XXXV Semana da Química – Rio de Janeiro: Produzindo
Ciência há 450 anos
VIII Jornada da Pós-Graduação em Alimentos
BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE PARA COMERCIALIZAÇÃO DE
ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR NA CENTRAL DE
ABASTECIMENTO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO-CEASA-RJ
Jane Azevedo (IFRJ/PCTA), Felipe Karl (IFRJ/PIBITI Jr.), Eduardo Henrique Miranda Walter
(EMBRAPA), Iracema Maria de Carvalho da Hora (IFRJ)
[email protected]
Palavras chave: boas práticas, central de abastecimento, agricultura familiar, segurança de alimentos
Introdução
Os níveis de exigência dos consumidores por
alimentos saudáveis produzidos de modo sustentável
aumentaram devido às várias crises alimentares ao
redor do mundo. Torna-se cada vez mais importante
que as empresas do setor adotem as boas práticas
preconizadas nas normas sanitárias para garantir a
segurança dos produtos comercializados e prevenir os
riscos de contaminação (GERMANO e GERMANO,
2013, CODEX, 2006). No momento atual, existe
urgência na adoção de modelos de gestão voltados
para as questões sanitárias, ambientais e de segurança
alimentar nas centrais de abastecimento brasileiras, a
exemplo do que ocorre em mercados atacadistas de
outros países. Nesses espaços de comercialização
circulam grande quantidade de produtos perecíveis
onde as boas práticas ainda não estão sistematizadas
como acontece em outros segmentos e elos da cadeia
de distribuição de alimentos. Na Central de
Abastecimento do Rio de Janeiro os equipamentos
públicos de comercialização são administrados pelos
gestores das centrais e, nesses pavilhões, circulam
hortifrútis provenientes de várias regiões produtivas
do estado do Rio de Janeiro. O objetivo deste trabalho
é elaborar um sistema de classificação em boas
práticas que possa ser implantado em um pavilhão de
comercialização de agricultores familiares na Central
de Abastecimento do estado do Rio de JaneiroCEASA-RJ.
Metodologia
Após caracterização dos agricultores familiares do
pavilhão 30 da CEASA-RJ e da elaboração de uma
lista de verificação baseada nas legislações
relacionadas e aplicável à realidade e aos riscos
específicos da cadeia de distribuição de vegetais,
pretende-se utilizar a metodologia de grupos
focais,
método
utilizado
para
avaliar
conhecimentos, percepções e atitudes dos
participantes (GIOVINAZZO, 2001; MATA,
2010). As informações obtidas serão utilizadas
para identificar os itens da lista de verificação de
maior relevância e servirá como ferramenta
orientadora para o diagnóstico, planejamento,
capacitação de pessoal e implantação das Boas
Práticas de Higiene em pavilhões de
comercialização similares.
Resultados
Os resultados parciais encontrados indicam que 31% dos
agricultores e permissionários do pavilhão 30 possuem o
ensino fundamental completo e 62% tem idade entre 36
e 55 anos. Destes, 92% utilizam produção convencional,
54% não possuem qualquer tipo de assistência técnica e
61% são proprietários da terra. Apenas 23% são
agricultores e outros 61% são agricultores e
intermediários. Os alimentos comercializados eram
provenientes principalmente do município de Itaboraí
(23%), São Francisco de Itabapoana, São Sebastião do
Alto e Friburgo (15% cada). A lista de verificação foi
formulada a partir das legislações aplicáveis vigentes, de
acordo com a realidade do local de comercialização.
Estão sendo realizados diferentes grupos de discussão de
modo a tornar a lista de verificação compatível com a
complexidade das atividades realizadas em um pavilhão
de comercialização de uma central de abastecimento.
Conclusões
O trabalho encontra-se em andamento e está
vinculado ao PCTA/IFRJ.
Instituto Federal do Rio de Janeiro / Campus Rio de Janeiro – 19 a 24 de Outubro de 2015
XXXV Semana da Química – Rio de Janeiro: Produzindo
Ciência há 450 anos
VIII Jornada da Pós-Graduação em Alimentos
Agradecimentos: IFRJ, FAPERJ.
Referências
[1] GERMANO, P.M.L.; GERMANO, M.I.S. Sistema de Gestão –
Qualidade e Segurança dos Alimentos. 1. Ed. Barueri: Manole, 2013.
[2] CODEX ALIMENTARIUS COMISSION. Higiene dos Alimentos Textos Básicos. OPAS; ANVISA; Food and Agriculture Oganization of the
United Nations. Brasília:2006.
[3] GIOVINAZZO, R. A. Focus Group em pesquisa qualitativa:
fundamentos e reflexões. Administração On Line: Prática, Pesquisa,
Ensino, São Paulo, v. 2, n. 4, 2001. Disponível em:
<http://www.fecap.br/adm_online/art24/renata2.htm>. Acesso em: 24
ago. 2014.
[4] MATA, G. M. S. C. et al. A experiência extensionista na
implementação de boas práticas em restaurante comercial: um projeto
piloto. Revista Ciência e Extensão. v.6, n.1, p.98, 2010.
Instituto Federal do Rio de Janeiro / Campus Rio de Janeiro – 19 a 24 de Outubro de 2015
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