PRÊMIO CARLOS LACERDA TEMA “INOVAÇÕES NA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO”. PSEUDÔNIMO SARA KALI MONOGRAFIA ANÁLISE DE GESTÃO BASEADO NA ANÁLISE DE RISCO PARA TOMADA DE DECISÕES DE PROJETOS GOVERNAMENTAIS, UM MODELO EMPÍRICO DO PODER EXECUTIVO. Rio de Janeiro 2007 RESUMO Tendo em vista a gestão da qualidade nos serviços públicos e discussão do diclosure nos órgãos governamentais, permitiu-se destacar à identificação das causas e práticas antieconômicas e ineficientes, o cumprimento das metas, assim como a elaboração do mapeamento do processo das atividades. Baseado nisto, retratou-se a análise de risco na avaliação de projetos governamentais do Poder Executivo, assim como a criação de um modelo de decisão estatística, para a tomada de decisão de projetos para as instituições públicas. O escopo utilizado foi sobre à discussão da efetividade dos recursos públicos e a responsabilização de seus gestores com forma de avaliação do desempenho governamental. A metodologia de gestão de riscos utilizada foi a Teoria da Preferência para a tomada de decisões e identificando-se inicialmente quais são os tipos de recursos, que no caso podem ser o do tesouro municipal e financiado por fornecedores estrangeiros, posteriormente foi feita a composição dos gastos e por fim aplicamos os resultados nas teorias de tomada de decisão. O objetivo é descrever e elaborar a aplicação da Teoria de Preferência para a Tomada de decisão nos projetos efetuados no Poder Executivo da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, de forma que possa ser utilizado como uma ferramenta de tomada de decisão de avaliação de projetos governamentais baseado na análise de custos governamentais. Sendo assim, apenas analisando o orçamento da Secretaria de Assistência Social na Prestação de Contas de Gestão de 2005, observamos que 22% do seu valor total não foram utilizados os recursos, porém, entendemos que o valor utilizado em alguns projetos não estava adequado, pois a partir da análise do nível ótimo, observamos que nem todos atingiram 100% de sua eficiência de recursos governamentais existem financiamentos de terceiros que na realidade são dívidas a pagar pela Secretaria. Contudo, é possível aplicar a Teoria de Preferência para a análise de risco, tendo em vista, a necessidade que o órgão/entidade, possa criar mecanismos de estudo 2 para obter uma melhor eficiência dos gastos públicos, atingindo uma possível redução de custos e uma melhor aplicabilidade de recursos, já que o valor a ser recebido é certo. Palavras-chave: risco – projetos – preferência – decisão - orçamento 1 INTRODUÇÃO O controle da gestão é parte do processo administrativo, da mesma forma que se deve retratar a avaliação da análise da gestão de riscos para a tomada de decisões de projetos governamentais. Tendo em vista a gestão da qualidade nos serviços públicos e discussão do diclosure nos órgãos governamentais, a avaliação de projetos torna-se necessária devido à vinculação da transparência das informações contábeis, por meio da evidenciação e a atribuição da responsabilidade dos gestores por conta da utilização dos recursos públicos. Baseado neste pressuposto retrata-se como seria o modelo empírico da análise de risco na avaliação de projetos governamentais municipais do Poder Executivo, e em relação ao método do custeio por Atividades, com a aplicação da Teoria de Preferência baseado nos modelos de decisão estatística e exemplificado com a criação de um modelo empírico da avaliação da análise de risco para a tomada de decisão para as instituições públicas. Atualmente, os processos de mudanças ocorridas na gestão governamental, ocasionados por escândalos, denúncias e falta de controle interno nas instituições públicas, tornou-se essencial à aplicação de novas metodologias de estudo para tornar eficaz o serviço executado pelo Gestor, independentemente da esfera governamental. Com efeito, estudos apresentados com base nos paradigmas da administração demonstram que as teorias descritas estão sendo aplicadas no âmbito governamental, como por exemplo: Max Weber que escreveu sobre natureza da organização burocrática que é um paradigma que focava a racionalidade e a eficiência, Peter Drucker introduziu o conceito do 3 desempenho organizacional que é um paradigma que prometia resultados e efetividade, e Peter Senge, que tem ajudado a popularizar o conceito da organização aprendiz que é um paradigma centrado na adaptação contínua a um ambiente em permanente mutação”. Campos apud Hitt (2002:80) Tendo em vista a gestão da qualidade nos serviços públicos e a transparência das informações contábeis, por meio da evidenciação, torna-se necessária a busca de novas formas de administrar, tomar decisões sobre a escolha dos projetos e divulgar as informações sobre os custos das prestações de serviços elaboradas pelas instituições públicas do País. Principalmente, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro vem permitindo, desde setembro de 2006, ao cidadão carioca acompanhar a execução orçamentária dos órgãos e programas do governo municipal, por meio do site da internet. 2 METODOLOGIA Utilizou-se como avaliação de pesquisa, a do tipo Pesquisa Aplicada, que objetivou gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos, a Pesquisa Quantitativa que considerou tudo o que pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las, avaliando também a questão Qualitativa, considerando uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. O modelo empírico envolveu o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Admitimos que todas as fontes de informação são importantes para a formação de nossa opinião, neste caso a nossa coleta de dados teve que ser restrita e criteriosa, devido à extensividade do assunto, por isso utilizamos livros, jornais, revistas, artigos, legislação 4 aplicável, Internet e, principalmente, a experiência profissional, enfim tudo aquilo que pudesse fundamentar a nossa opinião. Quanto ao escopo utilizado, a ênfase foi sobre um fato que consideramos muito importante para o desenvolvimento do estudo e que está relacionado à discussão da efetividade dos recursos públicos e a responsabilização de seus gestores com forma de avaliação do desempenho governamental. No período em que coletávamos os dados, tivemos dificuldade em obter maiores informações analíticas das práticas sobre a avaliação do método ABC para a implementação de análise dos custos governamentais, por causa da sua atualidade, em razão dos aspectos contábeis e fiscais, unificados nestas interpretações, idéias e opiniões e, por isso, sumarizamos os assuntos para que pudéssemos então, começar a elaborar o estudo de modelo empírico para o Poder Executivo. Selecionamos então, os assuntos que apresentavam maior relevância dentro do seu conjunto, enfocando o tema em questão. O tratamento dos dados a aplicação, quantificação e qualificação das informações coletadas para que pudéssemos evidenciar a análise do gerenciamento de risco para as instituições públicas governamentais municipais. A metodologia de gestão de riscos utilizada foi a Teoria da Preferência para a Tomada de Decisões com a identificação inicial dos tipos de recursos, que no caso pode ser o tesouro municipal e financiado por fornecedores estrangeiros, posteriormente foi feita a composição dos gastos e por fim aplicamos os resultados nas teorias de tomada de decisão. Sendo assim, constata-se que a partir da tomada de decisão da gestão de riscos entende-se que se a Secretaria deseja implementar determinado projeto deverá ser observado a origem dos recursos se são originários do tesouro municipal e financiado por fornecedores estrangeiros sendo necessária à composição dos gastos e a identificação dos direcionadores de custo. Posteriormente, elaborou-se o cálculo do custo unitário de cada tipo de despesa com 5 base no direcionador de custo (evento ou fator causal que influencia o nível e o desempenho de atividades e o consumo resultante de recursos Nakagawa (2001:74)). Desta forma foi considerado o tipo de projeto, e em seguida a classificação funcionalprogramática, como por exemplo do caso da Assistência Social está dividido nas subfunções de assistência ao idoso, ao portador de deficiência, a criança e ao adolescente, as comunidades e alimentação e nutrição, e que também são divididos em projetos e atividades. Admitindo-se que para elaborar uma tomada de decisão adequada para determinado projeto do governo, iniciamos com a análise de Tolerância ao Risco, primeiramente identificou-se qual o valor em termos monetários e percentuais da participação governamental e outras fontes de recursos. Dada a importância do tema para o estudo das organizações públicas e, em particular, para a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro propôs-se a seguinte pergunta de pesquisa: Como podemos aplicar a Teoria de Preferência para a tomada de decisão na avaliação de projetos das instituições públicas do Poder Executivo? A análise dos dados coletados irá nos permitir o desenvolvimento das interfaces necessárias do uso da Teoria de Preferência, de forma que com base no uso das alternativas de decisão seja possível obter resultados de ocorrência de valores monetários de perdas ou lucros em uma instituição pública. O objetivo deste estudo é descrever e elaborar a aplicação da Teoria de Preferência para a Tomada de decisão nas instituições públicas do Poder Executivo da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, de forma que possa ser utilizado como uma ferramenta de tomada de decisão de avaliação de projetos governamentais baseado na análise de custos governamentais. O presente estudo será limitado, quanto aos aspectos qualitativos, em função dos dados que serão apresentados e, quantitativos, em virtude da pesquisa feita nas Prestações de 6 Contas de Gestão de 2005 e finalizando com a aplicação das técnicas pertinentes da Teoria de Preferência para a tomada de decisões sobre os gastos públicos em projetos de uma Secretaria da Administração Direta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 3 REFERENCIAL TEÓRICO O desempenho dos serviços governamentais é uma meta a ser atingida em relação à qualidade do serviço prestada ao cidadão. Neste trabalho, evidencia-se a possibilidade da aplicação da análise-desempenho e do método de gestão de risco baseado na Teoria de Preferência para a instituição pública do Poder Executivo da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, por meio de um modelo empírico de estudo. 3.1 A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS SERVIÇOS PRESTADOS NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS MUNICIPAIS. A análise de desempenho é atualmente a maior meta a ser executada pelo governo, pois aferir o resultado significa melhorar a performance. Osborne e Gaebler (1994:151) retratam que “os governos burocratizados, por não mensurar os resultados raramente logram grandes conquistas de forma que, devemos satisfazer os eleitores, pois eles são o nosso indicador de performance.” Para tanto, a gestão pública deve ser enfocada em resultados, atendendo o pressuposto de que é necessário criar mecanismos de avaliação de desempenho, que possa ter utilidade e que o resultado do trabalho seja efetivo. Catelli (2001:199 e 211) diz que devemos evidenciar o estudo do processo, por meio da “avaliação de desempenhos”. Este estudo visa fundamentar o modelo conceitual da estruturação e proposição de um sistema que são: a avaliação de desempenho para um 7 processo de gestão (planejamento, execução e controle) e o aspecto qualitativo (eficácia) do desempenho para projetos governamentais. Sendo assim, para a Administração Pública retratar a avaliação de resultado e de desempenho na avaliação de projetos e programas governamentais, devem-se enfocar diversos parâmetros relacionados a custo, atividades, questões políticas e econômicas. No entanto, necessita-se da criação de indicadores para que sejam efetuadas as medições de desempenho, de forma que possa ser admissível quantificar as metas preestabelecidas. Desta forma, uma atividade que está em crescente evolução é a auditoria de natureza operacional para a avaliação sistemática dos programas governamentais, pois é a partir das suas modalidades, auditoria de desempenho operacional e avaliação de programa, a prática do exame da ação governamental. Slomski apud Teixeira (2003:411) diz que “a avaliação de desempenho deveria ser priorizada em um novo modelo de gestão pública através de iniciativas como: redirecionamento do sistema de avaliação dentro da administração governamental para uma ação centrada no eixo da avaliação de desempenho do serviço prestado, qualitativa e quantitativamente, pelos diversos setores e unidades.” Não obstante, as despesas relativas a projetos são determinantes quando podemos avaliar o bom desempenho, por meio de indicadores. Salienta-se que este deve ser representativo, homogêneo, prático, confiável, simples; características estas que influenciarão na análise de custos governamentais. A concretização dos objetivos pretendidos com a identificação de produtos, a atribuição de indicadores e metas, admite-se avaliar o sucesso ou fracasso do programa, por meio do grau de satisfação do usuário dos serviços públicos, Silva (2002:139). É basilar, a redefinição dos conceitos contábeis, geralmente aceitos para incluir, entre eles, o critério de avaliação de desempenho, isto posto a tarefa primeira é eliminar todo o 8 mapeamento de processos de forma a identificar as atividades obsoletas, Osborne e Gaebler (1994:152). Por este motivo, e com base nas abordagens apresentadas, pode-se criar um modelo de avaliação de desempenho da gestão dos serviços públicos prestados por meio da utilização do “Balanced Scorecard” e pela avaliação gerencial do Activity-based Costing - ABC como forma de instrumento de planejamento e orçamento para determinar melhor os programas, que será descrito no item 3.2 nesta seção. Grateron (1999:9) retrata que “os indicadores para a análise de desempenho são uma ferramenta ou meio de avaliação da comparação com os padrões pré-estabelecidos para que possam permitir o acompanhamento e a avaliação em forma periódica, as variáveis consideradas importantes em uma organização, sendo feita através da comparação com os valores ou padrões correspondentes sejam internos ou externos à organização.” Contudo, devemos observar que a análise de desempenho tem como foco principal a identificação das causas e práticas antieconômicas e ineficientes, e a verificação do cumprimento das metas dos programas governamentais, de forma que o gestor possa tomar a decisão da continuidade, ou não, de determinado programa, com base na estratégia organizacional elaborada pelo Governo por meio do Plano Plurianual de Investimentos. No capítulo a seguir, relata-se sobre o método Activity-based Costing – ABC e do Balanced Scorecard – BSC na avaliação de custos como medida de desempenho governamental. 3.2 O MÉTODO ACTIVITY-BASED COSTING - ABC E O BALANCED SCORECARD – BSC COMO MEDIDA DE DESEMPENHO GOVERNAMENTAL A utilização do método ABC e a implementação do BSC para a avaliação de determinado programa ou atividade, é necessário que a verificação seja sistemática e mais 9 objetiva possível, para que seja identificada a relevância dos objetivos, a eficiência das ações executadas, a efetividade, o impacto das ações e a sustentabilidade do programa. Para tanto, necessita-se a utilização do orçamento como uma ferramenta primordial para a análise do método ABC, que tem como objetivo facilitar a análise estratégica de custos, com uma forma de visão e de gestão de negócios. Por este motivo, constata-se que é possível aplicar o método ABC na avaliação de custos como medida de desempenho governamental, porque a estrutura contábil governamental e orçamentária existentes admite-se a viabilização das operações destinadas referentes aos programas, projetos, atividades e operações específicas, Slomski (2003:382). Face à especial atenção da Contabilidade por Atividades na gestão governamental constata-se um direcionamento importante na avaliação do que poderia ser a excelência empresarial para o governo, principalmente, porque é necessária a integração eficaz do custo das atividades de todas as unidades da instituição para que seja eficiente a execução dos serviços perante o cliente que, no nosso caso, é o cidadão. Desde que os termos de responsabilidade, performance e resultado começaram a ecoar nas instituições governamentais passou-se a ter uma valorização do cliente, Osborne e Gaebler (1994:131) diz que “os orçamentos orientados por missões dão a cada funcionário incentivo para poupar dinheiro, liberam recursos para experimentar novas idéias, dotam os administradores da autonomia necessária para que se adaptem a mudanças nas circunstâncias, criam uma atmosfera de previsibilidade, simplificam enormemente o processo orçamentário, poupam recursos em auditorias e especialistas em orçamento e deixam o legislativo livre para se ocupar de questões importantes.” Isto posto, para avaliarmos a contabilidade por atividades em uma Instituição Governamental, devemos, primeiramente, elaborar o mapeamento do processo das atividades e depois adequar os seus custos para que possamos evidenciar as metas e o desempenho para 10 atender o planejamento estratégico da instituição, observando os possíveis desperdícios e fatores que possam influenciar no custo. No entanto, devem ser enfocados quais as medidas de atividades ou os direcionadores de custos utilizados para se atribuir a menor unidade de custo para àquela determinada atividade dentro da empresa que, no nosso caso, é uma instituição governamental. No sentido de efetuar um gerenciamento das atividades para as instituições públicas governamentais, tendo por objetivo a minimização dos desperdícios e a verificação das atividades que não agregam valor dentro da instituição, de forma que possam impactar na determinação da área de negócio da instituição governamental. Considerando que o resultado econômico é uma forma de avaliação da eficácia para qualquer instituição, então se consideram que seja necessária a identificação dos processos internos críticos no qual a empresa deve alcançar a excelência. O Balanced Scorecard - BSC traduz a missão e a estratégia em objetivos e medidas organizados em quatro perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos, do aprendizado e crescimento e deve ser utilizado como um sistema de comunicação, informação e aprendizado, não como um sistema de controle, Kaplan (1997:25). Constata-se que seja necessário transformar os administradores em empreendedores, pois, se os administradores não puderem poupar para si parte do lucro obtido, não terão a motivação de buscar tal lucro. Se os administradores do orçamento continuar recebendo suas dotações, a despeito das conquistas de seus departamentos, muito provavelmente não desperdiçarão tempo tentando empreender estratégias para fazer mais dinheiro, Osborne e Gaebler (1994:230). Kaplan (1997:26) retrata que as quatro perspectivas são: “ 1- A Perspectiva Financeira é valiosa com o intuito de sintetizar as conseqüências econômicas imediatas de ações consumadas. 2- Perspectiva do Cliente permite que os executivos identifiquem os segmentos 11 de clientes e mercados, nos quais a unidade de negócios competirá e as medidas do desempenho da unidade nesses segmentos-alvo. 3- Perspectiva dos processos internos os executivos identificam os processos internos críticos, nos quais a empresa deve alcançar a excelência, que permitirá oferecer as propostas de valor capazes de atrair e reter clientes em segmentos-alvo de mercado e que satisfaça às expectativas que os acionistas têm de excelentes retornos financeiros. 4- Perspectiva do Aprendizado e Crescimento identifica a infra-estrutura que a empresa deve construir para gerar crescimento e melhoria a longo prazo, demonstram os fatores críticos para o sucesso atual e futuro e provêm das pessoas, sistemas e procedimentos organizacionais.” Deve-se avaliar que um bom BSC deve conter uma combinação e uma integração das medidas de resultado e de indicadores de desempenho, pois que as unidades de negócios vinculem seus objetivos financeiros à estratégia da empresa. Para tanto, elaborou-se no Quadro 1 como seria uma proposta de BSC para a Instituição Pública. Quadro 1 Perspectiva Características Aplicação na área pública Financeira Lucratividade; Retorno sobre o capital Orçamento; Avaliar o plano de empregado; Valor econômico agregado; desempenho durante o ano fiscal; Fluxo de Caixa. Explicar e descrever o não alcance das metas; Estabelecer planos e programações para alcançar a meta préestabelecida. Clientes Satisfação do cliente; Retenção do cliente; Cidadãos; Verificar se a medida de Aquisição de novos Lucratividade dos clientes; Processos clientes; desempenho é impraticável ou ineficiente. Propostas de valor capazes de atrair e Medição de resultados efetivos; 12 Perspectiva Características Aplicação na área pública Internos reter clientes em segmentos-alvo; Comparar os resultados com o Expectativas que os acionistas têm de planejado; excelentes retornos financeiros. Identificar e explicar a variância; Praticar ação corretiva. Aprendizado e Pessoas; Pessoas; Crescimento Sistemas; Sistemas; Procedimentos Organizacionais. Procedimentos Organizacionais. Fonte: Kaplan (2000:598), adaptado pelo autor - Balanced Scorecard. Contudo, entendemos que analisar desempenho é, hoje, um dos maiores problemas enfrentados pelo governo, tendo em vista a quantidade de denúncias, escândalos e cobranças que vêm da sociedade por meio da imprensa, pelas próprias secretarias e pela internet. No capítulo a seguir, relata-se sobre a análise do risco pelo método de custeio por atividades para problemas de decisão estatística para análise de projetos. 3.3 ANÁLISE DO RISCO PELO MÉTODO DE CUSTEIO POR ATIVIDADES INTEGRADO COM A TEORIA DE PREFERÊNCIA - PROBLEMAS DE DECISÃO ESTATÍSTICA PARA A ANÁLISE DE PROJETOS É necessário verificar o resultado do projeto e a convivência com as incertezas, principalmente, a de que as estimativas esperadas do projeto coincidirão com as realizadas. Isto ocorre, por causa da não habilidade para antecipar todos os fatores que interferirão no futuro, seja de forma favorável ou desfavorável. Embora o resultado futuro não possa ser conhecido com certeza, em muitos projetos essa realidade não é totalmente incerta, Lapponi (2007:407). 13 Admite-se que as principais características da utilização por Atividades, são as descritas a seguir, Boiverst (1999:17-30), adaptado pelo autor: • Na decomposição simples, os custos por atividades são vinculados aos objetos de custo. • Na decomposição por multiníveis os recursos são apropriados às atividades, depois reagrupadas em centros de atividades e, por fim, estes apropriados aos objetos de custo. • Na decomposição por processos os objetos de custo incorporam atividades que, por sua vez, requerem outras atividades ou recursos. • As atividades não se equivalem ao centro de custo. • A identificação do custo das atividades aos objetos depende de uma relação de causa e efeito. • As atividades correspondem ao trabalho feito pela mão-de-obra, no caso de serviços governamentais. Neste caso todos os custos são variáveis. Sendo assim, o risco inerente à análise pelo método de custeio por atividades está basicamente voltado para a classificação contábil de despesas de um determinado ente governamental, a fonte de recursos, a classificação econômica e a realização de projetos especiais que estão vinculados a uma classificação contábil geral e que, posteriormente, é desmembrado para os códigos de despesa corretos. Logo, entende-se que, devido à elaboração do planejamento orçamentário e da análise de custo de determinado projeto, é de fundamental importância que as classificações de despesas do projeto estejam de acordo com as características do objeto com relação ao gasto, Silva (2002:146). Por este motivo, observa-se que é possível aplicar o método ABC na avaliação de custos como medida de desempenho governamental, assim como definir e mensurar os riscos inerentes nas operações, porque a estrutura contábil governamental e orçamentária existente 14 admite-se a viabilização das operações destinadas referentes aos programas, projetos, atividades e operações específicas, Slomski (2003:382). Os problemas de decisão estatística definidos por Mannarino apud Grant e Ireson (1991:73) referente à análise de projetos é definido como uma comparação entre alternativas cujas diferenças estão homogeneamente expressas em termos monetários e definem os seis princípios fundamentais da decisão econômica, que estão descritos a seguir: 1º Princípio – “As decisões são entre alternativas, sendo essencial reconhecer e definir claramente todas as alternativas possíveis.”. 2º Princípio – “As decisões devem se basear nas conseqüências esperadas das várias alternativas.”. 3º Princípio – “Antes de estabelecer os procedimentos para formulação e avaliação de um projeto é necessário estabelecer qual o ponto de vista que vais ser adotado na decisão.”. 4º Princípio – “As conseqüências esperadas devem ser quantificadas a fim de permitir as comparações necessárias; a maneira mais conveniente de fazer tais quantificações é através do dinheiro: as conseqüências esperadas devem ser homogeamente expressas em termos monetários, a aplicação exige na verdade que as diferenças devem ser expressas em unidades físicas apropriadas e as expressões físicas assim obtidas devem ser transformadas em unidades monetárias.”. 5º Princípio – “Somente as diferenças entre as alternativas são importantes na comparação entre elas, isto se reporta aos custos passados que devem ser analisados com cuidado, pois podem não participar das verdadeiras diferenças entre as alternativas para o futuro.”. 6º Princípio – “Tanto quanto praticável, decisões separadas devem ser tomadas separadamente, neste caso incluem-se os ativos adquiridos por meio de financiamento.”. Dentre os problemas de decisão estatística, conhecidos temos a Teoria da decisão, que remontam as obras Theory of Games and Economic Behavior de John Von Neumann e Oscar 15 Morgensten, e Statistical Decision Functions, de Abraham Wald, de 1944 e 1950, respectivamente. Esta metodologia aplicada para apresentar um dos resultados mais importantes da teoria da decisão que compara duas ações através de suas utilidades esperadas. Do ponto de vista prático, eles criaram um dos esquemas mais utilizados para elicitação das utilidades associadas às conseqüências. Isso é feito através da aplicação interativa do famoso teorema da representação de Von Neumann e Morgernstern. Esse teorema é fundamentado em três axiomas, 1 como descrito a seguir: Axioma 1 - Relação de preferências: é completa e transitiva A, uma e somente uma das seguintes relações deve ser satisfeita: { a ≥ a’, ou a ≤ a’, ou nenhuma delas.} Transitividade: Para quaisquer a, a’ e a” em A, tais que a ≥ a’e a’ ≤ a” , então a ≤ a”. Axioma 2 – Independência para toda ação de a, a’ e a”em A, sendo α € (0; 1]: a ≥ a’ implies (1-α) a” + αa ≥ (1-α)a” + αa’ Axioma 3 – Arquimediana – Pra toda ação a, a’ e a” em A tais que a ≥ a’ ≥ a” podem ser encontrados α, β € (0,1) tais que: αa +(1-α)a” ≥ a’ ≥ βα + (1 - β )a” Hélio e Hedibert (2002) dizem que as explicações sobre os axiomas devem ser feitas. Complitude requer basicamente que o tomador de decisões não saiba o que fazer quando questionado a respeito de sua preferência em relação a pares de ações. A transitividade permitirá que problemas multidimensionais possam ser quebrados em pequenos problemas unidimensionais. Independência afirma que duas ações sejam comparadas somente através de seus componentes diferentes. Esse é um dos axiomas mais controvertidos e vários paradoxos foram apresentados ao longo dos anos contra essa hipótese. 1 http://www.im.ufrj.br/~flavia/mad474/migonehedibert.pdf 16 Allais (1953) apresenta uma série de exemplos normativos e descritivos que mostram a violação do axioma da independência. Kahneman and Tversky (1979) também apresentam uma série de experimentos empíricos. Seidenfeld (1988) apresenta um argumento normativo a favor do axioma. O axioma archimediano é também conhecido como axioma da continuidade, pois diz que uma ação pode ser preferida à outra, mas não de forma extrema e que evite que combinações de outras ações não possam ser preferidas. Aplica-se esta hipótese nos dados relativos a uma determinada instituição pública, de forma que fosse possível avaliar quais são os projetos que precisam ser revisados, apenas como análise estatística, tanto pelos custos excessivos, quanto pela não adequação do orçamento em detrimento a realidade do órgão/entidade, para que possamos constatar, se a partir da estatística é possível elaborar um orçamento adequado à realidade de cada projeto e projeto, já que a receita é proveniente de repasses de recursos do tesouro e de terceiros, quando for o caso de financiamento e de recursos vinculados. Considera-se também, junto à análise estatística, o risco político, de difícil mensuração, já que se refere à implementação de regras e regulamentos específicos por um governo, podendo resultar da descontinuidade ou suspensão das operações de uma empresa, ONG, entidade sem fins lucrativos; isto se apresenta em forma de nacionalização, desapropriação ou confisco. Pode ser ocasionado de duas formas: macro e micro. Macro está restrito a mudanças políticas, revolução ou adoção de novas medidas por um governo. Micro refere-se ao caso em que uma empresa individual estará sujeita ao confisco, Freund & Simon (2000:126-127). O capítulo a seguir, evidenciará o modelo empírico baseado na experiência profissional foi criado para que pudesse ser verificada a aplicabilidade da tomada de decisão 17 com base na análise de custos de uma determinada Secretaria Municipal de Assistência Social. 4 MODELO EMPÍRICO DE APLICAÇÃO DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 4.1 HISTÓRICO E METODOLOGIA A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro vem se destacando nas suas atividades, pautada no desenvolvimento de programas, projetos e ações desenvolvidos garantindo uma valorização de seus recursos humanos e visando atender aos preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal e, principalmente, prestar contas ao contribuinte. O Município do Rio de Janeiro, de acordo com a sua Lei Orgânica, constitui-se da Administração Direta e Indireta. A Administração Direta compreende os órgãos sem personalidade jurídica, própria dos Poderes Legislativo e Executivo. Fazem parte da Administração Direta no Poder Legislativo, a Câmara Municipal, bem como o Tribunal de Contas do Município. Já no Poder Executivo, a Administração Direta é composta pelas Secretarias Municipais e Especiais, os Fundos Especiais, o Gabinete do Prefeito, a Controladoria Geral e a Procuradoria Geral. A contabilidade de toda a administração direta é regida pela Lei 4.320/64. É importante salientar o quanto é fundamental que o gestor conheça o negócio da Secretaria, pois é a partir desta informação que os orçamentos dos programas passam a ser mais bem planejados, com o objetivo de evitar desperdícios orçamentários e financeiros. Por este motivo, salientamos que quando conhecemos o negócio, podemos avaliá-lo estrategicamente, o que exige de cada administrador a justificativa detalhada dos recursos solicitados para que se possam conhecer os seus desempenhos. Neste sentido, ao verificarmos os dados apresentados na Prestação de Contas de Gestão 2005 (2005:138), selecionamos onde foi feito o maior investimento neste ano, que no nosso caso foi à área social que é composta por: Educação, Esportes, Saúde, Previdência e 18 Assistência Social, Trabalho, Cultura, Reforma Agrária, Habitação e Saneamento, e que o maior gasto foi atribuído à Assistência Social com 46,40% de investimento e que a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, obteve um percentual de 4,37% de aumento em relação ao ano de 2004. Desta forma, a partir dos conceitos anteriormente citados, na seção anterior analisaremos os dados da Assistência Social, para medir os Custos ABC, aplicando a Teoria de Preferência para Gestão de Riscos tendo em vista que representativamente é a Secretaria que mais obteve recursos em investimento no ano de 2005, comparando com o ano de 2004. Verificamos os dados disponíveis na Prestação de Contas do Município do Rio de Janeiro, disponível no site da Prefeitura, referente ao ano de 2005, para que pudéssemos evidenciar a análise de custos. Selecionamos, dentre os gastos por função, aquele que obteve a maior dotação atualizada para o ano de 2005 que, no nosso caso, foi a Assistência à criança e ao adolescente que teve R$ 11.249,00 que corresponde a 3,74% da dotação, atualizada no ano que foi de R$ 300.545,00. 4.2 ANÁLISE DE DADOS PARA A UTILIZAÇÃO DA TEORIA DE PREFERÊNCIA COM BASE NO GERENCIAMENTO DE RISCOS Devido à dificuldade de obter informações analíticas da Secretaria, elaboramos um modelo empírico para apresentarmos como seria a análise de desempenho e de risco, tanto por Activity-based Costing-ABC quanto pelo Balanced Scorecard-BSC elaborando desta forma, um modelo empírico para que possa ser analisado este tipo de metodologia utilizando o método Activity-based Costing – ABC e a Teoria da Preferência para a Gestão de Riscos. Criamos um modelo empírico de prestação de serviços assistenciais ao atendimento à criança e ao adolescente, tendo em vista uma política de inclusão social das camadas mais pobres da população: ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de 19 abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. Sendo assim, para implementar este projeto os recursos são originários do tesouro municipal e financiados por fornecedores estrangeiros sendo necessária a composição dos gastos e a identificação dos direcionadores de custo. Elaboramos o cálculo do custo unitário de cada tipo de despesa com base no direcionador de custo (evento ou fator causal que influencia o nível e o desempenho de atividades e o consumo resultante de recursos Nakagawa (2001:74)), conforme descrito no quadro 2. Quadro 2 Custo Orçamento Direcionador de custo (a) (b) Despesas unitário (c = a/b) 8 horas por 360 dias x 5 Pessoal 29.200,00 Horas de mão- vezes na semana = 14.400 hs de-obra Professores Especializados 59.700,00 2,028 8 horas por 360 dias x 3 vezes na semana = 8.640 hs 6,91 500 adolescentes x 3 dias * Lanches Seleção 173.600,00 Qdade pessoas 89 aulas = 133.500 39.750,00 1,30 500 adolescentes 79,50 10 apresentações 6.968,00 Quantidade de Gerenciamento 69.680,00 Material de Consumo Apresentação eventos Qdade de 69.536,00 pessoas 600 pessoas / 12 meses 200.500,00 Quantidade de 10 apresentações 579,47 20.050,00 20 Custo Orçamento Direcionador de custo (a) (b) Despesas unitário (c = a/b) Marketing 50.000,00 Serviços 130.000,00 Total 821.966,00 eventos 10 apresentações 5.000,00 10 apresentações 13.000,00 Fonte: Modelo empírico - elaborado pelo autor. Pode-se observar que para cada tipo de atividade a ser efetuada pela Secretaria em atendimento ao Programa de Inclusão Social, deve-se avaliar cada detalhe componente da despesa, pois os custos de atividades de apoio são alocados aos serviços individuais nos respectivos níveis de seus direcionadores de custo. Desta forma, a medida de desempenho atribuída é a quantidade de crianças que concluíram o projeto. Portanto, foi considerada, a quantidade de 500 alunos que freqüentam o projeto três vezes por semana, apresentando determinados custos como: lanches, transportes e material de consumo. Existem também, cerca de 50 profissionais trabalhando para a realização do projeto, todos funcionários da Secretaria. Em face da identificação das atividades principais, quadro 3, é possível elaborar a análise pelo método ABC. Como podemos observar, o custo do projeto total é de R$ 821.966,00 e a estimativa dos custos por atividades está descrita a seguir na determinação das tarefas a serem executadas: Quadro 3 ATIVIDADES TAREFAS Material de consumo e Organização das estimativas; Apresentação da proposta em serviços terceirizados orçamentária; Programação de despesas; Licitação; Pagamento. 21 ATIVIDADES TAREFAS Apresentação Verificação da limitação do crédito orçamentário e a Relação da composição dos custos; Material e Equipamentos (quantidade); Infra-estrutura; Lanche; Bolsa; Seleção dos alunos. Recursos humanos Composição dos funcionários que irão participar do projeto; Pagamento dos salários e benefícios dos funcionários e professores. Nota: Elaborado pelo autor. Neste caso, a medida de desempenho dependerá da especificação de todas as atividades para a implementação do negócio, sendo de interesse do gestor, a precisão de custo do serviço aplicado, em relação aos custos indiretos. Retrataremos por meio da análise do ABC com relação a este projeto, as seguintes tarefas que são efetuadas pelos servidores que são os professores especializados que possuem um custo total de R$ 59.700,00. No quadro 4 é demonstrado o custo por atividade, somente deste centro de custo, incluindo desta forma o percentual de participação das pessoas que trabalham no setor. Quadro 4 Direcionador % de Quantidade de de custo aplicação profissionais Tarefas R$ Organizar e efetuar a relação das Pessoas turmas do projeto 10 5 5.970,00 30 15 17.910,00 atendidas Analisar a ficha cadastral para que Pessoas os alunos possam participar de atendidas projetos 22 Direcionador % de Quantidade de Tarefas R$ de custo aplicação profissionais Analisar os padrões de qualidade de Pessoas atendimento 20 10 11.940,00 10 5 5.970,00 20 10 11.940,00 10 5 5.970,00 100 50 59.700,00 atendidas Relacionar os alunos escolhidos Pessoas para os projetos Avaliar as atendidas instalações equipamentos Verificar a professores e Pessoas atendidas capacitação dos Pessoas atendidas Total Nota: elaborado pelo autor modelo empírico – total de funcionários 50. Constatamos que dentre a avaliação do custo por atividade, obtemos o mapeamento do processo, conseguimos avaliar o percentual de aplicação de serviços efetuados pela Secretaria, tornando-se possível à mensuração dos dados por meio de atividades, com base no valor orçamentário. Desta forma, consegue-se apurar o verdadeiro valor atribuído às despesas de cada projeto sendo para isso necessário que a instituição tenha condições de efetuar o levantamento das rotinas e o custo atribuído a cada função. Constata-se que para efetuar o detalhamento dos custos dos profissionais analiticamente, descrevemos as suas atividades principais e verificou-se a quantidade de pessoas que atuavam naquela atividade, de forma que fosse possível aplicar o percentual sobre o total do custo atribuído para este centro de custo. 23 Em conseqüência da apuração pelo ABC, torna-se possível atribuir a verificação da análise de desempenho pelo Balanced Scorecard-BSC, para a Secretaria Municipal de Assistência Social para o Programa de Inclusão Produtiva que está descrita no quadro 5. Quadro 5 Tipo de Programa de Inclusão Produtiva da Secretaria Municipal de Assistência Perspectiva Social Financeira e Deve-se considerar que determinados programas devem ser custeados pelo Administrativa PROAP II – Atenção a Criança e ao Adolescente, pelo Fundo Municipal de Assistência Social, recursos repassados pelo Ministério da Previdência e Assistência Social. Quanto ao aspecto administrativo e jurídico, tudo irá depender da vontade política dirimida no interesse da implementação das ações destinadas ao atendimento da inclusão social e devem ser consideradas também aquelas atividades que estão estabelecidas no plano de governo e que possuem um orçamento vinculado. Clientes Pessoas com no mínimo 18 anos, ser morador da cidade do Rio de Janeiro e ter o ensino fundamental completo (antigo 1° grau). Os clientes são os consumidores sua crescente preferência por nossos produtos é a meta da Secretaria. Processos Desta forma, entende-se que para capacitar pessoas para inclusão social, Internos significa ofertar programas de ampliação do universo informacional, fortalecer os vínculos relacionais, desenvolver a auto-confiança e da autonomia; organizar grupos e movimentos locais de conquista de bens e serviços; assim como de micro empreendimentos produtivos, sociais, ou relacionais geradores de trabalho e renda, participação, convivência. 24 Tipo de Programa de Inclusão Produtiva da Secretaria Municipal de Assistência Perspectiva Social Aprendizado e Relação de franca parceria sempre na busca por objetivos comuns que Crescimento contribuam para os desenvolvimentos econômico e social do município. Fonte: Elaborado pelo autor – Balanced Scorecard. A Matriz SWOT significa Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades); Threats (ameaças), é uma ferramenta facilitadora do diagnóstico institucional que integra as metodologias de planejamento estratégico organizacional. Desta forma, descreve-se a análise SWOT (Quadro 6) do Programa de Inclusão Produtiva da Secretaria de Assistência Social, de forma que fosse possível identificar os pontos fortes e fracos, as características internas que possam inibir ou restringir o desempenho da organização, assim como a observância dos fatores externos vinculados às oportunidades e as ameaças que enfocarão o potencial para ajudar e/ou impedir o atendimento das metas planejadas. Quadro 6 F Fr FORÇAS FRAQUEZAS Comprometimento dos funcionários do Falta de critério para seleção dos projetos pelo Núcleo; Núcleo; Infra-estrutura local. Falta de qualificação técnica dos profissionais; Falta de critérios técnicos para avaliação do orçamento dos projetos; Falta de critérios técnicos para avaliação da efetividade dos projetos; Falta de acompanhamento da execução dos projetos 25 pela Secretaria. O A OPORTUNIDADES AMEAÇAS Redução dos índices de vulnerabilidade Descontinuidade administrativa; Descontinuidade por social; Aumentar o número de vagas; vontade política; Falta de previsão orçamentária; Melhorar a qualidade Descentralização dos dos cursos; Falta de efetividade da execução dos projetos; projetos para Escolha inadequada da localização para a realização outras áreas da cidade; Criação de Banco dos projetos; de Dados de ex-alunos. Falta de metas definidas no PPA; Evasão nos cursos de capacitação. Fonte: Elaborado pelo autor – Matriz SWOT. Observando os dados, podemos identificar que para as mesmas condições de tipo de custo e/ou despesa empenhada, conseguimos atribuir valores aos demais projetos. Desta forma, é possível avaliarmos o mapeamento do processo de determinada atividade, possibilitando assim, a análise e o efeito que um planejamento inadequado faz em um órgão e/ou secretaria. Caso exista uma alocação seqüencial do tipo de despesa, deverá ser feita departamentalização para que possa identificar os níveis de consumo de serviços. No entanto, ao coletar os dados disponíveis na Prestação de Contas do Município do Rio de Janeiro do ano de 2005, referente aos projetos elaborados pela Secretaria Municipal de Assistência Social teve-se a necessidade de aplicar a Teoria de Tomada Decisões com base na Engenharia Econômica e Estatística de forma de pudesse saber quais os resultados possíveis da escolha de projetos pela Secretaria, e se os resultados da avaliação permitissem demonstrar o grau de risco de uma avaliação de determinado projeto pela Secretaria, já que esta metodologia de avaliação não é utilizada na escolha de projetos pelo Município do Rio de Janeiro. 26 Sendo assim, para implementar esta metodologia utilizou-se a Teoria da Preferência para a Tomada de Decisões e identificaram-se inicialmente quais são os tipos de recursos, que no nosso caso podem ser do tesouro municipal e financiados por fornecedores estrangeiros, posteriormente foi feita a composição dos gastos e por fim aplicamos os resultados nas teorias de tomada de decisão. Desta forma foi considerado o tipo de projeto, e em seguida a classificação funcionalprogramática, como por exemplo do caso da Assistência Social está dividido nas subfunções de assistência ao idoso, ao portador de deficiência, a criança e ao adolescente, as comunidades e alimentação e nutrição, e que também são divididos em projetos e atividades. Admitindo-se que para elaborar uma tomada de decisão adequada para determinado projeto do governo, iniciamos com a análise de Tolerância ao Risco, primeiramente identificou-se qual o valor em termos monetários e percentuais da participação governamental e outras fontes de recursos. Sabendo-se que será investido um valor total R$ 205.983.379,00 em 32 projetos, e que a participação financeira governamental é de 63%, que é R$ 205.983.379,00 * 63% = 129.249.799,00 neste caso estão incluídos os valores dos recursos próprios e 37% refere-se ao investimento atribuído a terceiros, por meio de financiamentos e recursos vinculados que corresponde a R$ 205.983.379 * 37% = R$ 76.213.850,23. Sendo assim, o cálculo da tolerância ao risco é a diferença entre os valores monetários da participação do governo e dos recursos de terceiros que está descrito a seguir e totaliza R$ 53.555.678,57. Quadro 7 % Participação 63% -37% Orçamento 205.983.379 205.983.379 Tolerância ao risco 129.769.528,80 (76.213.850,23) 53.555.678,57 Fonte: Prestação de Contas de Gestão de 2005 27 Isto posto, atribuímos o Valor do Equivalente Certo (Eq), que é para qualquer jogo um valor equivalente certo, único, tal que o investidor é indiferente entre jogar o jogo e receber esse montante certo,2 com o Valor monetário Esperado (VME) acompanhado pela medida de aversão ao risco c, ou seja, é o ponto de indiferença entre o valor certo e o mais arriscado, conforme descrito a seguir: Eq = -1/c Ln(pe-cVPL1 + (1-p) e-cVPL2) Considere um caso de um projeto apenas, de probabilidade de sucesso de 63%, ou seja se refere apenas aos valores financiados pelo governo. O valor presente líquido de sucesso (neste caso refere-se à despesa empenhada que totaliza R$ 167.343.916,80) é de aproximadamente a $ 105,42 milhões e o custo do investimento por terceiros é aproximadamente = $ - 62 milhões. Os valores se referem ao produto do total da despesa empenhada pelo percentual aplicado pelo governo e pelo recurso de terceiros 63% e 37%, respectivamente. Logo o Valor monetário Esperado é igual a 167,34 (0,63)* + 0,37*(-167,34), que totaliza $ 43,51. Não existe certo ou errado nível de aversão ao risco. O propósito é estabelecer o nível de risco que um órgão/entidade está preparado para assumir e aplicá-lo, consistentemente, de prospecto para prospecto. Sendo assim, consideraremos aversão ao risco expressa pela escolha do nível de participação num projeto e a fórmula está descrita a seguir: C = ((LN(- VPL1 ÷ (1 – p)VPL2) ÷ Nº de Part. X (VPL1 – VPL2) 28 Onde, VPL1 = Valor Presente Líquido no caso de sucesso; VPL2 = Valor presente líquido no caso de insucesso; p = Probabilidade de sucesso; N. Part = Nível de participação; e c = Coeficiente de aversão Ln = logaritmo neperiano Para evidenciarmos a verificação do risco de determinado portfólio de serviços de uma secretaria por meio do comportamento da execução do orçamento, selecionamos então, uma amostra de 10 projetos/atividades que corresponde a 70% do valor orçado, inicialmente, com base no Quadro de Detalhamento de Despesa, referente à Prestação de Contas do Município do Rio de Janeiro, vide quadro 11, em 2005, nesta seção. Considerando os dados apresentados, inicialmente identifica-se o grau de participação do governo de forma a definir qual o percentual aplicado para cada projeto com a fonte de recursos do tesouro municipal, neste caso foi à proporção vertical do total inicial orçado em relação a cada projeto assim como, a seguir, o cálculo do retorno do valor médio esperado, assim como do risco e, por fim, a participação do órgão/entidade: Quadro 8 PORTFÓLIO DE SERVIÇOS – MAIS RELEVANTES Risco Projeto 2 R$ Particip. Prob. de VPL Político (%) Sucesso (mR$) (mR$) 2505 51.959.000 25,2% 31,1% 52,46 -0,89 1007 42.812.000 20,8% 16,2% 42,81 -0,92 http://pascal.iseg.utl.pt/~rmgaspar/MIF/SinteseA_C04.pdf 29 PORTFÓLIO DE SERVIÇOS – MAIS RELEVANTES Risco Particip. Prob. de VPL Político R$ (%) Sucesso (mR$) (mR$) 1016 13.608.000 6,6% 2,0% 13,61 -0,29 4033 11.838.379 5,7% 6,2% 11,84 -0,25 2093 10.642.500 5,2% 0,3% 0,48 -4,94 4003 3.898.609 1,9% 2,0% 3,76 -0,15 2080 3.400.000 1,7% 0,9% 1,78 -0,82 4125 2.474.020 1,2% 1,2% 2,22 -0,17 4052 1.796.036 0,9% 1,0% 1,79 -0,04 2248 1.106.430 0,5% 0,3% 0,76 -0,18 Projeto Fonte: Prestação de Contas de Gestão 2005 Nota: O risco político refere-se ao contingenciamento do orçamento. Selecionamos os 10 projetos mais relevantes dos projetos listados no quadro 8, que se refere às despesas dos projetos. A partir deste pressuposto, consideramos o percentual de participação do governo em relação aos projetos e consideramos que a probabilidade de sucesso é a execução propriamente dita dos projetos, ou seja, a sua realização. O valor presente líquido – VPL considera-se a dotação orçamentária atualizada em milhares de reais, e por fim o risco político é o contingenciamento orçamentário que pode acontecer durante o ano. Após a apuração destes valores, aplica-se o produto para cálculo do retorno e do risco destes projetos, para o cálculo do retorno médio esperado a fórmula é a ((% da participação * VPL) + (P% participação * -(Risco Político)), já para o risco a fórmula é (raiz quadrada da 30 (probabilidade de sucesso * (VPL – Retorno do valor médio esperado elevado ao quadrado). + (1 – probabilidade de sucesso) * (Risco político – retorno elevado ao quadrado). No que tange ao retorno e o risco da Secretaria de Assistência Social em relação aos projetos, é o valor do retorno médio esperado multiplicado pela participação e o valor do risco multiplicado pela participação, conforme descrito no Quadro 9. Quadro 9 Consolidado Projetos individuais Secretaria Retorno Risco Retorno Risco VME STDEV VME STDEV 2505 13,4568 24,799 3,3945 6,2555 1007 9,0893 16,3745 1,8891 3,4033 1016 0,9182 2,1566 0,0607 0,1425 4033 0,6948 2,9235 0,0399 0,168 2093 0,2802 5,2127 0,0145 0,2693 4003 0,0739 0,5672 0,0014 0,0107 2080 0,043 0,8745 0,0007 0,0144 4125 0,0287 0,3107 0,0003 0,0037 4052 0,0159 0,1814 0,0001 0,0016 2248 0,0051 0,1894 0 0,0010 Nome Quadro 10 Proj1 Proap II - atenção a crianças e adolescentes 1007 Proj2 Programa rio criança maravilhosa/bird – smas 1016 31 Atividades do conselho tutelar das defesas do direito da criança e do Proj3 adolescente 2248 Proj4 Manutenção do centro de cidadania rinaldo d´lamare 2080 Proj5 Programa bolsa alimentar 2093 Proj6 Apoio administrativo – indiretas 4052 Proj7 Provisão de gastos com o pessoal 2505 Proj8 Desenvolvimento inclusivo e integrado da criança portadora de deficiência 4003 Proj9 Provisão de gastos com pessoal indiretas 4033 Proj10 Reabilitação social baseada na comunidade 4125 Fonte: Prestação de Contas de Gestão 2005 - Legenda Com base nos dados apresentados e no gráfico 1, o projeto 2505 é o que possui melhor retorno em relação aos outros, porque a participação do Estado, neste caso, é bem maior do que, por exemplo, o projeto 2248 cuja participação é de 0,0051, praticamente zero, em relação às outras participações do Estado para este órgão/entidade. Observamos também, que o projeto 1007, que se refere ao projeto PROAP II, possui 9,09 de retorno. Neste caso, ambos possuem risco alto, de 24,8 e 16,4, respectivamente. Gráfico 1 32 RETORNO GRÁFICO RISCO X RETORNO 16,0000 14,0000 12,0000 10,0000 8,0000 6,0000 4,0000 2,0000 0,0000 0,0000 2505 1007 1016 4033 2093 4003 2080 4125 5,0000 10,0000 15,0000 20,0000 25,0000 30,0000 4052 2248 RISCO Outra consideração, a ser feita é com relação ao risco político que, neste caso, é o valor a ser contingenciado. O projeto/atividade que possui maior risco político é o do nº 2093 que tem -4,94%, isto se refere ao programa bolsa alimentar, que dependendo do interesse do gestor, pode haver continuidade ou não do mesmo. Gráfico 2 Dados de Origem com Base nas Decisões Passadas 100,0000 50,0000 0,0000 -100,0000 -150,0000 -200,0000 22 48 40 52 41 25 20 80 40 03 20 93 40 33 10 16 Tol. Risco da Cia 10 07 -50,0000 25 05 Tolerância (mmUS$) 150,0000 Tol. Risco do Projeto Toler. c/base decisões do passado -250,0000 -300,0000 -350,0000 Ao analisarmos os dados com base nas decisões passadas, verificamos que para atingir 95% de tolerância, a Tolerância do risco da Cia é no valor de (1,26), o que significa, em gestão de riscos, constituir o nível aceitável, normalmente definido por critérios préestabelecidos e o montante que você se sente confortável em assumir quando está 33 selecionando seus investimentos. Em outras palavras, é o quanto você está disposto a perder para tentar alçar ganhos maiores”3. Observando no gráfico 2, o projeto 1016 é o que possui o maior risco do projeto que é de 321,06. Contudo, para avaliarmos o nível ótimo destes projetos, observamos que a contribuição governamental não está adequada, tendo em vista que, somente os projetos 2505, 1007, 4033 atingiram a eficiência de 100%, enquanto os demais ficaram entre 6 e 9.283%, negativamente, o que demonstra custos elevados e um orçamento não adequado à realidade, pois pode-se atestar que a participação governamental é muito pequena. Sendo assim, é possível, analisar a partir dos dados mencionados, a tomada de decisão com base em estatística, sendo necessário observar que a análise de projetos, individualmente, deve ser feita, o que não foi o escopo deste trabalho. Aqui se teve a intenção de criar um mecanismo de análise para tomada de decisão por meio de uma ferramenta estatística, já que o nosso alvo é melhorar os controles, com o objetivo de redução de custos, para determinados projetos/atividades, obedecendo ao orçamento pré-definido e as restrições políticas que, por ventura, possam ocorrer. Gráfico 3 Participação do projeto em (%) Nível Ótimo x Risco 2000% 0% -2000% 24,74 16,20 2,03 2,96 9,87 1,65 0,43 0,19 0,36 -4000% -6000% -8000% -10000% Nível Ótimo 3 0,62 Risco STDEV http://www.comoinvestir.com.br/anbid 34 Como podemos observar no quadro 11, o saldo orçamentário não utilizado é de R$ 48.203.481,82, que representa 22,36% da Dotação Orçamentária Atualizada, que é de R$ 215.547.398,66. Alertamos que a não utilização dos saldos orçamentários pode ser por falta de recursos financeiros ou contingenciamento, isto enfocando a nossa análise. Quadro 11 SALDOS DOTAÇÃO PROJETO INICIAL DOTAÇÃO DESPESA NÃO ATUALIZADA EMPENHADA UTILIZADOS 1007 42.812.000,00 42.812.000,00 1016 13.608.000,00 13.608.000,00 2002 1.732.562,00 1.483.438,12 2045 7.860.000,00 2080 27.099.681,90 % 15.712.318,10 32,60% 13.608.000,00 28,23% 1.180.372,41 303.065,71 0,63% 18.130.956,67 14.261.893,76 3.869.062,91 8,03% 3.400.000,00 1.784.756,83 1.466.031,76 318.725,07 0,66% 2093 10.642.500,00 483.553,65 482.854,30 699,35 0,00% 2247 369.802,00 321.985,00 21.297,80 300.687,20 0,62% 2248 1.106.430,00 760.485,20 498.838,51 261.646,69 0,54% 2273 6.399.800,00 4.735.029,63 4.521.790,31 213.239,32 0,44% 2274 5.859.987,00 5.578.200,83 5.266.067,68 312.133,15 0,65% 2487 25.672.048,00 30.681.370,78 27.043.275,67 3.638.095,11 7,55% 2505 51.959.000,00 52.457.300,00 52.060.573,50 396.726,50 0,82% 2578 65.616,00 60.098,00 60.098,00 2579 59.798,00 50.000,00 18.767,57 2580 48.597,00 22.875,44 22.875,44 2581 2.469.540,00 9.754.542,28 3.847.470,49 0,00% 31.232,43 0,06% 0,00% 5.907.071,79 12,25% 35 SALDOS DOTAÇÃO PROJETO INICIAL DOTAÇÃO DESPESA NÃO ATUALIZADA EMPENHADA UTILIZADOS % 4003 3.898.609,00 3.756.323,00 3.364.573,01 391.749,99 0,81% 4004 2.032.966,00 2.353.252,00 1.939.572,82 413.679,18 0,86% 4027 8.098.000,00 5.414.813,83 5.251.558,71 163.255,12 0,34% 4033 11.838.379,00 11.839.379,00 10.387.612,47 1.451.766,53 3,01% 4052 1.796.036,00 1.787.727,97 1.584.143,56 203.584,41 0,42% 4053 1.000,00 1.000,00 211,35 788,65 0,00% 4118 167.789,00 1.592.789,00 1.328.343,13 264.445,87 0,55% 4125 2.474.020,00 2.217.386,00 2.010.054,98 207.331,02 0,43% 4151 30.000,00 20.000,00 15.774,32 4.225,68 0,01% 4538 1.359.900,00 3.313.298,13 3.091.893,36 221.404,77 0,46% 4572 10.000,00 522.837,30 518.290,03 4.547,27 0,01% 7362 100.000,00 1.000,00 1.000,00 0,00% 7364 1.000,00 1.000,00 1.000,00 0,00% 7365 50.000,00 1.000,00 1.000,00 0,00% 7366 50.000,00 1.000,00 1.000,00 0,00% TOTAL 205.983.379,00 215.547.398,66 167.343.916,84 48.203.481,82 100,00% Fonte: Prestação de Contas de Gestão de 2005 Notas: 1-Dotação Inicial: Valor orçamentário aprovado pelo Poder Legislativo no orçamento anual. 2-Dotação Atualizada: Valor orçamentário incluindo os créditos adicionais, que são recursos para a execução dos programas de trabalho do governo aprovados pelo Poder Legislativo no orçamento anual. 3-Despesa Empenhada: o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado uma obrigação de pagamento pendente ou não 36 de implemento de condição que será cumprido com a entrega de material, medição de obra ou a prestação de serviços. 4- Saldos não utilizados: Refere-se à diferença entre a Dotação Atualizada e a Despesa Empenhada. 5 CONCLUSÃO Durante o desenvolvimento deste trabalho, reconheceu-se à relevância da análise de risco e de controle para uma análise de custos e as medidas de avaliação de desempenho referente a projetos efetuados pelo Poder Executivo, utilizando o método ABC para o Método de Custeio de Atividades – ABC, a partir do orçamento estratégico e operacional. Devido à necessidade de verificar o resultado do projeto e a convivência com as incertezas, utilizou-se a Teoria da Preferência para a Tomada de Decisões no que tange a falta de certeza de que as estimativas esperadas do projeto coincidirão com as realizadas, assim como a falta de previsibilidade de antecipar os fatores que interferirão no futuro e verificar que nem sempre a realidade não é totalmente incerta. Cabe destacar, que atualmente devido à necessidade de análise de desempenho com foco principal na identificação das causas e práticas antieconômicas e ineficientes, o cumprimento das metas dos programas governamentais, a elaboração do mapeamento do processo das atividades pode-se elaborar uma boa avaliação de desempenho, a partir da combinação e integração das medidas de resultados e de indicadores, de forma que seja possível o atendimento dos objetivos financeiros à estratégia da empresa. Considerando que este tipo de metodologia ainda não é aplicado nas instituições públicas para efeito de avaliação de projetos utilizados pelo governo, torna-se necessário o aprimoramento da máquina administrativa para que os gestores possam ter uma atuação por meio da informação precisa para a tomada de decisão com relação à elaboração dos projetos governamentais. 37 Isto posto, verificamos a necessidade de aprimoramento de programas da máquina governamental necessários para acompanhar a evolução tecnológica e para agilizar a atuação do Estado, por meio da informação precisa para a tomada de decisão. No entanto, descrevemos que a criação de critérios de análise não é fácil, tendo em vista a dificuldade de mensuração, pois o orçamento público anual ainda não está adequado, para que possamos atingir as metas pré-determinadas por nossos dirigentes. Sendo assim, apenas analisando o orçamento da Secretaria de Assistência Social na Prestação de Contas de Gestão de 2005, observamos que 22% do seu valor total não foram utilizados os recursos, porém, entendemos que o valor utilizado em alguns projetos não estava adequado, pois a partir da análise do nível ótimo, observamos que nem todos atingiram 100% de sua eficiência de recursos governamentais existem financiamentos de terceiros que na realidade são dívidas a pagar pela Secretaria. Desta forma, é necessário que o órgão/entidade, possa criar mecanismos de estudo para obter uma melhor eficiência dos gastos públicos, atingindo uma possível redução de custos e uma melhor aplicabilidade de recursos, já que o valor a ser recebido é certo. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Nilton de Aquino. Contabilidade Pública na Gestão Municipal. São Paulo: Atlas, 2006. BEKMAN, Oto Ruprecht & COSTA NETO, Pedro Luiz O. Análise Estatística da Decisão. São Paulo: Edgard Blücher, 1980. BOISVERT, Hugues. 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