NOVA ERA, NOVA ESTÉTICA: A BUSCA POR UMA ICONOGRAFIA CONTEMPORÂNEA CÂNDIDO, Stella de Oliveira (1); GOMES, Elaine Cavalcante (2) (1) Departamento de Arquitetura e Urbanismo; Universidade Federal de Viçosa; email: [email protected] (2) Departamento de Arquitetura e Urbanismo; Universidade Federal de Viçosa; e-mail: [email protected] Em plena era do desenvolvimento tecnológico e informacional, em que não nos falta produção científica capaz de solucionar os mais diversos problemas ambientais, parece haver uma falha essencial na produção arquitetônica nacional que busca se tornar sustentável: ausência de comprometimento filosófico e estético. Com raras exceções, a produção habitacional brasileira começa a adicionar técnicas ecoamigáveis aos seus projetos, sem introduzir um viés estético e conceitual congruente capaz de estimular a percepção de seus usuários, condenando assim a Arquitetura Sustentável a permanecer sendo vista como uma curiosidade excêntrica de certos grupos com maior consciência ecológica. De maneira geral, pode-se notar que grandes investimentos têm sido feitos no campo da tecnologia sustentável, sem equivalente esforço no campo da percepção ambiental resultante desta nova tipologia arquitetônica; diante do déficit habitacional brasileiro e das cada vez mais alarmantes demonstrações de abusos ambientais e de suas consequências para o homem, o papel do projetista passa a ser não apenas pesquisar e desenvolver técnicas que melhorem as condições físicas, ecológicas e econômicas das edificações, mas também buscar meios de cativar os clientes e usuários para que estes demandem maiores investimentos nesta área. Com estudos de casos, realizados em duas frentes – com os projetistas e com os usuários – pretendemos verificar se a questão da sustentabilidade fez surgir uma nova estética arquitetônica, se esta estética tem sido pensada criticamente pelos projetistas e como tem sido a adaptação e aceitação dos usuários perante as mudanças de hábito envolvidas neste processo. Levando-se em consideração os cinco aspectos da sustentabilidade – social, econômico, ecológico, geográfico/espacial e cultural – pretendemos verificar os níveis de satisfação dos usuários residentes em moradias com “intenções sustentáveis”, verificando se o grau de satisfação possui relação direta com seu grau de conscientização ambiental; revalorizando os aspectos sócio-estéticos desta nova produção arquitetônica sustentável, poderemos obter maior apoio social, gerando maiores demandas pelo desenvolvimento e propagação do pensamento sustentável. Palavras-chave: Arquitetura, estética, sustentabilidade, usuário, percepção.