O QUE FAZER PARA MELHORAR OS “MEGAS” DE SUA MEMÓRIA Como a memória possui diversas especializações (memória de longa duração, operacional, declarativa, implícita, episódica, semântica etc), é importante identificar onde está o comprometimento. Por exemplo: uma pessoa com dificuldades para lembrar datas ou eventos relacionados com o tempo tem um problema de memória episódica, mas quando a dificuldade é em relação aos significados das palavras, a responsabilidade é da memória semântica. Se você esquece onde estacionou o carro ou onde colocou as chaves, sua memória operacional deve estar deficiente. Esse tipo de memória é sustentado pela atividade elétrica de neurônios do córtex pré-frontal, portanto, requer a participação da atenção na execução. A memória operacional é crucial tanto no momento da aquisição, quanto no momento da evocação de qualquer tipo de memória. Através da memória operacional, armazenamos temporariamente as informações. Para que ela se torne permanente, são necessários repetições e idéias associativas e, claro, uma boa dose de atenção. Como nossa habilidade de lembrar eventos não se reflete apenas num único sistema de memória, mas numa combinação de no mínimo duas estratégias usadas pelo cérebro, sua facilidade em guardar as informações e posteriormente evocá-las será maior, se você utilizar os vários canais de percepção (visual, auditivo, cinestésico) para processar a informação. Para estudar algumas matérias, você poderá utilizar uma boa estratégia para fixar o tema na memória. Uma dica interessante é o seguinte exemplo: No artigo do Professor Ricardo Ferreira Abatimentos sobre vendas afetam a base de cálculos do ICMS, do PIS e da CONFINS? – 28.7 – abatimentos concedidos sobre vendas e serviços, imagine as hipóteses descritas no texto como uma situação vivenciada por você. Procure fazê-lo em detalhes, imaginando-se recebendo do vendedor a mercadoria com defeito, estabeleça um preço para a mercadoria, um valor de desconto, imagine um diálogo entre você e o vendedor, enfim... à medida em que você visualiza a situação, mesmo sendo uma imaginação, de certo modo você concretiza o fato. Para o cérebro, uma imagem mental é entendida como algo real. Se você imaginar agora que está degustando uma fruta bem azeda, sua boca vai salivar, ou, ainda, se imaginar aquele barulhinho irritante do giz riscando no quadro, você será capaz de sentir um certo desconforto, como se de fato tudo fosse realidade. À medida em que utilizamos uma representação mental criando um cenário, imprimimos com mais eficácia, porque, desse modo, usamos mais de um recurso para a memorização. Estaremos estimulando a memória visual criando a imagem mental, a auditiva, com a representação de um diálogo, e a cinestésica, uma vez que você se imagina inserido no contexto que deseja memorizar. Por ser um assunto bem extenso e importante, teremos mais sobre memória, aguardem e “boas práticas”. Nanci Azevedo Cavaco www.academiadocerebro.com [email protected]