Ano VI • Nº 24 • 2008 • Distribuição Gratuita • Tiragem: 35.000 exemplares • www.bd.com/brasil Contraceptivos injetáveis sem mitos TM BD SoloMed : uma nova era na aplicação de injetáveis Tire suas dúvidas na administração de contraceptivos injetáveis aplicados com a “Técnica em Z”. Página 3 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Os farmacêuticos do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos, Tânia Azevedo Anacleto e Mário Rosa Borges, analisam por que ○ Causas e efeitos dos erros de medicação ○ Os aspectos da NR 32 que envolvem diretamente as atividades em estabelecimentos farmacêuticos são comentados em artigo da página 8. Fácil de usar ○ Farmácia com biossegurança (RS), falam sobre os benefícios proporcionados pela seringa de seguranTM ça BD SoloMed . Veja também as recomendações da farmacêutica e empresária, Janaína Fraga, para a prevenção do risco biológico em aplicações de injetáveis. Leia reportagem nas páginas 4 e 5. Confira os procedimentos básicos para o uso correto da BD SoloMedTM na página 2. ○ Como indicar as agulhas BD Ultra-Fine™ adequadas para os clientes que usam canetas de insulina. Leia matéria na página 6. ○ Os dispositivos de segurança que previnem acidentes com perfurocortantes estão sendo utilizados por um número cada vez maior de estabelecimentos farmacêuticos no Brasil. Nesta edição, profissionais experientes da Drogaria Araújo (MG), Farmácias Fleming (PR) e Panvel Farmácias ○ A agulha ideal para caneta de insulina ocorrem os erros de medicação e fazem uma série de recomendações para evitá-los. Veja na página 7. TM BD SoloMed : Editorial Atualização é o nosso foco Por: Beatriz Lott Farmacêutica, consultora educacional e coordenadora do Jornal BD Mão Boa Estar atualizado é fundamental para superar a competitividade de hoje, principalmente quando se atua em saúde, um setor em constante desenvolvimento. Nesta era da informação, as mudanças ocorrem em velocidade cada vez maior, pois a tecnologia traz inovações, fazendo com que os consumidores tornem-se mais exigentes. Pensando nisso, o Jornal BD Mão Boa leva conhecimento a empresários e profissionais de farmácias, contribuindo para melhorar a gestão do negócio e, assim, oferecer benefícios que melhorem a saúde de seus clientes. Biossegurança é o que os profissionais de farmácias do Brasil estão procurando. Nesta edição você entenderá melhor como aplicar injeções com a nova seringa BD SoloMedTM e por que utilizá-la para que sua farmácia também siga a NR 32, a norma que proporciona mais segurança aos trabalhadores de estabelecimentos de saúde. A equipe de consultores da BD, com o apoio dos executivos de vendas preparou esta edição com a participação de parceiros e profissionais renomados. Unidos no propósito de ajudar as pessoas a viverem vidas saudáveis, desejamos sucesso e oferecemos nosso apoio na atualização dos profissionais de farmácia. Veja os procedimentos básicos para utilizar a nova seringa de segurança da BD O profissional de farmácia que está habituado a usar seringas convencionais, vai se TM surpreender com a qualidade, praticidade e segurança da BD SoloMed . Em duas apresentações, de 3 e 5 mL, a nova seringa proporciona uma perfeita injeção de medicamentos intramusculares, sem necessidade de modificar a técnica de aplicação. Só é preciso seguir alguns procedimentos que facilitam o manuseio e garantem a segurança do profissional de saúde. Veja abaixo a forma correta de utilizar a TM BD SoloMed . Antes de preencher a seringa Protetor de segurança Gire o protetor de segurança como mostra a seta na figura acima. Isto permitirá a visualização correta da seringa no momento da injeção. Abaixe o protetor de segurança como indica a seta na figura acima. Durante a aplicação No momento de retirar a seringa A posição do protetor deve permitir a visualização do canhão da agulha e da escala da seringa. Posicione o dedo polegar debaixo do protetor como indica a foto ao lado. Isto irá facilitar o seu acionamento na próxima etapa. Após retirar a seringa Acione o protetor de segurança usando o dedo polegar da mão dominante, ou seja, direita para quem é destro e esquerda para canhoto. Para quebrar o êmbolo, deve-se fazer uma leve pressão na base. Referência bibliográfica: BECTON DICKINSON. Manual de Aplicação de Injetáveis. 3. ed. São Paulo:[s.n.], 2007. 2 Jornal BD Mão Boa Mitos e verdades sobre contraceptivos injetáveis ○ ○ ○ ○ ○ fluxo, deve-se recomendar que a mulher use outro método contraceptivo no mês corrente, do tipo barreira, como por exemplo, a camisinha. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Caso haja refluxo após a aplicação, deve-se aplicar uma nova ampola? – Não. É impossível determinar a quantidade que retornou. Ao aplicar uma nova ampola a mulher pode ter algum efeito colateral indesejável por excesso de hormônio no organismo. Caso ocorra o re- ○ Existe excesso de hormônio nas ampolas dos contraceptivos injetáveis? – Não. Algumas pessoas pensam que existe uma quantidade excedente de hormônio na ampola do contraceptivo injetável, já “prevendo” esse refluxo, o que não é verdade. ○ É adequado que aconteça um refluxo do contraceptivo injetável após a aplicação? – Não. Se ocorrer refluxo (retorno), uma quantidade menor de hormônio será absorvida, o que não irá conferir o mesmo potencial farmacológico do medicamento. Por serem medicamentos de alta viscosidade, há uma grande probabilidade de retorno do contraceptivo, o que poderá ser evitado utilizando a técnica em “Z” (vide ilustração abaixo). ○ dicamento, o contraceptivo injetável terá uma ação diferente em cada organismo. Por isso, estes medicamentos só podem ser aplicados mediante uma receita médica, assim como todos os injetáveis. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pode-se aplicar o contraceptivo sem receituário médico? – Não. Muitas pessoas pensam que podem fazer uso do mesmo contraceptivo que foi prescrito para sua amiga e/ou vizinha, porém, como todo me- ○ Como agem os contraceptivos injetáveis? – Estes medicamentos são hormônios aplicados na via intramuscular, onde ficam depositados e são liberados continuamente. Sua ação, que consiste em inibir a ovulação, pode durar de um a três meses, dependendo da sua composição. ○ O s contraceptivos injetáveis são usados por motivos diversos, como maior comodidade, praticidade e menor risco de esquecimento quando comparado aos contraceptivos orais, que são de uso diário. Porém, muitas mulheres têm dúvidas e até receio quanto à utilização deste tipo de medicamento, prejudicando a sua escolha. Como se trata de um tipo de medicamento geralmente aplicado em drogarias, é importante que os profissionais estejam preparados para realizar estas injeções, bem como responder dúvidas relacionadas. Para desmistificar o tema, selecionamos algumas dúvidas freqüentes. ○ Por: Monise Vicente – Farmacêutica e consultora educacional da BD. Colocar apenas um esparadrapo e fazer pressão no local evita o refluxo? – Não. O que evita o refluxo é a técnica de aplicação correta (técnica em Z). Calças muito apertadas podem prejudicar a aplicação do contraceptivo injetável? – Não existe nenhum estudo clínico sobre o assunto. Porém, calças muito apertadas podem prejudicar a prática da técnica em “Z”, o que prejudicaria a administraçao correta do contraceptivo injetável. Posso usar qualquer agulha para aplicar um contraceptivo injetável? – Não. É muito importante a escolha correta da agulha, tanto no que diz respeito ao comprimento (para garantir a aplicação intramuscular) como no que se refere ao calibre. Como se trata de um medicamento com alta viscosidade, um calibre muito estreito pode dificultar a aspiração e a injeção do contraceptivo. Dessa forma, ressaltamos a importância do profissional estar sempre muito bem informado, para poder orientar e esclarecer dúvidas referentes a contraceptivos injetáveis! Técnica em Z – indicada para evitar o refluxo de contraceptivos: Deslocamento do tecido Derme Subcutâneo Músculo 1 2 Medicamento 3 Trajeto feito pela agulha Etapa 1: Utilizando os dedos, devese esticar a pele. Os tecidos derme e subcutâneo serão deslocados. Etapa 2: Com a pele ainda esticada deve-se introduzir a agulha e injetar o contraceptivo lentamente, aguardando no mínimo 5 segundos antes de retirar a agulha, para que o medicamento se acomode no tecido. Etapa 3: Ao retirar a agulha do local, deve-se soltar a pele. Neste momento, as camadas retornam à posição original. O bloqueio formado no trajeto feito pela agulha irá evitar o refluxo. Referências bibliográficas: • BECTON DICKINSON. Manual de Aplicação de Injetáveis. 3. ed. São Paulo:[s.n.], 2007. • MESIGYNA Perguntas Frequentes. Disponível em: <http://www.mesigyna.com.br>. - Acesso em: 28 nov. 2007. Jornal BD Mão Boa 3 TM Com a seringa BD SoloMed 4 Jornal BD Mão Boa ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ rança proporcionada ao profissional que faz as aplicações de injetáveis. “Além de ter um preço compatível, o uso desta nova seringa também leva à redução de custos no tratamento de eventuais acidentes”, comenta. A Panvel executa diariamente cerca de 300 aplicações em seus 240 estabelecimentos em várias cidades do Rio Grande do Sul e em alguns municípios de Santa Catarina. Na filial onde Liége trabalha são feitas em média 40 aplicações por dia. Cada acidente que ocorre é notificado e encaminhado à empresa que presta serviços de gerenciamento para a rede. “Uma colega se acidentou ao tentar reencapar a agulha usada. Foi um grave descuido”, conta. Para ela este tipo de erro pode ser eliminado com o uso da BD SoloMedTM, graças ao protetor azul da agulha e por ser uma seringa prática e de fácil uso. “Acima de tudo é Liége Silva de Souza da um produto Panvel Farmácias. confiável”, afirma. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em se tratando da relação custo/benefício envolvida no uso da BD SoloMedTM, a técnica de enfermagem Liége Silva de Souza, de uma das filiais da Panvel Farmácias em Porto Alegre (RS), enfatiza que a seringa traz vantagens por sua qualidade, funcionalidade e especialmente pela segu- ○ ○ Custo-benefício vantajoso ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Betim e Santa Luzia, a rede executa cerca de 300 aplicações por dia. O responsável técnico da Filial São Lucas (BH), onde são feitas diariamente em média 10 aplicações, é o farmacêutico Reinaldo Moraes Jr. “Ainda não fizemos uma avaliação detalhada da redução de punções acidentais, mas já notamos que a BD SoloMedTM é um dis- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ positivo que contribuirá muito neste sentido”, observa. Na avaliação de Reinaldo, nos últimos anos o número de acidentes com perfurocortantes já Reinaldo Moraes Jr. da vinha caindo Drogaria Araujo. graças à ação da Araujo em conscientizar seus profissionais sobre o problema. Mesmo assim, ele ressalta que acidentes com material de aplicação de injeção contaminado ainda ocorrem. O farmacêutico garante que nunca se acidentou desta forma, mas diz conhecer alguns casos. “A principal causa de punções acidentais é a falta de atenção que leva ao manuseio da seringa e agulha após a aplicação”, avalia. Reinaldo Moraes Jr. ressalta que a Drogaria Araujo adota todos os procedimentos recomendados para qualquer tipo de acidente ocupacional, inclusive com registro da ocorrência. “Nossa empresa tem um Departamento de Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança que atua efetivamente na prevenção de acidentes”, afirma. Por ser um produto inovador e de fácil utilização, Reinaldo avalia que a seringa BD SoloMedTM esteja contribuindo para reduzir os custos associados a acidentes com perfurocortantes, melhorando a qualidade do serviço de aplicação de injetáveis, além de proporcionar maior segurança tanto aos profissionais da rede como aos seus clientes. “A Araujo sempre procura implantar inovações, como é o caso desta nova seringa de segurança, para melhorar a qualidade do serviço,” salienta. ○ Drogaria Araujo no bairro Savassi em Belo Horizonte. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ A rede mineira Drogaria Araujo foi uma das que saíram na frente ao adotar o uso da BD SoloMedTM. Com 80 lojas localizadas em Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, ○ Redução de acidentes ○ ○ ○ “V ocê tem indicado a implementação do uso de seringas, agulhas e cateteres com dispositivos de segurança?” Esta é a questão colocada em www.riscobiologico.org na internet. O objetivo do site é promover a discussão sobre o risco de contaminação com material infectado e transmissão sangüínea em profissionais de saúde, incluindo dos estabelecimentos farmacêuticos. Até o mês passado, a enquete mostrava que quase 80% dos participantes indicam o uso de dispositivos de segurança em aplicação de injetáveis. Isso reflete a grande preocupação com o risco de acidentes com material perfurocortante. No ano passado, os estabelecimentos farmacêuticos iniciaram uma grande campanha de prevenção ao risco biológico. Diversas farmácias de norte a sul do Brasil estão aplicando injetáveis com a BD SoloMed TM. O Jornal BD Mão Boa ouviu a opinião de alguns profissionais que trabalham em importantes redes de farmácias e todos foram unânimes ao dizerem que a nova seringa de segurança chegou para ficar. ○ a segurança chegou para ficar Impacto positivo A nova seringa chegou na Panvel há alguns meses e em sua filial Liége já percebeu a queda nos casos de acidentes em aplicações de injetáveis. “O impacto em nossa equipe está sendo muito positivo, pois o produto transmite segurança aos clientes, principalmente quando eles observam que o êmbolo se quebra após o procedimento, deixando evidente que o reuso da seringa é impossível”, explica. Nas Farmácias Fleming (PR) este impacto também já foi notado. Um dos gerentes da rede, o farmacêutico Maurício Margraf, conta que muitos clientes ficam curiosos quando observam a nova seringa pela primeira vez. As pessoas perguntam o que é e para que serve aquela peça azul presa à agulha. “Quando explicamos a função do protetor, os clientes ficam muito satisfeitos com a segurança e os benefícios que Levando biossegurança às farmácias do Nordeste ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O que as farmácias devem fazer para evitar que estes acidentes aconteçam? Janaína Fraga - Treinamento é fundamental e imprescindível. Nos seminários que administramos com a BD, aprende-se a manter uma sala de aplicação adequada, conhecer as seringas e agulhas indicadas para cada tipo de aplicação, escolher e usar um coletor de perfurocortantes. Aprende-se também a utilizar os EPI, como luvas e ○ Na avaliação de Maurício, os acidentes com seringas e agulhas ocorrem devido a causas bem características. “Como sempre estamos em contato com profissionais de outras redes de farmácias e hospitais da região, sabemos de vários casos de punção acidental”, assegura o farmacêuMaurício Margraf, da tico. “A falta de Fleming. capacitação técnica, a falta do coletor BD Descartex e a não utilização de luvas são falhas que aumentam em muito o risco biológico”, alerta. Com o uso da BD SoloMedTM, Maurício espera que os casos de acidentes em aplicações de injeção se reduzam drasticamente. Ele observa que sua primeira impressão ao conhecer o produto foi que o dispositivo de segurança poderia dificultar o uso da seringa. “Não existe dificuldade alguma, pois ao realizarmos o treinamento com a equipe de consultores educacionais da BD, ficou muito fácil e prático seu uso e descarte”, esclarece. “Por ser um dispositivo que reduz significativamente o risco de acidentes com perfurocortantes e pela grande segurança que nos proporciona nas aplicações, a BD SoloMed é uma aliada da saúde”, conclui. E-mail: [email protected] ○ Causas de acidentes Quais as principais causas dos acidentes em aplicações de injetáveis? A sra. já presenciou acidentes com perfurocortantes? Janaína Fraga - A não utilização de equipamentos de proteção individual, como luvas para servir de primeira barreira, é uma causa. A falta do coletor para descarte, fazendo com que seringas e agulhas sejam jogadas em lixo comum, além do desconhecimento ou não aplicação de técnicas adequadas com injetáveis, podem causar sérios danos ao profissional e mesmo ao cliente. Houve um caso em que, após aplicar o medicamento, uma atendente não descartou a seringa e agulha, pois não havia o coletor para descarte. Resultado: a agulha contendo resíduos de sangue escapou-lhe da mão e perfurou a panturrilha, pois ela estava usando saia. Em um outro caso, o aplicador tentou reencapar a agulha após a aplicação e perfurou-se. Janaína Fraga, diretora da Vênus Consultoria Farmacêutica. ○ a seringa oferece, pois reconhecem que nos esforçamos para dar-lhes um atendimento com o respeito que merecem”, relata. Com sede instalada em Ponta Grossa, atualmente a Fleming possui 17 unidades espalhadas na região central paranaense. Em média 500 injeções diárias são aplicadas em toda a rede e no estabelecimento onde Maurício trabalha são aplicadas em média 35 injeções por dia. Ele diz que a BD vem contribuindo de forma efetiva na reciclagem periódica em técnicas de aplicação de injetáveis, com os cursos ministrados pela equipe de consultoria educacional. ○ Filial das Farmácias Fleming no Jardim Carvalho em Ponta Grossa (PR). Desde o ano passado, a BD e a Vênus Consultoria Farmacêutica mantêm parceria para a realização de seminários de técnicas de aplicação de injeção para estabelecimentos farmacêuticos da Região Nordeste do Brasil. Nestes seminários, a diretora da Vênus, farmacêutica Janaína Fraga, já treinou mais de 700 profissionais de farmácias. Nesta entrevista, ela comenta sobre o risco de punções acidentais com perfurocortantes. recomendamos o uso de jaleco, calça comprida e sapato fechado. Em sua opinião, o custo/benefício da BD SoloMed é compensador para a farmácia? Janaína Fraga - A BD SoloMed pode reduzir o número de acidentes com perfurocortantes sim, já que após a aplicação a agulha é imediatamente travada e evita punção acidental do aplicador, caso a seringa escape da mão ou toque em alguma parte do seu corpo. Outro detalhe importante é a quebra do êmbolo que evita a reutilização da seringa. Além disso, a prevenção do risco de acidentes com o trabalhador ou com qualquer outra pessoa que tenha contato com o resíduo elimina custos de tratamento em casos de contaminação e processos trabalhistas. A BD SoloMed é um dispositivo que veio para ficar nos estabelecimentos farmacêuticos? Janaína Fraga - Com certeza, principalmente no Nordeste onde o hábito de jogar seringas usadas em lixo comum ainda é muito grande, expondo nossas crianças a acidentes e pessoas carentes que sobrevivem catando lixo. A BD SoloMed também coíbe a reutilização de seringas por usuários de drogas. Esperamos que além da BD SoloMed, todos os demais perfurocortantes passem a ter dispositivos de segurança. Jornal BD Mão Boa 5 Agulhas BD Ultra-Fine para caneta de insulina: indique a agulha correta para seu cliente TM 5 mm 8 mm ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ canetas de insulina, dispositivos que se assemelham a uma caneta, utilizam frascos de 3 mL de insulina, que devem ser do mesmo fabricante da caneta, e uma agulha BD Ultra-Fine™ para cada injeção. Um diferencial para o cliente que usa caneta de insulina é a possibilidade de utilizar a menor agulha do mercado brasilei- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ G raças à evolução tecnológica, os métodos atuais para aplicar insulina oferecem mais flexibilidade, conforto, comodidade e segurança para os clientes que utilizam esta forma de tratamento. Em nossa realidade, vemos um número cada vez maior de pessoas utilizando as ○ Por: Luciana Santini – Enfermeira e consultora educacional da BD ro: a agulha BD Ultra-Fine™ III Mini, de apenas 5 mm de comprimento. Conheça as agulhas BD Ultra-Fine™ para caneta e veja a seguir a importância das farmácias possuírem as três apresentações que podem ser usadas com todas as canetas de insulina disponíveis no mercado brasileiro. 12,7 mm Como indicar a agulha adequada para os clientes? Como a insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo, devemos avaliar o tipo físico da pessoa e as regiões de aplicação de insulina: abdômen, braços, coxas e nádegas. Siga as orientações abaixo e indique o produto adequado para seu cliente: Agulha Mini 5 mm Agulha Curta 8 mm Prega Subcutânea Pele Subcutâneo Músculo Agulha Original 12,7 mm Prega Subcutânea Pele Subcutâneo Músculo A agulha Mini – 5 mm dispensa a realização da prega subcutânea. As agulhas de 5 ou 8 mm de comprimento são indicadas para: crianças, adolescentes, adultos com tipo físico magro e normal. Uma análise especial deve ser feita para pessoas acima do peso ou obesas, porém com coxas e/ou braços com pouco tecido subcutâneo. Veja que este cliente tem a possibilidade de usar as três apresentações da agulha BD Ultra-Fine™ Braços: BD Ultra-FineTM Curta 8 mm BD Ultra-FineTM Mini 5 mm Coxas e Nádegas: BD Ultra-FineTM Curta 8 mm BD Ultra-FineTM Mini 5 mm A agulha de 12,7 mm de comprimento é indicada para: adultos que estão acima do peso e obesos. Abdômen: BD Ultra-FineTM 12,7 mm A ação efetiva da insulina está diretamente relacionada aos vários fatores que envolvem desde a sua compra até a aplicação efetiva. Desta forma, é fundamental estar atualizado, ter conhecimento e saber a forma correta de se utilizar os recursos disponíveis do momento. Referências bibliográficas: • OLIVEIRA, M.C. Escolha a seringa e a agulha BD Ultra-Fine™ adequadas ao seu tratamento com insulina. BD Bom Dia, São Paulo, n.76, p.8-9, Dez.2006. • Aplicação de Insulina – aspectos importantes na aquisição do produto, do preparo até a efetiva aplicação. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br> - Acessado em 11/12/2007. 6 Jornal BD Mão Boa Erros de medicação: causas e impacto na saúde pública Por: Tânia Azevedo Anacleto e Mário Rosa Borges ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ; documentar os erros para serem fonte de aprendizado; ; a farmácia deve estabelecer metas de melhoria do processo de dispensação. ; sempre repetir o nome do medicamento de volta para quem o solicitou, assim pode ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Erros com insulina Na lista de 2007 do Institute of Medicine dos EUA, dos 10 medicamentos mais envolvidos com eventos adversos, a insulina vem em 1º lugar, representando 4% de todos os erros de medicação registrados em 2005 e também faz parte da lista de medicamentos potencialmente perigosos definida pelo Institute for Safe Medication Practices (veja lista em www.ismp.org). Os erros mais freqüentes ocorridos com ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Diversos estudos mostram que os injetáveis são os medicamentos mais freqüentemente envolvidos em erros de medicação. As prescrições de injetáveis, em geral mais complexas, podem gerar mais dúvidas e mais erros na dispensação e administração. Os erros com tais medicamentos têm maior potencial de causar danos graves ao paciente que as outras vias de administração. Afinal, depois de injetado, o medicamento não pode ser recuperado e dificilmente seus efeitos são interrompidos. ○ ○ Erros com injetáveis ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ; a disposição dos produtos nas prateleiras deve ser feita de forma a evitar confusões no momento em que são retirados para consumo; ○ ; monitorar cuidadosamente funcionários novos ou inexperientes e estabelecer programas de educação continuada a todos os funcionários; ○ ; identificação clara do paciente ou responsável, evitando-se a dispensação de medicamentos para a pessoa errada; ○ principalmente quando se dispensa vários medicamentos ao mesmo tempo; ○ ; ler o rótulo do medicamento três vezes, ○ bíguas devem ser esclarecidas com o médico antes da dispensação. Não se deve fazer deduções de prescrições ilegíveis; ○ ; prescrições ilegíveis, incompletas e am- ○ ○ vem estar escritas e padronizadas. Evitar sempre que possível a execução de atividades baseadas na memória; ○ ; todas as atividades da dispensação de- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Muitas são as recomendações para preFarmacêuticos Mário Rosa Borges e Tânia Azevedo Anacleto. venção dos erros de medicação, entre elas a adoção da abordagem sistêmica é fundainsulina estão relacionados à dose. A atuamental, pois diversas pesquisas mostram ção do farmacêutico na orientação e eduque normalmente os erros estão associados cação do paciente com diabetes nas droàs falhas do sistema e não gerados por pesgarias é fundamental para a prevenção dos soas. A cultura de punir os profissionais erros. Portanto, o paciente e seus cuidanão resolve a situação, recomenda-se idendores devem ser educados continuamente tificar as falhas sistêmicas que geraram o e receber informações claras sobre: erro e implantar medidas preventivas. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ; realizar a checagem final junto com o paciente ao dispensar os medicamentos; ○ pensação devem ser condizentes com o tipo de trabalho que será desenvolvido; evitar as trocas com nomes parecidos; ○ ; as condições ambientais da área de dis- ○ A tualmente, os erros de medicação são considerados um grave problema de saúde pública em todo o mundo, devido principalmente às mortes e incapacidades provocadas e aos elevados custos que representam aos sistemas de saúde. Estima-se que provoquem nos EUA, mais de 7 mil mortes anuais. Pesquisa realizada em 50 farmácias ambulatoriais dos EUA revelou que ocorrem 4 erros de dispensação por dia a cada 250 prescrições atendidas. Sabe-se que a prescrição médica é uma das principais causas de erros de medicação, portanto é fundamental que a prescrição seja revisada por farmacêutico antes da dispensação, qualquer dúvida esclarecida com o médico e as decisões tomadas após o esclarecimento, documentadas por escrito. O farmacêutico, profissional de saúde com conhecimento de medicamentos, é fundamental na prevenção dos erros no processo de prescrição, dispensação e administração. Algumas medidas podem evitar e reduzir os erros: ○ Farmacêuticos do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos – ISMP Brasil  os procedimentos corretos de preparo da insulina para aplicação. Orientar que unidade não é igual a mililitro (mL) e explicar que a seringa de insulina é diferente da seringa com medida em mL. Esta troca pode levar a grandes erros de dose;  como deve ser realizada a administração subcutânea: ângulo correto e prega cutânea;  a importância de se fazer o rodízio no local da aplicação;  horários adequados de administração de acordo com a prescrição e a alimentação;  orientação para uso de seringas e agulhas descartáveis e não reaproveitamento dessas;  orientação para uso correto das canetas de aplicação;  cuidados com o armazenamento da insulina e transporte em caso de viagem. Referências bibliográficas: • Institute for Safe Medication Practices. www.ismp.org • National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention. www.nccmerp.org • Anacleto TA, Perini E, Rosa MB, César CC. Drug-dispensing errors in the hospital pharmacy. Clinics, 2007, vol.62, no.3, p. 243-250. www.scielo.br • 4.Rosa, M. B.; Perini, E. Erros de medicação: quem foi? Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v.49, n. 3, p. 335-41, 2003. Jornal BD Mão Boa 7 Minha farmácia é um local seguro para trabalhar? Por: Soraia Barbosa Salla – Farmacêutica e consultora educacional da BD D fundamental que o empregador mantenha um programa de capacitação. Desta forma todos saberão quais os riscos existentes e o que fazer para prevenílos. A capacitação deve ser feita antes do início das atividades, ou seja, sempre que houver mudança nas condições de exposição. Deve ser ministrado durante a jornada de trabalho por profissionais capacitados e familiarizados com os riscos envolvidos (item 32.2.4.9). iversos profissionais da saúde se acidentam durante procedimentos como aplicações de injetáveis em farmácias. O número de ocorrências é tão grande que o fato já é considerado um problema de saúde pública em todo o mundo. A falta de notificação destes acidentes, principalmente aqueles que envolvem Risco Biológico, dificulta muito qualquer tipo de ação preventiva. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Prazos ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Todos os itens da norma já estão em vigor e podem ser fiscalizados, com exceção do 32.2.4.16. Este item será exigido em breve, a partir de data a ser definida pelo cronograma do CTNP (Comissão Tripartite Nacional Permanente) da NR32. É importante ter em mente que o não cumprimento das recomendações desta norma representa infração passível de multa. O melhor a se fazer é verificar todos os itens referentes à farmácia e garantir, antes de tudo, a segurança de sua equipe e a qualidade de seu trabalho. ○ ○ ○ Tão importante quanto as instalações adequadas é o trabalhador conhecer os possíveis acidentes de trabalho, por isso é ○ ○ ○ Capacitação ○ ○ ○ ○ ○ Os EPI são fundamentais para a segurança do trabalhador, portanto devem ser fornecidos em quantidade suficiente e com imediata reposição. O uso de luvas de procedimento não substitui a lavagem das mãos, que deverá ocorrer antes e após o seu uso (item 32.2.4.7). ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ EPI - Equipamentos de Proteção Individual ○ ○ ○ ○ ○ A sala de aplicação de injetáveis é o local onde existe maior possibilidade de exposição aos agentes biológicos. Por essa razão deve ter lavatório exclusivo para a higiene das mãos, provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira com pedal (item 32.2.4.3 da NR32). Esta medida tem como objetivo diminuir a propagação de agentes biológicos entre aplicador e paciente, assim como a disseminação dos mesmos no restante do estabelecimento. Consumir alimento ou bebida dentro da sala, assim como fumar, usar sapatos aber- ○ ○ Sala de aplicação de injetáveis ○ tos e principalmente usar a pia para fins distintos são procedimentos que devem ser proibidos dentro da sala, uma vez que ela deve ser destinada exclusivamente para aplicação de injeção (item 32.2.4.5). ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Para diminuir ou mesmo evitar acidentes com perfucortantes, alguns fatores são importantes. O item 32.2.4.16 recomenda que deve ser assegurado o uso dos perfurocortantes com dispositivos de segurança. É proibido o reencape e a desconexão manual de agulhas, o profissional que utilizou o material é responsável pelo descarte, que deve ocorrer em local adequado (item 32.2.4.14 e 32.2.4.15). ○ Veja alguns itens da norma aplicáveis às farmácias: Cuidados no uso de materiais perfurocortantes ○ Em 11 de Novembro de 2005 foi publicada no DOU uma norma regulamentadora que tem o objetivo de estabelecer diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde do trabalhador dos serviços de saúde, a NR-32. Os serviços de saúde são todos os estabelecimentos e edificações onde se presta assistência à saúde da população (promoção, recuperação, assistência, pesquisas e ensino em saúde). A norma é bem abrangente e envolve vários setores na área da saúde como, por exemplo, a farmácia, onde o maior risco envolvido é o biológico – possibilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos. Referência bibliográfica: BRASIL. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora NR32 Segurança e Saúde no trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n.219, 16 nov. 2005. Seção 1, p..80-94. O Jornal BD Mão Boa é uma publicação da Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda. Rua Alexandre Dumas, 1976 – CEP – 04717-004, Chácara Santo Antônio – São Paulo – SP • CRC: 0800 055 5654 • email: [email protected] • Diretor da publicação: Fabrício Simões • Coordenadora geral: Beatriz Lott • Colaboradores: Márcia C. de Oliveira e Bruno Campello • Jornalista responsável: Milton Nespatti (MTB 12460-SP, [email protected]) • Revisão: Solange Martinez • Projeto gráfico e diagramação: [email protected]. As matérias desta publicação podem ser reproduzidas desde que citada a fonte. As opiniões e conceitos publicados são de responsabilidade dos entrevistados e colaboradores dos artigos.