valores estão agrupados na Tabela 5.5. Com os dados fornecidos pela Tabela 5.4, pode-se plotar na Figura 5.3 os resultados obtidos nos ensaios individuais juntamente com o valor estimado da resistência característica do concreto à compressão e o valor da resistência à compressão axial especificada no projeto que é fc28 = 35,0 MPa. Baseado nos resultados apresentados pela Figura 5.3, observa-se que a especificação das Normas DNIT 047/2004-ES e ABNT-NBR 7583:1986, ou seja “o pavimento será aceito automaticamente quanto à resistência do concreto, quando se obtiver a condição: f ck ,est ≥ f ck ” foi alcançada. 100 __ Tabela 5.5 – Valores do f c 28 , Desvio Padrão s e fck,est do LOTE A __ fck,est (MPa) DESVIO PADRÃO LOTE f c 28 (MPa) (MPa) A 44,4 Resistência cada Ensaio 3,3 Resistência Característica Estimada 41,5 Resistência Característica (de Projeto) 55,0 Resistência (MPa) 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Ensaio Nº Figura 5.3 - Resultados da Resistência à Compressão dos corpos-de-prova, de fc28 , fck,est. e fck - LOTE A 5.3 Relação dos Resultados dos Ensaios à Tração e à Compressão aos 28 dias (LOTE A) Na Tabela 5.6 e Figura 5.4 estão mostrados os valores da razão da resistência à tração e resistência à compressão dos 16 (dezesseis) corpos-de-prova ensaiados, e que foram analisados para o LOTE A. Percebe-se que a razão média foi de 14%, acima da relação de 10% algumas vezes admitida, mas dentro da ordem de grandeza encontrada em trabalhos específicos. Considere ainda que neste projeto, foi admitido pelo projetista uma relação de 12,8% visto que para uma resistência à tração de 4,5MPa foi especificada a resistência à compressão de 35MPa. Levando-se em conta que os resultados dos ensaios à tração fornecidos pelo Laboratório TECOMAT, são em número reduzido (16 - cerca de 2,8% dos 564 caminhões) pode-se considerar este comparativo apenas ilustrativo, porém bastante favorável. 101 Tabela 5.6 – Razão das Resistências à Tração versus Compressão do LOTE A (28 dias) Ensaio Nº fctM,k (MPa) fck (MPa) Relação (fctM,k / fck)(%) 1 5,9 47,1 12,5 2 6,5 50,3 12,9 3 6,9 42,0 16,4 4 6,3 46,5 13,5 5 5,9 42,0 14,0 6 6,5 47,1 13,8 7 6,2 47,1 13,2 8 6,4 44,6 14,3 9 5,9 46,5 12,7 10 6,3 40,1 15,7 11 6,1 44,6 13,7 12 5,4 42,0 12,9 13 6,1 42,0 14,5 14 6,7 43,3 15,5 15 6,0 47,1 12,7 16 6,0 37,6 15,9 MÉDIA 6,2 44,4 14,0 (Fontes:Resistência à Tração-Laboratório TECOMAT/Resistência à Compressão–Laboratório EMLURB) Figura 5.4 – Resultados dos Ensaios à Tração e à Compressão Axial aos 28 dias – LOTE A. 102 5.4 Resultados de Todos os Ensaios de Resistência à Compressão (Lotes 1 a 10). Na obra em apreço a especificação particular estabeleceu que a inspeção do concreto seria determinada através da medida da resistência à compressão axial. Conforme já citado foram lançados 4.477,50 m³ de concreto, distribuídos por 564 caminhões betoneira em 108 dias alternados de concretagens, distribuídos em 10 lotes definidos de acordo com a ordem cronológica das concretagens. A primeira concretagem aconteceu no dia 07 de abril de 2007 (Ver Tabela A3.1 – Anexo 3), e a última no dia 18 de janeiro de 2008 (Ver Tabela A3.11 – Anexo 3). Em 2007 foram realizados 1232 ensaios, e em 2008, 61 ensaios, incluindo ensaios de resistência à compressão aos 3, 7 e 28 dias, ensaios estes realizados no próprio laboratório da EMLURB, perfazendo um total geral de 1293 ensaios. No ANEXO 3 são apresentadas as tabelas referentes aos resultados de todos os ensaios à compressão realizados. 5.5 Avaliação Estatística da Resistência Caracerística Estimada do Concreto à Compressão Segundo VIEIRA FILHO (2007), “resistência característica estimada do concreto à compressão, correspondente a um lote que se supõe homogêneo é o valor obtido ao ensaiar alguns corpos-de-prova cilíndricos e aplicar os resultados num modelo matemático – o estimador. Resulta uma estimativa feita a partir de uma amostragem, e não uma certeza absoluta do valor da resistência característica real do concreto do lote em exame”. Este conceito também é valido para a resistência característica estimada do concreto à tração - fctM,estimado – utilizando-se corpos-de-prova prismáticos. Para a avaliação estatística da resistência estimada do concreto à compressão (fck,estimado) foram definidos 10 (dez) lotes de concreto com menos de 500,00 m³ (Normas DNIT 047/2004 e ABNT-NBR 7583:1986) distribuídos ao longo da extensão total da avenida em avaliação nesta dissertação, de acordo com a ordem cronológica de lançamento dos mesmos, sendo atribuídas cores aos resultados dos referidos lotes para melhor visualização. 103 Na Tabela 5.7 são mostrados o número de concretagens, as datas, a quantidade de caminhões, o volume de concreto e as cores atribuídas aos lotes. No ANEXO 4 são apresentados os croquis de localização de todos os Lotes, ao todo 14 croquis. As Normas DNIT 047/2004-ES e ABNT-NBR 7583:1986 também determinam que a cada lote de concreto corresponderá uma amostra com 32 exemplares, retirados de maneira que a amostra seja representativa do lote todo, sendo cada exemplar amostral composto por dois corpos-de-prova, da mesma amassada e moldados no mesmo ato. Nesta obra foram retirados exemplares de cada caminhão betoneira, cujas características estão apresentadas na Tabela 5.8 onde também está o resumo contendo o número do lote, o volume de concreto respectivo à cor adotada para representar cada lote, o período de concretagem e o número de ensaios utilizados, sempre superiores a 32, o que amplia a confiabilidade estatística dos lotes. As Normas DNIT 047/2004-ES e ABNT-NBR 7583:1986, conforme citado nos itens 5.1 e 5.2, fornecem as expressões para cálculo do valor estimado da resistência característica do concreto à compressão: __ f ck ,est = f c 28 − ks (5.7) 104 Tabela 5.7 – Quantidade e Datas dos Lotes 1 a 10 e Outras Informações QUANTIDADE E DATAS DE CONCRETAGENS, Nº DE CAMINHÕES/DIA, VOLUMES DE CONCRETO, COR E VOLUME DOS LOTES. QUANTIDADE VOLUME COR/VOL. Nº DATA QUANTIDADE VOLUME COR/VOL. m³ m³ CAMINHÕES LOTES m³ CAMINHÕES LOTES m³ rosa 1 07/04/07 10 79,0 55 07/08/07 1 9,0 2 09/04/07 1 8,0 56 08/08/07 3 22,0 3 28/04/07 7 60,0 57 09/08/07 5 43,0 4 29/04/07 10 78,0 58 10/08/07 4 33,0 5 30/04/07 5 45,0 59 15/08/07 6 43,0 6 02/05/07 5 40,5 60 16/08/07 5 38,0 7 03/05/07 6 48,0 61 17/08/07 1 5,0 449,5 8 04/05/07 5 35,0 62 18/08/07 7 53,5 488,5 vermelho 9 06/05/07 12 95,0 63 20/08/07 7 50,5 laranja 10 07/05/07 2 16,0 64 23/08/07 7 51,0 11 08/05/07 3 22,0 65 24/08/07 8 65,0 12 09/05/07 1 6,0 66 25/08/07 4 27,0 13 10/05/07 11 87,0 67 27/08/07 1 5,5 14 17/05/07 6 50,0 68 29/08/07 6 44,5 15 18/05/07 4 33,0 69 30/08/07 6 47,0 16 19/05/07 3 26,0 70 31/08/07 3 19,0 17 21/05/07 4 30,0 71 01/09/07 3 26,0 18 22/05/07 5 42,0 72 03/09/07 6 48,5 469,0 19 25/05/07 4 32,0 73 06/09/07 10 85,0 verde 20 26/05/07 3 26,0 74 10/09/07 4 33,0 21 28/05/07 6 47,0 75 11/09/07 3 24,0 468,0 22 31/05/07 7 51,0 76 14/09/07 6 46,5 amarelo 23 01/06/07 3 27,0 77 15/09/07 3 24,0 claro 24 02/06/07 6 47,0 78 20/09/07 4 34,5 25 04/06/07 3 24,0 79 26/09/07 3 24,0 26 06/06/07 7 57,0 80 27/09/07 7 56,0 27 07/06/07 4 33,0 81 28/09/07 11 93,0 28 15/06/07 1 9,0 82 01/10/07 6 47,0 454,0 29 16/06/07 5 36,0 83 02/10/07 9 72,0 azul 30 18/06/07 7 52,5 84 04/10/07 14 109,0 claro 31 21/06/07 4 30,0 85 06/10/07 8 63,0 32 22/06/07 3 25,0 86 10/10/07 10 83,0 33 25/06/07 2 14,0 87 11/10/07 3 20,0 34 28/06/07 6 50,0 88 19/10/07 6 47,0 459,5 35 29/06/07 7 55,0 89 26/10/07 4 31,0 lima 393,0 36 30/06/07 5 42,0 90 30/10/07 5 40,0 marron 37 06/07/07 6 51,0 91 05/11/07 13 106,0 claro 38 07/07/07 4 27,0 92 06/11/07 12 99,0 39 09/07/07 6 48,5 93 08/11/07 7 60,5 40 12/07/07 1 8,0 94 09/11/07 2 15,0 41 13/07/07 1 9,0 95 12/11/07 9 73,0 42 14/07/07 5 38,0 96 20/11/07 3 21,0 43 17/07/07 2 17,0 97 21/11/07 4 32,5 433,0 44 19/07/07 2 12,0 98 22/11/07 3 26,0 turquesa 45 20/07/07 5 45,0 99 24/11/07 7 52,0 46 21/07/07 4 34,0 100 30/11/07 3 23,5 47 25/07/07 6 49,0 101 12/12/07 4 32,0 459,5 48 26/07/07 10 79,0 102 13/12/07 6 45,0 rosa 49 28/07/07 6 49,0 103 17/12/07 2 14,5 claro 50 30/07/07 1 8,5 104 20/12/07 11 89,5 51 31/07/07 3 25,0 105 28/12/07 8 65,5 52 02/08/07 5 43,0 106 05/01/08 7 49,5 53 03/08/07 5 38,0 107 15/01/08 2 14,5 403,5 54 04/08/07 5 39,5 108 18/01/08 2 17,5 RESUMO: 564 CAMINHÕES, 108 DIAS, TOTAL DE 4.477,50 m³ DE CONCRETO, 10 LOTES Nº DATA 105 Tabela 5.8 – Resumo Lotes x Cores x Período de Concretagens e Nº de Ensaios por lote neste estudo VOLUME Nº COR ADOTADA PERÍODO DE Nº DE LOTE CONCRETO(m³) CONCRETAGEM ENSAIOS 1 488,5 ROSA 07/04/07 à 06/05/07 61 2 468,0 3 459,5 4 459,5 5 LARANJA 07/05/07 à 31/05/07 59 01/06/07 à 29/06/07 58 LIMA 30/06/07 à 26/07/07 57 449,5 ROSA CLARO 28/07/07 à 18/08/07 57 6 469,0 VERMELHO 20/08/07 à 06/09/07 61 7 454,0 VERDE 10/09/07 à 02/10/07 56 8 393,0 AZUL CLARO 04/10/07 à 30/10/07 50 9 433,0 05/11/07 à 22/11/07 53 10 403,5 24/11/07 à 18/01/08 52 TOTAL 564 AMARELO CLARO MARRON CLARO TURQUESA 5.5.1 Avaliação Estatística da Resistência Estimada do Concreto à Compressão para os Lotes 1 a 10. Os passos do cálculo do fck,est para o Lote 1 (período de concretagem de 07/04/07 a 06/05/07- 61 corpos-de-prova) são os seguintes: __ 1) Cálculo de f c 28 que é a resistência média do concreto à compressão axial, na idade de 28 dias pela expressão 5.3 mostrada anteriormente. Utilizando os valores das resistências no Anexo 3, ou na Tabela 5.10 chega-se ao resultado: __ f c 28,lote1 = 44,9 MPa 2) Cálculo do desvio padrão pela expressão 5.4: s = 3,1 MPa 3) Valor do Coeficiente de Distribuição de Student (Tabela 5.7) p/ n >32 =0,842 __ 4) De posse desses dados, calcula-se o f ck ,est = f c 28 − ks , logo: fck,est = 44,9 – 0,842 x 3,1 = 42,29 → fck,est , lote 1 = 42,3 MPa De forma semelhante calcula-se as resistências características fck,est dos demais lotes, chegando-se aos valores relacionados na Tabela 5.9. 106 __ Tabela 5.9–Valores do f c 28 , Desvio Padrão s e fck,est dos Lotes 1 a 10 da obra analisada nesta dissertação. LOTE NÚMERO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 MÉDIA GERAL __ f c 28 (MPa) 44,9 44,4 42,2 43,8 42,5 43,2 47,3 43,6 44,3 43,5 44,0 DESVIO PADRÃO (MPa) fck,est (MPa) 3,1 5,4 3,8 3,7 4,1 4,4 4,9 3,5 4,0 4,3 4,1 42,3 39,9 39,0 40,7 39,0 39,5 43,2 40,7 40,9 39,9 Apresentam-se, resumidos na Tabela 5.9, as informações sobre o número dos lotes, a resistência média do concreto à compressão axial, na idade de 28 dias, o desvio padrão e o fck,est. Analisando-se os valores encontrados para o fck,est e aplicando-se a condição para aceitação ( f ck ,est ≥ f ck ) segundo ABNT-NBR 7583:1986 sabendo-se que a resistência à compressão axial especificada no projeto foi de fc28 = 35,0 MPa, constatase que a condição foi totalmente alcançada e o concreto das placas do pavimento pode ser aceito quanto à resistência à compressão. 5.5.2 Discussão dos Resultados 5.5.2.1 Análise dos Resultados à partir dos ensaios de resistência à compressão axial aos 28 dias Na Tabela 5.10 constam os resultados dos ensaios de resistência à compressão axial aos 28 dias de todos os corpos-de-prova utilizados nas análises dos lotes 1 a 10. Nas Figuras 5.5 a 5.14 são apresentados os gráficos contendo as resistências características estimadas do concreto à compressão aos 28 dias para cada lote, a resistência característica de projeto, e as resistências dos corpos-de-prova utilizados em cada lote. Ressalte-se que nestas figuras, as ligações entre os pontos que representam os resultados são meramente simbólicas, para melhor visualização, visto que os valores são discretos, não há continuidade possível de ser interpolada. O mesmo ocorre nas figuras seguintes. 107 Tabela 5.10 – Resistência à compressão dos ensaios dos Lotes 1 a 10 ENSAIO Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 fck,est (MPa) fck (MPa) 1 45,8 43,9 43,9 44,6 39,5 45,8 41,4 50,3 43,9 47,1 41,4 47,1 50,3 42,0 46,5 45,2 43,3 43,9 42,0 47,1 42,7 43,9 43,3 47,7 47,1 42,0 44,6 45,8 50,3 45,8 47,7 44,6 42,0 47,1 44,6 42,7 42,7 42,0 46,5 40,1 47,1 47,1 44,6 47,7 44,6 42,0 39,5 40,1 42,0 42,0 43,3 47,1 37,6 49,0 52,2 52,2 45,2 47,1 43,3 44,6 49,7 42,3 35,0 RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA UTILIZADOS EM CADA LOTE (MPa) 2 3 4 5 6 7 8 9 35,6 43,9 41,4 45,8 44,6 50,8 48,4 40,5 56,0 35,0 40,7 42,7 47,1 45,8 47,7 44,6 42,0 40,7 44,6 40,7 44,6 42,7 43,3 38,2 48,4 47,1 44,6 38,2 46,5 49,7 48,4 40,7 49,7 42,7 35,1 37,6 47,1 48,4 37,6 53,5 39,5 47,7 43,9 50,9 42,0 38,2 42,0 47,1 45,2 38,2 43,9 45,8 43,3 42,0 40,1 47,1 47,1 40,7 45,2 42,0 43,9 35,2 43,9 48,4 42,7 38,2 45,2 42,7 41,4 44,6 42,7 50,3 36,9 45,2 43,9 40,7 39,5 46,5 44,6 39,5 40,7 45,2 43,9 44,6 40,7 45,8 49,7 49,7 42,0 43,3 46,5 45,8 38,8 42,0 50,9 47,1 46,5 47,1 36,3 39,5 38,0 43,9 48,4 37,6 47,1 50,3 35,0 47,1 35,1 45,2 47,1 42,7 44,6 47,7 38,2 40,7 42,7 45,2 40,7 39,5 35,6 48,4 46,5 39,5 42,0 49,7 38,2 36,9 38,8 51,6 46,5 35,2 42,0 60,5 41,4 40,1 59,2 43,3 46,5 38,2 35,0 58,6 41,4 45,8 39,5 46,5 45,8 39,5 38,8 63,7 40,1 47,7 40,1 42,7 40,7 39,5 38,8 53,5 43,9 39,5 40,1 40,7 46,5 38,2 38,2 42,0 40,1 47,1 40,1 43,9 38,2 36,9 40,7 43,3 38,8 45,8 41,4 45,2 40,1 38,8 41,4 54,1 36,9 41,4 50,3 50,9 47,7 35,0 40,7 48,4 40,7 41,4 45,2 43,3 42,7 35,6 40,1 45,2 43,9 43,3 44,6 38,8 41,0 42,0 35,6 47,7 44,6 48,4 42,7 39,5 38,8 43,3 37,6 49,7 43,3 43,9 46,5 38,2 37,6 44,6 44,6 43,3 50,9 47,1 50,3 37,6 47,1 45,8 46,5 49,0 46,5 50,9 49,7 41,4 40,1 39,5 45,2 50,9 42,0 45,8 35,6 45,2 48,8 44,6 45,2 49,7 35,6 48,4 39,5 44,6 43,9 47,1 45,8 48,4 42,0 50,9 49,0 42,0 48,4 44,6 36,3 46,5 46,5 47,1 44,6 47,1 39,5 38,2 42,0 45,8 45,2 44,6 49,1 44,6 45,8 46,5 48,4 49,7 40,1 46,5 50,9 42,0 44,6 49,5 48,4 47,1 41,4 45,8 50,3 39,5 47,7 44,6 45,2 49,0 47,1 43,9 49,7 42,0 49,0 42,7 47,1 44,6 43,9 41,4 47,7 43,9 49,7 43,3 44,6 49,7 47,1 41,4 47,1 44,6 45,8 44,6 47,7 48,4 42,7 47,1 46,5 45,2 52,2 39,5 47,7 50,9 42,7 45,8 44,6 44,6 49,0 39,5 47,1 43,3 45,2 42,7 40,7 45,2 53,5 38,2 50,9 42,7 45,8 47,7 38,2 40,1 44,6 42,7 55,4 43,9 43,9 38,2 43,3 45,8 43,3 41,4 52,4 41,4 45,2 43,3 43,9 40,1 36,9 43,9 43,3 43,3 45,2 40,1 38,8 49,7 42,7 35,6 44,0 40,1 40,7 42,0 40,7 50,3 40,1 41,4 43,9 47,7 44,6 47,1 42,7 46,5 35,6 40,7 44,6 47,7 44,6 42,0 39,6 42,0 36,9 45,8 45,2 50,9 40,1 49,8 43,3 43,3 36,3 39,5 45,2 49,0 40,1 49,7 44,6 35,1 43,3 46,5 45,8 40,1 36,9 45,2 35,0 40,7 49,7 47,1 42,0 44,6 41,4 42,7 44,6 47,1 49,7 41,4 41,4 44,6 44,6 37,8 47,7 44,6 52,2 38,8 44,6 36,9 50,9 42,0 49,7 47,7 38,8 39,5 40,1 42,7 38,8 35,6 42,0 37,6 49,0 39,9 39,0 40,7 39,0 39,5 43,2 40,7 40,9 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 10 35,3 38,8 38,2 39,5 36,3 42,0 43,3 42,7 42,7 40,1 47,7 43,9 43,9 44,6 47,1 43,3 40,7 40,7 47,1 38,2 50,9 50,3 46,5 49,7 42,0 45,2 48,4 46,5 47,1 47,7 49,7 48,4 45,8 48,4 42,0 43,3 42,7 47,1 43,3 43,9 41,4 35,6 36,3 41,4 38,2 40,1 36,9 38,2 45,8 49,7 50,9 44,6 39,9 35,0 108 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 Ensaio Nº Figura 5.5 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto Lote 1 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 Ensaio Nº Figura 5.6 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto Lote 2 109 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 Ensaio Nº Figura 5.7 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto Lote 3 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 Ensaio Nº Figura 5.8 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto Lote 4 110 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 Ensaio Nº Figura 5.9 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto Lote 5 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Cracterística (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 Ensaio Nº Figura 5.10 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto - Lote 6 111 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 Ensaio Nº Figura 5.11 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto - Lote 7 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 Ensaio Nº Figura 5.12 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto - Lote 8 112 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 Ensaio Nº Figura 5.13–Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto – Lote 9 Resistência Cada Ensaio Resistência Característica Estimada Resistência Característica (de Projeto) 65,0 60,0 Resistência (MPa) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 Ensaio Nº Figura 5.14 – Resultados individuais da Resistência à Compressão, de fc28 , fck,est. e fc28,projeto Lote 10 5.5.2.2 Análise dos Resultados de resistência versus Abatimento do tronco de cone Na Tabela 5.11 são fornecidos os dados relativos à resistência à compressão de cada ensaio integrante dos lotes 1 a 10, e o valor do abatimento do tronco de cone, e estes valores estão plotados nas figuras 5.15 a 5.24 para permitir visualizar uma avaliação conjunta entre estas características dos ensaios deste estudo. Isto se justifica posto que para concretos do mesmo traço, a variação no abatimento pode significar variação nos materiais componentes do traço. 113 Tabela 5.11 – Resistência à compressão dos Ensaios dos Lotes 1 a 10 e Abatimento do Tronco de Cone (SLUMP) RESISTÊNCIA (MPa) x "SLUMP" (mm) ENSAIO Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 1 45,8 43,9 43,9 44,6 39,5 45,8 41,4 50,3 43,9 47,1 41,4 47,1 50,3 42,0 46,5 45,2 43,3 43,9 42,0 47,1 42,7 43,9 43,3 47,7 47,1 42,0 44,6 45,8 50,3 45,8 47,7 44,6 42,0 47,1 44,6 42,7 42,7 42,0 46,5 40,1 47,1 47,1 44,6 47,7 44,6 42,0 39,5 40,1 42,0 42,0 43,3 47,1 37,6 49,0 52,2 52,2 45,2 47,1 43,3 44,6 49,7 2 50 60 50 55 60 55 60 55 60 60 65 70 60 55 60 70 65 60 50 60 60 55 60 60 55 60 65 60 50 50 70 50 60 55 55 60 65 55 50 65 50 55 55 55 55 60 70 70 70 55 70 50 60 60 55 65 65 60 70 60 65 43,9 35,0 40,7 47,1 42,7 47,7 38,2 47,1 42,7 36,9 40,7 42,0 36,3 35,0 38,2 35,6 38,8 59,2 39,5 40,1 40,1 40,1 41,4 50,3 45,2 44,6 42,7 46,5 50,3 49,7 35,6 39,5 49,0 44,6 49,1 50,9 50,3 49,0 49,7 45,8 52,2 49,0 53,5 44,6 43,3 40,1 49,7 50,3 46,5 42,0 43,3 44,6 45,2 41,4 41,4 52,2 49,7 42,7 35,6 3 50 60 60 70 50 60 70 60 65 60 60 65 65 60 60 60 60 70 65 65 70 60 60 60 65 65 60 70 65 55 65 65 70 65 70 70 65 70 65 60 60 70 60 65 70 60 70 50 60 60 60 70 65 70 50 55 70 60 65 41,4 40,7 44,6 44,6 35,1 43,9 43,9 40,7 38,2 45,2 45,2 43,3 46,5 47,1 44,6 48,4 51,6 43,3 46,5 42,7 40,7 43,9 45,2 50,9 43,3 38,8 39,5 38,2 37,6 41,4 45,2 44,6 42,0 47,1 44,6 42,0 44,6 42,7 43,3 44,6 39,5 39,5 38,2 42,7 41,4 36,9 42,7 40,1 35,6 36,9 36,3 35,1 35,0 42,7 44,6 38,8 47,7 38,8 4 55 65 60 60 60 60 60 50 60 65 50 70 70 70 70 70 70 60 65 70 70 70 60 70 50 70 65 60 70 70 65 70 70 50 70 70 70 70 60 65 70 60 50 55 60 70 50 50 65 60 60 70 70 65 60 70 70 70 45,8 42,7 40,7 38,2 37,6 50,9 45,8 45,2 45,2 43,9 43,9 46,5 47,1 50,3 47,7 46,5 46,5 46,5 45,8 40,7 46,5 38,2 40,1 47,7 42,7 41,0 38,8 37,6 47,1 40,1 48,8 43,9 48,4 39,5 45,8 44,6 39,5 49,7 47,7 47,1 46,5 44,6 40,7 38,2 43,3 43,9 38,8 40,7 42,7 39,6 43,3 49,7 36,9 44,6 41,4 44,6 42,0 5 55 60 70 70 70 60 60 70 65 70 50 60 65 60 60 60 70 60 65 65 65 70 70 65 60 60 60 65 50 60 70 70 60 70 60 50 60 65 60 65 65 60 60 60 60 65 70 70 65 60 65 65 70 65 65 65 60 35,6 56,0 42,0 48,4 49,7 39,5 45,2 42,0 42,7 40,7 44,6 45,8 39,5 47,1 40,7 39,5 35,2 38,2 39,5 39,5 38,2 36,9 38,8 35,0 35,6 42,0 43,3 44,6 45,8 39,5 44,6 47,1 44,6 38,2 46,5 49,5 47,7 42,0 43,9 44,6 45,2 44,6 45,2 40,1 45,8 43,9 35,6 41,4 40,7 45,8 39,5 43,3 40,7 44,6 44,6 44,6 38,8 6 65 70 70 60 55 60 65 65 60 60 70 60 60 65 65 60 65 60 65 60 70 60 70 70 70 60 60 60 60 60 65 60 60 65 70 70 65 70 70 60 60 65 70 70 70 70 65 65 65 65 70 65 70 70 65 60 65 44,6 47,1 44,6 46,5 47,1 42,0 43,3 43,9 41,4 39,5 40,7 38,8 38,0 35,1 42,7 42,0 42,0 35,0 38,8 38,8 38,2 40,7 41,4 40,7 40,1 35,6 37,6 44,6 46,5 45,2 45,2 45,8 36,3 42,0 48,4 48,4 45,2 47,1 44,6 47,7 47,7 47,1 50,9 55,4 52,4 43,3 44,0 43,9 44,6 45,2 45,2 46,5 49,7 47,1 37,8 36,9 39,5 40,1 42,0 37,6 49,0 7 70 65 70 65 70 65 70 60 60 70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 60 70 70 60 70 70 70 65 65 70 70 70 70 60 70 70 60 60 70 70 55 60 60 70 65 70 70 65 70 70 65 70 70 60 60 70 70 65 70 70 70 65 50,8 45,8 42,7 49,7 48,4 38,2 42,0 35,2 44,6 46,5 45,8 42,0 43,9 45,2 45,2 49,7 60,5 58,6 63,7 53,5 42,0 43,3 54,1 48,4 45,2 47,7 49,7 43,3 49,0 50,9 49,7 48,4 46,5 45,8 49,7 47,1 49,0 44,6 49,7 48,4 50,9 43,3 42,7 43,9 41,4 43,3 40,1 47,7 47,7 50,9 49,0 45,8 47,1 49,7 47,7 50,9 8 60 55 70 70 70 70 70 70 60 65 70 65 60 70 65 70 70 70 70 70 60 70 60 60 60 55 70 55 60 70 65 60 60 70 70 65 60 60 70 65 65 65 65 65 60 65 65 70 60 65 65 60 60 60 70 65 48,4 47,7 43,3 48,4 37,6 42,0 40,1 43,9 42,7 44,6 49,7 50,9 48,4 47,1 40,7 38,2 41,4 41,4 40,1 43,9 40,1 38,8 36,9 40,7 43,9 44,6 43,3 50,9 46,5 42,0 35,6 42,0 46,5 45,2 40,1 41,4 47,1 43,9 47,1 42,7 42,7 45,2 45,8 43,9 45,2 45,2 40,7 44,6 44,6 40,1 9 70 70 60 60 65 60 60 65 65 70 65 65 60 65 60 60 65 65 65 70 65 60 60 70 70 70 70 70 70 70 70 60 60 70 60 65 60 70 65 70 70 60 65 65 65 65 70 70 65 70 40,5 44,6 38,2 40,7 53,5 47,1 47,1 48,4 50,3 39,5 49,7 47,1 37,6 42,7 39,5 36,9 40,1 45,8 47,7 39,5 47,1 45,8 41,4 41,4 43,3 48,4 43,9 47,1 50,9 45,8 48,4 50,9 47,1 44,6 46,5 45,8 43,9 41,4 41,4 47,1 45,8 42,7 47,7 38,2 43,3 40,1 42,0 47,1 42,0 49,8 40,1 40,1 42,0 10 70 65 65 65 70 65 60 60 65 65 65 65 60 65 70 55 50 55 60 60 70 70 60 70 70 70 70 60 70 65 70 70 60 50 50 60 70 55 60 60 60 55 60 65 65 60 65 65 60 60 60 65 60 35,3 38,8 38,2 39,5 36,3 42,0 43,3 42,7 42,7 40,1 47,7 43,9 43,9 44,6 47,1 43,3 40,7 40,7 47,1 38,2 50,9 50,3 46,5 49,7 42,0 45,2 48,4 46,5 47,1 47,7 49,7 48,4 45,8 48,4 42,0 43,3 42,7 47,1 43,3 43,9 41,4 35,6 36,3 41,4 38,2 40,1 36,9 38,2 45,8 49,7 50,9 44,6 60 65 60 60 65 65 65 70 65 65 60 60 65 60 60 65 65 65 60 60 70 65 70 65 65 65 70 65 60 70 60 65 65 70 65 70 60 70 65 60 70 60 65 65 60 65 65 65 60 65 70 70 114 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 Ensaio Nº Figura 5.15 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 1 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 Ensaio Nº Figura 5.16 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 2 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 dias 115 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 Ensaio Nº Figura 5.17 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 3 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 Ensaio Nº Figura 5.18 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 4 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 116 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 Ensaio Nº Figura 5.19 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 5 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 Ensaio Nº Figura 5.20 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 6 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 117 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 Ensaio Nº Figura 5.21 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 7 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 Ensaio Nº Figura 5.22 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 8 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 118 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 Ensaio Nº Figura 5.23 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 9 Abatimento Tronco de Cone 65,0 75 60,0 70 55,0 65 50,0 60 45,0 55 40,0 50 35,0 45 30,0 Abatimento Tronco de Cone (mm) Resistência (MPa) Resistência à Compressão 28 Dias 40 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 Ensaio Nº Figura 5.24 - Resistência à Compressão versus Abatimento Tronco de Cone – Lote 10 Observando-se os gráficos de resistência versus abatimento de tronco de cone, verifica-se como era de se esperar, que não há uma tendência constante de correlação entre os valores registrados, observa-se que tanto há resistências altas para abatimentos altos de tronco de cone como existem resistências baixas para abatimentos altos, certamente devido as inúmeras variáveis relativas aos materiais componentes do traço (tais como: variações no tipo e teor dos aditivos, na forma dos grãos e granulometria dos agregados e possíveis 119 variações no teor de água de amassamento, evaporações e condições de mistura e na execução dos ensaios). Observa-se porém, que há variações de 50 a 70 mm no abatimento de tronco de cone em cinco dos lotes, de 55 a 70mm em três deles, e dois (o 8 e o 10) variaram entre 60 e 70mm. No projeto previa-se intervalo de 60±10 mm, portanto atendido. 5.5.2.3 Análise dos Resultados à partir do Coeficiente de Variação A título de informação complementar sobre a qualidade do concreto produzido apresenta-se a seguir a análise dos lotes 1 a 10 segundo a norma ACI 214 R-02. Esta análise da qualidade do concreto produzido, tem como base o Coeficiente de Variação definido pelo quociente entre o desvio padrão e a resistência média, expresso em percentagem (CV%). Foram calculados o CV% para cada lote (1 a 10) podendo assim ser obtido o respectivo padrão de qualidade conforme a referida norma. Na presente análise utilizou-se o maior valor individual de cada par de corpos-de-prova. Na Tabela 5.12 estão mostrados os critérios adotados nesta análise. Tabela 5.12 – Relação Coeficiente de Variação e a Qualidade do Concreto (para fck > 34,5 MPa ou 5000 psi) segundo ACI 214 R-02 Coeficiente de Variação Classificação (CV%) CV % < 7 % Excelente 7 ≤ CV% < 9 Muito Bom 9 ≤ CV% < 11 Bom 11 ≤ CV% < 14 Razoável 14 ≤ CV% Fraco O coeficiente de variação CV é calculado pela expressão seguinte: CV = s x 100 __ f c 28 Onde: CV = coeficiente de variação em % s = desvio padrão __ f c 28 = resistência média do concreto à compressão axial, na idade de 28 dias. 120 Procedendo-se os cálculos para cada lote, tem-se os valores apresentados na Tabela 5.13 com os respectivos conceitos de qualidade. Tabela 5.13 – Qualidade do Concreto Avaliada Pelo Coeficiente de Variação Lote Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 s (MPa) __ f c 28 CV (%) Classificação 3,1 5,4 3,8 3,7 4,1 4,4 4,9 3,5 4,0 4,3 44,9 44,4 42,2 43,8 42,5 43,2 47,3 43,6 44,3 43,5 6,9 12,2 9,0 8,4 9,6 10,2 10,4 8,0 9,0 9,9 E R B MB B B B MB B B Legenda: E = Excelente, MB = Muito Bom, B = Bom, R = Razoável, F = Fraco 5.5.2.4 Análise dos Resultados à partir da comparação entre resultados aos 3 e 28 dias Na Tabela 5.14 apresenta-se os valores médios dos resultados dos ensaios de resistência à compressão axial aos 3 dias e aos 28 dias dos lotes 1 a 10 como também a razão entre esses valores. Na Figura 5.25 é apresentado o gráfico plotando esses valores para permitir visualizar uma possível correlação entre estas características dos corpos-de-prova de concreto deste estudo. Tabela 5.14 – Relação das Resistências à Compressão aos 3 e 28 dias dos Lotes 1 a 10 __ __ __ __ LOTE f f Relação f / c 28 c3 c 28 f c 3 NÚMERO 1 44,9 32,3 1,39 2 44,4 31,7 1,40 3 42,2 32,9 1,28 4 43,8 31,4 1,39 5 42,5 29,3 1,45 6 43,2 29,0 1,49 7 47,3 31,9 1,48 8 43,6 31,4 1,39 9 44,3 31,8 1,39 10 42,1 30,1 1,40 MÉDIA GERAL 43,8 31,2 1,40 121 Resistência Média à Compressão aos 28 dias Resistência Média à Compressão aos 3 dias 48 46 44 Resistência (MPa) 42 40 38 36 34 32 30 28 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Lote Figura 5.25 – Resultados individuais da Resistência à Compressão aos 3 e 28 dias Observando-se o Tabela 5.14, verifica-se que o crescimento médio da resistência à compressão dos 3 para os 28 dias foi de 40% de ordem de grandeza, compatível com o tipo de cimento utilizado. 5.6 Comentários finais Verifica-se que as especificações de projeto, quanto aos diversos aspectos da aplicação do concreto para as placas do pavimento para todos os Lotes analisados, em termos da resistência à compressão axial aos 28 dias a partir dos traços usados nesta obra foram atendidas, e portanto pode-se esperar um bom desempenho do concreto ao longo de sua vida útil. As resistências dos corpos-de-prova dos concretos nas amostras analisadas atenderam as especificações de projeto não apresentando nenhum exemplar aos 28 dias valor inferior ao fck (resistência característica). No entanto, a variabilidade dos valores da resistência à compressão é diferente em cada lote analisado, o que pode eventualmente levar ao surgimento de defeitos em tempos mais curtos onde o conceito segundo a análise do coeficiente de variação foi considerado “bom” do que onde foi “excelente”. A observação e acompanhamento ao longo dos anos de toda a extensão do trecho analisado, com vinculação dos lotes às 122 placas específicas será a forma de concluir se estes níveis de variabilidade podem resultar em vidas úteis distintas. Aconselha-se fortemente à EMLURB que crie um programa de monitoramento periódico da condição funcional e estrutural do trecho para que, daqui a alguns anos, seja possível ter curvas de desempenho deste pavimento que possa servir para futuro sistema de gerência da Prefeitura de novos trechos de concreto, além de estabelecer critérios mais ou menos rígidos de controle construtivo a serem adotados nas especificações de serviço. O custo de um programa deste porte de ensaios é da ordem de 1,64% do valor da obra. Caso seja possível diminuir com segurança este valor seria adequado para os orçamentos das obras e dos órgãos. Uma das formas de diminuir este custo seria estudar uma forma de reduzir o número de corpos-de-prova por lote levando em conta o tipo de obra. De qualquer forma, o controle dos materiais mostrou-se muito adequado e permite ao gestor atuar de forma eficiente ainda durante a construção evitando o prolongamento de construções não condizentes com o projeto, além de poder estimar se a vida útil será a estimada, pelo menos no que diz respeito aos materiais. Após a conclusão das obras foi realizada pelo autor da presente dissertação uma inspeção visual, não se detectando a existência de trincas e fissuras precoces. Também é possível perceber que foi obtido um bom nivelamento do pavimento, não se sentindo desconforto ao se trafegar sobre as placas, mas lamentavelmente não foi possível medir formalmente o Índice de Irregularidade com uso de perfilômetro. Nas Figuras 5.26 e 5.27 mostram-se características da superfície de alguns pontos, como exemplo do que se observa em todo o segmento acompanhado nesta pesquisa, após quase seis meses de conclusão da concretagem. 123 Figura 5.26 – Vista Parcial do Pavimento Novo (trecho R. do Hospício / R. da Aurora) (Foto do autor – Maio / 2008) Figura 5.27 – Vista Parcial do Pavimento Novo (trecho próximo à R. Dom Bosco) (Foto do autor – Maio / 2008) 124 Capítulo 6 6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES DE PESQUISAS FUTURAS 6.1 Conclusões Com base no que foi exposto neste trabalho pode-se chegar às seguintes conclusões principais: 1. Foi possível concluir que o uso de equipamentos de pequeno porte, entre eles as formas metálicas de contenção lateral mostrou-se eficiente para execução de obras em área urbana; 2. Os valores característicos de resistência à compressão e de resistência à tração dos lotes de controle do concreto rolado e do concreto de cimento Portland da obra acompanhada atingiram ou superaram os valores especificados de projeto. Pode-se inferir que a estrutura do pavimento neste segmento avaliado tem boas perspectivas de atingir a vida útil esperada, desde que as condições de tráfego, em volume e peso, sejam aproximadamente as admitidas no projeto. 3. Por se tratar de corredor de transporte, todas as etapas executivas foram trabalhadas sob rígidas condições de controle do tempo disponível para o fechamento do tráfego, sem, no entanto, esquecer o controle tecnológico que foi efetuado em todas as fases, indispensável para alcançar os objetivos de entrega da via no menor tempo possível e dentro dos padrões de qualidade exigidos; 4. A opção pela utilização do cimento portland de alta resistência inicial e resistente a sulfatos (CP V – ARI RS), mostrou-se coerente com o tipo de obra, principalmente na sua característica principal de “alta resistência inicial” o que possibilitou a liberação ao tráfego no menor tempo possível e com garantia de qualidade da resistência do mesmo, tanto aos 3 como aos 28 dias; 125 5. Obteve-se uma razão média de 14% entre a resistência à tração e a resistência à compressão do concreto de cimento portland aos 28 dias, preparado com os materiais e técnicas desta obra, ligeiramente superior ao admitido no projeto que foi de 12,8%. 6. Analisando-se os coeficientes de variação dos resultados dos dez lotes de ensaios de resistência à tração foi possivel enquadrar os mesmos pela Norma ACI 214 R-02 como: um lote como “Excelente”, dois como “Muito Bom”, sete como “bom” e somente um como “Regular”, indicando variabilidade entre os vários dias de concretagem. 7. Para os lotes de concretagem deste estudo, observou-se um aumento médio de 40% entre a resistência à compressão medida aos 3 dias de cura em relação à medida aos 28 dias. 8. Não foi possível estabelecer uma correlação entre o valor do abatimento de tronco de cone (slump) e a resistência do concreto, mas foi possível constatar variações de abatimento entre lotes e dentro dos lotes, entre 50 e 70 mm, que era a faixa prevista no projeto, mas deve-se estudar formas de melhorar o processo de fabricação do concreto. 9. Ao final desta pesquisa a obra já estava concluída a cerca de um ano e o comportamento do pavimento parece adequado sob o ponto de vista de inspeção visual realizada pelo autor da presente dissertação. 10. Para a Prefeitura de Recife, o investimento em controle laboratorial corrente da obra de pavimento de concreto mostrou – se viável economicamente e vantajoso sob o ponto de vista técnico. A possibilidade de intervir no processo construtivo quando ele ainda está ocorrendo quando eventualmente se detectam falhas e a inferência do desempenho futuro são alguns dos aspectos associados às vantagens do controle tecnológico, que, embora conhecidos, nem sempre são praticados. 126 6.2 Sugestões de Pesquisas Futuras Selecionaram-se os seguintes tópicos como sugestões de pesquisas futuras: 1. Acompanhar sistematicamente o trecho estudado ao longo de sua vida útil, com contagem periódica do tráfego e pesagem para verificar se as hipóteses admitidas no projeto quanto à taxa de crescimento e à carga legal nos eixos foram adequadas; 2. Retirar corpos-de-prova do pavimento construído para verificar condições estruturais e fazer uso de equipamento de GPR e outros de sondagem não destrutiva para verificar a condição de espessura e integridade do CCR e da placa de concreto ao longo do trecho estudado; 3. Verificar com uso de FWD a condição de transferência de carga nas juntas e a eficiência das barras de ligação no trecho analisado; 4. Acompanhar o desempenho da selagem das juntas e verificar a eficiência das mesmas; 5. Acompanhar sistematicamente pavimentos de concreto em serviço no Brasil e especialmente em Pernambuco, a fim de se desenvolver curvas de desempenho e também verificar o tipo de defeito predominante nesses pavimentos, para auxílio nas tomadas de decisões sobre a melhor e mais econômica maneira de reabilitação / manutenção. 6. Comparar pavimentos dimensionados pelos métodos tradicionais com aqueles que utilizam resultados dos programas de dimensionamento automático de pavimentos de concreto disponíveis, com o intuito de otimizar tanto o dimensionamento quanto o processo executivo. 7. Desenvolver um programa, ou adaptar um já existente, para análise de pavimentos rígidos que tenha entrada e saída amigáveis, de forma a ter ganho de tempo na análise desses dados. 127 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN CONCRETE INSTITUTE. “Evaluation of Strength Test Results of Concrete”. ACI-214 R-02. Chicago, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Curso Pavimento de Concreto. Recife: ABCP, 2001. _____. Estradas de Concreto:Este é o caminho do futuro.Revista Técnica.São Paulo 2003. _____. Recife: Capital Nacional do Pavimento de Concreto. Revista Técnica. São Paulo, 2004. _____. Curso Básico de Concreto Rolado Para Pavimentação. Recife, 2004a. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67: Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998. _____. NBR 5732: Cimento Portland comum. Rio de Janeiro, 1991. _____. NBR 5733: Cimento Portland de alta resistência inicial.Rio de Janeiro,1991 _____. NBR 5735: Cimento Portland de Alto – Forno. Rio de Janeiro, 1991. _____. NBR 5736: Cimento Portland pozolânico. Rio de Janeiro, 1991. _____. NBR 5738: Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos-de prova. Rio de Janeiro, 2003. _____. NBR 5739: Concreto – Ensaio cilíndricos. Rio de Janeiro, 2007. de compressão de corpos – de - prova _____. NBR 7182: Solo – Ensaio de compactação. Rio de Janeiro, 1986. _____. NBR 7207: Terminologia e classificação de pavimentação. Rio de Janeiro, 1982. _____. NBR 7211: Agregado para concreto. Rio de Janeiro, 2005. _____. NBR 7480: Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras Para Concreto Armado. Rio de Janeiro, 1996. _____. NBR 7481: Tela de aço soldada – armadura para concreto. Rio de Janeiro, 1990. _____. NBR 7583: Execução de pavimentos de concreto simples por meio mecânico. Rio de Janeiro, 1986. _____. NBR 7680: Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de Concreto. Rio de Janeiro, 1983. _____. NBR 11768: Aditivos para concreto de cimento Portland. Rio de Janeiro, 1992. _____. NBR 12142: Concreto – determinação da resistência à tração na flexão em corpos-de-prova prismáticos. Rio de Janeiro, 1994. _____. NBR 12654: Controle tecnológico de materiais componentes do concreto. Rio de Janeiro, 1992. 128 BAPTISTA, C.de F. N. Pavimentação-Tomo III. Porto Alegre: Editora Globo,1976. BASÍLIO, F.A. e THOMAZ, C.A.. Manutenção e Reforço de Pavimentos de Concreto. Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv). 8ª Reunião Anual de Pavimentação. Anais - Recife, 1967. BRASIL. Decreto-lei 9.503, de 23/09/97.Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial - República Federativa do Brasil, Brasília, v.184, 24/09/1997. CARVALHO, M.D. Recuperação de Pavimentos de Concreto. Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv). 17ª Reunião Anual de Pavimentação. Anais... Brasília, 1982. CARVALHO, M.D. Seminário Sobre Fundamentos, Avanços Tecnológicos e Técnicas de Reabilitação de Pavimentos de Concreto. Associação Brasileira de Cimento Portland. Recife, 2004. COLOMBO, R.A. e AUBERT, M.E. Refuerzo Y Reacondicionamento de Pavimentos com Recobrimentos de Hormigon – Experiência Argentina. In: Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv), Simpósio Internacional de Avaliação de Pavimentos e Projeto de Reforço. Anais - Rio de Janeiro, 1979. DALIMIER, M.; LUCO, L. F. “Equipos de Alto Rendimiento para la Ejecución de Pavimentos de Hormigón – Antecedentes de Uso en la Ruta 127”. In: PÓS CONGRESSO PURDUE SOBRE PROJETO, AVALIAÇÃO, DESEMPENHO E REABILITAÇÃO ESTRUTURAL DOS PAVIMENTOS DE CONCRETO, 1, São Paulo, 1998. Anais... DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-EM 034/ 97: Água para concreto: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1997. _____. DNER-EM 036/95: Cimento Portland – recebimento especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1995. _____. DNER-EM 037/97: Agregado graúdo para especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1997. _____. DNER-EM 038/97: Agregado miúdo material. Rio de Janeiro: IPR, 1997. concreto e aceitação: de cimento: para concreto: especificação de _____. DNER-ES 299/97:Pavimentação – regularização do subleito – especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 1997. _____. DNER-ES 326/97: Pavimentação – concreto de cimento Portland com equipamentos de forma-trilho - especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR,1997. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT: Manual de Pavimentos Rígidos. 2ª Edição. Rio de Janeiro: IPR, 2005. _____. DNIT 047/2004-ES. Pavimento rígido – execução de pavimento rígido com equipamento de pequeno porte: especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 2004. 129 _____. DNIT 048/2004-ES. Pavimento rígido – execução de pavimento rígido com equipamento de fôrma-trilho: especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 2004. _____. DNIT 049/2004-ES. Pavimento rígido – execução de pavimento rígido com equipamento de fôrma-deslizante:especificação de serviço.Rio de Janeiro. IPR,2004 _____. DNIT 056/2004-ES. Pavimento rígido – sub-base de concreto de cimento portland compactado com rolo: especificação de serviço.Rio de Janeiro: IPR, 2004. _____. DNIT 060/2004-PRO. Pavimento rígido – inspeção visual – procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004. _____. DNIT 061/2004-TER. Pavimento rígido – defeitos – terminologia. Rio de Janeiro: IPR, 2004. _____. DNIT 062/2004-PRO.Pavimento rígido – avaliação objetiva –procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004. DÍAZ, O.V. Método de Dosagem de Concreto de Elevado Desempenho. São Paulo: PINI, 1998. GARZA, H. V. “Experiencias en la Construcción de Carreteras: Pavimentos Mexicanos de Concreto”. In: FORO INTERAMERICANO PARA LA PROMOCION Y EL DESARROLLO DE LOS PAVIMENTOS DE CONCRETO HIDRÁULICO, 1, 1998. Anais... Cidade do México: Cemex, 1998. 30-41. GONTIJO, P.R.A. O Projeto de Pesquisa SHRP. In: Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv). 25ª Reunião Anual de Pavimentação.Anais.São Paulo, 1991. IDORN, G. Concrete Progress. London: Thomas Telford, 1997. ISAIA, G.C. Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações (IBRACON).2v. São Paulo, 2005. KAEFER, L.F. A Evolução do Concreto Armado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1998. MALINWSKI, R., e GARFINKEL. Prehistory of Concrete International. Detroit. 1991. MEDINA, J. Fundamentos de Mecânica dos Pavimentos. Tese apresentada ao Concurso para Professor Titular da COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro, 1988. MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Materiais. São Paulo: PINI, 1994. Concreto: Estrutura, Propriedade e MESQUITA, J. C. L. Pavimento Rígido como Alternativa Econômica para Pavimentação Rodoviária. Dissertação – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2001. MOREIRA, M. R.P. Dimensionamento do Pavimento de Concreto da Avenida Conde da Boa Vista, na Cidade do Recife. Recife, 2007. 130 MOTTA, L.M.G., e M.P. RABELLO. Considerações a Respeito do Dimensionamento de Pavimentos Rígidos. 28ª Reunião Anual de Pavimentação. Anais. Belo Horizonte, 1994. NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. PINI, 2ª Edição.Tradutor: Salvador E. Giammusso. São Paulo, 1997. PATRIOTA, M. B. Restauração e Manutenção de Vias Urbanas. Curso de Especialização em Projeto de Infra – Estruturas Viárias em Meio Urbano. Universidade Católica de Pernambuco. Notas de Aula. Recife, 2004. PCA. Portland Cement Association. “Thickness Design for Concrete Highways and Street Pavements”. Canadian Edition. Stokie, 1984. PITTA, M.R. Construção de Pavimentos de Concreto Simples. Associação Brasileira de Cimento Portland. 3ª Edição. ET-81. São Paulo, 1998. PREGO, A. S. S. A Memória da Pavimentação no Brasil. Fatos Históricos, Recordações, Depoimentos. Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv). Rio de Janeiro, 2001. RUFINO, D. M. S. Estudo dos Procedimentos de Dimensionamento e dos Novos Programas de Análise de Tensões em Pavimentos de Concreto. Tese-Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Rio de Janeiro, 1997. SENÇO, W. de. Manual de Técnicas de Pavimentação. V 1. São Paulo: PINI, 1997. SENÇO, W.de. Manual de Técnicas de Pavimentação. V 2. São Paulo: PINI, 2001. SOUZA COUTINHO, A. Fabrico e Propriedades do Betão. LNEC. Lisboa, 1973. SOUZA, M. L. de. Pavimentação Rodoviária. 2 ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1980. VEIGA, A. P. Reparações de Pavimentos de Concreto. Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR). Rio de Janeiro, 1975. VIEIRA FILHO, J. O. Avaliação Estrutural e Funcional de um Pavimento Rígido em Via Urbana do Recife-PE. Tese - Universidade Federal da Paraíba - Campus II. Campina Grande. 1993. VIEIRA FILHO, J. O. Projeto d e Pavimentos Rígidos e Semi-Rígidos. Curso de Especialização em Projeto de Infra – Estruturas Viárias em Meio Urbano. Universidade Católica de Pernambuco. Notas de Aula. Recife, 2004. VIEIRA FILHO, J. O. Avaliação da Resistência à Compressão do Concreto Através de Testemunhos Extraídos: Contribuição à Estimativa do Coeficiente de Correção Devido aos Efeitos do Broqueamento. Tese – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2007. VITRUVIUS, P. “Teen Books on Architeture”. Traduzido do Latim por M. H. Morgan. New York: Dover Publications, 1960. 131 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND.Guia básico de Utilização do Cimento Portland. Boletim Técnico 106 (BT-106). São Paulo, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-12655: Concreto de Cimento Portland - preparo, controle e recebimento - procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2006. GIUBLIN, C. R. e MASCHIO, A. Revitalização da Infra-Estrutura Viária do Porto De Paranaguá com Pavimento de Concreto. V Jornadas Luso-Brasileiras de Pavimento: Políticas e Tecnologias. Recife, 2006. GODINHO, D. P. Pavimentos Rígidos – Curso Básico Intensivo de Pavimentação Urbana. Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv). Rio de Janeiro, 2008. MEDINA, J. e MOTTA, L.M.G. Mecânica dos Pavimentos. 2ª Edição. Rio de Janeiro, 2005. MOTTA, L.M.G. Noções de Dimensionamento de Pavimentos –Curso Básico Intensivo De Pavimentação Urbana. Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv). Rio de Janeiro, 2008. SNYDER, M. Manutenção e Restauração dos Pavimentos após Longo Uso. Workshop Internacional Sobre as Melhores Práticas Para Pavimentos de Concreto. IBRACON. Recife, 2007. 132 ANEXOS 133 ANEXO 1 Fotos das Avenidas em Pavimento Rígido na Cidade do Recife (Ordem da Tabela 3.1) 134 Figura A1.1 – Avenida Abdias de Carvalho (Foto do autor – Julho/2008) Figura A1.2 – Av. Acadêmico Hélio Ramos (Foto do autor – Junho/2008) 135 Figura A1.3 – Avenida Agamenon Magalhães (Foto do autor – Julho/2008) Figura A1.4 – Avenida Antonio de Góes (Foto do autor – Julho/2008) 136 Figura A1.5 – Avenida Barão de Souza Leão (Foto do autor – Outubro/2008) Figura A1.6 – Avenida Boa Viagem (Foto do autor – Julho/2008) 137 Figura A1.7 – Cais de Santa Rita (Foto do autor – Junho/2008) Figura A1.8 – Avenida Caxangá (Foto do autor – Junho/2008) 138 Figura A1.9 – Avenida Conde da Boa Vista (Foto do autor – Maio/2008) Figura A1.10 – Avenida Engenheiro José Estelita (Foto do autor – Julho/2008) 139 Figura A1.11 – Estrada do Remédios (Foto do autor – Junho/2008) Figura A1.12 – Avenida Hidelbrando de Vasconcelos (Foto do autor – Junho/2008) 140 Figura A1.13 – Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes (Foto do autor – Junho/2008) Figura A1.14 – Avenida Maria Irene (Foto do autor – Junho/2008) 141 Figura A1.15 – Avenida Martin Luther King (Foto do autor – Julho/2008) Figura A1.16 – Avenida Norte (Foto do autor – Junho/2008) 142 Figura A1.17 – Avenida Professor Artur de Sá (Foto do autor – Junho/2008) Figura A1.18 – Avenida Professor Luiz Freire (Foto do autor – Junho/2008) 143 Figura A1.19 – Avenida Recife (Foto do autor – Julho/2008) Figura A1.20 – Subida do Ibura (Foto do autor – Junho/2008) 144 Figura A1.21 – Avenida Sul (Foto do autor – Julho/2008) 145 ANEXO 2 Apresentam-se fichas de alguns ensaios realizados ao longo da Avenida Conde da Boa Vista. 146 Figura A2.1 – Ensaio de Compactação e Índice de Suporte Califórnia (Registro 402) 147 Figura A2.2 – Ensaio de Compactação e Índice de Suporte Califórnia (Registro 403) 148 Figura A2.3 – Ensaio de Compactação e Índice de Suporte Califórnia (Registro 404) 149 Figura A2.4 – Ensaio de Compactação e Índice de Suporte Califórnia (Registro 405) 150 Figura A2.5 – Ensaio Densidade “In Situ” 151 Figura A2.6 – Ensaio de Caracterização de Agregados para Concreto 152 Figura A2.7 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (1º Carro) 153 Figura A2.8 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (2º Carro) 154 Figura A2.9 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (3º Carro) 155 Figura A2.10 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (4º Carro) 156 Figura A2.11 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (5º Carro) 157 Figura A2.12 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (6º Carro) 158 Figura A2.13 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (7º Carro) 159 Figura A2.14 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (8º Carro) 160 Figura A2.15 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (9º Carro) 161 Figura A2.16 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (10º Carro) 162 Figura A2.17 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (11º Carro) 163 Figura A2.18 – Ensaio de Ruptura à Compressão Simples de Concreto (12º Carro) 164 Figura A2.19 – Croqui de Localização da 1ª a 10ª Moldagem (1º ao 10º Carro) . 165 Figura A2.20 – Croqui de Localização da 1ª a 10ª Moldagem (10º ao 12º Carro). 166 Figura A2.21 – Ensaio de Determinação da Resistência à Tração.(moldagens de 28/04 à 04/05/08) 167 Figura A2.22 – Ensaio de Determinação da Resistência à Tração.(moldagens dia 06/05/08). 168 ANEXO 3 Apresentam-se as planilhas com os resultados de todos os ensaios de resistência à compressão realizados ao longo da Avenida Conde da Boa Vista. 169 Tabela A3.l - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (1ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 99 100 101 102 103 104 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101 105 109 113 117 121 125 129 133 137 141 145 149 153 157 161 165 169 173 177 181 185 189 193 197 201 205 209 213 217 07/04/07 " " " " " " " " " 09/04/07 28/04/07 " " " " " " 29/04/07 " " " " " " " " " 30/04/07 " " " 02/05/07 " " " " 03/05/07 " " " " " 04/05/07 " " " " 06/05/07 " " " " " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS RUPTURA DATA fcj TENSÃO "SLUMP" (mm) 10/04/07 " " " " " " " " " 12/04/07 02/05/07 " " " " " " 02/05/07 " " " " " " " " " 03/05/07 " " " " 07/05/07 " " " " 07/05/07 " " " " " 07/05/07 " " " " 09/05/07 " " " " " fc9 27,4 27,4 26,7 24,8 24,8 28,0 23,6 33,1 24,8 28,6 28,6 29,3 34,4 27,0 35,6 30,6 34,4 30,6 33,7 33,1 32,5 32,5 34,4 34,4 30,6 30,6 31,2 31,8 34,4 36,3 35,0 25,5 30,6 38,8 39,5 38,2 35,6 33,1 38,2 31,2 38,2 37,6 36,9 38,8 33,7 35,0 29,3 33,7 32,5 31,8 32,5 32,5 23,6 33,7 38,2 50 60 50 55 60 55 60 55 60 60 65 70 60 55 60 70 65 60 50 60 60 55 60 60 55 60 65 60 50 50 70 50 60 55 55 60 65 55 50 65 50 55 55 55 55 60 70 70 70 55 70 50 60 60 55 " " " " " " " " " fc7 fc9 " " " " " " fc8 " " " " " " " " fc7 " " " " fc7 " " " " fc7 " " " " " fc7 " " " " fc8 " " " " " VOLUME CONCRETO 8,0 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 9,0 9,0 9,0 9,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 6,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 9,0 VOL / DIA CONCRETO 79,0 8,0 60,0 78,0 45,0 40,5 48,0 35,0 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 94 95 96 97 98 111 112 113 114 115 116 119 120 121 122 123 127 128 129 130 131 132 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 2 6 10 14 18 22 26 30 34 38 42 46 50 54 58 62 66 70 74 78 82 86 90 94 98 102 106 110 114 118 122 126 130 134 138 142 146 150 154 158 162 166 170 174 178 182 186 190 194 198 202 206 210 214 218 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO 07/04/07 " " " " " " " " " 09/04/07 28/04/07 " " " " " " 29/04/07 " " " " " " " " " 30/04/07 " " " " 02/05/07 " " " " 03/05/07 " " " " " 04/05/07 " " " " 06/05/07 " " " " " 16/04/07 " " " " " " " " " 16/04/07 07/05/07 " " " " " " 07/05/07 " " " " " " " " " 07/05/07 " " " " 09/05/07 " " " " 10/05/07 " " " " " 11/05/07 " " " " 14/05/07 " " " " " fc9 40,7 39,5 42,0 37,6 36,9 41,4 36,9 43,9 37,6 40,1 36,9 40,7 41,4 36,3 40,7 41,4 36,9 37,6 33,7 36,3 40,1 37,6 35,6 36,3 39,5 38,2 35,6 38,8 43,9 45,8 35,0 36,9 39,5 41,4 39,5 38,2 35,6 33,7 39,5 34,4 38,2 39,5 38,2 42,0 36,9 37,6 35,0 36,3 35,6 35,0 38,2 37,6 31,2 40,7 40,7 " " " " " " " " " fc7 fc9 " " " " " " fc8 " " " " " " " " fc7 " " " " fc7 " " " " fc7 " " " " " fc7 " " " " fc8 " " " " " CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 258 259 260 261 262 267 268 269 270 271 272 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 4 8 12 16 20 23 28 31 35 40 43 47 51 56 60 64 67 71 76 80 84 88 91 96 99 103 108 112 116 120 123 128 131 135 139 144 148 152 156 159 163 168 171 175 180 184 187 191 195 199 203 207 212 216 219 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO 07/04/07 " " " " " " " " " 09/04/07 28/04/07 " " " " " " 29/04/07 " " " " " " " " " 30/04/07 " " " " 02/05/07 " " " " 03/05/07 " " " " " 04/05/07 " " " " 06/05/07 " " " " " 07/05/07 " " " " " " " " " 07/05/07 28/05/07 " " " " " " 28/05/07 " " " " " " " " " 28/05/07 " " " " 30/05/07 " " " " 31/05/07 " " " " " 01/06/07 " " " " 04/06/07 " " " " " fc30 45,8 43,9 43,9 44,6 39,5 45,8 41,4 50,3 43,9 47,1 41,4 47,1 50,3 42,0 46,5 45,2 43,3 43,9 42,0 47,1 42,7 43,9 43,3 47,7 47,1 42,0 44,6 45,8 50,3 45,8 47,7 44,6 42,0 47,1 44,6 42,7 42,7 42,0 46,5 40,1 47,1 47,1 44,6 47,7 44,6 42,0 39,5 40,1 42,0 42,0 43,3 47,1 37,6 49,0 52,2 " " " " " " " " " fc28 fc30 " " " " " " fc29 " " " " " " " " " fc28 " " " " fc28 " " " " fc28 " " " " " fc28 " " " " fc29 " " " " " 170 Tabela A3.2 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (2ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 105 106 107 108 109 110 117 118 124 125 126 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 187 188 189 190 195 196 197 198 199 229 230 231 232 238 239 240 252 253 254 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 221 225 229 233 237 241 245 249 253 257 261 265 269 273 277 281 285 289 293 297 301 305 309 313 317 321 325 329 333 337 341 345 349 353 357 361 365 369 373 377 381 385 389 393 397 401 405 409 413 417 421 425 429 433 437 " " " " " " 07/05/07 " 08/05/07 " " 09/05/07 10/05/07 " " " " " " " " " " 17/05/07 " " " " " 18/05/07 " " " 19/05/07 " " 21/05/07 " " " 22/05/07 " " " " 25/05/07 " " " 26/05/07 " " 28/05/07 " " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS RUPTURA DATA fcj TENSÃO "SLUMP" (mm) " " " " " " 10/05/07 " 11/05/07 " " 14/05/07 14/05/07 " " " " " " " " " " 21/05/07 " " " " " 21/05/07 " " " 22/05/07 " " 24/05/07 " " " 25/05/07 " " " " 28/05/07 " " " 29/05/07 " " 31/05/07 " " " " " " " " 37,6 35,0 34,4 31,8 29,3 30,6 24,2 24,8 30,6 33,1 32,5 40,1 31,8 36,9 36,9 33,1 31,8 34,4 30,6 29,3 31,8 28,0 29,3 32,5 31,8 31,8 28,0 28,6 32,5 32,5 28,0 26,7 28,6 31,2 31,2 29,3 22,9 23,6 33,1 30,6 35,0 34,4 33,7 31,8 33,7 31,8 35,0 30,6 37,6 33,7 31,8 29,3 31,8 36,3 33,7 65 65 60 70 60 65 50 60 60 70 50 60 70 60 65 60 60 65 65 60 60 60 60 70 65 65 70 60 60 60 65 65 60 70 65 55 65 65 70 65 70 70 65 70 65 60 60 70 60 65 70 60 70 50 60 fc3 " fc3 " " fc5 fc4 " " " " " " " " " " fc4 " " " " " fc3 " " " fc3 " " fc3 " " " fc3 " " " " fc3 " " " fc3 " " fc3 " " VOLUME CONCRETO 9,0 9,0 8,0 9,0 9,0 7,0 8,0 8,0 8,0 8,0 6,0 6,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 7,0 8,5 8,5 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 8,0 9,0 9,0 8,0 8,0 8,0 9,0 9,0 9,0 8,0 8,0 8,0 8,0 6,0 8,0 8,5 8,5 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 8,0 9,0 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 VOL / DIA CONCRETO 95,0 16,0 22,0 6,0 87,0 50,0 33,0 26,0 30,0 42,0 32,0 26,0 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 133 134 135 136 137 138 139 140 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 181 182 183 184 185 186 191 192 193 194 222 223 224 225 226 227 228 233 234 235 236 237 263 264 265 266 281 282 283 284 285 286 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 222 226 230 234 238 242 246 250 254 258 262 266 270 274 278 282 286 290 294 298 302 306 310 314 318 322 326 330 334 338 342 346 350 354 358 362 366 370 374 378 382 386 390 394 398 402 406 410 414 418 422 426 430 434 438 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO CERTIF " " " " " " 07/05/07 " 08/05/07 " " 09/05/07 10/05/07 " " " " " " " " " " 17/05/07 " " " " " 18/05/07 " " " 19/05/07 " " 21/05/07 " " " 22/05/07 " " " " 25/05/07 " " " 26/05/07 " " 28/05/07 " " " " " " " " 14/05/07 " 15/05/07 " " 16/05/07 17/05/07 " " " " " " " " " " 24/05/07 " " " " " 25/05/07 " " " 28/05/07 " " 28/05/07 " " " 29/05/07 " " " " 01/06/07 " " " 04/06/07 " " 04/06/07 " " " " " " " " 42,0 40,1 40,1 32,5 36,9 43,9 38,8 32,1 33,7 38,2 35,0 40,1 33,1 42,0 39,5 36,9 33,7 37,6 33,7 30,6 33,7 29,3 35,6 45,8 33,1 32,5 33,1 34,4 35,0 40,7 36,9 35,6 33,1 40,1 42,7 43,3 31,2 39,5 29,3 35,6 36,9 40,7 39,5 33,1 38,8 38,8 42,5 40,1 43,9 38,3 36,9 35,6 42,7 42,0 38,2 273 274 275 276 277 278 279 280 300 301 302 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 361 362 363 364 365 366 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 383 384 385 386 387 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 fc7 " fc7 " " fc7 fc7 " " " " " " " " " " fc7 " " " " " fc7 " " " fc9 " " fc7 " " " fc7 " " " " fc7 " " " fc9 " " fc7 " " SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 224 227 232 235 240 244 247 252 255 259 263 267 272 276 279 283 288 291 295 299 303 307 311 315 319 323 327 331 335 339 344 347 351 355 359 363 368 371 375 379 383 388 391 395 400 403 407 411 416 420 423 427 431 435 440 " " " " " " 07/05/07 " 08/05/07 " " 09/05/07 10/05/07 " " " " " " " " " " 17/05/07 " " " " " 18/05/07 " " " 19/05/07 " " 21/05/07 " " " 22/05/07 " " " " 25/05/07 " " " 26/05/07 " " 28/05/07 " " " " " " " " 04/06/07 " 05/06/07 " " 06/06/07 07/06/07 " " " " " " " " " " 14/06/07 " " " " " 15/06/07 " " " 18/06/07 " " 18/06/07 " " " 19/06/07 " " " " 25/06/07 " " " 25/06/07 " " 25/06/07 " " " " " " " " 52,2 45,2 47,1 43,3 44,6 49,7 43,9 35,0 40,7 47,1 42,7 47,7 38,2 47,1 42,7 36,9 40,7 42,0 36,3 35,0 38,2 35,6 38,8 59,2 39,5 40,1 40,1 40,1 41,4 50,3 45,2 44,6 42,7 46,5 50,3 49,7 35,6 39,5 49,0 44,6 49,1 50,9 50,3 49,0 49,7 45,8 52,2 49,0 53,5 44,6 43,3 40,1 49,7 50,3 46,5 fc28 " fc28 " " fc28 fc28 " " " " " " " " " " fc28 " " " " " fc28 " " " fc30 " " fc28 " " " fc28 " " " " fc31 " " " fc30 " " fc28 " " 171 Tabela A3.3 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (3ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 255 256 257 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 303 304 305 306 307 308 328 329 330 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 382 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 426 427 428 429 430 431 432 444 445 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 441 445 449 453 457 461 465 469 473 477 481 485 489 493 497 501 505 509 513 517 521 525 529 533 537 541 545 549 553 557 561 565 569 573 577 581 585 589 593 597 601 605 609 613 617 621 625 629 633 637 641 645 649 653 657 " " " 31/05/07 " " " " " " 01/06/07 " " 02/06/07 " " " " " 04/06/07 " " 06/06/07 " " " " " " 07/06/07 " " " 15/06/07 16/06/07 " " " " 18/06/07 " " " " " " 21/06/07 " " " 22/06/07 " " 25/06/07 " RUPTURA DATA fcj TENSÃO " " " 04/06/07 " " " 29,3 29,9 33,7 34,4 33,1 32,5 35,6 38,2 32,5 29,3 28,6 26,7 25,5 35,6 25,5 31,2 33,1 29,9 28,0 36,3 38,2 34,4 38,2 38,2 36,3 36,9 42,0 39,7 40,7 33,7 32,5 34,4 38,2 40,7 32,5 29,3 28,0 28,0 26,7 30,6 32,5 31,2 31,2 35,6 29,9 33,1 31,2 33,1 38,8 39,5 29,9 36,3 35,6 28,6 29,3 60 60 70 65 70 50 55 70 60 65 55 65 60 60 60 60 60 50 60 65 50 70 70 70 70 70 70 60 65 70 70 70 60 70 50 70 65 60 70 70 65 70 70 50 70 70 70 70 60 65 70 60 50 55 60 fc4 " " " " " " 04/06/07 " " 05/06/07 " " " " " 07/06/07 " " 11/06/07 " " " " " " 11/06/07 " " " 18/06/07 19/06/07 " " " " 21/06/07 " " " " " " 25/06/07 " " " 25/06/07 " " 28/06/07 " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS "SLUMP" (mm) fc3 " " fc3 " " " " " fc3 " " fc5 " " " " " " fc4 " " " fc3 fc3 " " " " fc3 " " " " " " fc4 " " " fc3 " " fc4 fc3 VOLUME CONCRETO 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 7,0 5,0 9,0 9,0 9,0 9,0 8,0 8,0 8,0 9,0 5,0 8,0 8,0 8,0 8,0 7,0 8,0 9,0 9,0 8,0 8,0 7,0 8,0 9,0 9,0 9,0 8,0 8,0 8,0 6,0 6,0 8,0 8,5 7,0 9,0 9,0 5,5 5,5 9,0 9,0 9,0 3,0 9,0 9,0 7,0 7,0 7,0 VOL / DIA CONCRETO 47,0 51,0 27,0 47,0 24,0 57,0 33,0 9,0 36,0 52,5 30,0 25,0 14,0 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 287 288 289 321 322 323 324 325 326 327 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 354 355 356 357 358 359 360 367 368 369 370 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 440 441 442 443 449 450 451 458 459 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 442 446 450 454 458 462 466 470 474 478 482 486 490 494 498 502 506 510 514 518 522 526 530 534 538 542 546 550 554 558 562 566 570 574 578 582 586 590 594 598 602 606 610 614 618 622 626 630 634 638 642 646 650 654 658 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO CERTIF " " " 31/05/07 " " " " " " 01/06/07 " " 02/06/07 " " " " " 04/06/07 " " 06/06/07 " " " " " " 07/06/07 " " " 15/06/07 16/06/07 " " " " 18/06/07 " " " " " " 21/06/07 " " " 22/06/07 " " 25/06/07 " " " " 07/06/07 " " " " " " 08/06/07 " " 11/06/07 " " " " " 11/06/07 " " 13/06/07 " " " " " " 14/06/07 " " " 25/06/07 25/06/07 " " " " 25/06/07 " " " " " " 28/06/07 " " " 29/06/07 " " 02/07/07 " " " " 36,3 35,6 38,2 36,9 37,6 36,3 43,3 43,3 38,2 31,2 33,7 30,6 33,7 44,6 28,6 36,3 42,0 38,2 35,0 40,7 41,4 40,7 42,0 41,4 39,5 42,7 43,3 40,7 42,0 38,2 36,9 37,6 42,7 49,0 39,5 35,0 31,8 34,4 33,1 30,6 39,5 35,0 33,7 39,5 31,8 33,7 33,7 35,6 38,8 42,0 35,0 36,3 36,9 36,3 35,0 410 411 412 433 434 435 436 437 438 439 446 447 448 452 453 454 455 456 457 478 479 480 481 482 483 484 485 486 487 488 489 490 491 508 509 510 511 512 513 514 515 516 517 518 519 520 528 529 530 531 532 533 534 535 536 fc7 " " " " " " fc7 " " fc9 " " " " " fc7 " " fc7 " " " " " " fc7 " " " fc10 fc9 " " " " fc7 " " " " " " fc7 " " " fc7 " " fc7 " SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 444 448 451 456 460 463 468 471 476 479 483 487 491 495 499 503 508 512 516 520 524 528 532 535 539 544 547 552 555 560 564 567 572 576 579 583 588 591 595 600 604 608 611 616 619 624 627 631 636 639 643 647 651 656 659 " " " 31/05/07 " " " " " " 01/06/07 " " 02/06/07 " " " " " 04/06/07 " " 06/06/07 " " " " " " 07/06/07 " " " 15/06/07 16/06/07 " " " " 18/06/07 " " " " " " 21/06/07 " " " 22/06/07 " " 25/06/07 " " " " 28/06/07 " " " " " " 29/06/07 " " 02/07/07 " " " " " 04/07/07 " " 06/07/07 " " " " " " 09/07/07 " " " 13/07/07 17/07/07 " " " " 17/07/07 " " " " " " 24/07/07 " " " 24/07/07 " " 24/07/07 " " " " 42,0 43,3 44,6 45,2 41,4 41,4 52,2 49,7 42,7 35,6 41,4 40,7 44,6 44,6 35,1 43,9 43,9 40,7 38,2 45,2 45,2 43,3 46,5 47,1 44,6 48,4 51,6 43,3 46,5 42,7 40,7 43,9 45,2 50,9 43,3 38,8 39,5 38,2 37,6 41,4 45,2 44,6 42,0 47,1 44,6 42,0 44,6 42,7 43,3 44,6 39,5 39,5 38,2 42,7 41,4 fc28 " " " " " " fc28 " " fc30 " " " " " fc28 " " fc28 " " " " " " fc28 " " " fc28 fc31 " " " " fc29 " " " " " " fc33 " " " fc32 " " fc29 " 172 Tabela A3.4 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (4ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 460 461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 473 474 475 476 477 492 493 494 495 496 497 498 499 500 501 502 503 504 505 506 507 521 522 523 524 525 526 527 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 539 540 541 542 543 544 545 546 547 548 549 568 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 661 664 667 670 673 676 679 682 685 688 691 694 697 700 703 706 709 712 715 718 721 724 727 730 733 736 739 742 745 748 751 754 757 760 763 766 769 772 775 778 781 790 793 796 799 802 805 808 811 814 817 820 823 28/06/07 " " " " " 29/06/07 " " " " " " 30/06/07 " " " " 06/07/07 " " " " " 07/07/07 " " " 09/07/07 " " " " " 12/07/07 13/07/07 14/07/07 " " " " 19/07/07 " 20/07/07 " " " " 21/07/07 " " " 25/07/07 RUPTURA DATA fcj TENSÃO 02/07/07 " " " " " 02/07/07 " " " " " " 03/07/07 " " " " 09/07/07 " " " " " 10/07/07 " " " 12/07/07 " " " " " 17/07/07 17/07/07 17/06/07 " " " " fc4 29,9 29,9 35,0 30,6 28,6 30,6 31,8 33,1 33,1 34,4 31,8 31,8 35,0 28,6 28,0 28,6 28,0 27,4 38,2 36,9 37,6 33,7 33,1 36,3 28,6 26,1 31,2 26,7 31,1 34,4 29,9 29,9 28,0 30,6 29,9 29,9 32,5 28,6 28,6 24,8 22,9 24/07/07 " 24/07/07 " " " " 24/07/07 " " " 30/07/07 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS " " " " " fc3 " " " " " " fc3 " " " " fc3 " " " " " fc3 " " " fc3 " " " " " fc5 fc4 fc3 " " " " fc5 " fc4 " " " " fc3 " " " fc5 42,7 38,8 29,3 26,7 28,0 29,3 26,7 31,2 28,6 29,3 28,0 35,0 "SLUMP" (mm) VOLUME CONCRETO 70 50 50 65 60 60 70 70 65 60 70 70 70 55 60 70 70 70 60 60 70 65 70 50 60 65 60 60 60 70 60 65 65 65 70 70 65 60 60 60 65 50 60 70 70 60 70 60 50 60 65 60 65 65 60 8,5 8,5 7,0 8,0 9,0 9,0 8,0 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 9,0 9,0 9,0 7,0 8,0 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 7,0 8,0 6,0 6,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,0 9,0 8,0 8,0 8,0 8,0 6,0 8,5 8,5 6,0 6,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 8,0 8,0 9,0 9,0 8,0 VOL / DIA CONCRETO CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO 50,0 55,0 42,0 51,0 27,0 48,5 8,0 9,0 38,0 17,0 12,0 45,0 34,0 537 538 207 208 784 787 17/07/07 " 24/07/07 " fc7 " 38,2 35,6 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 550 551 552 553 554 555 556 557 558 559 560 561 562 563 564 565 566 567 591 592 593 594 595 596 600 601 602 603 604 605 606 607 608 609 625 626 628 629 630 631 632 645 646 647 648 649 650 651 652 653 654 655 656 657 677 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 662 665 669 671 674 678 680 683 687 690 692 695 699 701 705 708 711 714 716 720 723 725 729 732 734 738 741 743 747 750 753 755 758 762 764 768 771 774 777 780 783 785 788 791 794 797 801 803 807 810 813 816 819 822 824 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO 28/06/07 " " " " " 29/06/07 " " " " " " 30/06/07 " " " " 06/07/07 " " " " " 07/07/07 " " " 09/07/07 " " " " " 12/07/07 13/07/07 14/07/07 " " " " 17/07/07 " 19/07/07 " 20/07/07 " " " " 21/07/07 " " " 25/07/07 26/07/07 " " " " " 27/07/07 " " " " " " 30/07/07 " " " " 03/08/07 " " " " " 06/08/07 " " " 06/08/07 " " " " " 09/08/07 10/08/07 13/08/07 " " " " 14/08/07 " 16/08/07 " 17/08/07 " " " " 20/08/07 " " " 22/08/07 fc28 36,9 42,7 40,1 35,6 36,9 36,3 35,1 35,0 42,7 44,6 38,8 47,7 38,8 45,8 42,7 40,7 38,2 37,6 50,9 45,8 45,2 45,2 43,9 43,9 46,5 47,1 50,3 47,7 46,5 46,5 46,5 45,8 40,7 46,5 38,2 40,1 47,7 42,7 41,0 38,8 37,6 47,1 40,1 48,8 43,9 48,4 39,5 45,8 44,6 39,5 49,7 47,7 47,1 46,5 44,6 " " " " " fc28 " " " " " " fc30 " " " " fc28 " " " " " fc30 " " " fc28 " " " " " fc28 fc28 fc30 " " " " fc28 " fc28 " fc28 " " " " fc30 " " " fc28 173 Tabela A3.5 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (5ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 569 570 571 572 573 574 575 576 577 578 579 580 581 582 583 584 585 586 587 588 589 590 597 598 599 610 611 612 613 614 615 616 617 618 619 620 621 622 623 624 627 633 634 635 636 637 638 639 640 641 642 643 644 658 659 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 826 829 832 835 838 841 844 847 850 853 856 859 862 865 868 871 874 877 880 883 886 889 892 895 898 901 904 907 910 913 916 919 922 925 928 931 934 937 940 943 946 949 952 955 958 961 964 967 970 973 976 979 982 985 988 " " " " " 26/07/07 " " " " " " " " " 28/07/07 " " " " " 30/07/07 31/07/07 " " 02/08/07 " " " " 03/08/07 " " " " 04/08/07 " " " " 07/08/07 08/08/07 " " 09/08/07 " " " " 10/08/07 " " " 15/08/07 " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS RUPTURA DATA fcj TENSÃO "SLUMP" (mm) " " " " " 30/07/07 " " " " " " " " " 31/07/07 " " " " " 02/08/07 03/08/07 " " 06/08/07 " " " " 06/08/07 " " " " 07/08/07 " " " " 10/08/07 13/08/07 " " 13/08/07 " " " " 13/08/07 " " " 20/08/07 " " " " " " 39,5 35,0 36,9 33,1 25,5 33,1 35,0 36,3 36,3 33,7 26,1 32,5 34,4 29,9 33,1 24,2 29,9 24,8 30,6 22,9 24,2 24,8 30,6 29,9 30,6 32,5 34,4 28,0 35,6 33,1 22,3 24,8 22,3 22,9 24,2 29,6 25,5 26,1 26,1 26,1 28,0 31,2 33,1 34,4 29,9 35,0 31,8 31,2 31,8 31,8 32,5 32,5 28,6 31,8 33,1 60 60 60 65 70 70 65 60 65 65 70 65 65 65 60 65 70 70 60 55 60 65 65 60 60 70 60 60 65 65 60 65 60 65 60 70 60 70 70 70 60 60 60 60 60 65 60 60 65 70 70 65 70 70 60 fc4 " " " " " " " " " fc3 " " " " " fc3 fc3 " " fc4 " " " " fc3 " " " " fc3 " " " " fc3 fc5 " " fc4 " " " " fc3 " " " fc5 " VOLUME CONCRETO 8,0 8,0 8,0 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,5 8,0 8,0 8,5 8,0 8,5 8,5 9,0 9,0 9,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 6,0 8,0 8,0 7,5 8,0 8,0 9,0 8,5 8,5 5,0 9,0 9,0 9,0 9,0 7,0 8,5 8,5 8,0 8,0 9,0 8,0 VOL / DIA CONCRETO 49,0 79,0 49,0 8,5 25,0 43,0 38,0 39,5 9,0 22,0 43,0 33,0 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 678 679 680 681 682 683 684 685 686 687 688 689 690 691 692 700 701 702 703 704 705 706 722 723 724 729 730 731 732 733 735 736 737 738 739 740 741 742 743 744 760 764 765 766 767 768 769 770 771 778 779 780 781 792 793 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 827 831 834 837 840 843 845 849 852 854 857 860 863 866 870 872 876 878 882 884 888 891 893 896 899 902 906 908 912 915 918 921 923 927 929 932 935 938 942 945 947 951 953 956 959 963 966 969 971 975 977 980 983 986 989 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO " " " " " 26/07/07 " " " " " " " " " 28/07/07 " " " " " 30/07/07 31/07/07 " " 02/08/07 " " " " 03/08/07 " " " " 04/08/07 " " " " 07/08/07 08/08/07 " " 09/08/07 " " " " 10/08/07 " " " 15/08/07 " " " " " " 23/08/07 " " " " " " " " " 27/08/07 " " " " " 27/08/07 28/08/07 " " 30/08/07 " " " " 31/08/07 " " " " 03/09/07 " " " " 04/09/07 05/09/07 " " 06/09/07 " " " " 10/09/07 " " " 12/09/07 " " " " " " 40,7 38,2 43,3 43,9 38,8 40,7 42,7 39,6 43,3 49,7 36,9 44,6 41,4 44,6 42,0 35,6 56,0 42,0 48,4 49,7 39,5 45,2 42,0 42,7 40,7 44,6 45,8 39,5 47,1 40,7 39,5 35,2 38,2 39,5 39,5 38,2 36,9 38,8 35,0 35,6 42,0 43,3 44,6 45,8 39,5 44,6 47,1 44,6 38,2 46,5 49,5 47,7 42,0 43,9 44,6 fc28 " " " " " " " " " fc30 " " " " " fc28 fc28 " " fc28 " " " " fc28 " " " " fc30 " " " " fc28 fc28 " " fc28 " " " " fc31 " " " fc28 " 174 Tabela A3.6 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (6ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 660 661 662 663 664 665 666 667 668 669 670 671 672 673 674 675 676 693 694 695 696 697 698 699 707 708 709 710 711 712 713 714 715 716 717 718 719 720 721 725 726 727 728 734 745 746 747 748 749 750 751 752 753 754 755 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 991 994 997 1000 1003 1006 1009 1012 1015 1018 1021 1024 1027 1030 1033 1036 1039 1042 1045 1048 1051 1054 1057 1060 1063 1066 1069 1072 1075 1078 1081 1084 1087 1090 1093 1096 1099 1102 1105 1108 1111 1114 1117 1120 1123 1126 1129 1132 1135 1138 1141 1144 1147 1150 1153 " " " " 16/08/07 " " " " 17/08/07 18/08/07 " " " " " " 20/08/07 " " " " " " 23/08/07 " " " " " " 24/08/07 " " " " " " " 25/08/07 " " " 27/08/07 29/08/07 " " " " " 30/08/07 " " " " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS RUPTURA DATA fcj TENSÃO "SLUMP" (mm) " " " " 20/08/07 " " " " 20/08/07 21/08/07 " " " " " " 23/08/07 " " " " " " 27/08/07 " " " " " " 27/08/07 " " " " " " " 28/08/07 " " " 30/08/07 03/09/07 " " " " " 03/09/07 " " " " " " " " 31,2 31,8 34,4 29,9 33,7 36,3 33,1 29,3 29,9 35,0 26,7 28,0 28,0 24,2 24,8 25,5 24,2 26,7 29,9 26,7 29,9 29,9 29,9 28,0 31,8 35,0 31,8 31,8 31,8 29,3 26,1 29,9 28,0 28,0 27,4 29,9 24,8 24,8 29,9 26,7 26,1 25,5 25,5 31,8 35,6 33,1 38,2 38,2 30,6 29,3 31,2 29,3 36,9 37,6 31,8 60 65 70 70 70 70 65 65 65 65 70 65 70 70 65 60 65 70 65 70 65 70 65 70 60 60 70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 60 70 70 60 70 70 70 65 65 70 70 70 70 60 70 70 60 60 70 fc4 " " " " fc3 fc3 " " " " " " fc3 " " " " " " fc4 " " " " " " fc3 " " " " " " " fc3 " " " fc3 fc5 " " " " " fc4 " " " " VOLUME CONCRETO 8,0 8,0 8,0 2,0 8,0 8,0 8,0 8,0 6,0 5,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 5,5 8,0 8,0 8,0 8,0 6,0 6,0 6,5 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 6,0 6,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,5 8,5 8,5 7,0 8,0 8,0 8,0 3,0 5,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 4,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 VOL / DIA CONCRETO 43,0 38,0 5,0 53,5 50,5 51,0 65,0 27,0 5,5 44,5 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 794 795 796 797 798 799 800 801 802 807 811 812 813 814 815 816 817 818 819 820 821 822 823 824 834 835 836 837 838 839 840 841 842 843 844 845 846 847 848 849 850 851 852 853 858 859 860 861 862 863 864 865 866 867 868 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 993 995 999 1002 1004 1007 1010 1014 1016 1020 1023 1026 1028 1032 1035 1037 1041 1044 1047 1050 1053 1055 1059 1061 1064 1068 1070 1073 1076 1080 1083 1086 1088 1092 1095 1098 1101 1104 1106 1109 1112 1116 1119 1121 1124 1127 1130 1133 1136 1139 1143 1146 1149 1151 1154 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO " " " " 16/08/07 " " " " 17/08/07 18/08/07 " " " " " " 20/08/07 " " " " " " 23/08/07 " " " " " " 24/08/07 " " " " " " " 25/08/07 " " " 27/08/07 29/08/07 " " " " " 30/08/07 " " " " " " " " 13/09/07 " " " " 14/09/07 17/09/07 " " " " " " 17/09/07 " " " " " " 20/09/07 " " " " " " 21/09/07 " " " " " " " 24/09/07 " " " 24/09/07 26/09/07 " " " " " 27/09/07 " " " " " " " " 45,2 44,6 45,2 40,1 45,8 43,9 35,6 41,4 40,7 45,8 39,5 43,3 40,7 44,6 44,6 44,6 38,8 44,6 47,1 44,6 46,5 47,1 42,0 43,3 43,9 41,4 39,5 40,7 38,8 38,0 35,1 42,7 42,0 42,0 35,0 38,8 38,8 38,2 40,7 41,4 40,7 40,1 35,6 37,6 44,6 46,5 45,2 45,2 45,8 36,3 42,0 48,4 48,4 45,2 47,1 fc28 " " " " fc28 fc30 " " " " " " fc28 " " " " " " fc28 " " " " " " fc28 " " " " " " " fc30 " " " fc28 fc28 " " " " " fc28 " " " " 175 Tabela A3.7 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (7ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 756 757 758 759 761 762 763 772 773 774 775 776 777 782 783 784 785 786 787 788 789 790 791 803 804 805 806 808 809 810 825 826 827 828 829 830 831 832 833 854 855 856 857 882 883 884 885 886 887 888 889 890 891 892 893 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 1156 1159 1162 1165 1168 1171 1174 1177 1180 1183 1186 1189 1192 1195 1198 1201 1204 1207 1210 1213 1216 1219 1222 1225 1228 1231 1234 1237 1240 1243 1246 1249 1252 1255 1258 1261 1264 1267 1270 1273 1276 1279 1282 1285 1288 1291 1294 1297 1300 1303 1306 1309 1312 1315 1318 " 31/08/07 " " 01/09/07 " " 03/09/07 " " " " " 06/09/07 " " " " " " " " " 10/09/07 " " " 11/09/07 " " 14/09/07 " " " " " 15/09/07 " " 20/09/07 " " " 26/09/07 " " 27/09/07 " " " " " " 28/09/07 " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS RUPTURA DATA fcj TENSÃO "SLUMP" (mm) " 03/09/07 " " 04/09/07 " " 06/09/07 " " " " " 10/09/07 " " " " " " " " " 13/09/07 " " " 14/09/07 " " 17/09/07 " " " " " 18/09/07 " " 24/09/07 " " " 01/10/07 " " 01/10/07 " " " " " " 01/10/07 " " 24,8 25,5 25,5 28,0 34,4 38,8 36,9 24,2 29,3 33,1 31,2 31,2 24,2 28,0 24,0 22,3 21,6 20,4 25,5 24,1 23,9 21,6 20,4 34,4 35,0 26,7 30,6 31,8 25,5 25,5 31,8 28,0 26,7 22,3 29,9 24,8 22,9 26,7 29,3 42,0 44,6 42,0 42,7 32,5 25,5 36,9 31,8 38,2 42,0 30,6 30,6 40,1 37,6 38,2 32,6 70 55 60 60 70 65 70 70 65 70 70 65 70 70 60 60 70 70 65 70 70 70 65 60 55 70 70 70 70 70 70 60 65 70 65 60 70 65 70 70 70 70 70 60 70 60 60 60 55 70 55 60 70 65 60 fc3 " " fc3 " " fc3 " " " " " fc4 " " " " " " " " " fc3 " " " fc3 " " fc3 " " " " " fc3 " " fc4 " " " fc5 " " fc4 " " " " " " fc3 " VOLUME CONCRETO VOL / DIA CONCRETO 7,0 7,0 7,0 5,0 9,0 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,0 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 9,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,0 8,0 8,5 8,5 5,0 8,0 8,0 8,0 9,0 8,5 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,5 47,0 19,0 26,0 48,5 85,0 33,0 24,0 46,5 24,0 34,5 24,0 56,0 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 869 870 871 872 873 874 875 876 877 878 879 880 881 903 904 905 906 907 908 909 910 911 912 928 929 930 931 946 947 948 957 958 959 960 961 962 963 964 965 979 980 981 982 989 990 991 992 993 994 995 996 997 998 999 1000 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 1157 1161 1164 1166 1170 1172 1175 1179 1182 1184 118 1191 1194 1196 1200 1203 1206 1208 1211 1214 1218 1221 1223 1226 1230 1232 1235 1239 1241 1245 1247 1250 1253 1256 1259 1263 1265 1268 1271 1275 1278 1281 1283 1287 1290 1292 1295 1299 1301 1304 1308 1310 1314 1317 1320 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO " 31/08/07 " " 01/09/07 " " 03/09/07 " " " " " 06/09/07 " " " " " " " " " 10/09/07 " " " 11/09/07 " " 14/09/07 " " " " " 15/09/07 " " 20/09/07 " " " 26/09/07 " " 27/09/07 " " " " " " 28/09/07 " " 28/09/07 " " 01/10/07 " " 01/10/07 " " " " " 04/10/07 " " " " " " " " " 08/10/07 " " " 09/10/07 " " 15/10/07 " " " " " 15/10/07 " " 18/10/07 " " " 24/10/07 " " 25/10/07 " " " " " " 26/10/07 " " 44,6 47,7 47,7 47,1 50,9 55,4 52,4 43,3 44,0 43,9 44,6 45,2 45,2 46,5 49,7 47,1 37,8 36,9 39,5 40,1 42,0 37,6 49,0 50,8 45,8 42,7 49,7 48,4 38,2 42,0 35,2 44,6 46,5 45,8 42,0 43,9 45,2 45,2 49,7 60,5 58,6 63,7 53,5 42,0 43,3 54,1 48,4 45,2 47,7 49,7 43,3 49,0 50,9 49,7 48,4 fc28 " " fc30 " " fc28 " " " " " fc28 " " " " " " " " " fc28 " " " fc28 " " fc31 " " " " " fc30 " " fc28 " " " fc28 " " fc28 " " " " " " fc28 " 176 Tabela A3.8 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (8ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 894 895 896 897 898 899 900 901 902 913 914 915 916 917 918 919 920 921 922 923 924 925 926 927 932 933 934 935 936 937 938 939 940 941 942 943 944 945 949 950 951 952 953 954 955 956 966 967 968 969 970 971 972 973 974 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 1321 1324 1327 1330 1333 1336 1339 1342 1345 1348 1351 1354 1357 1360 1363 1366 1369 1372 1375 1378 1381 1384 1387 1390 1393 1396 1399 1402 1405 1408 1411 1414 1417 1420 1423 1426 1429 1432 1435 1438 1441 1444 1447 1450 1453 1456 1459 1462 1465 1468 1471 1474 1477 1480 1483 " " " " " " " " " 01/10/07 " " " " " 02/10/07 " " " " " " " " 04/10/07 " " " " " " " " " " " " " 06/10/07 " " " " " " " 10/10/07 " " " " " " " " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS RUPTURA DATA fcj TENSÃO "SLUMP" (mm) " " " " " " " " " 04/10/07 " " " " " 05/10/07 " " " " " " " " 08/10/07 " " " " " " " " " " " " " 09/10/07 " " " " " " " 15/10/07 " " " " " " " " " 26,7 31,2 31,8 28,6 27,4 27,4 27,4 32,6 38,8 26,7 28,6 32,5 25,5 28,0 25,5 32,5 33,7 33,7 35,0 38,2 36,9 30,6 31,2 35,6 34,4 35,6 34,4 32,5 31,8 33,1 33,1 34,4 26,7 31,8 29,3 29,3 35,6 32,5 29,3 26,7 29,3 23,6 28,6 28,6 28,0 22,9 28,0 31,8 35,6 40,1 35,6 31,8 35,6 33,1 35,6 60 70 70 65 60 60 70 65 65 65 65 65 60 65 65 70 60 65 65 60 60 60 70 65 70 70 60 60 65 60 60 65 65 70 65 65 60 65 60 60 65 65 65 70 65 60 60 70 70 70 70 70 70 70 70 " " " " " " " " fc3 " " " " " fc3 " " " " " " " " fc4 " " " " " " " " " " " " " fc3 " " " " " " " fc5 " " " " " " " " VOLUME CONCRETO 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,0 9,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 6,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 7,0 7,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 9,0 8,0 8,0 9,0 8,0 8,0 9,0 VOL / DIA CONCRETO 93,0 47,0 72,0 109,0 63,0 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 1001 1002 1003 1004 1005 1006 1007 1008 1009 1010 1011 1012 1013 1014 1015 1020 1021 1022 1023 1024 1025 1026 1027 1028 1029 1030 1031 1032 1033 1034 1035 1036 1037 1038 1039 1040 1041 1042 1043 1044 1045 1046 1047 1048 1049 1050 1056 1057 1058 1059 1060 1061 1062 1063 1064 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440 1323 1325 1329 1332 1334 1338 1340 1344 1346 1349 1353 1355 1359 1362 1365 1367 1370 1374 1377 1379 1383 1086 1388 1391 1395 1397 1400 1404 1406 1409 1412 1416 1419 1421 1424 1427 1431 1434 1436 1440 1442 1445 1448 1451 1454 1457 1460 1464 1466 1469 1472 1475 1478 1481 1484 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO " " " " " " " " " 01/10/07 " " " " " 02/10/07 " " " " " " " " 04/10/07 " " " " " " " " " " " " " 06/10/07 " " " " " " " 10/10/07 " " " " " " " " " " " " " " " " " 29/10/07 " " " " " 30/10/07 " " " " " " " " 05/11/07 " " " " " " " " " " " " " 05/11/07 " " " " " " " 07/11/07 " " " " " " " " " 46,5 45,8 49,7 47,1 49,0 44,6 49,7 48,4 50,9 43,3 42,7 43,9 41,4 43,3 40,1 47,7 47,7 50,9 49,0 45,8 47,1 49,7 47,7 50,9 48,4 47,7 43,3 48,4 37,6 42,0 40,1 43,9 42,7 44,6 49,7 50,9 48,4 47,1 40,7 38,2 41,4 41,4 40,1 43,9 40,1 38,8 36,9 40,7 43,9 44,6 43,3 50,9 46,5 42,0 35,6 " " " " " " " " fc28 " " " " " fc28 " " " " " " " " fc32 " " " " " " " " " " " " " fc30 " " " " " " " fc28 " " " " " " " " 177 Tabela A3.9 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (9ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 975 976 977 978 983 984 985 986 987 988 1016 1017 1018 1019 1051 1052 1053 1054 1055 1069 1070 1071 1072 1073 1074 1075 1076 1077 1078 1079 1080 1081 1082 1083 1084 1085 1086 1087 1088 1089 1090 1091 1092 1093 1094 1095 1096 1097 1098 1099 1100 1101 1102 1109 1110 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450 451 452 453 454 455 456 457 458 459 460 461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 473 474 475 476 477 478 479 480 481 482 483 484 485 486 487 488 489 490 491 492 493 494 495 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 1486 1489 1492 1495 1498 1501 1504 1507 1510 1513 1516 1519 1522 1525 1528 1531 1534 1537 1540 1543 1546 1549 1552 1555 1558 1561 1564 1567 1570 1573 1576 1579 1582 1585 1588 1591 1594 1597 1600 1603 1606 1609 1612 1615 1618 1621 1624 1627 1630 1633 1636 1639 1642 1645 1648 " 11/10/07 " " 19/10/07 " " " " " 26/10/07 " " " 30/10/07 " " " " 05/11/07 " " " " " " " " " " " " 06/11/07 " " " " " " " " " " " 08/11/07 " " " " " " 09/11/07 " 12/11/07 " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS RUPTURA DATA fcj TENSÃO "SLUMP" (mm) " 15/10/07 " " 22/10/07 " " " " " 29/10/07 " " " 05/11/07 " " " " 08/11/07 " " " " " " " " " " " " 09/11/07 " " " " " " " " " " " 12/11/07 " " " " " " 12/11/07 " 16/11/07 " " 36,3 34,4 34,4 26,2 29,3 24,2 26,1 26,7 26,1 28,6 34,4 33,1 29,9 31,8 34,4 30,6 34,4 34,4 37,6 29,3 26,7 31,8 28,0 30,6 32,5 28,6 34,4 28,0 29,3 35,5 26,7 29,3 35,0 31,2 31,2 32,5 29,9 32,5 31,2 35,0 31,8 31,2 35,0 28,6 30,6 32,5 32,5 37,6 35,6 35,6 34,4 30,6 29,9 29,9 31,8 60 60 70 60 65 60 70 65 70 70 60 65 65 65 65 70 70 65 70 70 65 65 65 70 65 60 60 65 65 65 65 60 65 70 55 50 55 60 60 70 70 60 70 70 70 70 60 70 65 70 70 60 50 50 60 fc4 " " fc3 " " " " " fc3 " " " fc6 " " " " fc3 " " " " " " " " " " " " fc3 " " " " " " " " " " " fc4 " " " " " " fc3 " fc4 " VOLUME CONCRETO VOL / DIA CONCRETO 8,0 7,0 7,0 6,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 9,0 9,0 8,5 8,5 8,5 8,0 8,0 8,5 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 9,0 9,0 7,0 8,0 8,0 8,0 83,0 20,0 47,0 31,0 40,0 106,0 99,0 60,5 15,0 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 1065 1066 1067 1068 1103 1104 1105 1106 1107 1108 1118 1119 1120 1121 1132 1133 1134 1135 1136 1144 1145 1146 1147 1148 1149 1150 1151 1152 1153 1154 1155 1156 1160 1161 1162 1163 1164 1165 1166 1167 1168 1169 1170 1171 1172 1173 1174 1175 1176 1177 1178 1179 1180 1181 1182 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450 451 452 453 454 455 456 457 458 459 460 461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 473 474 475 476 477 478 479 480 481 482 483 484 485 486 487 488 489 490 491 492 493 494 495 1487 1490 1493 1497 1499 1502 1505 1508 1511 1514 1517 1521 1523 1526 1530 1532 1536 1539 1542 1544 1548 1551 1553 1556 1560 1562 1566 1568 1571 1575 1577 1581 1583 1587 1590 1592 1596 1598 1601 1605 1608 1610 1613 1616 1619 1623 1625 1628 1632 1635 1638 1640 1643 1647 1650 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO " 11/10/07 " " 19/10/07 " " " " " 26/10/07 " " " 30/10/07 " " " " 05/11/07 " " " " " " " " " " " " 06/11/07 " " " " " " " " " " " 08/11/07 " " " " " " 09/11/07 " 12/11/07 " " 08/11/07 " " 16/11/07 " " " " " 23/11/07 " " " 27/11/07 " " " " 03/12/07 " " " " " " " " " " " " 04/12/07 " " " " " " " " " " " 06/12/07 " " " " " " 07/12/07 " 10/12/07 " " 42,0 46,5 45,2 40,1 41,4 47,1 43,9 47,1 42,7 42,7 45,2 45,8 43,9 45,2 45,2 40,7 44,6 44,6 40,1 40,5 44,6 38,2 40,7 53,5 47,1 47,1 48,4 50,3 39,5 49,7 47,1 37,6 42,7 39,5 36,9 40,1 45,8 47,7 39,5 47,1 45,8 41,4 41,4 43,3 48,4 43,9 47,1 50,9 45,8 48,4 50,9 47,1 44,6 46,5 45,8 fc28 " " fc28 " " " " " fc28 " " " fc28 " " " " fc28 " " " " " " " " " " " " fc28 " " " " " " " " " " " fc28 " " " " " " fc28 " fc28 " 178 Tabela A3.10 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (10ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF 1111 1112 1113 1114 1115 1116 1117 1122 1123 1124 1125 1126 1127 1128 1129 1130 1131 1137 1138 1139 1140 1141 1142 1143 1157 1158 1159 SÉRIE 496 497 498 499 500 501 502 503 504 505 506 507 508 509 510 511 512 513 514 515 516 517 518 519 520 521 522 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 1651 1654 1657 1660 1663 1666 1669 1672 1675 1678 1681 1684 1687 1690 1693 1696 1699 1702 1705 1708 1711 1714 1717 1720 1723 1726 1729 " " " " " " " 20/11/07 " " 21/11/07 " " " 22/11/07 " " 24/11/07 " " " " " " 30/11/07 " " RUPTURA DATA " " " " " " " 23/11/07 " " 26/11/07 " " " 26/11/07 " " 27/11/07 " " " " " " 03/12/07 " " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS fcj " " " " " " " fc3 " " fc5 " " " fc4 " " fc3 " " " " " " fc3 " " TENSÃO 30,6 29,9 29,3 32,5 27,4 32,5 31,8 31,2 35,6 27,4 38,2 34,4 38,8 31,8 31,2 33,7 34,4 24,8 31,2 22,9 21,6 31,2 22,9 27,4 26,7 31,8 29,3 "SLUMP" (mm) 70 55 60 60 60 55 60 65 65 60 65 65 60 60 60 65 60 60 65 60 60 65 65 65 70 65 65 VOLUME CONCRETO 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,5 8,0 8,0 5,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,0 8,0 10,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 4,0 8,5 8,5 6,5 VOL / DIA CONCRETO 73,0 21,0 32,5 26,0 52,0 23,5 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 1183 1184 1185 1186 1187 1188 1189 1200 1201 1202 1203 1204 1205 1206 1207 1208 1209 1212 1213 1214 1215 1216 1217 1218 1230 1231 1232 496 497 498 499 500 501 502 503 504 505 506 507 508 509 510 511 512 513 514 515 516 517 518 519 520 521 522 1652 1655 1658 1661 1665 1668 1671 1673 1677 1680 1682 1685 1688 1691 1694 1697 1700 1704 1707 1709 1713 1715 1718 1721 1724 1727 1730 MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO " " " " " " " 20/11/07 " " 21/11/07 " " " 22/11/07 " " 24/11/07 " " " " " " 30/11/07 " " " " " " " " " 18/12/07 " " 19/12/07 " " " 20/12/07 " " 26/12/07 " " " " " " 28/12/07 " " " " " " " " " 43,9 41,4 41,4 47,1 45,8 42,7 47,7 38,2 43,3 40,1 42,0 47,1 42,0 49,8 40,1 40,1 42,0 35,3 38,8 38,2 39,5 36,3 42,0 43,3 42,7 42,7 40,1 fc28 " " fc28 " " " fc28 " " fc32 " " " " " " fc28 " " 179 Tabela A3.11 - Resultados dos Ensaios de Resistência à Compressão (11ª parte) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO DO PAVIMENTO DA AVENIDA CONDE DA BOA VISTA 24 Mpa fcj – 3, 4, 5, 6 DIAS CERTIF SÉRIE 1190 1191 1192 1193 1194 1195 1196 1197 1198 1199 1210 1211 523 524 525 526 527 528 529 530 531 532 533 534 9 10 11 12 13 14 15 39 40 41 42 CORPO DE MOLDAGEM DATA PROVA Nº 554 555 556 557 558 559 560 561 562 563 564 1732 1735 1738 1741 1744 1747 1750 1753 1756 1759 1763 1766 1846 1851 1854 1859 1863 1867 1870 1875 1878 1883 1887 12/12/07 " " " 13/12/07 " " " " " 17/12/07 " 05/01/08 " " " " " " 15/01/08 " 18/01/08 " RUPTURA DATA fcj TENSÃO 17/12/07 " " " 17/12/07 " " " " " 20/12/07 " fc5 36,3 35,6 35,6 33,1 33,7 36,3 28,0 31,8 35,6 33,1 28,0 29,3 08/01/08 " " " " " " 18/01/08 " 21/01/08 " 35 Mpa fcj – 28, 29, 30, 31, 32, 33 DIAS fcj – 7, 8, 9, 10 DIAS " " " fc4 " " " " " fc3 " 26,7 " 30,6 " 31,8 " 32,5 " 27,4 " 28,0 " 28,6 fc3 27,4 " 30,6 fc3 32,5 " 31,8 TOTAL m³ fc3 "SLUMP" (mm) VOLUME CONCRETO 60 60 65 60 60 65 65 65 60 60 70 65 70 65 65 65 70 65 60 70 60 65 65 70 65 70 60 70 65 60 70 60 65 65 60 65 65 65 60 65 70 70 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 5,0 8,0 6,5 8,0 8,0 8,0 8,5 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,5 8,5 8,5 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 5,0 4,5 7,5 7,0 8,5 9,0 VOL / DIA CONCRETO CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº MOLDAGEM DATA RUPTURA DATA fcj TENSÃO 32,0 45,0 14,5 89,5 65,5 1219 1220 1221 1222 1223 1224 1225 1226 1227 1228 1229 1 2 3 4 5 6 7 8 535 536 537 538 539 540 541 542 543 544 545 546 547 548 549 550 551 552 553 49,5 14,5 17,5 4477,5 OBSERVAÇÕES: 1) AS IMPRESSÕES NA COR PRETA REFEREM-SE AOS CORPOS-DE-PROVA ROMPIDOS EM 2007 2) AS IMPRESSÕES NA COR VERMELHA REFEREM-SE AOS CORPOS-DE-PROVA ROMPIDOS EM 2008 1771 1774 1778 1782 1786 1790 1795 1798 1803 1806 1810 1815 1818 1822 1826 1830 1835 1839 1843 20/12/07 " " " " " " " " " " 28/12/07 " " " " " " " 27/12/07 " " " " " " " " " " 04/01/08 " " " " " " " fc7 " " " " " " " " " " fc7 " " " " " " " 31,8 30,6 36,9 35,6 36,3 33,1 36,9 35,0 39,5 42,0 35,0 33,1 31,8 38,2 41,4 41,4 33,7 39,5 34,4 CERTIF SÉRIE CORPO DE PROVA Nº 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 523 524 525 526 527 528 529 530 531 532 533 534 535 536 537 538 539 540 541 542 543 544 545 546 547 548 549 550 551 552 553 554 555 556 557 558 559 560 561 562 563 564 1734 1736 1740 1742 1745 1748 1752 1755 1758 1760 1765 1769 1773 1777 1781 1784 1788 1792 1797 1801 1804 1808 1813 1816 1821 1824 1828 1832 1837 1841 1845 1849 1853 1856 1860 1865 1869 1873 1876 1880 1884 1889 MOLDAGEM DATA 12/12/07 " " " 13/12/07 " " " " " 17/12/07 " 20/12/07 " " " " " " " " " " 28/12/07 " " " " " " " 05/01/08 " " " " " 15/01/08 " 18/01/08 " RUPTURA DATA fcj TENSÃO 09/01/08 " " " 10/01/08 " " " " " 14/01/08 " 17/01/08 " " " " " " " " " " 25/01/08 " " " " " " " 07/02/08 " " " " " " 12/02/08 " 15/02/08 " fc28 47,7 43,9 43,9 44,6 47,1 43,3 40,7 40,7 47,1 38,2 50,9 50,3 46,5 49,7 42,0 45,2 48,4 46,5 47,1 47,7 49,7 48,4 45,8 48,4 42,0 43,3 42,7 47,1 43,3 43,9 41,4 35,6 36,3 41,4 38,2 40,1 36,9 38,2 45,8 49,7 50,9 44,6 " " " fc28 " " " " " fc28 " fc28 " " " " " " " " " " fc28 " " " " " " " fc33 " " " " " " fc28 " fc28 " 180 ANEXO 4 Apresentam-se croquis de localização dos lotes na concretagem das placas de pavimento da Avenida Conde da Boa Vista. 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194