Sandra Ferreira Investigar as doenças in loco para melhorar a saúde em África A 60 quilómetros de Luanda, no Caxito, província ango‑ lana do Bengo, está a nascer o CISA – Centro de Investi gação em Saúde em Angola. Definido no âmbito dos acor‑ dos de cooperação entre Portugal e Angola, o CISA resulta de uma parceria entre o Ministério da Saúde de Angola, o Governo Provincial do Bengo, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento e a Fundação Calouste Gulbenkian. O Centro vai apostar na investigação para um melhor conhecimento das doenças e problemas de saúde que afec‑ tam os países em vias de desenvolvimento, quer sejam as principais doenças infecciosas (malária, tuberculose, sida), quer aquelas que têm sido frequentemente negligenciadas (schistossomíase, tripanossomíase, meningites bacteria‑ nas, febres hemorrágicas virais, filaríases, helmintíases). Paralelamente, o CISA pretende funcionar como catali sador da capacitação em investigação na área biomédica de investigadores africanos (particularmente angolanos) e de outros países (particularmente portugueses). No dia 18, será feita a apresentação do projecto aos parceiros, à comu‑ nidade científica e também a alguns convidados, entre eles o antigo primeiro-ministro de Moçambique Pascoal Mocumbi. A sessão, que terá lugar na Fundação Gulbenkian, pretende ser também uma reflexão sobre o papel dos Centros de Investigação em Saúde em África na saúde global, e a sua consequente importância para a produção de conhecimento sobre a realidade da saúde neste continente. ■ NEWSLETTER |