COMITÊS DE PREVENÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA NO PARANÁ orte Materna orte Materna é a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, porém não devida as causas acidentais ou incidentais (OMS). s mortes maternas podem ser subdivididas em dois grupos: Mortes Obstétricas Diretas: Aquelas resultantes de complicações obstétricas na gravidez, parto e puerpério, devidas a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer das causas acima mencionadas (OMS). MORTALIDADE MATERNA SEGUNDO O TIPO DE ÓBITO - PARANÁ - 2005 SECRETARIA DA SAÚDE Inde te rminada 3,8% 23,8% 72,4% Obstétricadireta Obstétrica Indireta Indeterminada Fonte : SESA/DVP/CIDS/Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna-Paraná Mortes Obstétricas Indiretas: Aquelas resultantes de doenças existentes antes da gravidez ou de doenças que se desenvolveram durante a gravidez, não devidas a causas obstétricas direta mas que foram agravadas pelo efeitos fisiológicos da gravidez (OMS). Morte Materna Tardia Morte Materna Tardia é a morte de uma mulher por causas obstétricas diretas ou indiretas mais de 42 dias mas menos de um ano após o término da gravidez (OMS). COMITÊS DE PREVENÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA NO PARANÁ NÚMERO DE ÓBITOS MATERNOS TARDIOS PARANÁ 1992-2002 25 22 20 19 17 16 15 13 Nº 11 10 7 7 6 6 5 4 0 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 ANO Fonte : Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna/CIDS/DVP - Paraná Morte Materna Não Obstétrica É a morte de uma mulher enquanto grávida ou até 42 dias após o término da gravidez, qualquer que tenha sido a causa da morte. É a morte resultante de causas acidentais ou incidentais ou outras não relacionadas com a gravidez e seu Manuseio (FIGO) Razão de Mortalidade Materna: • Ideal - número igual a zero. Países desenvolvidos a taxa de mortalidade materna oscila entre 4 e 10. • Baixa – até 20/100.000 nascidos vivos (NV) • Média – 20 a 49/100.000 NV • Alta – 50-149/100.000 NV • Muito alta – maior que 150/100.000 NV Comparativo da Mortalidade Materna/100000 NV » Brasil 74,7 (RMM corrigida com fator de correção 1,4) » Brasil (RMM bruta) 53,3 » Norte 56,2 » Nordeste 64,6 » Sudeste 41,4 » Sul 55,1 » Centro Oeste 54,9 Fonte: MS/DATASUS 2005 » Afeganistão 1800, Angola 1400 » Bolívia 290 » Cuba 45 » Canadá 7, Austrália e República Checa 4, Chile 16 Fonte: OMS 2005 SECRETARIA DA SAÚDE OMS aceitável 10 a 20 óbitos / 100 mil NV Valores baixos - entre 3 a 10 / 100 mil NV Países desenvolvidos Europa - 9,96 / 100 mil NV ( 2000) Saúde/determinação política - Cuba,Costa Rica Valores médios - entre 10 a 50 / 100 mil NV Argentina, Chile, Uruguai América do Norte - 20,47/ 100 mil NV (2000) (* EUA e Canadá entre 3 a 10/100mil NV) Valores altos - entre 50 a 100 / 100 mil NV Brasil 118,2 (1997) 63,4 (1998) e 51,0 (2003) Valores muito altos - acima de 100/100 mil NV 2000 - África - 460,58 Ásia - 244,68 Oceania - 219,46 América Sul - 138,61 Oriente Médio - 105,33 RAZÃO DA MORTALIDADE MATERNA – PARANÁ - 1996 – 2008(*) 61 ,5 60 ,3 58 ,3 ,7 65 ,6 57 ,9 69 60 57 65 66 ,3 ,4 ,7 ,9 78 74 77 80 ,8 82 100 ,3 81 10 4, 1 120 SECRETARIA DA SAÚDE 40 20 Fonte : SESA/DEVE/Comitê Estadual de Mortalidade Materna – Paraná (*) 2006, 2007, 2008 – Dados preliminares ) (* 20 08 ) (* 07 ) (* 20 20 06 05 20 04 20 03 20 02 20 01 20 00 20 99 19 98 19 97 19 96 19 95 19 19 94 0 RAZÃO DA MORTALIDADE MATERNA, MACRO LESTE E PARANÁ, 2004 – 2006(*) 120 2004 2005 2006(*) 132,8 140 106,9 100 83,8 73,6 80 72,9 69,7 65,7 61,8 55,7 60 40 20 0 1ª 2ª PR Fonte : SESA/SVS/DEVE/Comitê Estadual de Mortalidade Materna – Paraná (*)2006 – Dados preliminares. SECRETARIA DA SAÚDE Cálculo da Razão de Mortalidade Materna - Número de gestantes - Sub-notificação - Sub-informação CID 10 CID 11 Existe uma subnotificação ainda elevada da mortalidade materna (mortes maternas não declaradas), apesar de todo o trabalho desenvolvido com as escolas de medicina, tendo-se no período de 1990-1998 Fator de Correção de 1,6, ou seja 39% de subnotificação (CEPMM-PR-2001) e 1,7 no triênio 1997-1999. COMITÊS DE PREVENÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA NO PARANÁ, 1989 A 2002 CORREÇÃO DA SUBNOTIFICAÇÃO INVESTIGADOS: 2070 ÓBITOS MATERNOS DECLARADOS : 1231 O. M. NÃO DECLARADOS : 839 O. M. CORREÇAÕ MÉDIA DE SUBNOTIFICAÇÃO : 40,0% NÚMERO DE ÓBITOS MATERNOS PARANÁ, 1991-2008(*) SECRETARIA DA SAÚDE Fonte : SESA/SVS/DEVE/Comitê Estadual de Mortalidade Materna – Paraná (*) 2007, 2008 – Dados preliminares 88 2008(*) 2007(*) 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 200 184 180 171 170 171 160 152 150 147 160 143 140 119 111 105 109 120 95 95 91 100 89 80 60 40 20 0 Morte Materna Declarada Quando a causa especificada na Declaração de óbito (D.O.) Atestado Médico do óbito menciona claramente o estado gravídico - puerperal por ocasião do óbito por incluir um dos diagnósticos relacionados no Capítulo XI da CID ou por fazer qualquer menção ao estado gestacional na parte I ou H do Atestado Médico da D.O. (CEPMM - PR). Morte Materna Não Declarada Quando na D.O. não consta nenhuma referência de gravidez, parto ou puerpério, por ocasião do óbito e após investigações através do prontuário, visitas domiciliares, necropsia ou outros meios, fica evidenciado o estado gravídico - puerperal (CEPMMPR). RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA PARANÁ 1990 - 2002* ÓBITOS NÃO DECLARADOS ÓBITOS DECLARADOS Coeficiente por 100.000 N. V. 120 105 101 100 99 100 46% 94 82 78 74 81 79 80 67 60 69,7 40 20 55,5 57,3 55,5 55,7 65 57 59,4 48,6 44,2 45,9 45,1 41,5 32,9 24,2 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 * Dados preliminares 2002-excluídos óbitos maternos tardios em todo o período Fonte : Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna FINALIDADES E FUNÇÕES : Investigação de Óbitos Realização de investigação dos óbitos maternos em nível local, municipal, regional e estadual Natureza do Óbito : Investigação de todos os óbitos de mulheres em idade fértil para identificação das mortes maternas declaradas e não declaradas PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE MATERNA PARANÁ 2006-2007 2006 Obstétricas Indiretas 23,8% 2007 Indeterm. 1% Outras Obst.diretas 6,3% Infecção do trato geniturinário 5,3% Complic. Anestesicas Gravidez que Embolia termina em 2,1% Aborto 9,5% 4,2% SECRETARIA DA SAÚDE Doença Hipertensiva Específica da Gravidez 16,8% Hemorragias 18,9% Infecção Puerperal 6,3% Indeterm. 4,5% Doença Hipertensiva Específica da Gravidez 14,6% Obstétricas Indiretas 33,7% Hemorragia 19,1% Outras Obst. Diretas 2,2% Infecção do trato Gravidez Geniturinário que termina Complic. 10,6% Infecção Puerperal 4,5% em aborto Anestesicas Embolia 2,2% 5,6% 3,4 Fonte : SESA/SVS/DEVE/Comitê Estadual de Mortalidade Materna Análise do Óbito : ♦ Avaliação dos Aspectos da Prevenção da Morte : definição da evitabilidade do óbito materno. ♦ Identificação dos fatores de evitabilidade : a) da comunidade e da mulher b) profissionais c) institucionais d) sociais e) intersetoriais f) inconclusivos g) ignorado Óbitos Matemos Evitáveis São aqueles que levando em consideração as ciências e tecnologia existente atualmente poderiam ser evitadas ou não deveriam ter ocorrido. Este é um critério dinâmico mutável no tempo . Óbitos Maternos Inevitáveis São aqueles que considerando o estado atual das ciências e da técnica não podem ser impedidos. Considerar todas as ciências (sociais, biológicas, etc), e todas as técnicas políticas, médicas, administrativas, etc. MORTALIDADE MATERNA SEGUNDO O CRITÉRIO DE EVITABILIDADE, PARANÁ, TRIÊNIO 2000/2002, 2003, 2004 E 2005 SECRETARIA DA SAÚDE 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 82,97 81,32 79,8 75,7 EVITÁVEL INEVITÁVEL 10,53 6,5 TRIÊNIO 2000/2002 10,99 7,69 2003 17,1 7,2 2004 INCONCLUSIVO 13,7 6,5 2005 Fonte : SESA/DVP/CIDS/Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna-Paraná RESPONSABILIDADE Responsabilidade Médica Quando ocorre erro por não obediência às normas assistências, falta de conhecimento científico do médico que presta assistência (incompetência do clínico geral ou ), desleixo do profissional de qualquer natureza, aplicação incorreta de medicamentos por pessoas não qualificadas . Estes são os chamados erros grosseiros. (Ass. Médica Americana). Responsabilidade Hospitalar São os também chamados erros administrativos, quando as condições hospitalares são insuficientes e inadequadas. (Ass. Médica Americana. RESPONSABILIDADE Responsabilidade da Paciente Quando ocorrer da paciente mesmo sendo informada não comparecer à Unidade de Saúde, estando acessível, ou quando não se sujeita aos exames solicitados, ou ainda, não cumpre a terapêutica prescrita. (Ass. Médica Americana). Responsabilidade Social É a responsabilidade coletiva de toda uma comunidade ou nação, envolvendo as condições sociais, econômicas, políticas. Incluem-se os casos decorrentes da miséria, do analfabetismo, da falta de informação, desnutrição, endemias, etc. A classificação do óbito quanto a sua evitabilidade e responsabilidade, tem aspectos subjetivos muitas vezes. Para aumentar a sua validade é que os Comitês devem ser multiprofissionais; além de ter vários médicos, a multiplicação de opiniões diminui a subjetividade da decisão e reforça as decisões. (Ass. Médica Americana). MORTALIDADE MATERNA SEGUNDO ANÁLISE DE RESPONSABILIDADE - PARANÁ - ANO DE 2006 Paciente 13% Social 15% Inconclusivo 1% Médica 37% Hospitalar 34% Fonte : SESA/SVS/DEVE/Comitê Estadual de Mortalidade Materna SECRETARIA DA SAÚDE RESPONSABILIDADE • • • • • • • • Segundo o “Manual do Comitê de Mortalidade Materna” do Ministério da Saúde (2002), a responsabilidade pelo óbito pode ser: Da comunidade e da mulher: quando há recusa em procurar a assistência necessária ou em seguir as orientações dos profissionais de saúde por questões culturais e religiosas. Ou, ainda, por falta de reconhecimento do problema. Profissionais: falta de capacitação ou capacitação imprópria, ocorreu negligência, imperícia ou imprudência por parte dos profissionais de saúde que atenderam à mulher. São exemplos disso a não identificação de risco reprodutivo, a falha diagnóstica e inadequação de procedimentos e tratamentos, entre outros. Institucionais: problemas político-administrativos contribuíram para o óbito, tais como falta de captação precoce e busca ativa da mulher, carência de leitos obstétricos, falta de sangue, hemoderivados ou medicamentos e inexistência de referência e contra-referência formalizado. Sociais: condições socioeconômicas desfavoráveis da mulher contribuíram para o óbito, tais como desemprego, baixa renda familiar, baixa escolaridade, entre outros. Intersetoriais: a falta de equipamento social contribui para o óbito. Como exemplo pode-se citar a disponibilidade limitada de meios de transporte, falta de saneamento básico. MORTALIDADE MATERNA SEGUNDO ANÁLISE DE RESPONSABILIDADE PARANÁ - ANO DE 2005 Pré-natal 12,9% Institucional Atenção Básica 0,6% 2,2% SECRETARIA DA SAÚDE Assistência médica 28,6% Paciente 9,2% Social 12,3% Inevitável 5,2% Inconclusível 2,8% Assistência hospitalar 26,2% Fonte : SESA/DVP/CIDS/Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna-Paraná MEDIDAS PREVENTIVAS Melhor Assistência Médica Relacionado às mortes evitáveis por maiores estudos, ponderação e cuidados prestados pelo médico, o que evitaria repetição de circunstâncias semelhantes. Estes erros deveriam merecer maior atenção dos diretores de maternidades e dos órgãos de classe (ex: CRM SOGIPA)São recomendados também estímulo à atualização do conhecimento e troca de opiniões e experiências e organização de grupos de estudo da mortalidade nos serviços para discutir todos os casos de óbito. Melhor Assistência Hospitalar As condições do hospital, seus equipamentos e funcionamentos estão interligados com a equipe técnica de profissionais e a do do hospital que administra, coordena, supervisiona, providencia recursos e pessoal, supre deficiências e aponta soluções. Os funcionários da maternidade ou hospitalar, médicos em particular, não podem fugir à responsabilidade do funcionamento da instituição. Se há falhas estes devem reivindicar melhorias. MEDIDAS PREVENTIVAS Medidas Educativas e Informativas No caso de responsabilidade da paciente, para evitar que a mesma se recuse em participar do Pré-Natal e tratamentos indicados, são necessários medidas de educação e saúde e envolvimento de familiares para percepção da importância do acompanhamento médico durante a gestação. Medidas Sociais Medidas sociais como a melhoria de acesso aos serviços, investimento em educação das meninas, e melhores comoções de vida, podem reduzir um certo número de mortes maternas que praticamente ocorrem nas camadas mais empobrecidas da população. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA, PARANÁ, 2006 Planejamento Familiar 6,3% Educação em Saúde 6,5% Sociais 16,1% Puerpério 7,0% Atenção Hospitalar 29,9% Pré-Natal 34,2% Fonte : SESA/SVS/DEVE/Comitê Estadual de Mortalidade Materna SECRETARIA DA SAÚDE INFORMAÇÃO : nas estatísticas oficiais, ♦ Participação facilitando o fortalecimento dos sistemas de informações oficiais. ♦ Divulgação de relatórios para todas as instituições e órgãos competentes que possam intervir na redução das mortes maternas. Educação : ♦ Promoção de discussão de casos clínicos nos Comitês Hospitalares. ♦ Promoção de debate sobre a persistência de mortalidade materna à partir de evidências epidemiológicas. ♦ Promoção do debate sobre a problemática da mortalidade materna mediante a realização de eventos de prevenção, de programas de reciclagem e de educação continuada e produção de material educativo. RECOMENDAÇÕES PARA REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA NO PARANÁ •Promover atenção a saúde sexual e reprodutiva deforma abrangente e internalizada; •Promover capacitação de profissionais da área de saúde na atenção ao prénatal, parto e puerpério. •Assegurar assistência obstétrica essencial básica e abrangente; •Identificar risco reprodutivo no pré-concepcional e no pré-natal; •Assegurar acesso a ambulatórios obstétricos para pré-natal de alto risco; •Assegurar atendimento hábil ao parto; •Implementar a utilização dos protocolos de atenção as emergências obstétricas, garantindo a qualidade da assistência; RECOMENDAÇÕES PARA REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA NO PARANÁ •Assegurar a disponibilidade de sangue às maternidades; •Assegurar o internamento das gestantes de risco nos hospitais de referência; •Treinamento par o uso correto do partograma para monitorar e qualificar a assistência ao parto •Implementar assistência ao parto humanizado conforme preconizam os protocolos da OMS, Ministério da Saúde e FEBRASGO, utilizando as evidências científicas para mudar o modelo assistencial; •Garantir a presença de profissionais habilitados para realizar anestesia nos casos de parto cesárea; •Implementar politicas de atenção à saúde á mulher negra •Buscar meios de melhoria da vida das pessoas especialmente das mulheres. SMS • OFICIALIZAR COMPOSIÇÃO ATUAL DO CMPMM = MUNICÍPIOS ACIMA DE 100 MIL HABITANTES • OFICIALIZAR TÉCNICO RESPONSÁVEL PELO SVEMM = TODAS AS SMS • CRIAÇÃO DOS COMITÊS HOSPITALARES = HOSPITAIS COM MAIS DE 100 PARTOS/MÊS • ESTUDOS DE CASO • NECESSIDADE DE TREINAMENTO CONCEITO : Os Comitês de Morte Materna são organismos de natureza interinstitucional, multiprofissional e confidencial que visam identificar todos os óbitos maternos e apontar medidas de intervenção para sua redução na região de abrangência. • INTERINSTITUCIONAIS • MULTIPROFISSIONAIS • CONFIDENCIAIS OBJETIVOS: • IDENTIFICAR ÓBITOS MATERNOS • REDUZIR A SUBNOTIFICAÇÃO • IDENTIFICAR DETERMINANTES DA MORTALIDADE • IDENTIFICAR INTERVENÇÕES • DIVULGAR AOS GESTORES E PROFISSIONAIS ASPECTOS HISTÓRICOS : Iniciou-se nos EUA, em Nova York e Filadélfia, na década de 30. Primeiras investigações confidenciais sobre morte materna década de 50, na Inglaterra e serviram de base para a prevenção dos óbitos. Na América Latina somente na década de 80, surgem os primeiros Comitês de Investigação em Cuba. A notificação em 24 horas e a investigação em 15 dias. EXPERIÊNCIA BRASILEIRA : Em 1984 com o PAISM, já existia a política para implantação dos Comitês de Prevenção de Mortalidade Materna. Em 1987 com o apoio do Ministério da Saúde surgem os primeiros Comitês Municipais no Estado de São Paulo e este movimento ganha dimensão em outros Estados. Em 1989 começa o funcionamento do Comitê Estadual no Paraná. Atualmente no Brasil, 27 Comitês Estaduais, 191 Regionais, 893 Municipais e 265 Hospitalares COMITÊS DE PREVENÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL NO PARANÁ SECRETARIA DA SAÚDE HISTÓRICO OS ALTOS ÍNDICES DE MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL NO ESTADO LEVARAM A CRIAÇÃO DOS COMITÊS NO PARANÁ IMPLANTAÇÃO: 1989 E 1999 20 ANOS DE ATUAÇÃO DO CEPMM E 10 ANOS DE ATUAÇÃO DO CEPMI FOTO : LUIS FERNANDO BRAGA FUNDADOR DOS COMITÊS NO PARANÁ MARCOS LEGAIS 2003 Portaria nº 653 – Regulamentação da Notificação Compulsória do Óbito Materno 2004 Lançamento do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal Modelo de Mobilização e Diálogo Social para a Promoção dos Objetivos do desenvolvimento do Milênio pela ONU, 2006. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, com as seguintes ações: assinatura da Portaria do SAMU para urgências e emergências obstétricas e ginecológicas (92 serviços até set/2004); instalação do Grupo Multiplicador das Boas Práticas na Assistência Obstétrica (30 profissionais das 5 regiões do país); realização do Prêmio Galba Araújo; publicação do manual “Diretrizes Básicas para a assistência ao Parto Domiciliar e Livro da Parteira”; revitalização do Comitê Nacional de Combate à Morte Materna; revisão do Manual dos Comitês de Morte Materna; distribuição de kit Pré-natal; avaliação das diretrizes e da forma de financiamento do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento; capacitação de 27 maternidades das capitais e do DF, na atenção obstétrica e neo-natal, totalizando 135 profissionais; formação de 620 enfermeiras/os obstétricos/as; publicação das Portarias de reativação da CNMM, e da que torna a morte materna de notificação compulsória; avaliação da inserção das enfermeiras obstétricas no SUS; e aumento do valor de pagamento de parto normal e cesáreo pelo SUS; instalação da Comissão Nacional de Monitoramento do Pacto Nacional pela Redução da Morte Materna e neonatal (2005). “Política Nacional de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos” (2005): viabilização do disposto na Lei de Planejamento Familiar, complementada pela elaboração da Norma Técnica de Atenção ao Abortamento (2004) e a revisão da Norma Técnica Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Meninas (1998), com a novidade de não ser obrigatória a exigência do Boletim de Ocorrência (BO) para a realização de aborto em caso de gravidez resultante de estupro, prevista na Norma editada em 1998, embora não exigido no Código Penal de 1940. MARCOS LEGAIS 2005 Política Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutivos Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Portaria 2.418 – Regulamentação da presença do acompanhante para mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto 2006 Pacto pela Saúde Incluídas como prioridades, no Pacto pela Vida, a Redução da Mortalidade Materna, Neonatal e Infantil e o Controle do câncer de colo de útero e de mama. MARCOS LEGAIS 2006-7 Qualificação de 457 maternidades brasileiras na atenção humanizada ao parto e nascimento Método Canguru, Urgências e Emergências Pediátricas, Reanimação Neonatal, Doulas comunitárias, Enfermagem Obstétrica, Parto Domiciliar, Saúde Sexual e Reprodutiva, Prevenção das DST/Aids e Hepatites Virais, Inclusão do recorte étnico-racial e de orientação sexual, situação carcerária, e do campo. 2007 Política Nacional de Planejamento Familiar Ampliação dos métodos contraceptivos, inclusão do homem no Planejamento Familiar, inauguração de fábrica nacional de produção de preservativos em Xapurí, Criação de 5 Centros de referência em Reprodução assistida nas Universidades. Marco Legal de Saúde de Adolescentes e Jovens. Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DST Ministério da Saúde, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres Criação da DARAS/MS – Diretoria de Articulação de Redes de Atenção MARCOS LEGAIS 2008 Pacto Nacional de Enfrentamento da violência contra a Mulher Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres/ Ministério da Saúde Programa Nacional de Incentivo ao Parto Normal e de Redução da Cesárea Desnecessária Portaria 1.119 – Regulamentação da vigilância epidemiológica dos óbitos maternos Definição de prazos e fluxos para a investigação do óbito materno Responsabilidade do gestor municipal na vigilância epidemiológica Conclusão da investigação do óbito e envio de relatório em até 120 dias do ocorrido MARCOS LEGAIS 2008 Lançamento da PNDS/2006 – Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Mulher e da Criança Queda de 44% na mortalidade infantil – de 39 por mil nascidos vivos para 20 por mil nascidos vivos (queda da mortalidade na infância até 5 anos de 52% segundo OMS/Lancet - cumprimento do ODM nº 4 até 2012). A amamentação no primeiro dia após o parto subiu de 70,8% para 99,5%. O acesso de crianças aos serviços de saúde passou de 18,2% para 49,7% Cobertura universal ao pré-natal: 99% das mulheres brasileiras tiveram acesso ao pré-natal em 2006, contra 86% em 1996. No meio rural, esse índice subiu de 68% para 96%. O uso do preservativo masculino aumenta de 4,3% para 12,9% Taxa de fecundidade cai de 2,5 para 1,8 e aumenta o uso de algum método contraceptivo de 73,1% para 87,2% A esterilização feminina não é mais o primeiro método contraceptivo, sendo substituído pelo anticoncepcional oral. A queda da laqueadura foi de 27,3% para 21,8%, e a vasectomia aumenta de 1,6% para 3,3%. MARCOS LEGAIS Estabelecimento de vínculo entre o serviço onde se realiza o pré-natal e o local onde será realizado o parto e nascimento/gestão/regulação Pactuação com CONASS e CONASEMS. Criação da RDC 36/2008 No Paraná para garantir a identificação de todos os óbitos foi institucionalizada a investigação do óbito materno criando-se um sistema (rede) próprio de vigilância epidemiológica nos 399 municípios do estado, independente da criação dos comitês, através de Resolução Estadual e posteriormente valendo-se também das Resoluções 256, de 01/10/97 e 1399/99, do Ministério da Saúde. Atualmente conta-se com a Portaria 653, de 28/05/2003 e recentemente com a PT/MS 1119, de junho de 2008. • É preciso: • tornar mais visível, no debate público, a questão da mortalidade materna; • tornar mais politizada a vivência da gravidez para que a mortalidade materna adquira uma dimensão política. COELHO-2001 Trata-se de morte anunciada para as mulheres excluídas, na medida que ocorre mais em países pobres e em desenvolvimento; os estudos comprovam que acomete especialmente as mulheres com baixa renda e escolaridade, ocorrendo, principalmente na periferia dos centros urbanos. Trata-se então segundo LELOUP e BOFF-1999, da necessidade de outra etapa (após a ‘liberação da mulher’), onde homens e mulheres devem encontrar a dimensão profunda do feminino, porque vivemos em um mundo particularmente masculino. Requer, dentre outros, a implantação da Plataforma de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, Cairo, 1994, e da 4ª Conferência Mundial da Mulher – Beijing, 1995. [email protected] Coordenação Regional dos Programas de Saúde da Mulher 2ª Regional de Saúde 041 – 33047563 [email protected]