UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO PROJETO A VEZ DO MESTRE 10 SEGREDOS DE SUCESSO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Para Tutores, Professores, Coordenadores, Web-designer’s, Estudantes e demais profissionais. Autor: Alexandre Nascimento Santos Orientadora: Carly Rio de Janeiro - 2005 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO PROJETO A VEZ DO MESTRE 10 SEGREDOS DE SUCESSO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Para Tutores, Professores, Coordenadores, Web-designer’s, Estudantes e demais profissionais. Apresentação da monografia à Universidade Cândido Mendes, como condição prévia para a conclusão do curso de pós graduação “lato sensu” em Tecnologia Educacional. Por: Alexandre Nascimento Santos. 2 3 AGRADECIMENTOS A todos os companheiros de turma, inclui-se os formados e os que se formarão no próximo semestre de 2005; aos que exerceram tão bem a penosa e maravilhosa missão de orientar o processo ensinoaprendizagem, (professores: Marta, Dimmi, Celso, Sandra e Carly; a esta última em especial, por facilitar e cumprir a difícil tarefa de orientar a minha monografia, permitindo tornar os meus sonhos e utopias em trabalho científico, incentivando-me a buscar questionamentos dos entendimentos dos processos educacionais ocorridos na Educação a Distância; à Marinha, pela estrutura e sustento que viabiliza a minha qualificação continuada; à minha princesa, Gabrielle (filha), e à minha rainha, Alessandra (esposa), pela força e amizade; aos meus pais pela minha formação e ajuda; e a todas(os) as(os) companheiras (os) leitoras (es): Muito obrigado! 3 4 DEDICATÓRIA Ao meu grande amigo Jesus, a quem encontrei através da busca incessante do conhecimento do eu, do outro e do nós, e, também, nos momentos de aquebrantamento do coração e de procura desesperada por alento e socorro emocional. A Ele todos os elogios são poucos, porque no momento mais difícil da minha vida, quando perdi quase tudo, socorreu-me e mudou para sempre o meu futuro. 4 5 RESUMO Diante de tantos inventos e informação que afetam o modo de ensinar e aprender, este trabalho dedica-se ao exame de dez assuntos de grande relevância na área da educação, seja a distância ou através do ensino presencial. Verificaremos o fato da EAD poder ser ministrada através da utilização de um grande número de tecnologias, tais como: material impresso (como, por exemplo, módulos instrucionais), rádio, televisão, telefone, computador e outros recursos tecnológicos o que é, sem dúvida, uma grande vantagem para proporcionar conforto, entretenimento e um novo modo de interação entre as pessoas – não apenas pelo Chat, mas pela qualidade das conversas e dos convívios que cercam esta atitude. Esta modalidade possui uma sistemática educacional que permite aos professores e estudantes, localizados em regiões diferentes do país ou do mundo, participarem da construção de conhecimento . Podemos, de forma simplista, confirmar que os pensadores acreditam que, hoje, os programas devem observar o princípio da interatividade entre o tutor e os estudantes, os estudantes entre si, os estudantes e o conteúdo, os estudantes e a tecnologia, enfim, tudo e todos que interessam aos cursos. Certas propostas são mencionadas, de acordo com algumas das diversas experiências dos autores da nossa bibliografia, porém torna-se inútil acreditar que representarão a guia com receita de início e fim, mas simboliza a necessidade de entrelaçar e criar estratégias que nos oriente a pensar numa construção cognitiva de rede e não de linear. Portanto ao tratar dos assuntos descritos no projeto, gostaríamos que o leitor percebesse que o primeiro segredo poderá ser utilizado junto com o segundo ou o último, de acordo com as circunstâncias. Esse material foi construído para não transformarmos uma riqueza de propostas de autores variadas em fórmula matemática de passos totalmente encadeados 5 6 SUMÁRIO CAPÍTULO I INVESTIMENTO EM ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL 1.1 EAD & TECNOLOGIAS 1.2 EAD & DIVERSÃO 1.3 EAD & APRIMORAMENTO PROFISSIONAL CONTINUADO CAPÍTULO II DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO PESSOAL 2.1 EAD & MOTIVAÇÃO 2.2 EAD & RELACIONAMENTO HUMANO 2.3 EAD & TRABALHO EM EQUIPE CAPÍTULO III AQUISIÇÃO DE PRESSUPOSTOS ANDRAGÓGICOS 3.1 EAD & CONTEXTUALIZAÇÃO 3.2 EAD & HETEROGENEIDADE 3.3 EAD & AVALIAÇÃO MULT-FOCAL 3.4 EAD & PROJETOS 6 7 INTRODUÇÃO Ousadia e criatividade é a marca do profissional de hoje. Vivemos em meio a muitas invenções, o que nos faz conviver sem nenhum espanto com a notícia da chegada do homem ao espaço aéreo; e com a descoberta e redescoberta de diversos meios de comunicação, em tempo real ou não, em espaços diferentes ou não, com som ou não, utilizando-se de imagem ou não; e outras realizações inacreditáveis para o início do século passado. O tema escolhido - 10 segredos de sucesso da Educação a Distância: para professores, tutores, estudantes, web-designer’s, coordenadores e demais profissionais interessados – visa pesquisar fatores que influenciam positivamente no crescimento qualitativo e quantitativo na execução dos cursos a distância, proporcionando assim, o alcance do objetivo maior: facilitar o processo aprendizagem-ensino dos envolvidos nessa nova modalidade que nesse início de século tem crescido assustadoramente no Brasil, representando o progresso tecnológico e, conseqüentemente, educacional de nosso país. Sendo assim, várias necessidades estão inseridas nesse processo – incentivar o aprimoramento profissional e a auto-aprendizagem; motivar os sujeitos a amarem a pesquisa e a estudarem por prazer; aproveitar as diferenças individuais e históricas das pessoas e instituições para aprender; elaborar sonhos, trocar experiências com os colegas e avaliar progressos; compensar a falta de contato humano por relacionamento mais significativo, através da interação e do entrosamento; utilizar a tecnologia como aliada – a fim de que a massificação da EAD não deixe ao longo do caminho as falhas existentes na sala de aula tradicional. Vários autores apontam à importância de não cometermos os erros apresentados no ensino presencial e, ainda, apresentam um novo paradigma que emerge, o recente triângulo amoroso: eu, o outro e a máquina. 7 8 Contudo, percebe-se nitidamente que as contribuições pedagógicas na área da educação auxiliada pela tecnologia têm se limitado a sistematizar a transmissão de conteúdos, prática tão comum na escola tradicional. Assim surge a Educação a Distância, despertando desejo de destruir paradigmas e reconstruir uma nova e desafiante maneira de trocar conhecimentos. Porém, o ensino a distância pode caminhar pelo mesmo percurso trilhado pelo presencial. A muito tempo que este luta para aproximar alunos, professores e demais agentes, sem encontrar muitos êxitos. Isso, porque o ensino de massa, iniciado no século XIX, distanciou as relações existentes entre as pessoas. A ausência de investimento, financeiro ou interesse intelectual em pesquisas relacionadas aos assuntos desse tema, revela um terrível prenúncio de que, em breve, poderá perpetuar-se um enorme desastre educacional, dessa vez, da EAD: a crise do distanciamento. Corremos o risco de nos tornarmos estudantes e professores cada dia mais distantes. Isso porque, em EAD, a separação física contribui para uma certa ausência de relacionamento mais próximo; o tempo de bate-papo é mais reduzido, devido a adaptação de disponibilidade de tempo dos agentes; as discussões através da tela são menos calorosas e conflitantes. A ausência de quantidade suficiente de pesquisa sobre o assunto, a dificuldade em produzir livros e artigos que comentem com profundidade, juntam-se a outros tantos motivos que nos parece ser um alerta, uma profecia para o nosso século: Se não mudarmos as práticas pedagógicas da Educação a Distância aumentaremos os entraves educacionais também dessa nova modalidade. A partir desta consideração, surgem as perguntas: onde estão as pesquisas que buscam maiores informações sobre a necessidade de se criar um ambiente propício à Teia de aprendizagem e ensino? Por que tanta importância em denunciar os problemas que estão se camuflando na popularização dos cursos on-line? Quais seriam as táticas para combater a baixa qualidade de um ensino a distância? Por que as pessoas não estão 8 9 motivadas a aprender? Se o problema é tecnologia, por que as novas não dão conta de motivar? A didática é a melhor, o estudante é valorizado, educadores e educandos entendem os seus contextos na sociedade e na história, estão bem para produzir pesquisa? Como é a avaliação do progresso? Com faz-se o processo de construção de conhecimento? Quais são as estratégias utilizadas para atrair os alunos e evitar a evasão escolar virtual? É notório que a qualidade dos cursos a distância poderá ser prejudicada se não estivermos comprometidos com o processo de atualização que caracteriza os nossos dias. A inquietação dos educadores que buscam participar da melhoria do processo educacional, do sucesso pessoal e do sucesso profissional é o ponto de partida para evitarmos que as antigas práticas educacionais ultrapassem fronteiras e alcancem a EAD. Sem essa ideologia não haverá trabalho didático que funcionará. Poderemos, então, viajar pelas interrogações cerebrais que nos possibilita acreditar que o ensino presencial deve ter grande contribuição para a EAD e vice-versa. Esse trabalho visa então, navegar pelas duas águas que se encontram e se misturam, onde a posição desse pesquisador não é ser omisso, mas mergulhar num material teórico de autores que trabalham com a educação a distância e outros que tratam do ensino presencial para destruir verdade absolutas e reconstruir um momento para novos diálogos sobre o que realmente temos de bom e de ruim. Sendo assim, percebemos que a melhoria da educação em nossos tempos, está totalmente atrelada a necessidade de pesquisar e desvendar segredos. Entende-se segredo por assuntos, manobras e negócios conhecidos só por uns poucos, definição do renomado Aurélio. Por isso, o tempo de ignorância começa a desaparecer e os enigmas de tempos remotos começam a ser revelados pelas pesquisas e práticas sérias que vêm sendo feitas, com a finalidade de compreender melhor as estratégias utilizadas na EAD atual. A partir de então, preparamos as nossa mentes para entender os 10 segredos de sucesso para quem envolve-se nesse apaixonante assunto: Educação a Distância. 9 10 Percebe-se então, que a resposta para a omissão de pesquisas sobre o assunto levará ao detrimento o sentido educacional autêntico, da reflexão e descobrimento de novas práticas na construção-reconstrução de conhecimento. Então... há muito o que investigar e questionar sobre os segredos que conduzem os sujeitos envolvidos na Educação a Distância à vitória. Diante de diversas necessidades de pesquisa no campo da Educação a Distância, esse trabalho tem o objetivo de suscitar o pensamento reflexivo sobre os 10 Segredos de Sucesso que influenciam a qualidade da rede aprendizagem e ensino nessa modalidade; analisar vantagens e limitações da EAD; discutir sobre novas estratégias alternativas para quem já utiliza ou pretende utilizar esse ambiente de ensino; e possibilitar que o leitor medite sobre práticas mais dinâmicas dos sujeitos envolvidos no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) - educadores, tutores, web-designer’s, coordenadores, estudantes e outros. A metodologia que utilizaremos nesta pesquisa baseia-se em enfoque teórico, fundamentado em leitura bibliográfica de diversos autores de grande relevância, na atualidade e no glorioso passado, refletiremos sobre as mazelas que tentam dominar a nova modalidade de ensino e as estratégias e segredos utilizados por essa nova geração de educadores do ambiente virtual que começam a despontar. A revisão da literatura será conduzida através da consideração de dez assuntos propostos no tema, diante do significado entendido por diversos teóricos e múltiplos especialistas que nos farão compreender um pouco mais sobre os segredos de uma atuação eficiente no processo educativo, principalmente no ensino a distância. Portanto, esse trabalho é de grande relevância para que possamos conjeturar com mais profundidade, a respeito dos “por quês” de utilizar-se de Estratégias que estimulem o trabalho prazeroso e oportunize sucesso profissional na área da educação, principalmente na Educação a Distância. 10 11 CAPÍTULO I INVESTIMENTO EM ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL O profissional que está inserindo-se nessa área deve, acima de tudo, conhecer as ferramentas técnicas que utilizará. Portanto, este capítulo trata da necessidade de estarmos adaptados as recentes mudanças ocorridas nestas últimas décadas e preparados para o momento de colocar em prática as novas propostas na área educacional. Utilizar e saber utilizar as novas tecnologias, mesclando as antigas e as novas; tornar a prática pedagógica mais prazerosa e descontraída, por meio de jogos e brincadeiras bem elaboradas, de acordo com os cursos em questão; e cuidar da capacitação continuada, através de uma busca incessante do conhecimento e de referenciais teóricos que nos remetam às novas práticas pedagógicas são assuntos que trataremos nestas primeiras páginas. Sendo assim, discutir sobre atualização e antecipação do futuro denota a certeza de conquistas e vitórias nos empreendimentos educacionais. 1.1 EAD & Tecnologias Quando em 1965, o Ministério da Marinha do Brasil interessou-se em desenvolver um computador com Know-how próprio, tudo parecia muito utópico que o Brasil abandonaria o atraso tecnológico de centenas de anos para inserir-se no mundo moderno, principalmente através de uma instituição militar (MB), em meio a era da ditadura recém estabelecida no país. Porém, quando em 1971 “O Ministério da Marinha, por intermédio do Grupo de Trabalho Especial - GTE - e o Ministério do Planejamento tomaram 11 12 a decisão de construir um computador para as necessidades navais do Brasil” (Tajra, 2001, p. 28) percebeu-se nitidamente que a partir de então, estava consumada a entrada da informatização em nosso país. Os anos passaram-se, e a nossa realidade demonstra que é necessário termos grande capacidade criativa, para desenvolver estratégias de trabalho em meio às ausências de recursos ou a existência de antigas tecnologias educacionais. Para isso, é necessário que haja uma profunda alteração do modelo mental dos envolvidos nesse processo educativo, que os torne personagens do AVA que possuem capacidade para aproveitar todas as tecnologias possíveis como meio de facilitação da aprendizagem. È bom ratificar que os recursos não devem jamais ser considerados fim, mas um grande e importante meio. Os recursos eletrônicos chegaram para ficar e o desenvolvimento de competências para o seu uso racional e criativo é cada vez mais desafiador. O importante nessas competências não está em buscar o uso como se veste a camisa nova, ganha no natal; ao invés de simplesmente usar, é importante ousar, criar, inventar, sugerir e desafiar. (Antunes, 2002, p.70). As tecnologias digitais que facilitam a aprendizagem multimídia de maneira interativa desfazem o protótipo que estabeleceu-se: o professor é o centro do processo de transmissão e distribuição do saber. A educação a distância via web passa por profundas inquisições, a fim de provocar melhorias nos sites educacionais que são, atualmente, extremamente estáticos e possuem interfaces rígidas e intransponíveis – retrato do educador medieval. O diálogo estabelecido entre homem x homem e homem x máquina deve ser entendido sob uma nova perspectiva de interatividade hipertextual, 12 13 oposta à antiga cibercultura que privilegia o ensino linear e contínuo. Vivemos a era da rede. À medida em que modificam-se as tecnologias a obsolescência dos antigos equipamentos são estabelecidas e o ensino torna-se cada vez mais enérgico e novas propostas são levantadas para substituir as últimas. Quanto a entrada da EAD no Brasil, percebemos que a segunda metade do século passado trouxe consigo uma expectativa de que a Educação a Distância seria o grande remédio para as enfermidades existentes na educação, o que, ainda bem, não é uma verdade. A chegada do século XXI nos faz ratificar a suspeita de que essa foi uma ilusória e sonhadora perspectiva, pois ela deve ser vista e executada como excelente e eficiente meio de divulgação do conhecimento em um processo permanente e integrado com as contribuições do ensino presencial – seja para aperfeiçoamento ou formação, totalmente a distância; ou através de curso, parte presencial e parte a distância. A Internet provocou uma excelente desordem aos paradigmas educacionais: Como marco do novo milênio, temos a Internet que, a partir de 1995, penetrou no mercado iniciando uma nova revolução a revolução digital, a era da inteligência na qual seres humanos combinam sua inteligência, conhecimento e criatividade para revoluções na produção social. de Essa riquezas e revolução empreendimentos da desenvolvimento atinge todos os humanidade aprendizagem, saúde, trabalho, entretenimento (Tajra, 2001, p. 22) A rápida proliferação do ciberespaço possibilitou aos nossos estudantes grande capacidade de construir os seus próprios projetos e veiculá-los a Internet, sem custo algum, para troca de informações entre os amigos. Isso nada mais é do que utilização de determinadas tecnologias, a 13 14 fim de interligar as pessoas e as idéias. Então, a filmagem, a fotografia, seriam meios de apoio para apresentação de entrevista e apresentações de grupos e os conteúdos necessários. Diante desses fatos, experimentar o uso das tecnologias (rádio, fotografias, filmagem, jornais e revista) na produção e aquisição de conhecimentos é a forma mais inteligente de proporcionar à turma a autoaprendizagem. Na realidade, todos que estão envolvidos no AVA devem tornar-se sujeitos da construção de conhecimento: a criação de uma nova comunidade: a sociedade do conhecimento na cibercultura. Podemos citar a Vídeo–conferência que é Ferramenta que pode ser usada na educação à distância com o auxílio das redes de computadores (internet e intranet) ou satélite. Compõe-se de: computador, câmera, tela, painel de controle e projetor. Aparecer no canto da tela, através das teleaulas que misturam exposição verbal, entrevista, mesa redonda, concertos, eventos esportivos, shows e até dramatizações teatrais, para um grupo ou para uma pessoa apenas. Ou quem sabe fazer uso de uma Página eletrônica instrucional (home page), criando documentos eletrônicos, com links (vínculos) para outras páginas e sites selecionados e avaliados por outras pessoas. Sabe-se que a televisão comercial pode ser utilizada como meio de oferecer ensino a distância, entretanto os seus alto custos têm impossibilitado a proliferação dessa realidade. Ela, nos permite utilizar a sua programação - entrevistas de especialistas das mais variadas áreas do conhecimento; mostrar detalhes imperceptíveis ao olho humano; possibilitar a repetição de um acontecimento; complementar informações relativas a qualquer assunto, integrando conteúdos curriculares; mostrar acontecimentos, manifestações distantes no tempo e espaço, dentre outras coisas. Temos também o rádio, que é um dos veículos de comunicação de maior penetração na população brasileira. Seus programas atingem uma larga faixa etária, além de serem aceitos por todas as classes sociais. Essa 14 15 é uma característica que torna o rádio capaz de exercer função educativa, além de entretenimento. Outras características que lhe conferem essa capacidade são o baixo custo do aparelho e o seu caráter local. Podemos inseri-lo, como agente de educação formal e de aperfeiçoamento de professores, aliado a uma programação de qualidade. Todavia, a grande consideração que faremos refere-se à mídia impressa. Esta, tem alto grau de utilização e de benesses. Os materiais ou meios impressos de ensino (livro-texto, enciclopédias, cadernos de leitura, fichas de atividades, histórias em quadrinhos, dicionários, contos...) são, de longe, os recursos mais usados no sistema escolar. Em muitos casos são meios exclusivos, em muitas salas de aula são predominantes e em outras são complementares de meios audiovisuais (Sancho, 2001, p.97) Pensar em EAD é considerar a realidade do nosso país e os milhões de cidadãos que ainda não fazem uso do www. Instituições de ensino famosas, tais como a Marinha e a Universidade Cândido Mendes, usufruem das vantagens que ela proporciona para alcançar regiões mais desamparadas e esquecidas. Todas as tecnologias a serviço da educação. 1.2 EAD & Diversão (...) o neologismo inglês edutainment (education + entertainment) refere-se a uma forma de fazer educação que conbina o entretenimento ao aprendizado. Pela fascinação que desperta nas gerações mais novas, parece-nos ser uma área merecedora de estudos mais aprofundados. (Filatro, 2004, p.48) 15 16 Participar de determinadas brincadeiras e jogos é algo muito prazeroso, pois quando o assunto é diversão não há como negar o efeito positivo que isso pode causar. Existem aqueles que gostam de futebol, outros, de vôlei, peteca, bandeirinha, corrida etc. Parece que o sentimento infantil ainda está dentro de cada indivíduo, em um desejo de sorrir e brincar. Ao vir uma criança participando dessas atividades, muitas vezes surge uma certa nostalgia dos tempos em que podíamos ser o sujeito da história e não apenas o espectador. Brincar de peteca ou queimado na rua é coisa de criança, o mais adequado para os marmanjos é a prática do voleibol, segundo o conceito formado como norma. Desde cedo somos direcionados a abandonar as brincadeiras em favor da seriedade dos fatos sociais. Diante do status social existente, “não é conveniente” verificar o professor brincando com o aluno, esse “não é o seu papel na sociedade”; pensar no mestre jogando vídeo-game com o “aluno” é inconcebível. Essa realidade empírica, baseada na experimentação e na postulação de um modelo antigo, que divergem das comprovações científicas, sempre impregnou na sociedade padrão de seleção e coibição para os jogos na vida adulta. Os fatos sociais têm duas características principais: são exteriores ao indivíduo, isto é, e continuariam existindo mesmo que este não existisse; em segundo lugar os fatos sociais exercem coação sobre o indivíduo, ele não pode deixar de praticá-los, sob pena de sofrer sansões sociais, punições, etc. (Piletti, 2002, p.9) É diante desse cenário antigo, mas grandemente utilizado, que educadores mais observadores e criativos começaram a perceber a importância de tornar o ensino mais descontraído e eficiente. Se a escola tradicional possui esses paradigmas arraigados na sua estrutura, por que não permitir à escola virtual um ambiente de lazer e desejo? Por que não 16 17 apresentar novos materiais paradidáticos que tornem as aulas mais interativas, fomentem a discussão, despertem a criatividade e, efetivamente, auxilie na construção da aprendizagem. Talvez isso poderá representar a descentralização do poder que está nas mãos do professor-instrutor que insiste em “ensinar” o que ele sabe, da maneira que ele sabe, na forma que ele quer. A partir de então, resolve-se um sério problema: a mudança do paradoxo atividade passiva à atividade interativa, gerando o desejo de buscar e brincar mais com os processos de informação. Uma atraente diversão. Os próprios jogos ludopedagógicos realizados nas dinâmicas de grupo podem ser um aliado importante e muito eficaz, se conduzidos adequadamente. Podemos começar citando a Troca de Papéis, onde é colocado um tema; dividido o grande grupo em dois; aberta um sessão para julgar o pensamento de um determinado autor, analisada através de duas posições antagônicas – condenação e absolvição; cada estudante do Grupo A deverá emitir opiniões que concorde com a idéia e os do Grupo B explicações que vá de encontro com as idéias anteriores. Após o tempo estabelecido, os grupos terão funções contrárias. Ao final, deve-se levantar nova discussão para que sejam trocados pontos de vistas. Temos a Discussão, onde Grupos simples discutem durante um determinado período de tempo definido pelo tutor, 5 a 8 membros, com tarefa única, terminado o tempo da discussão, os grupos se reúnem em “grupão” para um Chat geral e os relatores apresentarão as conclusões do grupo e depois começa o debate. Já a Discussão Circular, consiste na divisão da turma em frações de 10 a 15 alunos que trocam informações, opiniões, idéias sobre um assunto. E cada aluno dispõe de um minuto para expor suas idéias; é estabelecido um cronometrista para acenar o término do tempo e depois retoma-se a discussão generalizada para ampliar a idéia exposta, abordar novas dimensões ou discordar do enfoque dado. 17 18 Outra dinâmica é a Tempestade Cerebral, em que, após dado um tema, os alunos dizem o que lhes vem á cabeça, sem a preocupação de censurar as idéias, esta técnica é muito útil para aquecimento ou desbloqueio do grupo e através dela os alunos produzem grande número de idéias em curto espaço de tempo, desenvolvendo, desse modo, a criatividade e minimizando o processo inibidor natural no início de qualquer atividade. Numa esfera mais sofisticada, o SENAI, por exemplo, coloca diversas “brincadeirinhas” para os seus estudantes, inclusive com simuladores nos seus cursos a distância on-line. Jogos muito interessantes que tem a finalidade de provocar um momento de descontração concomitantemente com a revisão dos conteúdos expostos. Pensar em jogo num curso de pós graduação a distância poderia ser uma afronta para alguns tutores, mas não seria para os estudantes? Aqueles seriam capazes de preparar e criar algo interessante para os estes, como revisão, além de bate-papo – extremamente relevante e indispensável na formação de estudantes. O uso deste software de simulação, no contexto educacional, permite a criação de situações onde alunos e professores podem discutir e propor soluções viáveis para problemas como poluição, trânsito, preservação do meio ambiente. (Valente, 2002, p.62 e 63). Hoje, vivermos na era dos jogos eletrônicos, que despertam sentimentos distintos entre os que são apaixonados (não vêem outra coisa na frente, não fazem análise crítica e não buscam feedback dos pontos positivos e negativos da utilização dos jogos na EAD) e os que são aterrorizados (não querem ao menos ouvir falar do assunto jogos na educação, também não fazem análise crítica e não buscam feedback dos pontos positivos e negativos da utilização dos jogos na EAD). 18 19 Surgem, então, os equilibrados “Jogos: aproveitam das funcionalidades hipertextuais e de multimídia para oferecer atividades lúdicas, competitivas e desafiadoras....” (Filatro, 2004, p.194). Educadores vitoriosos, que contam com o respeito e admiração profissional por serem sensatos, competentes, críticos das próprias práticas e das novidades que aparecem. Aproveita-se dos pontos positivos existentes no jogo, criando novos caminhos e adaptando ao seu contexto escolar, e não utiliza aquilo que é nocivo ou ineficaz à sua realidade. Eles sabem que o jogo tem a denotação de conquista, por isso mesmo, trabalha questões éticas que tratam da competitividade entre os estudantes, porque quando o assunto é competição brigas, aborrecimentos e outros sentimentos podem invadir o cenário - alguns participam para mostrar-se o maioral, não para satisfazer-se, mas para obter o status de melhor estudante que os demais, características que apresentará no trabalho e na sua vida diária, se não corrigidos; trabalha a superação das dificuldades; de criatividade, na elaboração de caminhos e na resolução de problemas baseados em fatos reais, ligados à vida diária. Por esses motivos os jogos despertam tanto a atenção de todos, sejam para condenar ou apoiar. Sendo assim, não aproveitar os benefícios que a diversão causa é um enorme retrocesso no tempo já que “O espírito de competição deve ter como tônica o desejo do jogador de superar a si próprio” (Leite, p.38. 2003). Uma proposta seria, por exemplo, utilizar-se de jogos, como SimCity, ou criar alguns menos sofisticados em parceria com o 8 Grupo de Trabalho (GT), usufruindo de programas como Dreamweaver, Flash e Fireworks, em CD Rom, paralelamente a troca de idéias em 9chat. SimCity 2 é um jogo de simulação em que o usuário pode construir e administrar um cidade. O usuário controla o desenvolvimento de um cidade, construindo estradas, , áreas residenciais, usinas elétricas, hospitais, escolas e outros serviços públicos, levando em consideração a verba disponível, os impostos, 19 20 as necessidades da população e eventuais desastres que podem afetar o desenvolvimento da cidade... tais como, acidente nuclear, terremotos, enchentes, incêndios, etc. (Valente, 2002, p.61). Outro sonho de consumo no processo de melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem seria a utilização dos jogos em 3D. Eles têm levado adultos e crianças ao delírio e, certamente, serão muito utilizados, em breve, pela educação. Com alto padrão de qualidade e interatividade dos jogos RPG’s provocam um desejo incontrolável, um vício. Mas o que torna esses jogos cada vez mais procurados e as aulas via web menos interessantes? Talvez o fato do estudante ser tratado como aluno – aquele que não tem nada, não tem conhecimento, não tem experiência, não tem nada. Talvez eles quisessem ser tratados como cientistas, administradores dos caminhos que levam ao saber, e não como marionetes nas mãos do GT. É verdade que, tanto os tutores, quanto os professores, web-designer, coordenadores têm muito interesse em presenciar uma atitude participativa e feliz por parte dos estudantes, mas estes também possuem interesse em interagir com os conteúdos e as pessoas do grupo, através de uma forma mais dinâmica e não apenas receptiva. Então, agora temos algumas dinâmicas e jogos para pensar, pesquisar e nos possibilitar a criação de novos, com base nos comentários dos autores citados. . 1.3 EAD & Aprimoramento Profissional Continuado Com rápida e fantástica aceitação por parte de uma grande parcela de brasileiros, devido às suas inúmeras vantagens, a referida modalidade vem fomentando ásperas e interessantes discussões sobre a importância da sua utilização. De um lado temos os “apaixonados” acreditando que esta é a 20 21 forma mais eficiente, econômica e interessante de possibilitar ensino à grande camada da população que busca formação e aperfeiçoamento profissional. Por outro, temos os “amargurados” que insistem em afirmar que essa é uma forma de repassar conhecimento de maneira fria e sistemática, com a omissão dos chamados tutores. Diante desse eterno dilema dos que são a favor e dos que são contra, surge o nosso interesse de verificar o que realmente está surtindo efeito positivo no mundo da EAD. A partir de então, surge um problema. Devemos utilizar um referencial teórico que nos permita confrontar a existência de dois tipos de profissionais: os que são totalmente apaixonados e não vêem outra coisa melhor que a tecnologia na educação, e outros que são apavorados quando o assunto é novidades educacionais, porque da resposta a essa problemática dependerá a trajetória de crescimento ou estagnação profissional. Um percurso pela história e prática da educação possibilita a localização dos envolvidos no ensino escolar em um contínuo cujos extremos representam duas posturas claras diante da possibilidade de considerar o conhecimento tecnológico nos processos de ensino em um extremo seriam situados os que denominarem tecnofobos ou seja aqueles para quem o uso de qualquer tecnologia (instrumento, sistema simbólico ou organizador) que eles não tenham usado desde pequenos e tenha passado a fazer parte da sua vida pessoal e profissional representa um perigo para aqueles valores que eles têm. No extremo oposto seriam situados os tecnofilos, ou seja, aqueles que encontram em cada nova contribuição tecnológica, principalmente, naquelas situadas no âmbito da informação, a resposta final para os problemas do ensino e da aprendizagem escolar. (Tajra, p.42 e 43. 2001) Entretanto, inicia-se um novo tempo. O equilíbrio começa a ser estabelecido e as demandas provocadas pela massificação da EAD 21 22 começam a aparecer. Os 1 nômades espaciais começam a buscar informações mais sólidas e profundas, mas não abrem mão da magia das cores, da interatividade e de uma relação diferente com as máquinas e com as pessoas. Com o propósito de criar uma ponte entre os anseios e as buscas dos estudantes, e a orientação e facilitação de informações relevantes por parte do educador, para despontar 2 pesquisadores virtuais. Aquele que não estiver atualizado tornar-se-á uma “celebridade”. Comentários serão inevitáveis sobre os que não têm segurança para facilitar a construção do conhecimento por parte dos educandos; sobre aqueles que não têm muita familiarização com os assuntos, dizem logo que o professor não sabe nada; aqueles que passam a aula inteira viajando por assuntos diversos, sem ponte alguma com a matéria que deve ser ministrada, são considerados “enroladores”; e outras considerações não muito agradáveis. É importante conhecer os papéis de cada envolvido durante o processo de Educação a Distância. Como comportam-se os estudantes que realizam os cursos a distância? E os tutores, quais são as suas atitudes? O web designer possui atividade relevante no processo aprendizagem e ensino? Os coordenadores devem apenas visar resultados quantitativos? Essas e outras perguntas aparecem no cerne da questão, porém existem profissionais que teimam em preocupar-se mais com o crescimento profissional dos outros do que o seu próprio. Os web-designer’s que preparam o visual das páginas do curso, selecionando e ligando sons, links, cores, letras, palavras, assuntos, numa salada muito agradável utilizando-se de software gráfico “Largamente utilizado na realização de desenhos, logotipos e toda e qualquer criação gráfica” (Nogueira, 2000, p.23). Caso este profissional tenha sensibilidade para entender os aspectos educacionais que permeiam e envolvem toda o processo educacional que segue além de uma página com layout colorido teremos grande possibilidade de realizar um trabalho eficiente, integrado e atualizado. 22 23 Muitos profissionais que estão trabalhando na educação vivem sobre o manto dos seus prestígios. E o que adianta entrar numa sala on-line com vastos conhecimentos se eles não têm competências para levar à frente todo o processo de ensinar e aprender. A atualização e aperfeiçoamento do pessoal responsável em construir um local agradável para os aluno do AVA envolve não apenas o aprender a trabalhar com as novas tecnologias, mas também a pesquisar na Internet, rever suas práticas e pensar em possibilidades pedagógicas, para melhorar o próprio processo de formação, por esse motivo acreditamos que os segredos se relacionam, embora sejam independentes. Concluímos que o educador do século XXI busca transformar os alunos (a-negação e luno–luz, portanto, alguém sem iluminação, sem inspiração, sem capacidade criativa) em estudantes e pesquisadores na construção do seu conhecimento, a fim de resolver as suas necessidades. O que seria necessário, então, para sair da lista negra de maus profissionais e entrar numa relação de excelência. Acreditar que os estudantes de hoje receberão os nossos antigos métodos como passivamente é querer enganar-se. Então, como um professor que se considera incapacitado poderia executar tal feito? O caminho para a resolução desse problema passa pela busca de um eterno aprimoramento profissional continuado. 23 24 CAPÍTULO II DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO PESSOAL Trataremos da importância de estabelecermos novo modelo mental, baseado na força da automotivação e do incentivo aos companheiros do AVA; na necessidade de pensarmos em um ambiente de trabalho voltado à responsabilidade e o prazer que estão envolvidos neste mundo mágico e emocionante da educação. Portanto este novo capítulo traz a nós uma levantamento das incertezas e a relação do investimento em atualização profissional aliado às demandas de aquisição de maturidade emocional suficiente para lidar com as diversas maneiras de trabalhar com a comunicação social e refletir sobre os novos paradigmas que começam a ser estabelecidos no aproveitamento máximo do potencial de cada um, no que se refere às coisas que estão relacionadas à individualidade e a coletividade das pessoas imersas nesse tema interessante. 2.1 EAD & Motivação Quando não há motivação três atitudes afloram. A primeira é representada pela falta de participação, o que torna a aula inteiramente apática; a segunda pode ser o excesso de conversas paralelas, que sinalizam para a insignificância da aula; e a terceira, a mais difícil de diagnosticar, vem em um apanhado de representações, que denota o interesse das pessoas em bajular. Um lugar onde o professor fingi que ensina e o estudante fingi que aprende. Por isso, uma das grandes necessidades do ensino é apresentar motivos que levem os agentes a apaixonar-se pelo estudo. Em um dos 24 25 depoimentos registrados por um participante do curso on-line citado no livro da Palloff e Pratt, podemos verificar o que é estar motivado independente da distância que impede o contato físico. “Parece que nós, como alunos, estamos com mais vontade de falar e de discutir as questões do que estaríamos em uma sala de aula comum” (Palloff e Pratt, 2002, p.56) Estar motivado é desejar produzir e mostrar o resultado da descoberta; é esquecer-se das dificuldades e buscar o objetivo; é ter um motivo apaixonante para realizar um objetivo. Claudino Piletti, na segunda metade do século passado, foi um dos autores que escreveu sobre a única possibilidade do estudante aprender “Para que alguém aprenda é necessário que ele queira aprender” (Piletti, p.33. 1995). Nenhuma didática ou modalidade dará conta de motivar os sujeitos da teia de aprendizagem-ensino se não houver uma conscientização da necessidade de se estabelecer uma nova metodologia de ensino, baseado no dinamismo do nosso século, já que o estudante de agora não aprende com os métodos passivos do século passado. “Através de uma variedade de recursos, métodos e procedimentos, o professor pode criar uma situação favorável à aprendizagem” (Piletti, p.33. 1995). Um dos pontos mais importantes da motivação é quando percebemos que um aluno está necessitando de uma injeção de ânimo, para não evadir aos estudos. Como é importante incentivar e elogiar os participantes dos cursos, mesmo nos pequenos detalhes, e, ainda nos momentos de fracasso receber o auxílio de um educador que saiba ressaltar os pontos de vitória do processo e reflita, com o aprendiz, sobre as limitações encontradas. Circunstância adequada para trabalharmos uma avaliação mult-focal. O autor citado acima, também afirma que só há aprendizagem quando há motivação e que os motivos geram novos motivos. Isso ratifica as nossas suspeitas de que o processo ensino-aprendizagem baseia-se no desejo de alcançar uma meta, conhecer e adquirir novas informações que satisfaçam às necessidades do interessado. Essa talvez seja uma das grandes vantagens daqueles que descobrem o saber por meio da Educação a 25 26 Distância. Esta nos permite ter o mundo pela frente e, aliando as informações possíveis por meio de mídias diferentes e a motivação criada em cada sujeito que está participando desse processo de ensino, o educador terá a capacidade de colaborar para a formação de grandes profissionais. Claudino registrou que o fato do estudante aprender com sucesso faz com que os seus motivos sejam reforçados. Isto, torna cada salto quantitativo ser um grande elemento estimulador. Para corroborar com essa teoria, surgem as propostas de profissionais especialistas ligados à área de motivação. O conferencista Novak é um deles. Possui uma enorme lista de assinantes - onde distribui valiosos textos, sem cobrar nada pela assinatura – que são convidados, estimulados e orientados a olharem a vida por outro prisma. Você precisa buscar uma solução e obter pequenas vitórias, uma seguida da outra, até que seja natural acreditar que será possível atingir seu sonho maior, e mais complicado. Você tem que ter uma ação positiva, isto é, tem que pegar seu grande objetivo (aquele que você acha que nunca vai conseguir) e dividi-lo em pequenas partes. Então, pegue uma dessas pequenas partes (que você possa vencer) e vá em frente, positivamente. Em seguida, pegue outra parte... até que sua crença determine ações mais fortes, mais audaciosas, mais poderosas. (Academia Novak, 2004) Quando o profissional da educação a distância acreditar na capacidade do outro e proporcionar os meios físicos e emocionais para promoção do conhecimento, teremos cursos extraordinários e participaremos dos cursos a distância mais presentes e reais do planeta: uma motivação impactante. 26 27 2.2 EAD & Relacionamento Pessoal A Internet foi um grande invento que alargou as fronteiras da comunicação e interação entre as pessoas, e o monitor do computador passou a ser, então, as quatro paredes da sala de aula tradicional. Surgiu em 1969 com o objetivo de tornar possível a comunicação entre pesquisadores de algumas universidades norte-americanas que utilizavam diferentes tipos de computadores e sistemas. Popularizou-se a partir da década de 80 permitindo o acesso individual e comercial” (Leite, 2003, p.82). Vivemos numa época em que a comunicação tornou-se demasiadamente diversificada. o emprego de palavras articuladas com imagem, cores e sons, além de textos que não se limitam a informações objetivas, mas que procuram atingir os sentidos e a imaginação, levam em conta as múltiplas inteligências do usuário... (Ramal, 2002, p.158) As novidades da comunicação social invadiram as nossas vidas. Vânia Lúcia - doutora em educação pela USP e professora da UnB, dentre outras honrarias - afirma que “O desenvolvimento comunicacional acelerado e sua integração cotidiana impõe reorientar-se a educação” (Fiorentini e Moraes, 2003, p. 93). As interações feitas com as comunicações midiatizadas pensamento, abrem criam os horizontes fantasias, envolvem do e 27 28 seduzem emocionalmente. A mixagem entre imagens, movimentos, provocativos cores mobilizam e textos sentimentos e pensamentos criativos. (Kenski, 2004, p.53). Esse recente tipo de maneira de se entender facilitou a vida daqueles que apresentavam grande poder de interação através da escrita, porque alguns, poucos, têm mais facilidade em digitar o que se passa em suas mentes, mostrando alto grau de competência em trocar informações sem a necessidade de mostrar-se ou falar. Para a grande maioria entretanto, falar é muito mais fácil do que escrever. Pegar a folha de papel, lápis, borracha, caneta, livros; ou ter que ligar o computador, teclar, conectar-se à Internet, enfim dá muito mais trabalho, diferentemente da utilização da voz que representa apenas emitir sons. Porém, Diante de uma dessa realidade, o diálogo ocorrido entre as pessoas suscita a existência de outro dilema: a comunicação (oral e escrita) entre os participantes pressupõe a visualização de fatores de relacionamento humano como pano de fundo. Mas porque ocorre tantos conflitos, mesmo em uma simples conversa on-line? A relação pessoal não significa apenas estarmos pertos um dos outros e sim quando os sujeitos assumem papéis no processo. o tutor torna-se o facilitador, solidário às necessidades dos outros sujeitos. Pensar em interação na educação a distância é entender que devemos tomar precauções que nos possibilite estar distante, mas permitir aos componentes da comunidade de aprendizagem sentirem-se muito próximos. Contudo, quando a única conexão que temos com nossos alunos é aquela que se dá por meio das palavras em uma tela, devemos prestar atenção a muitas questões que ignoramos na sala de aula presencial. Por exemplo, como 28 29 sabemos se o aluno está envolvido com a matéria que estuda? Como avaliamos sua freqüência e sua participação? Como sabemos se o aluno tem dificuldade ou está aborrecido por alguma razão qualquer? È possível ler a emoção dos alunos em suas mensagens eletrônicas? Como lidamos com os alunos que não participam? Como podemos identificar a discordância e o conflito e lidar com eles? (Palloff e Pratt, 2002, p. 16 e 17) O entrave que dificulta a progressão da comunidade de aprendizagem é o conflito mal resolvido. As pessoas se interessam pouco em cuidar da mente emocional, seja a sua própria ou a dos outros. Se para aprender é preciso estar motivado, como lemos as afirmativas de Piletti, para estarmos motivado a construir algo, que tenha significância positiva para a nossa vida e para o nosso coração, é essencial que cuidemos da nossa mente emocional. Um, a mente compreensão de racional, que, é o modo tipicamente, de temos consciência: mais destacado na consciência, mais atencioso, capaz de ponderar e refletir. Mas junto com esse existe outro sistema de conhecimento impulsivo e poderoso, embora às vezes ilógico - a mente emocional. (Goleman, 1995, p.22) Para Goleman, o cérebro emocional deve ser desenvolvido para criar produzir maior qualidade de vida para as pessoas. Quando estamos mal resolvidos passamos a agredir os outros, vetar as suas participações na sala e, se houver confronto entre a outra parte, iniciará o conflito. 29 30 Outra ênfase é no controle das emoções: compreender o que está por detrás de um sentimento (por exemplo, a mágoa que dispara a ira), e aprender meios de lidar com ansiedades, ira e tristeza (Goleman, 1995, p.284) Essa atitude pode ocorrer através de ardentes discussões pirracentas ou mesmo pela manifestação do... silêncio, pois as pessoas se comunicam, não apenas através de expressões verbais mas ,também, por meio de expressões corporais e a ausência de expressões. Em uma situação de grupo, o silêncio poderá comunicar tensão, desprezo, por um lado, ou aquiescência e simpatia por outro. Geralmente é utilizado e interpretado como uma indicação d e indiferença, ressentimento, falta de confiança, alienação ao grupo, etc. (Lück, 1998, p. 55) Conhecer a si mesmo, o que já pregava o filósofo Sócrates deve ser uma séria preocupação de cada pessoa. Detectar as nossas limitações e saber trabalhar com a existência dela ou a necessidade de aniquilá-la é um ponto importante no processo de retomada e crescimento profissional e estabelecimento de um relacionamento mais saudável. Até devemos refletir no que temos de bom ou o que os outros vêem de positivo em nós para que possamos ter uma visão mais completa do que somos, do que consideramos que somos, do que gostaríamos que fossemos e do que as pessoas acreditam que somos. È a luta da baixa-estima, que provoca depressão, solidão e desencontro, com a alto-estima exacerbada que nos faz acreditar que somos muito maiores e superiores do que realmente somos. Autoconsciência também toma a forma de reconhecer nossas forças e fraquezas, e vernos a uma luz positiva , mas realista (com isso 30 31 evitando uma armadilha comum no movimento de auto-estima). (Goleman, 1995, p.284) Alguns autores vêm oferecendo contribuições relevantes sobre esse assunto, seja no cotidiano escolar da sala presencial ou on-line. Dentre tantos, podemos citar José Manuel Moran, Daniel Goleman, Rena Palloff e Keith Pratt que nos aponta para a necessidade de uma prática voltada a melhoria da qualidade nos relacionamentos. Estar bem consigo e com o outro. Muitas vezes, estes dois fatores impossibilitam-nos de recuperar e transformar um aluno em estudante. As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque desse contato saímos enriquecidos (Moran, 2002. p.16). 2.2 EAD & Trabalho em Equipe A EAD fria pode ressaltar a característica de separar os atores, provocar divisão rígida de papéis e provocar outras particularidades que segregam e dificultam o trabalho em conjunto. Vivemos a época de tendências isolacionistas, onde a individualidade é e a pressa de estar à frente marcam o novo tempo. Porém, essa estratégia visa desenvolver espírito de corpo, onde um membro perceba que precisa do outro para funcionar bem. Ao falar e expressar sentimentos, os lindos olhos azuis não o faz com tanta propriedade quanto a língua, contudo se essa se recusa a fazer, as mãos ou até mesmo os olhos terão (em uma função criativa do cérebro) buscar novas maneiras de executar tal função. È 31 32 notório que a utilização desses recursos, em casos de impossibilidades biológicas, deve ser aplaudido por representar a grande potencialidade do grupo, mas em casos normais isso não deve acontecer. Diante dessa perspectiva, surge o interesse em estudar os passos importantes de quem precisa trabalhar no mundo virtual com uma nova postura, como é o caso dos atores desse teatro de representações de papéis que têm a função de modificar os seus próprios atos educativos, em função do dinamismo que exige os nossos dias (administradores atuam com “professores”, tutores como “psicólogos”, coordenadores como “professores”, professores como “estudantes” e estudantes como “professores”, web-designer como “coordenadores”, professores como web-designer, e segue-se diversas gamas de conjecturas profissionais). Esses papéis não são os reais, os que estão no papel, mas representam os reais que estão no cotidiano. Tudo que foi comentado no parágrafo anterior tem resultados positivos quando são estabelecidas com base no respeito e na organização. Na execução e atuação nos momentos certos, onde cada ator espera o seu momento de apresentação e respeita o momento do outro e todas as sujeições que são colocadas na construção cognitiva-treino-ensaio-erro (percurso do processo ensino-aprendizagem). Então, percebemos que o proceder dos nossos dias não mais pode ser comparado às datas antigas em que havia uma profunda segregação e separação de funções. Uma das grandes especialista na área de trabalho integrado é a consultora Heloísa Lück que repudia o fracionamento do processo educativo, com os seus conteúdos, disciplinas, atividades, áreas de estudo e experiências que, embora tão dependentes uma das outras para a realização de um trabalho de qualidade, encontram-se tão distantes e fragmentadas. ... cada área, cada disciplina, cada professor, cada especialista em educação assume uma parte do todo (a que considera tipicamente sua) 32 33 e passa a essencialmente atuar preocupando-se com a despreocupando-se das demais. mesma, (Lück, 1998, p. 29) Parece que assim tem sido o sistema. O coordenador não planeja e organiza adequadamente; o tutor não permite que o aluno torne-se um investigador, porque isso poderá significar sair dos conhecimentos de domínio do “instrutor”; o educando não encontra o material de leitura agradável; o web-designer não cria o ambiente visual esperado; o pedagogo modifica o conteúdo, a metodologia e a avaliação. Nessa história, os descontentamentos e ciúmes vão aparecendo e minando todo o processo. Philippe Perrenoud, é enfático ao afirmar a importância de aprendermos a desenvolver contratos didáticos, a relação de respeito entre o falar e o escutar dos agentes. Também aborda a necessidade de ultrapassar a barreira dos pequenos conflitos que ocorrem no grupo. Então, o processo de ensino e aprendizagem não pode ser o mesmo ocorrido entre os que repassam informações e os que recebem informações dos canais de televisões. As salas de aulas de hoje, a distância e/ou presencial, têm que provocar papéis interativos de cooperação entre professores e estudantes que possibilite dirimir ou diminuir os conflitos maiores. Seria injusto, entretanto, concluir em um tom tão sombrio. A vida de equipe é feita de pequenos conflitos que a fazem avançar, se resolvidos com humor e respeito mútuo. Os conflitos maiores aparecem e são, às vezes, intransponíveis. A capacidade de evitá-los, mesmo não sendo infalível, pelo menos ajuda as divergências ordinárias. (Perrenoud, 2000, p.93). 33 34 Portanto, hoje, verifica-se a necessidade de aprendermos a trabalhar em equipe sabendo que as diferenças de opiniões e desejos individuais não podem sobrepor a meta de participar de um time campeão. 34 35 CAPÍTULO III AQUISIÇÃO DE PRESSUPOSTOS ANDRAGÓGICOS Agora, temos o propósito de investigar as práticas filosóficas e didáticas que contribuem para a inserção de uma visão mais holística da realidade do AVA. Quem está inserido neste ambiente colaborativo deve está ciente que deve procurar conhecer a cultura dos outros companheiros; conviver, ajudar e tirar proveito da riqueza que significa as diversidades entre as pessoas; receber e produzir feedback que auxilie a si e aos outros do grupo, a fim de melhorar o rendimento de todos os componentes dessa comunidade de aprendizagem; e trabalhar os conteúdos por projetos, para que o resultado prático dessa participação seja satisfatório para todos. 3.1 EAD & Contextualização Diante disso, torna-se necessário que cada um perceba a sua realidade e da outro. Ao pensar em estar ciente da situação real, baseada em fatos e não em utopias de uma sociedade mascarada, lembraremos do eterno mestre Paulo Freire que propunha pesquisar o cotidiano do estudante, se apropriando de palavras geradoras – produzidas pela comunidade trabalhada – que são totalmente significativa para ela. No ciberespaço não deve ser diferente, porém a grande dificuldade ocorre devido a variedade de cultura, padrões éticos e morais dessa nova sociedade. Mas isso é totalmente viável, já que a comunicação pode ser entendida pelos profissionais, e somente esses, que conhecem e praticam a linguagem base: Ler emoções. 35 36 A mudança para a aprendizagem a distância suscita enormes desafios aos professores e às instituições a que pertencem. Muitos professores, de diferentes departamentos das faculdades, acreditam que a sala de aula on-line não é diferente da sala de aula presencial – que a abordagem utilizada no ensino presencial também funciona quando os alunos encontramse isolados, isto é, separados, pela distância e pelo tempo, do professor e também de seus colegas. (Palloff e Pratt, 2002, p. 16 ) Conhecer as condições históricas, filosóficas e sociais que estão inseridas na realidade desses agentes da educação. Passando pelas idéias mais tradicionais; nos apropriando dos questionamentos do “imortal” educador brasileiro Paulo Freire; e nos empolgando com as idéias do jovem doutor em educação Nilbo Nogueira poderemos perceber que explorar e considerar a realidade dos alunos sempre esteve no auge das pregações educacionais. Refletir sobre a necessidade de inserir às condições citadas deve ser uma obrigação de todos no processo de ensino a distância Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Pedro, por exemplo, sabe colher cacau muito bem. Aprendeu, na prática, desde menino, como colher a cápsula do cacau sem estragar a árvore. ..Mas Pedro não sabe imprimir jornal. Antônio aprendeu, na prática, desde muito cedo, como se deve trabalhar para imprimir jornal.” (Freire, 1995, p. 69 e 70) A EAD tem características maravilhosas, proporcionando-nos romper as limitações de tempo e lugar. Porém, há profissionais e estudantes que 36 37 teimam em rejeitar essa benesse, talvez por masoquismo – por gostar de ter o seu nome mal falado e sua reputação profissional questionada Outros, porém, querem controlar os bate-papos com profundo rigor, corrigindo erros gramaticais de maneira inconveniente, ou insistem em falar (escrever) mais do que os estudantes, ou, ainda, tolhem a construção e a exposição do pensamento dos estudantes com censuras e apresentações rigorosas das suas idéias. As escolas virtuais que têm conquista o público alvo apresentam uma proposta de valorização dos diferentes contextos sociais; dos diferentes fuso horário; dos diferentes níveis de pré-requisito que cada estudante traz e não somente estes, mas também professores, coordenadores, webdesigner e todas as qualidades e limitações que possuem, com o objetivo de tirar proveito do melhor que cada um pode proporcionar a 6 comunidade de aprendizagem. Essa escola deve ser um lugar especial, onde todos, efetivamente, sinta-se em casa. O desafio da modalidade estudada é conciliar tantos atores diferentes, suas aptidões e conhecimentos para a aquisição e transformação de conhecimentos diante de culturas e realidades tão opostas. É função dos envolvidos nos cursos conhecer o contexto histórico em que cada participante está inserido. O Ambiente Virtual de Aprendizagem poderá representar a realidade que eles trazem de suas casas, de seus bairros, de suas cidades, de seus estados, de suas funções, de seus trabalhos, de suas famílias, de seus países etc. Por isso, quem deseja colher os melhores frutos dessa imensa floresta de conhecimento deve conhecer e progredir em conhecer as novas estratégicas que lhes proporcionem o aumento da qualidade do curso. Lembremos que o aumento da qualidade começa no planejamento, antes do início do curso, em meio aos preparativos e indecisões. Conhecer as condições históricas, filosóficas e sociais que estão inseridas na realidade desses agentes da educação. Passando pelas idéias mais tradicionais; nos apropriando dos questionamentos do 37 38 “imortal” educador brasileiro Paulo Freire; e nos empolgando com as propostas de novos educadores como Nilbo Nogueira, poderemos perceber que explorar a possibilidade de considerar a realidade dos alunos sempre esteve no auge das pregações educacionais. Refletir sobre a necessidade de inserir às condições citadas deve ser uma obrigação de todos no processo de ensino a distância 3.2 EAD & Heterogeneidade Sabemos que em nossos dias o educador não é aquele que guia os estudantes como se estivesse dominando cavalos. Hoje, esse papel foi substituído pela figura do facilitador. Parece-nos que a própria definição do educador como pedagogo já não é tão conveniente como em outrora. Conduzir crianças é apenas um dos vieses existentes no campo educacional e queremos trazer à discussão um outro caminho, pouco comentado em nossos dias: o aproveitamento das qualidades de cada pessoa levando-se em consideração as diferenças da natureza humana delas – uma reflexão sobre as diferenças comportamentais e atitudinais dos adultos. Caberia ao professor um papel radicalmente diferente do que anteriormente exercia: de agente transmissor selecionador decodificador, de dessas mostrando informações informações, como em seu descobri-las selecioná-las e de que maneira transformá-las em saberes. (Antunes, 2002, p.12). Diante dessa nova perspectiva, torna-se importante entender o que a andragogia deve estar preocupada em orientar e provocar métodos que cuide de transformar as práticas educacionais também dos adultos. O 38 39 hipertexto, considerado um elemento subversivo por Andréa Ramal, reuni vozes e olhares diferentes na construção de um projeto e explora a potencialidade de cada um. Ele diz “NÂO” para a linealidade. O desafio da modalidade EAD é conciliar tantos atores diferentes, suas aptidões e atividades sócio-culturais tão diversas, como dissemos antes, para a aquisição e transformação de conhecimentos diante de realidades tão desiguais e, muitas vezes, opostas. Os bons Tutores, web-designer’s e coordenadores buscarão conhecer essas maneiras diferentes dos estudantes a fim de entender e recrutar as melhores estratégias de valorizar cada participante do processo. O professor-tutor-conteudista tem que ser aquele que seleciona as informações e a bibliografia após ler e descobrir as inquietudes e necessidades de cada alunado, para que, somente depois de desvendar um pouco da realidade da equipe de trabalho e da clientela é que se pode partir para explorar a heterogeneidade da turma e transformar os subsídios em meios de aquisição de saberes. O conhecimento e as metodologias são de grande importância, entretanto a ênfase na assimilação receptiva que o estudante deve ter sobre aquilo que a equipe produz deve ser revista porque esta atitude vai transformá-lo em mero expectador, participante colocado e exigido numa só potencialidade, cativo às diversas prisões que a instituição ou o Grupo de trabalho empurram (conteúdos, metodologias, tecnologias etc) impedindo que cada um tenha possibilidade de demonstrar o que possuem de conhecimento e de criatividade. As diferentes características sócio-afetivas, culturais e profissionais devem ser consideradas para troca de idéias e transformação da realidade de cada um. Embora não faça parte da bibliografia desse trabalho, vale lembrar das contribuições de Carl Rogers que utilizou os grupos de encontro para permitir que o grupo tirasse proveito da experiência de cada participante. Essas contribuições eram pertinentes a partir do momento que havia troca de ensinamento e, por que não dizer, troca de papéis, de sugestões etc. Estamos diante de uma incógnita muito popular que nos remete a um questionamento sobre a origem de um paradigma: quem nasceu primeiro, o 39 40 ovo ou a galinha? Surge, a partir de então, a nossa pergunta: a heterogeneidade existe devido aos diferentes contextos, ou o contexto é criado a partir da heterogeneidade das pessoas? A resposta a essa pergunta será sempre questionável, por não conhecermos a origem dessa verdade. Mas temos como certo que a EAD tem a característica de juntar diversos atores que buscam informações através dos caminhos do hiperlinks, misturando contextos e naturezas biológicas diversificadas, onde selecionam notícias de acordo com as próprias preferências que cada um possui. Não há como requerer homogeneidade entre dois gêmeos, quanto mais entre pessoas oriunda de espaço e tempo tão distintos que entram na cibercultura tendo como pré-requisito seus interesses particulares. Isso forma a heterogeneidade dos componentes da comunidade de aprendizagem. Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Pedro, por exemplo, sabe colher cacau muito bem. Aprendeu, na prática, desde menino, como colher a cápsula do cacau sem estragar a árvore. Mas Pedro não sabe imprimir jornal. Antônio aprendeu, na prática, desde muito cedo, como se deve trabalhar para imprimir jornal.” (Freire, 1995, p. 69 e 70) 3.3 EAD & avaliação mult-focal A avaliação passa a ter um peso muito grande nessa procura que acopla contexto e diversidade pessoal. Percebe-se que muitos professores a utilizam como alternativa de repressão e domínio. Perrenoud é um dos que condenam a avaliação como processo de seleção e segregação. Entende que a origem da avaliação escolar ocorreu se efetivou na massificação do 40 41 ensino, há cerca de quatro séculos. Por isso, entendemos o por quê da dificuldade de livrar-se das amarras do julgamento seletivo e discriminatório que permeiam o surgimento da avaliação. “A avaliação não é uma tortura medieval. É uma invenção mais tardia, nascida com os colégios por volta do século XVII e tornada indissociável do ensino de massa que conhecemos desde o século XIX, com a escolaridade obrigatória” (Perrenoud, 1999, p.9). A partir de então, a evolução dos pensamentos e práticas nos sugere buscar e apresentar as diversas maneiras de se avaliar no ensino a distância. Embora surjam novas propostas, as antigas “formas” são utilizadas por conta da expansão de novos cursos sem a devida qualificação pedagógica. A Avaliação Mult-focal seria, então, a cobertura de todo o desenvolvimento dos alunos e começaria pela necessidade que temos de efetuar uma auto-avaliação, que é tremendamente relevante no processo de crescimento e melhoria de cada um dos atuam no AVA. Assim sendo, pensar em avaliação significa não apenas analisar resultados mensurados em um determinado momento, mas reexaminar todo o caminho percorrido por cada envolvido da comunidade de aprendizagem. Não há mais tempo para acreditar que o aluno não consegue aprender o conteúdo devido às suas limitações intelectuais. Mas a necessidade desse momento educacional que vivemos nos impulsiona a questionar o porquê da ruptura do processo e o insucesso dos agentes. A avaliação nos coloca de frente com os questionamentos e problema de comunicação, quando imaginamos que vários tutores colocam a culpa na má formulação do material didático por parte do conteudista ou da péssima visualização do layout por parte do web designer; este atribui a responsabilidade ao coordenador que não estava presente para esclarecer dúvidas e propor 41 42 modificações; este último é enfático ao afirmar que o tutor não soube transmitir conhecimento e atrair a atenção dos alunos (...) A avaliação consistirá em estabelecer uma comparação do que foi alcançado com o que se pretende atingir. Estaremos avaliando quando estivermos examinando o que queremos, o que estamos construindo e o que conseguimos” (Santa’anna, 2002, p.23 e 24). A avaliação que fazemos do nosso próprio progresso e da atuação do outro não deve ter o propósito de tornar-se um instrumento punitivo, pois ela não é uma arma para agredir e violentar o avaliado e não é um fim, mas um meio. Ela permite verificar o alcance dos objetivos e traçar novos propósitos, devido aos imprevistos. Deve ser um processo gradual, freqüente, periódico e constante, cuja finalidade é verificar até que ponto as experiências de aprendizagem, tal como foram desenvolvidas e organizadas, estão realmente produzindo os resultados desejados. Sabemos que há três funções de avaliação (diagnóstica, formativa e somativa). A diagnóstica verifica o grau de domínio dos objetivos, identifica alunos com padrão aceitável de conhecimentos, constata deficiências em termos de pré-requisitos, constata particularidades, encaminha os que não têm padrão aceitável para novas aprendizagens, propõe atividades com vistas a superar as deficiências e individualiza o ensino. A formativa ou controladora verifica o rendimento dos alunos e localiza possíveis deficiências, informa sobre o rendimento e replaneja (Percebemos que citar esta é extremamente importante e comentada, todavia a ação que ela exige está impregnada por um novo significado: “neo-tradicional”). A terceira é a classificadora que classifica os componentes do grupo com base no rendimento individual, classifica segundo níveis de aproveitamento e produz a classificação geral dos avaliados (devem-se estabelecer os critérios e as condições para a 42 43 avaliação, selecionar as técnicas e instrumentos de avaliação e realizar a aferição dos resultados). Assim sendo, avaliar significa ter trabalho de acompanhar o aprendiz em sua formulação de idéia de mundo e dos conhecimentos que devem ser apreendidos. 3.4 EAD & Projetos O dinamismo do nosso século aponta para a transformação das relações de construir e reconstruir o saber, por isso o desenvolvimento de projetos nos faz acreditar que os próprios estudantes devem tornar-se os sujeitos da construção do seu futuro. Os projetos constituem-se em uma dinâmica de trabalho que leva em consideração a aprendizagem significativa e a aprendizagem individual - não coletiva. Ele parecem “estar na moda” no ambiente escolar e sua prática está gerando atividades e trabalhos escolares que empolgam e dá vida ao desejo de aprender, algo ausento em nossos sistema de ensino. Por considerar a teoria das inteligências múltiplas, Nilbo Nogueira tem levado o público a aplaudi-lo de pé (como ocorreu no seminário realizado na UERJ, em outubro de 2003). Ele comenta que os conteúdos podem ser tratados de maneira procedimental, atitudinal e conceitual. Os conteúdos que são tratados de modo conceituais, e representam a grande maioria, têm em sua estrutura a concepção de que o professor precisa transmitir o conhecimento que possui, seja através de aulas expositivas com cd-rom, da escrita na tela ou requerendo a leitura de farto referencial teórico de mano tópico que tratamos das questões entre a EAD e contextualização. 43 44 Já os procedimentais sinalizam para inspiração da criatividade e prática na tomada de decisões. Estes estão presentes na realização de pesquisa, no resumo que se deve entregar, na criação de um experimento etc. Os atidudinais estão ligados as questões éticas que possibilitam o uso de normas e valores. A importância dos direitos e deveres; da estima à nossa cultura, sejam artistas, escritores, produtos e outros serviços deve fazer parte do cotidiano de nossos estudantes, pra a partir de então compararmos e valorizarmos as diversas culturas do planeta. O autor destaca que o ambiente escolar, que é um centro socializador, deve possibilitar ao estudante realizar diferentes leituras e interpretações do mundo em que vive. Para que haja uma profunda e perfeita utilização dos três tipos de conteúdos é necessário perguntar-se sobre a importância dos tópicos? A relação entre as unidades, anteriores e posteriores? A contextualização desse conteúdo no cotidiano de estudante? As tecnologias que serão utilizadas – livros, Internet, revista, televisão etc? Qual é a motivação deles naquele momento? Como está a integração da turma para realizar um projeto? Quais serão os instrumentos de avaliação que utilizarei? Como posso trabalhar essa unidade de forma procedimental e atitudinal? Haveria algum prejuízo se determinados assuntos não pudessem ser ensinados? O autor acredita que, para realizar esse tipo de atividade prática e teórica, precisa-se de observar determinadas etapas. Nilbo Nogueira relata que o trabalho por projeto oferece condições de valorizarmos as inteligências múltiplas de Gardner. Sendo assim, poderemos estimular o desenvolvimento de uma inteligência por meio de outras. Existe uma rede de interligações entre elas de tal sorte que fazê-las trabalhar juntas representará desenvolvimento das potencialidades de cada um. Para fechar esse trabalho, retrataremos a proposta do autor citado neste tópico, a respeito das etapas do projeto. Começaremos explicando sobre o planejamento, que é a primeira etapa da seqüência e possui grande relevância no preparo e a estruturação do que será realizado no projeto, 44 45 paralelo à busca de informações sobre os desejos dos estudantes. È nesse momento que aparecem os questionamentos sobre o que pesquisar, por que escolher tal tema, como realizar, quando realizar, quem realizará as funções, os recursos materiais e humanos que serão utilizados, enfim, o momento de sonhar ao lado dos estudantes. Após um trabalho inicial de escolha de tema/conteúdo, o projeto exigirá a estruturação, quando surgirá então o planejamento, que normalmente é encarado como algo supérfluo em que se despende um grande tempo. porém, a prática tem comprovado que o tempo “gasto” no planejamento é facilmente recuperado posteriormente na fase de execução, já que esta não será mais realizada de forma desestruturada (Nogueira, 2001. p. 97) Na segunda etapa teremos a execução e realização onde precisaremos perceber no Grupo de Trabalho profissionais facilitadores de meios. Esse é o momento de “mão na massa”, criação, produção e concretização do s assuntos escolhidos em realidade. Segundo Nilbo, essa é a fase de maior trabalho. Esta etapa do projeto refere-se à fase do realizar, ou seja, colocar tudo o que foi planejado em prática. neste momento o aluno rompe com sua passividade. Múltiplas interações acontecem nesta fase, pois suas ações planejadas começam a tomar corpo e forma. aquilo que antes era irreal, um esboço de desejo, começa se concretizar e o projeto passa a criar vida. (Nogueira, 2001. p. 100). 45 46 A terceira etapa é a depuração que tem o objetivo de refazer os pontos que estão inadequados, realizar as primeiras auto-críticas sobre a fase anterior. Deve-se ter em mente que este é um bom momento para mudar as trajetórias tomadas até então e criar novas possibilidades. È importante salientar que essa etapa não tem tempo definido par ocorrer, ou no mesmo momento entre todas as equipes, mas acontecendo durante os períodos mais propícios da etapa anterior. Esta é, portanto, uma etapa de depuração. nesta, questionamos os alunos sobre tudo que já foi realizado até então; sobre suas produções, se estão satisfeitos, se poderia ser feita mais alguma coisa que não estava planejada, se existe alguma coisa desnecessária, etc. pretendemos com isso que sejam realizadas as primeiras (auto)críticas sobre suas produções, objetivando a depuração e melhoria dos processos até então empregados. (Nogueira, 2001. p. 102 e 103) A quarta etapa é a apresentação e exposição que serve para demonstrar o que fora pesquisado, por meio de comunicação verbal, escrita, visual, ou quem sabe corporal, através de câmeras web que poderá, por exemplo, apresentar uma reportagem ou dramatização. Mas quando não existe Internet e sim material impresso os projetos podem ser apresentados por meio de fotos, gravações de vídeo, áudio e outros meios. Enfim, uma infinidade de possibilidades. A fase de apresentação servirá para coroar o “término” do projeto, o qual dará oportunidade à equipe de expor suas descobertas, hipóteses, criações e conclusões (Nogueira, 2001. p. 104). 46 47 A quinta e última etapa é o momento de avaliação e críticas , onde o próprio Gardner sugere que sejam colocados o processofólio para colher todos os momentos e servir como material de avaliação das descobertas e inventos. Terminada a etapa final - apresentação - o professor poderá mediar uma sessão de avaliação, em que todos, inclusive os próprios alunos, que elaboraram o projeto, avaliem todas as etapas. essa sessão pode gerar uma excelente oportunidade de estimular os alunos a trabalhar suas competências pessoais, já que em alguns casos a crítica agirá como feedback, oportunizando ainda a verificação, análise e aceitação de possíveis “erros”, que pela forma como se apresenta, terá realmente o devido valor construtivo (Nogueira, 2001. p. 105) Os projetos são fontes de dinamismo e construção prazerosa do saber, por isso provocam a aprendizagem significativa, cuidando do processo de construção do conhecimento de cada, por meio de investigação individual ou em grupo. Por isso, seria maravilhoso imaginar um grupo de estudantes de um curso a distância, mediado pela Internet ou por material impresso ,construindo projetos que pudessem ser relevantes e inovadores. Os projetos fazem parte dos segredos de sucesso da Educação a Distância. 47 48 CONCLUSÃO Entendo que o maior resultado desta monografia foi descobri que não há possibilidade de segregação entre os temas dos capítulos, não existem passos após passos. Isto significa dizer que o investimento em atualização profissional pode apoiar a aquisição de pressupostos andragógicos; ou que a necessidade de adquirir esta, poderá nos conduzir ao desenvolvimento da comunicação pessoal; e todas as outras hipóteses de interação e maneiras de começar o desenvolvimento do processo por necessidade do leitor precisar melhorar um destes pontos: investimento em atualização profissional, aquisição de pressupostos andragógicos; ou desenvolvimento da comunicação pessoal Para aprofundar, ainda mais na interação das possibilidades, o referencial teórico nos fez perceber que também não existe linealidade nos dez segredos, portanto uso das tecnologias pode ser utilizado para provocar mudanças em um grupo heterogêneo e, assim, fazer-nos praticar uma avaliação por diversos ângulos; ou a necessidade de conhecer a contextualização dos sujeitos poderá nos orientar para a obrigação de romper com as limitações que possuímos de obter um relacionamento humano mais qualitativo; ou quem sabe aprender a trabalhar por projetos, a fim de que se fortaleça o trabalho em equipe; cuidar do aprimoramento profissional continuado para conciliar diversão, motivação e aquisição de conhecimento. Enfim, diversas necessidades e possibilidades que se unem para melhorar a qualidade educacional sem formatos prontos, mas com visão geral de todo o processo. O nosso trabalho trouxe novas reflexões sobre a EAD, com ênfase na utilização da Internet, porém tornou-se notório que a implementação das mídias digitais representa uma grande parceira, mas não a única possibilidade de oferecer educação de qualidade. Defendemos que os meios eletrônicos são de grande importância para o sucesso educacional desse novo tempo, todavia os materiais impressos são fontes inesgotáveis de 48 49 contato com o saber, nesse contexto e, acredito, por muitos anos (quem sabe eternamente?). Não poderíamos deixar de lembrar que a EAD ultrapassa as barreiras espaciais e temporais tornando as regiões mais distantes do país cada vez mais próxima, seja pelo e-learning, da teleconferência e da videoconferência, ou através da mídia impressa. Então, a leitura nos orientou sobre os assuntos que tratam da transformação das aulas em momentos de prazer e alegria; da utilização antigas e novas tecnologias; do aprimoramento profissional continuado; da importância de motivar a si e aos outros; de saber trabalhar em equipe; de aprender a se relacionar consigo mesmo e com o outro; de tirar proveito das diferentes histórias de vida dos sujeitos e de pessoas variadas; de aproveitar-se da heterogeneidade humana para aumentar o grau de conhecimento de cada indivíduo e do próprio grupo; de saber fazer, refazer e direcionar as avaliações; e de criar e valorizar a construção de conhecimento através de projetos. Observou-se, também, que as estratégias utilizadas para obter-se sucesso no ensino a distância não substitui o ensino presencial, e não deve ser considerada paralela também, pois não tem a função de caminhar no mesmo sentido ou em direção oposta ao ensino presencial, uma sobre a outra. Porém, o propósito que entendemos ser o mais propício é quanto ao trabalho em teia, já que isto significa dizer que uma complementa e forma um sistema com a outra, de construção de conhecimento. Então, as novas tecnologias - como o correio eletrônico, as conexões de redes a bancos de dados, vídeo-texto, conexões via satélite - e as antigas - livros e textos impressos, rádios e outros – aumentam a interatividade entre os participantes do AVA, onde textos, sons, gráficos e imagens modificam o paradigma que condenava a flexibilidade da utilização de mult-recursos, cada vez mais ricos de possibilidades recursos tecnológicos. O paradigma que daí se origina é o da interação baseada nos recursos multimídia. 49 50 Portanto, acreditar na fantasia, utopia, de proporcionar prazer em meio a educação sinaliza o primeiro passo à transformação da realidade subjetivada - fruto de experimentações que não foram, ainda, tornada comprovada - em uma futura realidade objetivada – aceita por todos e comprovada – foi a nossa maior vitória, pois conseguimos sair com muitas intrigantes suspeitas e uma certeza: pesquisar os segredos da Educação a Distância é apaixonante e o início de uma caminhada de sucesso. 50 51 GLOSSÁRIO Aquiescência: Aceitação, concordância, consentimento Atividade interativa: São as ações que possuem dinamismo e os agentes são conduzidos a buscar conhecimentos aproveitando-se dos pressupostos que fazem parte dos seus interesses e motivações. Atividade passiva: São as ações que não possuem dinamismo e motivação em si mesma e conduzem o aprendiz a ser reprodutor de ações predeterminadas que nada tem a ver com os seus interesses, mas apenas com o do instrutor. Chat: Bate-papo (conversa amigável) on-line, utilizando-se da web. Comunidade de aprendizagem: Grupo de pessoas formado por estudantes, professores, tutores/conteudistas, coordenadores, web-designer e demais pessoas envolvidos na EAD. EAD fria: Educação a Distância sem dinamismo, limitada a transmitir informações. Nômades espaciais: Quem caminha pelo sistema virtual sem rumo e objetivo ainda definidos concretamente; não sabe ainda quais informações deseja. Estado momentâneo que antecede ao pesquisador virtual. Paradidáticos: Qualquer material utilizado na complementação do ensino. Pesquisadores virtuais: Aquele que está motivado a buscar informações sobre o foco de uma pesquisa, mas consegue garimpar e transformar em ponte as notícias holísticas que serão relevantes à sua coleta de dados. 51 52 Grupo de trabalho: Formado pelos profissionais - coordenadores, tutores/conteudistas, web-designer e outros - que têm a função de oferecer suporte aos estudantes. 52 53 BIBLIOGRAFIA ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. FILATRO, Andréa. Designer instrucional contextualizado: educação e tecnologia. São Paulo: SENAC, 2004 FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 30. ed. São Paulo: Cortez, 1995. GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. 29.ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 2. ed. Campinas: Papirus, 2004. LEITE, Lígia Silvia. Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. 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Universidade Estadual de Campinas – Campinas: nied, 2002. 54 55 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO www.academianovak.com.br – enviados aos assinantes na segunda quinzena do mês de junho, ano de 2004. 55 56 EVENTOS CULTURAIS 56 57 EVENTOS CULTURAIS 57 58 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 SUMÁRIO 6 INTRODUÇÃO 7 CAPÍTULO I- INVESTIMENTO EM ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL 11 1,1 EAD & TECNOLOGIAS 11 1.2 EAD & DIVERSÃO 15 1.3 EAD & APRIMORAMENTO PROFISSIONAL CONTINUADO 20 CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO PESSOAL 24 2.3 24 EAD & MOTIVAÇÃO 2.4 EAD & RELACIONAMENTO HUMANO 27 2.5 31 EAD & TRABALHO EM EQUIPE 58 59 CAPÍTULO III - AQUISIÇÃO DE PRESSUPOSTOS ANDRAGÓGICOS 35 3.1 EAD & CONTEXTUALIZAÇÃO 35 3.2 EAD & HETEROGENEIDADE 38 3.3 EAD & AVALIAÇÃO MULT-FOCAL 40 3.4 EAD & PROJETOS 43 CONCLUSÃO 48 GLOSSÁRIO 51 BIBLIOGRAFIA 53 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 55 59 60 FOLHA DE AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE Pós-Graduação “Lato Sensu” Título da monografia: 10 SEGREDOS DE SUCESSO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: Para Tutores, Professores, Coordenadores, Web-designer’s, Estudantes e demais profissionais. Data da entrega: 29 de janeiro de 2005 Auto Avaliação: Espera-se nove meses pela gestação de um filho(a). Às vezes, um pouco mais, ás vezes um pouco menos. Ele vai crescendo dentro de nós e vamos sonhando o dia do seu nascimento. O parto é sofrido. Mas quando surge... muitas alegrias. Assim, para mim, representou esta monografia. Um trabalho difícil, mas prazeroso. A única crítica que tenho é que acredito que poderia ter feito mais, nesse caso pela filha que nasceu – a Educação a Distância -, pois ainda que as pessoas achem “minha filha” forte e saudável fica na memória a acusação de que poderia ser ainda melhor a gestação (o eterno dilema de perfeição). Porém a equipe que auxiliou o parto é muito boa e prestativa (professores-facilitadores) e só tenho elogios à excelente médica (Carly). Avaliado por: Grau: . de de 60 61 61