CARTA DE PRINCÍPIOS REDE BRASILEIRA DE COMERCIALIZAÇÃO SOLIDÁRIA – REDE COMSOL Quem Somos? Somos a Rede Brasileira de Comercialização Solidária – REDE COMSOL, constituída por empreendimentos econômicos solidários comerciais, entendidos como espaços permanentes e/ou pontos fixos de comercialização solidária onde se encontram os produtos e/ou serviços da economia solidária e agricultura familiar agroecológica, tais como: feiras permanentes, lojas/centrais/bodegas/quiosques e centros públicos de economia solidária distribuídos em todo o território nacional. Possui como estratégia o fortalecimento da economia solidária, por meio de arranjos econômicos de comercialização solidária, com vistas à promoção do desenvolvimento territorial sustentável. De acordo com o Termo de Referência dos Pontos Fixos de Comercialização Solidária no Brasil1, estes espaços permanentes de comercialização solidária têm por objetivo, dentre outros, promover e estimular a comercialização de bens e serviços produzidos pelos empreendimentos de economia solidária e agricultura familiar nos circuitos locais, a partir de uma relação comercial baseada nos princípios do comércio justo e solidário. Estas experiências são vivenciadas de formas participativas, coletivas e autogestionárias, onde os produtos e/ou serviços comercializados são de mais de um/a produtor/a e a gestão do espaço é coletiva, realizada pelos empreendimentos envolvidos. Os espaços permanentes de comercialização solidária participantes da REDE COMSOL têm abrangência diferenciada desde o nível local, ao territorial, estadual, regional, nacional, podendo também ter abrangência internacional. Nossas Características 1 Termo de Referência dos Pontos Fixos de Comercialização Solidária no Brasil - documento elaborado pelo Instituto Marista de Solidariedade – IMS no âmbito do Projeto Nacional de Comercialização Solidária – PNCS (executado pelo IMS e SENAES/MTE, em parceria com o FBES), no ano de 2011 para seleção de EES para o I Encontro Nacional de Pontos Fixos de Comercialização Solidária, realizado em Santa Maria/RS. Protagonismo dos empreendimentos na construção e gestão do espaço permanente de comercialização solidária; Espaço de exposição e comercialização de produtos e serviços da economia solidária; Espaço de formação e informação aos participantes sobre a temática da economia solidária; Espaço de estímulo e divulgação do Consumo Responsável; Espaço para a realização de atividades artísticas e culturais, que valorizem a cultura local; Espaço de realização de atividades de trocas solidárias e o uso de moedas sociais; Espaço de fomento e divulgação das cadeias produtivas, redes e fóruns de economia solidária; Nossos Princípios Dialogar com outras Redes ou Fóruns; Respeito as questão de gênero, raças, etnias e geração; O cuidado com a vida: pessoa, ambiente, relações; Valorização do humano acima do capital; Valorização do trabalho coletivo e geração de renda; Valorização das dinâmicas locais, territoriais (saber fazer, identidade, etc.); Fortalecimento e reconhecimento das práticas agroecológicas, autogestionárias, dos saberes populares de Economia Solidária e do comércio justo e solidário; Qualidade dos produtos e serviços; Compromisso com economia solidária; Cuidado com o meio ambiente; Gestão coletiva e participativa; Nossas Diretrizes Internas Reforçar a identidade dos Emprendimentos Econômicos Solidários-EES com a Economia Solidária; Espaço de capacitação em gestão e negócios; Propiciar intercâmbio de experiências e vivências; O enfoque econômico da Rede Comsol deve se pautar pelos princípios e critérios do Sistema de Comercio Justo e Solidario –SCJS; Valorizar as experiências exitosas entre produtores e consumidores; Fortalecimento das cadeias produtivas de maneira a criar um circulo virtuoso de produção, comercialização e consumo; Respeito e foco no consumo responsável; Ser espaço de articulação política e de referência da comercialização solidária no Brasil a partir dos saberes científico e popular; Garantir ações integradas das Redes locais; Fortalecer economicamente as famílias; Emancipação de jovens, mulheres e povos tradicionais; Qualificação dos EES para formação de Comércio Justo e Solidário e formação de preços; Participação, transparência, compromisso, democracia, liberdade, formação; Formalização dos EES (organização). Nossas Diretrizes Externas Incidir politicamente para garantir politicas publicas que fortaleçam a comercialização solidária; Tornar público e conhecido os conceitos e princípios da Economia Solidária. A Rede participar do debate da legislação aduaneira e comércio interno brasileiro; Articular junto aos Ministérios e órgãos públicos, espaços para comercialização; Proporcionar as condições técnicas e políticas, garantindo autonomia e sustentabilidade da Rede Comsol; Fortalecer o consumo, produção e comercialização dos atores e atrizes da Rede Comsol; A Rede Comsol como um fator aglutinador e dinamizador do desenvolvimento local; Divulgação, comunicação e marketing para os espaços comerciais da economia solidária; Nossos Valores Bem viver Democracia Solidariedade Cooperação Diversidade Desenvolvimento territorial sustentável Autogestão A economia nas mãos das pessoas e da comunidade. Nossas Afirmações A Rede Comsol atua com qualidade, compromisso e pontualidade, na busca pela valorização do trabalho coletivo e geração de renda, por meio de uma atuação coletiva e participativa, focada no desenvolvimento sustentável das comunidades onde atua, garantindo ainda a representatividade das grandes regiões brasileiras, assim como os diferentes atores e atrizes sociais envolvidos com a comercialização solidária das diferentes modalidades participantes (feiras, lojas, centrais e centros de comercialização solidária). A Rede Comsol prioriza o cuidado com a vida, a valorização do humano acima do capital, do ambiente e das relações, respeitando a diversidade de raças, gêneros, gerações e etnias. É articulada nos diferentes espaços de debate e construção da economia solidária, representados por fóruns de economia solidária nos níveis locais, regionais, estaduais e nacional. A Rede Comsol valoriza as dinâmicas locais e territoriais, fortalecendo o “saber fazer” e a identidade das experiências, pelo reconhecimento das práticas agroecológicas, autogestionárias e saberes populares da economia solidária e do comércio justo e solidário, promovendo intercâmbios entre experiências.