ANDRESSA DANETTE DAYANE CORDEIRO DE SIQUEIRA PAULO HENRIQUE DALL’AGNOL IMAGEM ORGANIZACIONAL: Estudo de caso na empresa Madegil Madeiras MATELÂNDIA 2013 ANDRESSA DANETTE DAYANE CORDEIRO DE SIQUEIRA PAULO HENRIQUE DALL’AGNOL IMAGEM ORGANIZACIONAL: Estudo de caso na empresa Madegil Madeiras Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade Educacional de Matelândia, para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Profª. Esp. Mestranda Margarete Fátima Marcon MATELÂNDIA 2013 FACULDADE EDUCACIONAL DE MATELÂNDIA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO TERMO DE APROVAÇÃO Título de Trabalho de Conclusão de Curso nº 006/2013 IMAGEM ORGANIZACIONAL: Estudo de caso na empresa Madegil Madeiras. Por Andressa Danette Dayane Cordeiro Siqueira Paulo Henrique Dall’Agnol Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado às 19h:30min do dia 05 de dezembro de 2013, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Faculdade Educacional de Matelândia, avaliados pela banca examinadora composta pelos professores abaixo assinados, sendo considerados Aprovados. ________________________________________________________ Orientadora/Presidente: Profª. Esp. Mestranda Margarete F. Marcon _________________________________________________________ Membro: Profª. Mestre Diego Rossi __________________________________________________________ Membro: Profª. Esp. Emerson Cordeiro MATELÂNDIA - PR 2013 Dedicamos este trabalho aos nossos familiares e a todos aqueles que contribuíram para que nossa formação acadêmica se concretizasse. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus, por nos dar oportunidade de alcançar essa etapa em nossas vidas. Queremos agradecer também a Faculdade Educacional de Matelândia - FAMA juntamente com os professores que nos acompanharam durante toda nossa formação acadêmica. Dedicamos esta conquista a nossa orientadora, que nos auxiliou em todos nossos passos. Agradecemos aos nossos familiares pela contínua compreensão e por sempre nos apoiarem. “O segredo do sucesso não está em fazer previsões do futuro. Está em preparar-se para o futuro que não pode ser previsto.” Michael Hammer RESUMO Este trabalho acadêmico tem por objetivo identificar a imagem organizacional da empresa Madegil Madeiras segundo a visão dos clientes e consumidores, ou seja, como as pessoas de fora da organização a vêem. Um fator que se destaca nos processos de decisão de compra pelos clientes é a imagem que se tem sobre a empresa. A capacidade de uma organização para obter a aprovação dos seus clientes em relação à imagem de seus produtos, sua marca, e de maneira geral, de todas as ações que possui diante do mercado consumidor, torna-se uma vantagem competitiva importante, podendo se refletir no comportamento de compra do cliente. É importante ressaltar que todas as empresas possuem pontos fortes e fracos e, buscar sugestões de melhorias com os clientes e consumidores utilizando-se de uma pesquisa, é uma ótima ferramenta para obter a identificação da necessidade real. O resultado da pesquisa pode atender com eficiência e eficácia, podendo também por meio dessa informação fornecida pelos clientes e consumidores, comparar-se qual a imagem que a empresa quer passar com a que ela realmente está passando para as pessoas de fora da organização. Assim este estudo verificou a imagem organizacional da empresa do ramo madeireiro, detectou a percepção dos clientes e consumidores e os pontos fortes e fracos no que se refere à imagem da empresa, sugeriu possíveis ações de melhorias ao empresário baseado no resultado da pesquisa, e comparou a imagem que a empresa quer passar com a que ela realmente passa, na cidade de Matelândia - PR e região. Com o material coletado pode se fazer as análises e evidenciar que a empresa Madegil Madeiras na percepção dos clientes e consumidores tem uma imagem boa no mercado, também pode ser extraído da pesquisa informações de grande valia para a empresa como uma melhora na parte física e estrutural, e a detecção de uma oportunidade de crescimento que futuramente pode ser elaborada pelo gestor para o desenvolvimento da organização, para então melhorar ainda mais a Madegil Madeiras tornando-a ainda mais forte e competitiva no segmento de mercado a que pertence. Assim como pode ser levantado que, a imagem que o gestor tem da empresa é muito similar com a que os clientes criaram dela com o passar do tempo. Palavras chave: Administração, Marketing, Imagem, Mercado Consumidor, Empresa. ABSTRACT This present work has the objective to identify the organization image of the company Madegil Madeiras from the client and consumers’ point of view, that is to say, as people see the organization from outside. A factor that stands out in the decision buying process by the customer is the image that this person has about the company. The organization capacity to obtain the client’s approval with regard to the image of their product, their brand, and in general, of all the actions they have in view of the consumer’s market, it becomes a competitive advantage, reflecting in the buying behavior of the client. Is importantly, all companies have strengths and weaknesses, and seek suggestions for improvement with customers and consumers using a search is a great tool for the identification of the real need. The search result can meet efficiently and effectively, and can also through this information provided by customers and consumers, comparing yourself what image the company wants to spend with her is actually going to people from outside the organization. As such, this study intends to identify the organization image of the wood industry, to detect the clients’ perception, their strengths and weaknesses in relation to the company’s image and to suggest possible improvement actions to the businessperson based on the search result in the city of Matelândia - Paraná and the region. The material collected can be made an analysis and diagnose that Madegil Madeiras company, by the customers’ perception, has a good image at the market. It can also be extracted from the information research of high regard to the company, with an improvement in the structural and physical part, and the detection of a growing opportunity for the future that can be elaborated by the manager to the organization development, making Madegil even stronger and competitive at the market. As well as it can be, the image the manager has from the company is very similar to the one the clients created over the course of time. Key words: Administration, Marketing, Image, Consumer’s market, company. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fachada da empresa ......................................................................... 43 Figura 2: Organograma da empresa ................................................................. 46 Figura 3: Produtos ofertados pela empresa em estudo. ................................... 47 Figura 4: Produtos e Serviço ofertados pela empresa – Transporte. ................ 48 Figura 5: Arranjo físico/layout da empresa ....................................................... 49 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Classificação da pesquisa................................................................ 51 Quadro 2: Cronograma de atividades ............................................................... 77 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMA – American Marketing Association, (Associação Americana de Marketing) H1 – Hipótese 1 H2 – Hipótese 2 H3 – Hipótese 3 LTDA – Limitada ME – Micro Empresa PR – Paraná S.W.O.T – Strength (Força), Weakness (Oportunidades), Threats (Ameaças). TCC – Trabalho de Conclusão de Curso (Fraqueza), Opportunities LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Faixa etária....................................................................................... 59 Gráfico 2: Profissão .......................................................................................... 60 Gráfico 3: Bairro ou Cidade onde reside ........................................................... 61 Gráfico 4: Tempo que compram na empresa ................................................... 62 Gráfico 5: Atendimento e entrega ..................................................................... 63 Gráfico 6: Localização e estrutura física ........................................................... 64 Gráfico 7: Avaliação da qualidade dos produtos ............................................... 65 Gráfico 8: Meio pelo qual tomou conhecimento da empresa ............................ 66 Gráfico 9: Política de preço ............................................................................... 67 Gráfico 10: Condições de pagamento............................................................... 68 Gráfico 11: Motivos de compra na Madegil Madeiras ....................................... 69 Gráfico 12: Sugestões de melhoria ................................................................... 70 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 15 1.1. TEMA..................................................................................................... 16 1.1.1. Pergunta de pesquisa ............................................................................ 16 1.1.2. Hipóteses ............................................................................................... 17 1.2. OBJETIVOS........................................................................................... 17 1.2.1. Objetivo geral......................................................................................... 17 1.2.2. Objetivos específicos ............................................................................. 17 1.3. JUSTIFICATIVA..................................................................................... 18 1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................................. 19 2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 20 2.1. ADMINISTRAÇÃO ................................................................................. 20 2.2. CONCEITOS E EVOLUÇÃO DO MARKETING..................................... 22 2.3. MARKETING E AS ORGANIZAÇÕES .................................................. 23 2.4. A GESTÃO DA IMAGEM DAS ORGANIZAÇÕES ................................. 26 2.4.1. Marca ..................................................................................................... 26 2.4.2. Imagem .................................................................................................. 28 2.4.3. Identidade .............................................................................................. 29 2.5. CONSUMIDORES, CLIENTES E CONCORRENTES ........................... 30 2.5.1. Consumidores........................................................................................ 30 2.5.2. Clientes .................................................................................................. 31 2.5.3. Concorrentes ......................................................................................... 32 2.6. A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA DE MERCADO .......................... 33 2.6.1. Planejamento estratégico ...................................................................... 33 2.6.2. Planejamento e administração estratégica ............................................ 34 2.7. ANALISE S.W.O.T. ................................................................................ 37 2.8. PLANO DE MARKETING ...................................................................... 38 2.9. AMBIENTE DE MARKETING ................................................................ 40 3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA EM ESTUDO ................................... 42 3.1. DADOS DA EMPRESA ......................................................................... 42 3.2. HISTÓRICO DA EMPRESA .................................................................. 43 3.3. DIRETRIZ ORGANIZACIONAL ............................................................. 44 3.3.1. Missão ................................................................................................... 44 3.3.2. Visão...................................................................................................... 45 3.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................................ 45 3.4.1. Organograma da empresa ..................................................................... 45 3.4.2. Quadro de funcionários ......................................................................... 46 3.5. PRODUTOS E SERVIÇOS ................................................................... 46 3.5.1. Produtos e serviços oferecidos pela empresa Madegil Madeiras .......... 47 3.6. DESCRIÇÃO FÍSICA ............................................................................. 48 4. METODOLOGIA ........................................................................................ 50 4.1. METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................... 50 4.2. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ......................................................... 51 4.3. POPULAÇÃO E AMOSTRA .................................................................. 53 4.4. INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ......................................... 55 4.4.1. Coletas de Dados .................................................................................. 55 4.4.2. Questionário ........................................................................................ 566 4.4.3. Entrevista ............................................................................................... 56 4.5. DELIMITAÇÃO E LIMITAÇÃO DO ESTUDO ...................................... 577 5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .......................................... 58 5.1. IDENTIFICAÇÃO DA IMAGEM NA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES E CONSUMIDORES ................................................................................. 58 5.2. IMAGEM DA EMPRESA NA PERCEPÇÃO DO GESTOR ......................... 71 6. CONCLUSÃO ............................................................................................ 72 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 74 APÊNDICE – A: CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ........................................ 77 APÊNDICE – B: INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS............................ 78 ANEXO I: AUTORIZAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DA EMPRESA. ................... 80 15 1. INTRODUÇÃO O presente estudo tem por objetivo a identificação da imagem organizacional da empresa Madegil Madeiras, segundo a visão de seus clientes e consumidores, a qual está a dezesseis anos atuando no ramo madeireiro no município de Matelândia – PR. A organização tem como principal propósito a satisfação dos clientes, oferecendo produtos de qualidade, preços acessíveis, tornando-se uma empresa sólida no mercado. Surgiu então o interesse em identificar a imagem que a empresa está passando para seus clientes, pois assim terá a ciência de como realmente seus consumidores a vêem, podendo então ser incisivo nas necessidades dos clientes e ter uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes. É um grande desafio para as organizações conquistar e manter clientes, devido a isso cada vez mais as empresas buscam satisfazê-los. Ao longo do tempo os consumidores foram mudando: de clientes indiferentes e pacientes que compravam e adquiriam quase tudo sem questionamento, passaram a ser clientes críticos e conhecedores de seus direitos e obrigações. O desafio das empresas não é simplesmente ter o produto é saber encantar seus clientes, pois assim tornam-se fiéis. A imagem que um cliente tem da empresa é um fator que se destaca nos processos de decisão de compra do cliente. Desse modo, a capacidade de uma organização em alcançar a aprovação dos clientes em relação aos produtos, a marca e de maneira geral, a todas as suas ações no mercado, tornando-se vantagem competitiva importante. A imagem que a empresa tem no seu ambiente se reflete no comportamento do consumidor, e pode levar ao crescimento da empresa ou uma grande queda no faturamento da mesma. Dada a relevância do estudo, esta pesquisa tem como objetivo de investigar a imagem organizacional da empresa Madegil Madeiras, mais especificamente estudar as relações entre a empresa e seus consumidores, bem como a imagem real que os consumidores têm da empresa Madegil Madeiras. A partir desses dados será possível efetuar uma análise comparativa entre a imagem desejada pela empresa e a imagem percebida pelos clientes. O trabalho está estruturado em introdução, o referencial teórico, os aspectos metodológicos, a análise dos resultados e as considerações finais. 16 1.1. TEMA As empresas têm percebido que o marketing é essencial para alcançar o sucesso. Ele é o processo utilizado para determinar produtos ou serviços que poderão atender as necessidades e desejos de seus consumidores. Assim utilizam estratégias de vendas, comunicação e desenvolvimento do negócio. Em um mercado organizacional cada vez mais competitivo onde as empresas se preocupam como seus stakeholders¹ a vêem. Pois estão interessadas em saber qual a visão de sua empresa perante seus clientes, consumidores, colaboradores, fornecedores e demais interessados, para melhorar seus pontos negativos e dar ênfase em seus pontos positivos para uso benéfico da empresa, tornando-se mais competitiva no mercado em que está inserida. Nesse estudo foi abordado sobre imagem organizacional que nada mais é que a imagem criada ao longo dos anos e a percepção que o cliente tem da empresa e experiências que ele tem com a organização. Afirma Araújo (1999), que a imagem organizacional entende-se como o resultado da fusão de um conjunto de imagens na mente dos públicos com os quais a organização se relaciona, que sendo de maior ou menor importância, são projetados para o exterior. A Madegil Madeiras com o decorrer dos anos construiu sua clientela, e gostaria de saber qual é a imagem que criou para esses clientes e consumidores no tempo de funcionamento e atuação no mercado organizacional. Perante essa incógnita decidiu-se encontrar qual é essa imagem que a empresa fixou a seus clientes. Então por meio do resultado da pesquisa a empresa possa continuar melhorando e corrigindo possíveis falhas em sua estrutura empresarial. 1.1.1. Pergunta de pesquisa Qual é a visão externa da empresa Madegil Madeiras segundo a percepção de seus clientes e consumidores? ¹Stakeholders: é uma pessoa ou um grupo, que legitima as ações de uma organização e que tem um papel direto ou indireto na gestão e resultados dessa mesma organização. 17 1.1.2. Hipóteses H1 – Os clientes e consumidores da empresa Madegil Madeiras tem uma visão positiva; H2 – Os clientes e consumidores da empresa Madegil Madeiras têm uma visão negativa; H3 – Os clientes e consumidores da empresa Madegil Madeiras propõem sugestões para melhoria. 1.2. OBJETIVOS 1.2.1. Objetivo geral Identificar a imagem organizacional da empresa Madegil Madeiras, segundo a visão de seus clientes e consumidores. 1.2.2. Objetivos específicos (a) Detectar a percepção dos clientes e consumidores no que se refere à imagem da empresa Madegil Madeiras; (b) Identificar os pontos fortes e fracos da imagem da empresa Madegil Madeiras; (c) Sugerir possíveis ações de melhorias ao empresário baseado nos resultados da pesquisa; (d) Comparar a imagem desejada pela empresa e a imagem percebida pelos clientes e ou consumidores. 18 1.3. JUSTIFICATIVA Para obtenção do sucesso, as empresas requerem determinadas capacidades, como exemplo é o entendimento do cliente, uma empresa que indiferentemente do foco, o primordial é a satisfação total dos clientes, não descarta de nenhuma forma que depende veementemente deles para se manter e se desenvolver no mercado, pois sabe que com a forte concorrência da atualidade ela pode perder esse consumidor para alguma empresa que ofereça produto igual ou similar. O tema selecionado buscou entender o comportamento do cliente perante a imagem organizacional, podendo observar as oportunidades de melhoramento e consequente crescimento da madeireira. Tendo então a visão para desenvolver e ou modificar produtos e serviços que possa ajudar a conquistar e manter sua clientela, atendendo aos desejos e expectativas dos mesmos, para que continuem a utilizar os produtos oferecidos pela empresa. Diante do exposto, o estudo é relevante para o crescimento e aprendizado contínuo da empresa Madegil Madeiras, por meio desse estudo possa evoluir, se adequar ao mercado consumidor, atender às necessidades de seus clientes e consequentemente seu crescimento empresarial. Justifica-se também diante do público pesquisado, para que conheça-se as suas necessidades mercadológicas, mesmo que de forma menos abrangente, concluindo o que eles buscam satisfazer na hora da compra, e o que a empresa deve se adequar e mudar para oferecer melhorias aos seus clientes. Motivados pelo fato de ter diagnosticado que a empresa Madegil Madeiras não possuía nenhum estudo comprovado do qual identifica sua imagem segundo seus clientes e consumidores, Neste contexto os acadêmicos avaliaram que seria relevante para o crescimento da empresa a aplicação de uma pesquisa para obter essa identificação, além de servir como fonte de conhecimento científico, fonte de pesquisa e consulta a todos os interessados, acadêmicos, corpo docente e público em geral. 19 1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO Este trabalho se organiza em seis capítulos, sendo que o primeiro apresenta a introdução ao tema de estudo, o problema e a questão de pesquisa, os objetivos, as hipóteses, a justificativa do estudo e, por fim, a estrutura do trabalho. Na sequência, o segundo capítulo apresenta a revisão de literatura que se baseou no conhecimento de marketing para identificar a imagem organizacional da Madegil Madeiras. Inicialmente, apresenta o conceito de administração, a evolução e conceito de marketing, a gestão da imagem, marca e identidade, planejamento estratégico, administração estratégica, analise S.W.O.T., planejamento e ambiente de marketing. O terceiro capítulo se dedicou a caracterização da empresa, o histórico, diretriz organizacional, missão e visão. E logo a seguir, apresenta-se o quarto capítulo que e detalhado o planejamento da pesquisa, e o quinto capítulo que apresentou e analisou os dados e as informações coletadas na pesquisa aplicada. Para encerrar, registraram-se no sexto capítulo algumas considerações finais e a conclusão do estudo, as referências e, por fim, os apêndices que apresentam o cronograma das atividades desenvolvidas na realização da pesquisa e as questões aplicadas aos clientes da empresa Madegil Madeiras. 20 2. REVISÃO DE LITERATURA Esse capítulo tem por finalidade tratar da imagem organizacional da empresa Madegil Madeiras, no entanto se faz necessário primeiramente destacar de forma sintetizada conceitos de administração e marketing. 2.1. ADMINISTRAÇÃO Conforme Chiavenato (2003), a palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função sob o comando de outro, isto é, aquele que presta um serviço a outro. A palavra administração sofreu uma radical transformação em seu significado original. Chiavenato (2003), ressalta que a tarefa da administração passou a ser a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformálos em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização. Maximiano (2007, p. 57), afirma que “de acordo com Fayol, a administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos, que sempre exige algum grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle”. Para Chiavenato (2004), a tarefa básica da administração é fazer as coisas por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz. A administração é a chave para a solução dos problemas que afligem o mundo moderno, toda a organização precisa ser bem administrada para alcançar objetivos com maior eficiência, economia de ação e recursos, e tornar-se competitiva. Chiavenato (2004), afirma que onde a cooperação de pessoas com intuito de alcançar objetivos comuns se torne organizado e formal, o componente essencial dessa associação é a administração, a função de conseguir fazer as coisas por meios das pessoas e com os melhores resultados. Maximiano (2002) e Daft (1999), argumentam que a administração é um processo de tomar decisões e colocá-las em prática, sobre objetivos e utilização de recursos. O processo de administrar é inerente a qualquer situação que envolva pessoas que se utilizam de artifícios para atingir alguma meta, de uma forma eficaz 21 e eficiente, através do planejamento, organização, liderança e controle organizacional. O processo de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de recursos. Segundo Daft (1999, p. 5), existem quatro funções administrativas • Planejamento: significa definir metas para o desempenho organizacional futuro e decidir sobre as tarefas e uso de recursos necessários para sua realização; • Organização: envolve a designação de tarefas, o agrupamento de tarefas entre departamento e a locação de recursos entre estes departamentos; • Liderança: é o uso de influência para motivar os funcionários a atingirem as metas organizacionais. Liderança significa criar uma cultura e valores comuns à empresa, transmitir a idéia dos objetivos organizacionais a todos os funcionários e incutir neles o desejo de se desempenhar e nível mais elevado; • Controle: quer dizer monitoramento das atividades dos funcionários, a verificação de que a empresa esteja na direção certa rumo a seus objetivos e a efetuação de correções quando necessárias. Os administradores devem certificar-se de que a empresa esteja caminhando rumo a seus objetivos. Para Chiavenato (2003), o planejamento é a primeira função administrativa, pois serve de base para as demais funções. É a função que determina antecipadamente quais os objetivos serão atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. Planejar é definir os objetivos e escolher antecipadamente o melhor curso de ação para conquistá-los. Sendo que é o planejamento que define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência. Chiavenato (2003), argumenta que a organização consiste em determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos objetivos planejados,agrupar as atividades em uma estrutura lógica e designar as atividades às especificas posições e pessoas. O papel da direção para Chiavenato (2003), é acionar e dinamizar a empresa, está relacionada com a ação, com o colocar-se em marcha, e tem muito a ver com as pessoas, ela está diretamente relacionada com a atuação sobre os recursos da empresa. É a função administrativa que se refere a relações interpessoais do administrador em todos os níveis da organização e seus subordinados. O controle para Chiavenato (2003), tem por finalidade assegurar que os resultados que foram planejados, organizados e dirigidos se ajustem o máximo possível aos objetivos previamente estabelecidos. O controle reside na verificação se a atividade controlada esta ou não alcançando os objetivos e os resultados 22 desejados. O controle consiste em um processo que guia a atividade exercida para um fim previamente estabelecido. De acordo com Stoner e Freeman (1994), a administração é um processo de modo sistemático de fazer as coisas, que todos os administradores independentemente de suas aptidões ou habilidades particulares, participam de atividades inter-relacionadas visando alcançar os objetivos das organizações. 2.2. CONCEITOS E EVOLUÇÃO DO MARKETING Cobra (2007), salienta que a Ohio State University definiu marketing como o processo na sociedade, pela demanda de bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços. Em 2008 a AMA (American Marketing Association) retrata marketing como o desempenho das atividades de negócios que guiam o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador. Kotler (2000), afirma que marketing é um processo social por meio do qual, pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam, e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com os outros. O marketing começa com a necessidade e desejos humanos, segundo Kotler (1998), a necessidade humana é um estado de privação de alguma satisfação básica. As pessoas precisam de alimento, roupa, abrigo, segurança, sentimento de posse e auto-estima. O autor citado acima assegura que essas necessidades não são criadas pela sociedade ou empresas, e sim já nascem junto com o ser humano e são inerentes as nossas condições. Kotler (1998), afirma que os desejos são carências por satisfações específicas para atender as necessidades. Os desejos humanos são continuamente moldados e remoldados por forças e instituições sociais, incluindo igrejas, escolas, famílias e empresas. As demandas são desejos por produtos específicos, respaldados pela habilidade e disposição de comprá-los. Desejos se tornam demandas quando apoiados por poder de compra. Essas distinções põem abaixo as acusações dos 23 críticos de marketing de que os profissionais de marketing criam necessidades ou que marketing induz as pessoas a comprar coisas que não desejam. Kotler (1998), afirma que os profissionais de marketing não criam necessidades. Elas já existiam antes deles, eles influenciam a demanda ao oferecer o produto apropriado, atraente, adquirível e facilmente disponível aos consumidoresalvos. Kotler e Keller (2006), salientam que as empresas estabelecem um departamento de marketing que se responsabiliza pela criação e pela entrega de valor para o cliente. As organizações sabem que o marketing não é feito apenas pelo pessoal de marketing, de vendas e de atendimento ao cliente, cada funcionário tem um impacto sobre o cliente e deve vê-lo como se fosse a prosperidade da empresa. Ainda para os mesmos autores as empresas estão começando a enfatizar o trabalho em equipe interdepartamental para gerenciar processos chaves. Também se está dando maior ênfase à gestão integrada e contínua de processos de negócios essenciais, como o desenvolvimento de novos produtos, a aquisição e a retenção de clientes e o preenchimento de pedidos. 2.3. MARKETING E AS ORGANIZAÇÕES Para Cobra (1992), marketing é mais do que uma forma de sentir o mercado e adaptar produtos ou serviços, é a procura pela melhoria da qualidade de vida dos consumidores. As organizações na busca da sobrevivência acabam por descobrir a importância de se orientar pelas necessidades e exigências do mercado. Segundo Chiavenato (2005), o marketing focaliza o mercado e centraliza o cliente nas atividades da organização. O conceito de marketing envolve ações como vender, divulgar, propagar, promover, distribuir, definir preço, construir a marca, atender o cliente e, sobre tudo, encantá-lo e fidelizá-lo. Na verdade, marketing constitui um conjunto integrado de todas as ações focadas no cliente e no mercado. Rocha e Christensen (1999), salientam que o marketing é uma função gerencial, que ajusta a oferta da empresa, as demandas específicas do mercado, utilizando como ferramenta, um conjunto de princípios e técnicas. Também pode ser visto como um processo social, pelo qual são reguladas a oferta e a demanda de bens e serviços para atender as necessidades sociais. É uma orientação da 24 administração, uma filosofia, uma visão. Os autores citados acima ressaltam que essa orientação reconhece que a tarefa primordial da organização é satisfazer os consumidores, atendendo suas necessidades, levando em conta seu bem-estar a longo prazo, respeitando as exigências e limitações impostas pela sociedade e atendendo as necessidades de sobrevivência e continuidade da organização. Ainda para os mesmos autores, o marketing parte da idéia de que demanda e oferta são heterogêneas, isto é, de que a demanda provém de um conjunto de clientes, cujas preferências são distintas entre si, e de que a oferta é composta por um grupo de fabricantes, cujos produtos apresentam certo grau de diferenças. Para Basta; Narchesini; Oliveira e Sá (2003), o marketing procura obter o melhor agrupamento possível entre segmentos da oferta e da demanda básica especifica: suprimentos, produção, finanças, recursos humanos e marketing. Cada subsistema interage com os demais funcionando tanto com o cliente, quanto com o fornecedor, numa relação harmoniosa, integrada e sintonizada com os objetivos organizacionais, pode contribuir para o êxito do sistema empresarial. Para Cobra (1992), marketing é o estudo e a preparação de todos os meios necessários para a empresa aproximar-se permanentemente ao interesse comum, ás necessidades e desejos do consumidor e às possibilidades de produção. Uma organização é um organismo, com valores e propósitos específicos, com a missão e objetivos a atingir, é um sistema único composto de diversos subsistemas cada qual com atividades típicas e funções. Rocha e Christensen (1999), ressaltam que no processo competitivo, cada empresa esta permanentemente na busca de ajustar o produto que ela oferece e algum grupo de consumidores no mercado. Onde está a essência da concorrência entre as empresas, e ao marketing cabe a tarefa de realizar esse ajustamento. Como o mercado é muito dinâmico, todas as empresas estão constantemente ameaçadas de perder sua posição devido a mudanças no ambiente, no comportamento dos consumidores e na ação dos concorrentes. Segundo Kotler e Armstrong (2003), a maior função do marketing, mais do que qualquer outra nos negócios é lidar com os clientes. A essência do pensamento e da prática do marketing moderno é constituído por meio do ato de entender, criar, comunicar e proporcionar valor e satisfação ao cliente. O bom marketing é essencial para o sucesso de toda organização, seja ela grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos, nacional ou global. Kotler e Armstrong (2003), afirmam ainda que muitas 25 pessoas entendem marketing apenas como venda e propaganda, isso não causa nenhuma surpresa, pois todos os dias somos bombardeado por comerciais de televisão, anúncios em jornais e revistas e campanhas de tele-marketing. Por tanto, vendas e propaganda constituem apenas a ponta do iceberg do marketing. Elas são apenas duas das muitas funções do marketing. Maximiano (2007), aponta ainda que o objetivo e função do marketing é estabelecer e manter a ligação entre organização e seus clientes, consumidores, usuários ou público alvo. Tanto as organizações que visam lucro quanto as que não visam realizam atividades de marketing. Para Maximiano (2007, p. 30), a função de marketing é muito mais ampla e abrange atividades de: • Pesquisa: identificação de interesses, necessidades e tendências do mercado. • Desenvolvimento de produtos: criação de produtos e serviços, inclusive seus nomes, marcas e preços, e fornecimento de informações para o desenvolvimento de produtos em laboratórios em oficinas. • Distribuição: desenvolvimento dos canais de distribuição e gestão dos pontos de vendas. • Preço: determinação das políticas comerciais e estratégias de preço no mercado. • Promoção: comunicação com o público alvo por meio de atividades como propaganda, publicidade e promoção nos pontos de vendas. • Vendas: criação de transações com o público alvo (em algumas organizações, vendas é uma função separada de marketing). Kotler e Keller (2006), salientam que o marketing moderno exige mais do que desenvolver um bom produto a um preço atraente. É torná-lo acessível a seus consumidores. As empresas precisam também se comunicar com as partes interessadas atuais e potenciais e com o público em geral. Para a maioria das empresas, o problema não é a comunicação, e sim o que dizer, como, para quem e com que frequência. De acordo com os autores citados acima as comunicações se tornam cada vez mais difíceis à medida que um número crescente de empresas tende a gritar para atrair atenção dividida do consumidor. Para Maximiano (2007, p. 27), existem alguns processos comuns, que se encontram na maioria das organizações, são os seguintes: • Produção: transformação de matérias primas, por meio da aplicação de máquinas e atividades humanas, em produtos e serviços. • Administração de encomendas: transformação de um pedido feito por um cliente na entrega de uma mercadoria ou prestação de um serviço. 26 • Administração de recursos humanos: transformação de necessidades de mão-de-obra em disponibilização desde seu emprego até seu desligamento da organização. Maximiano (2007), afirma que a organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo. O processo de definir quais objetivos a organização pretende alcançar e com quais recursos chama-se planejamento. O processo de dividir o trabalho entre as pessoas para realizar os objetivos, chama-se processo de organização. Segundo Chiavenato (2003), é importante compreender que organização significa um empreendimento humano moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos. 2.4. A GESTÃO DA IMAGEM DAS ORGANIZAÇÕES 2.4.1. Marca Kotler (2000), afirma que desenvolver uma marca é a arte e a essência do marketing. A marca pode ser definida como o nome, termo, símbolo, logotipo, desenho, marca comercial, ou uma combinação desses elementos. Ela deve identificar os bens ou serviços da empresa, e distingui-los das concorrências. Essencialmente uma promessa de que a empresa irá fornecer uma série específica de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores. Ainda para o mesmo autor a empresa que trata uma marca apenas como o nome, ela esta equivocada. O desafio está em estabelecer uma marca e desenvolver profundas associações positivas em relação a ela. Os profissionais de marketing devem decidir em que níveis ancorar a identidade da marca. Conforme Basta; Narchesini; Oliveira e Sá (2003), a marca tem a finalidade de distinguir produtos e serviços de outros. Registrada nos institutos nacionais de propriedade industrial, a marca pode apresentar coincidência com registros já existentes, ela assegura ao titular a propriedade e o direito exclusivo, constituindo-se num ativo da organização. De acordo com Stone e Woodcock (2002), as marcas da empresa, produto e serviço são muito importantes, pois também têm um forte efeito nas expectativas e 27 percepções do seu cliente em relação a sua empresa. Uma marca forte desenvolvida durante um longo período proporciona uma base para o relacionamento da empresa com o cliente. Marcas altamente visíveis e positivas não podem existir sem a lealdade do cliente, que depende do relacionamento ao longo prazo. Se você gerencia bem o relacionamento com seus clientes, eles tenderão a ser leais e isso proporcionará a oportunidade para que a marca trabalhe. Kotler (2000, p. 426), ressalta que a marca pode trazer até seis níveis de significado: • Atributos: uma marca traz a mente certos atributos. A Mercedes sugere automóveis caros, bem construídos, de boa engenharia, duráveis e de auto prestígio. • Benefícios: os atributos devem ser traduzidos em benefícios funcionais e emocionais. O atributo “durável” poderia traduzir o benefício funcional “não terei de comprar outro carro por muitos anos” o atributo “caro” traduz o beneficio emocional “um carro me faz sentir importante e admirável”. • Valores: a marca também diz algo sobre os valores da empresa. A Mercedes simboliza alto desempenho, segurança e prestígio. • Cultura: a marca pode representar certa cultura. A Mercedes representa a cultura germânica: organizada, eficiente, preocupada com a qualidade. • Personalidade: a marca pode projetar certa personalidade. A Mercedes pode sugerir um chefe decidido (pessoa), um leão poderoso (animal) ou um palácio austero (objeto). • Usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que compra ou usa o produto. Poderíamos ver um alto executivo de 55 anos de idade atrás do volante de uma Mercedes, não uma secretaria de 20 anos. Para Kotler e Keller (2006), consumidores podem avaliar um produto idêntico de forma diferente, dependendo de como sua marca é estabelecida. Eles conhecem as marcas por meio de experiências anteriores com o produto e do programa de marketing. Descobrem quais delas satisfazem suas necessidades e quais deixam a desejar. As marcas podem sinalizar determinado nível de qualidade e, dessa maneira, consumidores satisfeitos podem facilmente optar novamente pelo produto. Kotler e Keller (2006), afirmam que a fidelidade a marca proporciona a empresa previsibilidade e segurança da demanda, além de criar barreiras que tornam mais difíceis para outras empresas ingressar no mercado. para as empresas as marcas representam uma propriedade legal incrivelmente valiosa que pode influenciar o comportamento do consumidor, ser comprada e vendida e, ainda oferecer a segurança de receitas futuras e estáveis para seu proprietário (KOTLER e KELLER, 2006, p. 269). 28 Kotler e Keller (2006), ressaltam que a comunicação de marketing é o meio pelo qual as empresas buscam informar, persuadir e lembrar os consumidores, seja ela direta ou indireta, sobre os produtos e marcas que comercializam. A comunicação de marketing representa a voz da marca, é o meio de estabelecer um diálogo e constrói relacionamentos com seus consumidores. Rocha e Christensen (1999), afirmam que a marca exerce função importantíssima no processo de compra. Essa função esta ligada aos aspectos psicológicos do comportamento do consumidor. Quando determinado indivíduo sente a necessidade ele é estimulado a buscar uma satisfação para a mesma, de forma a reduzir a tensão gerada por ela, em busca, o consumidor defronta-se com produtos alternativos, que poderão satisfazê-lo. 2.4.2. Imagem Segundo o dicionário da língua portuguesa², imagem é a representação de pessoa, coisa ou uma idéia. Para uma instituição, a imagem pode ser entendida como um registro público dos atributos identificadores da organização. Partindo desse pressuposto Kotler (2000), ressalta que a imagem é a maneira como o publico vê a empresa ou seus produtos. A imagem é afetada por muitos fatores que a empresa não pode controlar. Uma imagem efetiva precisa exercer três funções, primeiramente ela precisa estabelecer a personalidade do produto e a proposta de valor; Em segundo ela deve transmitir essa personalidade de maneira distinta, para que não seja confundida com a dos concorrentes; Em terceiro, ela tem de comunicar um poder emocional que vai além de uma simples imagem mental. Para que a imagem funcione, ela deve ser transmitida por todos os veículos de comunicação disponíveis. Kotler (1998), afirma que uma imagem eficaz, deve transmitir uma mensagem singular que estabeleça a característica e a proposição de valor do produto, de maneira distintiva para não ser confundida com mensagens similares dos concorrentes, e transmite o poder emocional, de maneira que toca os corações e as mentes dos compradores. ²AURELIO Mini dicionário da língua portuguesa: sec. XXI: 4. ed. 2000. 29 Afirma Araújo (1999, p. 44), que: “a imagem de uma determinada organização pode ser entendida como o resultado da integração de um conjunto de imagens na mente dos públicos com os quais a organização se relaciona que, com maior ou menor importância, são projetados para o exterior”. Araújo (1999), argumenta que a imagem da organização como ativo intangível será o entendimento da imagem ultrapassando as fronteiras da identidade visual, da publicidade e da propaganda, porém, compreendendo a totalidade da organização, seus produtos e serviços, ou seja, como se projeta para a população, a cultura da instituição e as pessoas envolvidas, ou seja, como ela se vê e se percebe, os processos de comunicação interna e externa e as relações com a comunidade a qual se estrutura tecnológica e comercialmente. Assim, o autor citado acima afirma ainda que na organização, esses pontos também ficam conhecidos como variáveis independentes. São eles: a autoimagem; a imagem intencional e a imagem funcional da organização. Kotler (1998), relata que desenvolver uma imagem forte exige muita criatividade e trabalho. Ela não pode ser implantada na mente do público da noite para o dia nem ser difundida apenas por veículos de mídia. Se a empresa for inconsistente na transição de uma mensagem pode deixar os seus consumidores confusos e mais vulneráveis às campanhas dos concorrentes que apresentam mensagens mais fortes. Para compor uma imagem forte são necessários um ou mais símbolos que despertam reconhecimento da empresa ou marca. Conforme Tomasi e Medeiros (2010), a imagem unindo-se com a identidade institucional torna-se o grande diferencial de competitividade para as organizações, essa junção transmite os valores, princípios e a filosofia da empresa. 2.4.3. Identidade De acordo com Kotler e Keller (2006), a identidade é um modo como a empresa busca identificar ou posicionar a si mesma ou ao seu produto. Para Tomasi e Medeiros (2010), a identidade é fundamental para que as atividades de comunicação empresarial sejam articuladas com o planejamento estratégico da empresa e que tenha como objetivo a construção da imagem institucional. 30 Kotler e Keller (2006), ressaltam que uma identidade eficaz precisa exercer as funções de estabelecer a personalidade do produto e a proposta de valor, comunicar essa personalidade de forma diferenciada, transmitir poder emocional além da imagem mental. Para que a identidade funcione, ela deve ser transmitida ao público por meio de todos os veículos de comunicação e contato com a marca que estiver disponível, deve ser difundida em anúncios relatórios anuais, folhetos, catálogos, embalagens, papeis timbrados, envelopes e cartões de visita, até mesmo o espaço físico da empresa pode ser um poderoso gerador de imagem. 2.5. CONSUMIDORES, CLIENTES E CONCORRENTES 2.5.1. Consumidores Kotler (1998), afirma que os consumidores mudam de opinião constantemente sobre o que necessitam por isso os profissionais de marketing devem estudar os seus desejos, percepções, preferências e comportamentos de compra. Cobra (1992), afirma que quando o mercado deixa de absorver quantidades adicionais de produtos gerados pela economia de escala de produção e quando o esforço de vendas por si só não é capaz de colocar esses mesmos produtos no mercado, surge à preocupação com o consumidor. É preciso descobrir o que o consumidor quer, ou necessita, e a partir daí atender as suas necessidades. O foco então é entender e responder ás necessidades dos consumidores Para Kotler (1998), consumidor potencial é alguém que, o praticante de marketing identifica como potencialmente disposto e habilitado a se engajar em troca de valores. Segundo Las Casas (2008), as empresas voltadas para o cliente devem priorizar as pesquisas dos consumidores, tornando possível conhecer atuais necessidades e desejos, ou então identificar os níveis de satisfação do consumidor com a empresa. 31 2.5.2. Clientes Basta, Narchesini, Oliveira e Sá (2003), afirmam que as organizações de sucesso têm os clientes como centro de seu pensamento estratégico. Eles representam a sua razão de ser. Os clientes podem ser pessoas físicas, organizações privadas ou estatais, ou mesmo organizações sem fins lucrativos que estejam dispostas a comprar bens e serviços por determinado valor. Segundo os autores citados acima quando os clientes estão inseridos no mercado eles representam uma oportunidade de marketing. Os especialistas vão procurar identificar o tamanho e o potencial dessa clientela, sua localização, suas necessidades atuais e futuras, seus hábitos de consumo e seus principais atributos, bem como o grau de importância que conferem á diversos produtos e serviços que lhes podem ser ofertados. Atualmente, todos os funcionários de uma organização, precisam conhecer os conceitos e os princípios de marketing, pois o foco central é o cliente. Cobra (1992), explica que as necessidades dos clientes não são inertes e a tendência da empresa é centrar o seu negócio nessas necessidades, observa-se que as mudanças obrigam frequentemente a empresa a alterações nas estratégias de marketing. Kotler (2000), afirma que o cliente é a pessoa mais importante do mundo, ele não depende da empresa, ela depende dele. Os clientes de hoje são mais difíceis de agradar. São mais inteligentes, mais conscientes, em relação aos preços, qualidade dos produtos, excelência no atendimento, mais exigentes, perdoam menos e são abordados por mais concorrentes com ofertas iguais ou melhores. As empresas em busca de maior lucratividade devem investir tempo e recursos consideráveis na busca por novos clientes e manutenção dos atuais. Ainda para Kotler (2000), o grande estímulo das organizações, não é deixar os clientes satisfeitos, vários concorrentes podem fazer isso, o desafio é conquistar clientes fiéis. Kotler (2000), afirma que a chave da retenção de clientes é satisfazêlos, um cliente altamente satisfeito, permanece fiel por mais tempo, compra mais à medida que a empresa lança novos produtos ou aperfeiçoa os produtos existentes, fala favoravelmente da empresa e de seus produtos, da menos atenção a marcas e propagandas concorrentes e é menos sensível ao preço, custa menos para ser atendido do que novos clientes, uma vez que as transações são rotineiras. 32 Kotler e Keller (2006), ressaltam que os clientes formam expectativas a partir de varias fontes, como experiências anteriores, “boca a boca” e propaganda. Os clientes comparam o serviço desejado com o serviço final, se o serviço desejado não atender as expectativas do serviço final, os clientes perderão a confiança pelo fornecedor. Se o serviço atender as expectativas ou for além do que se esperava, os clientes ficarão satisfeitos e com certeza voltaram novamente a utilizá-los. Kotler e Keller (2006), afirmam ainda que as empresas bem sucedidas percebem o que seus consumidores desejam e oferecem benefícios que não só satisfazem os clientes diretos quanto indiretos como também os surpreendem e encantam, para encantar os clientes não basta só atender as expectativas tem que ir além, surpreende-los. De acordo com Chiavenato (2005), a clientela é constituída pelos clientes da empresa, que podem ser pessoas jurídicas ou pessoas físicas. Os clientes são denominados consumidores quando consomem os produtos produzidos, são denominados usuários, quando utilizam os serviços prestados pela empresa. Os clientes são chamados reais quando efetivamente já consomem ou utilizam os produtos ou serviços da empresa. São os clientes reais que compram ou consomem atualmente os produtos da empresa. Ainda para o mesmo autor, os clientes são chamados potenciais quando, embora ainda não consumam ou utilizem os produtos ou serviços da empresa, tem todas as condições para fazê-lo, os clientes potenciais precisam ser conquistados pela empresa para poderem ser incluídos em sua clientela. Conforme Chiavenato (2005), a clientela representa o conjunto de consumidores ou usuários de produtos ou serviços que a empresa coloca no mercado, são as entidades tomadoras dos resultados, sejam produtos ou serviços, das operações da empresa e que asseguram o sucesso da mesma. Constituem o alvo principal de toda a atividade empresarial, sem os clientes de nada valeria o esforço da organização. É a clientela que permite a colocação dos produtos ou serviços produzidos pela empresa. 2.5.3. Concorrentes De acordo com Cobra (1992), o marketing é a ação de compreender as necessidades de consumo e a capacidade de enfrentar e vencer a concorrência com 33 a oferta de produtos ou serviços que atendem as expectativas dos consumidores. Portanto, o marketing significa mais do que a existência de produtos ou serviços de qualidade, significa a competência para analisar e interpretar as necessidades de consumo e o poder de fogo para neutralizar os impactos da ação da concorrência. Para Chiavenato (2005), a concorrência é constituída pelas empresas que produzem produtos ou serviços similares ou que disputam o mesmo mercado ou a mesma clientela. As empresas concorrentes competem entre si para conquistar o mesmo mercado consumidor. Um cliente potencial para uma empresa concorrente pode ser um cliente real para a outra. Chiavenato (2005), reforça que os concorrentes reais são as empresas que estão competindo e disputando o mesmo mercado e a clientela de uma empresa. Os concorrentes potenciais são as empresas que, embora não estejam competindo e disputando o mercado e clientela de determinada empresa, tem todas as condições para tanto, faltando apenas uma decisão neste sentido. Kotler e Armostong (2007), salientam que para uma empresa obter sucesso deve oferecer mais valor e satisfação para os clientes do que seus concorrentes. Assim os profissionais de marketing devem obter vantagem estratégica posicionando agressivamente suas ofertas em relação a seus concorrentes na mente de seus consumidores, e não simplesmente se adaptar as necessidades dos consumidores-alvos. Conforme Malhotra (2012), os países em desenvolvimento são frequentemente direcionados para a produção, e não para o marketing. A procura geralmente excede a oferta, e não há muita preocupação quanto à satisfação do cliente, especialmente quando o nível de concorrência é baixo. 2.6. A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA DE MERCADO 2.6.1. Planejamento estratégico Para Maximiano (2007), planejamento estratégico é o processo de definir a missão e os objetivos da organização, considerando as ameaças e oportunidades do ambiente e outros fatores. Os planos estratégicos estabelecem os produtos e serviços que a organização pretende oferecer, os mercados e clientes que pretende atender e as formas de lidar com a concorrência. 34 De acordo com Lacombe e Heildorn (2003), o planejamento estratégico referese ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de atuação, e considera não só os aspectos internos da empresas, mas também, principalmente, o ambiente externo no qual a organização esta inserida. Conforme Drucker (2006), o planejamento estratégico é um processo continuo, contendo o maior conhecimento possível do futuro, tomar decisões atuais que envolvam riscos, organizar sistematicamente as atividades necessárias a execução dessas decisões, e através de retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. Segundo Kotler e keller (2006), o processo de criar, entregar e comunicar valor requer muitas atividades de marketing diferentes para assegurar que sejam selecionadas e executadas as atividades corretas, é essencial que exista um planejamento estratégico. Para Rebouças (2011), o planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências que devem ser tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado, a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores, de modo que possa exercer alguma influência. O planejamento é um processo contínuo um exercício mental que é executado pela empresa independentemente da vontade específica de seus executivos. Para o mesmo autor, planejamento estratégico é o processo administrativo que oferece sustentação mercadológica para estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando à interação com fatores externos não controláveis e atuando de forma inovadora e diferenciada. 2.6.2. Planejamento e administração estratégica Conforme Stoner e Freeman (1994), o conceito de estratégia é antigo. A palavra vem do grego strategeia, que significa a arte e a ciência de ser um general. Os generais gregos eficazes tinham de liderar um exército, ganhar e manter um território, proteger uma cidade contra invasões, destruir o inimigo, outros. cada tipo de objetivo exigia uma disposição diferente dos recursos. Os negócios são como a 35 guerra. Se a grande estratégia estiver correta, pode-se cometer qualquer quantidade de erros táticos, que mesmo assim o empreendimento terá sucesso. Para Stoner e Freeman (1994), apesar dos administradores eficazes terem sempre planejado grandes estratégias, só recentemente os estudiosos de administração reconheceram a estratégia como um fator crucial no sucesso das organizações. O motivo principal para esse reconhecimento tardio são as mudanças ambientais ocorrida desde a segunda guerra mundial. Conforme Wright; Kroll e Parnell (2010), a estratégia refere-se aos planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização. Pode-se analisar estratégia de três pontos de vantagens: a formulação da estratégia, a implementação e o controle, para assegurar que os resultados desejados sejam alcançados. Neste sentido “O planejamento é um processo continuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter relacionadas que podem ser separadas de forma diferente” (REBOUÇAS, 2011, p. 14). Conforme Rebouças (2011), o propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitaram a tomada de decisão futura, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. O planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcance dos objetivos, desafios e metas estabelecidas pela empresa. Para Lacombe e Heilborn (2003), o planejamento pode ser visto como a determinação da direção a ser seguida para alcançar um resultado desejado ou como a determinação consciente de cursos de ação, isto é, dos rumos, ele engloba decisões, com base em objetivos em fatos e na estimativa do que ocorreria em cada alternativa. Planejar é, portanto, decidir antecipadamente o que fazer, quando fazer e quem deve fazer. Kotler e Keller (2006), afirmam que hoje em dia os estudiosos de administração defendem a abordagem de administração estratégica. Essa abordagem ampla de desenvolvimento de estratégia não aparece da noite para o dia. As estratégias de marketing ajustam produtos e serviços às necessidades do consumidor, decidem onde e quando vender e promover produtos e estabelecem preços. 36 Stoner e Freeman (1994), salientam que planejamento é composto de alguns passos: formulação de objetivos, identificação das metas e estratégias atuais, analise ambiental, analise de recursos, identificação de oportunidades estratégicas e ameaças, determinação do grau de mudança estratégica necessária, tomada de decisão estratégica, implementação da estratégia e medida e controle do progresso. Para Wright; Kroll e Parnell (2010), a administração estratégica é um termo mais amplo que abrangem não somente administração dos estágios. A administração estratégica consiste em decisões e ações administrativas que auxiliam a assegurar que a organização formula e mantém adaptações benéficas com seu ambiente. Dessa forma, os administradores estratégicos avaliam suas empresas derivando pontos fortes e fracos e manter um ajuste compatível entre negócio e seu ambiente. Segundo Daft (1999), a administração estratégica é um conjunto de decisões e ações usado para formular e implantar estratégias que irão fornecer um ajuste competitivamente superior entre as organizações e o seu ambiente para atingir as metas organizacionais. A administração estratégica é um processo usado para auxiliar os gerentes nas tomadas decisões. De acordo com Wright; Kroll e Parnell (2010), a administração estratégica é desafiadora por que vai muito além de estabelecer objetivos e posteriormente dar ordens aos membros da organização para se aterem aos seus objetivos, a direção estratégica de uma organização depende de uma série de considerações, entre elas está à avaliação pela alta administração das oportunidades e ameaças do ambiente externo e a análise pela administração dos pontos fortes e fracos da empresa. A equipe da alta administração deve levar em conta os desejos competitivos dos vários stakeholders da organização, porque seu apoio é essencial para uma implementação de estratégias bem sucedidas. Os autores citados acima ressaltam também que a administração estratégica consiste na estruturação e adaptação entre a organização e seu ambiente externo, a razão de existência da empresa sua missão deve ser definida dentro das forças ambientais, bem como no contexto dos recursos da empresa os pontos fortes e fracos. Uma vez que a identidade da empresa esteja entendida claramente, a alta administração deve formular objetivos para dar um direcionamento à organização. 37 2.7. ANALISE S.W.O.T. Segundo Tuleski (2009), a análise S.W.O.T. é uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas como parte do plano de marketing ou do plano de negócios. O termo S.W.O.T. vem do inglês e representa as iniciais das palavras Strength (força), Weakness (fraqueza),Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). A idéia central da análise S.W.O.T. é avaliar os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e as ameaças da organização e do mercado onde ela está atuando. Sua importância no apoio à formulação de estratégias deriva de sua capacidade de promover um confronto entre as variáveis externas e internas, facilitando a geração de alternativas de escolhas estratégicas, bem como de possíveis linhas de ação. Conforme Wright; Kroll e Parnell (2010), subjacente a missão de uma empresa, existe uma análise de seus pontos fortes e fracos internos e das oportunidades e ameaças impostas pelo ambiente externo. O objetivo da análise é possibilitar que a empresa se posicione para tirar vantagens de determinadas oportunidades do ambiente e evitar ou minimizar as ameaças. A empresa tenta enfatizar seus pontos fortes e moderar o impacto de seus pontos fracos. Para Kotler e Keller (2006), a análise S.W.O.T. é a avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Ela envolve monitoramento dos ambientes externo e interno. Uma unidade de negócios tende a monitorar importantes forças macro-ambientais, tais como, econômicas, demográficas, tecnológicas, políticolegais e sócio culturais, e significativos agentes micro ambientais, assim como, clientes, concorrentes, distribuidores e fornecedores que afetam sua capacidade de obter lucro. Deve-se estabelecer um sistema de inteligência de marketing para acompanhar tendências e mudanças importantes no mercado organizacional. “Os pontos fortes são as características internas positivas que a organização pode explorar para atingir suas estratégias” (DAFT, 1999, p. 151). Para Rebouças (2011), pontos fortes é a divergência alcançada pela organização, é uma variável controlável, que a proporciona uma vantagem operacional perante o ambiente empresarial, onde ficam os assuntos não controláveis pela empresa. “Os pontos fracos são as características internas que podem inibir ou restringir o desempenho da organização” (DAFT, 1999, p. 151). 38 De acordo com Rebouças (2011), os pontos fracos são variáveis controláveis, situações inadequadas nas organizações que lhes proporciona uma desvantagem operacional no ambiente em que esta inserida. 2.8. PLANO DE MARKETING Para Cobra (1992), o planejamento mercadológico é um desenvolvimento sistemático de ações programadas para atingir os objetivos da empresa através do processo de análise, avaliação e seleção das melhores oportunidades. Ele não deve ser confundido com a previsão, embora a previsão seja parte necessária e importante dos procedimentos a serem desenvolvidos uma vez que o planejamento tenha a ver com o futuro. Kotler e Keller (2006), ressaltam que um plano de marketing é um documento escrito que resume o que o profissional de marketing, sabe sobre o mercado, que indica como a empresa planeja alcançar seus objetivos. O plano de marketing contém diretrizes táticas para os programas de marketing e para alocação de fundos ao longo do período do planejamento. Kotler e Keller (2006), afirmam que o plano de marketing é um dos produtos mais importantes do processo de marketing, eles estão tornando-se mais voltados para os clientes e concorrentes, além de estar mais bem elaborados e mais realistas do que no passado. Cobra (1992), afirma que o planejamento de marketing é encarado hoje como uma ferramenta de trabalho da gerencia de marketing, assumindo a configuração de um plano integrado de funções e recursos disponíveis para a realização dos objetivos da empresa esse é o chamado plano de marketing. O plano de marketing identifica as oportunidades mais promissoras no negócio para a empresa, mostra como penetrar com sucesso, obter e manter as posições desejadas nos mercados identificados. Cobra (1992), ressalta que o planejamento de marketing é a base na qual os outros planos da empresa devem estar montados; definem as metas, princípios, procedimentos e métodos que determinam o futuro; é efetivo, desde que envolva um compromisso por parte de todos os que contribuem para o sucesso. Ainda para o autor citado acima, planejamento é um processo continuo e não uma atividade isolada. Cobra (2992), afirma que o plano de marketing é também uma ferramenta de comunicação que integra todos os elementos do composto mercadológico: produto, marca, embalagem, preço, assistência ao cliente, vendas, 39 propaganda, promoção de vendas, merchandising, relações públicas e outros. O plano deve especificar por produto, mercado e região quem fará o que, onde, quando e como, com a finalidade de atingir as metas da empresa de maneira mais eficaz. Um plano de marketing segundo Kotler e Keller (2006, p. 59) contém: A. Resumo executivo e sumário. O plano de marketing deve ser iniciado com um breve resumo das principais metas e recomendações. O resumo executivo permite que a alta administração compreenda o direcionamento geral do plano. Um sumário deve se seguir a esse resumo, delineando o restante do plano com seus fundamentos e detalhes operacionais; B. Análise da situação. Essa seção apresenta os antecedentes relevantes quanto as vendas, custos, lucros, mercado, concorrentes e quanto as várias forças que atuam no macro ambiente; estratégia de marketing. Aqui o gerente de produto define a missão e os objetivos financeiros e de marketing do plano. Define também, quais grupos e necessidades o produto deve satisfazer. Em seguida, estabelece o posicionamento competitivo da linha de produtos, que orientará o plano de ação para alcançar os objetivos; C. Projeções financeiras. Projeções financeiras incluem previsões de vendas e de despesas numa análise do ponto de equilíbrio; D. Controles. A última seção do plano de marketing descreve os controles para seu monitoramento. As metas e o orçamento são especificados detalhadamente para cada mês ou trimestre. A alta administração pode analisar os resultados a cada período e tomar as ações corretivas cabíveis. Para Kotler e Keller (2006), o plano de marketing deve incluir projeções financeiras com as previsões de vendas e de despesas em uma análise do ponto de equilíbrio, nessa análise mostra quantas unidades devem ser vendidas mensalmente para compensar os custos fixos mensais e os custos variáveis médios por unidade. De acordo com Rocha (1999), o planejamento tático de marketing refere-se, especificamente, ao posicionamento de cada produto em seu mercado e à programação dos elementos do mix de marketing, com vista ao cumprimento da estratégia da empresa. Assim, o planejamento tático de marketing deverá detalhar para cada produto mercado, as ações de marketing específicas e sua ordenação no tempo. Rocha (1999), reforça que o desenvolvimento do plano tático de marketing é uma das atividades em que estão envolvidas os gerentes de marketing e os gerentes de produto no decorrer do ano. O plano de marketing tem como objetivo proporcionar respostas em três grandes questões estratégicas: 40 • Qual a nossa posição atual no que se refere a clientes e mercados? • Que posição desejamos ocupar no futuro com relação a esses clientes e mercados? • De que forma poderemos passar da situação atual à situação futura desejada? (RICHERS, 2000, p. 61). Para Westwood (2008), plano de marketing estabelece os objetivos de marketing da organização e sugere estratégias para se alcançar tais objetivos. Um plano de marketing é como um mapa, ele mostra a empresa onde está e aonde ela quer chegar. O autor citado acima ressalta que o plano de marketing deve identificar as oportunidades de negócios mais promissores para a empresa e esboçar como penetrar, conquistar e manter posições em mercados identificados. É uma ferramenta de comunicação que combina todos os elementos do composto mercadológico em um plano de ação coordenado. Westwood (2008), afirma que o plano de marketing estabelece quem fará o que, quando, onde e como, para atingir suas finalidades. Para Richers (2000, p. 61), “todas as empresas precisam de um plano de marketing que una as pessoas em torno de seus objetivos e estabeleça metas para o futuro” (RICHERS, 2000, p. 61). 2.9. AMBIENTE DE MARKETING Kotler (2000), afirma que as empresas precisam ter visões de ambiente interno e externo do seu negócio. Elas reconhecem que o mercado está mudando constantemente. O ambiente de marketing apresenta novas oportunidades e ameaças que compreendem a importância de continuar a monitorar e se adaptar ao ambiente onde a empresa está inserida, muitas delas não consegue ver as mudanças como oportunidades, suas estratégias, estruturas, sistemas e sua cultura organizacional ficam cada vez mais obsoletas e disfuncionais. Ainda para Kotler (2000), os maiores responsáveis por identificar as mudanças significativas no mercado são os profissionais de marketing. Mais do que qualquer outro grupo na empresa, são eles que devem acompanhar as tendências e procurar oportunidades. Embora todo gerente em uma organização precise observar o ambiente externo, os profissionais de marketing tem duas vantagens: eles dispõem de métodos formais: a inteligência de marketing e a pesquisa de marketing, para coletar informações sobre o ambiente de marketing eles dedicam mais tempo aos clientes e à observação dos seus concorrentes. 41 Kotler e Armstrong (2007), salientam que as empresas podem aceitar passivamente o ambiente de marketing como um elemento incontrolável ao qual deve-se adaptar, evitando ameaças e tirando vantagem de oportunidades a medida que surgirem. Podem também assumir uma atividade proativa, trabalhando para mudar o ambiente, em vez de simplesmente reagir a ele. 42 3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA EM ESTUDO Esse capítulo tem a finalidade de apresentar a empresa Madegil Madeiras, compreender seu processo histórico, expor suas diretrizes, produtos oferecidos, descrição física e estrutura organizacional. 3.1. DADOS DA EMPRESA São dados de identidade da empresa em estudo. Razão Social: Onofre Baraciol Me Nome Fantasia: Madegil Madeiras CNPJ: 11.108.272/0001-26 Inscrição Estadual: 90.493.224-85 Data da fundação: 25/09/1997 Endereço: Av. Getúlio Vargas, 765 – Centro Cidade: Matelândia Estado: Paraná CEP: 85.887-00 Ramo de Atividade: Comércio varejista de madeiras e materiais para construção Proprietário: Onofre Baraciol Telefone / Fax: (45). 3262 -1323 E-mail: <[email protected]> A empresa em estudo (figura 1) se enquadra no regime fiscal de micros e pequenas empresas conforme decreto nº 246 de 29 de janeiro de 2003. Seu horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 8 horas às 12 horas e das 13h30 às 18 horas, e no sábado apenas das 8 horas às 12 horas. 43 Figura 1: Fachada da empresa Fonte: Arquivo digital da empresa. 3.2. HISTÓRICO DA EMPRESA O senhor Onofre Baraciol, no ano de 1997, estagiário da Caixa Econômica Federal, agência de Matelândia-PR, ano em que, a agência transferiu seus funcionários efetivos para a cidade de Medianeira-PR, parando suas atividades na cidade de Matelândia-PR, fazendo então com que o mesmo ficasse desempregado, e obrigando-o a despertar seu espírito empreendedor. Onofre possuía um carro antigo no qual o trocou por algumas peças de madeiras e após firmar sociedade com Ivonete Savaris começa as atividades da empresa Madegil Madeiras dadas início no dia 25 de março de 1997 tendo a denominação inicial de BARACIOL E BARACIOL LTDA. Em 1997, movido sempre pelo apoio e incentivo de seu cunhado Gilberto Savaris, o qual era experiente no ramo, foi a base que o manteve no setor madeireiro. No início das atividades da empresa enfrentaram muitas dificuldades, devido tratar-se de uma empresa nova e sem capital para investimento em marketing, diversidade de produtos e a não disponibilidade de um veículo próprio para efetuar as entregas dos materiais equipamento crucial que os fizeram perder muitas vendas. Em 25 de outubro de 2004 a sociedade com a Ivonete Savaris foi desfeita e o Sr. Onofre Baraciol começou uma nova sociedade com Sra. Adirces Baraciol, sociedade que se encerrou em 25 de agosto de 2009, partindo para ser um empresário individual. Então com muito empenho e dedicação com o passar do 44 tempo a empresa foi expandindo e obtendo maior lucratividade, e hoje tem o orgulho de ser uma empresa organizada internamente e sólida no mercado. 3.3. DIRETRIZ ORGANIZACIONAL 3.3.1. Missão De acordo com Las Casas (2008), a missão é definida como a determinação de qual é o negocio da empresa e do que ela se propõe a fazer para atender o mercado, desenvolve-se sempre a partir de algum beneficio para a sociedade, ou do mercado em si. Rebouças (2011), salienta que a missão de uma organização é a determinação do motivo central da existência da mesma, ou seja, a determinação de quem a empresa atende com sues produtos e serviços. Correspondem a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar, a missão representa a razão de ser da empresa. Para Wright; Kroll e Parnell (2010), as organizações são fundadas com um propósito, embora isso possa mudar ao longo do tempo, é essencial que os stakeholders compreendem o motivo da existência da organização, ou seja, sua missão. Geralmente a missão da empresa é definida de forma formal, por escrito. Rebouças (2011), argumenta que a missão é uma forma de se traduzir determinado sistema de valor e crenças em termos de negócios e áreas básicas de atuação, considerando as tradições e filosofias administrativas da empresa. Ela exerce a função orientadora e delimitadora da ação empresarial, dentro de um período de tempo longo, em que são comprometidos valores, crenças, expectativa, conceitos e recursos. Neste contexto a empresa em estudo apresenta a seguinte missão: “Atender as necessidades, expectativas e satisfazer os clientes e comunidade em geral”. 45 3.3.2. Visão Rebouças (2011), afirma que a visão é considerada como sendo os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla representa o que a empresa quer ser em um futuro próximo ou distante. Neste contexto a empresa em estudo apresenta a seguinte visão: “Tornar-se referência no ramo madeireiro na região Oeste do Paraná, em qualidade, atendendo os seus clientes com excelência, transparência e ética”. 3.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A estrutura organizacional da Madegil Madeiras é bastante simples como pode ser observada no organograma funcional (Figura 2) e quadro de funcionários. 3.4.1. Organograma da empresa A organização funcional consiste na junção das atividades e tarefas de acordo com as funções desenvolvidas na empresa Madegil Madeiras. Garante maior eficiência na realização e execução nas atividades proposta pela empresa. Cada subordinado dirige-se a um só superior. A figura 2 demonstra o organograma da Madegil Madeira. 46 Figura 2: Organograma da empresa Gerente Auxiliar administrativo Auxiliar de serviços gerais Auxiliar de serviços gerais Fonte: Os autores. 3.4.2. Quadro de funcionários A Madegil Madeiras possui um quadro de com quatro (4) profissionais atuantes, sendo: um gerente, papel interpessoal, informacional e decisório; um auxiliar administrativo, que realizar as tarefas e rotinas administrativas como recepção dos clientes, organização do espaço de atendimento e escritório; atendimento e contatos telefônicos, agendamento das atividades internas e externas; digitação de relatórios, entre outros; e dois auxiliar de serviços gerais, cuida da limpeza, carga e descarga da mercadoria, dirigir o veiculo da empresa para as entregas, serviço de cortar, separar, selecionar, empilhar, e entregar madeiras. 3.5. PRODUTOS E SERVIÇOS O funcionamento da empresa ocorre da seguinte maneira: os clientes são recebidos e atendidos na recepção onde ocorrem as vendas, assim que efetuadas as vendas, o administrativo organiza as respectivas programações de entrega dos produtos. Essas programações são repassadas aos auxiliares de serviços gerais que organizam e efetuam a entrega para o cliente. 47 3.5.1. Produtos e serviços oferecidos pela empresa Madegil Madeiras Em Matelândia – PR. e região assim como em qualquer localidade que se encontra em crescimento apresenta uma grande demanda de madeiras para construção civil e reformas em geral. A empresa em parceria com seus principais clientes (pedreiros), que são os responsáveis por estes serviços de construção e reforma e que já possuem confiabilidade nos produtos e serviços oferecidos pela organização, assim com este fator acaba acarretando o crescimento nas vendas da empresa. A empresa Madegil Madeiras trabalha com a revenda de produtos principalmente para construção e reformas em geral, oferecendo produtos de qualidade (pode ser visualizado na figura 3) tais como grande variedade em madeira de pinus e pinheiro, ipê, garapera, angelin, cedro, entre outras, também oferece alguns materiais para construção tais como telhas sem amianto, forro pvc, espelho pvc, pregos entre outros. A organização conta também com o serviço de entrega, que é executado após a compra pelos funcionários com o auxílio de dois caminhões de propriedade da empresa conforme demonstra a figura 04. Figura 3: Produtos ofertados pela empresa em estudo. Fonte: Os Autores 48 Figura 4: Produtos e Serviço ofertados pela empresa – Transporte. Fonte: Os autores 3.6. DESCRIÇÃO FÍSICA A estrutura física da organização é composta por: uma sala do diretor administrativo, departamento de vendas e informática, um sanitário, três depósitos, totalizando uma área construída em 500 m². A sala contém sistema de iluminação em fluorescentes, sistema de informação em todos os departamentos da empresa. Toda a estrutura da empresa pode ser verificada na figura 5. 49 Figura 5: Arranjo físico/layout da empresa BANHEIRO CARGA DEPÓSITO COBERTO I E Fonte: O autor. DESCARGA DEPÓSITO COBERTO II ESCRITÓRIO DEPÓSITO ABERTO Fonte: Os autores 50 4. METODOLOGIA Esse capítulo tem a finalidade de definir a metodologia da pesquisa, classificá-la, conceituar a população e amostra, definir o instrumento de coleta de dados, apresentar as limitações e delimitações do presente estudo. 4.1. METODOLOGIA DA PESQUISA “A especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois respondem, a um só tempo, às questões como?, com quê?, onde?, quanto?” (LAKATOS e MARCONI, 2006, p.105). Gil (2009), argumenta que a organização da pesquisa varia de procedimentos a serem seguidos em sua realização de acordo com as peculiaridades de cada pesquisa. “Na pesquisa cientifica, o pesquisador deve voltar sua atenção para os fatos literários ou linguísticos, desprezando o anedótico e o individual. Essa comparação deve abranger os planos temporal e espacial” (MEDEIROS, 2007, p. 42). Conforme Thiollent (2004), o objetivo da metodologia consiste em analisar as características dos vários métodos disponíveis tais como avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou a implicações de sua utilização. É também considerada como o método de conduzir a pesquisa, ela pode ser vista como conhecimento geral e a habilidade que são necessários ao pesquisador para se orientar no processo de investigação, tomar decisões oportunas, selecionar conceitos, hipóteses, técnicas e dados adequados. 51 4.2. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA A classificação da pesquisa é apresentada no quadro 1. Quadro 1: Classificação da pesquisa Critério Denominação Suporte de registro Bibliográfica. Relação com os sujeitos Não participante. Método de abordagem Dedutiva. Método de procedimento Descritivo. Espacial De campo. Relação com a sociedade Pura. Abrangência profundidade Tratamento dos dados e Estudo de caso e exploratório. Quantitativa e qualitativa. Fonte: Adaptado de MARCON; DOMINGUES (2013) Seguindo a classificação do quadro 1, este estudo se caracterizou como uma pesquisa bibliográfica, não participante, dedutiva, de campo, pura, exploratória, quantitativa e qualitativa na análise dos dados. De acordo com Marconi e Lakatos (2007), a pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, engloba toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas e outras, até meios de comunicação orais tais como, rádio, gravação em fitas magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Ainda para o mesmo autor, sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguida de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas ou gravadas. No presente estudo, a fundamentação teórica para se expor o tema proposto foi gerado por meio da pesquisa bibliográfica. “A observação não participante é aquela em que o observador não faz parte do que está sendo observado. É a forma mais usual de aplicar o método da observação” (MATTAR, 2008, p. 87). A opção pela pesquisa não participante se deu em função da busca pela maior credibilidade da pesquisa. 52 Para Medeiros (2007), método dedutivo é quando o raciocínio dedutivo parte de anunciados gerais dispostos em ordem, como premissas de um raciocínio para chegar a uma conclusão particular. A função básica do método dedutivo é demonstrar aquilo que implicitamente já se encontra no antecedente. Deduzir é, pois, interferir. Lei do raciocínio dedutivo, a conclusão não pode ter extensão maior que as premissas. No presente estudo, o método dedutivo foi selecionado, pois utilizamos de conhecimentos já definidos e construídos para entender e estudar o fenômeno da pesquisa. Conforme Malhotra (2011), pesquisa descritiva é um tipo de pesquisa conclusiva e como o nome já diz possui como principal objetivo a descrição de algo, normalmente características ou funções de mercado. A maior parte da pesquisa de marketing comercializada é de natureza descritiva e é particularmente útil quando buscam descrever um fenômeno do mercado, assim como a determinação de frequências de compra, identificação dos relacionamentos ou realização de previsões. No presente estudo a pesquisa descritiva auxiliou para a descrição da empresa em estudo, seus produtos e serviços, e a opinião dos clientes sobre a imagem organizacional. Para Ruiz (2002), a pesquisa de campo consiste na observação dos fatos tal como ocorre espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente relevantes para posteriores analises. Esta espécie de pesquisa não permite o isolamento e o controle das variáveis supostamente relevantes, mas permite o estabelecimento de relações constantes entre determinadas condições, variáveis independentes, e determinados eventos, variáveis de pendentes, observadas e comprovadas. Lakatos e Marconi (2003), salientam que pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações ou conhecimento acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Foi optado por esse tipo de pesquisa por se considerar mais adequada para alcançar a resposta do trabalho. Para Gil (2008), a pesquisa básica ‘pura’ é quando se compromete a conhecer coisas ou fenômenos pela simples satisfação de obter conhecimento, sem haver preocupação com a aplicação na prática do conhecimento gerado. Nesse tipo de pesquisa normalmente busca apenas formulação de generalizações as quais podem 53 gerar teorias ou leis gerais sobre a temática pesquisada. Devido ao fato de que a pesquisa não será aplicada foi então utilizada à forma de pesquisa pura. Conforme Lakatos e Marconi (2003), a fase exploratória é a investigação de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com a tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno, para realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. Thiollent (2004), argumenta que a fase exploratória consiste em descobrir o campo de pesquisa, os interessados e suas expectativas e estabelecer em primeiro o levantamento da situação, dos problemas prioritários e eventuais ações. Nesse estudo a pesquisa foi escolhida pelo fato de familiarizar os pesquisadores com o problema tornando-o explícito. Conforme Oliveira (1999), o método de abordagem quantitativa significa quantificar opiniões, dados, nas normas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde mais simples, como percentagem, média, moda, mediana e desvio padrão. É utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de casualidade entre os fenômenos: causa e efeito. Esse método de abordagem é centrado na objetividade, que é a visão dos clientes da Madegil Madeiras, o que justifica a escolha dessa abordagem, para a analise dos resultados obtido nessa pesquisa. Richardson (1999, p. 80), menciona que “os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”. Ressalta também que podem “contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos”. 4.3. POPULAÇÃO E AMOSTRA Fonseca e Martins (2006), salientam que população é um conjunto de indivíduos ou objetos que apresentam pelo menos uma característica em comum, 54 pode ser finita ou infinita. Na pratica, quando uma população é finita, com um numero grande de elementos, considera-se como população infinita. Para Toledo e Ovalle (1985), em linguagem mais formal, a população é o conjunto constituído por todos os indivíduos que apresentam pelo menos uma característica comum, cujo comportamento interessa analisar é o conjunto da totalidade dos indivíduos. A população congrega todas as observações que sejam relevantes para o estudo de uma ou mais características dos indivíduos, os quais podem ser concebidos tanto como seres animados ou inanimados. “População é um conjunto de seres inanimados que apresenta pelo menos uma característica em comum” (LAKATOS e MARCONI, 2007, p. 225). Conforme Toledo e Ovalle (1985), a amostra pode ser definida como um subconjunto, uma parte selecionada da totalidade de observações abrangidas pela população, por meio da qual se faz um juízo ou inferência sobre as características da população. As características da amostra são chamadas de estatísticas. De acordo com Fonseca e Martins (2006), a impossibilidade, na maioria das vezes, do tratamento de todos os elementos da população, retira-se uma amostra. Para os propósitos dessa apresentação, admite-se que uma amostra já tenha sido escolhida de conformidade com alguma técnica de amostragem. Gil (2009), salienta que os levantamentos englobam um universo de elementos tão grande que se torna impossível considerá-los em sua totalidade. Por essa razão, o mais frequente é trabalhar com uma amostra, ou seja, com uma pequena parte dos elementos que compõe o universo. Quando essa amostra é rigorosamente selecionada, os resultados obtidos no levantamento tendem a aproximar-se bastante dos que seriam obtidos caso fosse possível pesquisar todos os elementos do universo. É, com o auxilio de procedimentos estatísticos, torna-se possível até mesmo calcular a margem de segurança dos resultados obtidos. Segundo Gil (2010), é denominada amostragem teórica, a procura de locais, pessoas ou fatos que maximizem oportunidades de descobrir variações entre conceitos. Por isso é que a amostragem, em vez de ser predeterminada, desenvolvesse durante o processo. Ela é cumulativa; cada evento amostrado acrescenta algo à coleta e analise de dados anteriores. Assim, ela vai se tornando cada vez mais especifico à medida que a pesquisa evolui. A amostragem continua ate que todas as categorias estejam saturadas, ou seja, não surge nenhum dado novo ou importante. 55 “A amostragem é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo” (LAKATOS e MARCONI, 2007, p. 165). No presente estudo foi composta a amostragem do tipo não probabilística por acessibilidade, a população de cem (100) clientes e ou consumidores da empresa Madegil Madeiras foram pesquisados para a realização da pesquisa, além da pesquisa também foi executado uma entrevista de método informal não-padronizado com proprietário da Madegil Madeiras, o senhor Onofre Baraciol para ser respondidos todos os objetivos propostos pela pesquisa. 4.4. INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 4.4.1. Coletas de Dados No presente estudo, para a coleta de dados, optou-se pela aplicação da técnica de questionário (APÊNDICE B), que foi utilizada na abordagem do cliente e ou consumidor da empresa Madegil Madeiras, com a finalidade de obtenção de respostas analíticas para alcançar o objetivo da pesquisa. Os dados dessa pesquisa foram coletados no período de 14 de outubro a 30 de outubro de 2013, por meio de questionário realizado junto aos clientes e ou consumidores da Madegil Madeiras. O processo de coleta e análise dos dados foi realizado em etapas. Assim: (a) Primeira etapa: constituída pela elaboração do questionário, que foi submetido a apreciação do proprietário da Madegil Madeiras e da professora orientadora da pesquisa. (b) Segunda etapa: aplicação dos questionários a clientes e ou consumidores da empresa. (c) Terceira etapa: organização do material coletado para posterior análise. (d) Quarta etapa: análise do material coletado. 56 4.4.2. Questionário “É um instrumento de coleta de dados, constituído por uma serie ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador” (LAKATOS e MARCONI, 2003, p. 201). Comenta Ruiz (2002), que na técnica do questionário, o informante responde por escrito a um elenco de questões cuidadosamente elaboradas. Tem a vantagem de poder ser aplicado simultaneamente a um grande número de informantes. Deve apresentar todos os seus itens com a maior clareza, de tal sorte que o informante possa responder com precisão, sem duplo sentido. Ainda o mesmo autor, ressalta que as questões devem ser bem elaboradas, é importante que haja explicações iniciais sobre a seriedade da pesquisa, a importância da colaboração dos que foram selecionados para participar do trabalho como informantes e, principalmente sobre a maneira correta de preencher o questionário e devolve-lo. 4.4.3. Entrevista Para Lakatos e Marconi (2007), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, com a finalidade de uma delas obter informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um método utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnostico ou no tratamento de um problema social. Ainda para os mesmos autores citado acima, uma entrevista despadronizada ou não-estruturada, o entrevistador está livre para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorar de uma forma mais ampla alguma questão. Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversa informal. No presente estudo para responder um dos objetivos da pesquisa se fez necessário a execução de uma entrevista feita de forma informal ou seja, não estruturada com o proprietário para a obtenção da imagem que o gestor tem sobre sua empresa para que seja possível compará-la a imagem que os clientes e consumidores tem dela. 57 4.5. DELIMITAÇÃO E LIMITAÇÃO DO ESTUDO Para Lakatos e Marconi (2007, p. 164), delimitar a pesquisa é estabelecer limites para a investigação. A pesquisa pode ser limitada em relação: a) Ao assunto: Selecionando um tópico, a fim de impedir que se torne ou muito extenso ou muito complexo; b) À extensão: Porque nem sempre se pode abranger todo o âmbito onde o fato se desenrola; c) A uma de fatores: Meios humanos, econômicos e de exigüidade de prazo – que podem restringir o seu campo de ação. “Nem sempre há necessidade de delimitação, pois o próprio assunto e seus objetivos podem estabelecer limites” (LAKATOS e MARCONI, 2007, p. 164). No presente estudo, delimitou-se o campo de aplicação da pesquisa ao estudo de caso da Madegil Madeiras, cujo tema abordado foi à imagem organizacional segundo a visão dos clientes e consumidores da empresa. Segundo Matar (2008), toda pesquisa tem limitações de ordem temporal, espacial, metodológica, operacional e outras que precisam ser comunicadas aos leitores, portanto não existe uma pesquisa perfeita. Apesar de ser intenção dos pesquisadores conduzirem trabalhos perfeitos, essa meta e praticamente inalcançável. Para evitar que os leitores descubram sozinhos as limitações do estudo, o pesquisador as demonstra em seu trabalho mostrando assim que tem o conhecimento de suas limitações, evitando críticos e desacreditados de todo o trabalho. Ainda para o mesmo autor acima citado, todo estudo possui limitações. Essas podem ser definidas como possíveis desvantagens ou limitações que tanto podem não ser controladas ou ser os resultados das delimitações impostas pelo investigador. Um exemplo de limitação do estudo é o tamanho da amostra, duração do teste, e outros. Em relação às delimitações, portanto, compreende-se como limitações relacionadas ao espaço do estudo e que normalmente é imposto pelo pesquisador, geralmente para tornar a pesquisa executável. Destaca se entre as limitações encontradas a indisponibilidade da colaboração por parte de alguns pesquisados e a dificuldade de compreensão de alguns devido à falta de instrução. 58 5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Esse capítulo tem a finalidade de analisar e interpretar os dados coletados que serviram de base para o desenvolvimento do presente estudo. A organização de apresentação dos resultados dos questionários é de fácil entendimento. 5.1. IDENTIFICAÇÃO DA IMAGEM NA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES E CONSUMIDORES Gil (2010), salienta que a análise e interpretação dos dados na pesquisa de ação constitui tema bastante controverso. Há pesquisas em que os procedimentos adotados são muitos semelhantes ao de pesquisa clássica, o que implica considerar os passos de categorização, codificação, tabulação, análise estática e generalização. Há pesquisa em que se privilegie a discussão em torno dos dados obtidos, de onde decorre a interpretação de seus resultados. A pesquisa foi realizada no, período de 14 a 30 de outubro de 2013, os resultados obtidos são demonstrados por meio de gráficos com a análise individual. De acordo com os dados fornecidos pelo questionário foram estudadas as variáveis: faixa etária, a profissão, local onde reside, tempo que compra na empresa, opinião sobre atendimento e entrega, opinião sobre: a localização, avaliação da qualidade dos produtos, meio pelo qual tomou conhecimento da empresa, política de preços, opinião sobre as condições de pagamentos, motivos pelo qual compra na empresa e sugestões de melhoria. . 59 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Faixa etária Gráfico 1: Faixa etária Fonte: Dados da pesquisa O gráfico 01 mostra que a maior parte dos clientes tem idade entre 41 e 50 anos, porém com pouca diferença entre as duas outras faixas etárias com maior porcentagem (31 a 40 e 51 a 60). Observamos que estas faixas compreendem praticamente toda a fatia social e economicamente “ativa” da sociedade, ou seja, a empresa tem o privilégio de ter estes cidadãos como clientes. 60 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Profissão Gráfico 2: Profissão Fonte: Dados da pesquisa Observou-se que a maioria dos entrevistados são os que estão diretamente ligados com o ramo de construção, o que é altamente previsível. Ao analisarmos esta questão em conjunto com a anterior, vemos um ponto positivo, pois o pedreiro de uma obra é respeitado pelos conhecimentos que possui na área. Isso acrescenta solidez à empresa, entretanto as ocupações de agricultor, do lar, motorista representam parte significativa do publico. 61 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Bairro onde mora Gráfico 3: Bairro ou Cidade onde reside Fonte: Dados da pesquisa Podemos verificar que a maioria dos clientes da empresa é residente no próprio município (98%). Isso pode indicar duas coisas. Uma é que a empresa é bem vista no município e conquistou sua clientela. A outra é que talvez a empresa deva investir mais em propaganda nos municípios vizinhos, principalmente Céu Azul, e Medianeira, visto que já possui clientes lá. 62 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: A quanto tempo você é cliente da Madegil Madeiras. Gráfico 4: Tempo que compram na empresa Fonte: Dados da pesquisa Observa-se que quase a metade (47%) dos clientes compram a 10 anos ou mais, comparado com a idade da empresa que está a 16 anos em funcionamento, isso representa fidelidade. 63 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Você considera que o atendimento e entrega da empresa é. Gráfico 5: Atendimento e entrega Fonte: Dados da pesquisa Numa sociedade competitiva com a que vivemos hoje, ter praticamente todos os clientes demonstrando satisfação, sendo que mais da metade atribui nota máxima ao atendimento é motivo de orgulho para a empresa. Isso pode ser usado como marketing pelo empresário. 64 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Quanto à localização, estrutura e ambiente de atendimento, você avalia que a empresa está: Gráfico 6: Localização e estrutura física Fonte: Dados da pesquisa O Gráfico 6 mostra que a empresa não precisa se preocupar com a sua localização, podendo assim concentrar seus esforços em algum outro ponto que julgue necessário. 65 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Como você avalia a qualidade dos produtos oferecidos pela empresa: Gráfico 7: Avaliação da qualidade dos produtos Fonte: Dados da pesquisa Juntamente com a satisfação dos clientes com o atendimento vem a satisfação com a qualidade dos produtos. Mais um ponto positivo para a empresa. Estes podem ser apontados como ponto forte da Madegil Madeiras na opinião de seus clientes. 66 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Como você ficou conhecendo a empresa. Gráfico 8: Meio pelo qual tomou conhecimento da empresa Fonte: Dados da pesquisa No conhecido como “boca a boca” parece estar a maior causa da procura dos clientes. Isso só vem reforçar as análises feitas anteriormente e parece afirmar a credibilidade dos clientes e mostrar que foram sinceros ao responder ao questionário, grande parte também chega até a empresa através da amizade com o proprietário, e propaganda de rádio. 67 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Quanto a política de preços da empresa, você considera que: Gráfico 9: Política de preço Fonte: Dados da pesquisa Esses resultados indicam que a empresa apresenta a seus clientes os requisitos indispensáveis para uma boa compra (qualidade nos produtos, bom atendimento e bom preço). Devido isso a Madegil Madeiras tem uma boa aceitação no mercado. 68 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: As condições de pagamento oferecidas pela empresa (cheque, boleto, nota promissória e cartão de crédito) são: Gráfico 10: Condições de pagamento Fonte: Dados da pesquisa Constatou-se que 41% do publico entrevistado acredita que as condições de pagamento são boas, 36% consideram as condições excelentes, e 23% relataram que as condições de pagamento são muito boas. Mais uma vez indicando a satisfação dos consumidores e clientes que nesse quesito os resultados foram unânimes positivamente. 69 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Qual(is) motivo(s) leva(m) você a comprar na empresa Madegil Madeiras: Gráfico 11: Motivos de compra na Madegil Madeiras Fonte: Dados da pesquisa Este gráfico consolida as informações da pesquisa de forma surpreendentemente exata. Todos os resultados apontaram para a satisfação dos clientes em muitos quesitos pesquisados. Aqui isso é muito claro, pois a divisão de opiniões de forma que a diferença entre as porcentagens é tão pequena afirma todas as análises já feitas e reafirma os apontamentos deixados por elas. 70 O gráfico a seguir mostra o resultado da pesquisa para a questão: Sua opinião é importante para que a empresa Madegil Madeiras. Teria alguma sugestão de melhoria. Qual? Gráfico 12: Sugestões de melhoria Fonte: Dados da pesquisa Com a informação de que a grande maioria não sugeriu melhoria, reflete que os clientes estão satisfeitos com o atual formato da empresa. Mas podendo ser levados em consideração pelo gestor as demais sugestões mais relevantes como o aumento na variedade dos produtos, o aumento dos depósitos cobertos, e também uma melhora na área de recepção para melhorar ainda mais sua organização. 71 5.2. IMAGEM DA EMPRESA NA PERCEPÇÃO DO GESTOR Em uma conversa gravada na data de 21 de novembro de 2013 com o empresário Onofre Baraciol proprietário da empresa Madegil Madeiras, o mesmo descreve a imagem que deseja estar passando para seus clientes e consumidores, relatando da seguinte forma: “Eu quero passa que a minha empresa transmita muita confiança pros meus clientes e que eles se sintam seguro em estar negociando com a Madegil Madeiras quero que eles sejam bem atendidos, que eles se sintam felizes em estar trabalhando conosco com total satisfação ao fim dos nossos negócios” (Sr. ONOFRE BARACIOL). Na percepção do entrevistado a satisfação de seus clientes é primordial para a empresa, fazer com que esses clientes sejam bem atendidos, se sintam seguros e felizes nas negociações fazendo com que esses clientes continuem comprando na Madegil Madeiras para mantê-la no mercado. 72 6. CONCLUSÃO A imagem organizacional segundo os clientes e consumidores é influenciada por vários fatores, como os apresentados nesta pesquisa, deixando claro por meio dos dados levantados que a empresa Madegil Madeiras tem uma imagem muito boa no mercado ela satisfaz e fideliza seu público com sua imagem atrativa e confiável. O resultado da pesquisa foi surpreendente, demonstrou que a empresa apresenta uma grande disparidade de pontos fortes em relação aos pontos fracos. Vários atrativos que trazem e mantém os clientes fator que aponta que a empresa está no caminho certo para a busca da satisfação dos clientes e consumidores. A empresa atinge um público variado, trabalha somente com produtos de qualidade e com política de preços e formas de pagamentos flexíveis. Entretanto a consideravelmente pequena porcentagem de clientes com sugestões de melhorias ainda apontam pontos fracos da organização, mostrando que a empresa deve buscar aprimoramentos e melhorias para que ainda mais possa diminuir suas poucas deficiências encontradas em sua busca da satisfação total dos consumidores e clientes. Como qualquer empresa algumas melhorias puderam ser verificadas assim como na parte física e estrutural da área do escritório e da recepção podendo o proprietário climatizar o ambiente e disponibilizar um espaço maior e mais confortável onde os clientes possam se acomodar enquanto aguardam o atendimento. O aumento de um dos depósitos cobertos para abrigar mais produtos do estoque e ter um ganho ainda maior em sua qualidade já dispõe do espaço e tem a facilidade de adquirir os materiais para essa reformulação em seu ambiente físico não seria um investimento significativo no caixa ou movimento da empresa. E devido o fato da empresa apresentar profissionalismo e seriedade além de vários outros atributos já citados, foi detectado que nela poderia ser implantado um projeto de crescimento a nível regional, com um incisivo plano de marketing, para aumentar a movimentação da empresa e consequentemente a sua lucratividade. Também pode ser verificado que uma boa parte dos clientes buscam e sentem falta na empresa a não comercialização de alguns materiais para construção, itens que podem trazer um aumento no lucro e na gama de clientes fator que o empresário deveria levar em consideração pois seu ramo-atividade o permite esta abrangência. 73 Em uma comparação entre a imagem que a empresa espera passar e a imagem que os clientes estão tendo dela, o resultado obtido foi de que a Madegil Madeiras faz um trabalho satisfatório e alcança o resultado por ela esperado de positividade, segurança, profissionalismo e confiabilidade. Atendendo bem os clientes, acreditando e investindo sempre em produtos de qualidade e continuar com a facilidade nas negociações a empresa estará garantindo um futuro de sucesso no mercado em que está inserida. 74 REFERÊNCIAS AMA, American Marketing Association. The American Marketing Association releases new definition for marketing: industry authority ecats role or marketing as na educational preocess and recognizes role of non-marketing for the first time. 2008. Disponível em: <http://www.marketingpower.com/>. Acessado em: 22 de set. de 2013. ARAÚJO, Jorge de S. Imagem organizacional: o caso do posto ecológico da UnB. Brasília: UnB, 1999. 173f. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade de Brasília. 1999. BASTA, Darci; MARCHESINI, Fernando R. A; OLIVEIRA, José A. F.; SÁ, Luis C. S. Fundamentos de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2003. COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992. _____________. 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X Realização do questionário X Realização da entrevista X Apresentação da redação ao professor orientador Defesa do TCC Fonte: Os autores X X 78 APÊNDICE – B: INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Pesquisa acadêmica para fins de trabalho de conclusão de curso, referente a imagem organizacional na empresa Madegil Madeiras. 1) Faixa etária: ( )18 a 20 ( )51 a 60 ( )21 a 30 ( )61 a 70 ( )31 a 40 ( )71 a mais ( )41 a 50 2) Profissão: ___________________________ 3) Bairro onde morra: ( )Centro ( )Jardim Guairaca ( )São Cristovão ( )Vila Sapo ( )Jardim Tropical ( )Vila Pazza ( )Vila Nova ( )Outros__________________ 4) Há quanto tempo você é cliente da Madegil Madeiras: ___anos 5) Você considera que o atendimento e entrega da empresa é: ( )Excelente ( )Regular ( )Muito Bom ( )Ruim ( )Bom ( )Péssimo 6) Quanto à localização, estrutura e ambiente de atendimento, você avalia que a empresa está: ( )Excelente ( )Regular ( )Muito Bom ( )Ruim ( )Bom ( )Péssimo 79 7) Como você avalia a qualidade dos produtos oferecidos pela empresa: ( )Excelente ( )Regular ( )Muito Bom ( )Ruim ( )Bom ( )Péssimo 8) Como você ficou conhecendo a empresa ( )Radio ( )Internet ( )Indicações ( )Outros ( )Lista Telefônica 9) Quanto à política de preço da empresa você considera que: ( )Os preços estão acessíveis e de acordo com o mercado ( )No geral, são menores que os da concorrência ( )No geral, são maiores que o da concorrência ( )Não pode opinar porque não sabe da concorrência. 10) As condições de pagamento oferecidas pela empresa (cheque, boleto, nota promissória, cartão de credito, são: ( )Excelente ( )Regular ( )Muito Bom ( )Ruim ( )Bom ( )Péssimo 11) Qual(is) motivo(s) leva(m) você a comprar na empresa Madegil Madeiras: ( )Qualidade dos produtos ( )Credibilidade ( )Bom atendimento ( )Facilidade nas negociações ( )Localização ( )Bons prazos ( )Confiança ( )Outro:_________________ ( )Bons Preços 12) Sua opinião é importante para q empresa Madegil Madeiras. Teria alguma sugestão de melhoria: qual? ___________________________________________________________________ 80 ANEXO I: AUTORIZAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DA EMPRESA. Eu, Onofre Baraciol proprietário da empresa Madegil Madeiras, portador do RG: 6727426-1, autorizo a utilização do nome e imagem da empresa Madegil Madeiras no Trabalho de Conclusão de Curso com o tema imagem organizacional, dos acadêmicos Andressa Danette, Dayane Cordeiro de Siqueira e Paulo Henrique Dall’Agnol. Matelândia – Pr, 05 de Julho de 2013. ___________________________ Onofre Baraciol