Levanta e Resplandece Biografia de Minnie Lou Lanier Parte 1 A pequena Minnie Lou As terras da fazenda eram excelentes para a agricultura. O pai e os irmãos mais velhos trabalhavam para que, na época certa, a colheita fosse boa. Minnie Lou e seus irmãos trabalhavam no tempo da ceifa porque seus pais queriam desenvolver neles o espírito de trabalho e união. Minnie Lou e seus irmãos raramente brincavam no rio da fazenda porque nele havia um enorme jacaré. Diariamente, o carteiro passava de automóvel e ali depositava a correspondência e o jornal do dia, que chegava à cidade mais próxima pelo trem da manhã. Ainda bem pequena, Minnie Lou recebeu a tarefa de ir sozinha buscar a correspondência e o jornal todos os dias. Algumas vezes, quando o Sr. Lanier ia fazer compras na cidade, tendo que interromper os trabalhos na fazenda, as crianças podiam se dar ao luxo de ir à escola de carroça puxada por cavalos. Tempos difíceis Por algum tempo, todos choraram alto. Minnie Lou, com apenas seis anos de idade, embora quisesse fazer a sua parte, não conseguiu ser solidária nas lágrimas por muito tempo naquela hora de dor. Da fazenda para a cidade Quando morava na fazenda, Minnie Lou podia ir à igreja duas ou três vezes por ano. No silêncio do seu quarto, lendo a velha e querida Bíblia ilustrada, Minnie Lou sentiu o peso dos seus pecados, confessou-os e sentiu a graça do perdão. Para ajudar a sua família financeiramente, Minnie Lou tornou-se cabeleireira. Chamada e preparo para a obra missionária Minnie Lou sentiu-se chamada para a obra missionária quando ouviu o testemunho de uma missionária que servia no Brasil. Ao concluir o seu curso universitário, Minnie Lou ingressou no Seminário Teológico Batista do Sul, em Louisville-Kentucky. Minnie Lou nunca se descuidou de intensificar a sua comunhão com Deus e de se dedicar aos livros. Sentia que as portas se abririam para o seu ministério no Brasil, país que não lhe saía da mente e do coração desde que se sentira chamada para a obra missionária. Minnie Lou teve que adiar sua viagem para o Brasil porque Sidney, seu irmão caçula, ainda não havia retornado da guerra. Primeiras aventuras missionárias O guaraná, um produto natural do Brasil, passou a ser um dos prediletos de Minnie Lou. No aeroporto do Rio de Janeiro, Minnie Lou teve uma surpresa:Mãos abanando e rostos sorridentes a aguardavam. Minnie Lou não pôde conter-se e, na véspera do grande dia, colheu algumas flores para enfeitar a mesa que fora encarregada de preparar. Líder Nacional das Mensageiras do Rei No ano de 1949, Minnie Lou foi eleita para o cargo de Líder Nacional das Mensageiras do Rei. No início, Minnie Lou teve que viajar muito para divulgar a nova organização. O primeiro acampamento de MR no Brasil foi realizado no Instituto de Treinamento Cristão, atual CIEM. Para ir às igrejas mais próximas, dentro do então Distrito Federal, Minnie Lou dirigia sua Kombi azulclaro, que recebera da Missão para facilitar-lhe o trabalho. Para comemorar os 15 anos de MR no Brasil, Minnie Lou liderou o primeiro acampamento só para rainhas, intitulado Corte Real. Experiências marcantes “O programa foi realizado a luz de querosene...” Um pouco de humor Certa vez, ao se preparar para ir à sua igreja, Minnie Lou ficou presa no armário. Colaboradora fiel Minnie Lou, com sua experiência, inclusive à frente da própria UFMBB durante os períodos de férias de D. Sophia Nichols, era a pessoa certa para assumir a direção nacional das Sociedades Femininas Missionárias, hoje, MCA. No dia 17 de junho de 1967, Minnie Lou deixou a liderança das MR para assumir a direção nacional das Sociedades Femininas Missionárias, hoje, Organização Mulher Cristã em Ação. Ainda colaborando com a UFMBB, Minnie Lou também foi pofessora no IBER, hoje, CIEM. A amiga Muitas vezes sacrificou seu bem-estar pessoal e sua privacidade para hospedar pessoas. Aos domingos, Minnie Lou lotava seu carro de senhoras humildes. Missão cumprida Em janeiro de 1981, Minnie Lou recebeu homenagem da União Feminina Missionária Batista do Brasil. “Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz!”