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Economia.
A GAZETA TERÇA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2013
Petróleo: negócio
bilionário no Sul
do Estado
Pág. 29
EDITORA:
ELAINE SILVA
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FINANÇAS PESSOAIS
ATÉ SE APOSENTAR
O INVESTIMENTO CERTO
PARA CADA FASE DA VIDA
Jovens devem apostar no risco; os mais velhos, na cautela
ABDO FILHO
[email protected]
Assim como o estilo de vida,
a carteira de investimentos
também deve mudar conforme os anos vão passando. Um jovem de 25 anos
temapossibilidadedearriscar mais, afinal, caso as coisas não saiam como previsto, há tempo para recuperação.Nãoéocaso,porexemplo, de um senhor de 60
anos, que está as vésperas
da aposentadoria. Enquanto um deve estar de olho na
acumulação e na rentabilidade, o outro deve se preocupar em preservar o que
juntou durante toda a vida.
Como em praticamente
tudo em termos de investimentos, neste caso também
nãoháreceitadebolo.Tudo
vaidependerdosobjetivose
da aceitação ao risco. “Não
há nada escrito em pedra, é
claro que existem as adaptações. Alguns suportam
mais riscos, outros menos,
unstêmmenoscompromissos no curto prazo (quitar a
casa própria, por exemplo),
outros têm mais”, assinalou
Ernesto Leme, responsável
pela área de Gestão de Patrimônio da Claritas Investimentos.
Seguindo este princípio, Leme orienta jovens
em início de carreira a serem mais ousados, com
40% do patrimônio em
renda variável, 25% no
multimercado e 35% na
renda fixa. Conforme os
anos vão passando, o percentual do patrimônio em
ações e no multimercado
vaicaindo,aomesmotempo que a fatia da renda fixa
vai crescendo.
“Uma pessoa próxima
da aposentadoria, com
seus 55, 60 anos, não pode
se dar ao luxo de ter a
maior parte de seu patri-
mônio no alto risco, é preciso pensar mais em preservar o que acumulou.
Nesta etapa da vida, sugerimos apenas 15% em renda variável e 15% no multimercado, o resto é renda
fixa”, orienta Leme.
DIVERSIFIQUE
Paulo Henrique Correa,
sócio da Valor Investimentos, diz que o caminho é
esse mesmo. “Os mais novos devem ousar mais, até
porque, no longo prazo,
que é o caso dos mais jovens, a tendência da renda
variável é de alta. Só é pre-
ciso ter atenção na hora de
escolher os ativos, o mesmo ocorre na renda fixa,
que, por sinal, também
tem risco, e respeitar o
perfil de cada investidor”.
Ernesto Leme ainda
destaca a importância de,
em qualquer fase da vida,
diversificar os investimentos. “Mesmo um investidor que tenha R$ 100 mil
para investir, já pode distribuir seu dinheiro em
seis classes de ativos”.
Os especialistas só chamam atenção para a aposentadoria.“Odinheiropara de entrar, a pessoa passa
a viver daquela renda acumulada durante toda a vida, ou seja, tem de ter uma
boa rentabilidade, mas
também não pode arriscar
demais. Orientamos a colocar metade do patrimônio em Letras Financeiras
doTesouroe5%emações”,
pondera Ernesto Leme.
Paulo Henrique Correa
afirma que diversificar
sempre saudável, mas
alerta para outros ‘poréns’. “O objetivo do aposentado é preservar e usufruir, lembrando que eles
têm gastos altos com saúde nesta época da vida”.
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até se aposentar o investimento certo para cada fase da vida