SACOLAS DE FELICIDADE - Bordadeiras do Distrito Federal produzem ecobags, para substituir
os sacos plásticos de supermercado e ajudar a proteger o planeta do lixo inorgânico
EDMA CRISTINA DE GÓIS DA EQUIPE DO CORREIO (11/11/2007)
Os sacos plásticos que reinaram sem concorrentes nos supermercados nas últimas duas
décadas darão lugar às charmosas ecobags, sacolas ecologicamente corretas que viraram moda em
todo o mundo, e agora chegam a Brasília. É a opção que promete fazer as pessoas darem uma
parcela de contribuição ao meio ambiente com estilo e beleza. Em cinco associações de mulheres
artesãs do Distrito Federal, os bordados e crochês feitos há anos cederam lugar temporariamente às
costuras reforçadas das ecobags. As cooperativas e a marca brasiliense Apoena estão trabalhando na
produção de 5 mil ecobags vendidas em uma promoção de um shopping da cidade.
A produção das sacolas de pano também segue a pegada ecológica, que preconiza a defesa
do meio ambiente a partir de atividades cotidianas. Tudo para acabar com as estimativas de
organizações não-governamentais que denunciam o consumo de 1 milhão de sacos plásticos por
minuto em todo o mundo. “O tipo de tecido, o formato e o acabamento das bolsas foram bastante
pensados. As ecobags são um incentivo à troca de comportamento”, esclarece a estilista Rosanna
Tarsitano. Ela é responsável pela concepção e pelo desenho da bolsa produzida pelas artesãs.
Além de surgirem como um desafio para a sustentabilidade do planeta, as ecobags também
garantem uma verdadeira reviravolta na vida de mulheres da periferia do DF. Muitas são donas-decasa que um dia descobriram na costura um processo de resignificação da própria vida. É como se
essas mulheres ao trabalharem com fios de tecido, agulhas e linhas fiassem uma nova vida. Hoje,
elas integram as associações Abra Caminho, Ama, As Bordadeiras, Caprichosas e Recanto Criativo.
(...)
Download

Boletim de 11 novembro 07