A FNSTFPS reuniu, no passado dia 10 de Outubro, com o Governo (representado pela Secretaria de Estado do Ensino e da Administração Escolar) denunciando os problemas graves que os trabalhadores e a Escola Pública enfrentam. Relativamente às reivindicações dos trabalhadores, entregues desde a tomada de posse deste Governo, não obtivemos qualquer resposta. Reiteramos a nossa posição de que os graves problemas da Escola Pública não se resolvem com medidas avulsas que em nada a dignificam nem aos seus trabalhadores. Que não restem dúvidas: para a Troika e para o Governo, os Trabalhadores e a Escola Pública são um alvo a abater! Nesta reunião, reafirmamos o direito à negociação do nosso Caderno Reivindicativo e exigimos a tomada urgente de medidas para a resolução das seguintes questões: − − − − − A falta de trabalhadores e a contratação ilegal de trabalhadores não docentes a termo e à hora. Desde Agosto que foram abertos 440 procedimentos concursais com 2.080 vagas para 2,3 ou 4 horas por dia ou através de contratos emprego-inserção. Estes trabalhadores estão a satisfazer necessidades permanentes das Escolas mas estão a ser contratados pelo Estado com vínculos precários e ilegais! A desadequação da portaria de rácios para as escolas, que o Governo se comprometeu a alterar e nada fez; A total desregulamentação do conteúdo funcional dos trabalhadores não docentes que estão a ser requisitados pelas autarquias para todo o tipo de funções; A necessidade urgente da elaboração de um regulamento de mobilidade intra-agrupamentos para evitar a discricionariedade dos directores das escolas e a permanente pressão e chantagem sobre os trabalhadores; As consequências negativas da organização escolar e administrativa no degradar das condições de vida dos trabalhadores das escolas. Outubro.2012 A todas estas questões, já anteriormente colocadas, o Governo nada respondeu. Apenas foi assumido o compromisso de marcar, para Novembro, o início da discussão do Caderno Reivindicativo apresentado pela FNSTFPS e Sindicatos. Perante este arrastar das soluções, nada mais resta aos trabalhadores do que a continuidade da luta nos locais de trabalho e nas ruas. A luta é a única arma! Acrescem as medidas gravosas que este Governo quer implementar com o Orçamento do Estado, designadamente: − − − O maior despedimento colectivo com cerca de 50 000 contratados a termo a serem mandados para a rua, também nas Escolas! O corte brutal nas pensões! Mais uma redução brutal nos salários e subsídios, com o roubo do subsídio de férias, o aumento do IRS, a sobretaxa de 4% que levarão à perda do subsídio de natal! Não faltam razões para que todos os trabalhadores se unam e lutem para derrotar este Orçamento e este Governo. A Direcção