VIGILÂNCIA DE CASO DE INFECÇÃO PELO HIV
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Secretaria de Vigilância em Saúde
JANEIRO DE 2013
História da vigilância do HIV e Aids
Pré 2004
• Múltiplas definições de caso de AIDS (1984-98).
• A notificação de HIV não era uma recomendação da OMS e não existiam
diretrizes para a vigilância de casos.
2004-2006
• OMS (CDC e outros):
– Revisão de critérios de classificação e estadiamento
– Revisão das definições para vigilância epidemiológica do HIV
– Harmonização de definições de vigilância com definições de estadiamento
clínico.
2
Definição de casos para vigilância do HIV
2006: Novo guia da OMS
• Nova definição simplificada de caso de
infecção pelo HIV baseada em teste de
laboratório.
• Definições padronizadas de HIV, infecção pelo
HIV avançada e Aids para fins de estadiamento
clínico e vigilância.
• Recomendação de notificação de caso de
infecção pelo HIV em adultos e crianças.
3
Vigilância longitudinal de caso de
infecção pelo HIV
• OPAS/OMS recomenda a notificação de casos de infecção pelo HIV:
– todos os novos diagnósticos de infecção pelo HIV, independentemente do
estádio clínico e imunológico;
– casos diagnosticados previamente, mas que ainda não foram notificados.
• Acompanhamento longitudinal após a notificação de caso:
– Para atualizar o status da pessoa em base a eventos sentinela (ex.
progressão a HIV avançado ou aids; início de tratamento; supressão da
carga viral, óbito, etc).
Uso dos dados de infecção pelo HIV
• Monitorar tendências da detecção de casos de infecção pelo HIV e sua distribuição
geográfica (no contexto de expansão do diagnóstico e de estratégias específicas
para populações vulneráveis);
• Dimensionar a magnitude da infecção pelo HIV (não só do agravo aids)
• Caracterizar as populações afetadas, riscos e vulnerabilidades em pessoas com
diagnostico recente de infecção pelo HIV;
• As infecções mais recentes (adolescentes e adultos jovens 15-24) podem ser
utilizadas para estimativas de incidência;
• Detectar “brotes” (novos focos de detecção da infecção);
• Prever necessidades, planejar e avaliar intervenções de prevenção, diagnóstico,
atenção e tratamento em populações chave;
• Designar recursos para prevenção, diagnóstico, atenção e tratamento em
populações chave;
• Proporcionar um contexto epidemiológico para monitoramento e avaliação do
programa (ex. brecha entre diagnóstico e atenção – continuum of care cascade)
• Elaboração de projeções, modelos epidêmicos e estimativas de população.
5
Vigilância de Aids?
• Os eventos de HIV avançado ou de aids continuam sendo notificados.
• Sistemas integrados de vigilância de caso de infecção pelo HIV incluem o
evento de progressão clínica, ou imunológica, como elemento da vigilância
longitudinal.
Os casos de HIV avançado, ou de aids, representam:
• Falha de acesso ao diagnóstico (diagnóstico tardio)
• Falha dos serviços de assistência (progressão da doença durante o
acompanhamento na rede de atenção).
Algumas recomendações para a
vigilância de caso de HIV
1.
2.
•
•
•
•
Se propõe uma visão longitudinal da vigilância de caso de HIV.
Se recomenda que o sistema de vigilância tenha informação sobre o estádio
da doença do paciente ao momento do diagnóstico (clínico e/ou
imunológico).
Se recomenda a integração do sistema de notificação com o sistema de
informação de laboratório para vigilância longitudinal e o monitoramento
programático;
Se recomenda a vigilância de eventos sentinela chave da história da doença
(ex. caso avançado, início de tratamento, óbito), que pressupõe sistemas de
informação integrados;
Se recomenda manter a vigilância de caso de aids ou “infecção avançada”;
Se recomenda a coleta de informações sobre variáveis de comportamento de
forma padronizada.
Consulta Regional para América Latina e
Caribe sobre informação epidemiológica da
infecção pelo HIV: Consenso
Cidade do Panamá, Panamá; 7-9 de Novembro 2012
Objetivos da reunião
Objetivos gerais da reunião:
• Revisar a situação atual da informação epidemiológica disponível para HIV
e DSTs.
• Identificar áreas prioritárias para os países da América Latina e Caribe com
fins de fortalecer a informação estratégica do setor saúde para o HIV e
DSTs.
• Lograr um consenso sobre recomendações para aprimorar as áreas
identificadas como prioritárias.
Participaram representantes dos Programas Nacionais de HIV/Aids
de 24 países da America Latina e Caribe
Áreas temáticas da reunião
Áreas prioritárias
1. Vigilância de caso de infecção pelo HIV
2. Informação estratégica para programas de TARV (desde o teste do HIV
até a vinculação à atenção)
3. Vinculação da informação entre sistemas de informação de vigilância e
outros sistemas de informação.
4. Vigilância do HIV em populações chave
5. Vigilância de DTS
6. Informação estratégica para a sustentabilidade do investimento na
resposta ao HIV e aids
Áreas de atualização
7. Vigilância da incidência de HIV
8. Vigilância da fármaco-resistência aos ARVs.
Consenso para vigilância de caso de infecção pelo HIV
• Se recomenda uma única definição regional de caso de HIV: “todo novo
diagnóstico de HIV, independente do estadiamento clínico ou
imunológico do caso”.
• A definição do diagnóstico de infecção será determinada segundo as
diretrizes e algoritmos de cada país.
Consenso para vigilância de caso de infecção pelo HIV
• Desenvolver sistemas de vigilância de caso de infecção pelo HIV com
perspectiva longitudinal.
• A vigilância longitudinal começa com o diagnóstico da infecção pelo HIV e
abarca os diferentes eventos sentinela da história natural (progressão a
aids, óbito), ou modificada (início de tratamento, supressão da carga viral)
da infecção pelo HIV.
• A vigilância de caso de HIV pressupõe uma notificação inicial com
atualizações posteriores.
Reunião Vigilância 2012
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Secretaria de Vigilância em Saúde
22 de novembro de 2012
A Vigilância Epidemiológica do HIV/Aids, segundo evento sentinela, de
acordo com a cascata de cuidados
Infecção
Adoecimento
Magnitude da epidemia
Qualidade de vida das PVHA
Dimensionar magnitude
Conhecer determinantes
Monitoramento clinico
Adesão do tratamento
Efeitos adversos
Resistência
Estudos de prevalência
Vigilância comportamental
Instrumentos:
Sistemas de inf. programáticos
Notificação HIV – SINAN
Notificação compulsória laboratórios
SISCEL, SICLOM, SISPRENATAL
SINAN, SISCEL, SICLOM,
SISGENO
Coortes clinicas
Estudos seccionais e longitudinais
Morte
Dimensionar magnitude
Monitoramento óbitos
Comitês de mortalidade
SIM
Tarefas prioritárias
IMPLANTAR A VIGILÂNCIA DA INFECÇÃO PELO HIV NO BRASIL
1.
Notificação da infecção pelo HIV nacionalmente – rever definição de caso de infecção pelo HIV/AIDS
2.
Operacionalização da vigilância da infecção pelo HIV, no SINAN, integrando com os sistemas
complementares (SISCEL e SICLOM) e com o Sinan-TB
3.
Instituir a notificação laboratorial na rede privada, incluindo implantar SISCEL
4.
Implementar comitês de mortalidade
5.
Implantar protocolo de investigação da transmissão vertical
MELHORIA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
1.
Estabelecer identificador único e otimizar relacionamento dos diversos sistemas de informação
2.
Acesso amplo dos sistemas complementares (SISCEL e SICLOM) aos municípios e estados
3.
Aprimoramento dos sistemas complementares para fins de vigilância (evitar duplicação e considerar a
inserção de variáveis de interesse epidemiológico)
Tarefas prioritárias
ASSEGURAR A MANUTENÇÃO DAS ESTIMATIVAS/PESQUISAS
1. Rever estimativas de prevalência, considerando diferentes cenários,
trabalhando com faixas de valores
2.
Produzir de forma sistematizada informações para assegurar o
monitoramento clínico: eventos adversos, adesão, resistência e efetividade
3.
Construir o mapa do HIV/AIDS de acordo com as regiões de saúde
4.
Assegurar editais de pesquisa para análise de factibilidade da introdução de
novas tecnologias, novas estratégias para conhecer a epidemia (PreP, Testetrate, etc.)
GRUPOS DE TRABALHO
1.
Instituir e manter a regularidade de reuniões de grupos técnicos assessores
Download

PDF - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais