A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO MUNICÍPIO DE POÇO VERDE/SE Antônio Anderson Almeida Profª. Esp.Rosa Maria Mateus Feitosa (Orientadora) RESUMO O presente trabalho trata da relevância do planejamento estratégico nas empresas, tendo como objeto de estudo uma microempresa de autopeças do estado de Sergipe. A pesquisa sintetiza as várias partes de um processo de planejamento estratégico na organização, pois sem planejamento, as ações tornam-se desordenadas podendo causar um conflito na empresa, incluindo o seu fechamento. O fato é que o planejamento está relacionado à arte de utilizar adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades do ambiente da empresa. A metodologia utilizada quanto aos fins foi exploratória e descritiva e quanto aos meios foi a bibliográfica mediante aplicação de questionário, por fim aborda a análise dos dados e as considerações finais. Palavras-Chave: Planejamento estratégico. Empresa. ABSTRACT This paper discusses relevance of strategic planning in companies, having as object of study a micro autoparts state of Sergipe. The research summarizes the various parts of a strategic planning process in the organization, because without planning, actions become disordered may cause a conflict in the company, including its closing. The fact is that planning is related to the art of properly utilize physical resources, financial and human, in order to minimize the problems and maximize the opportunities of your environment. The methodology used for the purpose as was the exploratory and descriptive and the means by literature was the questionnaires, finally addresses the data analysis and final considerations. Keywords: Strategic planning. Company. 1 INTRODUÇÃO Observa-se que o diferencial de uma empresa bem sucedida, está no planejamento estratégico que lhe permite conhecer os diversos cenários e suas complexidades, preparando-a para as eventualidades com condições de competir com o mercado de igual 17 para igual. Pois, favorece desde a tomada de decisões à transformação de ameaças em oportunidades para a solução dos problemas. Planejamento estratégico segundo Oliveira (2007, p. 17) é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos – não controláveis e atuando de forma inovadora e diferenciada. Não é a economia a única responsável pelo desemprego e os problemas sociais causados por ele. O grande vilão segundo Almeida (2005, p. 112) é a falta de planejamento devido ao despreparo das pessoas que administram estas empresas. Em certas situações os próprios empreendedores, que são brilhantes em suas ideias de negócios, mas que não têm preparo para geri-los. Diante dessa informação compreende-se que as microempresas no Brasil têm pequena expectativa de vida, ou seja, não conseguem atingir a plenitude, por diversos fatores, seja pela alta taxa de impostos, seja pela oscilação da economia ou ainda pela falta de conhecimento dos seus gestores que não fazem um planejamento para iniciar as atividades ou não possuem objetivos claros que possam auxiliá-los na escolha do caminho a seguir. Por isso, toda organização independente do seu tamanho precisa entender que um planejamento estratégico trará bases sólidas para um futuro promissor, preparando-a assim, para enfrentar as constantes mudanças dos cenários tanto em âmbito mundial, quanto regional. O planejamento estratégico é uma forma de acrescentar novos elementos de reflexão e ação sistemática e continuada, a fim de avaliar a situação, elaborar projetos de mudanças estratégicas, acompanhar e gerenciar os passos da implantação. Como o próprio nome diz, é uma forma de gerir toda uma organização, com foco em ações estratégicas em todas as áreas. Dentro do planejamento estratégico existem vários passos: Inicialmente é realizado um diagnóstico estratégico, onde são realizados os levantamentos das situações atuais da empresa, buscando assim avaliar a existência e a adequação das estratégias vigentes dentro da instituição, bem como se estão oferecendo os resultados esperados. Dentro do diagnóstico estratégico, são levantadas informações como a competitividade da empresa, o portfólio de produtos, ações de mudanças, vulnerabilidade às ameaças existentes, quantidade de recursos estratégicos disponíveis e projetos futuros. 18 Como o conceito de estratégia relaciona-se diretamente com visão de futuro, uma empresa precisa ter sua visão focada no futuro. Deve então, manter a vigilância estratégica, ou seja, deve observar, acompanhar, questionar, vasculhar o horizonte, no tempo, no espaço, à procura de possíveis riscos e oportunidades que possam exigir, oportunamente ações antecipadas e respostas estratégicas ou contramedidas da organização. Com base nestas informações, a problemática desta pesquisa pode ser expressa pelo seguinte questionamento: Qual o tipo de planejamento deve ser adotado para que as microempresas possam alcançar as metas pretendidas? Temos como objetivo geral: identificar a importância do planejamento estratégico para as microempresas. Objetivos específicos são: Levantar informações sobre o ambiente interno e externo que circundam as microempresas; Analisar informações do ambiente interno e externo da empresa pesquisada; Propor estratégias que possibilitem o cumprimento das metas preestabelecidas pelas empresas. O planejamento estratégico poderá florescer a partir da contribuição das pessoas localizadas nos vários níveis da organização e ao mesmo tempo conferir significado a suas ações. É o entrosamento e a contribuição da base em sua concepção e implantação que promovem uma organização desejada. Portanto, o planejamento estratégico é o ajustamento da empresa ao seu ambiente. Assim, todo o processo de implantação e acompanhamento das estratégias empresariais ocorre em circunstâncias de constante mudança (ALMEIDA 2005). 2 REFERENCIAL TEÓRICO Com a economia globalizada toda e qualquer empresa necessita ter orientação e sentido na busca e criação de novas oportunidades. Portanto, a visão estratégica deve estar o máximo possível incorporada às decisões e atividades administrativas. Pois, uma decisão estratégica é parte de um processo contínuo, sistemático e inerente à própria organização moderna. O processo da estratégia empresarial reúne informações sobre a sua formação e descreve os itens básicos a serem analisados, como: finanças, tecnologia, produção, recursos humanos e vendas/marketing. 19 2.1 Planejamento Segundo Chiavenato (2002) em sua essência, a função do planejamento nas organizações sempre foi a de reduzir a incerteza quanto ao futuro e quanto ao ambiente. Segundo o autor, a nova função do planejamento é aceitar a incerteza tal como ela é e se apresenta, e o que se busca para desafiar tal incerteza é a criatividade e a inovação dentro das organizações. Oliveira (2007, p. 04) define planejamento como um processo, [...] desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa. O administrador precisa ter em mente como decidir estrategicamente e planejar o futuro de sua organização. Através da tomada de decisões ele configura continuamente a sua organização ou a unidade organizacional que administra no caminho que sua organização deverá seguir, tomando as decisões necessárias e elaborando os planos para que isso ocorra de fato. Steiner (1969, p. 12) apud Oliveira (2007, p. 03) estabelece as cinco dimensões do planejamento, cujos aspectos básicos são apresentados a seguir: A primeira dimensão do planejamento corresponde ao assunto abordado, que pode ser produção, pesquisa, novos produtos, finanças, marketing, instalações, recursos humanos etc.; Outra dimensão corresponde aos elementos do planejamento, entre os quais podem ser citados propósitos, objetivos, estratégias, políticas, programas, orçamentos, normas e procedimentos, entre outros; Uma terceira dimensão corresponde à dimensão de tempo do planejamento, que pode ser, por exemplo, de longo, médio ou curto prazo; Outra dimensão corresponde às unidades organizacionais onde o planejamento é elaborado, e, nesse caso, pode-se ter planejamento corporativo, de unidades estratégicas de negócios, de subsidiárias, de grupos funcionais, de divisões, de departamentos, de produtos etc.; Uma quinta dimensão corresponde às características do planejamento que podem ser representadas por complexidade ou simplicidade, qualidade ou quantidade; planejamento estratégico ou tático, confidencial ou público, formal ou informal, econômico ou caro. 20 Contudo, as cinco dimensões apresentadas permitem visualizar a amplitude do planejamento, o que facilita sua aplicação e gestão na empresa. Oliveira (2007, p. 5) afirma que toda atividade de planejamento nas empresas, por sua natureza, deverá resultar de decisões presentes, tomadas a partir do exame do impacto das mesmas no futuro, o que lhe proporciona uma dimensão temporal de alto significado. Portanto, a atividade de planejamento é complexa em decorrência de sua própria natureza, qual seja a de um processo contínuo de pensamento sobre o futuro, desenvolvido mediante a determinação de estados futuros desejados e a avaliação de cursos de ação alternativos a serem seguidos para que tais estados sejam alcançados. E tudo isso implica um processo decisório permanente, acionado dentro de um contexto ambiental interdependente e mutável (OLIVEIRA 2007). As organizações não operam na base da improvisação e nem funcionam ao acaso. Nada é deixado ao sabor dos ventos. Elas requerem planejamento para todas as suas operações e atividades, principalmente quando operam em ambientes dinâmicos, complexos e competitivos. O planejamento é um importante componente na vida organizacional capaz de dar-lhe condições de rumo e continuidade em sua trajetória em direção ao sucesso. O planejamento constitui a primeira das funções administrativas, vindo antes da organização, da direção e do controle. Planejar significa interpretar a missão organizacional e estabelecer os objetivos da organização, bem como os meios necessários para a realização desses objetivos com o máximo de eficácia e eficiência (CHIAVENATO, 2002). Segundo os autores supracitados, o planejamento é um processo que inclui a definição dos objetivos organizacionais e a seleção das políticas, procedimentos e métodos desenhados para o alcance desses objetivos. O sucesso na função de planejamento requer o reconhecimento do ambiente da organização, e estimulação da criatividade e o encorajamento de novas ideias e abordagens inovadoras aos desafios da administração. 21 2.2 Elementos Constitutivos do Planejamento Para Ackoff (1974, p. 4) apud Oliveira (2007, p. 14), o planejamento é um processo contínuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter-relacionadas que podem ser separadas de formas diferentes. Segundo o autor são cinco partes para as quais foram realizadas adaptações para enquadramento nos conceitos utilizados neste livro: Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado, ou seja, a visão, a missão, os propósitos, os objetivos, os objetivos setoriais, os desafios e as metas. Planejamento dos meios: proposição de caminhos para a empresa chegar ao estado futuro desejado, por exemplo, pela expansão da capacidade produtiva de uma unidade e/ou diversificação de produtos. Aqui se tem a escolha de macro estratégias, macro políticas, estratégias, políticas, procedimentos e processos. Planejamento organizacional: esquematização dos requisitos organizacionais para poder realizar os meios propostos. Aqui se pode ter, por exemplo, a estruturação da empresa em unidades estratégicas de negócios. Planejamento dos recursos: dimensionamento de recursos humanos e materiais, determinação da origem e aplicação de recursos financeiros. Aqui se tem o estabelecimento de programas, projetos e planos de ação necessários ao alcance do futuro desejado. Planejamento da implantação e do controle: corresponde à atividade de planejar o gerenciamento da implantação do empreendimento. 2.3 Tipos de Planejamento Em relação aos níveis hierárquicos, há três tipos de planejamento como uma função administrativa que Chiavenato (2006, p. 303) distribui entre todos os níveis organizacionais apresentando características distintas, embora o seu conceito seja exatamente o mesmo. Planejamento estratégico – Nível Institucional, mapeamento ambiental e avaliação das forças e limitações da organização, envolve toda a organização, direcionamento a longo prazo, focaliza o futuro e o destino, ação global. 22 Planejamento Tático – Nível Intermediário, tradução e interpretação das decisões estratégicas em planos concretos em nível departamental, envolvem cada departamento, direcionamento em médio prazo, focaliza o mediato, ação departamental. Planejamento Operacional – Nível Operacional, desdobramento dos planos táticos de cada departamento em planos operacionais para cada tarefa, envolve cada tarefa/atividade, direcionado em curto prazo, focaliza o imediato/presente, ação específica e molecular. De forma genérica, Oliveira (2007, p. 15) relaciona os tipos de planejamento aos níveis de decisão numa pirâmide organizacional, conforme mostrado à abaixo: Figura 1:Níveis de Planejamento Fonte: Oliveira (2007, p.15) Fonte: adaptado pelo autor De modo geral, pode-se considerar os demais tipos de planejamento como um desdobramento do planejamento estratégico, pois este inclui todos os planejamentos existentes nas organizações. 2.4 A Relevância da Gestão Estratégica para os Negócios É sabido que nos tempos atuais, além de gerenciar seus custos de produtos e serviços, uma organização deve conhecer as suas capacidades, a forma como elas estão sendo utilizadas e se estão sendo direcionadas para atingir seus objetivos estratégicos. A Gestão Estratégica, fundamentada em metodologia avançada, parte de um conceito onde, toda operação de uma empresa, pode ser dividida em processos e projetos. Para a solução de Gestão Estratégica, os processos são para Cavalcanti (2007, 23 p. 62) “o conjunto de todas as operações necessárias à manutenção da empresa dentro de suas linhas de produtos e serviços”. Já os projetos, “são tarefas ou operações não rotineiras, através das quais a organização busca um objetivo.” (CAVALCANTI, 2007, p. 62). Em geral, a finalidade dos projetos é, em algum ponto, incrementar algum processo existente ou mesmo criar novos processos, na medida em que agrega novos produtos e serviços a sua linha de produção. A solução de Gestão Estratégica objetiva promover o completo gerenciamento das atividades de uma organização. A solução oferece ao administrador uma visão bastante ampla da organização, uma vez que permite visualizar e controlar de forma simples, toda cadeia de recursos da empresa que são os recursos humanos; os recursos físicos de produção; os recursos materiais; os recursos financeiros. 2.5 Intenção estratégica e missão estratégica A intenção estratégica é a base para as ações estratégicas da empresa, pois é ela que busca um enfoque em analisar o mercado interno e externo da empresa. Os recursos já trabalhados formam a intenção estratégica, sendo a base para mostrar a capacidade de fazer as competências essenciais alcançar o seu sucesso, pois é através desses recursos que se obtém a missão estratégica (OLIVEIRA, 2007). É fundamental o envolvimento de todos os funcionários nos processos buscando o mesmo objetivo, seja ele profissional ou pessoal. A partir daí que surge a intenção estratégica que requer o esforço e compromisso pessoal, demonstrando que o colaborador tem que acreditar fervorosamente em seu produto e setor de trabalho, sempre orientado pela empresa em desempenhar o melhor que seus concorrentes. Segundo Poter (1991) para se ter uma boa intenção estratégica, é necessário analisar o desempenho do seu concorrente, pois sua intenção tem que estar em comum acordo como já dito, para ser feito e implantando as estratégias adequadas, ficando vinculada ao seu objetivo ao do concorrente. A base para satisfação total é o seu próprio funcionário, pois o envolvimento dele será a sua satisfação futura, onde sua dignidade e envolvimento juntos proporcionam a satisfação da empresa. No tocante a missão estratégica, tem-se quando sabemos exatamente o que é uma intenção estratégica. Seu foco é no ambiente externo e suas forças devem estar direcionadas para os seus propósitos que são únicos, produtos e mercado que só passam 24 a fluir quando se tem uma intenção estratégica em prática. A missão estratégica tende a ser eficaz quando se estabelece sua individualidade, e juntas (Intenção e Missão) geram o discernimento exigido para formular e implementar suas estratégias. 2.6 O Processo de Administração Estratégica A busca da competitividade é o ponto-chave da administração estratégica, a concorrência é necessária, pois obriga às empresas a se administrarem de forma a atender as necessidades do mercado de forma cada vez mais diferenciadas, e ainda motiva às empresas a tomar um rumo de decisões melhor aprimoradas, visando manterse e responder eficazmente diante da competitividade. Por isso, é necessário que a organização se organize de forma a medir temporariamente seus pontos fortes, fracos, suas oportunidades e ameaças diante do ambiente em que está inserida, e diante desse conhecimento interno e externo, a organização consegue constituir sua intenção estratégica para poder alavancar os seus recursos, capacidades e competências essenciais, isso seguindo os padrões estabelecidos em sua missão estratégica. Os recursos e insumos constituem fonte principal para que o enfoque estratégico obtenha eficácia, onde a formulação e implementação são essenciais para esse processo, sendo que as mesmas devem "caminhar" sempre integrada que são: diagnóstico estratégico, missão da empresa, instrumentos prescritos e quantitativos e o controle e avaliação dos resultados, sempre visando uma retro-alimentação do sistema, sempre com o intuito de conduzir a empresa aos objetivos esperados. (CHIAVENATO, 2006, p. 320) Sobre a concorrência, é preciso que a organização esteja a todo o momento preparada para a formulação de suas estratégias visando explorar o seu mercado foco e sua vantagem competitiva, isso vale também para àquelas empresas que atingem diversos ramos de negócio, ou seja, diversos setores do mercado, e, em todos os casos é necessário estar "antenado" com o mundo, e também ser flexívelàs mudanças de tendências, sendo que estas são hoje habituais entre todos os setores do mercado, e com toda certeza essa dinâmica é imprescindível para a formulação e implementação das estratégias (LACOMBE, 2003). 25 Para as empresas diversificadas, ou seja, àquelas que atingem diversos ramos de negócio, as estratégias corporativas visam a determinação dos negócios nas quais a companhia pretende concorrer, de forma que seus insumos/recursos sejam alocados entre esses negócios e ainda como essas áreas serão administradas. Para a formulação dessas estratégias, podem ser utilizadas as "joint-ventures", ou seja, a aquisição/fusão de novas empresas, ou até expansões nacionais ou internacionais, visando desenvolver habilidades organizacionais e superar desafios mercadológicos. (CHIAVENATO, 2006, p. 320) Para a implementação dessas estratégias corporativas, é preciso verificar se a estrutura da empresa suporta as implantações desejadas, o ambiente competitivo em que está inserida e seu nível de competitividade, a fim de que seja coerente com sua atual situação. Também é necessário que as decisões estratégicas estejam baseadas na ética organizacional e na ética do mercado, sendo que estas devem ser equivalentes, para que sejam implementadas com tranquilidade e aceitação momentânea, ética é proveniente da cultura organizacional, diante disso é preciso estar sintonizado com as decisões estratégicas e com a ética organizacional. 3 ANÁLISE DOS DADOS As informações contidas servem para conhecer a realidade encontrada no ambiente onde foi realizada a pesquisa e apresentar as proposições adequadas para solucionar os problemas detectados, as quais também estão descritas dando continuidade do trabalho. 3.1 Confiança dos clientes na empresa Um dos itens que é fator determinante na fidelização dos clientes é a sua confiança em relação à empresa. A seguir está um gráfico com o resultado dos questionários feitos com os clientes para medir o seu grau de confiança na empresa. 26 Gráfico 1: Confiança dos clientes 14 20 6 0 0 Regular Ruim 0 Ótima Boa Fonte: Dados da pesquisa O gráfico acima revela que quatorze (70%) clientes escolheram a opção ótima, seis (30%) acharam boa e nenhum deles (0%) respondeu regular ou ruim. Constatou-se que a confiança na empresa é um ponto forte e determinante para solidificação da empresa, o que deve ser explorado ainda mais. A credibilidade é essencial para o bom relacionamento entre a empresa e seus clientes. O gráfico revela que um número satisfatório de clientes confia nos produtos e serviços oferecidos. 3.2 Qualidade dos produtos oferecidos A qualidade dos produtos é um fator decisivo para os resultados obtidos pelas empresas. O questionário aplicado aos clientes mostrou que seis deles (40%) disseram que a qualidade dos produtos é ótima, quatorze (60%) disseram que é boa e nenhum (0%) disse que a qualidade dos produtos é regular ou ruim, demonstrado no gráfico a seguir. Gráfico 2: Qualidade dos produtos 20 10 14 6 0 0 Regular Ruim 0 Ótima Boa Fonte: Dadosda pesquisa. Conforme o gráfico acima, os clientes estão satisfeitos com a qualidade dos produtos comercializados. Mesmo assim, a empresa busca sempre produtos com certificado de qualidade para maior segurança dos clientes e ter um melhor relacionamento tanto com eles como também com os fornecedores. 27 3.3 Preço dos produtos oferecidos pela empresa pesquisada Um dos diferenciais que uma empresa precisa ter perante seus concorrentes é o preço justo e atrativo. Para obter essa informação, uma das perguntas do questionário aplicado com os clientes para saber o que eles achavam dos preços dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. Gráfico 3: Preço dos produtos 18 20 15 10 5 2 0 0 Regular Ruim 0 Ótimo Bom Fonte: Dados da pesquisa O gráfico acima mostrou que dois deles (10%) disseram que o preço dos produtos é ótimo, dezoito (90%) disseram que é bom, e nenhum (0%) afirmou que o preço é regular ou ruim. Este é bom indicador, pois o preço oferecido pela empresa é mais um ponto forte para a fidelização da clientela e divulgação da empresa. 3.4 Frequência dos clientes A frequência dos clientes no estabelecimento comercial indica o seu grau de satisfação em relação ao atendimento recebido por parte da empresa, através do serviço prestado. Se a frequência que ele precisa ter não é provocada pela falta de um serviço de qualidade oferecido, é um sinal positivo. É preciso que o cliente tenha a confiança na prestação do serviço ofertado pela empresa. Gráfico 4: Frequência dos clientes 20 0 8 6 6 Quinzenalmente Semanalmente Mensalmente 0 Diariamente Fonte: Dados da pesquisa. 28 Dos clientes que participaram da pesquisa, oito (40%) frequentam a empresa quinzenalmente, seis (30%) semanalmente e seis (30%) mensalmente. Diariamente, nenhum (0%) cliente respondeu positivamente. Se isto estivesse acontecendo seria necessário diagnosticar as causas, pois não é uma frequência aceitável para uma empresa que trabalha com conserto de veículos. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se dizer que é possível implantar um planejamento estratégico em uma microempresa e o quanto é importante o planejamento para o crescimento e sucesso da mesma. Percebe-se que uns dos problemas enfrentados pelas empresas do século XXI é a falta de planejamento no decorrer da execução de suas atividades. Durante a pesquisa feita na empresa estudada foi aplicado um questionário, objetivando obter informações sobre o ambiente interno e externo, conhecer o perfil de seus clientes, como também analisar suas opiniões a respeito da empresa. As informações colhidas serviram para conhecer a realidade do ambiente e apresentar estratégias adequadas para solucionar os problemas detectados. O planejamento deve ser acompanhado, executado e controlado constantemente nas empresas. Através do planejamento os gestores poderão opinar e encontrar as melhores decisões operacionais, financeiras e econômicas para uma gestão eficaz. O fato é que o planejamento está relacionado à arte de utilizar adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades do ambiente da empresa. Portanto, o planejamento estratégico é o ajustamento da empresa ao seu ambiente. Assim, todo o processo de implantação e acompanhamento das estratégias empresariais ocorre em circunstâncias de constante mudança. Para uma empresa, ver um dos seus melhores clientes indo embora e não voltando mais é algo que pode definir o seu futuro por completo. Se o número de clientes é pequeno, o cuidado que se deve ter para que isto não aconteça precisa ser ainda maior. Diante dos resultados obtidos através do questionário aplicado aos clientes e observação realizada, sugere-se que para o cumprimento da meta da empresa, as seguintes estratégias: Fazer visitas a empresas em cidades circunvizinhas apresentando os produtos e os serviços oferecidos; Diversificar e aumentar o mix de produtos 29 disponíveis na loja; Fazer divulgação dos produtos e serviços em rádios locais que abrangem toda a região centro sul do estado de Sergipe; Distribuir panfletos em semáforos e postos de gasolina; Melhorar a visibilidade da empresa; Realizar um pós venda para fidelização da clientela. Estas são as propostas de estratégias inicias, a serem aplicadas pela microempresa, para posterior implantação do planejamento estratégico, que é essencial para alcançar a meta estabelecida no prazo determinado 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Emerson Boscato. Uma análise investigatória sobre o índice de mortalidadedas pequenas e microempresas no Brasil e suas possíveis causas. 2005. Disponível em:<http://www.universia.com.br/html/materia/materia_ijee.html>. Acesso em: 25 set de 2012. CAVALCANTI, Marly (org.). Gestão estratégica de negócios e evolução, cenários, diagnóstico e ação. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Thomson Learning, 2007. CHIAVENATO, Idalberto. TGA vol. 2 / 6 ed. rev. e atualizada. – Rio de Janeiro: Campus, 2002. ______, Idalberto. Administração estratégica. São Paulo: Saraiva, 2006 LACOMBE, Francisco José Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração: princípios e tendências. – São Paulo – Saraiva, 2003. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas- 23ª Ed. - São Paulo: Atlas, 2007. PORTER, Michael Eugen. Estratégia competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1991 30