A1 ID: 52744483 07-03-2014 Tiragem: 13500 Pág: 37 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 27,67 x 32,65 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 RUI PROENÇA, DIRETOR-GERAL DA EMPRESA, INDICA Parceria com BES impulsiona resultados da Edenred Portugal O impulso que resultou da parceria entre a empresa de títulos pré-pagos Edenred Portugal e o BES, concretizada em junho de 2013, colocou a empresa “na dianteira do mercado da emissão de títulos de benefícios sociais para os trabalhadores”, de acordo com o diretor-geral da empresa, Rui Proença. “Somos a empresa com a maior oferta em termos de número de soluções e detemos também a mais competente diversidade quanto ao tipo de suportes: cheque, cartão eletrónico, e-voucher. Neste sentido podemos seguramente afirmar que temos a melhor e mais qualificada oferta do mercado português de títulos de serviço”, garante, em entrevista à “Vida Económica”. do sido pioneiro no lançamento do primeiro cartão-refeição em Portugal, principal instrumento de titularização atualmente em uso no mercado português. AQUILES PINTO [email protected] Vida Económica O cenário legal e fiscal em Portugal é favorável para o mercado dos títulos pré-pagos? Rui Proença – Em relação a este tema, ainda existe muito a fazer! O mercado dos títulos pré-pagos constitui um importante contributo para a valorização do trabalho. Se perguntarmos a um trabalhador, ou a um pequeno empresário, quais os benefícios sociais que podem utilizar, provavelmente não saberão responder! A legislação está muito dispersa. É necessário consultar o CIRS, o Código Contributivo, o CIRC e a legislação laboral para aferir quais os mecanismos atualmente disponíveis. Esta dispersão constitui um entrave à adoção deste modelo de valorização do trabalho. Falta-nos também o estatuto dos Benefícios Sociais para os Trabalhadores, instrumento fundamental para a regulação e estímulo à concessão desses benefícios. De referir, no entanto, que todos os incentivos fiscais são favoráveis e resultam em taxas de crescimento na adesão às soluções de títulos. Exemplo desta situação foi o incentivo introduzido no Orçamento de Estado de 2013 em relação ao pagamento do subsídio de refeição, que representou um aumento imediato de utilizadores. VE – Os custos crescentes das transações é positivo para o setor? RP – Os títulos que a Edenred Portugal coloca à disposição dos seus clientes e utilizadores — cartão electrónico, e-voucher ou cheque — consolidam uma oferta vasta, que tem permitido, até ao momento, minorar o impacto negativo desses custos de contexto. Porém, e uma vez que não fazemos refletir no utilizador qualquer custo relacionado com a utilização do nosso serviço, entendemos que deve ser dada atenção especial ao tema. Na realidade, as vantagens que decorrem do crescimento do mercado dos títulos podem ser muito relevantes: por um lado, permitem controlar salários, o custo fiscal e a inflação, contribuindo para melhores níveis de eficiência na cobrança fiscal, por outro, os VE – Como compara o desempenho da Edenred em 2013 com o do setor? RP – O impulso que resultou da parceria Edenred-BES, concretizada em junho de 2013, colocou a Edenred Portugal na dianteira do mercado da emissão de títulos de benefícios sociais para os trabalhadores. Somos a empresa com a maior oferta em termos de número de soluções e detemos também a mais competente diversidade quanto ao tipo de suportes: cheque, cartão eletrónico, e-voucher. Neste sentido, podemos seguramente afirmar que temos a melhor e mais qualificada oferta do mercado português de títulos de serviço. VE – Quais os objetivos da Edenred para 2014? De acordo com Rui Proença, “tudo aponta para a continuidade do crescimento da adoção do sistema dos títulos pré-pagos”. trabalhadores passam a dispor de um orçamento dedicado, com mais rendimento disponível sem carga fiscal, e reconhecem um claro apoio social. O Estado perderá uma oportunidade e revelará falta de visão se decidir não dar especial atenção a este mercado. VE – Como foi 2013 para a Edenred? RP – Foi um ano francamente positivo, marcado pela implementação da parceria estratégica com o BES, e por uma reação muito positiva do mercado. O interesse pelas soluções de benefícios sociais para os trabalhadores teve um impulso significativo no ano 2013 e tudo aponta para a continuidade do crescimento da adoção do sistema dos títulos pré-pagos por parte de empresas e trabalhadores. VE – Qual foi o papel da parceria que a empresa fez com o BES no ano que passou? RP – Esta parceria une duas competências que consideramos nucleares para o desenvolvimento do sistema dos títulos em Portugal e representa um contributo de grande relevância no atual contexto social e económico. De um lado, o grupo Edenred, com a sua experiência de mais de 50 anos dedicados à atividade de emissor de títulos e com uma vasta experiência internacional e reconhecida competência no desenvolvimento e aperfeiçoamento de soluções de benefícios sociais para os trabalhadores. Do outro, o BES, instituição fortemente implantada no mercado português, com longa história, e com competências no domínio da tecnologia do cartão eletrónico, ten- RP – Fazer crescer a nossa base de clientes, utilizadores e rede credenciada de prestadores de serviços é o ponto de partida. Logo de seguida, dedicaremos especial atenção à criação de valor que resulta do sistema de titularização, em particular na esfera das relações criadas entre os utilizadores e a rede credenciada. De facto, essa criação de valor tem impacto não só na esfera do trabalhador e da empresa (mais rendimento disponível sem carga fiscal), mas também na esfera da rede credenciada de prestadores de serviços e aceitantes dos títulos, por via do acréscimo de negócio que os títulos representam. Iremos, por isso, focar esta cadeia de valor que une de forma tão interessante os utilizadores das soluções Edenred e a rede credenciada de prestadores de serviços. E porque ao gestor de hoje se impõe, para além da gestão de competências, a gestão de expetativas dos seus colaboradores, a atribuição de benefícios extrassalariais flexibilizando a sua atribuição, vai criar um ajuste entre o que os colaboradores pretendem e o que as empresas estão dispostas a oferecer. A Edenred está empenhada no desenvolvimento destas novas soluções customizadas de forma a dar resposta às reais necessidades do mercado laboral. Página 1