feam Parecer Técnico GEDIN Nº 28/2008 Processo COPAM Nº 0097/1998/002/2005 FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE PARECER TÉCNICO Empreendedor: ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA. Empreendimento: Base de armazenamento e distribuição de lubrificantes, combustíveis líquidos derivados de petróleo, DN: Código Classe álcool combustível e outros combustíveis automotivos. 74/2004 F-02-04-6 5 CNPJ: 33.000.092/0036-99 Endereço: Rodovia Fernão Dias. BR 381 km 427,5 Município: Betim /MG Consultoria Ambiental: Ecosystem Tecnologia Ambiental Ltda. Kleber José de Almeida Júnior - Engenheiro de Minas CREA 40.949/D Referência: REVALIDAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃO Validade: 4 anos RESUMO A ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA. formalizou o processo de Revalidação da Licença de Operação em 30-08-2005, para sua base de armazenamento e distribuição de combustíveis líquidos derivados de petróleo e álcool. A capacidade nominal instalada é de 22.446 m³, sua atividade enquadra-se no código F-02-04-6 da DN COPAM 74/2004 e a classe é 5. A empresa esta localizada na região de empreendimentos similares no município de Betim, ocupando um terreno de aproximadamente 40.000 m². O início de funcionamento da Esso foi em maio de 1969 e o licenciamento ambiental na Feam começou em março de 1998. O regime de operação é de 0:00 de segunda a as 22:00 h de sextafeira, sábado de 7:00 as 15:00 h para o operacional e o administrativo é de segunda a sexta-feira de 7:00 as 17:00 h com intervalo para almoço. A água é fornecida pela COPASA é o consumo médio é de 93 m³/mês. A energia é contratada da CEMIG e o consumo médio mensal foi em torno de 23.000 kWh. Em 11-09-2006 e 10-10-2007 foram realizadas vistorias nas instalações da empresa para subsidiar a análise do pedido de renovação da licença. Na vistoria realizada em 2007 foi constatado a necessidade de ampliar a impermeabilização da plataforma de carregamento e descarga de combustíveis, por haver evidências visuais de produtos no piso, e solicitado que a empresa apresentasse o inventario completo dos resíduos sólidos gerados, bem como sistematizar a coleta seletiva interna. A documentação referente a revalidação foi apresentada em 30-8-2005. Uma vez que as informações apresentadas foram insuficientes para a análise da presente licença, foram solicitadas informações complementares em 21-12-2006. Porém em 20-04-2007 a empresa Autora: Assinatura: Marília da Costa Guimarães Silva Consultora Data: ______/______/_____ De Acordo: Assinatura: Eleonora Deschamps – MASP 1043872-9 Analista Ambiental Data: _____/______/______ Visto: Assinatura: Zuleika Stela Chiacchio Torquetti Diretora de Qualidade e Gestão Ambiental Data: _____/______/______ 1 feam solicitou prorrogação de prazo para o cumprimento das informações complementares e em 17-52007 foram apresentado tais informações. Os sistemas de controle ambiental adotados são para os efluentes sanitários e industriais provenientes da drenagem oleosa, já que não há geração desse no processo produtivo que consta apenas de recebimento, armazenamento e distribuição de combustíveis. Os efluentes industriais são derivados das áreas sujeitas a contaminação pelos produtos. São compostos por águas pluviais, limpeza de pisos e equipamentos da área operacional. Estes são enviados a Caixa separadora de Água e Óleo. Dos monitoramentos enviados nos anos de 2006 e 2007, somente o de setembro de 2006 não atendeu aos parâmetros e a periodicidade também esta fora do estabelecido na condicionante. A empresa está sendo advertida a cumprir. Os efluentes sanitários são provenientes do escritório, refeitório e vestiário das empreiteiras. O monitoramento estavam sendo realizados porém não eram informado a FEAM, assim após contato telefônico foram enviados através do ofício protocolado em 10-01-2008 (protocolo R003260/2008) para comprovação. Mais uma vez, a periodicidade não esta em conformidade e os parâmetros DBO e DQO excederam os limites estabelecidos na análise realizada em outubro 2007. O programa de gerenciamento de resíduos sólidos estão sendo enviados porém foram verificadas inadequações quanto aos quantitativos informados, motivando uma advertência à empresa enviada através do oficio GERES N° 22/2008. Entre 2006 e 2007 foram produzidos 66.000,00 toneladas de resíduos entre eles borra oleosa de fundo de tanque, trapos de manutenção, limpeza da CSAO, restos de tintas e descarte de EPIs. A empresa que transporta os resíduos classe I é a W Express Transportes Especializados Ltda. e quem está co-processando é a Portland Itaú, localizada em Itaú de Minas-MG, ambas possuem licença ambiental. Os resíduos recicláveis são doados a Ascapel. Todas as bacias de contenção dos tanques de produtos estão impermeabilizadas. Encontra-se em fase de LO um tanque de armazenamento de biodiesel B100 (100% de biodiesel) na mesma unidade motivo deste parecer, visando adicioná-lo ao diesel convencional para atender a Lei federal N° 11.097, de 13 de Janeiro de 2005. Quanto aos potenciais riscos de acidentes ampliados, foi apresentado em reunião na FEAM em 25-10-2007 o Estudo de Análise de Risco – EAR. A empresa se responsabilizou pelas medidas de prevenção/combate aos acidentes, assim como pelas conseqüências destes (síntese de Reunião N° 3414/2007). Vale ressaltar que as medidas de controle ambiental e de segurança do empreendimento são de inteira responsabilidade do empreendedor e seu(s) consultor(es). Diante do exposto, esse parecer sugere a Renovação da Licença de Operação, mediante as condicionantes listadas nos Anexo I, II e III pelo prazo de 4 anos, ouvida a Procuradoria da FEAM. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 2 feam 1 INTRODUÇÃO A ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA. – Terminal Betim/MG é um empreendimento cuja atividade consiste no armazenamento e distribuição de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos. Tal atividade enquadra-se no código F-02-04-6 da Deliberação Normativa COPAM N° 74/2004, o potencial poluidor/degradador geral da atividade é “Médio”, com isso e segundo a capacidade de armazenamento, cerca de 22.446 m 3 a empresa enquadra-se como classe 5. Implantada em meados de 1969, a Esso está localizada as margens da Rodovia Fernão Dias, BR 381, km 427,5 no complexo petroquímico nas proximidades da Refinaria Gabriel Passos. O processo de licenciamento ambiental iniciou-se na FEAM em março de 1998. A licença de Operação 199/1999 foi concedida em 08-06-1999 valida até 08-06-2005 com condicionantes. A Esso deseja com este processo a Revalidar sua licença de Operação. O RADA foi elaborado pela empresa Ecosystem Tecnologia Ambiental Ltda., tendo como responsável técnico o Engenheiro Minas e Segurança Kleber José de Almeida Júnior portador do CREA 40949/D. Em 10-10-2007 foi realizada vistoria nas instalações do empreendimento com o objetivo de dar continuidade a elaboração do presente parecer técnico e subsidiar a análise da Câmara de Atividades Industriais - CID do COPAM quanto à concessão da Licença. 2 DISCUSSÃO 2.1 Histórico O processo de licenciamento da Esso Brasileira de Petróleo Ltda. tramita na Feam desde 31-03-1998, data do preenchimento do FCEI para obtenção da licença de operação corretiva. Em 08-06-1999, obteve a Licença de Operação Nº 199/1999 com condicionantes e validade até 08-06-2005. Em 30-08-2005 foi formalizado o RADA - Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental para renovação da Licença de Operação da unidade de Armazenamento e Distribuição de Combustíveis Derivados de Petróleo e Álcool. Em 11-09-2006 foi realizada vistoria nas instalações do empreendimento para subsidiar a análise do pedido de revalidação de LO. Na ocasião foi informado que nos últimos 3 anos não houveram na área da empresa derrames e/ou vazamentos e que atualmente a empresa apresenta apenas um duto de gasolina enterrado (20 metros) entre o tanque e a plataforma de carregamento. A empresa também não realiza o automonitoramento das águas subterrâneas e o seu sistema de tratamento de efluentes sanitários do armazém de Lubes/Almoxarifado foi desativado. Em 21-12-2006 foi elaborado o ofício DIINQ Nº 625/2006 o qual solicitava a empresa informações complementares referentes ao RADA, uma vez que as informações apresentadas foram insuficientes para a análise da presente licença, tais como: plantas e descrições dos materiais construtivos de instalações enterradas de armazenamento e transportes de combustíveis – tanques e dutos; Estudo de Análise de Riscos referentes a acidentes ampliados assinados pelo técnico(s) responsável(is) e reapresentar o item 3.4 do RADA, com a assinatura do responsável técnico do empreendimento, entretanto essas solicitações deveriam ser apresentadas no prazo máximo de 120 dias. Em 21-03-2007 foi realizada reunião para esclarecimento quanto a Análise Quantitativa de Risco quando foi acordado a apresentação deste estudo pela Esso. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 3 feam Em 20-04-2007 a empresa solicitou prorrogação de prazo de 30 dias para o cumprimento das informações complementares sob justificativa de fornecer um relatório completo e com a qualidade pela qual procura pautar o trabalho da empresa. Em resposta ao oficio DIINQ Nº 625/2006 em 17-05-2007 foram apresentadas às informações complementares protocolada sob documentação Nº F043348/2007. Em 10-10-2007 foi realizada nova vistoria no local para subsidiar a análise do pedido de renovação da licença, quando foi constatado que todas as bacias de contenção dos tanques de produtos estão impermeabilizadas e há necessidade de ampliar a impermeabilização da plataforma de carregamento e descarga de combustíveis por haver evidências visuais de produtos no piso. Quanto à analise dos resíduos, foi estabelecido que a empresa deverá apresentar o inventário completo dos resíduos sólidos gerados, bem como sistematizar a coleta seletiva interna mantendo a destinação atual. Em consonância aos relatórios de vistoria de Nº 1621/2007 e 1622/2007 de 10 de outubro de 2007 a Esso apresentou em 25-10-2007 e em 05-11-2007 documentações complementares o qual informa as ações tomadas a partir dos relatórios citados acima. Em reunião do dia 25-10-2007, conforme estabelecido na documentação protocolada em 17-05-2007, a Esso apresentou o Estudo de Análise de Risco e informou que o mesmo foi realizado segundo a Norma P426/2003 da Cetesb e se responsabiliza pelas medidas de prevenção/combate aos acidentes, assim como pelas conseqüências destes. A Esso formalizou em 30-11-2007 o processo de Licença de Operação para um tanque de armazenamento de biodiesel B100 (100% de biodiesel) na mesma unidade motivo deste parecer. Assim, dando continuidade ao andamento do processo a Esso informou no ofício protocolado em 10-01-2008 sob o Nº R003260/2008 que a fossa do vestiário das empreiteiras foi desativada com a demolição do mesmo, enviou relatórios de monitoramentos de efluentes sanitários, comprovantes de limpeza e laudo de destinação do lodo emitido pela COPASA. Foi apresentado também o certificado de Licença de Operação da empresa que realiza o transporte dos combustíveis até os Postos de Serviço, a GAFOR LTDA. 2.2 Caracterização do Empreendimento Implantada em meados de 1969, a Esso está localizada as margens da Rodovia Fernão Dias, BR 381, km 427,5 no complexo petroquímico nas proximidades da Refinaria Gabriel Passos. Ocupa uma área de 40.000 m², o mesmo valor de área construída, que constitui as seguintes benfeitorias: portaria, escritório administrativo, subestação, casa de espera, plataforma de carregamento e descarregamento de combustíveis, tanques de armazenamento de combustíveis (gasolina, óleo diesel, querosene, álcool etílico anidro carburante, álcool etílico hidratado carburante), sistema de tubulações, sistema de prevenção e combate a incêndio, sistema de drenagem de água oleosa, caixa separadora de água e óleo e o sistema de tratamento de esgoto sanitário. Enfim toda estrutura necessária a prática da atividade. A capacidade nominal instalada é de 20.446 m³ (3.200 m³/dia) e o percentual médio de utilização, nos últimos dois anos, foi de 70% (2.391 m³). A mão de obra utilizada está distribuída da seguinte maneira: • Funcionários diretos Esso: administração 11 e na operação 5; • Funcionários diretos TEXACO: administração 4; • Funcionários indiretos: manutenção 5, refeitório 3, vigilância 8 e TESIAP 1. A TEXACO tem participação societária juntamente com a Esso, distribuída da seguinte forma: • Esso Brasileira de Petróleo Ltda. - 53,13%; • Texaco do Brasil S/A - 46,87%. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 4 feam O horário de funcionamento possui dois tipos de jornadas de trabalho, um operacional e um administrativo, sendo: • Operacional: de 00:00 h de segunda as 22:00 h de sexta-feira e sábado de 7:00 as 15:00 h. • Administrativo: de segunda a sexta feira de 7:00 as 17:00 h, com intervalo para almoço de 12:00 as 13:00 h. A energia elétrica é fornecida pela CEMIG na tensão primária de 13,8 KV, o consumo médio mensal foi em torno de 23.000 kWh. A água é fornecida pela COPASA e o consumo médio do ano de 2005 foi de 93 m³/mês. A água é utilizada nos sanitários, refeitório, reposições do sistema de combate a incêndio, limpezas em geral e para irrigação das áreas verdes. O processo consiste no recebimento de derivados de petróleo (gasolina, óleo diesel, e querosene) da Refinaria Gabriel Passos – REGAP através de oleodutos, o armazenamento nos tanques e a distribuição através de Caminhões Tanques (CTs) para os Postos de Serviços e grandes consum idores como mineradoras, empresas de ônibus e transportadora. O Álcool Carburante vem direto das Usinas através de Caminhões Tanques e é bombeado para os tanques de armazenamento. A distribuição é feita da mesma forma dos demais combustíveis. Relação dos tanques de armazenamento por produtos (m³) 1 Querosene 602 2 Gasolina Comum 799 3 Gasolina Comum 1.591 4 Gasolina Comum 1.599 5 Óleo Diesel S 2.598 6 Álcool Anidro 3.182 7 Óleo Diesel 1.613 8 Óleo Diesel 6.327 9 Álcool Hidratado 2.135 Capacidade Total de Armazenamento 20.446,00 Encontra-se na fase de LO um tanque com capacidade de 880 m³ para armazenamento de biodiesel B100 (100% de biodiesel) para adicioná-lo ao diesel convencional na proporção inicial de 5%. Esta implantação visa atender a Lei N° 11.097, de 13 de Janeiro de 2005. O RADA informa que o transporte é realizado por uma frota terceirizada e em conformidade com a legislação em vigor para a condução de cargas perigosas sendo a Gafor Ltda. a transportadora. 2.3 Avaliação do Desempenho Ambiental 2.3.1 Cumprimento de Condicionantes A Licença de Operação obtida pela Esso em 08-06-1999 foi condicionada ao cumprimento das seguintes condicionantes: Item Descrição Prazo (*) 1 Implantar o novo sistema de tratamento para os efluentes sanitários. 2 Executar o programa de Automonitorização dos Efluentes Líquidos, conforme Anexo II. Rubrica do Autor 120 dias Durante a vigência da LO Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 5 feam 3 4 5 6 Executar o Programa de acompanhamento de Resíduos Sólidos, conforme Anexo III. Apresentar anualmente o comprovante de limpeza das fossas sépticas (notas fiscais de serviço ou similares), especificando o nome da empresa prestadora de serviço, bem como o destino que foi dado ao lodo retirado. Solicitar vistoria ao Corpo de Bombeiros, apresentando à FEAM novo atestado de conformidade do sistema de prevenção e combate a incêndios. Durante a vigência da LO Durante a vigência da LO 90 dias Durante a vigência da LO Efetuar o transporte de combustíveis apenas com empresas transportadoras licenciadas pelo COPAM. (*) Prazos contados a partir da concessão da LO A condicionante 1 foi cumprida com solicitação de prazo suplementar. Condicionante 2, cumprida parcialmente: O monitoramento conforme o Anexo II da LO não vem sendo executado como deveria. O monitoramento dos efluentes industriais foi realizado nos anos de 2006 e 2007 e no mês de setembro de 2006 não atendeu aos padrões estabelecidos e a periodicidade não esta em conformidade como o solicitado. O monitoramento dos efluentes sanitários estavam sendo realizados porém não eram informado a FEAM, assim após contato telefônico foram enviados através do ofício protocolado em 10-01-2008 (protocolo N° R003260/2008) para comprovação. A periodicidade não esta em conformidade (o exigido era trimestral e o realizado semestral) e os parâmetros DBO e DQO excederam os limites estabelecidos na análise realizada em outubro 2007. Foi informado que para sanar este problema a Esso contratou uma empresa para realizar a limpeza do sistema. Devido a estas inconformidades a empresa está sendo advertida a cumprir no estabelecido nas condicionantes. Condicionante 3 cumprida: O programa de gerenciamento de resíduos sólidos está sendo enviado, porém foram verificadas inadequações quanto aos quantitativos informados, motivando uma advertência à empresa enviada através do ofício GERES N° 22/2008. Entre 2006 e 2007 foram produzidos 66.000,00 toneladas de resíduos, entre eles borra oleosa de fundo de tanque, trapos de manutenção, limpeza da CSAO, restos de tintas e descarte de EPIs. Atualmente quem transporta os resíduos classe I é a W Express Transportes Especializados Ltda. e quem está coprocessando é a Portland Itaú, localizada em Itaú de Minas-MG. A W Express (processo COPAM N° 00301/2001/007/2001) possui a licença ambiental N° 014/2002 com validade até 15-01-2008. A Portland (processo COPAM N° 015/1979/037/2001) possuía a licença 540/2001, revalidada pela CID de 26-06-2007 com condicionantes e validade até 26/06/2011, licença N° 109/2007. Condicionante 4, cumprida em partes: No RADA foi apresentado alguns comprovantes do recebimento de lodo da fossa séptica pela COPASA no ano de 2004, nos boletins enviados não há identificação dos sistemas a que se referem. A partir deste período o descarte não estava sendo comunicado a FEAM. No ofício protocolado em 10-01-2008 foi informado que a manutenção do sistema esta sendo realizada bimestralmente para limpeza da caixa de gordura e o descarte do lodo anual. Condicionante 5 cumprida: O certificado de conformidade do sistema de prevenção e combate a incêndio foi apresentado com data de 12 de setembro de 2002. Condicionante 6 cumprida: No ofício protocolado em 10-01-2008 foi informado que a empresa que presta serviço de transporte de combustíveis é a Gafor Ltda. que possui Licença de Operação N° 608/2005 com validade até 20-09-2011. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 6 feam 2.3.2 Melhorias do Desempenho Ambiental A Esso informa que possui o sistema OIMS / Ambiental que visa o gerenciamento eficaz do Meio Ambiente e contempla o propósito implícito da ISO 14001, na empresa há painéis expostos como o da Filosofia de prevenção de Perdas Acidentais, a Campanha de Segurança e Saúde e Meio Ambiente – VIVA COM SEGURANÇA. Também possui o procedimento operacional de verificação das condições operacionais dos seus veículos (CTs) e das condições físicas dos motoristas, incluindo exame com bafômetro para evitar acidentes com os veículos e possíveis danos ambientais. 2.3.3 Sistemas de controle ambiental O RADA informa que não existem equipamentos de processamento industrial, assim como, caldeiras e/ou outro tipo de fonte emissora de poluentes atmosféricos e efluentes líquidos industriais . Quanto às emissões atmosféricas informou que no empreendimento não existem nenhum tipo de fonte geradora destes. Quanto aos efluentes líquidos, não há geração destes no processo industrial, já que os produtos chegam preparados e na empresa só ocorre o armazenamento. Os efluentes líquidos existentes são sanitários e os provenientes da drenagem oleosa (industriais). O primeiro é proveniente do escritório, do refeitório e vestiário das empreiteiras. No empreendimento na época do requerimento da LO haviam 3 sistemas de tratamento, um para atender a administração e o refeitório, outro para o vestiário das empreiteiras e o terceiro na casa de espera dos motoristas, sendo que o terceiro foi desativado com a demolição da casa conforme informado no oficio protocolado em 10-01-2008 (protocolo N° R003260/2008). Os efluentes industriais são provenientes das áreas sujeitas a contaminação pelos produtos. São compostos por águas pluviais, limpeza de pisos e equipamentos da área operacional. Vale ressaltar que drenagem oleosa visa conter os possíveis vazamentos dos produtos através de canaletas . Os pontos de coleta dos efluentes contaminados são as bacias dos tanques de armazenamento e a plataforma de descarga e carregamento dos caminhões tanques. No empreendimento há 02 grandes bacias de contenção dos tanques. Nestas bacias há, em cada uma, Caixa Coletora de Óleo (CCO), onde os produtos são coletados caso haja vazamento antes de conduzi-los a Caixa Separadora de Água Óleo. O relatório apresentado informa que os resíduos sólidos restringem-se aos inerentes à operação do empreendimento e os relacionados às atividades administrativas. Os mais importantes do ponto de vista ambiental são as borras oleosas geradas no sistema de tratamento de água – SAO e as borras provenientes das limpezas dos tanques de armazenamento de combustíveis. Estes resíduos são classificados como Classe I, perigosos, e devem ser armazenados e destinados corretamente. Outros resíduos que se enquadram nesta classe são os panos, estopas e EPIs contaminados com óleos e graxas, utilizados nas manutenções, operações das instalações e em pequenos vazamentos. Estes resíduos são armazenados em tambores e destinados para o coprocessamento em fornos de cimentos. Os resíduos provenientes das atividades administrativas, ditos como recicláveis, são destinados a empresas e entidades que fazem a coleta, triagem e destinação para empresas recicladoras. Os resíduos oriundo do refeitório, poda de árvores e limpeza de pátios não sujeitos a contaminação são enviados ao aterro sanitário municipal de Betim. A seguir está descrito a caracterização da geração de resíduos informada no RADA. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 7 feam Resíduo Borra oleosa Arames, sucatas Papel, Papelão Plásticos Vidros Lixo orgânico Origem Limpeza de tanques De armazenamento de combustíveis e CSAO Plataforma de carregamento e manutenção Escritório e limpezas diversas Escritório, refeitório e limpezas diversas Refeitório e manutenção Refeitório Geração (Kg/dia) Máxima Média Código Classificação NBR 10.004 Destino Classe IIA Coprocessamento em fornos de cimento A 004 Classe Ascapel 3,5 A 006 Classe II B Ascapel 3,20 1,95 A 007 Classe II B Ascapel 1,50 1,0 A 099 Classe II B Ascapel 22,5 15,75 A 001 Classe II B Aterro municipal Betim 28,33 19,83 4,50 3,50 2,0 de A classificação dos resíduos informada pela empresa no RADA, está desatualizada. A empresa dispõe do Programa Esso de Coleta Seletiva e Gerenciamento de Resíduos. Quanto as emissões sonoras das instalações e operações o valor médio encontrado no interior das instalações medidos em junho 2005 foi de 58,3 dB(A). O maior valor medido foi no portão de entrada/ Rodovia Fernão Dias com 68,70 dB(A). Vale ressaltar que os níveis de ruído na área do empreendimento estão sob influência do trafego da Rodovia, mas atende aos padrões da Lei Estadual 10.100 de 17 de janeiro de 1990. 2.3.4 Passivos Ambientais A Esso informa que não há passivos no empreendimento. 2.3.5 Investimentos ambientais Os investimentos realizados nos últimos anos no empreendimento que direta ou indiretamente vieram contribuir para a melhoria dos sistemas de controle e gestão ambiental, foram: DESCRIÇÃO Treinamento de pessoal efetivo e terceiros Melhorias e modernização das instalações Implantação de programas de gestão OIMS, ISO 9000 VALOR R$ 60.000,00 R$ 2.800.000,00 R$ 500.000,00 Os investimentos já realizados e a serem realizados em 2005 e 2006. DESCRIÇÃO VALOR Implantação do sistema “Linner” nos tanques 03 e 04 R$ 1.300.000,00 Treinamento de pessoal efetivo e terceiros R$ 80.000,00 Melhorias nos sistemas de controle e de carregamento R$ 250.000,00 de CTs Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 8 feam 2.4 Relacionamento com a Comunidade As ações de relacionamento da Esso com a comunidade restringem-se as campanhas de segurança e meio ambiente, doações de materiais recicláveis como papel, papelão, plástico e vidros para instituições recicladoras e a participação no PAM – Plano de Ajuda Mútua que consiste no controle dos mais variados tipos de emergências tais como incêndios, derrames, vazamentos, sabotagens, que podem ocorrer nas várias empresas que participam somando seus esforço e equipamentos. Participam deste plano todas as empresas distribuidoras de combustíveis e gás localizadas nas imediações, Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária, FEAM, Regap, Fiat. 2.5 Estudo de Análise de Risco Quanto aos potenciais riscos de acidentes ampliados, foi apresentado em reunião na FEAM em 25-10-2007 o Estudo de Análise de Risco – EAR, o qual a empresa se respons abilizou pelas medidas de prevenção/combate aos acidentes, assim como pelas conseqüências destes (síntese de Reunião 3414/2007). 3. CONCLUSÃO Concluindo, este parecer sugere a Revalidação da Licença de Operação para a ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA. localizada em Betim com validade de 4 anos, vinculada às condicionantes explicitadas nos Anexos I, II e III. Vale ressaltar que as medidas de controle ambiental e de segurança do empreendimento são de inteira responsabilidade do empreendedor e seu(s) consultor(es). Ouvida a Procuradoria Jurídica este parecer deverá ser submetido à Câmara de Atividades Industriais e Minerárias do COPAM para tomada de decisão quanto à Revalidação da Licença de Operação requerida. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 9 feam ANEXO I Empreendedor: ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA. Empreendimento: ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA. Atividade: Base de armazenamento e distribuição de lubrificantes, Classe: 5 combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos. CGC: 33.000.092/0036-99 Endereço do empreendimento: Rodovia Fernão Dias. BR 381 km 427,5 Município: Betim /MG Consultoria RCA/PCA: Ecosystem Tecnologia Ambiental Ltda. Kleber José de Almeida Júnior - Engenheiro de Minas CREA 40.949/D Referência: REVALIDAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃO Validade: 4 anos CONDICIONANTES DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO PROCESSO COPAM 0097/1998/002/2005 ITEM DESCRIÇÃO *PRAZO 1 Ampliar a impermeabilização da plataforma de carregamento e descarga em conformidade com comprimento das novas carretas. 2 anos total. 6 meses para cada ilha 2 Executar o Programa de Automonitoriamento dos Efluentes Líquidos, conforme Anexo II. Durante a vigência da LO 3 Executar o Programa de Acompanhamento de Resíduos Sólidos, conforme Anexo III. Durante a vigência da LO 4 5 Apresentar anualmente o comprovante de limpeza das fossas sépticas (notas fiscais de serviço ou similares), identificando o sistema (localização da fossa), especificando o nome da empresa prestadora de serviço, bem como o destino que foi dado ao lodo retirado. Apresentar a Licença Ambiental da empresa transportadora de Resíduos Perigosos, caso ocorra a mudança de empresa e após o vencimento da LO. Durante a vigência da LO Durante a vigência da LO 6 Realizar inspeção periódica dos equipamentos, procedimentos operacionais, check-list de manutenção preventiva e procedimentos de combate a incêndio, conforme recomendação do Estudo de Análise de Riscos apresentado. Durante a vigência da licença 7 Implantar poços de monitoramento de água subterrânea a montante e a jusante da empresa. 10 meses Realizar monitoramento semestral em todos os poços de monitoramento para análise dos parâmetros BTEX, TPH (GRO/DRO), HPA e Pb total. Imediatamente após a implantação dos poços e durante a vigência da licença 8 (*) Contado a partir da data de concessão da Licença de Operação. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 10 feam ANEXO II PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS E SANITÁRIOS ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA. PROCESSO COPAM 0097/1998/002/2005 Local de amostragem Parâmetro pH, temperatura, sólidos sedimentáveis, vazão média diária, Entrada e saída da caixa SAO DBO, DQO, sólidos em suspensão, óleos e graxas, sulfeto. ABS, pH, DBO5dias,20°C, DQO, sólidos em suspensão, sólidos Entrada e saída da fossa sedimentáveis, óleos e graxas, séptica (cada sistema) temperatura, vazão média diária Freqüência Mensal Trimestral Ø Relatórios: Enviar trimestralmente a FEAM, até o dia 10 do mês subseqüente os resultados das análises efetuadas e informar a produção industrial e número de empregados, no período. O relatório deverá conter a identificação de cada sistema, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises. Ø Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater APHA – AWWA, última edição. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005 11 feam ANEXO III PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA. PROCESSO COPAM 0097/1998/002/2005 Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS (vasilhames inutilizáveis, a borra de tinta panos de manutenção) (1) e os demais gerados. Este documento de gestão deverá conter adicionalmente as seguintes diretrizes apresentadas a seguir que deverão ser enviadas semestralmente à FEAM planilhas mensais de controle da geração e disposição dos resíduos sólidos gerados contendo, no mínimo, os dados do modelo a seguir, bem como a identificação, o registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações. Resíduo Denominaç Classe (*) Origem ão Taxa de geração no período Transportad or (razão social e endereço completos) Forma de disposição final (**) Empresa responsável pela disposição final (razão social e endereço completos) (*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la. (**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial 1- Reutilização 2 - Reciclagem 3 - Aterro sanitário 4 - Aterro industrial 5 - Incineração 6 - Co-processamento 7 - Aplicação no solo 8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 9 - Outras (especificar) Ø Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente a FEAM, para verificação da necessidade de licenciamento específico. Ø As notas fiscais de vendas e/ou movimentação de resíduos deverão ser mantidas disponíveis no estabelecimento, pelo prazo de 5 anos, para fins de fiscalização. Ø As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas. (1) Segundo a NBR 10.004 consideram-se também como resíduos sólidos aqueles no estado semi-sólido, os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. Rubrica do Autor Parecer Técnico GEDIN 28/2008 Processo COPAM 0097/1998/002/2005