TAXOL, EXTRAÇÃO E SÍNTESE: UMA NOVA ERA DOS ANTINEOPLÁSICOS As doenças oncológicas constituem uma das principais causas de morte a nível mundial. Dentre os antineoplásicos mais usados na prática clínica, destacam-se por excelentes efeitos farmacológicos anticancerígeno os de origem natural (obtidos a partir de plantas naturais), tais como, o Taxol que é um alcaloide diterpênico isolado da casca do Taxus brevifolia, uma árvore pouco abundante no Pacífico O Taxol foi isolado com baixo rendimento (0,014%), o que levou a busca por novas fontes, sendo que em 1988, foi constatado que as folhas do pinheiro inglês Taxus baccata, continham quantidades significativas de 10-desacetilbacatina III, a qual apresenta o esqueleto básico e as funcionalidades do Taxol, sendo desta forma, utilizada por Holton e Nicolaou como um percursor na semi-síntese do Taxol. Já a síntese total da moléula do Taxol, foi realizada em 1994 por Nicolaou, o que representou uma resolução para o problema da escassez deste fármaco. O Taxol apresenta uma potente ação antineoplásica, resultante do seu efeito antimitótico. Este fármaco, correspondentemente com alguns dos seus derivados (nomeadamente o docetaxel), é atualmente um citotóxico de escolha no tratamento de vários tumores, tais como, o câncer do ovário, da mama, pulmão, bexiga, da cabeça e do pescoço e Sarcoma de Kaposi (relacionado à AIDS, devido à imunossupressão). O presente trabalho reuniu informações acerca do fármaco Taxol, designadamente no que concerne à sua descoberta, extração, semi-síntese, síntese e mecanismo de ação. Palavras-chave: Agentes antimitóticos, 10-desacetilbacatina III, Taxol, Síntese total, K.C. Nicolaou. Maria Paula Di Mambro Gandra