Operador Nacional do Sistema Elétrico Workshop CEPEL 30 anos sobre Planejamento e Operação de Grandes Redes Elétricas 28.10.2004 Necessidades de desenvolvimento de Metodologias e Ferramentas computacionais visando a segurança elétrica do Sistema. Uma Visão do ONS Paulo Gomes •Conceituação: Segurança Operativa Elétrica é: • A capacidade do sistema elétrico em suportar distúrbios súbitos tais como curto-circuitos ou perda não programada de elementos da rede. • A Segurança operativa além do conceito de estabilidade considera a extensão das conseqüências de um processo de instabilidade. Segurança Elétrica e o ONS • O esforço do ONS para analisar a confiabilidade do SIN sob o aspecto da segurança operativa • As perturbações de mar/1999 e jan/2002 demonstraram o fruto do trabalho já executado. O segundo blecaute teve sua propagação contida. • Ações no sentido de aumentar a capacidade do sistema em suportar contingências extremas provocadas por defeitos múltiplos, por defeitos singelos com desligamentos múltiplos ou por desligamentos sucessivos de elementos da transmissão. • Novo cenário do setor elétrico : tendência à utilização cada vez maior dos recursos do sistema, com operação próxima aos limites, impactando a segurança operativa. • Aspectos ambientais e uso múltiplo da água. •Problemas da Segurança Elétrica estão se tornando mais complexo à medida que os sistemas estão sendo utilizados cada vez mais próximos aos seus limites. •Intrínsecos ao próprio sistema - Curto-circuitos - Desligamento não programados de elementos (proteção ou manobras acidentais). •Força-Maior - Terremotos / Furacões / Vendavais •Atos de Vandalismo / Terrorismo (Roubos, Protestos, Greves) - Queda de Torres - Desligamento de instalações / danos físicos em equipamentos - Perda de cadeia de isoladores de circuitos •Tecnologia da Informação - Ataques de hackers à rede operativa (manobras de circuitos / desligamento de usinas / redespachos) •Outros (Choques de avião / Helicópteros) Pontos importantes para a Segurança Elétrica • Não existe sistema elétrico imune a blecautes. • Os sistemas são normalmente planejados com base no critério ( n-1 ). • A mudança generalizada do critério ( n-1) para (n-2), por exemplo, teria custo muito elevado, difícil de justificar. •A solução a ser adotada é resultado do binômio: Nível de risco x custos Planos de Defesa no Mundo : • França : participação de consultoria do CESI • Itália : consultoria do CESI • Canadá ( Hydro-Québec ) : corte automático de geração/ carga, pela detecção de contingências extremas em 15 subestações de EAT, chaveamento automático de reatores em 22 subestações de EAT e corte de carga por subtensão/subfreqüência em 150 subestaçõpes de distribuição , envolvendo 13.000 MW de carga e 8.000 MVAr de capacitores shunt. O Plano de Defesa na visão do ONS : No Brasil já se utiliza, em boa medida, todas as ações adotadas nos Planos de Defesa de outros países. A abordagem do Plano de Defesa proposto pelo ONS é mais abrangente em certos aspectos de implementação imediata e lança mão de reforços na malha de transmissão, da implementação de sistemas de proteção e controle, além de outras ações inéditas. Linhas de Ação : • Pesquisa de medidas factíveis para minimizar o risco de ocorrência de blecautes EVITAR / MINIMIZAR A OCORRÊNCIA DE GRANDES PERTURBAÇÕES • “Contenção” dos efeitos de blecautes EVITAR A PROPAGAÇÃO DAS PERTURBAÇÕES INEVITÁVEIS • Minimizar os efeitos do blecautes REDUZIR O TEMPO DE RESTABELECIMENTO DAS CARGAS • Ações para Evitar / Minimizar a Ocorrência de Grandes Perturbações Melhoria intrínseca das subestações existentes consideradas críticas e a proposição de rearranjos operativos de barramentos, seccionamento de barramentos, transposição física de circuitos, etc. • Identificação de cruzamentos de circuitos que possam levar a grandes distúrbios ( proposta de soluções de engenharia, identificação de riscos físicos que possam levar a queda de cabos, elaboração de plano especial de inspeção destes vãos, vigilância ). Ex. : LT Ibiúna-Bateias, que cruza os bipolos do elo de CC • Desenvolvimento de critérios a serem considerados no planejamento a longo prazo para a minimização dos riscos associados a perturbações. Ex. : - Estabelecimento do n máximo de circuitos conectados a uma SE. - Limitação do montante de injeção máxima de blocos de potência numa pequena área geo-eletrica. Ações para Minimizar a Ocorrência de Grandes Perturbações • Reavaliação periódica dos requisitos mínimos para as novas instalações Ex : Por influência de inovações tecnológicas • Plano de revisão das especificações e filosofias de ajuste de proteção de linhas . • Implantação e/ou colocação em operação de religamento automático de LT´s aéreas e adaptação dos esquemas de religamento exclusivamente tripolar existentes em esquemas capazes de trabalhar tri ou monopolarmente. • Plano de revisão anual dos ajustes dos controladores sistêmicos : sistemas de excitação, PSS, reguladores de velocidade das usinas / comp. síncronos / comp. estáticos, TCSC, elo de CC / estações conversoras, englobando, inclusive, modernização de controles. Ações para Minimizar a Ocorrência de Grandes Perturbações • Instalação de redes de oscilografia para fenômenos de curta duração (agentes ⇒ ONS) e fenômenos de longa duração (ONS ⇒ agentes) para aumentar a observabilidade do Sistema Elétrico. • Estudos para definição de reforços de transmissão e compensação reativa no SIN, de forma a que sejam atendidos todos os Procedimentos de Rede. • • Estudos de recapacitação de instalações e equipamentos existentes. • Definição de equipamentos de reserva estrategicamente identificados Ex. : Filtros de Ibiúna , fases reserva de transformadores ( 500/440 kV ) • Critério de sobrecarga de curta duração para linhas e equipamentos. Ações para Minimizar a Ocorrência de Grandes Perturbações •Evolução dos critérios para estudos elétricos, adequando-os à realidade do SIN sob a ótica do estado da arte internacional, com ênfase na segurança elétrica. • Definição de políticas voltadas na fase de Programação da Operação • Evolução da sistemática para autorização de deslig. programados na rede. • Plano de implementação do Controle Coordenado de Tensão em áreas críticas. • Identificação de pontos vulneráveis a atentados / atos de vandalismo • Elaboração de planos de segurança / vigilância de instalações críticas • Desenvolvimento/implantação de sistema computacional de avaliação do grau de segurança operativa do SIN ( VSA/DSA, etc. ) Ações para Minimizar a Propagação das Perturbações no SIN • Implantação e revisão de Sistemas Especiais de Proteção. • Instalação e revisão de proteções para perda de sincronismo (PPS). • Desenvolvimento de metodologia para cálculo e gerenciamento da confiabilidade dos SEP Curva de Aversão a Blecautes Irritação Desconforto Suportável 30 min I n t o l e r â n c i a 60 60 min min 150120 minmin 240 min 240 min Ações para Reduzir o Tempo de Recomposição das Cargas • Atualização permanente dos processos de recomposição. • Identificação de reatores adicionais com o objetivo de facilitar e flexibilizar o processo de recomposição. • Utilização de ilhamentos de usinas hidrelétricas de pequeno e médio porte com cargas locais por subfreqüência (56 Hz). • Identificação de novas usinas para instalação de black-start. • Identificação das subestações que devam ser necessariamente assistidas para não comprometer o processo de recomposição no caso de falhas de telecomando ou de automatismo que podem ocorrer nas subestações não assistidas. Ações para Reduzir o Tempo de Recomposição das Cargas • Identificação das subestações vitais do SIN e estabelecimento de um plano de manutenção diferenciada para elas. • Implantação de um plano anual de “check-up” para os dispositivos de black-start das usinas capazes de auto-restabelecimento. • Otimização dos processos de comunicação entre os Centros do Operação do ONS e as instalações de geração e transmissão. • Criação de um programa de treinamento e capacitação de operadores dos agentes. Metodologias e Ferramentas Computacionais Necessidade de Desenvolvimento •Ferramentas Computacionais 9Ambiente integrado para análise de sistemas elétricos 9Integração do OTS (Operating Training Simulator) às demais ferramentas computacionais 9Melhoria da estimação de estado para os centros de controle 9Desenvolvimento interface homem x máquina nas atividades de tempo real 9Implementação do Sistema de Análise de Rede em Tempo Real 9Sistema de Avaliação de Segurança 9Novas ferramentas para treinamento de Operadores, com ênfase em situações de risco 9Novas ferramentas para recomposição dos sistemas 9Controle coordenado de tensão Metodologias e Ferramentas Computacionais Necessidade de Desenvolvimento •Novas Tecnologias 9Geração Térmica a Gás Ciclo Combinado 9Geração Distribuída – Energia Eólica 9Novos Equipamentos FACTS 9Computação Evolutiva (Novas técnicas de otimização) •Outros 9Melhor observabilidade do sistema 9Previsão de carga, notadamente parcela reativa 9Segurança voltados à rede de comunicação de dados 9Desenvolvimento de metodologia para cálculo e gerenciamento da confiabilidade dos SEP´s