22/7/2010 Planejamento Estratégico: Retomada da proposta de gestão: girar a roda REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA IMPLANTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO Daniel Schmitz Presidente do CGBH Taquari-Antas Universidade de Caxias do Sul - UCS PARADIGMA: SISTEMA DE MEIO AMBIENTE (COMANDO E CONTROLE) X SISTEMA DE RECUROS HÍDRICOS (PRINCIPIOS USUÁRIO PAGADOR E POLUIDOR PAGADOR) Instrumentos Legais FUNDAMENTOS DA GESTÃO DAS ÁGUAS  A água é um bem ambiental; Deve ser gerida dentro do contexto da Gestão Ambiental, preservando-se sua especificidade;  A água é um bem público; A tutela de um bem público cabe ao Estado;  A água é um bem econômico; O valor econômico é atribuído pela escassez do recurso, seja em termos de quantidade, seja em termos de qualidade. 1 22/7/2010 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DAS ÁGUAS  A Bacia Hidrográfica é a unidade de planejamento;  Usos múltiplos; g como bem finito e vulnerável;;  Reconhecimento da água  Reconhecimento do valor econômico da água;  Gestão descentralizada e participativa;  Abastecimento humano é prioritário. Instrumentos Institucionais O Papel do Comitê e da Comunidade CRH FEPAM DRH Agências de Região Hidrográfica Comitês de Bacia ¾ INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: ¾ Enquadramento dos rios e lagos em classes de Instrumentos de Planejamento e Gestão uso; ¾ Plano de Bacia; ¾ Plano Estadual de Recursos Hídricos. 2 22/7/2010 INSTRUMENTOS DE GESTÃO: Outorga e Cobrança ¾ INSTRUMENTOS DE GESTÃO: Abundância BEM LIVRE ¾ Outorga de direito de uso da água; ¾ Licenciamento Ambiental de atividades Quantidade BEM ECONÔMICO Qualidade $$$$$$ Escassez potencialmente poluidoras; ¾ Cobrança pelo uso de recursos hídricos; BEM PÚBLICO ¾ Rateio de custo de obras de uso e proteção dos GESTÃO PÚBLICA recursos hídricos. REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA Taquari-Antas Alto Jacuí Região Hidrográfica do Guaíba Pardo Caí Sinos VacacaíVacacaí Mirim Gravataí Baixo Jacuí Lago Guaíba População: 6.836.508 Urbana: 5.913.144 R Rural: l 923 364 923.364 Área: 85.304,15 km² - 1/3 do Estado População: 2/3 do Estado Referência: 70,5% do PIB estadual Bacias: Alto Jacuí, Vacacaí-Vacacaí Mirim, Taquari- 22/7/2010 GT GUAÍBA 15 RH Guaíba Atividade desenvolvida pela ANA ¾ RH é na realidade uma Bacia Hidrográfica. ¾ Todos os Comitês estão instalados e funcionando. ¾ Processo de planejamento da RH (Plano Estadual de Recursos Hídricos, Plano Diretor do PRÓ GUAÍBA e diversos Planos de Bacia em diferentes estágios de desenvolvimento). ¾ Recursos Hídricos da RH em situação de estresse z mortandade de peixes do Rio dos Sinos z escassez de água que ocorre nos meses de verão em vários pontos das bacias da região z problema de poluição advinda da suinocultura em alguns pontos da parte norte da região z dificuldades para o abastecimento da água causadas pelas florações de cianobactérias no Lago Guaíba z etc. 22/7/2010 GT GUAÍBA Antas, Caí, Sinos, Gravataí, Pardo, Baixo Jacuí e Lago Guaíba Nota Técnica nº 099 /2007/SAG: ¾ Estudo 17 preliminar sobre o Potencial de Arrecadação A d ã com a C Cobrança b pelo l U Uso de Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Guaíba no Rio Grande do Sul. 22/7/2010 GT GUAÍBA 18 3 22/7/2010 Atividade desenvolvida pela ANA ►Se adotados os valores e mecanismos de cobrança expostos os comitês das bacias hidrográficas que compõem a Região Hidrográfica do Guaíba podem vir a arrecadar recursos que variam em torno de R$ 30 milhões a R$ 300 milhões, conforme o cenário de preços unitários simulado. ¾ Proposta de minuta de Projeto de Lei Estadual que dispõe sobre os contratos de gestão entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e entidades delegatárias de funções de Agências de Região Hidrográfica 22/7/2010 GT GUAÍBA ► Considerando-se Considerando se uma redução de 20% em detrimento de eventuais problemas de inadimplência, cobertura não universalizada do cadastro de usuários, bem como eventuais isenções devidas, dentre outros, à definição pelos comitês dos volumes considerados inexpressivos para fins de outorga e cobrança, o potencial de arrecadação poderia variar de R$ 24 milhões a R$ 240 milhões. 19 Disponibilidade Hídrica ►Superficial Sub-bacia ►Este estudo se constitui em uma avaliação preliminar do potencial de arrecadação com a cobrança pelo uso de recursos hídricos na Região Hidrográfica do Guaíba. Portanto, entende-se que os resultados encontrados devem se constituir em um subsídio inicial para as discussões acerca da implementação do instrumento. Q95 Gravataí 3,67 Sinos 7,50 Caí 6,81 Taquari-Antas 43,41 P d Pardo 5 52 5,52 Alto Jacuí ► Novas previsões de arrecadação poderão ser realizadas no âmbito dos comitês quando das discussões sobre mecanismos e valores de cobrança, tendo em vista, inclusive, subsídios que poderão ser fornecidos por estudos de impacto da cobrança sobre os usuários. 24,33 Vacacaí-Vacacaí Mirim 6,46 Baixo Jacuí 34,53 Baixo Jacuí (acumulado) 151,90 Lago Guaíba 11,16 Lago Guaíba (acumulado) Disponibilidade Hídrica Disponibilidade Hídrica ►Demandas hídricas por tipo de uso Unidade de Gestão 174,23 ► Demandas hídricas de captação (m³/s) por setor usuário Captação Consum DBO t/dia m³/s o m³/s Unidade de Gestão Saneamento Animal Indústria Irrigação Total Alto Jacuí 0,81 0,51 0,14 1,27 2,73 Alto Jacuí 2,73 1,83 48,46 Baixo Jacuí 0,77 0,67 2,15 40,90 44,49 Baixo Jacuí 44,49 25,63 26,85 Caí 1,13 0,30 1,54 1,32 4,28 Caí 4,28 1,67 33,07 Gravataí 10,70 4,77 23,33 Gravataí 3,76 , 0,09 , 0,41 , 6,44 , 10,70 , Lago Guaíba 18,31 8,03 22,09 Lago Guaíba 3,62 0,08 4,88 9,73 18,31 Pardo 4,59 2,53 19,27 Pardo 0,48 0,19 0,08 3,84 4,59 Sinos 10,01 3,63 23,97 Sinos 3,41 0,11 3,42 3,07 10,01 Taquari - Antas 10,68 4,99 266,17 Taquari - Antas 2,11 3,48 10,68 Vacacaí - Vacacaí Mirim 31,02 18,07 10,06 Total 136,80 71,15 473,27 2,67 2,42 Vacacaí Vacacaí Mirim 1,02 0,49 0,08 29,42 31,02 Total 17,65 4,86 14,82 99,47 136,80 4 22/7/2010 ¾ Disponibilidade Hídrica ► Cargas de DBO lançadas (t/dia) – saneamento, indústria e suinocultura Unidade de Gestão Saneamento Alto Jacuí Baixo Jacuí Caí Gravataí Lago Guaíba Pardo Sinos Taquari - Antas Vacacaí - Vacacaí Mirim Total Indústria Animal Total 3,36 4,73 7,59 17,87 17,59 3,01 16,94 19,68 1,92 0,36 2,94 1,74 0,86 0,63 2,99 6,27 43,18 21,76 22,54 3,72 3,64 15,63 4,04 240,22 48,46 26,85 33,07 23,33 22,09 19,27 23,97 266,17 3,77 94,54 0,58 18,29 5,71 360,44 10,06 473,27 Comitê - Parlamento gestor das águas 9 Plano da Bacia 9 Enquadramento 9 Valores e mecanismos da cobrança 9 Interlocução com a Agência 9 Secretaria executiva dos Comitês 9 Aplicação dos Recursos 9 Elaboração dos Planos de Intervenção 9 Arrecadação dos valores da cobrança 9 Outorga e fiscalização dos usos das águas 9 Sistema de Informações ¾ Agência - Órgão executivo A SERVIÇO dos Comitês ¾ Autoridade outorgante – DRH Diagnóstico da situação do SRH da RH Guaíba Conclusões ¾ Instrumentos de gestão na RH ausentes ou não completamente implementados: z z z z Outorga Cadastro de usuários Planejamento Cobrança ¾ Componente z do SRH ausente na RH: Agência 22/7/2010 GT GUAÍBA 27 Diretrizes conceituais Diretrizes conceituais ¾ Objetivos definidos pelo Enquadramento dos corpos d’água x ¾ Prioritariamente, de financiamento; ¾ Podendo ser incitativa; ¾ Inicialmente, como valores únicos para toda a RHG; ¾ Valores arrecadados em cada bacia hidrográfica deverão ser consumo + transposição deverão ser destinados, aplicados em intervenções na respectiva bacia; preferencialmente, para intervenções de aumento da A destinação dos valores arrecadados em cada bacia serão disponibilidade de água; ¾ para intervenções definidas pelos respectivos comitês; período de tempo para a consecução de tais objetivos (tempo pré--definido? Tempo em aberto, como na França?); pré ¾ ¾ Os valores arrecadados em cada bacia por captação + Os valores arrecadados por tarifação de lançamento (medido pela DBO5) deverá ser direcionado para intervenções que realizem o abatimento de carga orgânica; 5 22/7/2010 Diretrizes conceituais ¾ Diretrizes Operacionais As arrecadações acima mencionadas + a política de C&C da Fepam convergem para a melhoria da quantidade/qualidade dos corpos d’água da bacia e, conseqüentemente, vão ¾ ¾ Necessidade de mobilização social para o Enquadramento. Diretrizes Legais galgando a “escada” rumo ao alcance do objetivos ¾ Garantir o nãonão-contingenciamento; estabelecidos no Enquadramento (O rio que Queremos); ¾ Garantir que a Agência de Bacia possa canalizar efetivamente Toda cobrança é para melhoria da Quantidade/Qualidade das os recursos arrecadados aos agentes que farão as águas da bacia, mas nem toda melhoria precisa vir intervenções; ¾ exclusivamente da cobrança (comunidades podem fazer Proteção contra eventual impugnação legal por cobrança iniciada parcialmente no RS (RHGb (RHGb x outras duas RHs RHs); ); investimentos adicionais em trechos dos rios; p. ex.: PRODES). ¾ A questão da inadimplência. RECOMENDAÇÕES DO GT RECOMENDAÇÕES DO GT ¾ Recomenda--se a criação pelo CRH/RS elemento Recomenda articulador das ações dos comitês da região - CTG. ¾ Recomenda-se a implantação imediata da outorga pelo Recomendauso da água e do cadastramento dos usuários, usuários, como forma de dotar o DRH/SEMA com os meios necessários para possibilitar a implantação das medidas aqui propostas. 22/7/2010 GT GUAÍBA 33 ¾ Recomenda-se que o Plano Diretor do PRÓRecomendaPRÓ-GUAÍBA seja adotado para o processo de planejamento planejamento,, uma vez que tenha sido complementado pelos comitês da região.. região ¾ Com base na Nota Técnica de simulação de cobrança (ANA), esperaespera-se que a CT Guaíba, ouvindo os comitês ali representados, possa chegar a uma conclusão sobre os valores da cobrança cobrança.. ¾ Recomenda-se, num primeiro momento, que sejam Recomendaadotados valores iguais para a cobrança na região.de forma a simplificar a sua aplicação. 22/7/2010 RECOMENDAÇÕES DO GT ¾ ¾ É fundamental que o controle sobre o processo permaneça nas mãos dos comitês da região hidrográfica, através da adoção da CT Guaíba como Conselho Administrativo desta parceria. GT GUAÍBA 34 RECOMENDAÇÕES DO GT Recomenda-se que seja feito o processo de escolha de Recomendaentidade delegatária delegatária,, pública ou privada, que exerça o papel da Agência de Região Hidrográfica do Guaíba – Desencadeado através da assinatura do convênio Sema X Sehadur – Metroplan para estudo da Agência. 22/7/2010 GT GUAÍBA 35 ¾ Caberá ao CT Guaíba, também o detalhamento e controle do contrato de gestão a ser firmado entre a entidade delegatária, a SEMA e os comitês da região. ¾ Por fim, de forma a viabilizar a realização deste contrato de gestão da SEMA com a entidade delegatária que exercerá as funções da Agência da Região Hidrográfica do Guaíba, se torna necessário a promulgação de Lei Estadual específica nos moldes da Lei Federal 10881/2004, conforme proposto na minuta de projeto Lei Estadual constante no relatório. 22/7/2010 GT GUAÍBA 36 6 22/7/2010 GRANDES TEMAS: GRANDES QUESTÕES: RESPOSTAS NO SISTEMA? ¾AGENCIA – Estrutura temporária ( motor para girar a roda ?) ESTADUAL ¾PRÓ PRÓ--GUAÍBA ? ¾PLANOS DE BACIA ¾BALANÇO HÍDRICO (DISPONIBILIDADES X DEMANDAS) ¾ENQUADRAMENTO DAS ÁGUAS Á ¾CADASTRO DE USUÁRIOS * ¾OUTORGA - estrutura de Estado para executar a política de RH ¾PLANO ¾COBRANÇA Valores únicos em toda a região Diferenças ou igualdades entre bacias ¾Incitatividade x cobrança para posterior intervenção ção ¾ INTERLOCUÇÃO ENTRE USUÁRIOS E SOCIEDADE Água: dotada de valor econômico? Quanta água temos e onde está? Como usamos as nossas águas? Que qualidade as águas apresentam ? Que uso dos recursos hídricos nós queremos? Cobrar? Para que cobrar? Mas qual é o valor da nossa água ? ¾ o produto da arrecadação, pela cobrança, em cada bacia, reverterá para a respectiva bacia e deverá ser utilizado na gestão das águas dessa bacia Apresentação com material adaptado de : Agencia Nacional de Águas – ANA COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA TAQUARITAQUARI-ANTAS - G40 PRESIDÊNCIA: Universidade de Caxias do Sul – UCS Grupo de Trabalho da Região Hidrográfica do Guaíba Pró-Guaíba Prof Daniel Schmitz Prof. VICE-PRESIDÊNCIA: CERTEL SECRETARIA EXECUTIVA: UNIVATES Rua Avelino Talini, 171 - Bairro Universitário 95.900 - 0000 Lajeado - RS Fone / fax : (51) 3714 7000 / 3714 7027 E-mail : [email protected] www. taquariantas.com.br 7