A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA AS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS DO MUNICÍPIO DE POÇO VERDE/SE
Antônio Anderson Almeida
Profª. Esp.Rosa Maria Mateus Feitosa (Orientadora)
RESUMO
O presente trabalho trata da relevância do planejamento estratégico nas empresas, tendo
como objeto de estudo uma microempresa de autopeças do estado de Sergipe. A
pesquisa sintetiza as várias partes de um processo de planejamento estratégico na
organização, pois sem planejamento, as ações tornam-se desordenadas podendo causar
um conflito na empresa, incluindo o seu fechamento. O fato é que o planejamento está
relacionado à arte de utilizar adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos,
tendo em vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades do
ambiente da empresa. A metodologia utilizada quanto aos fins foi exploratória e descritiva
e quanto aos meios foi a bibliográfica mediante aplicação de questionário, por fim aborda
a análise dos dados e as considerações finais.
Palavras-Chave: Planejamento estratégico. Empresa.
ABSTRACT
This paper discusses relevance of strategic planning in companies, having as object of
study a micro autoparts state of Sergipe. The research summarizes the various parts of a
strategic planning process in the organization, because without planning, actions become
disordered may cause a conflict in the company, including its closing. The fact is that
planning is related to the art of properly utilize physical resources, financial and human, in
order to minimize the problems and maximize the opportunities of your environment. The
methodology used for the purpose as was the exploratory and descriptive and the means
by literature was the questionnaires, finally addresses the data analysis and final
considerations.
Keywords: Strategic planning. Company.
1 INTRODUÇÃO
Observa-se que o diferencial de uma empresa bem sucedida, está no planejamento
estratégico que lhe permite conhecer os diversos cenários e suas complexidades,
preparando-a para as eventualidades com condições de competir com o mercado de igual
17
para igual. Pois, favorece desde a tomada de decisões à transformação de ameaças em
oportunidades para a solução dos problemas.
Planejamento estratégico segundo Oliveira (2007, p. 17) é o processo
administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor
direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os
fatores externos – não controláveis e atuando de forma inovadora e diferenciada.
Não é a economia a única responsável pelo desemprego e os problemas sociais
causados por ele. O grande vilão segundo Almeida (2005, p. 112) é a falta de
planejamento devido ao despreparo das pessoas que administram estas empresas. Em
certas situações os próprios empreendedores, que são brilhantes em suas ideias de
negócios, mas que não têm preparo para geri-los.
Diante dessa informação compreende-se que as microempresas no Brasil têm
pequena expectativa de vida, ou seja, não conseguem atingir a plenitude, por diversos
fatores, seja pela alta taxa de impostos, seja pela oscilação da economia ou ainda pela
falta de conhecimento dos seus gestores que não fazem um planejamento para iniciar as
atividades ou não possuem objetivos claros que possam auxiliá-los na escolha do
caminho a seguir.
Por isso, toda organização independente do seu tamanho precisa entender que um
planejamento estratégico trará bases sólidas para um futuro promissor, preparando-a
assim, para enfrentar as constantes mudanças dos cenários tanto em âmbito mundial,
quanto regional.
O planejamento estratégico é uma forma de acrescentar novos elementos de
reflexão e ação sistemática e continuada, a fim de avaliar a situação, elaborar projetos de
mudanças estratégicas, acompanhar e gerenciar os passos da implantação. Como o
próprio nome diz, é uma forma de gerir toda uma organização, com foco em ações
estratégicas em todas as áreas.
Dentro do planejamento estratégico existem vários passos: Inicialmente é realizado
um diagnóstico estratégico, onde são realizados os levantamentos das situações atuais
da empresa, buscando assim avaliar a existência e a adequação das estratégias vigentes
dentro da instituição, bem como se estão oferecendo os resultados esperados. Dentro do
diagnóstico estratégico, são levantadas informações como a competitividade da empresa,
o portfólio de produtos, ações de mudanças, vulnerabilidade às ameaças existentes,
quantidade de recursos estratégicos disponíveis e projetos futuros.
18
Como o conceito de estratégia relaciona-se diretamente com visão de futuro, uma
empresa precisa ter sua visão focada no futuro. Deve então, manter a vigilância
estratégica, ou seja, deve observar, acompanhar, questionar, vasculhar o horizonte, no
tempo, no espaço, à procura de possíveis riscos e oportunidades que possam exigir,
oportunamente ações antecipadas e respostas estratégicas ou contramedidas da
organização. Com base nestas informações, a problemática desta pesquisa pode ser
expressa pelo seguinte questionamento: Qual o tipo de planejamento deve ser adotado
para que as microempresas possam alcançar as metas pretendidas?
Temos como objetivo geral: identificar a importância do planejamento estratégico
para as microempresas. Objetivos específicos são: Levantar informações sobre o
ambiente interno e externo que circundam as microempresas; Analisar informações do
ambiente interno e externo da empresa pesquisada; Propor estratégias que possibilitem o
cumprimento das metas preestabelecidas pelas empresas.
O planejamento estratégico poderá florescer a partir da contribuição das pessoas
localizadas nos vários níveis da organização e ao mesmo tempo conferir significado a
suas ações. É o entrosamento e a contribuição da base em sua concepção e implantação
que promovem uma organização desejada.
Portanto, o planejamento estratégico é o ajustamento da empresa ao seu
ambiente. Assim, todo o processo de implantação e acompanhamento das estratégias
empresariais ocorre em circunstâncias de constante mudança (ALMEIDA 2005).
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Com a economia globalizada toda e qualquer empresa necessita ter orientação e
sentido na busca e criação de novas oportunidades. Portanto, a visão estratégica deve
estar o máximo possível incorporada às decisões e atividades administrativas. Pois, uma
decisão estratégica é parte de um processo contínuo, sistemático e inerente à própria
organização moderna.
O processo da estratégia empresarial reúne informações sobre a sua formação e
descreve os itens básicos a serem analisados, como: finanças, tecnologia, produção,
recursos humanos e vendas/marketing.
19
2.1 Planejamento
Segundo Chiavenato (2002) em sua essência, a função do planejamento nas
organizações sempre foi a de reduzir a incerteza quanto ao futuro e quanto ao ambiente.
Segundo o autor, a nova função do planejamento é aceitar a incerteza tal como ela é e se
apresenta, e o que se busca para desafiar tal incerteza é a criatividade e a inovação
dentro das organizações.
Oliveira (2007, p. 04) define planejamento como um processo, [...] desenvolvido
para o alcance de uma situação futura desejada de um modo mais eficiente, eficaz e
efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa.
O administrador precisa ter em mente como decidir estrategicamente e planejar o
futuro de sua organização. Através da tomada de decisões ele configura continuamente a
sua organização ou a unidade organizacional que administra no caminho que sua
organização deverá seguir, tomando as decisões necessárias e elaborando os planos
para que isso ocorra de fato.
Steiner (1969, p. 12) apud Oliveira (2007, p. 03) estabelece as cinco dimensões do
planejamento, cujos aspectos básicos são apresentados a seguir:

A primeira dimensão do planejamento corresponde ao assunto abordado,
que pode ser produção, pesquisa, novos produtos, finanças, marketing, instalações,
recursos humanos etc.;

Outra dimensão corresponde aos elementos do planejamento, entre os quais
podem ser citados propósitos, objetivos, estratégias, políticas, programas, orçamentos,
normas e procedimentos, entre outros;

Uma terceira dimensão corresponde à dimensão de tempo do planejamento,
que pode ser, por exemplo, de longo, médio ou curto prazo;

Outra
dimensão
corresponde
às unidades organizacionais onde
o
planejamento é elaborado, e, nesse caso, pode-se ter planejamento corporativo, de
unidades estratégicas de negócios, de subsidiárias, de grupos funcionais, de divisões, de
departamentos, de produtos etc.;

Uma quinta dimensão corresponde às características do planejamento que
podem ser representadas por complexidade ou simplicidade, qualidade ou quantidade;
planejamento estratégico ou tático, confidencial ou público, formal ou informal, econômico
ou caro.
20
Contudo, as cinco dimensões apresentadas permitem visualizar a amplitude do
planejamento, o que facilita sua aplicação e gestão na empresa.
Oliveira (2007, p. 5) afirma que toda atividade de planejamento nas empresas, por
sua natureza, deverá resultar de decisões presentes, tomadas a partir do exame do
impacto das mesmas no futuro, o que lhe proporciona uma dimensão temporal de alto
significado.
Portanto, a atividade de planejamento é complexa em decorrência de sua própria
natureza, qual seja a de um processo contínuo de pensamento sobre o futuro,
desenvolvido mediante a determinação de estados futuros desejados e a avaliação de
cursos de ação alternativos a serem seguidos para que tais estados sejam alcançados. E
tudo isso implica um processo decisório permanente, acionado dentro de um contexto
ambiental interdependente e mutável (OLIVEIRA 2007).
As organizações não operam na base da improvisação e nem funcionam ao acaso.
Nada é deixado ao sabor dos ventos. Elas requerem planejamento para todas as suas
operações e atividades, principalmente quando operam em ambientes dinâmicos,
complexos e competitivos. O planejamento é um importante componente na vida
organizacional capaz de dar-lhe condições de rumo e continuidade em sua trajetória em
direção ao sucesso.
O planejamento constitui a primeira das funções administrativas, vindo antes da
organização, da direção e do controle. Planejar significa interpretar a missão
organizacional e estabelecer os objetivos da organização, bem como os meios
necessários para a realização desses objetivos com o máximo de eficácia e eficiência
(CHIAVENATO, 2002).
Segundo os autores supracitados, o planejamento é um processo que inclui a
definição dos objetivos organizacionais e a seleção das políticas, procedimentos e
métodos desenhados para o alcance desses objetivos. O sucesso na função de
planejamento requer o reconhecimento do ambiente da organização, e estimulação da
criatividade e o encorajamento de novas ideias e abordagens inovadoras aos desafios da
administração.
21
2.2 Elementos Constitutivos do Planejamento
Para Ackoff (1974, p. 4) apud Oliveira (2007, p. 14), o planejamento é um processo
contínuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter-relacionadas que podem
ser separadas de formas diferentes. Segundo o autor são cinco partes para as quais
foram realizadas adaptações para enquadramento nos conceitos utilizados neste livro:

Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado, ou seja, a
visão, a missão, os propósitos, os objetivos, os objetivos setoriais, os desafios e as metas.

Planejamento dos meios: proposição de caminhos para a empresa chegar
ao estado futuro desejado, por exemplo, pela expansão da capacidade produtiva de uma
unidade e/ou diversificação de produtos. Aqui se tem a escolha de macro estratégias,
macro políticas, estratégias, políticas, procedimentos e processos.

Planejamento
organizacional:
esquematização
dos
requisitos
organizacionais para poder realizar os meios propostos. Aqui se pode ter, por exemplo, a
estruturação da empresa em unidades estratégicas de negócios.

Planejamento dos recursos: dimensionamento de recursos humanos e
materiais, determinação da origem e aplicação de recursos financeiros. Aqui se tem o
estabelecimento de programas, projetos e planos de ação necessários ao alcance do
futuro desejado.

Planejamento da implantação e do controle: corresponde à atividade de
planejar o gerenciamento da implantação do empreendimento.
2.3 Tipos de Planejamento
Em relação aos níveis hierárquicos, há três tipos de planejamento como uma
função administrativa que Chiavenato (2006, p. 303) distribui entre todos os níveis
organizacionais apresentando características distintas, embora o seu conceito seja
exatamente o mesmo.
Planejamento estratégico – Nível Institucional, mapeamento ambiental e avaliação
das forças e limitações da organização, envolve toda a organização, direcionamento a
longo prazo, focaliza o futuro e o destino, ação global.
22
Planejamento Tático – Nível Intermediário, tradução e interpretação das decisões
estratégicas em planos concretos em nível departamental, envolvem cada departamento,
direcionamento em médio prazo, focaliza o mediato, ação departamental.
Planejamento Operacional – Nível Operacional, desdobramento dos planos táticos
de cada departamento em planos operacionais para cada tarefa, envolve cada
tarefa/atividade, direcionado em curto prazo, focaliza o imediato/presente, ação específica
e molecular.
De forma genérica, Oliveira (2007, p. 15) relaciona os tipos de planejamento aos
níveis de decisão numa pirâmide organizacional, conforme mostrado à abaixo:
Figura 1:Níveis de Planejamento
Fonte: Oliveira (2007, p.15)
Fonte: adaptado pelo autor
De modo geral, pode-se considerar os demais tipos de planejamento como um
desdobramento do planejamento estratégico, pois este inclui todos os planejamentos
existentes nas organizações.
2.4 A Relevância da Gestão Estratégica para os Negócios
É sabido que nos tempos atuais, além de gerenciar seus custos de produtos e
serviços, uma organização deve conhecer as suas capacidades, a forma como elas estão
sendo utilizadas e se estão sendo direcionadas para atingir seus objetivos estratégicos.
A Gestão Estratégica, fundamentada em metodologia avançada, parte de um
conceito onde, toda operação de uma empresa, pode ser dividida em processos e
projetos. Para a solução de Gestão Estratégica, os processos são para Cavalcanti (2007,
23
p. 62) “o conjunto de todas as operações necessárias à manutenção da empresa dentro
de suas linhas de produtos e serviços”.
Já os projetos, “são tarefas ou operações não rotineiras, através das quais a
organização busca um objetivo.” (CAVALCANTI, 2007, p. 62). Em geral, a finalidade dos
projetos é, em algum ponto, incrementar algum processo existente ou mesmo criar novos
processos, na medida em que agrega novos produtos e serviços a sua linha de produção.
A solução de Gestão Estratégica objetiva promover o completo gerenciamento das
atividades de uma organização. A solução oferece ao administrador uma visão bastante
ampla da organização, uma vez que permite visualizar e controlar de forma simples, toda
cadeia de recursos da empresa que são os recursos humanos; os recursos físicos de
produção; os recursos materiais; os recursos financeiros.
2.5 Intenção estratégica e missão estratégica
A intenção estratégica é a base para as ações estratégicas da empresa, pois é ela
que busca um enfoque em analisar o mercado interno e externo da empresa. Os recursos
já trabalhados formam a intenção estratégica, sendo a base para mostrar a capacidade de
fazer as competências essenciais alcançar o seu sucesso, pois é através desses recursos
que se obtém a missão estratégica (OLIVEIRA, 2007).
É fundamental o envolvimento de todos os funcionários nos processos buscando o
mesmo objetivo, seja ele profissional ou pessoal. A partir daí que surge a intenção
estratégica que requer o esforço e compromisso pessoal, demonstrando que o
colaborador tem que acreditar fervorosamente em seu produto e setor de trabalho,
sempre orientado pela empresa em desempenhar o melhor que seus concorrentes.
Segundo Poter (1991) para se ter uma boa intenção estratégica, é necessário
analisar o desempenho do seu concorrente, pois sua intenção tem que estar em comum
acordo como já dito, para ser feito e implantando as estratégias adequadas, ficando
vinculada ao seu objetivo ao do concorrente. A base para satisfação total é o seu próprio
funcionário, pois o envolvimento dele será a sua satisfação futura, onde sua dignidade e
envolvimento juntos proporcionam a satisfação da empresa.
No tocante a missão estratégica, tem-se quando sabemos exatamente o que é uma
intenção estratégica. Seu foco é no ambiente externo e suas forças devem estar
direcionadas para os seus propósitos que são únicos, produtos e mercado que só passam
24
a fluir quando se tem uma intenção estratégica em prática. A missão estratégica tende a
ser eficaz quando se estabelece sua individualidade, e juntas (Intenção e Missão) geram
o discernimento exigido para formular e implementar suas estratégias.
2.6 O Processo de Administração Estratégica
A busca da competitividade é o ponto-chave da administração estratégica, a
concorrência é necessária, pois obriga às empresas a se administrarem de forma a
atender as necessidades do mercado de forma cada vez mais diferenciadas, e ainda
motiva às empresas a tomar um rumo de decisões melhor aprimoradas, visando manterse e responder eficazmente diante da competitividade.
Por isso, é necessário que a organização se organize de forma a medir
temporariamente seus pontos fortes, fracos, suas oportunidades e ameaças diante do
ambiente em que está inserida, e diante desse conhecimento interno e externo, a
organização consegue constituir sua intenção estratégica para poder alavancar os seus
recursos,
capacidades
e
competências
essenciais,
isso
seguindo
os
padrões
estabelecidos em sua missão estratégica.
Os recursos e insumos constituem fonte principal para que o enfoque
estratégico obtenha eficácia, onde a formulação e implementação são
essenciais para esse processo, sendo que as mesmas devem "caminhar"
sempre integrada que são: diagnóstico estratégico, missão da empresa,
instrumentos prescritos e quantitativos e o controle e avaliação dos
resultados, sempre visando uma retro-alimentação do sistema, sempre
com o intuito de conduzir a empresa aos objetivos esperados.
(CHIAVENATO, 2006, p. 320)
Sobre a concorrência, é preciso que a organização esteja a todo o momento
preparada para a formulação de suas estratégias visando explorar o seu mercado foco e
sua vantagem competitiva, isso vale também para àquelas empresas que atingem
diversos ramos de negócio, ou seja, diversos setores do mercado, e, em todos os casos é
necessário estar "antenado" com o mundo, e também ser flexívelàs mudanças de
tendências, sendo que estas são hoje habituais entre todos os setores do mercado, e com
toda certeza essa dinâmica é imprescindível para a formulação e implementação das
estratégias (LACOMBE, 2003).
25
Para as empresas diversificadas, ou seja, àquelas que atingem diversos ramos de
negócio, as estratégias corporativas visam a determinação dos negócios nas quais a
companhia pretende concorrer, de forma que seus insumos/recursos sejam alocados
entre esses negócios e ainda como essas áreas serão administradas. Para a formulação
dessas estratégias, podem ser utilizadas as "joint-ventures", ou seja, a aquisição/fusão de
novas empresas, ou até expansões nacionais ou internacionais, visando desenvolver
habilidades organizacionais e superar desafios mercadológicos. (CHIAVENATO, 2006, p.
320)
Para a implementação dessas estratégias corporativas, é preciso verificar se a
estrutura da empresa suporta as implantações desejadas, o ambiente competitivo em que
está inserida e seu nível de competitividade, a fim de que seja coerente com sua atual
situação.
Também é necessário que as decisões estratégicas estejam baseadas na ética
organizacional e na ética do mercado, sendo que estas devem ser equivalentes, para que
sejam implementadas com tranquilidade e aceitação momentânea, ética é proveniente da
cultura organizacional, diante disso é preciso estar sintonizado com as decisões
estratégicas e com a ética organizacional.
3 ANÁLISE DOS DADOS
As informações contidas servem para conhecer a realidade encontrada no
ambiente onde foi realizada a pesquisa e apresentar as proposições adequadas para
solucionar os problemas detectados, as quais também estão descritas dando
continuidade do trabalho.
3.1 Confiança dos clientes na empresa
Um dos itens que é fator determinante na fidelização dos clientes é a sua confiança
em relação à empresa. A seguir está um gráfico com o resultado dos questionários feitos
com os clientes para medir o seu grau de confiança na empresa.
26
Gráfico 1: Confiança dos clientes
14
20
6
0
0
Regular
Ruim
0
Ótima
Boa
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico acima revela que quatorze (70%) clientes escolheram a opção ótima, seis
(30%) acharam boa e nenhum deles (0%) respondeu regular ou ruim. Constatou-se que a
confiança na empresa é um ponto forte e determinante para solidificação da empresa, o
que deve ser explorado ainda mais. A credibilidade é essencial para o bom
relacionamento entre a empresa e seus clientes. O gráfico revela que um número
satisfatório de clientes confia nos produtos e serviços oferecidos.
3.2 Qualidade dos produtos oferecidos
A qualidade dos produtos é um fator decisivo para os resultados obtidos pelas
empresas. O questionário aplicado aos clientes mostrou que seis deles (40%) disseram
que a qualidade dos produtos é ótima, quatorze (60%) disseram que é boa e nenhum
(0%) disse que a qualidade dos produtos é regular ou ruim, demonstrado no gráfico a
seguir.
Gráfico 2: Qualidade dos produtos
20
10
14
6
0
0
Regular
Ruim
0
Ótima
Boa
Fonte: Dadosda pesquisa.
Conforme o gráfico acima, os clientes estão satisfeitos com a qualidade dos
produtos comercializados. Mesmo assim, a empresa busca sempre produtos com
certificado de qualidade para maior segurança dos clientes e ter um melhor
relacionamento tanto com eles como também com os fornecedores.
27
3.3 Preço dos produtos oferecidos pela empresa pesquisada
Um dos diferenciais que uma empresa precisa ter perante seus concorrentes é o
preço justo e atrativo. Para obter essa informação, uma das perguntas do questionário
aplicado com os clientes para saber o que eles achavam dos preços dos produtos e
serviços oferecidos pela empresa.
Gráfico 3: Preço dos produtos
18
20
15
10
5
2
0
0
Regular
Ruim
0
Ótimo
Bom
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico acima mostrou que dois deles (10%) disseram que o preço dos produtos
é ótimo, dezoito (90%) disseram que é bom, e nenhum (0%) afirmou que o preço é regular
ou ruim. Este é bom indicador, pois o preço oferecido pela empresa é mais um ponto forte
para a fidelização da clientela e divulgação da empresa.
3.4 Frequência dos clientes
A frequência dos clientes no estabelecimento comercial indica o seu grau de
satisfação em relação ao atendimento recebido por parte da empresa, através do serviço
prestado. Se a frequência que ele precisa ter não é provocada pela falta de um serviço de
qualidade oferecido, é um sinal positivo. É preciso que o cliente tenha a confiança na
prestação do serviço ofertado pela empresa.
Gráfico 4: Frequência dos clientes
20
0
8
6
6
Quinzenalmente
Semanalmente
Mensalmente
0
Diariamente
Fonte: Dados da pesquisa.
28
Dos clientes que participaram da pesquisa, oito (40%) frequentam a empresa
quinzenalmente, seis (30%) semanalmente e seis (30%) mensalmente. Diariamente,
nenhum (0%) cliente respondeu positivamente. Se isto estivesse acontecendo seria
necessário diagnosticar as causas, pois não é uma frequência aceitável para uma
empresa que trabalha com conserto de veículos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se dizer que é possível implantar um planejamento estratégico em uma
microempresa e o quanto é importante o planejamento para o crescimento e sucesso da
mesma. Percebe-se que uns dos problemas enfrentados pelas empresas do século XXI é
a falta de planejamento no decorrer da execução de suas atividades.
Durante a pesquisa feita na empresa estudada foi aplicado um questionário,
objetivando obter informações sobre o ambiente interno e externo, conhecer o perfil de
seus clientes, como também analisar suas opiniões a respeito da empresa. As
informações colhidas serviram para conhecer a realidade do ambiente e apresentar
estratégias adequadas para solucionar os problemas detectados.
O planejamento deve ser acompanhado, executado e controlado constantemente
nas empresas. Através do planejamento os gestores poderão opinar e encontrar as
melhores decisões operacionais, financeiras e econômicas para uma gestão eficaz. O fato
é que o planejamento está relacionado à arte de utilizar adequadamente os recursos
físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas e a
maximização das oportunidades do ambiente da empresa.
Portanto, o planejamento estratégico é o ajustamento da empresa ao seu
ambiente. Assim, todo o processo de implantação e acompanhamento das estratégias
empresariais ocorre em circunstâncias de constante mudança. Para uma empresa, ver
um dos seus melhores clientes indo embora e não voltando mais é algo que pode definir o
seu futuro por completo. Se o número de clientes é pequeno, o cuidado que se deve ter
para que isto não aconteça precisa ser ainda maior.
Diante dos resultados obtidos através do questionário aplicado aos clientes e
observação realizada, sugere-se que para o cumprimento da meta da empresa, as
seguintes estratégias: Fazer visitas a empresas em cidades circunvizinhas apresentando
os produtos e os serviços oferecidos; Diversificar e aumentar o mix de produtos
29
disponíveis na loja; Fazer divulgação dos produtos e serviços em rádios locais que
abrangem toda a região centro sul do estado de Sergipe; Distribuir panfletos em
semáforos e postos de gasolina; Melhorar a visibilidade da empresa; Realizar um pós
venda para fidelização da clientela. Estas são as propostas de estratégias inicias, a serem
aplicadas pela microempresa, para posterior implantação do planejamento estratégico,
que é essencial para alcançar a meta estabelecida no prazo determinado
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Emerson Boscato. Uma análise investigatória sobre o índice de
mortalidadedas pequenas e microempresas no Brasil e suas possíveis causas. 2005.
Disponível em:<http://www.universia.com.br/html/materia/materia_ijee.html>. Acesso em:
25 set de 2012.
CAVALCANTI, Marly (org.). Gestão estratégica de negócios e evolução, cenários,
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CHIAVENATO, Idalberto. TGA vol. 2 / 6 ed. rev. e atualizada. – Rio de Janeiro: Campus,
2002.
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LACOMBE, Francisco José Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração:
princípios e tendências. – São Paulo – Saraiva, 2003.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos,
metodologia e práticas- 23ª Ed. - São Paulo: Atlas, 2007.
PORTER, Michael Eugen. Estratégia competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1991
30
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